Você está na página 1de 52

NOTÍCIAS DO MUTUALISMO

Informação Quadrimestral
Revista n.º 7 - III Série
junho de 2014
ISSN 2183-1114

É nosso dever estar


do lado de quem quer
fazer, é nossa vocação
estar do lado de quem
quer fazer pelo bem dos
outros

Paulo Portas

Estado Social
Proximi
dade, ov
Inação e clus
In ão
Agostinhoranquinho
B
RESUMO

0
3 | EDITORIAL • Testemunho das Associações Mutualistas

por Luís Alberto Silva 31 | MUTUALIDADES NA EUROPA

4 | EM ENTREVISTA • Os Fundos de Saúde Mútuos da Grécia e o

Paulo Portas seu papel na Atual Circunstância Decor-

8 | MUTUALIDADES E SAÚDE rente da Crise

• Prevenir para Ganhar • O Papel e a Importância da Mutualidade

10 | MUTUALIDADES Italiana FIMIV

• Associação de Socorros Mútuos <<Monte- 39 | FORMAÇÃO EDUCAÇÃO

pio Filarmónico >> • Formação-Ação

• Associação Oliveirense de Socorros Mú- 40 | BOAS PRÁTICAS

tuos 42 | EVENTOS

• Associação Mutualista dos Trabalhadores 44 | PROJETOS

da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul 46 | ATIVIDADES DA UMP

20 | ECONOMIA SOCIAL • Maio

• Portugal participa no V Forúm Interconti- • Abril

nental do Mutualismo • Março

21 | RETRATO DO PAÍS • Fevereiro

• As Respostas de Apoio aos Idosos das • Janeiro

Mutualidades

Propriedade e Edição UNIÃO DAS MUTUALIDADES PORTUGUESAS


Editor Luís Alberto Silva • Redação Gabinete de Comunicação e Imagem • Designer União das Mutualidades Portuguesas
Fotografia União das Mutualidades Portuguesas • Fotocomposição UMP • Impressão GrafiEstrela
Tiragem 400 exemplares • Depósito Legal 366134/13 • ISSN 2183-1114 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Contactos: UNIÃO DAS MUTUALIDADES PORTUGUESAS - Praça Francisco Sá Carneiro nº10,1º dto./esq.-1000-160 Lisboa - Tel: 218 446 170 -
Fax: 218 446 176
www.mutualismo.pt • e-mail: uniao@mutualismo.com
Contacto para Publicidade: uniao@mutualismo.com
Publicação escrita conforme o Acordo Ortográfico.
Os artigos assinalados são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

2
EDITORIAL

Q uero deixar aqui os meus agradecimen-


tos ao Dr. Paulo Portas pela entrevista
que nos concedeu e permito-me destacar
das declarações do Vice-primeiro-ministro a
sua afirmação de que a nova Lei de Bases da
Economia Social constitui “os alicerces para
que este setor se vá afirmando como econo-
micamente competitivo. Tudo isto, enquanto
fortalece a sua rede de solidariedade, che-
gando cada vez mais àqueles que mais pre-
cisam”, para, logo de seguida, acrescentar
que “É nosso dever estar do lado de quem
quer fazer, é nossa vocação estar do lado de
quem quer fazer pelo bem dos outros”.

Destaco, também nesta edição, as Jornadas


Mutualistas Regionais, importante espaço
de diálogo entre a União das Mutualida-
des Portuguesas e as Associações Mutu-
alistas, na sequência de quatro meses em
que procuramos identificar e implementar
respostas de modo a que as associações
possam atuar no terreno e desempenhar o
seu papel de uma forma mais coesa e ativa.

Estou confiante que as instituições da Economia Social estão no caminho da modernização, da


formação e da qualificação, valores que sempre defendi, pois é fundamental que o conhecimen-
to esteja no âmago das instituições para que estas prestem um bom trabalho junto das popula-
ções mais desfavorecidas e carenciadas.

Nunca esqueçamos que o objetivo maior do mutualismo consiste em assegurar o bem-estar das
populações e a coesão das comunidades locais, pelo que a preparação do movimento mutualista
para estes fins de proteção social é um imperativo que se coloca a todos os seus dirigentes.

Neste contexto, quero reforçar a total disponibilidade da UMP para apoiar as mutualidades no
desenvolvimento de projetos e candidaturas no espaço do novo quadro comunitário de apoio –
Portugal 2020 –, nomeadamente no âmbito dos Programas Operacionais Regionais.

Relevo, igualmente, o trabalho contínuo, desenvolvido pela UMP, junto das entidades da Eco-
nomia Social na Europa, nomeadamente a AIM, a ODEMA, a MGEN, ... num trabalho contínuo de
internacionalização do Mutualismo, estabelecendo parcerias de cooperação, capazes de projetar
internacionalmente o intenso trabalho que temos desenvolvido a nível nacional.
Saudações mutualistas!
Luís Alberto Silva
Presidente do Conselho de Administração da UMP

3
EM ENTREVISTA

Entrevista a Paulo Portas


Vice-Primeiro-Ministro de Portugal
Que importância atribui ao contributo das Entida-
des da Economia Social Solidária, enquanto parcei-
ras do Estado?

O contributo da Economia Social é hoje valiosíssimo.


Dele beneficiam os portugueses diretamente e tam-
bém o Estado, que ali encontra um parceiro na missão
fundamental de prover pelos que realmente precisam
de apoio no seu dia-a-dia.

Os números demonstram-no bem. É um setor que re-


presenta hoje cerca de 5 por cento da nossa economia
e 250 mil postos de trabalho. São mais empregos re-
munerados, por exemplo, do que a totalidade do em-
prego do sistema financeiro.

Paulo Portas,
Temos agora uma nova Lei de Bases da Economia So-
Vice-Primeiro- Ministro de Portugal
cial, aprovada por unanimidade. São os alicerces para
que este setor se vá afirmando como economicamente
competitivo. Tudo isto, enquanto fortalece a sua rede Muitas das organizações da Economia Social So-
de solidariedade, chegando cada vez mais àqueles que lidária têm sido, ao longo de décadas, parceiras
mais precisam. com respostas às necessidades e vulnerabilidades
do Estado Social, devido às suas características de
proximidade com as pessoas concretas e os seus
Depois de anos muito difíceis para todos nós, a eco- problemas. Neste contexto, qual vai ser o papel
nomia portuguesa está novamente a crescer. Todas as futuro destas instituições?
previsões que temos em cima da mesa apontam para
que esse crescimento venha a ter seguimento nos pró-
ximos anos. Durante os anos mais complicados deste Instituições sociais, associações, instituições particu-
período recente, a sociedade civil deu provas de vi- lares de solidariedade social, mutualidades e tantas
talidade na solidariedade – não o esquecemos e não organizações vocacionadas para o serviço social têm
o esqueceremos. Foram as instituições deste setor a, dado um contributo muito importante. Este trabalho
muitas vezes, promover a economia local, na linha da tem de ser reconhecido, é justo que o façamos. E tem
frente, por nunca se deslocalizarem, assim combaten- vindo a ser reconhecido, de uma forma pragmática,
do a desertificação. com o estabelecimento de um novo modelo de respos-
ta social, virado, justamente, para a parceria.
Daqui para a frente, acredito que a Economia Social vai
ver o seu papel reforçado, e todos temos a ganhar com «Temos agora uma nova Lei de Bases da
isso. É nosso dever estar do lado de quem quer fazer, é Economia Social, aprovada por unani-
nossa vocação estar do lado de quem quer fazer pelo
midade. São os alicerces para que este
bem dos outros.
setor se vá afirmando como economica-
mente competitivo.»

4
EM ENTREVISTA

Apesar do memorando da troika, apesar também da ficas das famílias. Para nós, o investimento feito nesta
desconfiança daqueles para quem o Estado é a única rede é largamente mais eficiente do que a interven-
resposta, conseguimos salvaguardar a economia so- ção centralizada, frequentemente mais distante e de
cial. Ao nível fiscal, com a isenção do IMI ou por via maior burocracia do Estado central.
da isenção em sede de IRC. E também acautelando a
devolução do IVA gasto em obras para as instituições, Para o setor social, será muito importante o horizonte
o que significa valores bastante elevados. Se por ano da segunda metade da legislatura: é quando espera-
lhe somarmos o encargo que as instituições teriam mos concluir a política de concessão de equipamentos
com a contratação de revisores oficiais de contas – cuja sociais, através de concursos e contratos de gestão.
isenção também agora assegurámos, estamos a falar
de despesas com custos de contexto que a economia Ainda no âmbito da pergunta anterior, que achou
social não poderia suportar, e que desviariam recursos das propostas e considerandos da UMP sobre o
da missão essencial, que é social. Guião para a Reforma do Estado?

O aumento da verba dos acordos de cooperação, per- Quando convidamos a UMP, juntamente com outras
mite que hoje o Estado invista já cerca de 1,2 mil associações do setor, e parceiros sociais em geral, es-
milhões de euros de acordos de cooperação que ga- távamos seguros de poder contar com contributos vá-
rantem o funcionamento diário das respostas sociais. lidos. E assim foi.
Estamos a estabelecer as fundações para um futuro de
ainda maior dinamismo.
O debate público foi intenso, a maior parte das vezes
inteligente e construtivo. Só por si, estar o país a ter
As instituições representativas da Economia Social esta discussão sobre o Estado que queremos para o
Solidária, particularmente a União das Mutualida- futuro já é uma conquista.
des Portuguesas (UMP), apresentaram, ao Gover-
no, os seus contributos para a Reforma do Estado.
O próximo passo é termos uma versão do Guião que
Neste sentido, quais as áreas que considera funda-
vai ser mais inclusiva, porque também mais represen-
mentais a atuação e intervenção destas entidades
tativa do que os parceiros sociais e os partidos preten-
na reforma do Estado Social? As políticas de refor-
dem. Em breve, será dada a conhecer.
ma a implementar, serão entendidas numa lógica
de partilha de responsabilidades e parceria com a
economia social? Considera necessária a criação de novas formas de
benefícios de proteção social? Quais?
No guião da reforma do Estado, a economia social não
é apenas ator, é uma das personagens principais. Sen- Mais do que novos benefícios, queremos tornar mais
do criadora de emprego e de desenvolvimento nas eficazes os que já existem. Para que os recursos de que
economias locais, assumimos que deve ser um par- dispomos cheguem, cada vez mais, aos que realmente
ceiro privilegiado na aplicação dos fundos comunitá- precisam de apoio.
rios destinados a estimular o emprego, a inclusão e o
capital. Isto vem abrir inegáveis oportunidades para o Isso passa por, neste novo ciclo da legislatura, defi-
setor. nir limites às acumulações de prestações sociais não
contributivas e subsídios gratuitos. É uma questão de
Estabelece-se que a contratualização das funções de equidade e boa administração de recursos: estudar um
solidariedade deve avançar para uma Rede Local de limite de acumulação destas prestações, atribuídas a
Intervenção Social, envolvendo uma vasta parceria do pessoas em idade ativa, mas sem ocupação fixa, com-
Estado com o setor solidário, destinado em particular parando com o rendimento médio dos trabalhadores
às famílias em situação vulnerável. A contratualização menos qualificados que as não recebem, mas pagam
é o caminho para uma gestão de proximidade, tecnica- os seus impostos. A solidariedade é uma política, mas
mente habilitada e ajustada às circunstâncias especí- a subsidiodependência é um abuso.

5
EM ENTREVISTA

Sugerimos que opere para o futuro e apenas a partir


de um certo limite de rendimentos, consensualmente
definido, mantendo-se até esse limite a obrigatorieda-
de do desconto para o sistema público. É, portanto, um
modelo prudente que só deverá avançar com indicado-
res de crescimento à volta de 2 por cento.

Para o sistema de segurança social, o desafio mais im-


portante que se coloca é, precisamente, o de assegurar
o seu futuro.

Afirmou, igualmente, a vontade em promover


uma reforma da Segurança Social, que permita
passar de um sistema de simples repartição, como
é o atual, para um sistema misto que inclua a ca-
No último Congresso do CDS – PP defendeu que a pitalização (com estabelecimento de limites para
reforma da Segurança Social é “essencial para ga- as pensões, mas também para as contribuições).
rantir a sustentabilidade do sistema e as expecta- Como será restruturado o sistema de pensões da
tivas dos atuais contribuintes do sistema”, aquilo Segurança Social? Terão os sistemas profissio-
que chama de “princípio da confiança dos mais nais um papel significativo? Em que medida as
novos”. Que medidas concretas podem ser aplica- mutualidades serão consideradas enquanto par-
das para atenuar desigualdades sociais, propor- ceiras neste sistema?
cionar melhores condições de vida e emprego e
incentivar as gerações mais novas a construir um A evolução parcial do sistema para uma parcela de
futuro em Portugal (natalidade, empreendedoris- capitalização já era proposto pelo Livro Branco da
mo, habitação, educação, proteção social)? Segurança Social de 2000. Agora, sabemos que uma
reforma neste sentido necessita de uma conjuntura
Temos de ver as coisas com muito realismo, sem fa- específica de crescimento económico, com significado
cilitismos ou demagogia, porque esta é uma questão e durabilidade. Sem esse cenário económico, as refor-
que nos acompanha há largos anos e que vai continuar mas podem ter efeitos perversos. Trata-se de um setor
connosco. Portugal é hoje, demograficamente, um país muito sensível.
a envelhecer. Por outro lado, os níveis de crescimento
económico da última década são manifestamente in- A elaboração de um modelo para a reforma deverá ser
suficientes. Isto aconselha reformas de maior alcance, feita com recurso a técnicos qualificados e abrangen-
evidentemente sujeitos a negociações concretas com tes, e em estreita colaboração com os parceiros sociais
os parceiros sociais. e os parceiros da economia social.

Já foram feitas reformas importantes para acautelar o O nosso país atravessa um grave problema demo-
futuro do sistema – por exemplo, o próprio fator de gráfico, no que respeita à substituição de gera-
sustentabilidade no cálculo das pensões. Às novas ge- ções, que compromete o sistema de Segurança So-
rações de trabalhadores, temos de garantir maior li- cial e o crescimento populacional português. Como
berdade de escolha, de modo a acautelar o seu futuro. encara o Governo esta realidade? Como podemos
Temos proposto, e admitimos no Guião da Reforma do inverter esta tendência?
Estado, um “plafonamento” das contribuições e das
futuras pensões, segundo um modelo de adesão in-
Impõe-se um reforço das medidas que anulem pro-
dividual e voluntária, com expressa manifestação de
gressivamente algumas das causas que explicam esta
vontade dos contribuintes.
tendência. É preciso ter em conta a necessidade de
encontrar novos caminhos para a conciliação da vida

6
EM ENTREVISTA

familiar e profissional das famílias, mas também um Para a aplicação e investimento dos fundos estru-
aumento da rede de apoio às famílias, como aquele turais europeus no nosso país, que áreas/projetos
que temos promovido, em conjunto com as instituições considera que devem ser desenvolvidos pelo setor
sociais. social, em primeira instância?

Desde junho de 2011, recordo, aumentamos a respos- A inclusão social terá agora, pela primeira vez na apli-
ta de creche em mais de 13.000 novas vagas, o que cação de fundos europeus, um eixo próprio. Isto quer
constitui sempre um apoio importante às famílias por- dizer investir mais nas pessoas, e menos nas estrutu-
tuguesas e permitiu a Portugal cumprir com uma das ras físicas. Quer dizer criar melhor emprego, combater
“metas de Barcelona” para 2020. Mas há outras em a pobreza e aumentar a coesão social. Sem esquecer
que estamos a trabalhar no próximo quadro. elevar as qualificações dos portugueses, as suas com-
petências, o seu espaço de criatividade, de inovação e
de realização pelo trabalho.
«É preciso ter em conta a necessidade
de encontrar novos caminhos para a As pessoas são a maior riqueza do país. É nelas que
conciliação da vida familiar e profis- está o nosso melhor investimento, e a economia social
é a rede que as apoia: seja no envelhecimento, nos
sional das famílias, mas também um cuidados de saúde, seja nos primeiros momentos de
aumento da rede de apoio às famílias, vida ou dentro de uma lógica de capacitação, emprego
como aquele que temos promovido, em e inserção.
conjunto com as instituições sociais.»
A internacionalização das mutualidades, através
da aprovação do Estatuto da Mutualidade Euro-
peia, constituirá uma mudança de mentalidades e
Como se sente enquanto membro de um governo de modelo de proteção social europeu?
que aplica as políticas impostas pela austerida-
de que criam desigualdades sociais e colocam os
O modelo social europeu não é só o Estado. Não é ape-
grupos mais desfavorecidos em situação de maior
nas do Estado. Muito menos apenas do Estado central.
vulnerabilidade?
Hoje sabemos que a melhor resposta é aquela que é
dada em parceria. Aquela que conta com o contributo
As políticas inscritas no memorando da troika não fo- de todos. E devemos contar com o contributo de todos.
ram uma opção deste governo. Foram a consequência Não só para assegurarmos a sustentabilidade da atual
do resgate, que a irresponsabilidade financeira tornou resposta e assim a preservamos, como também para
inevitável. Não cumprir o acordo a que Portugal estava garantirmos que é melhor, que tem mais qualidade.
obrigado, num momento histórico em que precisáva-
mos de financiamento externo para manter o Estado
Um dos pilares mais importantes das linhas de
em funcionamento, teria tido consequências muito
ação para o setor social foi constituído em junho
mais nefastas para a sociedade como um todo, e para
de 2013, com a aprovação da Lei de Bases da Eco-
os mais vulneráveis em especial.
nomia Social, objetivando-se o estabelecimento
de um conjunto de normas jurídicas que visem
Dentro desse quadro, procuramos, sempre e em to- garantir a sustentabilidade financeira das institui-
das as instâncias, menorizar o impacto para os setores ções sociais. Há novidades, desde então?
mais frágeis da nossa sociedade. Rejeitámos algumas
medidas, apesar da pressão dos nossos credores. Usan-
Deixemos os grupos de trabalho funcionar, e acredito
do a estreita margem disponível, conseguimos mesmo
que teremos novidades em breve. O objetivo é reforçar
aumentar as pensões mínimas, sociais e rurais, que
a economia social no seu todo. Isso é, desde já, muito
estavam congeladas. Chegados ao final do resgate,
claro.
podemos projetar hoje o futuro com mais confiança.

7
MUTUALIDADES E SAÚDE

PREVENIR PARA GANHAR é um projeto de âmbito na- Este projeto tem como seus principais destinários
cional, que se desenvolve transversalmente em todos aqueles que exigem necessidades de cuidados de saú-
os territórios de cada região, ao longo de 2014. de, potenciais detentores de patologias fruto dos seus
percursos de vida e que carecem de estratégias de vi-
Trata-se de um projeto que resulta de uma candida- gilância. Abrangendo, também, família e comunidade,
tura ao Programa Operacional do Potencial Humano e ainda, elementos de Instituições interessados nos
(POPH), centrado nos objetivos fundamentais da tipo- projetos de vida e bem-estar da comunidade – princi-
logia 6.15 “Educação para a Cidadania – projetos inova- pais vetores da promoção da cidadania ativa, especial-
dores”, através da promoção e concertação de recursos
mente junto dos mais desfavorecidos.
essenciais para a inclusão e a cidadania integral a nível
nacional.
O seu desenvolvimento abrange a realização de várias
atividades, como rastreios de saúde e ações de (in)
O projeto é desenvolvido e coordenado pela União das
formação/sensibilização, que se destinam à promoção
Mutualidades Portuguesas, contando com nove par-
ceiros das diversas regiões do país, nomeadamente, da educação para a saúde, cidadania ativa, bem-estar
oito Associações Mutualistas e a Liga Portuguesa Con- e vida saudável.
tra a Sida. Esta iniciativa conta, ainda, com a estreita
articulação das Administrações Regionais de Saúde, o Estes rastreios de saúde, feitos de forma voluntária,
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança So- confidencial e gratuita, aplicam-se às àreas cardiovas-
cial e o Ministério da Saúde. cular, respiratória, VIH e outras IST’S, audição e visão.

8
MUTUALIDADES E SAÚDE

Com o objetivo de facilitar a todos, os que se encon- ponibilizam, pretendem contribuir para uma cidadania
tram em maior risco de exclusão e sem possibilidades plena baseada no acesso a meios de prevenção e tra-
financeiras de realizar exames periódicos em hospitais tamento junto de pessoas que por diversas razões não
ou clínicas especializadas, o acesso a diagnósticos e o
podem usufruir dos serviços do sistema nacional de
encaminhamento para tratamento de patologias, que
representam, posteriormente, custos acrescidos para o saúde.
Estado em tratamentos e pensões de invalidez.
Pretende-se melhorar as condições de saúde das po-
Neste âmbito, cientes da importância da prevenção e pulações desfavorecidas, a facilitação da interioriza-
dos cuidados de saúde, a União das Mutualidades Por- ção dos conceitos básicos sobre saúde e benefícios
tuguesas, associadas e parceiros desenharam o projeto da prevenção e tratamento de doenças, assim como,
PREVENIR PARA GANHAR assente em três prioridades:
oferecer recursos informativos de saúde e inclusão,
igualdade de género, igualdade de oportunidades e
inovação. dirigidos aos beneficiários individuais e institucionais,
contribuindo para uma futura criação de redes de pre-
As entidades parceiras, pela sua abordagem e concer- venção, capacitação e sustentabilidade, no período
tação dos recursos e ferramentas existentes que dis- pós-projeto.

9
MUTUALIDADES

Associação de Socorros Mútuos


«Montepio Filarmónico»

“Todo aquele, que por excesso de misantropia, procu- João Alberto Rodrigues Costa, descrito como um ho-
rar isolar-se da sociedade, será um infeliz que decerto mem de carácter íntegro e notavelmente enérgico,
se arrependerá do seu imprudente procedimento. É menos notável como artista, mas brilhante como or-
simples a razão. O homem isolado pouco consegue: ganizador, foi a este homem a quem os músicos se
necessita da ajuda do seu semelhante, na maioria dos associaram para fazer prevalecer na sua atuação, o
casos que se lhe deparam na vida. E assim nasce a ideal dos benefícios coletivos sobre os individuais, ao
ideia do princípio associativo”. In Subsídios para a His- reorganizar a Irmandade de Santa Cecília e fundado
tória da Irmandade de Santa Cecília e do Monte-Pio o Montepio Filarmónico, em 4 de novembro de 1834.
Philarmonico.
A associação surge numa época em que era indispen-
Atualmente, é a mais antiga das associações de socor- sável a proteção da classe profissional de músicos em
ro mútuo e das primeiras a ser constituída em Portu- dificuldades financeiras, estando assegurado o acesso
gal, estando prestes a comemorar 180 anos. A história a ordenados, mesmo em situações de doença ou de-
do Montepio Filarmónico está profundamente ligada semprego, assim como a subsídios, essencialmente o
à Irmandade de Santa Cecília, por ter sido no seu seio de funeral. Estando prontos a prestar socorro aos seus
que nasceu a associação e durante séculos terem con- irmãos, assistiu-se a um crescimento do número de
tribuído para a criação da proteção entre iguais e a luta associados, que transitavam da Irmandade de Santa
pela dignidade humana, a par de outras corporações, Cecília para o Montepio.
irmandades e confrarias, no espaço social de Lisboa.
Ao longo dos séculos, muitas foram as histórias de re-
A Irmandade de Santa Cecília data de 1603 e foi no formas e renovação do Montepio Filarmónico, que o
ano de 1787 que deixou a Igreja de Santa Isabel e tornaram uma referência na proteção dos profissionais
instalou-se no edifício da Basílica de Nossa Senhora e amadores da arte musical e na conservação do patri-
dos Mártires, no Chiado em Lisboa, assistindo ao nas- mónio dos teatros nacionais e do progresso da música,
cimento do movimento associativo liberal, onde ainda sendo o “caso dos izabelões”, um dos momentos mais
hoje permanece. determinantes no destino da instituição.

10
MUTUALIDADES

Hoje, permanece ligada à sua origem e história, na são os principais benefícios concedidos aos seus as-
Igreja dos Mártires, em Lisboa, e prossegue os mes- sociados.
mos fins para que foi criada, conservando nas suas
instalações todo o espólio de estimado interesse e o Naturalmente, a ligação que a associação mantém ao
legado dos dirigentes e associados, que durante vários ambiente musical possibilita a criação de parcerias
séculos, por ali passaram e construíram a história mu- com Teatros, Conservatórios, Associações de Músicos,
sical da cidade de Lisboa. Bandas Filarmónicas, Escolas Superiores de Música,
entre tantas outras organizações.
Os benefícios complementares de segurança social
como a pensão em caso de invalidez absoluta e A associação é proprietária de três apartamentos em
definitiva e pensão em caso de velhice ou limite de Vila Nova de Milfontes, um excelente destino de férias
idade, o subsídio de funeral e a assistência médica e na Costa Alentejana, que apresenta condições e preços
medicamentosa, prestada no consultório próprio ou muito acessíveis.
através acordos de cooperação com outras entidades
Entrevista ao Presidente da Direção da Associação de Socorros Mútuos
«Montepio Filarmónico», Alberto Campos

Alberto José da Silva Campos, Presidente da Direção da Associação de Socorros Mútuos «Montepio Filarmónico»

A Associação de Socorros Mútuos “Montepio Filar- sociativa da instituição? Em que classes etárias se
mónico” é a mais antiga das Associações Mutu- inserem?
alistas que atualmente existem no país. Em sua
Sim, porque sendo uma associação de classe, os esta-
opinião como vê a evolução do movimento mutu-
tutos a isso obrigam. A maioria dos associados estão
alista em Portugal?
acima dos cinquenta anos, mas estamos a trabalhar no
sentido da renovação.
Na minha opinião, o movimento mutualista tem feito
um grande trabalho em prol da população nas áreas
Pretendem alargar os benefícios a outro público?
onde está implementado, mas deve trabalhar no sen-
De que forma poderá a associação captar mais as-
tido de uma maior colaboração e interação das suas
sociados, nomeadamente da classe profissional
valências que possibilitem a cobertura total do país.
para que está vocacionada?

A Associação de Socorros Mútuos “Montepio Fi- Alterámos os estatutos e criámos mais duas catego-
larmónico” tem como objetivo base a proteção rias de associados: Solidários (pessoas com ligação às
da classe de profissionais da música. Continuam artes, à ciência ou à educação), e Estudantes (pessoas
estes a constituir maioritariamente, a massa as- de ensino público, privado ou cooperativo de música).

11
MUTUALIDADES

Para que a associação cresça, será necessário uma e uma mais-valia para futuras parcerias que a associa-
maior oferta de valências partilhadas e que deve ser a ção possa fazer.
função maior do mutualismo.
Quais as principais dificuldades que o “Montepio
Considera que o “Montepio Filarmónico” conse- Filarmónico” enfrenta atualmente?
guiu, ao longo dos séculos, adaptar-se às necessi-
dades e interesses dos associados? As principais dificuldades residem na renovação e no
crescimento dos seus associados, assim como no espa-
Enfrentando muitas dificuldades, sempre conseguiu ço disponível para albergar mais valências.
adaptar-se, mantendo o equilíbrio necessário para as-
segurar as suas obrigações e o futuro. Que projeto tem a associação para o médio/ longo
prazo?
Em sua opinião, de que forma, ou através de que
práticas, as associações mutualistas podem captar Temos o sonho de, um dia, podermos construir a casa
mais associados? do músico, onde seja possível ter instalações e serviços
adequados que proporcionem uma boa qualidade de
Como já referi, só a partilha de sinergias e o associati- final de vida a todos os associados que necessitem.
vismo verdadeiro é que podem conduzir a um cresci-
mento sustentado. Para que as mutualidades possam prosseguir o
seu trabalho, quais os protocolos e parcerias que,
Quais são as modalidades de benefícios mais pro- em sua opinião, são mais urgentes concretizar e
curadas pelos associados? renovar?

São a assistência médica e medicamentosa. Na minha opinião, é urgente patrocinar e fazer fun-
cionar todas as plataformas e parcerias que possam
De que forma é prestada a assistência médica e abranger o maior número possível de associados, po-
medicamentosa aos associados, e que protocolos tenciando a missão do mutualismo, a entreajuda e
e parcerias têm estabelecido? os benefícios coletivos. Quanto mais parcerias e be-
nefícios em rede, mais facilmente os mutualistas têm
Através de consultas na sede da associação, uma vez acesso aos serviços de qualidade que são prestados
por semana e comparticipação nos medicamentos. pelas associações.
Neste momento, temos protocolos com uma clínica
médica, com várias especialidades, com um gabinete Na sua opinião, qual o papel que as associações
de quiroprática, assim como com o instituto da prósta- mutualistas devem ter para promover a divulga-
ta, com preços mais atrativos. ção e o desenvolvimento do movimento mutualis-
ta?
Como a associação garante a sua sustentabilidade
financeira? Devem ser o motor da solidariedade, sem rivalidades
nem interesses mesquinhos, remando todos para o
A associação garante a sua sustentabilidade através de lado do desenvolvimento social e sustentado.
aplicações financeiras.
Qual a importância que atribui à Plataforma Mutu-
Em 1991 a associação realizou um investimento alista? Em que medida contribuirá para a moderni-
em Vila Nova de Milfontes. Qual a sua importância zação do mutualismo? Pensa aderir?
atual?
Atribuo a maior importância, pois vem preencher uma
Sim, a associação investiu num Centro de Repouso e lacuna que nem todos podem ambicionar. Só com uni-
de Férias (CREFE), embora a taxa de ocupação, neste dade e partilha é que poderemos servir muitos mais.
momento, não seja muito elevada, é um valor seguro

12
MUTUALIDADES

Este ano, vamos comemorar 180 anos e estamos a pre- As vantagens são: a troca de experiências e identifica-
parar um ciclo de concertos com as bandas militares e ção das dificuldades; aproveitamento de sinergias e a
militarizadas, que esperamos poder realizar. Também possibilidade de parcerias.
vamos trabalhar numa exposição sobre a nossa his-
tória, mas, logo que consigamos as devidas autoriza- Tem alguma sugestão/observação a acrescentar a
ções, faremos a respetiva publicação/divulgação. esta iniciativa?

Qual a sua opinião sobre a realização das Jornadas Gostaria que a Plataforma Mutualista fosse bem divul-
Mutualistas Regionais? E quais as vantagens que gada, assim como o seu funcionamento.
identifica neste modelo de iniciativa?

Penso que é uma boa iniciativa e possibilita um melhor


conhecimento da realidade das diferentes associações.

Associação Oliveirense de Socorros Mútuos

A Associação Oliveirense de Socorros Mútuos, fundada


em 21 de maio 1893, abrange as regiões de Vila Nova
de Gaia e Porto e conta, hoje, com cerca de 12.300
associados.

Possibilita aos seus associados benefícios na área da


saúde, como um conjunto de especialidades médicas,
em instalações médicas próprias e através da parceria
com a Liga das Associações de Socorro Mútuo de Vila
Nova de Gaia, que em média tem 1800 consultas anu-
ais, correspondente aos associados.

O protocolo existente entre estas entidades veio per-


mitir a criação de uma Parafarmácia, em 2009, na qual
os associados usufruem de 10% de desconto em qual-
quer um dos serviços prestados.

A associação, atualmente com cerca de 12.500 asso-


ciados, disponibiliza ainda serviços como o apoio do-
miciliário e a concessão de subsídio de funeral e, re-
centemente, detém um equipamento intergeracional
denominado “Quinta dos Avós”, que abarca as respos-
tas sociais de Lar de Idosos e Creche.

13
MUTUALIDADES

Entrevista ao Presidente da Direção da Associação Oliveirense de


Socorros Mútuos, Manuel Santos

Manuel Santos - Presidente da Direção da Associação Oliveirense


de Socorros Mútuos

Quais os serviços mais procurados pelos associa- Que importância atribui ao subsídio de funeral nos
dos? dias que correm?

É muito importante devido às dificuldades que a popu-


Os serviços mais procurados são as análises clínicas e
lação atravessa, atualmente.
consultas médicas.
Com a abertura da creche e lar “Quinta dos Avós”
As especialidades mais solicitadas pelos associados a associação cobrirá uma grande necessidade
são as de clínica geral, medicina dentária e pediatria. existente no concelho. Já tem muita procura? Para
além desta, quais as maiores necessidades sociais
No entanto, todas as outras especialidades funcionam existentes no concelho?
por marcação.
Temos, neste momento várias inscrições de associados
e da população em geral. Para além desta, as maiores
Para além da clínica própria, os associados podem
necessidades do concelho são, sem dúvida, o acolhi-
usufruir dos serviços da Liga de Gaia. Que serviços mento dos idosos porque cada vez se sentem mais
são mais procurados junto da Liga? abandonados.

São procurados, especialmente, as especialidades de Como a associação garante a sua sustentabilidade


financeira?
cardiologia, dermatologia, oftalmologia, otorrino, en-
tre outras. Através das cotizações e de outras receitas, nomeada-

14
MUTUALIDADES

mente, consultas médicas. Fale-nos do Projeto “Desafios”?

Fale-me da importância do complexo intergeracio- O projeto “Desafios” continua a ser desenvolvido.


nal para a população de Vila Nova de Gaia? Trata-se de um projeto de avaliação anual, pelo que
a sua continuidade está dependente dessa mesma
Tem uma grande importância para o concelho e, em avaliação. O Projeto tem vários públicos-alvo, pelo que
especial, para a freguesia porque existem muitas ca- podemos dizer que abrange cerca de duas centenas de
rências, principalmente de pessoas idosas. É importan- crianças e jovens e cerca de 50 famílias.
te a troca de experiências e vivências entre crianças e
idosos, porque as crianças podem aprender algo mais
Que respostas estão por contemplar na atividade
com os idosos e a sua vivência torna-se salutar.
das Associações Mutualistas em Portugal, com vis-
ta a alcançar melhor e de forma mais eficiente às
necessidades das famílias portuguesas?

Estão a faltar, principalmente, alguns apoios que toda


a gente gostaria de dar, contudo, sem alguns subsídios
estatais não vale a pena avançar e “dar voos muito
altos”. Porém, considero que protocolos entre nós, mu-
tualistas, serão muito positivos para as valências que
já temos, nomeadamente, a troca de algumas valên-
cias que sejam úteis, assim como refeições, apoio do-
miciliário e apoio médico.

Na sua opinião, qual o papel que as associações


mutualistas devem ter para promover a divulga-
O serviço de Apoio Domiciliário auxilia muitas fa-
ção e o desenvolvimento do movimento mutua-
mílias? Que constrangimentos existem para o de-
lista?
senvolvimento do mesmo?

Devem arranjar, cada vez mais, sócios novos e, em es-


A valência do apoio domiciliário atende cerca de 35
pecial, jovens porque os novos querem regalias dife-
idosos, mensalmente. Em face das dificuldades econó-
rentes e já pouco interesse mostram pelo subsídio de
micas de muitos agregados familiares e dos problemas
funeral. Por isso, temos todos que dar a conhecer o que
de desemprego, verifica-se que muitos idosos, outrora
é o movimento mutualista e prepará-los para começa-
beneficiários do serviço, ficam agora com as respetivas
rem a integrar-se nesse mesmo movimento.
famílias.. Os constrangimentos são apenas de origem
financeira (por parte das famílias).
Esta entrevista data de março, antes da Tomada de Posse
dos novos Orgãos Associativos da Associação Oliveirense
Em sua opinião, de que forma, ou através de que de Socorros Mútuos, pelo que o atual presidente é agora
práticas, as associações mutualistas podem captar Daniel Vitorino Pereira de Sousa
mais associados? Que exemplos de boas práticas
desenvolvidas por esta associação quer referir?

O espelho da associação está nos seus funcionários,


porque são eles que recebem os associados e o pú-
blico em geral, por isso penso que a formação e as
suas boas práticas de atendimento são cada vez mais
necessárias.

15
MUTUALIDADES

Associação Mutualista dos Trabalhadores da Câmara


Municipal de S. Pedro do Sul

A Associação Mutualista dos Trabalhadores da Câmara Os associados beneficiam, igualmente, de condições


Municipal de S. Pedro do Sul é das mais recentes asso- preferências a um conjunto de bens e serviços, pelas
ciações mutualistas constituídas em Portugal, data de parcerias celebradas entre a associação e outras enti-
8 de março de 2002. dades ou empresas, nomeadamente nas áreas de des-
porto e lazer, automóvel, restauração, moda e beleza,
Com o objetivo de prestar proteção dos riscos sociais vestuário e calçado, turismo, entre outras.
aos trabalhadores da Câmara Municipal de S. Pedro do
Sul, esta associação garante benefícios complemen- Podem tornar-se associados da instituição todos os tra-
tares de saúde - como a assistência medicamentosa, balhadores da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul,
consultas médicas e o acesso, por via de acordos cele- assim como os seus familiares (cônjuge e filhos), inde-
brados, a serviços médicos em condições preferenciais pendentemente do seu contrato de trabalho.
- e benefícios de segurança social através da prestação
de subsídio de reforma e serviços de ação social, como
uma creche, infantário e ATL.

16
MUTUALIDADES

Entrevista ao Presidente da Direção da Associação Mutualista dos


Trabalhadores da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul,
José Carlos de Almeida

Por fim, é de considerar os apoios ao associado em


termos educativos. Nesta área, temos previsto em
regulamento e com muita procura por parte dos as-
sociados, o apoio aos manuais escolares, o apoio ao
ingresso universitário, e o prémio de mérito educativo,
atribuído anualmente ao melhor desempenho escolar,
do 1º nível educativo até ao secundário.

Que protocolos e parcerias tem a Associação com


entidades, nomeadamente na área a saúde?

Na área da saúde e para que o benefício da saúde se


traduza num maior impacto para o associado, a asso-
ciação mutualista efetivou acordos com clínicas locais,
sobretudo na área médica dentária e em especialida-
José Carlos Almeida - Presidente da Direção da Associação
des médicas diversas, onde destacamos a pediatria,
Mutualista dos Trabalhadores da Câmara Municipal de S.
oncologia, dermatologia, endocrinologia, gastroente-
Pedro do Sul
rologia, ginecologia e cardiologia, incluindo, também,
Esta Associação tem como um dos principais bene- alguns exames de especialidade, por exemplo eletro-
fícios, a assistência médica e medicamentos, no- cardiogramas e o holter 24 horas.
meadamente como complemento à ADSE. Como se
traduz este apoio? Ou seja, são acordos que visam diminuir a despesa dos
associados em diferentes vertentes para que possam
Este apoio, como está implícito na pergunta, visa clara- ter uma qualidade de vida minimamente dignifican-
mente suportar, numa base de complemento à ADSE, te sem o peso constante das despesas de saúde, ou
os associados com despesas de saúde em três áreas pelo menos minorar os seus custos, como maior bem
distintas: consultas médicas de âmbito genérico, es- a preservar.
tomatologia e medicamentos. Em função da quota es-
colhida para a modalidade saúde (quota de 5 ou 10 Por outro lado, a associação mutualista estabeleceu
euros mensais), o associado efetivo e respetivos fami- um conjunto de protocolos de colaboração em dife-
liares poderão usufruir, dentro dos plafonds estabeleci- rentes áreas de retalho ou comércio local. É o caso de
dos para as duas modalidades de apoio, dos respetivos protocolos na área do setor automóvel, desporto e la-
complementos, desonerando, desta forma, os custos zer, moda e beleza, vestuário e calçado, escritório e
nestas áreas da saúde. serviços diversos.

Portanto, o associado, além da comparticipação por Para que as mutualidades possam prosseguir o
parte da ADSE, tem igualmente uma comparticipação seu trabalho, quais os protocolos e parcerias que,
que decorre da modalidade associativa para a saúde em sua opinião, são mais urgentes concretizar e
indexados aos valores e plafonds previstos no Regula- renovar?
mento de Benefícios. Neste ponto, pensamos que as áreas a reforçar e a
renovar são, indubitavelmente, o setor da saúde, so-
Ainda relativamente aos medicamentos, a sua com- bretudo ao nível das comparticipações. A este nível,
participação é direta contra fatura de despesa, obser- somos da opinião que seria interessante uma conver-
vados os limites de compartição previstos. gência reforçada entre mutualidades que trabalham a

17
MUTUALIDADES

parte da saúde, num binómio preço/qualidade atrativa comunidade que nos envolve não nos é alheio, nem
para o associado e potenciais associados. poderia ser de outra forma.
Quais os serviços de ação social prestados pela As- Num contexto de crise e de esforço para as famílias, o
sociação? apoio à infância pensamos ser o grande investimento a
fazer, em primeiro lugar pelo Estado, numa conjugação
Além da parte da saúde, como modalidade central
de esforços com o setor social.
desta associação, e atrás focada, esta mutualidade tem
previsto nos seus estatutos a prestação de serviços na E aqui as mutualidades são parceiros ativos. Neste as-
área da ação social. Efetivamente, as respostas que te- peto, as associações mutualistas tem que ser flexíveis
mos a este nível inserem-se no apoio ao pré-escolar e ir ao encontro das reais necessidades dos associados
- crianças dos 3 aos 5 anos - e nas atividades extracur- e restante população que as procuram.
riculares, onde temos a resposta de centro de ativida-
De que forma a associação poderia atuar nos do-
des e tempos livres (CATL). Estas respostas têm acordo
mínios que referiu?
de cooperação com a Segurança Social. Podemos dizer
que temos resposta instalada, nas duas modalidades, Sem querermos desvirtuar a génese da associação,
para 40 crianças, encontrando-se atualmente comple- pensamos o caminho a seguir é dar mais poder de
tamente preenchidas. decisão aos ”associados solidários”. Efetivamente, o
papel que desempenham nas respostas sociais que
Com a atual crise económica quais as modalidades
procuram é demasiado importante para ficarem à mar-
de benefícios mais procuradas pela população e
gem da associação.
quem as procura?
Que atividades culturais e recreativas são desen-
A nossa associação mutualista é de génese “coopera-
volvidas pela associação?
tiva”, isto é, e como indica a própria denominação da
associação, visa um determinado setor específico e/ Em grosso modo, as atividades que atualmente a as-
ou organizacional, no caso, uma autarquia, a Câmara sociação desenvolve são na área da resposta social do
Municipal de S. Pedro do Sul. Portanto, e ao contrá- apoio à infância. Para os associados, temos a progra-
rio da maioria das associações mutualistas, que visam mação anual que tentamos cumprir com as atividades
uma dimensão territorial na sua intervenção, o nosso estipuladas (passeios organizados, eventos de calen-
âmbito é puramente organizacional, neste sentido, os dário, tipo Jantar de Natal, etc.).
funcionários da própria autarquia são o nosso público.
Desde quando funciona o benefício concedido aos
No entanto, as respostas sociais previstas, no caso do associados na compra de manuais escolares e o
apoio à infância, encontram-se abertas à comunida- Prémio de Ingresso Universitário?
de. Justamente nesta vertente, tivemos que proceder
Este é um dos benefícios, embora recente, mais em-
a uma ligeira alteração dos estatutos para colmatar a
blemático da associação. Previsto e aprovado em re-
situação de abertura à comunidade. Com a aprovação
gulamento datado de 2010, já vai no seu terceiro ano
da Direção Geral da Segurança Social, introduzimos a
letivo.
figura do “associado solidário”. Com esta pequena al-
teração, abrimos os serviços da associação, nesta ver- Em termos de suporte financeiro da medida, é um be-
tente, à comunidade. nefício que é absorvido pela quota de solidariedade,
obrigatória para os associados efetivos, portanto não
Quem nos procura nestas respostas (e eventualmente
acarreta custos adicionais para o associado.
noutros serviços) não é associado efetivo, mas pode
aceder aos serviços que a associação comporta. Em termos de adesão, foi uma medida muito bem
aceite por todos os associados. Podemos dizer que co-
Quais as áreas ou apoios sociais que vê necessida-
bre 100% dos associados com filhos em idade escolar,
de de serem desenvolvidas no concelho de S. Pedro
sendo claramente, neste aspeto, um estímulo ao mé-
do Sul? Quais as principais carências da população?
rito e ao reconhecimento do investimento educativo,
Obviamente, sendo uma associação mutualista de cariz por parte dos encarregados de educação, especialmen-
organizacional, no caso autárquico, o que se passa na te na transição para o ensino superior que nos dias que

18
MUTUALIDADES

correm, não é fácil, em termos financeiros, assegurar -se com a reorganização dos serviços em termos de
um ciclo de estudos desta ordem. eficácia e eficiência, indo ao encontro das pretensões
dos associados.
Em sua opinião, de que forma, ou através de que
práticas, as associações mutualistas podem captar Por outro lado, o que se encontra em curso e é o que
mais associados? desejamos, é a certificação da associação em termos
de EQUASS – European Quality Assurance for Social Ser-
Este é o busílis da questão: angariação de associados.
vices, isto é, dotarmos a associação, em todos os pa-
Pensamos que aqui as associações têm que ser efeti-
râmetros, de respostas sociais parametrizadas a nível
vamente práticas e ir ao encontro das necessidades re-
europeu, que se repercute ao nível da excelência na
ais das pessoas: não podem promover “produtos” que,
prestação de serviços quer no seu funcionamento in-
de alguma forma, não respondem às necessidades e/
terno quer, e sobretudo, na satisfação do associado e
ou são desadequados à realidade concreta.
da comunidade envolvente.
Por outro lado, os estatutos e a tutela têm que ser mais Qual a importância que atribui à Plataforma Mutua-
compreensivos para as necessidades reais das Associa- lista? Em que medida contribuirá para a moderniza-
ções Mutualistas para não ficarem condicionadas, na ção do mutualismo?
sua ação, por um espartilho legal.
A nossa associação foi uma das primeiras aderentes a
Como a associação garante a sua sustentabilidade esta plataforma. No mundo virtual em que vivemos,
financeira? E quais a dificuldades que enfrentam por intermédio das Tecnologias de Informação e Co-
atualmente? municação, ficar fora e/ou à margem desta realidade
Esta também é uma questão importante, senão a mais é remeter o mutualismo para a irrelevância.
importante. Como decorre com as demais associações Portanto, esta é uma dimensão demasiado séria para
mutualistas, o equilíbrio financeiro da nossa associação projetar as associações mutualistas e o mutualismo em
não é fácil. Os diferentes compromissos internos e ex- particular na especificidade da economia social, como
ternos que a associação tem que fazer face colocam-na repostas mais atrativas e capacitantes do que aquelas
numa situação premente de défice financeiro. que o setor de mercado oferece, com a devida res-
Obviamente que o grosso da situação financeira da as- ponsabilidade social. Trata-se de uma ferramenta im-
sociação passa pela prestação de serviços e dos acor- portantíssima e poderosa em prol do mutualismo: no
dos (importantíssimos) com a Segurança Social. Esta é reforço da sua imagem e identidade, por mutualidades
principalmente a nossa dificuldade, o equilíbrio finan- que se pretendem pró-ativas e atentas às mudanças
ceiro da instituição. sociais.
Em segundo lugar, a captação de mais associados e, Na sua opinião, qual o papel que as associações
eventualmente, a abertura da associação à circunscri- mutualistas devem ter para promover a divulga-
ção territorial, como zona de influência. ção e o desenvolvimento do movimento mutualis-
ta?
Que projetos a associação tem para médio/longo
prazo? As Associações Mutualistas, cada uma a seu modo,
reproduzem, localmente, o modelo e a filosofia que
Reforço das respostas em curso; maior cobertura dos
suporta o mutualismo, os seus valores e práticas insti-
complementos de saúde (sempre dependente do nú-
tuídas. Diferentes das restantes que operam no desig-
mero de associados e do capital próprio para poder
nado terceiro setor, destacam-se pela responsabilidade
responder a este desafio) e o maior desafio prende-se
social intrínseca ao setor mutualista, pela democratiza-
com o abrir do leque na área de intervenção da saúde,
ção das decisões e pela implicação dos associados na
com a criação de uma farmácia social.
tomada de decisão (assembleias gerais). É isto que di-
Que exemplos de boas práticas desenvolvidas por ferencia as associações mutualistas das demais, como
esta associação quer referir? capital acrescido nas suas comunidades de interven-
Nesta matéria, as boas práticas instituídas prendem- ção.

19
ECONOMIA SOCIAL

Portugal participa no V Fórum Intercontinental


do Mutualismo
pa, África, Ásia e Oceânia – na me-
dida em que consideramos impor-
tante e premente a existência de
uma organização que represente
o movimento mutualista destes
continentes. Como tal pretende-
mos operacionalizar a criação da
Organização Mundial Mutualista
(OMM) ”.

Ainda no âmbito do evento, foi as-


sinado, no dia 25, o Convénio de
Cooperação Internacional, entre
a ODEMA e a UMP, “para desen-
Luís Alberto Silva, Presidente da UMP e Alfredo Sigliano, Presidente da ODEMA volver um sistema de troca de ex-
periências, profissionais, informa-
A União das Mutualidades Portu- alismo mundial. ção e tecnologia, no trabalho de
guesas, representada pelo Presi- difundir o mutualismo no mundo
dente do Conselho de Administra- Para além da Conferência, que as- e toda a ferramenta similar que
ção, Luís Alberto Silva, participou, sinalou o Encontro Intercontinental fomente a redução da pobreza
nos dias 23 e 25 de abril, em do Mutualismo, decorreram reuni- e que fomente a solidariedade,
Buenos Aires, no V Fórum Inter- ões bilaterais, das quais resultou a cooperação, a paz, o progresso
continental do Mutualismo - “El a criação de um grupo de traba- material e espiritual e a compre-
Desarrollo Humano: un objetivo lho composto por personalidades ensão de todos os homens no
prioritário del mutualismo y otras do mutualismo de todo o mundo, mundo”.
organizaciones de la economia so- com o objetivo de facilitar a troca
cial y solidaria”, organizado pela de ideias, experiências e dados A assinatura deste Convénio tra-
Organização de Entidades Mutua- no sentido de ser criada uma Lei ta-se de “uma cooperação que
listas das Américas (ODEMA). de Bases para a Economia Social eleva os princípios e valores do
na América Latina, que abarque a movimento mutualista, dado que
Este evento contou com a pre- diversidade de necessidades das assumimos difundir, desenvol-
sença de representantes mutua- instituições que compõem o setor. ver e expandir o mutualismo no
listas dos diferentes continentes, mundo, os seus princípios, os seus
que discutiram a possibilidade Luís Alberto Silva fez uma breve valores, a sua doutrina, focalizan-
de criação de novos modelos de apresentação do movimento mu- do-se naquilo que é o mais im-
proteção social e de uma parceria tualista português (e europeu), portante, o valor e o respeito pela
global para o desenvolvimento, com especial ênfase na importân- pessoa”, como referiu Luís Alberto
através da criação de redes e de cia do mutualismo no mundo e os Silva.
espaços públicos de interação, as- desafios que Portugal tem vindo
sim como a criação de novos ca- a enfrentar nos últimos meses,
nais de comunicação, com vista referindo “temos vindo a encetar
a fomentar as relações entre os contactos com representantes dos
diversos intervenientes do mutu- cinco continentes – América, Euro-

20
RETRATO DO PAÍS

As Respostas de Apoio aos Idosos


das mutualidades

Em Portugal, no ano de 2013, saúde, para além da integração conjunto de respostas de apoio
existiam 2.020.126 pessoas com e participação ativa dos idosos social para pessoas idosas, no-
mais de 65 anos. Destes, cerca de na construção de uma sociedade meadamente o Serviço de Apoio
2 milhões eram pensionistas de mais atenta e compreensiva com Domiciliário, Centro de Convívio,
velhice, segundo dados da Segu- as problemáticas ligadas ao enve- Centro de Dia, Centro de Noite,
rança Social. Em comparação com lhecimento, do atual e do futuro Estruturas Residenciais, Cantinas
a população jovem, constata-se panorama demográfico em Portu- Sociais e Centro de Férias e La-
que, no nosso país, há 129,4 ido- gal. zer, têm como objetivos principais
sos por cada 100 jovens. promover a autonomia; incentivar
As Associações Mutualistas, de a participação na vida local, as-
O envelhecimento e a longevi- acordo com as áreas sociais em sim como a sua socialização e a
dade da população representam que intervém, representam um relação entre gerações; prevenir
indicadores que, necessariamen- espaço de atuação permanente o isolamento e a solidão, desen-
te, remetem para uma reflexão de apoio à questão do envelhe- volver e fomentar as boas práticas
sobre as respostas sociais que são cimento e de promoção de uma de cuidados de higiene e o con-
prestadas aos idosos e à otimiza- melhor qualidade de vida dos ido- forto pessoal; disponibilizar uma
ção dos recursos e oportunidades sos e das suas famílias. alimentação saudável de acordo
existentes. Estas têm em vista a com as suas necessidades, além
promoção da qualidade de vida, As 12 associações mutualistas
de promover a assistência e pro-
da autonomia e da proteção na que, no país, apresentam um
teção na saúde.

Associação de Socorros Mútuos de S. Francisco de Assis de Anta - Espinho


Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança - Bragança
Associação de Socorros Mútuos “Mutualista Covilhanense” - Covilhã
O Legado do Caixeiro Alentejano - Associação Mutualista - Évora
Montepio Rainha Dona Leonor - Associação Mutualista - Caldas da Rainha
A “Benéfica e Previdente” - Associação Mutualista - Porto
A Previdência Familiar do Porto Associação de Socorros Mútuos - Porto
A.S.M. Nossa Senhora da Esperança de Sandim e Freguesias Circunvizinhas - Vila Nova de Gaia
Associação Oliveirense de Socorros Mútuos - Vila Nova de Gaia
União Mutualista Nossa Senhora da Conceição - Associação Mutualista - Montijo
Associação Socorros Mútuos Marítima e Terrestre da Vila de Sesimbra - Sesimbra
Associação de Socorros Mútuos Setubalense - Setúbal

21
RETRATO DO PAÍS

O Testemunho das Associações Mutualistas


Associação de Socorros Mútuos Nossa Senhora da Esperança de Sandim
Vila Nova de Gaia

2 Estabelecimentos de Centro de Dia que apoiam 80 idosos

Serviço de Apoio Domiciliário - 3 equipas que apoiam 74 idosos, 7 dias da semana

seus trabalhos, para se dedicarem


aos seus idosos. Assim, as nossas
respostas de apoio ao idoso sur-
gem como um complemento na
função da família, ao qual esta re-
corre no sentido de salvaguardar
o apoio e acompanhamento nas
atividades da vida diária e nas
principais necessidades dos seus
idosos.
Por fim, desenvolver respostas de
Os nossos serviços têm, junto dos
apoio social pressupõe trabalhar
idosos e em parceria com suas fa-
com uma população carenciada
mílias, uma função de promoção
a vários níveis, nomeadamente a
do combate ao isolamento e à
nível económico, ou seja, as nos-
solidão, estimulando o acompa-
sas dificuldades assentam numa
nhamento, a companhia, o conví-
“Os nossos serviços têm muita dificuldade principal, a escassez
vio e a participação na vida social
procura. Semanalmente, surgem de recursos financeiros que, por
e comunitária. Outras das nossas
cerca de dois a três pedidos. Em sua vez, se traduzem na escassez
preocupações são os cuidados de
algumas situações, uma vez que, de recursos humanos e materiais,
saúde e acompanhamento mé-
no momento, não temos vagas o que se reflete na nossa capaci-
dico, os quais asseguramos aos
disponíveis em nenhuma das va- dade de resposta aos pedidos que
nossos idosos, bem como a de-
lências, os familiares inscrevem surgem diariamente”.
vida assistência medicamentosa,
os idosos nas listas de espera de
a par da prevenção da perda de
Centro de Dia e Serviço de Apoio
autonomia e mobilidade através
Domiciliário, optando por benefi-
de atividades de estimulação cog-
ciar do serviço onde a vaga ocor-
-gnitiva e motora (ginástica, ioga,
rer primeiro.
atividades recreativas, manuais e
lúdicas).
A zona onde nos localizamos e
intervimos é ruralizada e a emi-
gração um fenómeno evidente. A
par deste fenómeno e devido as
condições socioeconómicas, as fa-
mílias não podem prescindir dos

22
RETRATO DO PAÍS

Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança


Bragança

Centro de Dia apoia 20 idosos

Centro de Convívio apoia 70 idosos

“O Centro de Dia tem como finalidade dar resposta a mais recentes atividades/programas desenvolvidos,
pessoas idosas, em situação de risco ou perda de inde- para além das atividades semanais, foram as aulas de
pendência por um período temporário ou permanente, hidroginástica e o atelier de informática, as quais tive-
contribuindo para que tenham uma vida digna, con- ram muita adesão”.
fortável e saudável, prestando ajuda direta ao idoso e
ajuda direta e indireta à família.

Nesta resposta, proporcionamos atividades de anima-


ção e convívio, promovendo a autoestima e a mobi-
lidade do Idoso, estimulando o seu envolvimento na
vida da Instituição.

Outras das nossas preocupações é o desenvolvimento


de uma maior ligação entre os idosos e a família, refor-
çando os laços afetivos entre eles.

Por sua vez, o Centro de Convívio tem como finalida-


de combater a solidão que os nossos pensionistas e
idosos enfrentam nos dias de hoje e aqui encontram
um espaço onde são acolhidos e participam nas mais
diversas atividades lúdicas e socioculturais.

As atividades são elaboradas e programadas conforme


as necessidades dos nossos idosos, de forma a propor-
cionar um maior desenvolvimento físico-intelectual. As

23
RETRATO DO PAÍS

Associação de Socorros Mútuos de S. Francisco de Assis de Anta


Espinho

Centro de Convívio acolhe 27 idosos

Lar de idosos acolherá 80 idosos (em construção)

A ocupação correta dos tempos mais tempo possível, criando me-


livres por parte da população ido- lhor qualidade de vida, autonomia
sa que se encontra ativa e autó- e retardando a institucionalização
noma, é uma medida profilática do idoso para respostas muito
fundamental, que previne e reduz mais dispendiosas e com custos
o risco de carência e dependência maiores, quer para os utentes,
do idoso face às dificuldades do quer para as instituições.
seu dia-a-dia. Diminui o envelhe-
cimento através da participação Existe uma grande procura jun-
ativa em funcionamento da Res- to da nossa Associação, motivo
posta Social de Centro de Conví- esse que nos vai levar à constru-
vio, reforça os laços afetivos e ção de uma estrutura Residencial,
“A resposta Social do Centro de sociais, promove a inclusão social, com capacidade para, aproxima-
Convívio tem 25 dos seus utentes estimula o contacto com novas damente, 80 utentes. Já temos
abrangidos pelo Protocolo da Se- realidades, e retarda a institucio- terreno e projeto aprovado e es-
gurança Social, possuindo, no to- nalização do idoso. É de assinalar tamos a aguardar financiamento
tal, 27 utentes inscritos. Contudo a grande procura dos utentes na para as obras.
esse número acaba por ser bem iniciação à informática e às novas Pretendemos, com a construção
maior, sempre que há um passeio, tecnologias. deste equipamento, melhorar
ou nas comemorações dos dias
Como atividades, destacam-se os a qualidade de vida dos idosos
festivos em que aparecem tam-
trabalhos manuais, dinâmicas de e dos respetivos familiares do
bém os familiares e companheiros
grupo, jogos tradicionais, dança concelho de Espinho, asseguran-
dos utentes.
sénior, ginástica, informática, ci- do com os nossos serviços, uma
A resposta social tem tido uma nema, passeios e visitas, manicu- prestação de cuidados eficazes e
significativa procura por parte dos ra, entre outras. competentes”.
mais velhos na ocupação do seu
tempo livre, tendo cerca de 10 no- A resposta social Centro de Con-
vos inscritos em cada ano. Temos, vívio propõe fazer a ponte entre
também muitas pessoas (filhos/ esta resposta e o futuro Lar de
cuidadores) que procuram infor- Idosos, assegurando uma tran-
mações, mas que depois não se sição suave dos seus utentes,
inscrevem (embora seja gratuita). acompanhando-os de forma a fa-
Isto pode dever-se à resistência cilitar a sua adaptação numa eta-
à mudança por parte dos idosos, pa de mudança nas suas vidas.
ou porque a resposta social não
O Centro de Convívio é uma res-
corresponde às necessidades e ao
posta social que acaba por ser
grau de dependência e\ou auto-
apenas uma fase na vida dos ido-
nomia do utente.
sos, que se pretende prolongar o

24
RETRATO DO PAÍS

Legado do Caixeiro Alentejano – Associação Mutualista


Évora

Lar acolhe 31 idosos


Apoio Domiciliário apoia 38 utentes
Centro de Dia acolhe 6 utentes
Cantina Social acolhe 30 utentes

A Residência Apóstolos, apesar de equipa de enfermagem, os cui-


diversos contactos encetados, não dados de higiene, conforto e ima-
tem, de momento, a possibilidade gem estão assegurados e, no caso
de celebrar algum tipo de acordo da resposta de Lar, são imediatos,.
de cooperação para que as men- Existe uma maior monitorização
salidades aplicadas sejam mais do estado de saúde e funcional
baixas, pelo que, atualmente, dos idosos, existindo, por con-
está a funcionar em regime priva- seguinte, um maior controlo dos
do, tendo os seus associados, há riscos.
mais de três anos, descontos de
5% de mensalidades nos quartos A Associação é encarada pe-
“O Centro de Dia foi inaugura-
individuais e redução de 40% na los utentes e respetivas famílias
do recentemente, no âmbito das
inscrição. Aceitamos, ainda, inscri- como um espaço que lhes confere
comemorações do 70.º aniversá-
ções para passar férias ou mesmo estabilidade e segurança.
rio da associação. As instalações
comportam, atualmente e após só para um período de recupera- No desempenho das nossas fun-
algumas reestruturações, cerca de ção. ções temos sempre como objeti-
30 idosos, embora com capacida- vos proporcionar aos nossos ido-
Os fatores referenciados aquando
de para mais 55 em Apoio Domi- sos momentos de aprendizagem
da procura das diversas respostas
ciliário e é constituído por sala de e valorização pessoal, desen-
sociais, principalmente na procura
estar, refeições, cozinha, lavanda- volver competências ao nível da
da valência de Lar, são e por or-
ria, copa, várias casas de banho escrita e da leitura, promover a
dem de incidência:
de apoio e um amplo espaço ex- autoestima, o convívio e o bem-
terior para passeios e descanso. • O elevado grau de dependên- -estar, evitar o isolamento e o
cia;
ócio, desenvolver e estimular as
O Lar conta com 20 quartos (12 • O isolamento social; capacidades cognitivas, a imagi-
duplos e 8 simples), com um ga-
• A procura de auxílio nas ativi- nação e a criatividade e combater
binete médico, salas de estar com dades da vida diária; as limitações físicas.
TV, espaço para leitura, cabeleirei-
• A inadequação das condições
ro, ginásio e esplanada. habitacionais versus estado
de saúde;
A Quinta dos Apóstolos dispõe,
• Doenças crónicas como Al-
também, de uma capela, uma zheimer e Parkinson;
piscina e espaço exterior. Há, na-
turalmente, o acompanhamento • Aparecimento de doença sú-
bita no familiar “cuidador”.
médico e de enfermagem e a pos-
sibilidade de adaptarmos outros • Ausência de ajuda familiar.
serviços em função dos utentes
que tenhamos. Com a presença diária da equi-
pa de ajudantes familiares e/ou

25
RETRATO DO PAÍS

As atividades são diversificadas ço dos laços afetivos, contribuindo


e abrangem inúmeras temáticas, desta forma, para o equilíbrio só-
tais como jogos de concentração e Na resposta de Lar, os utentes, na cio emocional dos idosos.
memória, atividade física, ateliers sua maioria, são oriundos de fa-
de expressão plástica, expressão mílias alargadas mas todos cons- Na resposta social de Centro de
corporal, hidroginástica, momen- tituíram famílias nucleares, sendo Dia, o transporte dos utentes, é
tos de oração e reflexão, aulas de realçar que um terço da nossa feito maioritariamente e por op-
de alfabetização, oficinas de in- população residente não tem fi- ção pelas famílias, e na resposta
formática, comemoração dos dias lhos. de apoio domiciliário, todas as
festivos e realização de sessões nossas prestações de cuidados de
A ausência desta figura parental higiene pessoal, são acompanha-
de esclarecimento (sobre a dia-
é preenchida, em todos os casos, das e auxiliadas pelo elemento
betes, doença de Alzheimer, por
pela existência de sobrinhos, com designado na família de cuidador
exemplo).
visitas regulares e, quer estes, “responsável”.
Com o intuito de promover a dinâ- quer a generalidade dos filhos,
mica de grupo e o intercâmbio so- continuam a ser o principal pro- Temos consciência que para esta
ciocultural, estabelecemos inter- motor de contatos sociais e prin- realidade contribui o facto de não
câmbios com outras instituições cipal agente de apoio psicológico, estarmos inseridos num grande
da área abrangente, congéneres, não se verificando até então a meio urbano. As principais dificul-
com a sua atuação no tecido so- dades são financeiras e de recur-
cial. sos humanos”.

Não obstante, é a proximidade fí-


sica entre o Jardim de Infância e a
área da terceira idade que cons-
titui, verdadeiramente, a nossa
mais-valia - vantagem sentida pe-
las crianças, mas primordialmen-
te pelos idosos - e que se traduz
numa caminhada de 5 minutos.
Reconhecendo o importante pa-
pel que desempenhamos como
agente impulsionador de encon-
tros intergeracionais, todas as
nossas ações são norteadas pelo perda de laços afetivos entre os
objetivo de fomentar a socializa- idosos e as respetivas famílias.
ção e a troca de saberes entre os
dois grupos etários. Nos casos em que há dois filhos
(na maioria existe apenas um),
as visitas são organizadas por
ambos de forma alternada, pro-
porcionando ao utente a presença
quase diária de um familiar. Estas
visitas ocorrem tendencialmente
no final do dia, uma vez que o Lar
“Residência Apóstolos” não esta-
beleceu horário de visitas, para
os descendentes diretos (filhos),
facilitando a continuação e refor-

26
RETRATO DO PAÍS

União Mutualista Nossa Senhora da Conceição – Associação Mutualista


Montijo

Lar Montepio acolhe 50 idosos


Centro de Dia acolhe 30 idosos
Apoio Domiciliário apoia 80 idosos
Centro Comunitário acolhe 69 idosos

da Freguesia do Montijo, desen- sociais constitui, por si só, uma


volvendo, com estes, atividades ajuda fundamental para as famí-
lúdico-culturais, desportivas e lias e idosos que nos procuram.
ação social, sendo que no âmbi-
to desta última intervenção são Nestas valências, procuramos fo-
apoiados 11 idosos. mentar uma atuação humanizada
e personalizada que consiga fa-
No âmbito das três respostas so- zer face às reais necessidades e
ciais integradas no Lar Montepio, especificidades de cada situação,
as que têm mais procura são a va- olhando para a mesma como um
lência Lar e a valência Serviço de todo. Para este trabalho, contri-
Apoio Domiciliário nesta ordem bui a intervenção de uma equipa
de prioridade. A procura a estas multidisciplinar constituída por
“A União Mutualista Nossa Se- duas valências é praticamente enfermeiros, médico, animadora
nhora da Conceição detém no seu semanal. As famílias pretendem, sociocultural, psicóloga, nutricio-
equipamento Lar Montepio, inau- respostas que correspondam a nista, técnica superior de serviço
gurado em 2002, as valências de cada uma das suas necessidades, social, ajudantes de acão direta e
apoio à população idosa: Lar, com de forma particular. Esta realidade pessoal auxiliar.
capacidade para acolher 50 idosos verifica-se, pois, assistimos, cada
vez mais, a um aumento das si- Tendo sempre por base as espe-
(36 com comparticipação mensal cificidades, capacidades e interes-
da Segurança Social e 14 em re- tuações de grande dependência
física e cognitiva para as quais as ses de cada idoso, desenvolvemos
gime de gestão particular); Centro exercícios de estímulo cogniti-
de Dia, com acordo celebrado com famílias não estão preparadas.
vo, atividades de carácter lúdico,
a Segurança Social para 30 idosos Os idosos, nesta situação, deixam recreativo, cultural e religioso,
e Serviço de Apoio Domiciliário de reunir critérios para a sua in- nomeadamente Aula do Riso,
com acordo celebrado com a Se- tegração em Centro de Dia, va- Oficinas de Artes Decorativas e
gurança Social para 80 idosos. lência direcionada para idosos Pintura, Arraiolos, Hidroginástica,
A Instituição possui, ainda, ou- que ainda mantêm a autonomia Passeios/Visitas Culturais, aulas
tro equipamento localizado na nas suas AVD´S, garantindo-lhe de alfabetização, onde exercita-
freguesia Alto Estanqueiro-Jardia a prestação de serviços básicos, mos aprendizagens, por vezes,
somente com a valência de Lar e nomeadamente, a alimentação, a adormecidas, iniciação à Informá-
capacidade, atribuída em Acordo higiene pessoal e o tratamento de tica, nomeadamente no âmbito
de Cooperação com a Segurança roupa, ao mesmo tempo que se da navegação pela Internet e utili-
Social, para 14 utentes. fomentam relações interpessoais zação do email para comunicação
e se previnem situações de isola- com familiares, por vezes, distan-
No que diz respeito ao “Centro mento, mantendo o idoso no seu tes, Workshops Informativos, no-
Comunitário Mais Cidadão”, este domicílio. meadamente na área da Nutrição,
apoia 69 idosos (65 anos ou mais) Beleza e Bem-Estar, Culinária, Arte
Cada uma das nossas respostas Floral, Relaxamento e Meditação,

27
RETRATO DO PAÍS

Sexualidade, Empowerment, sen- de e visibilidade, pois constituem Temos, por outro lado, da realida-
do que as atividades que têm a sua identidade até ao fim. de sentida pelo Centro Comuni-
mais procura por parte deste tipo tário Mais Cidadão, uma situação
de população são as aulas de Ar- Ao nível familiar, o envelhecimen- diferente. Os idosos que procuram
tes Decorativas e a Hidroginástica. to e situações de maior depen- esta resposta ainda não têm mui-
dência são sentidas de diferentes tas limitações físicas e encaram
Iniciámos, também, a criação de formas e estas realidades mani- a velhice de forma ativa, capaz e
um Grupo Coral, entre outras ati- festam-se na nossa intervenção independente e isto são aspetos
vidades. nas Valências Lar, Centro de Dia e que tranquilizam as suas famílias.
SAD. O Centro Comunitário é um ser-
Procuramos, sempre que possível
viço de referência na comunida-
e haja adesão, envolver as famí-
As famílias que nos procuram qua- de, quer para o idoso, quer para
lias nas atividades, motivando a
se que nos exigem serviços gratui- as suas famílias e, neste sentido,
manutenção da estrutura familiar.
tos ou praticados a mensalidades sabem que, alguma dúvida, pro-
Por outro lado, com estas ativida-
mínimas. Por outro lado, os que blema ou esclarecimento que ne-
des, potenciamos as capacidades
já são nossos utentes procuram a cessitem, podem contatar telefo-
de cada idoso; promovemos a
diminuição dos encargos com os nicamente ou dirigir-se ao serviço,
socialização, o bem-estar, a au-
serviços prestados, com o mesmo pois existe sempre uma palavra
toconfiança; prevenimos o isola-
grau de exigência, deixando, in- para eles.
mento e, sobretudo, desenvolve-
clusive e cada vez mais, de honrar
mos sentimentos de partilha, de
os seus compromissos para con- Pelo exposto, o grande desafio
pertença, de afeto e de utilidade.
nosco ao nível das mensalidades, que se coloca às instituições e ao
Cada idoso é encarado como um
ser detentor de capacidades, ne- qual não nos alheamos, é garantir
cessidades e expectativas com que os serviços prestados assen-
uma dimensão física, psíquica, tem na Qualidade, continuando a
intelectual, emocional, cultural e fomentar uma atuação humani-
social que tem de ter continuida- zada e personalizada que consiga
fazer face às reais necessidades e
especificidades de cada situação,
aliado a uma gestão cada vez
mais rigorosa dos recursos econó-
por vezes sem apresentar sequer micos, materiais e humanos exis-
uma justificação, mesmo quando tentes”.
o valor a pagar é simplesmente o
valor correspondente ao que, por
indicação da Segurança Social, o
idoso deve pagar.

28
RETRATO DO PAÍS

Associação de Socorros Mútuos Setubalense

Apoio Domiciliário com 55 idosos


Centro de Dia com 40 idosos
Cantina Social com 100 refeições diárias

“A Associação de Socorros Mútuos O Centro de Dia é uma resposta A Associação Socorros Mútuos Se-
Setubalense (ASMS) é uma Insti- social, com 40 utentes, desen- tubalense tem a funcionar, nas
tuição Particular de Solidariedade volvida em equipamento próprio, suas instalações o projeto da “Loja
Social de referência na cidade de que consiste na prestação de um Amiga”, com recolha e distribui-
Setúbal. Situada em pleno centro conjunto de serviços que contri- ção gratuita de roupa a, aproxi-
histórico da cidade, concentra, na buem para a manutenção dos madamente, 200 pessoas.
sua sede centenária, todos os ser- idosos no seu meio familiar. Esta
viços nas áreas da Saúde e Ação resposta funciona de 2ª a 6ª feira,
Social. das 9h às 19h, altura em que o
utente regressa ao domicílio. Tem
como objetivo desenvolver as re-
lações interpessoais ao nível dos
idosos e destes com outros grupos
etários para evitar a diminuição
da autoestima, apatia, desmoti-
vação, solidão e o seu isolamento.
É uma resposta social solidária,
A Cantina Social, a funcionar des- com o objetivo de suprir as ne-
de novembro de 2012, com a cessidades imediatas de famílias
Na área social, presta apoio domi- confeção e distribuição de 100 carenciadas, através da recolha
ciliário a 55 idosos, entre os quais e distribuição de bens usados ou
45 são apoiados pelo acordo de novos, doados por particulares ou
cooperação com a Segurança So- empresas. Todos os bens são cedi-
cial, funcionando todos os dias da dos a título gratuito e servem para
semana, incluindo fins de sema- uso pessoal.
na.
A procura destas respostas é sem-
Neste sentido, o Serviço de Apoio pre em elevado número, pela
Domiciliário procura melhorar a população idosa e por parte das
qualidade de vida dos indivíduos famílias. O Serviço de Apoio Do-
e da família e retardar ou evitar refeições diárias, visa assegurar, miciliário, é o mais solicitado,
a institucionalização. Este serviço aos indivíduos e famílias que mais devido à situação de dependên-
pretende assegurar a satisfação necessitam, o acesso a refeições cia do idoso, necessitando, muitas
das necessidades básicas, prestar diárias. Em colaboração com a Se- vezes, de um apoio no domicílio.
cuidados de ordem física e apoio gurança Social, são identificadas As famílias, muitas vezes, têm di-
psicossocial e, desta forma, man- as situações de risco e carência, ficuldade em conseguir vaga no
ter o equilíbrio e bem-estar e co- sendo entregue a alimentação lar e em pagar a permanência no
operar na prestação de cuidados para consumo no domicílio. mesmo, pelo facto destes terem
de saúde. preços elevados para as suas pos-

29
RETRATO DO PAÍS

sibilidades. A Associação Socorros • Os voluntários se preocu- zando as do passado.


Mútuos Setubalense tem um pa- pem uns com os outros, com os
pel preponderante na cidade de utentes e o pessoal; A Direção tem, também, o papel
Setúbal, tentando combater o iso- de angariar donativos privados a
lamento social e estimular a par- • Todos os elementos se fim de assegurar a cobertura de
ticipação ativa da população ido- preocupem com as pessoas mais eventuais défices ou apoiar a re-
sa, proporcionando atividades de desfavorecidas da comunidade. alização de determinadas ativida-
animação com todos os utentes. des. Outra das grandes preocupa-
Não perdemos de vista que a vida Assim sendo, o papel da ASMS no ções da Direção é, continuamente,
é sempre mais interessante quan- apoio familiar é preponderante. procurar a motivação de pessoas
do temos objetivos a atingir, seja jovens e envolvê-las na Instituição
no plano pessoal ou profissional, para o desenvolvimento de proje-
Primamos por dispormos de téc-
pelo que os objetivos, as metas, tos inovadores, como necessidade
nicos qualificados para o acompa-
as ambições, por nós definidos, vital continuada e mais duradoira.
nhamento dos utentes ao nível do
dão um maior significado ao futu- Todas estas preocupações exigem
apoio psicossocial.
ro da ASMS, bem como a cada um apoios financeiros, que não têm
dos utentes. sido fáceis de angariar, tendo em
A função mais difícil de qualquer
conta a situação vivenciada atual-
Direção é tentar angariar os fun-
Proporcionamos um ambiente mente no nosso país”.
dos anuais necessários à gestão
onde todos se sintam em harmo-
da Instituição. É importante e
nia e compreensão mútuas – os
crucial negociar o seu financia-
que frequentam as respostas so-
mento anual com os serviços da
ciais, os que nos procuram a so-
Segurança Social. Ao tentar obter/
licitar outro tipo de apoio, os que
negociar os acordos orçamentais,
trabalham e os que dão a sua aju-
deve-se pôr em cima da mesa a
da voluntária. Procuramos, sobre-
qualidade dos serviços que a Ins-
tudo, que seja um lugar onde:
tituição tenciona providenciar na
calendarização do ano seguinte,
• Os utentes se preocupem definindo, cuidadosamente, o tipo
uns com os outros, com o pessoal de cuidados/serviços prestados,
e com os voluntários; baseado em justificações clara-
mente expostas. As negociações
• O pessoal se preocupe orçamentais devem atualizar-se
uns com os outros, com os utentes todos os anos, tendo em conta as
e voluntários; perspetivas futuras e não reutili-

30
MUTUALIDADES NA EUROPA

Os Fundos de Saúde Mútuos da Grécia e o seu Papel na


Atual Circunstância Decorrente da Crise
delo Mutualista. Prestam servi- solidariedade entre os seus mem-
ços de saúde, assistência médica bros.
e hospitalar aos seus membros,
sem receberem quaisquer subsí- A EDOEAP, Fundo de Saúde Mútuo
dios do Estado. Não prosseguem dos Jornalistas e Funcionários Ad-
fins lucrativos, têm gestão autó- ministrativos da Comunicação So-
noma e assentam nos princípios cial, tornou-se membro da O.A.T.Y. E
de Mutualismo e Solidariedade. em 1999. Desde então, tem feito
A Direção é eleita diretamente parte do seu Conselho de Admi-
pelos seus membros, sendo os nistração. Como organização da
candidatos os membros segura- imprensa unida, com gestão au-
dos dos fundos. Cada uma e to- tónoma, a EDOEAP representa um
Panos Sompolos,Presidente da das as decisões são tomadas de modelo de Fundo para o Sistema
O.A.T.Y.E. e E.D.O.E.A.P. forma democrática e transparente de Seguros Grego em várias áre-
e os relatórios administrativos e as da vida quotidiana, oferecendo
A O.A.T.Y.E. é o primeiro grupo financeiros anuais são compilados cuidados médicos primários aos
de Fundos de Saúde e a primei- e submetidos à Assembleia Geral. seus pacientes, em ambulatório,
ra Federação de Fundos Mútuos A O.A.T.Y.E é membro ativo da As- em Atenas e Salónica e hospi-
de Saúde na Grécia. É uma or- sociação Internationale de la Mu- talização em todos os hospitais
ganização sem fins lucrativos de tualité (AIM), há mais de 15 anos, públicos, bem como em clínicas
direito privado. Os seus membros desenvolvendo relações inter- privadas filiadas.
- E.D.O.E.A.P. (United Press Organi- nacionais e europeias dinâmicas
zation of Supplementary Insuran- através dos seus membros, tendo Os membros da direção da Orga-
ce and Medical - Organização de sido eleita para a vice-Presidência nização, adquirido o direito à re-
Seguros Complementares e Assis- da AIM por três mandatos conse- forma através do fundo de seguro
tência Médica da Imprensa Uni- cutivos. primário ETAP-MME (TSPEATH), re-
da), TYPET (Mutual Health Fund of cebem uma pensão complemen-
the National Bank of Greece Per- A O.A.T.Y.E. representa o “terceiro tar, que compensa a perda gerada
sonnel - Fundo de Saúde Mútuo modelo” de gestão dos serviços entre o salário de um membro
dos funcionários da Banca Nacio- de saúde na Grécia, depois dos como empregado e o valor im-
nal da Grécia), ATPSYTE (Mutual setores público e privado. Tem putável à respetiva pensão, bem
Health Fund of the Bank of Gre- como objetivos principais: a racio- como uma ajuda financeira cal-
ece Personnel - Fundo de Saúde nalização da utilização das infra- culada com base nos anos de tra-
Mútuo dos funcionários do Banco -estruturas existentes, a fim de balho para a Organização. Atual-
da Grécia) e TYPATE (Mutual He- prestar cuidados e serviços de as- mente o número de segurados do
alth Fund of the Agricultural Bank sistência social, a criação de novas E.D.O.E.A.P. é de 17.270.
of Greece Personnel - Fundo de estruturas para melhor atender os
Saúde Mútuo dos funcionários do seus segurados, o estabelecimen- “A crescente crise e recessão eco-
Banco Agrícola da Grécia) - totali- to de uma política comum, a aqui- nómica após 2009, afetou dura-
zam cerca de 100.000 segurados. sição conjunta de serviços de cui- mente o nosso país e causou per-
dados de saúde juntamente com das dolorosas ao nosso povo. Na
Os quatro membros da O.A.T.Y.E os setores público e privado e o verdade, esta estratégia europeia
funcionam de acordo com o mo- desenvolvimento das relações de de desenvolvimento desigual en-

31
MUTUALIDADES NA EUROPA

tre o norte e o sul criou, nos últi- rio na Grécia devido às fusões e com uma abordagem sensível aos
mos 20 anos, na Grécia - tal como aquisições de bancos. Neste cam- grupos vulneráveis de segurados,
em Portugal - um défice e um de- po, quatro grupos bancários per- preservando os critérios socioeco-
sequilíbrio na balança comercial. manecem agora em pleno funcio- nómicos.
Tentou-se que a dívida pública, namento, absorvendo 11 bancos
no nosso país, se tornasse viável de pequena e grande dimensão, Todas as medidas restritivas e cor-
através dum processo de envolvi- afetando, consequentemente, en- tes são, sem dúvida, dolorosos.
mento do setor privado, resultan- tre outros, a taxa de emprego. Mas, nas atuais condições de cri-
do, entre outros, num duro golpe se económica e social, a principal
para as reservas dos nossos Fun- Paralelamente, os pacientes gre- prioridade é garantir a viabilidade
dos de Saúde. gos tornaram-se vitimas das seve- da instituição, para possibilitar a
ras medidas de austeridade, tais continuidade dos benefícios ofe-
No âmbito da União Europeia, como o significativo declínio do recidos aos segurados e a susten-
a seleção de um modelo de de- desempenho do sistema de saú- tabilidade dos serviços de saúde
senvolvimento desigual, princi- de em comparação com os anos de alto nível. De acordo com o
palmente, nos Estados-Membros anteriores, ao mesmo tempo que orçamento de 2014, está previs-
do sul e a imposição de políticas se está a tentar uma reestrutura- to reduzir o défice de E.D.O.E.A.P.,
de falência controlada nos países ção total do Sistema Nacional de para 7 milhões de euros, em com-
do Sul por organizações interna- Saúde. paração com os 22,5 milhões de
cionais (União Europeia, Banco euros, em 2013.
Central Europeu, Fundo Monetá- O objetivo da EDOEAP e de to-
rio Internacional) causaram uma dos os fundos de saúde mútuos, Queremos transmitir uma men-
austeridade sem precedentes, membros da Federação Grega, sagem de esperança e de apoio
desemprego e corrupção na pro- tem sido estabelecer um relacio- ao Presidente Luís Alberto Silva,
dução. Ao mesmo tempo, causa- namento humano e fortalecer as ao Conselho de Administração e
ram um fosso cada vez maior no relações com a população segura- aos membros da União das Mutu-
PIB, na taxa de crescimento, bem da, apesar das circunstâncias difí- alidades Portuguesas, com a pro-
como uma discrepância significa- ceis. A viabilidade dos Fundos de messa de mantermos a fé, como
tiva das remunerações entre o sul Saúde O.A.T.Y.E. é o principal obje- verdadeiros mutualistas, nos va-
e o norte da Europa. tivo e preocupação da atual ges- lores comuns de Solidariedade e
tão, ao mesmo tempo que estão a Mutualismo que nos governam, e
Gostaria de focar, sobretudo, a ser intensificados, procedimentos lutarmos por um futuro melhor. A
questão do desemprego, pois in- para combater os fenómenos de situação atual exige, hoje mais do
felizmente, a Grécia está em pri- fraude, corrupção e comercializa- que nunca, medidas excecionais
meiro lugar, no que respeita ao ção de saúde. para desenhar e moldar o am-
desemprego (o dos jovens em biente e as condições necessárias,
toda a zona euro, é de 27,8%, em Na E.D.O.E.A.P., o rigoroso acom- a fim de fortalecer o nosso futuro
dezembro de 2013, segundo o Eu- panhamento do orçamento e o e o futuro dos nossos filhos”.
rostat). controlo das despesas são pontos-
-chave da estratégia de desen-
Sobretudo no setor de Comunica- volvimento, a fim de superar a
ção Social, a taxa de desemprego crise com o mínimo de perdas
bateu todos os recordes. Além do possíveis. O Conselho de Admi-
mais, as hipóteses de reinserção nistração da E.D.O.E.A.P. redefiniu
no mercado de trabalho são pra- as condições para a atribuição
ticamente nulas. Outro ponto a dos benefícios concedidos, tendo
ser particularmente destacado é a em conta as disposições do novo
mudança radical do mapa bancá- Regulamento Interno da Saúde,

32
MUTUALIDADES NA EUROPA

The Greek Mutal Health Funds and Their Role in the


Current Circumstance of Crisis
Each and every decision is taken Insurance System in several fields
in a democratic and transparent of everyday life, offering primary
way, while annual Administrative medical care in own-outpatients
and Financial Reports are compi- in Athens and Salonika and hos-
led and submitted to the General pitalization in all Public Hospitals,
Assembly of the policyholders. as well as affiliated Private Cli-
O.A.T.Y.E., established through nics.
the dynamics of the international
and European relations develo- The direct members of the Orga-
ped by its member-Funds, has nization, upon completion of their
been an active member of the retirement from the primary insu-
Association Internationale de la rance fund ETAP- MME (TSPEATH),
O.A.T.Y.E. is the first conjunction
Mutualite (AIM) for over 15 years receive a supplementary pen-
of Health Funds and the first Fe-
now, while it has been elected in sion, which compensates the loss
deration of Mutual Health Funds
the position of its Vice-Presidency generated between the earnings
in Greece. It is a non-profit or-
for three consecutive terms. of a member as employee and
ganization, Private Law Entity.
Its member-Funds, E.D.O.E.A.P. the attributable amount of the
(United Press Organization of O.A.T.Y.E. represents the ‘Third pension, as well as a recurring fi-
Supplementary Insurance and Model’ of healthcare services’ nancial aid, calculated always ba-
Medicare), T.Y.P.E.T. (Mutual He- management in Greece, after sed on the actual working years
alth Fund of the National Bank of the Public and Private Sectors. It in the Organization. The number
Greece Personnel), A.T.P.S.Y.T.E. mainly aims at: rationalizing the of the E.D.O.E.A.P. insured mem-
(Mutual Health Fund of the use of the existing infrastructu- bers today stands at 17.270.
Bank of Greece Personnel) and re in order to provide care and
T.Y.P.A.T.E. (Mutual Health Fund welfare services, the creation of “The intensifying economic crisis
of the Agricultural Bank of Gre- new structures to best serve its and recession, after 2009, has
ece Personnel), are numbering policyholders, establishing a joint affected our country and caused
about 100.000 insured mem- policy, purchasing joint healthca- our people painful losses. In fact,
bers. re services procurement with pu- this European strategy of unequal
blic and private sectors and the development between North –
development of Solidarity rela- South has created, the past 20
The four member-Funds function tions between the policyholders years in Greece – like Portugal-,
according to the model of Mutu- of its member-Funds. a deficit and trade deficit. The
alism, providing their members
with healthcare services, full public debt in our country was at-
medical and hospital care, while E.D.O.E.A.P., the mutual health tempted to become viable throu-
not receiving any social resources Fund of Journalists and adminis- gh the process of PSI, resulting,
from the State; non-profit and trative employees in the Mass among others, in a critical blow
self-governed, they are lying on Media, joined O.A.T.Y.E. in 1999, to the reserves of our Health Fun-
the principles of Mutualism and and has since, been officially par- ds.
Solidarity. Their Management is ticipating in its Board of Directors.
directly elected by their mem- As a United, Self-Governed, Press
bers and the candidates are the Organization, E.D.O.E.A.P. repre-
insured members of the Funds. sents a model Fund for the Greek

33
MUTUALIDADES NA EUROPA

The selection of an uneven de- system has significantly declined according to the 2014 Budget, is
velopment model, mainly wi- compared to the previous years, expected to be reduced to 7 mill.
thin the European Union, in the while a total restructuring of the euros, compared to 22.5 mill. eu-
member-states of the South and National Health System is being ros in 2013.
the imposition of the policies attempted.
of controlled bankruptcy in the We wish to convey a messa-
countries of the South by the The aim of E.D.O.E.A.P., but also ge of hope and support to the
international organizations (EU, the aim of all Mutual Health Fun- President Luís Alberto Silva, the
European Central Bank, Inter- ds of the Greek Federation over Management and the members
national Monetary Fund) have time, has been to project their of União das Mutualidades Por-
caused unprecedented austerity, human face and improve the tuguesas, pledging that, as ge-
unemployment and corruption maximum of consistency of their nuine mutualists keeping faith in
of production. At the same time, relationship with the insured po- the common values of Solidarity
they have caused a widening gap pulation, despite the respective and Mutualism that govern us,
in the GDP, in the growth rate, as difficult circumstances. The viabi- we will strive for a better ‘tomor-
well as a significant discrepancy lity of the O.A.T.Y.E. Health Funds row’. The current situation is de-
of the remunerations between is the main objective and concern manding, today more than ever,
South and North of Europe. of its current Management. At the to draw and shape the environ-
same time, procedures for com- ment and the necessary condi-
I would like to particularly focus bating the phenomena of fraud, tions, in order to fortify our future
on the issue of unemployment, corruption and commercialization and the future of our children”.
as Greece unfortunately holds of health are being intensified.
the primacy in unemployment
and youth unemployment across In E.D.O.E.A.P., close monitoring
the eurozone, according to Euros- of the budget and expenditu- *Versão Original
tat, at a rate of 27,8% in Decem- re control are key-points of the
ber 2013. strategy developed, in order to
overcome the crisis with the
Especially in the sector of Mass minimum possible losses. The
Media, the unemployment rate Board of Directors of E.D.O.E.A.P.
has broken all records. Further- has redefined the conditions for
more, the chances for reintegra- the allowances granted, taking
tion into the labor market have into account the provisions of
almost vanished. Another point the new Health Internal Rules,
to be particularly emphasized is along with approaching the vul-
the radical change in the banking nerable groups of policyholders
map in Greece, with bank mer- with sensitivity and preserving
gers and acquisitions. In this field, the durable socio-economical
four banking groups remain now criteria. Any restrictive measures
in full operation, absorbing 11 and cuts are undoubtedly painful.
in total major and minor banks, But in today’s conditions of eco-
consequently affecting, among nomic and social crisis, the main
others, the working map. priority is to secure its viability, to
ensure the future continuation of
Moreover, the Greek patients the provisions offered to the po-
seem to have become victims licyholders and the sustainability
of the harsh austerity measures, of the high-level healthcare ser-
as the performance of the health vices. The deficit of E.D.O.E.A.P.,

34
MUTUALIDADES NA EUROPA

O Papel e a Importância da Mutualidade Italiana FIMIV

• Adesão livre e voluntária; Em Itália, existem cerca de 1500


associações mutualistas, das
• Não seleção dos seus membros; quais 300 prestam serviços de
cuidados de saúde e assistência
• Realização de atividades exclu- social complementares.
sivamente para e entre mem-
bros; A FIMIV representa, atualmente,
300 mutualidades que prestam
• Participação do membros nas serviços e assistência a 1 milhão
decisões, através da assembleia de pessoas. As mutualidades da
geral; FIMIV prosseguem, maioritaria-
mente, atividades de saúde e as-
sistência social, indo ao encontro
• Consolidação da solidariedade,
das necessidades dos membros
indo ao encontro das alterações
e respetivas famílias no caso de
Placido Putzolu, Presidente da Feder- sociais e necessidades de saúde;
doença, acidentes ou factos im-
ação Mutualista Italiana (FIMIV) previstos que afetem a vida do
• Alternativa ao Estado e ao setor membro ou a sua capacidade
Em Itália, as mutualidades (So- privado. para o trabalho, garantindo o
cietà Di Mutuo Soccorso) surgi- reembolso de várias despesas:
ram pela primeira vez no século As associações mutualistas estão, hospitalização em Itália e no es-
XIX. Nesta época, a proteção so- em termos de legislação e super- trangeiro, análises e exames de
cial em Itália estava muito frag- visão, estreitamente relacionadas diagnóstico e terapêutica, consul-
mentada. O Estado Previdência com as cooperativas e, portanto, tas de especialidades, encargos
prestava alguns serviços, assim estão sob a responsabilidade (ou com prescrições medicamentosas
como a Igreja Católica, as Câ- tuteladas pelo) do Ministério da do Estado e assistência na doen-
maras Municipais e as entidades Economia e Finanças. ça.
patronais, que ofereciam esque-
mas de proteção social. No sécu- A FIMIV – Federação das Mutu- A recente organização do Siste-
lo XX, os fundos de seguros de alidades Italianas – fundada em ma de Saúde Italiano devolveu a
saúde mútuos desenvolveram- 1900, é a única associação nacio- importância do papel subsidiário
-se bastante, transformando-se nal italiana de mutualidades, de das mutualidades dentro do sis-
em grandes instituições, detendo natureza complementar e volun- tema social italiano que se de-
equipamentos próprios e reem- tária. Representa as associações para com uma diminuição global
bolsando as despesas de saúde mutualistas que - assentes nos dos recursos económicos disponí-
aos pacientes. princípios de participação demo- veis e com o aumento dos custos
crática e solidariedade - realizam no setor da saúde do Estado.
Hoje, as mutualidades operam serviços sociais de saúde, inclu-
nas áreas da saúde, social e cul- são social e atividades culturais e
tural, beneficiando os seus mem- educativas, indo ao encontro das
bros com base nos princípios mu- necessidades locais.
tualistas:

35
MUTUALIDADES NA EUROPA

rendimentos que o segurado das Por esta razão, em 2010, a parce-


Seguro de Saúde Complementar
seguradoras comerciais. O segu- ria entre a associação mutualista
A cobertura do SNS é geralmente ro corporativo, ou os designa- Cesare Pozzo e o grupo mutua-
de alta qualidade e gratuita para dos “fundos de seguro de saúde lista francês Harmonie Mutuelle,
todos os cidadãos italianos. No complementares”, só podem ser com o apoio prestado pelas duas
entanto, existem grandes dispari- geridos por empresas com fins Organizações Nacionais - Federa-
dades regionais e é uma questão lucrativos. Os fundos são compar- tion Nationale de la Mutualité e
recorrente o enorme tempo de ticipados pela entidade patronal a Fimiv - criaram o “ Fondo Sa-
espera nos serviços de saúde. Os e têm alguns benefícios fiscais. lute”, uma sociedade cooperativa
italianos têm a possibilidade de europeia, sediada em Itália, que
aderir ao seguro de saúde com- Para reforçar a adesão dos mem- fornece e gere fundos comple-
plementar para evitar listas de bros da FIMIV, as principais mu- mentares com vista a garantir a
espera e para cobrir as despesas tualidades de saúde uniram-se e assistência à saúde dos trabalha-
não comparticipadas. formaram o Consorzio Mu.Sa que dores e respetivas famílias.
opera na prestação de assistência
Atualmente, menos de 20 por social e saúde, indo ao encontro A forma de Cooperativa Europeia
cento da população italiana está das necessidades dos seus mem- foi a única solução encontrada
coberta pelo seguro de saúde bros e respetivas famílias no caso para compatibilizar o fim não
complementar. O mercado de se- de doença, acidentes ou factos lucrativo típico das associações
guros de saúde complementar é imprevistos que afetem a vida mutualistas. Embora as coopera-
dividido em dois grupos: do membro ou a sua capacida- tivas e as mutualidades não se-
de para o trabalho, garantindo jam completamente compatíveis,
- Seguro corporativo (empresas o reembolso de várias despesas: uma vez que o sistema mutualis-
oferecem cobertura aos seus em- hospitalização em Itália e no es- ta é distinto do sistema coopera-
pregados, incluindo, na maioria trangeiro, análises e exames de tivo, assentam em princípios bá-
das vezes, as suas famílias num diagnóstico e terapêutica, consul- sicos comuns.
regime de seguro coletivo), for- tas de especialidades, encargos
necido por organizações com fins com prescrições medicamentosas Portanto, se for criado o Estatu-
lucrativos, empresas e grupos do Estado e assistência na doen- to da Eutualidade Europeia, este
profissionais (Casse di categoria) ça. será um passo importante no
reconhecimento do modelo mu-
- Seguro não-corporativo (indiví- A crise e a recessão na Europa tualista e um incentivo para os
duos compram o seguro para si causaram e continuam a causar Estados-Membros, que ainda não
e para a sua família). Este último enormes problemas aos sistemas dispõem de legislação específica
pode ser fornecido por empresas de proteção social nos Estados- para as mutualidades, completa-
com fins lucrativos e organiza- -Membros. É necessário estrutu- rem e harmonizarem os seus sis-
ções sem fins lucrativos (fundos rar e fortalecer as mutualidades temas legislativos.
complementares, fundos de saú- europeias através da criação de
de e benefício mútuo - Società di parcerias económicas, preservan-
Mutuo Soccorso). do os nossos valores comuns.

Geralmente, as apólices de se- A FIMIV acredita que a prossecu-


guro individuais vendidas pelas ção de um sistema de parcerias
seguradoras com fins lucrativos e alianças na Europa será um su-
são mais caras que as praticadas porte natural para o projeto de
*Versão traduzida pela UMP
por associações mutualistas. Os fortalecimento e desenvolvimen-
membros das associações mu- to da mutualidade voluntária em
tualistas tendem a ter menos Itália.

36
MUTUALIDADES NA EUROPA

Role and Importance of Italian Mutuality and FIMIV


In Italy, mutual benefit societies The mutual benefit societies are, launched the importance of the
(società di mutuo soccorso) were in terms of legislation and su- subsidiary role of the mutual be-
first set up in the 19th century. pervision, closely related to the nefit societies within the Italian
In that period, social protection cooperatives and, hence, they welfare system, that is seeing an
was very fragmented in Italy. fall under the responsibility of overall decrease in the economic
The national welfare state pro- (or are controlled by) the Mi- resources available, as well as ri-
vided some services, as well as nistry of Economy and Finance. sing costs in the state health sector.
the Catholic Church, municipali-
ties and employers offering social Fimiv – Italian Mutuality Federa- Complementary health insurance
protection schemes. In the 20th tion - is the only Italian national The coverage of the SSN is gene-
century the mutual health insu- association of complementary rally high-quality and free for all
rance funds further developed voluntary mutuality, founded in Italian citizens. However, there are
into large institutions, with their 1900. It represents the mutual be- major regional differences and a
own facilities and reimbursement nefit societies that - based on the recurrent issue is the waiting time
of patients’ healthcare costs. principles of mutuality, democratic for healthcare services. Italians
participation and solidarity - carry have the possibility to adhere to
Today, mutual benefit societies out social healthcare, social inclu- complementary health insurance
operate in the areas of health, sion, educational and cultural acti- to avoid waiting lists and to co-
social and cultural activities be- vities, responding to local needs. ver out-of-pocket costs. Currently,
nefiting their members, based less than 20 per cent of the Italian
on the principles of mutuality: In Italy, there are about 1,500 mu- population is covered by comple-
tual benefit societies, around 300 mentary health insurance. The
• Membership is free and volun- of these provide health and assis- complementary health insurance
tary; tance services in the field of com- market is divided in two groups:
plementary health and social care.
• Mutuals cannot select their • Corporate insurance (companies
members; Fimiv today represents 300 mu- offer coverage to their employe-
tual benefit societies, providing es and often also to their families
• Mutual benefit societies carry assistance and services to around with a collective insurance sche-
out their activities exclusively for 1 million people. Fimivmutual me), supplied by for-profit organi-
and among members; societies are mainly engaged in sations, companies and professio-
health and social assistance ac- nal groups (Casse di Categoria) and
• The members participate in the tivities, meeting the needs of
mutual’s decisions through the members and their families in • zNon-corporate insurance (indi-
assemblies; case of illness, accidents or un- viduals buy insurance for themsel-
foreseen events affecting the ves and for their family). The latter
member’s life and/or ability to can be supplied by for-profit com-
• Solidarity is consolidated in me-
work, reimbursing for a wide panies and not-for-profit mutual
eting changing social and health
range of expenses: hospitaliza- organisations (integrative funds,
needs;
tion in Italy and abroad, analysis health funds and mutual bene-
and diagnostic tests, specialist fit - società di mutuo soccorso).
• Mutuality is an alternative to visits, state prescription charges,
state and private sectors. assistance in case of illness.

The recent reorganization of the


Italian healthcare system has re-

37
MUTUALIDADES NA EUROPA

In general, premiums of individual The crisis and the recession in Eu- When adopted, the European co-
policies sold by for-profit insurers rope have caused and continue to operative form was the only so-
are higher than those provided by cause huge problems to the social lution compatible with the “no-
mutual associations and mem- protection systems of the Europe- -profit” philosophy of the mutual
bers of mutual associations tend an countries. It´s necessary to struc- societies. But it does not properly
to have lower incomes than po- ture and strengthen the European fit with the mutual benefit so-
licyholders related to commercial mutuality through the creation cieties, since the mutual system
insurers. The corporate insurance, of economic partnerships, whi-
is different from the cooperative
or the so-called ‘supplementa- le preserving our mutual values.
system, even though they are
ry health insurance funds’, can linked by some basic principles.
only be managed by for-profit Fimiv considers the pursuit of
companies. The funds are ba- a system of partnership and
alliances in Europe as a natural Therefore, by introducing a sta-
sed on employer contributions tute for the European mutual,
and include some tax benefits. support to the project aimed at
strengthening and developing it would be an important re-
the Italian voluntary mutuality. cognition of the mutual model
To strengthen the Fimiv member- and it would encourage those
ship, the most important health- member states without a speci-
For this reason, in 2010, the par-
care mutuals united to form the fic legislation on mutual socie-
tnership between the Italian
Consorzio Mu.Sa, which is active ties, to complete and harmonize
mutual society Cesare Pozzo and
in providing social assistance and their own legislative systems.
the French mutual group Harmo-
health activities; meeting the so- nie Mutuelle, with the assistance
cial/health needs of members provided by the two national or-
and their families involving ill- ganizations – the Federation Na-
ness, accidents or unforeseen inci- tionale de la Mutualité Française
dents that affect the members life and Fimiv – led to the creation of
or ability to work, reimbursing a “Fondo Salute”, a European Co-
wide range of expenses, hospita- operative Society based in Italy
lization in Italy and abroad, analy- that provides and manages com-
ses and diagnostic tests, specialist plementary health funds in order
visits, state prescription charges, to guarantee health assistance
assistance in the case of illness. to workers and their families.

38
FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO

Formação-Ação
A União das Mutualidades Portu-
guesas consciente da importân-
cia que o papel das Entidades da
Economia Social – e das Associa-
ções Mutualistas em particular
– assumem no contexto atual ao
desenvolverem respostas para
enfrentar os desafios com que o
país se confronta, iniciou em se-
tembro de 2013 um Programa
de Formação-Ação aprovado no
âmbito do POPH (tipologia 3.1.2),
que visa capacitar e melhorar as
Instituições, dotando-as de fer-
ramentas, metodologias e ins-
trumentos de gestão capazes de
agilizar a sua atividade, reduzindo
o esforço e desgaste, e tornando-
-as financeiramente sustentáveis,
aumentando os níveis de qualida-
de, eficácia e eficiência dos servi-
ços prestados por estas Entidades.

O projeto abrange 37 instituições,


ou seja, 70% das Associações
Mutualistas, distribuídas pelas
regiões Norte, Centro e Alente-
jo, envolvendo uma componente
consultiva e uma componente
formativa junto de dirigentes,
técnicos, trabalhadores e cola-
boradores das Instituições, tota-
lizando-se, até à data, mais de
4.000 horas de intervenções.

39
BOAS PRÁTICAS

IV Feira de Emprego Educação e Solidariedade

reconhecimento dos trabalhos realizados pelos utentes


Tal como em anos anteriores a Associação de So- e para a divulgação dos serviços prestados pelas insti-
corros Mútuos dos Artistas de Bragança participou, tuições da área social, bem como, no que respeita às
na IV Feira de Emprego Educação e Solidarieda- oportunidades de emprego e formação, quer na comu-
de, que decorreu nos dias 8 e 9 de maio de 2014. nidade educativa, quer na comunidade empresarial.

Este evento mobilizou entidades e instituições No dia 16 de maio 2014, realizou-se uma pequena
para o combate à pobreza e exclusão social e teve palestra sobre a “Hipertensão” com o intuito de elu-
como objetivo aumentar a visibilidade das insti- cidar os utentes e associados para os riscos da hiper-
tuições perante a comunidade brigantina, a par tensão, e igualmente incentivá-los a introduzir há-
da evidente articulação e parceria entre entida- bitos de vida saudáveis. Após a palestra, foi feita a
des sociais, educativas e o tecido empresarial local. medição da pressão arterial a todos os participantes.

Reconheceu-se, mais uma vez, que a envolvência entre


entidades é de facto muito importante não só para o

40
BOAS PRÁTICAS

Liga das Associações de Vila Nova de Gaia promove


Conferências de Saúde
A Liga das Associações de Vila Nova de Gaia tem vindo a
promover conferências de saúde cujos oradores são os mé-
dicos que fazem parte do corpo clínico da Clínica da Liga.

As conferências da Liga são organizadas pela Clí-


nica e Farmácia, sendo destinadas aos associa-
dos das suas societárias e ao público em geral.

Porém no passado dia 5 de junho, a Clínica da Liga re-


alizou também uma conferência intitulada “Hiperten-
são Resistente”, destinada a Médicos de Família.

Mutuália e MGEN assinam Protocolo


A Federação Mutualista Mutuália e a MGEN, mútua de
saúde francesa representada em Portugal pela Europam-
ut, assinaram um protocolo de acesso a seguros de saúde.

O plano de saúde inclui especialidades, situações de


hospitalização e prestação de cuidados paliativos.

“Uma solução alternativa e baseada nos princípios


da mutualidade, criada para faixas da população
menos protegidas possam aceder, em condições van-
tajosas, a um seguro de saúde com características
únicas em Portugal”. Foi assim que Albano Lourei-
ro, presidente da Mutuália, Vasco Mendes, admin-
istrador da Europamut, e José Almeida, da União
das Mutualidades Portuguesas, apresentaram, no
Porto, o seguro de saúde previsto no protocolo.

Para o administrador da Europamut, o mutu-


alismo é a melhor forma de complementar os
benefícios disponibilizados pelo Estado Social.

41
EVENTOS

Jornadas Mutualistas Regionais’14

cumprindo-se o objetivo desta iniciativa, nomeada-


mente ir ao encontro das soluções e da resolução
dos problemas inerentes ao desempenho e funcion-
amento de cada instituição, num debate conjunto
entre os dirigentes e os técnicos das associações.

Nestas Jornadas, a UMP tem procurado, ainda, divul-


gar as atividades, modalidades e valências que as
mutualidades podem desenvolver, dando também
a conhecer os protocolos e parcerias celebrados en-
tre a UMP e outras entidades. Com esta iniciativa, a
UMP objetiva apoiar e envolver as Associações num
projeto comum, no sentido de reforçar, divulgar e
desenvolver o Movimento Mutualista Nacional.

As Jornadas Mutualistas Regionais, promovidas pela


União das Mutualidades Portuguesas, têm vindo a
percorrer o país de norte a sul e Regiões Autónomas,
ao longo deste ano, contando com uma participação
muito ativa e assídua das Associações Mutualistas.

Salienta-se o envolvimento dos dirigentes associativos


mutualistas, mais concretamente os presidentes das as-
sociações, que têm contribuído significativamente para
que esta iniciativa seja conduzida e concretizada de uma
forma que dignifica o movimento mutualista português,
constituindo um momento de grande união em torno
da causa maior que é o mutualismo e os seus valores.

Os Encontros realizados têm constituído um impor-


tante espaço de diálogo entre as participantes e a
União das Mutualidades Portuguesas, trocando-se
experiências de acordo com as realidades region-
ais e locais de cada uma discutindo-se as preocu-
pações e problemas assinalados como principais
constrangimentos para o desenvolvimento, de cada
instituição, assim como as perspetivas para a re-
alização de projetos que as instituições ambicionam.

Para os II Encontros das Jornadas Mutualistas a eq-


uipa técnica especializada da UMP foi reforçada,

42
EVENTOS

Dia Nacional do Mutualismo Prémio


2014 «Inovar para Melhorar»
O Dia Nacional do Mutualismo, que se celebra a 25 A União das Mutualidades Portuguesas instituiu, em
de outubro será comemorado, este ano, no dia 24 de 2010, o Prémio “Inovar para Melhorar”, com o objetivo
outubro, em Lisboa. de galardoar projetos implementados por Associações
Neste dia, à semelhança do que tem sido realizado nos Mutualistas, que sejam modelos de inovação e cons-
anos anteriores, serão atribuídos os Prémios “Inovar tituam uma “boa prática” do movimento mutualista,
para Melhorar” e “Mutualismo e Solidariedade”. O Dia isto é, projetos que sejam um modelo de inovação
do Mutualismo é uma data de grande significado para e modernidade que possa ser seguido pelas demais
o Movimento Mutualista Português, porque celebra a Associações Mutualistas, contribuindo para o desen-
organização democrática da sociedade e reconhece a volvimento do Movimento Mutualista e da Economia
constituição e conjugação de esforços das Associações Social Solidária.
Mutualistas que criaram a Federação Nacional das
Associações em 1975, que veio dar lugar, em 1984 à Assim, ao abrigo do disposto no art.º 5º do Regula-
atual União das Mutualidades Portuguesas (UMP). mento do Prémio “Inovar para Melhorar”, o Conselho
de Administração deliberou que o prazo para a apre-
O Movimento Mutualista beneficia, em todo o país, sentação das candidaturas decorrerá no período com-
cerca de 1 milhão de associados e mais de 2 milhões preendido entre 1 de junho a 31 de julho de 2014.
e meio de beneficiários, organizados num conjunto de Mais se informa que para poder aceder ao formu-
associações de âmbito local e nacional, que têm um lário de candidatura ao prémio, deverá efetuar o pré-
papel histórico fundamental na proteção social, sobre- registo, sendo, posteriormente, validado o acesso à sua
tudo nas áreas da segurança social e da saúde. conta pela UMP.

Candidate-se ao Prémio «Inovar para Melhorar»

htt p : / / i n ova r p a ra m e l h o ra r. m u t u a l i s m o. pt

43
PROJETOS

Programa para a Inclusão e Vida Saudável - PIVS

O Programa para a Inclusão e Vida Saudável (PIVS), Mundo a Sorrir (MAS), a Associação Protetora dos Dia-
financiado pelo Programa Operacional do Poten- béticos Portugueses (APDP), a União das Mutualidades
cial Humano (POPH), é um projeto de âmbito na- Portuguesas, a União das Misericórdias Portuguesas e o
cional, com gestão regional, que defende uma Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED), o projeto
abordagem de convergência multidisciplinar e integra atividades de natureza multidisciplinar que ca-
inter setorial de promoção da cidadania plena. pacitam beneficiários e agentes sociais para a promoção
de estilos de vida saudáveis pela interpretação da éti-
O referido projeto é centrado na promoção de recursos e ca no desporto, pela promoção de hábitos de nutrição
competências essenciais para a inclusão e a cidadania e equilibrada e pela promoção de hábitos de higiene oral.
assegura a aquisição de competências éticas necessári-
as para se efetuarem escolhas pessoais que promo- As ações de sensibilização têm a duração de 1
vam o bem-estar, a vida saudável e a cidadania ativa. hora e são destinadas a crianças e jovens, edu-
cadores (professores, pais, encarregados de edu-
Desenvolvido em parceria com o Instituto Luso-Ilírio cação), treinadores desportivos e dirigentes.
para o Desenvolvimento Humano (iLIDH), a Associação

44
PROJETOS

ESJOVEM

A diversidade, a versatilidade, o Este projeto procura divulgar a


dinamismo e a irreverência fazem relevância, o dinamismo e o im-
parte do ADN deste setor, porque pacto da Economia Social, como
não se conforma com as contrarie- um setor de oportunidades para a
dades, procura colmatá-las, sem- criação de emprego.
pre na perspetiva de tornar este
mundo melhor. O que nos move?

A Economia Social procura dar res- Promover a Economia Social e


postas a um conjunto diferenciado sensibilizar para os seus valores;
de necessidades, sob diferentes
formas ou lógicas de atuação. Demonstrar a importância da Eco-
nomia Social na criação de em-
É um setor capaz de se adaptar e prego;
reinventar, criando soluções para,
de uma forma eficiente, dar res- Promover a inovação social, con-
O que é? posta aos problemas sociais, an- tribuindo para a criação de novas
tecipando e atuando de forma respostas;
É um projeto que nasceu da ne- pró-ativa, traduzindo o exercício
cessidade de dar a conhecer o de cidadania e intervindo na mu-
Incentivar o conhecimento e a dis-
setor da Economia Social aos jo- dança.
seminação de boas práticas.
vens.

BOLSAS ES JOVEM/OPTIMUS ALIVE


As Bolsas ES JOVEM/OPTIMUS que melhor servir os seus propósi-
ALIVE resultam de uma iniciativa tos”, e apresentar as candidaturas
conjunta da Cooperativa António entre 1 e 30 de junho. Os três pro-
Sérgio para a Economia Social jetos selecionados, para receber
(CASES) e da Everything Is New, a bolsa de cinco mil euros cada,
com o intuito de premiar e valorizar serão anunciados no decorrer do
jovens em fase de criação de pro- festival Optimus Alive.
jetos na área da Economia Social.
Para saber mais sobre as Bolsas ES
Com o tema “vem ver o que a JOVEM/OPTIMUS ALIVE, pode con-
economia social e a música juntas sultar o regulamento aqui.
0
podem fazer por ti”, a iniciativa que a Economia Soc
ial e a Música
, juntas, podem
fazer por ti.

destina-se a jovens entre os 18 Todas as informações estão atual- Vem ver o

e os 35 anos, que têm de formar izadas na página Facebook.


uma organização de economia
social, uma cooperativa, uma as-
sociação ou uma mutualidade, “o

45
ATIVIDADES DA UMP

Maio
Reunião da Comissão Permanente do Setor Social

Realizou-se, no passado dia 13 de maio, a reunião da Comissão Permanente do Setor Social, na qual foi sub-
metida, a apreciação, a Proposta de Portaria de Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, entre outros
assuntos. Saiba mais no Info 47

UMP reúne com a CCDR Norte

O Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, Luís Alberto Silva, reuniu com Carlos Neves, Vice-Presi-
dente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no passado dia 12 de maio,
no Porto.
A agenda da reunião centrou-se no quadro de “Programação Portugal 2020”, assente em quatro eixos temáti-
cos essenciais, nomeadamente, a competitividade e internacionalização, o capital humano, a inclusão social e
emprego e a sustentabilidade e eficiência no uso dos recursos. Saiba mais no Info 47

Conferência “Portugal – Rotas de Abril: Democracia, Compromisso e Desenvolvimento”

A Conferência “Portugal – Rotas de Abril: Democracia, Compromisso e Desenvolvimento”, organizada pela


Presidência da República Portuguesa, decorreu nos dias 9 e 10 de maio, na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

A Conferência contou com a participação de oradores nacionais e estrangeiros e teve como temas centrais de de-
bate o Espírito da Democracia, a Cultura de Compromisso e os Desafios do Desenvolvimento. Saiba mais no Info 47

Comemoração do Dia da Língua Portuguesa e da Cultura na CPLP

A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) assinalou o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura, com
uma sessão solene que decorreu no passado dia 5 de maio, na Sede da CPLP, em Lisboa.

A União das Mutualidades Portuguesas esteve representada, nesta iniciativa, pelo seu Presidente, Luís Alberto
Silva, sendo a sessão presidida pelo Secretário Executivo Murade Murargy, seguida de uma palestra subordinada
ao tema “Língua Portuguesa, Cultura e Desenvolvimento na Agenda pós-2015”. Saiba mais no Info 47

Tomada de Posse dos novos Orgãos Associativos da Associação Oliveirense de Socorros Mútuos

No passado dia 9 de maio, tomou posse a nova direção da Associação Oliveirense de Socorros Mútuos, na sede
da Instituição.
A União das Mutualidades Portuguesas foi convidada a estar presente no ato de tomada de posse da direção,
agora presidida por Daniel Sousa. Saiba mais no Info 47

A.S.M Nossa Senhora da Esperança de Sandim inaugura Clínica e Farmácia Social

A Associação de Socorros Mútuos Nossa Senhora da Esperança de Sandim e Freguesias Circunvizinhas comemo-
rou o seu 111.º aniversário, no passado dia 3 e 4 de maio, na sede da Associação, em Sandim, Vila Nova de Gaia.
No âmbito da comemoração do aniversário da instituição centenária, decorreu a inauguração oficial da clínica
e farmácia social que representa um investimento na proteção social e na qualidade das respostas na área da

46
ATIVIDADES DA UMP

saúde, prestadas à população. Saiba mais no Info 47

Lançamento do ES Jovem

A sessão de lançamento do projeto ES Jovem decorreu no dia 16 de maio, no Teatro Helena Sá e Costa, no
Porto.
O projeto ES Jovem pretende divulgar e dinamizar a Economia Social como um setor de oportunidades, junto da
comunidade, sobretudo dos jovens portugueses. Saiba mais no Info 47

Abril
UMP participa no V Fórum Intercontinental do Mutualismo
rtwretwr
Nos dias 23 e 25 de abril, a União das Mutualidades Portuguesas, na pessoa do Presidente do Conselho de Admi-
nistração, Luís Alberto Silva, participou, em Buenos Aires, no V Fórum Intercontinental do Mutualismo - “El Desar-
rollo Humano: un objetivo prioritário del mutualismo y otras organizaciones de la economia social y solidaria”,
promovido pela Organização de Entidades Mutualistas das Américas (ODEMA). Saiba mais no Info 45 e 46

UMP participa no Focus Grupo para a “Avaliação Ex-Ante do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego
2014-2020”

O CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Lda. e a Augusto Mateus & Associados, Lda.
estão a elaborar o estudo de “Avaliação Ex-Ante do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego 2014-2020”.
Este estudo tem como objetivo avaliar o Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (PO ISE), um dos três
programas operacionais temáticos para Portugal para o período de programação 2014-2020, o qual pretende
contribuir para a afirmação da Estratégia Europa 2020, num quadro de promoção do emprego e de combate à
exclusão e à pobreza. Saiba mais no Info 45

Conferência Portugal rumo ao crescimento e emprego

A UMP este presente na Conferência “Portugal: Rumo ao crescimento e emprego. Fundos e programas europeus:
solidariedade ao serviço da economia portuguesa”, organizada pela Comissão Europeia, realizou-se no dia 11 de
abril, na Fundação Gulbenkian. Saiba mais no Info 45

A conferência abordou várias áreas e perspetivas do tema “Crescimento inteligente, sustentável e inclusivo: Pro-
gramas Europeus de apoio à Educação, Ciência, Inovação e Indústria” e “Os Fundos Estruturais e de Investimento
de 2014 a 2020: Alavanca para o crescimento, a competitividade e o emprego”.

Universidade de Aveiro realizou Conferência “Promoção e Difusão da Língua Portuguesa”


No passado dia 11 de abril, na Universidade de Aveiro, a UMP participou numa Conferência subordinada ao tema
”Promoção e Difusão da Língua Portuguesa”, presidida pelo Reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assun-
ção, por Eugénio Anacoreta Correia, Presidente do Observatório da Língua Portuguesa e coordenador da Comis-
são Temática, Murade Murargy, Secretário Executivo da CPLP e Faizal Cassam, Representante da Presidência de
Moçambique da CPLP. Saiba mais no Info 45

47
ATIVIDADES DA UMP

Março
144.º Aniversário ASMAB

A Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança (ASMAB) celebrou o seu 144.º aniversário, no passado
dia 29 de março, na sua Sede, em Bragança.

Na sessão solene, foi prestada homenagem aos ex-presidentes da direção da associação e realizada uma missa e
uma romagem ao cemitério.

No âmbito das comemorações, foram entregues os prémios dos torneios, seguindo-se um jantar com a animação
cultural do grupo musical ”Gerações”.

A ASMAB tem desenvolvido um vasto trabalho para o desenvolvimento local e satisfação de necessidades bási-
cas da população, nomeadamente, através das respostas sociais de apoio a crianças, jovens e idosos, assim como
pelas refeições servidas diariamente na cantina social, a promoção do emprego e da inclusão social, promovidos
pelo gabinete de inserção e os projetos do gabinete de apoio às vítimas.

Na atual conjuntura, a ação socialmente ativa das associações mutualistas é, mais do que nunca, indispensável,
assente no compromisso com os seus associados e as suas famílias, com vista a responder às dificuldades, cons-
trangimentos e desafios que se vivenciam.

A União das Mutualidades fez-se representar pelo Presidente do Conselho de Administração, Luís Alberto Silva.

Fundo de Reestruturação do Setor Solidário

No dia 25 de março, decorreu, na Sede da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), no
Porto, uma reunião entre Luís Alberto Silva, Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, o Padre Lino
Maia, Presidente da CNIS e Manuel de Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas, com a finali-
dade de analisar as candidaturas ao Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS). Saiba mais no Info 44

Reunião do Conselho Fiscal da CASES

O Conselho Fiscal da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social reuniu, no passado dia 21 de março, a
fim de apreciar e emitir um parecer sobre a proposta de Relatório de Gestão e Contas de 2013, para posterior
aprovação em Assembleia Geral, assim como analisar a proposta de regulamento do Programa de Apoio Institu-
cional às Organizações, contemplado na rúbrica Gestão de Programas de Apoio à Economia Social do Plano de
Atividades e Orçamento para 2014. Saiba mais no Info 44

Presidium da AIM reuniu a 19 de Março


A reunião do Presidium da Associação Internacional das Mutualidades – AIM decorreu em Bruxelas, no dia 19
de março, com vista à apreciação da proposta de adesão como membro associado da Organização Nacional
para Prestação de Serviços dos Cuidados de Saúde – EOPYY, da Grécia, assim como da nova proposta de adesão
como membro correspondente da BKK-BKK Dachverband e.V,. da Alemanha e da Mutualité des Fonctionnaires et
Agents Assimilés du Maroc – OMFA, de Marrocos. Saiba mais no Info 43

48
ATIVIDADES DA UMP

▶ Governo e Setor Social assinam adenda ao Protocolo de Cooperação para 2014

O Governo, em conjunto com os representantes da União das Mutualidades Portuguesas, da União das Miseri-
córdias Portuguesas e da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade assinaram, no passado dia 17
de março, em São Bento (Lisboa), a adenda ao Protocolo de Cooperação, para 2014. Saiba mais no Info 44

Governo pretende alargar rede de transportes a zonas pouco povoadas

Decorreu, no passado dia 11 de março, no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, uma
reu-nião entre o Secretário de Estado da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares e o
Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, e os representantes da
União das Mutualidades Portuguesas, da União das Misericórdias Portuguesas e da Confederação Nacional das
Instituições de Solidariedade, tendo sido anunciado que o Governo pretende alargar a rede de transportes nas
zonas do interior do país, através da expansão do projeto Porta-a-Porta. Saiba mais no Info 44

União das Mutualidades Portuguesas e Francesa reuniram em Bruxelas

A reunião do Grupo de Pensões da Associação Internacional das Mutualidades (AIM agendada para o dia 3 de
março, em Bruxelas, teve de ser adiada pela AIM, por motivos de agenda dos representantes das mutualidades
europeias. No entanto, realizou-se uma reunião presidida pelo perito da UMP, com a representante da Mutualité
Française e a secretária do grupo.

Na reunião, foram abordados os assuntos: desenvolvimentos do Fórum Europeu de Pensões da Comissão Euro-
peia, nomeadamente a revisão da diretiva IORP e de Portabilidade, questões referidas no Livro Branco, como a
diferença de igualdade de género nas pensões, o código de boas práticas e os serviços de rastreamento sobre
pensões adequadas e sustentáveis, a Consulta Pública do Livro Branco e a Conferência Europeia “O futuro das
pensões na Europa: Balanço e análise, dois anos após o Livro Branco”, que se realiza no próximo dia 26 de
março, em Bruxelas. Saiba mais no Info 43

49
ATIVIDADES DA UMP

Fevereiro
UMP nomeada para o Conselho Consultivo da Fundação INATEL

A União das Mutualidades Portuguesas, representada por Luís Alberto Silva, foi nomeada membro do Conselho
Consultivo da Fundação INATEL, de acordo com o Despacho n.º 2540/2014 do DR, 2ª Série – nº 33, de 17 de
fevereiro de 2014. Saiba mais no Info 44

UMP no Congresso do PSD

No passado dia 24 de fevereiro, o Presidente do Conselho de Administração da União das Mutualidades Portu-
guesas, Luís Alberto Silva, esteve presente no encerramento do Congresso do Partido Social Democrata (PSD), a
convite do Presidente do Conselho Nacional, Pedro Passos Coelho.
Este Congresso foi uma oportunidade para reforçar a relação de parceria entre as Entidades da Economia Social e
o Governo. Saiba mais no Info 42

UMP participa na reunião do IPQ

No passado dia 27 de fevereiro, decorreu a reunião plenária da Comissão Técnica 186, no Instituto Português da
Qualidade.
O título e o âmbito da Comissão Técnica 186 foram alterados, por unanimidade, para “Respostas Sociais e Cui-
dados Continuados Integrados” e “Normalização no âmbito das Respostas Sociais e dos Cuidados Continuados
Integrados”.
Nesta reunião, foi apresentado o relatório e o plano de atividades para 2014, assim como a análise dos comen-
tários do anteprojeto da norma Subcomissões e o ponto de situação dos trabalhos desenvolvidos na elaboração
dos anteprojetos da norma. Saiba mais no Info 41

Parceria entre a AIM e a Rede Europeia de Fraude na Saúde

A Associação Internacional das Mutualidades (AIM), no âmbito do Grupo de Trabalho Luta contra a Fraude, foi
convidada a reforçar as relações de parceria com uma nova entidade, a Rede Europeia contra a Fraude e Corrup-
ção na Saúde – EHFCN (European Healthcare Fraud Corruption Network) –, uma rede especializada em Fraude na
Saúde, composta por 15 membros de 12 países europeus. Saiba mais no Info 41

Cerimónia de Apresentação das Comissões Intergovernamentais de Proteção de Crianças e Jovens em Risco

Decorreu, no passado dia 5 de fevereiro, a apresentação pública das comissões intergovernamentais que estão a
proceder à revisão do sistema de promoção e proteção das crianças e jovens em perigo e do regime jurídico da
adoção, numa cerimónia que teve lugar no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Saiba mais
no Info 41

XXVIII Reunião de Pontos Focais de Cooperação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

Luís Alberto Silva, Presidente da UMP, marcou presença na XXVIII Reunião Ordinária de Pontos Focais de Coopera-
ção da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu nos dias 3 e 4 de fevereiro, na Sede
da CPLP, em Lisboa, na qualidade de Observador Consultivo. Saiba mais no Info 41

50
ATIVIDADES DA UMP

Janeiro
Reunião da Comissão de Coordenação e Acompanhamento do Plano Nacional de Implementação da Garantia
Jovem

A União das Mutualidades Portuguesas, um dos parceiros estratégicos que integra o Plano Nacional de Imple-
mentação de uma Garantia Jovem (PNI-GJ) reuniu, no passado dia 28 de janeiro, no Ministério da Solidariedade,
Emprego e Segurança Social, com o objetivo de formalizar a constituição da Comissão de Coordenação e Acom-
panhamento do Plano.
A Plataforma GarantiaJovem.pt, já em vigor, constitui uma plataforma de divulgação, de repositório de documen-
tação e de registo de ofertas mas, para que seja exequível, é necessário que os parceiros intervenham e mobi-
lizem, não só as estruturas e recursos de que disponham, como também os atores locais e regionais, para que a
rede que se pretende construir e reforçar, garanta uma oportunidade e uma resposta às necessidades dos jovens.
Saiba mais no Info 40

Inauguração do Lar e Creche “Quinta dos Avós” – Associação Oliveirense de Socorros Mútuos

A Associação Oliveirense de Socorros Mútuos inaugurou, no passado dia 25 de janeiro, o Lar e Creche “Quinta dos
Avós”, em Oliveira do Douro, Vila Nova de Gaia.
A cerimónia de inauguração do espaço foi presidida por Agostinho Branquinho, Secretário de Estado da Solidarie-
dade e Segurança Social e contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal
de Vila Nova de Gaia, de Dário Silva, Presidente da Junta de Freguesia de Oliveira do Douro, de Luís Alberto Silva,
Presidente da União das Mutualidades Portuguesas, Marcelino Tavares, Presidente da Assembleia Geral da Asso-
ciação Oliveirense de Socorros Mútuos e Luís Amorim, Presidente da Direção da Liga das Associações de Socorro
Mútuo de Vila Nova de Gaia. Saiba mais no Info 40

Vereda D. Ximenes Belo dá acesso a novo lar e creche “Quinta dos Avós”

Após a inauguração da “Quinta dos Avós”, seguiu-se a inauguração da Vereda D. Ximenes Belo, uma avenida que
dá acesso ao lar e creche.
O homenageado, D. Ximenes Belo, Prémio Nobel da Paz e Bispo Emérito de Díli, em Timor, louvou todas as pes-
soas que intervieram na criação desta obra social, salientando que: “Apesar da crise, há homens e mulheres de
boa vontade que pensam nos anciãos e valorizam o bem-estar e o sossego das pessoas”. Saiba mais no Info 40

UMP reúne com o Secretário de Estado da Saúde

Luís Alberto Silva reuniu, no passado dia 22 de janeiro, com o Secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira e
com o presidente do INFARMED, Eurico Castro Alves, no sentido de dar continuidade às diligências, necessárias
à resolução da transformação das Farmácias Sociais em sociedades comerciais, bem como sensibilizar para a
criação de um grupo de trabalho. Saiba mais no Info 40

51

Você também pode gostar