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Sedentarismo em idosos
Pesquisa feita em Campinas com pessoas de mais de 60 anos de idade mostra que 70,9% não praticam nenhum exercício físico e associam a
falta de atividade ao fumo e a problemas como depressão
20 de outubro de 2005
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A constatação é da fisioterapeuta Maria Paula Zaitune, em estudo apresentado como dissertação de mestrado na
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com a orientação da professora Marilisa Berti Barros, da Faculdade de
Ciências Médicas.
A pesquisa identificou ainda que há uma maior prevalência de sedentarismo entre os idosos fumantes. "Os fumantes
apresentaram sete vezes mais chances de serem sedentários do que os idosos que não fumavam", disse Maria Paula à
Agência FAPESP. Das pessoas que afirmaram não praticar exercícios, 93,8% também responderam sim à pergunta sobre
consumo de tabaco que constava no questionário.
Os dados analisados mostram também uma forte associação entre sintomas depressivos ou ansiedade com a falta de
atividade física. A prevalência de sedentarismo também foi maior entre os idosos (84,9%) que apresentaram algum grau de
alteração emocional. "Sugere-se que esse estado de humor entre os idosos possa inviabilizar ainda mais a prática de atividade
física no lazer", diz a pesquisadora.
Os principais exercícios praticados pelo grupo que representa os demais 29,1% foram caminhada, ginástica e musculação e,
em seguida, natação e hidroginástica.
O levantamento verificou ainda a prevalência de idosos com hipertensão arterial na cidade. "Quase 52% dos indivíduos
analisados apresentaram pressão alta. É importante ressaltar também que muitos idosos não sabiam que a prática de
exercícios físicos pode ajudar, e muito, na prevenção e no controle da hipertensão arterial", afirma a pesquisadora.
Os dados da pesquisa, que envolveu a aplicação de questionários entre os 426 idosos participantes da análise, derivam de um
estudo de base populacional para avaliar a qualidade dos serviços de saúde. Conhecido como Inquérito da Saúde do Estado
de São Paulo (ISA-SP), o questionário também foi aplicado em outras regiões do Estado por diferentes instituições de ensino e
pesquisa.
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https://agencia.fapesp.br/sedentarismo-em-idosos/4507 1/1