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Resumo “O rádio” de Diego Weigelt - Valentina Rossatto

No livro “O rádio” de Diego Weigelt, o autor defende que o rádio não morreu, pois
ainda na era da convergência, ele detém o poder de atingir pessoas de todas as idades,
culturas, religiões e condições, ao mesmo tempo e em qualquer lugar. É um dos meios que
mais tem se adaptado, porém se mantem simples e estabelece um vínculo com o ouvinte
através de sua linguagem simples e rápida, assume sua posição de invisibilidade e
onipresença, assim que permite que o ouvinte se sinta sempre acompanhado e não
precise necessariamente prestar atenção a todo momento.
Podemos perceber que o rádio resiste, assim como os outros meios de
comunicação e passa pela “mediamosphosis”, onde o tradicional não desaparece, apenas
evolui e se adapta as novas tecnologias. Nesse contexto, ele é convergente e
caracterizado pelo fenômeno do “multi’, múltiplos conteúdos, formatos, dispositivos e
indispensavelmente múltiplos horários, hábitos e formas de escutar, por isso, ele deve se
aproveitar do avanço tecnológico, de sua simultaneidade e se inteirar, ou perderá a
capacidade de se infiltrar na nova geração. O rádio também tem procurado estar nas
plataformas que os ouvintes mais escutam, o streaming e “webradio” se tornaram
atualmente visuais, quando a audiência deixa de apenas escutar e passa a ler, interagir,
pesquisar e participar, ela ganha poder de mudar sua própria relação com o conteúdo
radiofônico, consequentemente há uma segmentação ainda maior, onde se tem liberdade
de buscar um conteúdo específico que ainda não está disponível na mídia” mainstream”.
Com o avanço tecnológico, independente de tamanho, uma emissora de curto
alcance hertziano pode alcançar o mundo pela internet, sabemos que a “webradio” não
difere tanto da analógica por ainda ser caracterizada de forma síncrona, já o “podcasting” é
uma radiodifusão de caráter assíncrono e mais barato. Tendo isso em vista, André Lemos
questiona se o rádio, como meio de comunicação, deixa de sê-lo quando está fora do meio
tradicional, e a verdade é que em função da digitalização essa relação entre os meios e
seus aparelhos foi quebrada.
Também, os celulares e MP3 player trouxeram liberdade para os jovens, que podem
consumir seus conteúdos midiáticos sozinhos, por meio de fones de ouvido, sem ficar
refém do que os pais sintonizam no carro ou na sala, deste mesmo modo, o rádio se torna
cada vez mais compatível com o “multitasking”, dependendo apenas do sentido auditivo,
permite que possamos praticar diversas ações. Por fim, o autor frisa a importância da
internet para a socialização do meio de comunicação com sua comunidade de ouvintes,
para que assim não se restrinjam apenas a escuta, mas também façam parte da produção
do rádio atual e enfatiza que ainda veremos mudanças em relação a interatividade do
rádio.

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