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• Principais etiologias:
– Acidentes automobilísticos
– Esporte
– Quedas
• Lesão primária
- Impacto (deformação,
fratura e penetração);
Traumas neurológicos - Impulso (aceleração e
desaceleração);
“Alteração na função encefálica manifestada como
- Lesões distintas de
confusão, alteração do nível de consciência, convulsão,
acordo com a biomecânica da força agressora.
coma e/ou déficit neurológico focal motor ou sensitivo,
resultantes de uma força contundente ou penetrante na → Lesão Encefálica Secundária
cabeça” - Hipertensão intracraniana
- Hipotensão arterial
• TCE ≠ Trauma cefálico - Sangramento
- Hipotermia
• O tipo de lesão vai variar com a biomecânica da força
- Hipertermia
agressora.
- Infecções: aspiração, pneumonia, etc.
- Distúrbios hidro-eletrolíticos ou ácido-básicos
- Hipo ou hiperglicemia
AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
- Trombose venosa profunda / TEP Os hematomas epidurais surgem no espaço
- Edema cerebral e efeito de massa potencial entre a dura e o crânio.
- Hidrocefalia
- Isquemia / hemorragia intracraniana
- Herniação cerebral
Traumatismo Cranioencefálico
→ Avaliação neurológica
• História:
- Idade
- Mecanismo do trauma
- Sintomas associados
- Tempo decorrido
- Intoxicação exógena
- Doenças associadas
→ Mecanismo do trauma
Trauma fechado
- Alta velocidade (ac. automobilístico)
- Baixa velocidade (queda, agressão)
Trauma penetrante
- Ferimento por projétil de arma de fogo
- Outros ferimentos penetrantes
→ Inspeção
- Escalpe (escoriações, hematoma subgaleal) Hematomas Epidurais
- Crânio (deformidades,sinais do Guaxinim e de
Battle)
- Fístulas (otoliquorréia, rinoliquorréia)
- Otorragia, hemotímpano
- Lesões de nervos cranianos
Lesão contragolpe
Síndrome do chicote é o que ocorre quando um
Hematomas indivíduo sofre um mecanismo repentino de
O hematoma subdural e o hematoma peridural são desaceleração ou aceleração, imposto à região cervical.
caracterizados por hemorragia nos espaços que Isso é comum em acidentes de carro, por exemplo.
rodeiam o cérebro. Com isso, a região cervical pode sofrer danos
Os hematomas subdurais se formam entre a consideráveis e o paciente sofrer consequências quando
dura-máter e as membranas aracnoides. isso ocorre.
AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
Avaliação Inicial
Avaliação primária
X – Hemorragias (sangramento grave)
A – Vias Aéreas com cuidados da coluna cervical
B – Respiração e ventilação
C – Circulação com controle da hemorragia
Respostas Motoras Anormais
D – Incapacidade, estado neurológico
E – Exposição e controle da hipotermia
Avaliação secundária
• Exame neurológico: Escala de coma de Glasgow,
assimetrias de resposta e pupilas.
• Inspeção, palpação do crânio e face: fraturas
deformidades e lacerações
Exames complementares
• Tomografia de crânio
AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
As alterações que levam à HIC, geralmente, são aquelas
que causam obstrução ou dificuldade na reabsorção da
circulação liquórica.
Podemos encontrar os seguintes sinais e sintomas:
cefaleia, alterações visuais, náuseas e vômitos,
convulsões, alteração do nível de consciência e
sonolência. Outros sinais e sintomas podem estar
associados, como: paresia, plegia, postura de
decorticação e de descerebração, alterações na fala e nas
funções dos nervos cranianos, anisocoria e midríase
bilateral com ausência de fotorreação.
→ Medida da PIC
Pressão Intracraniana A medida real da PIC é sempre invasiva e sua indicação
depende de uma avaliação de risco/benefício para o
Pressão intracraniana (PIC) é aquela encontrada no
paciente. A monitorização da PIC tem indicação em
interior da caixa craniana, tendo como referência a
casos como: Escala de Coma de Glasgow inferior a 8;
pressão atmosférica. A PIC tem uma variação
traumatismo crânio encefálico (TCE); em alguns casos
fisiológica de 5 a 15 mmHg e reflete a relação entre o
graves de isquemia cerebral; pós operatório de
conteúdo da caixa craniana (cérebro, líquido
neurocirurgia e etc.
cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio. A
O valor normal da PIC é de até 15 mmHg e, de maneira
alteração do volume de um desses componentes pode
geral, as medidas terapêuticas são iniciadas quando a
causar a hipertensão intracraniana (HIC).
pressão ultrapassa 15-20 mmHg de forma sustentada.
Mecanismos Compensatórios: A monitorização da PIC pode ser realizada através de
cateter subdural (menor precisão), intraparenquimatoso
• Deslocamento de líquor do compartimento (boa precisão) e através de cateter ventricular (maior
intracraniano para o compartimento intratecal. precisão), neste último com drenagem de líquor.
• Deslocamento de sangue venoso para as veias A drenagem
jugulares. liquórica pode ser
definitiva nos
• Deslocamento de sangue arterial para o sistema
casos de
carotídeo externo.
hidrocefalia, com
• Deslocamento de tecido cerebral (hérnias). instalação de um
sistema de
→ Doutrina De Monro-Kellie derivação
Na presença de um quinto elemento, seja ele ventrículo
sangramento ou massa, a tendência é que se reduzam o peritoneal, ou de
volume venoso e o líquido cérebro-espinhal, para forma temporária, através de DVE. O sistema fechado
manter uma pressão constante, constituindo um de drenagem de LCR consiste em uma cateterização
mecanismo de compensação. Quando este mecanismo cirúrgica do sistema ventricular, exteriorização do
falha, a tendência é a redução do volume arterial com cateter pela pele e o acompanhamento do mesmo a um
hipoxemia tecidual e isquemia, gerando uma sistema coletor (bolsa de drenagem).
descompensação.
AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
→ Tratamento
As metas para o tratamento da HIC são focadas na
prevenção de lesão ao tecido cerebral. Intervenções para
redução da PIC com manutenção adequada da pressão
de perfusão cerebral (PPC) são cruciais no atendimento
imediato.
▪ Anticonvulsivantes
▪ Diuréticos
▪ Barbitúricos (vasoconstrição das artérias
cerebrais)
▪ Solução Salina Hipertônica (redução do volume
cerebral)
▪ Hiperventilação
▪ Derivação Ventricular Externa (DVE)