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A falta de atividade física na adolescência

A falta de atividade física na adolescência, está relacionada à prevenção


de doenças crônicas não transmissíveis, controle de pressão sanguínea,
benefícios à saúde esquelética, bem como a aderência de um comportamento
ativo na vida adulta. Devido a isso, a adolescência é considerada um período
essencial em relação à atividade física, ressaltando, assim, a necessidade de
estímulos e oportunidades para que os jovens tenham níveis adequados de
atividades físicas.
Nos últimos anos índices elevados de inatividade física têm sido
identificado entre os adolescentes. Um levantamento realizado em 122 países
apontou que um a cada cinco adolescentes não atingem níveis suficientes de
atividade física. No Brasil, não há um consenso quanto ao percentual de
inatividade física. No entanto em uma meta -análise sobre o tema, verificou-se
que a prevalência de adolescentes brasileiros inativos variou de dois a 80% no
sexo masculino e de 14 a 91% no feminino. Diante da necessidade de maior
consonância entre os estudos sobre o tema, observa-se a relevância de novas
pesquisas que contemplem amostras representativas.
Além disso, diversos são os fatores que estão associados aos baixos
níveis de atividade física entre os adolescentes. Dentre esses, pode-se
destacar os fatores demográficos. Especialmente em relação a este último, os
rapazes geralmente são mais ativos quando comparados às moças. Ainda
nesse aspecto, e fatores como a falta de lugares para a prática de atividade
física estão relacionadas ao comportamento inativo na adolescência.
Dentre os fatores socioeconômicos, a classe social, escolaridade dos pais
e a situação ocupacional dos adolescentes, apresentam destaque. No que
tange o âmbito educacional, os fatores escolares, no qual o adolescente estuda
são os que apresentam maior influência.
Investigações em torno da atividade física em adolescentes são
essenciais para identificar os fatores que podem associar-se a tais
comportamentos e assim proporcionar a elaboração de políticas públicas de
educação em saúde voltada a realidade dos jovens. Diante disso, o presente
estudo objetivou analisar as associações entre o nível insuficiente de atividade
física com os fatores sociodemográficos, ambientais e escolares de
adolescentes.
Comportamentos sedentários como assistir à TV ou utilizar computador
por tempo prolongado têm sido associados à prática insuficiente de atividade
física. no entanto, Silva e colaboradores (2008) encontraram essa associação
somente entre os rapazes. o comportamento sedentário não necessariamente
impede a participação em atividades físicas e vice-versa. Em estudo
envolvendo 1.752 adolescentes, verificaram que em atividades esportivas
estava associado a outros comportamentos ativos como andar de bicicleta ou
caminhar nos momentos de lazer, porém, o fato de participar de atividades
esportivas não proporcionou redução no tempo dedicado a assistir à TV.
Reduzir comportamentos sedentários não garante que o tempo utilizado
nessas atividades seja empregado em atividades físicas. Sendo assim, não
basta reduzir ou eliminar hábitos sedentários, é preciso que exista incentivo à
participação em atividades físicas.
Outro fator avaliado na determinação do comportamento inativo é a
diminuição do tempo destinado à atividade física com o aumento da idade. À
medida que a criança cresce, outras atribuições vão surgindo na vida dos
jovens. É provável que o tempo gasto com atividades físicas passe a ser
ocupado por atividades escolares ou pelo trabalho já em idade precoce.
A condição socioeconômica tem aparecido como um fator associado à
prática de atividade física, uma vez que a situação financeira constitui elemento
importante na rotina de vida das pessoas
Verificaram, que adolescentes que realizam deslocamento ativo atendem
às recomendações para a prática de atividades físicas, além de apresentarem
maior capacidade cardiorrespiratória. No estudo conduzido por Silva e Lopes
(2008), envolvendo jovens de 7 a 12 anos, os autores observaram que o
deslocamento ativo para a escola se associou a uma menor prevalência de
sobrepeso; além disso, os alunos oriundos de escolas públicas eram mais
ativos no deslocamento comparados com os alunos de escolas privadas.
Jovens mais pobres são mais ativos na medida em que utilizam caminhada e
bicicleta para deslocar-se até a escola, o que não é observado entre jovens
que usam meio de transporte motorizado, e por conta disso não fazem
atividade física no deslocamento para a escola.
Outro aspecto a ser considerado é a influência da família no nível de
prática de atividade física de crianças e adolescentes, os autores observaram
que os adolescentes que são incentivados por seus pais a engajar-se em
programas de atividade física são realmente mais ativos; além disso, nesse
estudo pode ser observada a influência da mãe sobre as filhas e do pai sobre
os garotos. A participação dos pais não está somente associada à
possibilidade de prover o exercício físico ou incentivar os filhos; na verdade,
alguns estudos mostram que, quando os pais são ativos fisicamente, as
chances de os filhos também aumentam.
O professor de Educação Física, nesse contexto, deve se posicionar
como elemento que integra e promove a prática da atividade física entre os
jovens, seja no ambiente escolar ou em clubes e associações. É o professor
desta área que traduz o conhecimento científico e acadêmico na teoria e
prática da atividade física e do esporte, visando a promoção da saúde.
A Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente
de 1990 preveem o direito dos jovens ao acesso à saúde, informação, cultura,
lazer, esportes e diversão. Com base nessas premissas e considerando a
importância amplamente documentada da prática de atividade física para a
prevenção, manutenção e recuperação da saúde da população pediátrica, a
Sociedade Brasileira de Pediatria compôs um grupo de trabalho para
desenvolver o presente manual sobre “Promoção da Atividade Física na
Infância e Adolescência”. Esse manual tem o intuito de fornecer subsídios para
que pediatras, educadores, escolas e pais sejam agentes de estímulo
constante de fomento para o aumento da prática de atividade física pela
população pediátrica. Orientações e recomendações direcionadas
especificamente para crianças e adolescentes também foram desenvolvidas
visando contribuir para o empoderamento dos jovens no caminho da adesão a
um modo de vida mais ativo. Por fim, sugestões de políticas públicas de
promoção da atividade física na infância e adolescências são delineadas.
Orientar os filhos, sobre os benefícios da prática regular de atividade física
ao crescimento físico e saúde óssea, cardiovascular e metabólica. Enfatizar as
atividades físicas feitas em conjunto com a família, estreitando os laços afetivos
entre seus membros. • Incluir nas avaliações de rotina protocolos de
atendimento que permitam tanto a prevenção como o diagnóstico e tratamento
dos danos à saúde física, decorrentes da prática insuficiente de atividade física,
tais como: obesidade, pressão arterial elevada, hiperinsulinemia, hiperglicemia,
dislipidemias e síndrome metabólica.
TRABALHO

DE

ED.FÍSICA
ESCOLA: CAMINHO DO FUTURO
ALUNO: JOÃO VICTOR CARVALHO BELO
SERIÉ: 9 ANO TURMA: 04

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