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1 - Notas de Aulas 6 1
Sumário
Potencial Escalar Eletrostático no vácuo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Exemplo: Campo e Potencial Elétrico de uma distribuição esférica superficial
de cargas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Potencial e Campo Elétrico produzidos por uma distribuição de cargas superfi-
cial arbitrária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Bibliografia:
~ ~r −1 ~r − ~r′
∇ = . (1)
|~r − ~r′ | |~r − ~r′ |3
Transpondo o operador gradiente em ~r para fora de integral que é realizado em r~′ , resulta:
Z
~ r ) = −∇
~ 1 1 ~ r)
E(~ ′
ρ(~r ) ′
dv = −∇Φ(~ (2)
4πǫ0 V |~r − ~r′ |
| {z }
Φ(~
r)
Z
1 ρ(~r′ )
Φ(~r) = dv ′ Potencial Escalar Eletrostático (3)
4πǫ0 V |~r − ~r′ |
Observações:
~ ×E
• ∇ ~ ≡ 0 desde que ∇
~ × ∇Φ
~ ≡ 0.
~ = −∇Φ
• E ~ em decorrência do caráter central da força eletrostática (vide identidade (1)).
Z Z
1 σ(~r′ )ds′ 1 λ(~r′ )dl′
Φ(~r) = , Φ(~r) =
4πǫ0 V |~r − ~r′ | 4πǫ0 V |~r − ~r′ |
Z ~
r
Φ(~r) = − ~ r ′).d~l,
E(~
O
de acordo com a definição do potencial escalar de um campo vetorial, como visto na Aula 3.
Esta definição está relacionada com o trabalho exercido por um agente externo para deslocar
uma carga q entre dois pontos contra as forças do campo!
~ext = −F~E = −q E
Sejam dois pontos A e B , e seja F ~.
Logo:
Z B Z B
bc
W = − F~E · d~l = −q ~ · d~l
E
A A
B
Z B Z B
= q ~
(∇Φ) · d~l = q dΦ =
A A
~
E
= q [ΦB − ΦA ] = UB − UA
onde
U = qΦ
Observações:
H
• A integral do campo eletrostático em uma curva fechada é nula ~ · d~l = 0.
E
Considerar uma distribuição de cargas σ , uniforme, superficial e esférica de raio a, com carga
total Q = 4πσ a2 , como mostra da figura (a) abaixo.
Em face da simetria esférica da distribuição de cargas, a Lei de Gauss é bastante útil e
pode ser usada para calcular o campo dentro e fora da superfície esférica, usando-se uma
superfície gaussiana esférica e concêntrica, mostrada na figura (b):
(a) (b)
Considerar a expressão da Lei de Gauss para o fluxo total
I Z
FE = ~ · n̂ds = 1
E ρ(~r′ )dv ′
S ǫ0 V
Como o campo elétrico será radial por simetria, a integral do lado esquerdo resulta em:
I I I
~ · n̂ds = E
E r̂ · n̂ds = E ds = E(4πr 2 )
S S S
~ = 1 Q ~ σ a2
E ǫˆr , ou E= ǫˆr r≥a
4πǫ0 r 2 ǫ0 r 2
~ = 0,
E r<a
Usando-se a definição de potencial podemos calcular a integral de linha desde o infinito (to-
mado como referencial nulo) até o ponto P , exterior à superfície de cargas, através de uma
trajetória radial (para simplificar, óbvio):
Z P Z ∞
Φ(P ) = − ~ r ′ ) · d~ℓ′ =
E(~ ~ r ′ ) · d~ℓ′
E(~
∞ P
Q 1
4πǫ r , r≥a
0
Φ(~r) =
Q 1
, r≤a
4πǫ0 a
Observações:
Cálculo Alternativo:
Z
σa2 π senθ dθ
= √
2ǫ0 0 r 2 + a2 − 2 r a cos θ
| {z }
I
−1 hp p i
= (r − a)2 − (r + a)2
ar
IMPORTANTE:
Neste ponto, é preciso separar as regiões onde r > a (fora) e r < a (dentro) da casca esférica
para considerar as raízes positivas no cálculo de I , evitando ambiguidades.
p p
Assim, para r > a (fora) deveremos ter (r − a)2 = (r − a) e para r < a, (r − a)2 = a − r .
Desta maneira,
2
2 σa
r > a,
ǫ r r > a, (fora)
r 0
I= =⇒ Φ=
2 σa
r < a.
r < a, (dentro)
a ǫ0
(r)
( )
=!
r
esféricas por
q 1 1
Φ(r, θ, φ) = −
4πǫ0 r1 r2 q1 bc ~r
onde as distâncias r1 e r2 podem ser expressas por: d θ
p
r1 = r 2 + (d/2)2 − r d cos θ, O b
p
r2 = r 2 + (d/2)2 − r d cos(π − θ),
q2 bc
Obs:
p~ = q d~
onde, neste caso, d~ é o vetor de posição que vai da carga negativa para a carga positiva.
Assim o potencial pode ser escrito como:
1 ~p · r̂
Φ(r, θ, φ) =
4πǫ0 r 2
∂Φ 1 2p
Er = − = cos θ, 2
∂r 4πǫ0 r 3 2
0 1
1 ∂Φ 1 p
Eθ = = senθ,
r ∂θ 4πǫ0 r 3 -
0
-2
1 ∂Φ
Eφ = = 0. -1
rsenθ ∂φ -4
-4 -2 0 2 4 -2
Na figura ao lado exibimos o po- Equipotenciais do Dipolo Elétrico
tencial do dipolo elétrico em um
gráfico de linhas equipotenciais.
As cores indicam o valor do potencial de acordo com a escala de gradiente ao lado.
Potencial e Campo Elétrico produzidos por uma distribuição de cargas superficial arbi-
trária σ(~r)
Usar a Lei de Gauss e considerar uma superfície Gaussiana cilíndrica de base S e altura
infinitesimal ǫ,
Z Z Z
~ 1 1
Φ= E·n̂da = ρdv = σda
S ǫ0 V ǫ0 S
(5)
(E ~ 1 ) · n̂ = σ
~2 − E (7)
ǫ0
ou seja,
Obs: Para algumas distribuições com propriedades de simetria é possível obter o campo elé-
~ diretamente da Lei de Gauss. Ex: placa infinita com distribuição de cargas uniforme.
trico E
H
Usar a condição ~ · d~l = 0 sobre uma trajetória retangular paralela à superfície e com altura
E
infinitesimal ǫ0 .
I Z Z
lim ~ · d~l1 =
E ~ 1 · d~l +
E ~ 2 · d~l2
E → (E2t − E1t ) = 0 ∴ E2t = E1t (8)
ǫ→0 1 2