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O Clima em Uganda.

O clima de Uganda é predominantemente tropical, caracterizado por duas


temporadas de chuva anuais, que ocorrem de março a maio e de setembro a
dezembro. Contudo, a região norte do país, que abrange cerca de um quarto de sua
extensão, apresenta um padrão diferente, com uma estação chuvosa única, que vai
de março a outubro. Esse padrão se dá, pois a parte norte do país está fora do
cinturão tropical. O restante de Uganda está localizado em uma zona climática
equatorial relativamente úmida, onde a topografia, os padrões de massas de ar
predominantes, e a presença de grandes corpos hídricos influenciam
significativamente a distribuição das chuvas em todo o território. A posição
geográfica do país nos trópicos e sobre o equador faz com que seu clima e
estações sejam influenciados por grandes sistemas climáticos, como a Monção
Indiana, a massa de ar do Congo, o Dipolo do Oceano Índico (IOD) e a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT). Além disso, Uganda também é afetada pela
Oscilação Sul do El Niño (ENSO), que é uma das principais causas da variabilidade
das chuvas, tanto intra-anuais quanto inter-anuais.

As consequências mais notáveis desses fenômenos climáticos são


observadas durante a estação chuvosa de setembro a dezembro, quando o El Niño
geralmente está associado a eventos climáticos extremos, como as inundações. De
modo semelhante, durante La Niña, o país sofre com a predominância de secas. As
áreas do sul de Uganda recebem anualmente cerca de 600 e 2.200 mm de chuva,
enquanto no norte, a quantidade varia entre 400 e 1.600 mm por ano. A distribuição
da precipitação é bastante diversificada em todo o país, com regiões como
Karamoja recebendo quantidades mínimas de chuva, em torno de 400 mm,
enquanto áreas próximas ao Lago Vitória e ao Monte Elgon recebem as maiores
quantidades, chegando a 2.200 mm. No geral, as temperaturas em Uganda são
moderadas ao longo do ano, mas a topografia variada resulta em uma ampla gama
de temperaturas, desde 0°C nas Montanhas Rwenzori e no Monte Elgon, até 30°C
nas áreas nordestinas de Gulu, Kitgum e Moroto. As Montanhas Rwenzori possuem
geleiras permanentes, mas devido ao aumento das temperaturas, a cobertura de
gelo diminuiu significativamente entre 1987 e 2003 e é esperado que desapareça
até 2040. Isso terá implicações importantes nos recursos hídricos da região, nas
atividades de subsistência e provavelmente influenciará seu perfil epidemiológico.

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