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GLOBALIZAÇÃO E SOCIEDADE PÓS-INDUSTRIAL

1. CONCEITO DA GLOBALIZAÇÃO

° Globalização é um termo empregado para descrever a atual conjuntura do sistema capitalista e sua
consolidação no mundo. De forma prática, a Globalização é entendida como uma integração entre
as diferentes localidades do planeta movimentando uma maior instrumentalização promovida pelos
sistemas de comunicação.

° A Globalização também pode ser definida de diferentes modos a partir de leituras de várias formas
de cientificidade como: Ciências Sociais, Geografia, Filosofia, História, Comunicação, Ecologia,
Economia. Todas elas utilizando o conhecimento na intenção de construir uma resposta para a
condução de um novo paradigma das relações sócio espaciais em todo o globo terrestre.

2. GLOBALIZAÇÃO E A CULTURA

° O espaço geográfico encontra-se repleto de elementos próprios do processo de globalização, como


as antenas de TV e celular, os meios de transporte cada vez mais modernizados, os sistemas de
comunicação inovados pelas novas técnicas e tecnologias. Ideias surgem com novos avanços em
velocidade superando as expectativas da dinâmica social.

° Com a cultura esse processo ocorre no mesmo sentido, onde o espaço geográfico constrói suas
bases em inúmeros campos e configurações, a exemplo disso temos as instituições sociais: a família,
a economia, política e a educação. De modo que, a cultura encontra-se plenamente inserida nesse
contexto. Assim, observam-se as transformações das paisagens que variam do natural ao cultural,
carregando ambientes constitutivos de todas as sociedades capitalistas, mas com elementos
culturais locais ou regionais, que demonstram singularidade e especificidade dos lugares.

° O que nos faz refletir é: Como podemos compreender o comportamento e as transformações da


cultura na era da Globalização? Como vemos o que está diferente do que era antes e o que vemos
com os diferentes costumes que podemos interagir?

° A Indústria é capaz de gerar e controlar os padrões de comportamento e os costumes das pessoas,


como o modo de usar as roupas, os padrões de comportamento, as atividades de lazer entre outros
formas e modos de ser em coletividade. Por esse motivo muito se fala em uma homogeneização das
culturas, isto é, a padronização dos modos de ser e agir dos indivíduos com base em uma referência
dominante, fazendo sucumbir os valores locais e até os tradicionais.

° Ao mesmo tempo, à medida que, os sistemas de comunicação avançam com as inúmeras redes
sociais e a proximidade das culturas, ocorre a quebra de fronteiras possibilitando mudanças de
valores e costumes locais. Essa dinâmica social se impõe perante essas novas concepções globais
fomentando a heterogeneização cultural.
3. O MUNDO VIÚVO DE SÍ MESMO
“O interesse deste paralelo socio-econômico está na equivalência paradigmática entre os
modos de produção econômica, de organização social, de comunicação e de produção da
subjetividade. Segundo Neiva (1996) por exemplo, só a revolução industrial podia ver
aparecer o modo de produção serial da escrita (imprensa). Do mesmo jeito que o
surgimento da mídia de massa era necessário para a estabilização da cultura do grupo
diante a sociedade moderna, caracterizada pela grande diversificação das formas
institucionais e pela aceleração das mudanças sociais e tecnológicas, preenchendo assim, o
vazio deixado pela desestruturação das formas comunitárias tradicionais, no enraizamento
do indivíduo na cultura de seu grupo e de sua época. Enquanto na sociedade
contemporânea, marcada pela desmassificação da produção e das formas organizacionais,
principalmente através da segmentação da sociedade em grupos de afinidades, se fez
necessária a reformulação da relação da sociedade com seus meios de produção de sentido;
daí a mídia interativa e o processo de convergência... [...]A comunicação tem, neste sentido,
uma função política ideológica e organizacional inerente às relações de poder que
sustentam toda organização social, funcionando, portanto, como mecanismo de articulação
dos diferentes níveis da estrutura social. É através dela que se adscreve o status de cada
categoria da sociedade e se elabora o projeto existencial do grupo em conformidade com os
interesses da categoria que controla os meios de produção de sentido (meios de
comunicação). Se cada época e cada processo civilizatório segregam instâncias sociais e
formas institucionais que lhes são típicas, isto significa igualmente que os sistemas de
comunicação refletem a condição existencial e psicológica do grupo. Para nos limitar apenas
à história recente, lembramos que ao fordismo correspondia o Estado nacional, a ideologia
do modernismo, a sociedade e os meios de comunicação de massa, assim como o
individualismo serial, cuja metáfora concreta / emblema de sua solidão gregária seria, sem
dúvida, o número de série... Já, no contexto global e pós-moderno atual, a enunciação da
subjetividade se torna um processo cada vez mais abstrato e se parece mais com o código
genético ou de barra. Ela corresponde, aos níveis social, político, econômico e
comunicacional, à segmentação transnacional das identidades, ao enfraquecimento do
Estado, à flexibilização da organização social e à mídia “costumerizada” representada pela
Internet e pela convergência dos meios de comunicação”. (LUMINA, Facon- UFJF.
v.3.n.1,pp.45-64, jan/jun, 2000.www.facom.ufrj.br).

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