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PROJETO DE INSTALAÇÕES

ELÉTRICAS

Formação e Consultadoria

LEGISLAÇÃO

Lei n.º 14/2015 de 16/2

Revogou

• Decreto-Lei n.º 229/2006, de 24 de novembro (ex Estatuto Téc. Responsável alter.)


• Decreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de abril (ex Estatuto Téc. Responsável)

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Lei n.º 14/2015, de 16 de Fevereiro
• Aprova os requisitos de acesso e exercício da atividade das seguintes
entidades e profissionais:

• Entidades instaladoras de instalações elétricas de serviço particular


(EI) e técnicos responsáveis pela execução que exercem atividade a
título individual;

• Entidades inspetoras de instalações elétricas de serviço particular


(EIIEL);

• Técnicos responsáveis pelo projeto e pela exploração das instalações


elétricas de serviço particular.

• Considera instalações elétricas de serviço particular todas as instalações


elétricas que não sejam objeto de exploração no âmbito de atividades
legalmente consideradas de serviço público, nomeadamente de
atividades de transporte e distribuição de energia elétrica.

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Lei n.º 14/2015, de 16 de Fevereiro


• Podem exercer a atividade de execução de instalações elétricas de
serviço particular:

• As pessoas coletivas (EI) ou empresários em nome individual;

• Técnico responsável pela execução, a título individual, para as


instalações elétricas de serviço particular de baixa tensão, com
potência até 41,4 kVA, inclusive, desde que:
• Disponha de um seguro, no valor mínimo de € 50 000
• Disponha de técnicos responsáveis pela execução das instalações
elétricas, conforme a classe de obra e a subcategoria de obra ou
trabalho em causa.

• O técnico responsável pelo projeto de instalações elétricas de serviço


particular deve ser:
• engenheiro da especialidade de engenharia eletrotécnica, ou
• engenheiro técnico da especialidade de engenharia de energia e
sistemas de potência.

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Lei n.º 14/2015, de 16 de Fevereiro
• O técnico responsável pela exploração de instalações elétricas de serviço
particular, nomeadamente para as instalações que apresentam maior
risco para a proteção de pessoas e bens e maior complexidade, deve
possuir:

• Título de engenheiro da especialidade de engenharia eletrotécnica, ou

• Título de engenheiro técnico da especialidade de engenharia de


energia e de sistemas de potência, ou
• Qualificação de dupla certificação de, pelo menos, nível 4 do Quadro
Nacional de Qualificações, obtida por via das modalidades de
educação e formação do Sistema Nacional de Qualificações, que
integrem unidades de formação de curta duração na área das
instalações elétricas e respeitem os conteúdos definidos no Catálogo
Nacional de Qualificações; ou
• No mínimo, o 12.º ano de escolaridade e conclusão, com
aproveitamento, das unidades de formação de curta duração na área
das instalações elétricas, integradas no Catálogo Nacional de
Qualificações.

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Lei n.º 14/2015, de 16 de Fevereiro


Técnicos responsáveis pelo projeto e pela exploração das instalações
elétricas de serviço particular (art. 20)

• Os técnicos de exploração que não sejam engenheiros da especialidade de


engenharia eletrotécnica ou engenheiros técnicos da especialidade de
engenharia de energia e de sistemas de potência, só podem assumir a
responsabilidade pela exploração de instalações elétricas de tensão até 30
kV e potência até 250 kVA.

• O técnico responsável pela exploração de instalações elétricas de serviço


particular deve possuir um seguro de responsabilidade civil para cobrir
quaisquer danos corporais e materiais sofridos por terceiros, no decurso e
em resultado do exercício da sua atividade no valor de € 50 000.

• O técnico responsável pela exploração de instalações elétricas de serviço


particular pode desempenhar atividade de técnico responsável pela
execução de instalações elétricas de serviço particular.

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LEGISLAÇÃO

Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Alterado pela Lei n.º 61/2018 de 21/8

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Objeto e âmbito de aplicação

O presente Decreto-Lei estabelece a disciplina das instalações elétricas de


serviço particular alimentadas pela rede elétrica de serviço público (RESP)
em média, alta, ou em baixa tensão, e das instalações com produção
própria, de caráter temporário ou itinerante, de segurança ou de socorro, e
define o sistema de controlo, supervisão e regulação das atividades a elas
associadas.

Revoga

• Decreto-Lei n.º 26852, de 30 de julho de 1936 (RLIE de serviço particular)

• Decreto-Lei n.º 101/2007 de 2 de abril, (RLIE de serviço particular, alteração)

• Decreto-Lei n.º 517/80 de 31 de outubro (Normas de elaboração de Projeto e…)

• Decreto-Lei n.º 272/92, de 3 de dezembro (ANIIE)

• Portaria n.º 662/96 de 14/11 (Autorização de funcionamento da ANIEE/CERTIEL)

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8
Classificação das instalações elétricas (art. 3º)

As instalações elétricas de serviço particular, não sujeitas a regime legal


específico, classificam-se, como:

• Tipo A — Instalações com produção própria, de caráter temporário ou


itinerante, de segurança ou socorro, quando não integrem centros
electroprodutores sujeitos a controlo prévio ao abrigo de regimes jurídicos
próprios;

• Tipo B — Instalações que sejam alimentadas pela RESP em média, alta ou


muito alta tensão;

• Tipo C — Instalações que sejam alimentadas pela RESP em baixa tensão.

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Ligação à Rede Elétrica de Serviço Público e entrada em exploração (art. 4º)

LIGAÇÃO À REDE OU ENTRADA EM EXPLORAÇÃO


TIPO DE POTÊNCIA ENTIDADE
REQUISITOS P/ LIGAR À REDE OU ENTRAR EM EXPLORAÇÃO
INSTALAÇÃO [kVA] EXECUTANTE
≤ 100 Declaração de Inspeção
c/ DDR ≤ 30 mA emitido por EIIEL
A Declaração de Conformidade (EI)
> 100 EI ou Vistoria DGEG
Termo Respons. p/ Execução (TRExec.) e
Certificado de Exploração
Ligação à Rede ou
B Qualquer DGEG
Entrada em Exploração
≤ 6,9 Termo Respons. p/ Execução (TRExec.) (dispensa de inspeção)
> 6,9 ou,
EI ou TRExec.
C e Declaração de Conformidade (EI)
Declaração de Inspeção
≤ 41,4 kVA emitido por EIIEL
> 41,4 kVA EI Declaração de Conformidade (EI)
EI - Entidade Instaladora, (EI); TRExec. - Técnico Responsável pela Execução; EIIEL - Entidade Inspetora de Instalações Elétricas

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8
Ligação à Rede Elétrica de Serviço Público e entrada em exploração (art. 4º)
LIGAÇÃO À REDE OU ENTRADA EM EXPLORAÇÃO

TIPO DE INSTALAÇÃO DOCUMENTOS TRAMITAÇÃO

EI entrega na DGEG, para Vistoria:


> Ficha Eletrotécnica
Tipo B > Ofício de Viabilidade
e > Termo de Responsabilidade pelo projeto DGEG contacta ORD
> Projeto
Tipo A, S >100 kVA > Declaração de conformidade da Execução
> Termo de Responsabilidade pela Exploração
EI/TR entrega na EIIEL, para Inspeção:
> Ficha Eletrotécnica
Tipo C > Ofício de Viabilidade*
EIIEL coloca no SRIESP:
e > Termo de Responsabilidade pelo projeto*
> Declaração de Inspeção
> Projeto
Tipo A, S ≤ 100 kVA > Termo de Responsabilidade da Execução ou
Declaração de conformidade da Execução ORD verifica
condições de
Tipo C TR coloca no SRIESP:
ligação à Rede
Locais residenciais > Ficha Eletrotécnica
S ≤ 6,9 kVA > Termo de Responsabilidade da Execução

Tipo C TR contacta ORD.


Caráter
temporário/eventual

Nota: logo a plataforma SRIESP esteja totalmente operacional as formalidades agora tratadas junto da DGEG e das EIIEL deverão ser
realizadas naquela plataforma.

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Projeto de instalações elétricas (art. 5º)

TIPO DE
COM PROJETO
INSTALAÇÃO

> Se de Segurança ou Socorro e S > 3,45 kVA ou estaleiros de obras p/ S > 41,4 kVA
> Locais com risco Explosão
A > Parques de campismo e marinas
> Restantes não carecem de projeto

B > Sim

> Estabelecidas em imóveis p/ S > 10,35 kVA (s/ fatores de simultaneidade)


> Locais destinados a espetáculos
C > Locais com risco explosão
> Parques de campismo e marinas
> Restantes não carecem de projeto

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8
Projeto de instalações elétricas

TIPO DE TEMAS
CONSTITUINTES UTILIZADORES
PROJETO ABORDADOS

> Técnicos Responsáveis pela Execução

> Segurança > Entidades Fiscalizadoras de Obras


Projeto de > Peças desenhadas > Luminotecnia
Execução > Peças Escritas > Arte > DGEG - em caso de vistoria
> Outras
> EIIEL - em caso de inspeção

• Sempre que o projeto seja exigido, o projetista deve submeter:


• Termo de Responsabilidade pelo projeto

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Inspeção para entrada em Exploração (art. 8º)
• Concluída a execução, as instalações elétricas dos tipos A e C, referidas na alínea c)
do n.º 1 do artigo 4.º, estão sujeitas a inspeção para entrada em exploração.

• A inspeção referida no número anterior é realizada pela EIIEL, devendo contar com a
presença dos seguintes técnicos responsáveis por instalações elétricas:

• A entidade instaladora ou técnico responsável pela execução, acompanhados


dos meios técnicos necessários para fazer os ensaios previstos na
regulamentação de segurança aplicável;

• O técnico responsável pela exploração, quando aplicável nos termos do artigo


15.º

• Os técnicos responsáveis mencionados no número anterior podem fazer-se


substituir por outro técnico responsável habilitado, desde que mandatado pelo
substituído.

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8
Inspeção ou Vistoria de instalações elétricas

VISTORIA ou INSPEÇÃO de INSTALAÇÃO ELÉTRICA

ATO ANÁLISE RESULTADO

Graves (G) REPROVADA


Instalação
APROVADA com
Vistoria apresenta NG-1
dficiências a corrigir
DEFICIÊNCIAS Não Graves (NG)
ou
NG-2
Inspeção
APROVADA
Instalação sem
DEFICIÊNCIAS

• Na Vistoria ou Inspeção à instalação poderão detetadas deficiências:


• Graves – G > determinam a reprovação da instalação
• Não Graves tipo 1 – NG-1 – carecem de correção imediata
• Não Graves tipo 2 – NG-2 – aconselham a correção futura aquando de uma intervenção
na instalação

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8


Técnico responsável pela exploração (art. 15º)

TIPO DE POTÊNCIA NECESSIDADE DE TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA


INSTALAÇÃO [kVA] EXPLORAÇÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

A > 100 Instalações de Produção de Energia

B Qualquer PT's e Redes de Energia

> 100 Estabelecimentos Hospitalares, N>50 Pax (H)

> 100 Parques de estacionamentos cobertos (P), A > 200 m2


> 41,4 Outras Instalações c/ N > 200 Pax (Excepto H e P)

> 250 Estabelecimentos Industriais


C
> 250 Estabelecimentos Agrícolas e Pecuários

> 41,4 Instalações e locais c/ Riscos de Explosão

> 41,4 Balneários Públicos

> 41,4 Estaleiros de Obras

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• Decreto-Lei n.º 96/2017 de 10/8
Instalações elétricas sujeitas a inspeção periódica (art. 19º)

TIPO DE POTÊNCIA
COM INSPEÇÃO PERIÓDICA
INSTALAÇÃO [kVA]

A 20 < S ≤ 100 Instalações de Produção de Energia

≤ 100 Estabelecimentos Hospitalares e semelhantes

> 20 Recintos de Espetáculos

> 20 Estabelecimentos de Ensino e Cultura

> 41,4 kVA Estabelecimentos Comerciais


C
41,4 < S ≤ 250 Estabelecimentos Industriais

41,4 < S ≤ 250 Estabelecimentos Agrícolas e Pecuários

20 < S ≤ 41,4 Instalações e locais c/ Riscos de Explosão

20 < S ≤ 41,4 Balneários Públicos

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RTIEBT – Regras Técnicas

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Origem das Regras Técnicas

1. Documentos do TC 64 do CENELEC

2. Documentos do TC 64 da CEI

3. Vocabulário Eletrotécnico Internacional (VEI)

4. Norma CEI 60364

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Campo de Aplicação

1. Edifícios de Habitação

2. Edifícios de Usos comerciais

3. Estabelecimentos recebendo público

4. Estabelecimentos industriais

5. Estabelecimentos agro-pecuários

6. Caravanas, parques de campismo e marinas

7. Estaleiros, feiras, exposições ou outras instalações temporárias

8. Edifícios pré-fabricados e Instalações coletivas

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0

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Estrutura

Parte 1 - Generalidades

Parte 2 - Definições

Parte 3 - Determinação das caraterísticas gerais

Parte 4 - Proteção para garantir a segurança

Parte 5 - Seleção e instalação de equipamentos

Parte 6 - Verificação e Manutenção das Instalações

Parte 7 - Regras para instalações de locais especiais

Parte 8 - Regras complementares

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Princípios fundamentais

1. Conceção das Instalações

2. Proteção para garantir a segurança

3. Seleção dos Equipamentos Elétricos

4. Execução e Verificação das Instalações

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Instalações e locais especiais

Conceito de Instalações e locais especiais

São todas as instalações e locais onde existem elevados riscos para as


pessoas em resultado de:

1. Baixa resistência do corpo humano à passagem da corrente eléctrica


(por se encontrar molhado ou húmido);

2. Existência de instalações e equipamentos estabelecidos em ambientes


desfavoráveis (locais submersos, molhados ou húmidos) ou com elevadas
correntes de fuga (derivadas desses ambientes ou da natureza dos próprios
equipamento).

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3

Instalações e locais especiais

1. Locais contendo banheiras ou chuveiros (Casas de banho)

2. Piscinas e semelhantes

3. Locais contendo radiadores para saunas

4. Instalações de estaleiros

5. Instalações elétricas em estabelecimentos agrícolas ou


pecuários

6. Locais condutores exíguos

7. Ligações à terra de instalações de equipamentos de


tratamento de informação

8. Alimentação de veículos elétricos

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Conceitos

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Conceitos

Domínios de tensões

Corrente alternada (c.a.)

Domínio I U ≤ 50 Volt

Domínio II 50 Volt < U ≤ 1000 Volt

Corrente contínua (c.c.)

Domínio I U ≤ 120 Volt

Domínio II 120 Volt < U ≤ 1500 Volt

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Conceitos
Tensão de contacto (Uc)
Tensão que, em caso de defeito de isolamento, aparece entre partes simultaneamente
acessíveis.
Aparelho com Uc – Tensão de
defeito contacto
de isolamento Aparelho de utilização

Uc
-

Tensão limite convencional de contacto (UL)


Valor máximo da tensão de contacto que é admissível poder manter-se
indefinidamente em condições especificadas de influências externas
UL = 50 V UL = 25 V (Locais especiais) UL = 12 V (Ilum. Subaquática)

Tensão de contacto presumida


Tensão de contacto mais elevada suscetível de aparecer numa instalação
em caso de defeito de impedância desprezável.

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Conceitos

Tensão de passo (UP)

Tensão entre dois pontos à superfície da terra, distantes 1 metro

UA – Tensão no ponto A
UB – Tensão no ponto B
UP
UA

UP – Tensão de passo UB

A B
1m

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Conceitos
Condutores ativos
Condutores afetos à transmissão de energia

N
L1
L2
L3
Segundo CEI 60446

Condutores afetos à transmissão de energia e condutor de proteção

PE

N
L1

L2

L3

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Conceitos

Condutor de proteção (PE) Norma CEI 60446

Condutor destinado a interligar massas e a ligá-las à terra (não ativo)

PE

Condutor PEN (PE+N) (RTIEBT 514.3.2) Norma CEI 60446

Condutor com as funções de condutor neutro e de proteção (não ativo)

PEN PEN

L1 L1
ou
L2 L2

L3 L3

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Conceitos
Classes de isolamento dos equipamentos
Classe 0 - Proteção c / choques garantida pelo isolamento principal

Classe I - Proteção c / choques garantida pelo isolamento principal +


ligação das massas à terra

Classe II - Proteção c / choques garantida pelo isolamento principal +


isolamento suplementar

Classe III - Proteção c / choques garantida por alimentação a MBTS ou MBTP

Equipamentos da classe I Equipamentos da classe II Equipamentos da classe III

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Segurança nas Instalações Elétricas

Fatores determinantes para o projeto e execução

– Proteção para garantir a segurança


– Conceção das instalações
– Seleção dos equipamentos elétricos
– Execução e verificação
– Limites da instalação

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Proteção garantida pelos Invólucros dos Equipamentos

Proteção contra penetração de sólidos e líquidos


NP EN 60529

Código IP
• Letras do código --------------------------- IP
• Primeiro algarismo caraterístico ------- 0 a 6 (ou X)
• Segundo algarismo caraterístico ------ 0 a 8 (ou X)
• Letra adicional (facultativa) ------------- A, B, C, D
• Letra suplementar (facultativa) --------- H, M, S, W

Nota:
Se não for exigido um dos algarismos caraterísticos, este deve ser substituído por X.

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Identificação da simbologia do código IP, NP EN 60529

Significado da PROTEÇÃO DO Significado da PROTEÇÃO


Primeiro EQUIPAMENTO contra penetração de pessoas contra acesso a
Símbolos
algarismo de CORPOS SÓLIDOS: PARTES PERIGOSAS com:

0 (não protegidos) (não protegidos)

1 Diâmetro  50 mm costas da mão

2 Diâmetro  12,5 mm dedo

Diâmetro  2,5 mm Ferramenta *


3
Diâmetro  1,0 mm fio
4
Protegido contra poeira fio
5
Estanque à poeira fio
6

* Equivalente a dedo de criança

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Identificação da simbologia do código IP, NP EN 60529

Significado para protecção do


Segundo
equipamento contra penetração Símbolo
algarismo
de ÁGUA de:
0 (não protegidos)
1 Gotas de água verticais
2 Gotas de água (inclinação 15º)
3 Chuva
4 Projeção de água
5 Jatos de água
6 Jatos fortes de água
7 Imersão temporária
8 Imersão prolongada

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Identificação da simbologia do código IP, NP EN 60529

Letra Significado para proteção de


adicional PESSOAS contra acesso a
(facultativa) PARTES PERIGOSAS com:
A costas da mão
B dedo
C ferramenta
D fio

Letra
suplementar Informação suplementar específica a :
(facultativa)
H Equipamento de AT

M Movimento durante o ensaio de água


S Estacionário durante o ensaio de água
W Intempéries

Formação e Consultadoria 36

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CÓDIGO IP – NP EN 60 529
Códigos de proteção contra a penetração de corpos sólidos e líquidos
Códigos IPXY
Algarismo X (Corpos sólidos) Algarismo Y (Líquidos)
Código
Número Significado Número Significado
0 Não protegido 0 Não protegido
Protegido contra penetração de corpos Protegido contra as quedas de gotas de
1 sólidos de diâmetro maior que 50 mm 1 água na vertical
Exemplo : costas da mão Exemplo : gotas de condensações
Protegido contra penetração de corpos Protegido contra as quedas de gotas de
2 sólidos de diâmetro maior que 12 mm 2 água até 15º de inclinação em relação à
Exemplo : dedos da mão vertical
Protegido contra penetração de corpos
Protegido contra a água da chuva até 60º
3 sólidos de diâmetro maior que 2,5 mm 3 de inclinação em relação à vertical
Exemplo : fios, ferramentas
IPXY Protegido contra penetração de corpos
Protegido contra as projecções de água
4 sólidos de diâmetro maior que 1 mm 4 em todas as direcções
Exemplo : fios finos, ferramentas finas
Protegido contra penetração de poeiras Protegido contra jactos de água em
5 sem depósito prejudicial
5 todas as direcções
Protegido contra jactos de água fortes e
6 Estanque às poeiras 6 massas de água de ondas
Protegido contra os efeitos de imersão
7 temporária
Protegido contra os efeitos prolongados
8 de imersão
Formação e Consultadoria 37

Identificação da simbologia do código IP, NP EN 60529

Exemplos:

• IPX1C – omissão do primeiro algarismo característico, proteção


contra gotas verticais de água e utilização de uma letra adicional.

• IP3X - omissão do 2º algarismo característico e proteção contra


penetração de corpos sólidos maiores que 2,5 mm.

• IP20 - Protecção contra penetração de corpos sólidos maiores que


12,5 mm e sem protecção contra penetração de água.

• IP55 - Proteção contra penetração de poeira e proteção contra


projeção de jatos de água.

• IPX5/IPX6 - Proteção dupla, dependendo da posição de montagem,


contra jatos de água ou contra jatos fortes de água.

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Proteção Mecânica dos Equipamentos CEI 62 262

Código IK

– Letras do código --------------------------- IK

– Algarismos característicos -------------- 00 a 10

– A energia de impacto a que se refere a proteção do


código IK exprime-se em joules (J)

Formação e Consultadoria 39

Proteção Mecânica dos Equipamentos


Exemplo de energia de impato em queda de um alicate
Energia de impacto (joule) de queda livre de um corpo de 0,25 kg (alicate), de diversas
alturas
Exemplo 1 Altura da queda Energia de impacto
(m) Energia potencial = m.g.h
Wp = m.g.h
1 2,45

3 (1.º andar) 7,35


6
6 (2.º andar) 14,70
5
9 (3.º andar) 22,05
4
12 (4.º andar) 29,40
3
15 (5.º andar) 36,75
2
18 (6.º andar) 44,10
1
21 (7.º andar) 51,45
0

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20
Proteção Mecânica dos Equipamentos

Energia de impacto
• Exemplo 2
Oficina de automóveis: carrinho em movimento

Velocidade Peso do carro Energia de impacto


(km/h) (kg) (J)
5 10 9,65
5 20 19,30
----------------------------------------------
10 10 38,50
10 20 77,00

Energia cinética: Wc = ½.m.v2


Formação e Consultadoria 41

Proteção Mecânica dos Equipamentos CEI 62 262

Designações por Protecção de


impacto com a energia de:
algarismos
(J)
00 Sem protecção
01 0,14
02 0,2
03 0,35
04 0,5
05 0,7
06 1,0
07 2,0
08 5,0
09 10,0
10 20,0

Formação e Consultadoria 42

21
Proteção Mecânica dos Equipamentos CEI 62 262

Exemplos:

• IK00 - equipamento sem proteção contra ações mecânicas

• IK03 - proteção contra impactos até 0,35 J

• IK07 - proteção contra impactos até 2,0 J

• IK09 - proteção contra impactos até 10,0 J

• IK10 - proteção contra impactos até 20,0 J

Formação e Consultadoria 43

CÓDIGO IK – CEI 62 262


Código de proteção contra ações mecânicas
Código IK xx
Estrutura Algarismos Energia de impacto Massa de corpo
do Código XX (joule) (gramas)
do Código que produz a energia de
impacto na queda de 1 metro
00 Não protegido

01 0,14 14

02 0,20 20

03 0,35 35

04 0,50 50

IKxx 05 0,70 70

06 1,00 100

07 2,00 200

08 5,00 500

09 10,00 1000

10 20,00 2000

Formação e Consultadoria 44

22
INFLUÊNCIAS EXTERNAS EM
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Formação e Consultadoria 45

Fatores de influência na segurança das instalações


A segurança das instalações elétricas de um edifício e das
pessoas que o utilizam depende :

• da complexidade do edifício

• da natureza dos materiais do edifício

• das competências das pessoas

• da natureza e estado das pessoas

• das Influência ambientais a que estão sujeitas

As RTIEBT consideram e classificam estes fatores ambientais de modo ordenado e


estruturado, designando-os por

Fatores de influência externa


Formação e Consultadoria 46

23
Fatores de influência externa
Classificação dos fatores de influência externa
Categorias 3
Natureza da influência 24
Classes Variáveis (1 a 8 )

Estrutura do código de designação dos fatores de


influência externa
Código alfanumérico L1 L2 N

Primeira letra L1 – Categoria (A, B ou C)

Segunda letra L2 – Natureza (A a S)

Número N – Classe (1 a 8)
Formação e Consultadoria 47

Fatores de influência externa


Codificação das Categorias dos fatores de influências
externas

A B C

AMBIENTES

UTILIZAÇÕES

CONSTRUÇÃO DE
EDIFÍCIOS

Formação e Consultadoria 48

24
Fatores de influência externa
Resumo dos Fatores de influência externa
1.ª Letra 2.ª Letra Algarismo
L1 L2 N Classe
Estrutura
considerada
Natureza do Designação da influência
Categoria Classe da Normal
da código
geral influência (Valor de X)
influência
A 1a8 AAX Temperatura ambiente
4
B 1a8 ABX Condições climáticas
C 1e2 ACX Altitude
D 1a8 ADX Presença de água
E 1a6 AEX Presença de corpos sólidos estranhos
F 1a4 AFX Presença de corpos substâncias corrosivas ou poluentes
G 1a3 AGX Ações mecânicas (Impactos)
H 1a3 AHX Ações mecânicas (Vibrações)
A
J 1 AJX Ações mecânicas (Outras)
Ambientes
K 1a2 AKX 1 Presença de Flora e Bolores
L 1a2 ALX Presença de fauna
M 1a6 AMX Influências electromagnéticas, electrostáticas ou ionizantes
N 1a3 ANX Radiações solares
P 1a4 APX Efeitos sísmicos
Q 1a3 AQX Descargas atmosféricas, nível cerâunico (N)
R 1a3 ARX Movimentos do ar
S 1a3 ASX Vento
Formação e Consultadoria 49

Fatores de influência externa

Resumo dos Fatores de influência externa


Algarismo
1.ª Letra 2.ª Letra
N Classe
Estrutura
considerada
Natureza do Designação da influência
Categoria Classe da Normal
da código
geral influência (Valor de X)
influência

A 1a5 BAX Competência das pessoas


B 1a3 BBX Resistência elétrica do corpo humano

B C 1a4 BCX Contacto das pessoas com o potencial da terra


1*
(Utilizações) Evacuação das pessoas em caso de
D 1a4 BDX
emergência
Natureza dos produtos tratados ou
E 1a4 BEX
armazenados
A 1a2 CAX Materiais de construção
C
(Construção 1
dos edificios) B 1a4 CBX Estrutura dos edifícios

* No caso dos contactos com o potencial da terra (BCX), as classes 1 e 2 são consideradas de risco reduzido (normal).

Formação e Consultadoria 50

25
Fator de influência externa : Temperatura ambiente

Temperatura do ambiente

Código Classificação Características


AA1 Frígido -60 º C a + 5 º C
AA2 Muito frio -40 º C a + 5 º C
AA3 Frio -25 º C a + 5 º C

AA4 Temperado -5 º C a + 40 º C
AA5 Quente +5 º C a + 40 º C
AA6 Muito quente +5 º C a + 60 º C
AA7 Exterior abrigado -25 º C a + 55 º C
AA8 Exterior não protegido -50 º C a + 40 º C

Formação e Consultadoria 51

Fator de influência externa : Condições climáticas

Condições climáticas

Temperatura do ar Humidade relativa Humidade absoluta

Código inferior superior inferior superior inferior superior


[a] [a] [a] [a] [a] [a]
(°C) (°C) (%) (%) (g/m3) (g/m3)
AB1 -60 5 3 100 0,003 7
AB2 -40 5 10 100 0,1 7
AB3 -25 5 10 100 0,5 7

AB4 -5 40 5 95 1 29
AB5 5 40 5 85 1 25
AB6 5 60 10 100 1 35
AB7 -25 55 10 100 0,5 29
AB8 -50 40 15 100 0,04 36

Formação e Consultadoria 52

26
Fator de influência externa : Presença de água
Presença de água
Índice de Protecção
Código Classificação Características Referência
Norma NP EN 60 529
Locais em que a presença da
AD1 IPX 0 Desprezável
água é desprezável.
Locais que podem estar submetidos
AD2 IPX 1 Gotas de água à queda de gotas de água na
vertical
Locais que podem estar submetidos
à água caindo sob a forma de chuva
AD3 IPX3 Chuva
numa direcção que faça um ângulo 512.2
com a vertical não superior a 60° e
522.3
Locais que podem estar submetidos
AD4 IPX4 Projeção de água a projeção de água em todas as
direções (quadros de estaleiros ou paredes
onde escorre água)

Locais que podem estar submetidos


AD5 IPX5 Jatos de água a jatos de água sob pressão em
todas as direções (Locais de lavagem com
agulheta)

Jatos de água fortes Locais que podem estar submetidos Usar um ou mais meios
AD6 IPX6 a vagas (de água) - (Marinas) de protecção
ou massas de água
Locais que podem ser parcialmente
AD7 IPX7 Imersão temporária
ou totalmente cobertos de água.
701 e 702
Locais que podem ser totalmente Usar cabos H07RN-Fou
c/ isolamento mineral
AD8 IPX8 Imersão prolongada cobertos de água de forma
permanente - (Tanques, Piscinas)

Formação e Consultadoria 53

Fatores de influência externa : Presença de corpos sólidos


Presença de corpos sólidos
Índice de
Referên
Código Proteção Classificação Características
cia
NP EN 60 529
Ausência de quantidades apreciáveis
AE1 IP0X Desprezável
de poeiras (Instalações domésticas)
Presença de corpos sólidos estranhos,
cuja menor dimensão seja não inferior a
AE2 IP3X Objetos pequenos
2,5 mm
(ferramentas + peq. objectos)

Presença de corpos sólidos estranhos,


Objetos muito pequenos
cuja menor dimensão seja não inferior a
AE3 IP4X 1 mm
512.2
e
(fios e arames de 1mm) 522.5 **

Presença de poeiras - em quantidades diárias (q)

AE4 Poeiras ligeiras 10 < q ≤ 35 mg/m2


IP5X
OU
AE5 Poeiras médias 35 < q ≤ 350 mg/m2
IP6X
AE6 Poeiras abundantes 350 < q ≤ 1 000 mg/m2

** As poeiras podem ser inflamáveis ou explosivas (BE2 ou BE3), corrosivas (AF2, AF3 ou AF4) ou ainda abrasivas (AJ), devendo o equipamento possuir o
grau de proteção IPX5 se as poeiras não forem prejudiciais ao seu funcionamento ou IPX6 se forem prejudiciais.
Deve evitar-se a acumulação de poeiras ou de outras substâncias que dificultem a dissipação de calor

Formação e Consultadoria 54

27
F. de Influência externa : Presença de substâncias corrosivas
Presença de substâncias corrosivas

Código Classificação Características Referência

Quantidade ou natureza dos agentes corrosivos


AF1 Desprezável
ou poluentes não significativa.
Presença apreciável de agentes corrosivos ou
poluentes de origem atmosférica
AF2 Atmosférica
(Beira-mar; indústrias químicas e cimenteiras, com
produção de poeiras abrasivas, isolantes ou condutoras)
512.2
Acções intermitentes ou acidentais de certos
e
Intermitente ou produtos químicos corrosivos ou poluentes de uso
522.5 **
AF3 corrente
acidental
(Laboratórios que usam produtos corrosivos ou locais onde são
utilizados hidrocarbonetos)

Acção permanente de produtos químicos


AF4 Permanente corrosivos ou poluentes em quantidade apreciável.
(Indústria química com uso ou produção de agentes químicos
especialmente corrosivos)

** Nas situações AF2 e AF3 usar cabos com bainha exterior em PVC ou polipropileno (N) ou condutas e equipamentos não propagadores de chama.
Nas situações AF4 usar pinturas, fitas apropriadas ou massas neutras.
A protecção dos equipamentos depende da natureza dos agentes, devendo satisfazer ao ensaio de nevoeiro na situação AF2;
Ser realizada por invólucro não ferroso, em borracha ou plástico, no caso AF3;
Ser realizada por pintura especial, revestimento ou tratamento da superfície ou por selecção adequada do equipamento.

Formação e Consultadoria 55

Fator de influência externa : Ações mecânicas


Impactos
Código Classificação Características Referência
(IK2 – Habitações)
AG1 – (IK2) Fracos
Ver classificação das condições mecânicas
AG2 – (IK7) Médios (IK7 – Indústria)
no Anexo III da Parte 3 das RTIEBT 512.2 e 522.6 **
AG3 – (IK8 a IK10) Fortes (IK8 a IK10 – Indústria
pesada)

Vibrações
Código Classificação Características Referência
(IK2 – Habitações)
AH1 Fracas
AH2 Médias (IK7 – Indústria) Ver classificação das condições mecânicas
no Anexo III da Parte 3 das RTIEBT 512.2 e 522.7 **
AH3 Fortes (IK8 a IK10 – Indústria
pesada)

Outras
Código Classificação Características Referência
AJ (Em estudo) - -
** As vibrações podem ser de curta ou longa duração, devendo neste último caso haver acrescidos cuidados.
A proteção das canalizações e de equipamentos deve ser realizada por:
1) Seleção com características adequadas;
2) Seleção do local;
3) Uso de proteção mecânica.
No caso de vibrações AH2 e AH3 usar, respetivamente, cabos de alma condutora multifilar e cabos ou condutores flexíveis, protegidos por tubos flexíveis,
metálicos e resistentes.
Formação e Consultadoria 56

28
Fator de influência externa : Descargas atmosféricas

Descargas atmosféricas
Código Classificação Características Referência
Riscos provenientes da rede de alimentação: N ≤25
AQ1 Desprezável
dias/ano

Riscos provenientes da rede de alimentação: N> 25 443 e 512.2 **


AQ2 Exposição indirecta
dias/ano

AQ3 Exposição directa Riscos provenientes da exposição dos equipamentos

As situações AQ1 e AQ2 referem-se a instalações sujeitas a sobretensões de origem atmosférica propagadas pela rede de
alimentação.
As situações AQ3 refere-se a instalações situadas no exterior dos edifícios e sujeitas a descargas directas.
A conceção das proteções deve obedecer à Norma EN 61 024 e ao Guia Técnico de Para-raios.
** De acordo com os princípios de coordenação de isolamento estabelecidos pela Norma CEI 60 664 para instalações à tensão
230/ 400 V são presumidos valores de sobretensões de referência de 6 kV (categoria de sobretensão IV); de 4 kV (categoria de
sobretensão III); 2,5 kV (categoria de sobretensão II) e 1,5 kV (categoria de sobretensão I).

Os equipamentos devem possuir uma tensão estipulada suportável ao choque maior ou igual aos valores das categorias de
sobretensão.

Formação e Consultadoria 57

Fator de influência externa : Resistência do corpo humano

Resistência do corpo humano


Código Classificação Características Referência
BB1 Normal Corpo humano seco ou húmido 413.1 *

BB2 Baixa Corpo humano molhado 481.3 **


701, 702, 704 e 705
BB3 Muito baixa Corpo humano imerso
***
Situação BB1 : pele seca ou húmida; solo com grande resistência; pessoas em locais secos (corrente entre mãos e pés).
Situação BB2 : pele molhada; solo com baixa resistência; pessoas em locais molhados (corrente entre mãos e pés).
* Protecção por corte automático e ligações equipotenciais suplementares.
** Protecção por corte automático e ligações equipotenciais suplementares, com tempos de corte inversamente variáveis com a
tensão de contacto presumível.
*** Proteção por recurso a proteção de corte automático com dispositivos diferenciais de alta sensibilidade, por recurso a TRS
ou por Separação Elétrica.
Nas situações BB2 e BB3 só podem ser usadas canalizações da classe II (cabos considerados da Classe II ou cabos com
tensão estipulada igual ao dobro da tensão nominal da canalização), podendo ainda na situação BB2 usar-se cabos com bainha
metálica ligada à terra numa das extremidades ou isolada nas duas extremidades.
As medidas de proteção nas situações BB2 e BB3 são as preconizadas para os locais e instalações especiais.

Formação e Consultadoria 58

29
Fator de influência externa : Contacto das pessoas
Contacto de pessoas com potencial da terra
Código Classificação Características Referência
BC1 Nulos Pessoas em locais não condutores
Pessoas que, nas condições habituais, não entram
BC2 Reduzidos em contacto com elementos condutores ou que não 512.2 *
permanecem sobre superfícies condutoras e
Pessoas em contacto frequente com elementos 512.16 **
BC3 Frequentes condutores ou em permanência sobre superfícies
condutoras.
Pessoas em contacto permanente com elementos da
BC4 Contínuos construção metálicos e com possibilidades limitadas 706**
de interromper esse contacto.
A situação BC1 aplica-se a locais não condutores e que não possuam elementos condutores (situação excepcional).
A situação BC2 aplica-se a locais não condutores e que possuam elementos condutores em quantidades reduzidas.
A situação BC3 aplica-se a locais com pavimentos e paredes não isolantes e que possuam elementos condutores em grande quantidades ou dimensões
apreciáveis.
A situação BC4 aplica-se a locais condutores exíguos, onde as pessoas estão em permanente contacto com massas metálicas (Caldeiras, cubas, etc).
* Nas situações BC1 e BC2 permitidos equipamentos de todas as classes (0,I,II e III) e canalizações de qualquer tipo.

* Na situação BC3 não permitidos equipamentos da classe 0 e são permitidas apenas canalizações da classe II ou cabos com bainha metálica ligada à terra
Nas situações BC3 e BC4 só podem ser usadas canalizações da classe II (cabos considerados da Classe II ou cabos com tensão estipulada igual ao dobro da
tensão nominal da canalização), podendo ainda na situação BB2 usar-se cabos com bainha metálica ligada à terra numa das extremidades ou isolada nas
duas extremidades.

As medidas de protecção nas situações BB2 e BB3 são as preconizadas para os locais e instalações especiais
** Na situação BC4 permitidas canalizações da classes II e uso de equipamentos alimentados a TRS, por separação eléctrica (1 transformador por aparelho)
ou por equipamentos da classe II protegidos por diferencial de IΔn≤30 mA
Formação e Consultadoria 59

Fator de influência externa: Evacuação de pessoas


Evacuação de pessoas
Código Classificação Características Referência
Baixa densidade de ocupação e condições de
BD1 Normal
evacuação fáceis.
Baixa densidade de ocupação e condições de
BD2 Longa 482 *
evacuação difíceis
512.2**
Grande densidade de ocupação e condições de e 522.18***
BD3 Atravancada
evacuação fáceis.
Longa e Grande densidade de ocupação e condições de
BD4
atravancada evacuação difíceis
A situação BD1 aplica-se a edifícios de altura h<60 metros (habitação) ou h< 28 metros (outros usos).
A situação BD2 aplica-se a edifícios de altura h ≥ 60 metros (habitação) ou h ≥ 28 metros (outros usos).
A situação BD3 aplica-se a estabelecimentos recebendo público (Ex: teatros, cinemas, grandes armazéns, etc).
A situação BD4 aplica-se a edifícios que combinam as situações BD2 e BD3 (Ex: estabelecimentos recebendo público de grande altura - hospitais, hotéis, etc)
* Ver Regulamentos de protecção contra incêndios nos vário tipos de edifícios (em revisão para um único).
** Nas situações BD2 a BD4 os equipamentos e as canalizações devem ser constituídos por materiais que retardem a propagação de chama e não produzam
fumos e vapores tóxicos ou opacos, devendo cumprir-se o estabelecido pelos Regulamentos de protecção contra incêndios.

*** Os cabos sem halogéneo da classe C1 são apropriados para estas situações.
Os ensaios de retardamento de chama devem obedecer ao indicado nas Normas NP 2362-1 e HD 405.3 e os ensaio de resistência ao fogo são os indicados
pela Norma CEI 60331.

Formação e Consultadoria 60

30
Fator de influência externa: Natureza dos produtos tratados
Natureza dos produtos tratados
Código Classificação Características Referência
Riscos 422**
BE1
desprezáveis e
Tratamento, fabricação ou armazenamento de 512.2 **
BE2 Riscos de incêndio produtos inflamáveis. e
522.18***
Tratamento ou armazenamento de produtos
BE3 Riscos de explosão explosivos ou com ponto de ignição baixo (incluindo 512.2**
a presença de poeiras explosivas). e
Riscos de Presença de alimentos, produtos farmacêuticos e 522.18***
BE4 análogos sem protecção.
contaminação
A situação BE2 aplica-se aos locais com risco de incêndio (Ex: Celeiros, marcenarias, locais de arquivo e de armazenamento de papel, locais de reprografia,
locais de impressão e de encadernação, etc.)
A situação BE3 aplica-se às zonas de edifícios onde possam existir atmosferas explosivas (Ex: Refinarias e locais de armazenamento ou manuseamento de
hidrocarbonetos, pólvoras, poeiras muito finas de certos cereais, outros produtos explosivos)
A situação BE4 aplica-se às industrias alimentares e às cozinhas industriais onde os produtos tratados podem ser contaminados pelos equipamentos
eléctricos (Ex: Fragmentos de lâmpadas)
** Os equipamentos devem possuir características adequadas de resistência ao fogo e não devem atingir temperaturas excessivas se for previsível a
acumulação de poeiras, no caso de risco de incêndio, ou serem anti-deflagrantes, no caso de risco de explosão.
Os dispositivos de protecção, comando e seccionamento devem ser colocados fora dos locais com risco de incêndio ou devem possuir IP≥IP4X ou IP≥IP5X ou
ainda IP≥IP6X, no caso de risco de explosão. Se for necessário limitar as correntes de defeito nas canalizações, devem os respectivos circuitos ser protegidos
por dispositivos diferenciais com IΔn≤ 500 mA

*** Quando não embebidas em materiais incombustíveis as canalizações não devem ser propagadoras de chama , nem devem produzir fumos ou gases
tóxicos ou densos (caso cabos com bainha em PVC, policloropreno, com isolamento mineral) e devem ter protecção mecânica adequada, devendo ainda as
correntes admissíveis serem reduzidas em 15 %.
Ver ainda Regulamentos de protecção contra incêndios nos vário tipos de edifícios (em revisão para um único).
Formação e Consultadoria 61

Fator de influência externa : Materiais de construção

Materiais de construção

Código Classificação Características Referência


CA1 Não combustíveis Riscos desprezáveis 482 e 512.2**
e
Edifícios construídos principalmente com
CA2 Combustíveis 522.19***
materiais combustíveis.
A situação CA2 aplica-se a edifícios construídos em madeira ou outros materiais combustíveis (Classe M3).
** Os equipamentos devem possuir características adequadas de resistência ao fogo e não devem atingir temperaturas excessivas. Os dispositivos de
protecção, comando e seccionamento devem possuir IP≥IP4X. Se for necessário limitar as correntes de defeito nas canalizações, devem os respectivos
circuitos ser protegidos por dispositivos diferenciais com IΔn≤ 500 mA.
*** As canalizações não devem ser propagadoras de chama , nem devem produzir fumos ou gases tóxicos ou densos (caso cabos com bainha em PVC,
policloropreno, com isolamento mineral), devendo satisfazer ao ensaio de retardamento de propagação de chama (Norma NP 2362-1). Neste caso não se
devem utilizar cabos ou condutores isolados a borracha, as condutas de polietileno, calhas de madeira e os condutores assentes sobre isoladores.
As ligações de canalizações ou equipamentos devem ser feitas exclusivamente dentro de caixas de ligação.
Devem interpor-se écrans de material incombustível quando os equipamentos atingem temperaturas T> 90 ºC.
Ver ainda Regulamentos de protecção contra incêndios nos vário tipos de edifícios (em revisão para um único) e qualificação dos materiais quanto à reacção
e resistência ao fogo.

Formação e Consultadoria 62

31
Fator de influência externa : Estrutura dos edifícios

Estrutura dos edifícios


Código Classificação Características Referência
CB1 Riscos desprezáveis

Propagação de Edifícios cuja forma e dimensões facilitam a propagação


CB2 de um incêndio (por exemplo, efeito de chaminé).
incêndio
482
Riscos devidos a movimentos da estrutura (por exemplo, e
deslocação entre partes diferentes de um edifício ou entre 512.2
CB3 Movimentos um edifício e o solo e abatimentos do terreno ou das e
fundações dos edifícios). 522.14

Construções frágeis ou que possam ser submetidas a


CB4 Flexíveis ou instáveis movimentos (por exemplo, oscilações).

A situação CB2 aplica-se a edifícios de grande altura (BD2) ou com sistemas de ventilação forçada, devendo ser cumpridas as
exigências estabelecidas para locais com risco de incêndio (BE2) e ainda usar-se barreiras corta-fogo.
A situação CB3 aplica-se a edifícios de grande comprimento ou construídos em terrenos instáveis, devendo usar-se juntas de
dilatação ou de expansão das canalizações elétricas, devendo estas serem flexíveis (cabos e condutores).
A situação CB4 aplica-se a instalações em tendas, estruturas insufláveis ou fixadas a elementos de construção desmontáveis
(tetos falsos, divisórias amovíveis, etc.), devendo apenas serem usados cabos ou condutores flexíveis instalados em condutas
flexíveis.

Formação e Consultadoria 63

Seleção de equipamentos quanto às influências climáticas


Condições climáticas
Influência Equipamento
Limites de
Local de instalação ou Características do equipamento e sua
Código designação Temperaturas
tipo de equipamento instalação
ºC

AB1 Frígido - 60 a +5 Câmaras frigoríficas ou


Locais exteriores sujeitos a Equipamentos especialmente concebidos para o
AB2 Muito frio - 40 a +5 baixíssimas temperaturas efeito ou para os quais, durante a instalação,
foram tomadas medidas adequadas
Equipamentos ou locais
AB3 Frio - 25 a +5
exteriores com ambiente frio
Locais abrigados sem
AB4 Temperado - 5 a +40 controlo de temperatura e
humidade
Normais
Locais abrigados com
AB5 Quente 5 a +40 controlo de temperatura e
humidade
Locais interiores ou
AB6 Muito quente 5 a +60 exteriores com ambiente
extremamente quente
Locais exteriores abrigados Equipamentos especialmente concebidos para o
Exterior
AB7 - 25 a +55 sujeitos a grande amplitude efeito ou para os quais, durante a instalação,
abrigado
térmica foram tomadas medidas adequadas
Locais exteriores não
Exterior não
AB8 - 50 a +40 protegidos sujeitos a forte
protegido
amplitude térmica

Formação e Consultadoria 64

32
Seleção de equipamentos quanto à presença de água

Presença de água
Influência Equipamento
Código designação Local de instalação IPXX do equipamento
Locais normalmente com paredes sem vestígios de humidade
AD1 Desprezável mas que pode apresentá-la por curtos períodos devido a vapor IPX0
húmido
Locais onde a humidade se condensa e cai sob a forma de
AD2 Gotas de água IPXI
gotas ou locais ocasionalmente cheios de vapor de água

AD3 Chuva Locais onde a água escorre pelas paredes ou surge do solo IPX3

Locais onde a água escorre pelas paredes ou em que os


equipamentos possam estar sujeitos a projecções de água.
AD4 Projeção de água IPX4
Exemplos : -Certos equipamentos de iluminação e certos
quadros de estaleiros
Locais correntemente lavados por meio de agulhetas.
AD5 Jatos de água IPX5
Exemplos: - Pátios e locais de lavagem de veículos
Jatos de água fortes ou Locais situados à beira-mar.
AD6 IPX6
massas de água Exemplos : - Quebra-mares, praias ou cais
Locais susceptíveis de serem inundados e em que a água se
possa elevar, no mínimo, a 150 mm acima do ponto mais alto
AD7 Imersão temporária IPX7
dos equipamentos, ficando o ponto mais baixo destes, no
máximo, a 1 m abaixo da superfície
Tanques, piscinas, em que os equipamentos eléctricos estão
AD8 Imersão prolongada permanentemente cobertos de água a uma pressão superior a IPX8
10 kPa (cerca de 1 metro)

Formação e Consultadoria 65

Seleção de equipamentos - presença de corpos sólidos


Presença de corpos sólidos
Influência Equipamento
Código designação Local de instalação Condições de IPXX e outras
Instalações domésticas ou locais
AE1 Desprezável onde não se manipulam objectos IP0X
pequenos

Objectos Locais industriais onde existem


AE2 IP3X
pequenos corpos sólidos cuja menor
dimensão não é inferior a :
Objectos muito - 2,5 mm (ferramentas ou
AE3 pequenos objectos) IP4X
pequenos
- 1 mm (fios e arames condutores)
Locais sujeitos a poeiras que IP5X ou IP6X
podem influenciar o funcionamento (1) - Celeiros, marcenarias, locais de arquivo, ou
AE4 Poeiras ligeiras dos equipamentos. armazenamento de papel, reprografia , impressão e
As poeiras podem ser: encadernação - Limitar os equipamentos ao estritamente
a) inflamáveis BE2 (1); necessário, usando apenas o que não são propagadores
AE5 Poeiras médias b) explosivas BE3 (2); de chama.
c) corrosíveis: (2) - Refinarias, locais com hidrocarbonetos - Usar
AF2 - agentes atmosféricos (3); invólucros anti-deflagrantes ou equivalente.
AF3- acidental ou intermitente (4) (3) - Medida dependente do agente. Equipamentos a usar
Poeiras AF4- Permanente (5); junto ao mar devem satisfazer ao ensaio de nevoeiro
AE6 d) abrasivas AJ. salino (HD 323.2.11)
abundantes
(4) - Usar, em regra, invólucros em material plástico.
(5) - Usar pinturas ou revestimentos especiais

Formação e Consultadoria 66

33
Seleção de equipamentos - ações mecânicas

Ações mecânicas
Choque, compressão ou perfuração (Norma CEI 62 262)

Influência Equipamento

Código Designação Local de instalação Condições de Proteção IKXX

Instalações de locais de
AG1 Fracos IK ≥ IK02
habitação e análogos

a) - Selecionar equipamentos com IK≥IK07


AG2 Médios Locais industriais correntes b) - Selecionar local adequado
c) - Usar proteção mecânica suplementar

IK ≥ IK08 a IK10
De acordo com a severidade dos impactos:
Locais industriais submetidos
AG3 Fortes a) - Selecionar equipamentos com IK adequado
a condições severas
b) - Selecionar local adequado
c) - Usar proteção mecânica suplementar

Formação e Consultadoria 67

Condições de ligação das canalizações a equipamentos

Ligação entre condutores e entre estes e os equipamentos

Elementos a ter em conta


Condições de estabelecimento
na seleção
Principio
geral Natureza, Índice de
Acessibilidade
forma e proteção Solicitações Repicagem
das ligações
dimensões IP
1) Garantir uma 1) - Natureza do material Mínimo IP2X 1) As ligações devem ser 1) - Excetuando linhas Se os terminais dos
boa continuidade das almas condutoras e (por construção acessíveis aéreas e linhas de seguintes
2) - Apresentar do seu isolamento ou por montagem) (para verificação, ensaio e contacto, as ligações equipamentos forem
resistência 2) - Número e forma das manutenção) não devem estar previstos para
mecânica almas condutoras Exceções : sujeitas a esforços derivações e forem
adequada 3) - Seção dos a) Junções de cabos mecânicos dimensionados para
condutores enterrados 2) - As ligações receberem a secção
4) - Número de b) Junções embebidas num devem suportar as total dos condutores a
condutores a ligar composto ou encapsuladas correntes admissíveis ligar, é permitida a
c) - Ligações entre junções e as correntes de repicagem nos seus
frias e os elementos curto-circuito terminais nos
aquecedores dos sistemas de seguintes casos :
aquecimento de pavimentos e a) - Tomadas
tetos b) - Luminárias com
lâmpadas
fluorescentes
c) - Calhas
eletrificadas para
iluminação

Formação e Consultadoria 68

34
EXEMPLO 1: Influências externas

Vivenda em terreno de 700 m², área habitável de 225 m² e com um anexo com 70 m².
PISO ZONA DEPENDÊNCIA CLASSIFICAÇÃO
Jardim da Frente Lago com iluminação AA8-AB8 ; Zona 0 e Zona 1 AD8 e BC3
Alpendre AA7-AB7-AE4-AL2 e AD2
Hall de Entrada AA4-AB4
Escritório AA4-AB4
Sanitário AA4-AB4
Habitação
Cozinha AA4-AB4-AD2 e BC3
Sala de Jantar AA4-AB4
Sala de Estar AA4-AB4

0 Garagem AA4-AB4-AE4
Lavandaria AA4-AB4-AD2-AE4 e BC3
Arrumos AA4-AB4
Anexo Casa das Máquinas AA4-AB4-AD2-AH2 e BC3
Churrasqueira AA7-AB7-AD2-AL2 e BC3
Balneário AA4-AB4-AD7-AD4-AD3-AD2-BB3-BB2-BC3
Jardim Traseiro Piscina com iluminação AA8-AB8-AD8-BB3-AD4-BB2-BC3

Formação e Consultadoria 69

EXERCÍCIO 1: Influências externas (cont.)

Vivenda em terreno de 700 m², área habitável de 225 m² e com um anexo com 70 m².
PISO ZONA DEPENDÊNCIA CLASSIFICAÇÃO
Hall AA4-AB4
4Quartos AA4-AB4
Habitação 4 Casas de Banho AA4-AB4-AD7-AD4-AD3-AD2-BB3-BB2-BC3
1
2 Varandas AA8-AB8-AL2 e AD3
Salão AA4-AB4
Sanitário AA4-AB4
2 Sotão
2 Varandas AA8-AB8-AL2 e AD3

Formação e Consultadoria 70

35
CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS

Formação e Consultadoria

Modos de estabelecimento e de fixação das canalizações

Modos de estabelecimento Modos de fixação

Linhas aéreas Sem fixação

Paredes
À vista
Direta
Isoladores
Embebidas
Circulares
Condutas
Em caleiras
Não circulares
Com fixação

Em ocos de construção
Protegidas Calhas

Enterradas
Caminhos de cabos

Imersas
Auto suportadas

Formação e Consultadoria 72

36
Resumo das canalizações permitidas – (Quadro 52 F)

Seleção das canalizações


em função do
Modos de fixação e tipos de condutores e cabos
Tipos de
condutores e
cabos

Sem fixação Com fixação

Direta Auto-
Protegidos
suportados

Paredes Condutas Caminhos


Isoladores
Calhas de cabos
não
circulares
circulares

Condutores nus Permitido INTERDITO


INTERDITO
Condutores
Permitido Permitido Permitido Permitido
isolados
Cabos
Permitido Permitido Não aplicável Permitido Permitido Permitido Permitido Permitido
multicondutores
Cabos
Não aplicável Permitido Não aplicável Permitido Permitido Permitido Permitido Permitido
monocondutores

Formação e Consultadoria 73

Modos de estabelecimento

Canalizações em condutas circulares (tubos),


permitidas em ocos de construção,

Modos de
colocação

Descrição dos Condutores em condutas Condutores isolados em


Condutores isolados, em
condutores ou cabos (tubos) protegidos pelos condutas (tubos) protegidos
condutas (tubos)
permitidos aros das portas pelos aros das janelas

Referências para B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 5 De


efeitos de correntes ou A A
admissíveis B para 5 De ≤ V ≤ 50 De *

* Para valores de V  50 De, devem ser usados os métodos de referência C,E e F.

Formação e Consultadoria 74

37
Modos de estabelecimento

* Para valores de V  50 De, devem ser usados os métodos de referência C,E e F.

Formação e Consultadoria 75

Modos de estabelecimento

Canalizações em caminhos de cabos, escadas e consolas, permitidas em ocos de construção, caleiras e


à vista

Modos de
colocação

Cabos mono ou
Cabos mono ou Cabos mono ou multicondutores Cabos mono ou
Cabos mono ou
Descrição do multicondutores multicondutores (com ou sem multicondutores
multicondutores
Condutores (com ou sem (com ou sem armadura) fixados (com ou sem
(com ou sem
ou cabos armadura) em armadura) em por braçadeiras e armadura) em
armadura) em
permitidos caminhos de cabos caminhos de cabos afastados dos escadas (para
consolas
não perfurados perfurados elementos de cabos)
construção

Referências
para efeitos
C E ou F E ou F ou G E ou F ou G E ou F ou G
de correntes
admissíveis

Formação e Consultadoria 76

38
Modos de estabelecimento
Canalizações sem fixação e com fixação, em condutas circulares ou em calhas e permitidas em
caleiras.
Com ou Sem
Em condutas circulares Em calhas
fixação

Modos de
colocação

Condutores
Condutores
Condutores isolados Condutores isolados ou
isolados ou
Cabos mono ou em condutas circulares isolados em cabos mono ou
cabos mono ou
Descrição do multicondutores (tubos) ou cabos condutas multicondutores
multicondutores
Condutores ou em caleiras multicondutores em circulares em calhas fixadas
em calhas fixadas
cabos permitidos abertas ou caleiras fechadas, em (tubos), em a elementos da
a elementos da
ventiladas percursos horizontais caleiras construção em
construção em
ou verticais ventiladas percursos
percursos verticais
horizontais

Referências para
B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 20 De
efeitos de
B ou B B B
correntes B para 20 De ≤ V ≤ 50 De *
admissíveis

* Para valores de V  50 De, devem ser usados os métodos de referência C,E e F.

Formação e Consultadoria 77

Modos de estabelecimento
Canalizações em condutas não circulares e circulares permitidas em ocos de construção; caleiras;
enterradas; embebidas e à vista.

Ocos de construção Em caleiras Enterradas Embebidas À vista

Modos de
colocação

Condutor
es
Condutores isolados em
Cabos mono ou isolados
Condutores isolados em condutas não circulares ou Condutores isolados em
Descrição do multicondutores, em
condutas não circulares cabos multicondutores condutas não circulares
Condutores ou simplesmente enterrados ou condutas
(tubos) , em ocos de em caleiras fechadas, em embebidas durante a
cabos permitidos enterrados em condutas não
construção percursos horizontais ou construção do edifício
circulares ou não circulares
verticais
montadas
à vista

Referências para B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 20


B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 5 De B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 5 De
efeitos de De
ou D ou B2
correntes ou
B para 5 De ≤ V ≤ 50 De B para 5 De ≤ V ≤ 50 De
admissíveis B para 20 De ≤ V ≤ 50 De

Formação e Consultadoria 78

39
Modos de estabelecimento

Canalizações embebidas em:


calhas; condutas não circulares ou circulares; com ou sem fixação directa.
Condutas não
Calhas Condutas circulares (tubos) Fixação directa Sem fixação
circulares

Modos de
colocação

Cabos mono
ou
Cabos
multiconduto
multicondutore
Condutores res
Condutores isolados ou cabos s, Condutores isolados
Descrição do isolados embebidos
multicondutores em condutas embebidos em condutas não
Condutores ou em calhas directamente
circulares embebidas nos directamente em circulares embebidas
cabos embebidas nos em elementos
elementos de construção ou em elementos da durante a construção do
permitidos pavimentos e da construção,
alvenaria construção, edifício
nas paredes com ou sem
termicamente
protecção
isolantes
mecânica
complementar

Referências para
B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 5
efeitos de
B A ; A2 e B A C De ou
correntes
B para 5 De ≤ V ≤ 50 De
admissíveis

Formação e Consultadoria 79

Correntes admissíveis nas


canalizações

Formação e Consultadoria 80

40
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
dois condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C1 RTIEBT
Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 14,5 17,5 19,5
2,5 19,5 24 27
4 26 32 36
6 34 41 46
10 46 57 63
16 61 76 85
25 80 101 112
35 99 125 138
50 119 151 168
70 151 192 213
95 182 232 258
120 210 269 299
150 240 - 344
185 273 - 392
240 320 - 461
300 367 - 530
Formação e Consultadoria 81

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
dois condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C1 RTIEBT (cont.)
Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de alumínio
2,5 15,0 18,5 21
4 20 25 26
6 26 32 36
10 36 44 49
16 48 60 66
25 63 79 83
35 77 97 103
50 93 118 125
70 118 150 160
95 142 181 195
120 164 210 226
150 189 - 261
185 215 - 298
240 252 - 352
300 289 - 406
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S >16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 82

41
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
dois condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C2 RTIEBT
Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 19,0 23 24
2,5 26 31 33
4 35 42 45
6 45 54 58
10 61 75 80
16 81 100 107
25 106 133 138
35 131 164 171
50 158 198 209
70 200 253 269
95 241 306 328
120 278 354 382
150 318 - 441
185 362 - 506
240 424 - 599
300 486 - 693
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 83

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
dois condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C2 RTIEBT (cont.)

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2)
A B C(*)
Condutores de alumínio
2,5 20 25 26
4 27 33 35
6 35 43 45
10 48 59 62
16 64 79 84
25 84 105 101
35 103 130 126
50 125 157 154
70 158 200 198
95 191 242 241
120 220 281 280
150 253 - 324
185 288 - 371
240 338 - 439
300 387 - 508
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 84

42
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C3 RTIEBT

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 13,5 15,5 17,5
2,5 18,0 21 24
4 24 28 32
6 31 36 41
10 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
50 108 134 144
70 136 171 184
95 164 207 223
120 188 239 259
150 216 - 299
185 245 - 341
240 286 - 403
300 328 - 464
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 85

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C3 RTIEBT (cont.)
Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de alumínio
2,5 14,0 16,5 18,5
4 18,5 22 25
6 24 28 32
10 32 39 44
16 43 53 59
25 57 70 73
35 70 86 90
50 84 104 110
70 107 133 140
95 129 161 170
120 149 186 197
150 170 - 227
185 194 - 259
240 227 - 305
300 261 - 351
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S > 16 mm2, de secção
sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 86

43
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C4 RTIEBT

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 17,0 20,0 22
2,5 23 28 30
4 31 37 40
6 40 48 52
10 54 66 71
16 73 88 96
25 95 117 119
35 117 144 147
50 141 175 179
70 179 222 229
95 216 269 278
120 249 312 322
150 285 - 371
185 324 - 424
240 380 - 500
300 435 - 576
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 87

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C4 RTIEBT (cont.)

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de alumínio
2,5 19,0 22 24
4 25 29 32
6 32 38 41
10 44 52 57
16 58 71 76
25 76 93 90
35 94 116 112
50 113 140 136
70 142 179 174
95 171 217 211
120 197 251 245
150 226 - 283
185 256 - 323
240 300 - 382
300 344 - 440
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 88

44
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores com isolamento mineral, para:
condutores e bainha em cobre
bainha em PVC ou cabo nu e acessível (1)
temperatura da bainha: 70°C
Quadro 52- C5 RTIEBT
temperatura ambiente: 30°C
Secção NÚMERO E DISPOSIÇÃO DOS CONDUTORES
nominal Um cabo de dois Três condutores carregados
dos condutores ou dois
condutores (mm2) Um cabo multicondutor ou três cabos Três cabos monocondutores
cabos monocondutores
monocondutores em triângulo(2) em esteira horizontal(2)
carregados(2)
Coluna 1 2 3
tensão estipulada do cabo: 500 V
1,5 23 19 21
2,5 31 26 29
4 40 35 38
tensão estipulada do cabo: 750 V
1,5 25 21 23
2,5 34 28 31
4 45 37 41
6 57 48 52
10 77 65 70
16 102 86 92
25 133 112 120
35 163 137 147
50 202 169 181
70 247 207 221
95 296 249 264
120 340 286 303
150 388 327 346
185 440 371 392
240 514 434 457
(1) - Para os cabos nus acessíveis, os valores indicados devem ser multiplicados por 0,9.
(2) - Para os cabos monocondutores, as bainhas dos cabos de um mesmo circuito devem ser ligadas em conjunto nas duas extremidades.

Formação e Consultadoria 89

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
cobre
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C9 RTIEBT
Cabos multicondutores Cabos monocondutores
Três condutores carregados
Secção
Três em esteira
nominal dos Dois condutores Três condutores condutores Sem Com afastamento(2)
Dois
condutores carregados Carregados condutores carregados
(mm2) (1) (1) carregados em triângulo Afastamento (2) Horizontal Vertical

Mét. refª. E E F F F G G
Coluna. 1 2 3 4 5 6 7
1,5 22 18,5 - - - - -
2,5 30 25 - - - - -
4 40 34 - - - - -
6 51 43 - - - - -
10 70 60 - - - - -
16 94 80 - - - - -
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 - - 754 656 689 852 795
500 - - 868 749 789 982 920
630 - - 1 005 855 905 1 138 1 070
(1) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S >16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a
condutores de secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).

Formação e Consultadoria 90

45
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
cobre
temperatura da alma condutora: 90°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C11 RTIEBT
Cabos multicondutores Cabos monocondutores
Secção Dois condutores Três condutores Dois condutores Três condutores Três condutores carregados
nominal dos carregados carregados carregados carregados em esteira
condutores (1) (1) Sem Com afastamento(2)
(mm2) em triângulo Afastamento (2) Horizontal Vertical
Mét. refª. E E F F F G G
Coluna. 1 2 3 4 5 6 7
1,5 26 23 - - - - -
2,5 36 32 - - - - -
4 49 42 - - - - -
6 63 54 - - - - -
10 86 75 - - - - -
16 115 100 - - - - -
25 149 127 161 135 141 182 161
35 185 158 200 169 176 226 201
50 225 192 242 207 216 275 246
70 289 246 310 268 279 353 318
95 352 298 377 328 342 430 389
120 410 346 437 383 400 500 454
150 473 399 504 444 464 577 527
185 542 456 575 510 533 661 605
240 641 538 679 607 634 781 719
300 741 621 783 703 736 902 833
400 - - 940 823 868 1 085 1 008
500 - - 1 083 946 998 1 253 1 169
630 - - 1 254 1 088 1 151 1 454 1 362
(1) - Para S≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S >16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo mono condutor (De).

Formação e Consultadoria 91

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
dois ou três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C13 RTIEBT
Secção dos condutores
(mm2)
Dois condutores carregados Três condutores carregados
Mét. refª. A2 B2 A2 B2
Coluna. 2 3 4 5
Condutores de cobre
1,5 14 16,5 13 15
2,5 18,5 23 17,5 20
4 25 30 23 27
6 32 38 29 34
10 43 52 39 46
16 57 69 52 62
25 75 90 68 80
35 92 111 83 99
50 110 133 99 118
70 139 168 125 149
95 167 291 150 179
120 192 232 172 206
150 219 - 196 -
185 248 - 223 -
240 291 - 261 -
300 334 - 298 -
Condutores de alumínio
2,5 14,5 17,5 13,5 15,5
4 19,5 24 17,5 21
6 25 30 23 27
10 33 41 31 36
16 44 54 41 48
25 58 71 53 62
35 71 86 65 77
50 86 104 78 92
70 108 131 98 116
95 130 157 118 139
120 150 181 135 160
150 172 - 155 -
185 195 - 176 -
240 229 - 207 -
300 263 - 237 -
Formação e Consultadoria 92

46
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a polietileno reticulado (XLPE) ou etileno-propileno (EPR), para:
dois ou três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 90°C
Quadro 52- C14 RTIEBT
temperatura ambiente: 30°C
Secção nominal
dos condutores Dois condutores carregados Três condutores carregados
(mm2)
Mét. refª. A2 B2 A2 B2
Coluna. 2 3 4 5
Condutores de cobre
1,5 18,5 22 16,5 19,5
2,5 25 30 22 26
4 33 40 30 35
6 42 51 38 44
10 57 69 51 60
16 76 91 68 80
25 99 119 89 105
35 121 146 109 128
50 145 175 130 154
70 183 221 164 194
95 220 265 197 233
120 253 305 227 268
150 290 - 259 -
185 329 - 295 -
240 386 - 346 -
300 442 - 396 -
Condutores de alumínio
2,5 19,5 23 18 21
4 26 31 24 28
6 33 40 31 35
10 45 54 41 48
16 60 72 55 64
25 78 94 71 84
35 96 115 87 103
50 115 138 104 124
70 145 175 131 156
95 175 210 157 188
120 201 242 180 216
150 230 - 206 -
185 262 - 233 -
240 307 - 273 -
300 352 - 313 -
Formação e Consultadoria 93

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Correntes admissíveis, em amperes, para o método de referência D

Canalizações enterradas
Quadro 52- C30 RTIEBT
Secção nominal Número de condutores carregados
dos condutores e natureza do isolamento
(mm2) 3 PVC 2 PVC 3 XLPE 2 XLPE
Condutores de cobre
1,5 26 32 31 37
2,5 34 42 41 48
4 44 54 53 63
6 56 67 66 80
10 74 90 87 104
16 96 116 113 136
25 123 148 144 173
35 147 178 174 208
50 174 211 206 247
70 216 261 254 304
95 256 308 301 360
120 290 351 343 410
150 328 397 387 463
185 367 445 434 518
240 424 514 501 598
300 480 581 565 677
Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias, os valores indicados no quadro devem
ser multiplicados por 0,80. Atendendo a que as correntes admissíveis foram calculadas para uma resistividade
térmica do solo igual a 1K.m/W, é necessário considerar os factores de correcção.
Formação e Consultadoria 94

47
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Correntes admissíveis, em amperes, para o método de referência D

Canalizações enterradas
Quadro 52- C30 RTIEBT (cont.)
Secção nominal Número de condutores carregados
dos condutores e natureza do isolamento
(mm2) 3 PVC 2 PVC 3 XLPE 2 XLPE
Condutores de alumínio
10 57 68 67 80
16 74 88 87 104
25 94 114 111 133
35 114 137 134 160
50 134 161 160 188
70 167 200 197 233
95 197 237 234 275
120 224 270 266 314
150 254 304 300 359
185 285 343 337 398
240 328 396 388 458
300 371 447 400 520
Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias, os valores indicados no
quadro devem ser multiplicados por 0,80. Atendendo a que as correntes admissíveis foram
calculadas para uma resistividade térmica do solo igual a 1K.m/W, é necessário considerar os
factores de correcção.
Formação e Consultadoria 95

Fator de correção de correntes admissíveis


Em função da temperatura ambiente Quadro 52- D1 RTIEBT
Temperatura Isolamento
Ambiente PVC XLPE/EPR Mineral
(ºC) (a) (b)

10 1,22 1,15 1,26 1,14


15 1,17 1,12 1,20 1,11
20 1,12 1,08 1,14 1,07
25 1,06 1,04 1,07 1,04
30 1,00 1,00 1,00 1,00
35 0,94 0,96 0,93 0,96
40 0,87 0,91 0,85 0,92
45 0,79 0,87 0,76 0,88
50 0,71 0,82 0,67 0,84
55 0,61 0,76 0,57 0,80
60 0,50 0,71 0,45 0,75
65 - 0,65 - 0,70
70 - 0,58 - 0,65
75 - 0,50 - 0,60
80 - 0,41 - 0,54
85 - - - 0,47
90 - - - 0,40
95 - - - 0,32
(*) Para temperaturas ambientes superiores, consultar os fabricantes.
(a) - Cabos com bainha em PVC ou cabos nus e acessíveis (70C).
(b) - Cabos nus e inacessíveis (105C).

Formação e Consultadoria 96

48
Fator de correção de correntes admissíveis
Em função da temperatura do solo Quadro 52- D2 RTIEBT

Temperatura do solo Isolamento


(°C) PVC XLPE/EPR
10 1,10 1,07
15 1,05 1,04
20 1,00 1,00
25 0,95 0,96
30 0,89 0,93
35 0,84 0,89
40 0,77 0,85
45 0,71 0,80
50 0,63 0,76
55 0,55 0,71
60 0,45 0,65
65 - 0,60
70 - 0,53
75 - 0,46
80 - 0,38
Formação e Consultadoria 97

Fator de correção de correntes admissíveis

Em função do agrupamento dos cabos Quadro 52- E1 RTIEBT

Quadros e
Disposição Factor de correcção

Refª N.º de circuitos ou de cabos multicondutores métodos de


dos
referência
cabos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 12 16 20

1 Encastrados ou em- 52-C1 a


1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38 52-C14
bebidos em elemen-tos AaF
da construção

2 Sobre as paredes ou 52-C1


1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 O factor de a
pisos ou sobre ca- 52-C6
minhos de cabos não
perfurados

3 Nos tectos C
0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61 correcção não

4 Em canalizações so- diminui a partir 52-C7


1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72 a
bre caminhos de ca- de 9 cabos 52-C12
bos, horizontais per-
furados ou verticais

5 Sobre escadas (para E, F


1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
cabos), consola, etc.

Formação e Consultadoria 98

49
Fator de correção de correntes admissíveis
Função do agrupamento de cabos enterrados, em esteira
Horizontal e distanciados de 20 cm
Quadro 52- E2 RTIEBT

Número de cabos ou de canalizações Factor de correcção

1 1,00

2 0,85

3 0,78
4 0,72

6 0,62

9 0,55

2 camadas: 0,80 4 ou 5 camadas: 0,70 9 ou mais camadas: 0,66

3 camadas: 0,73 6 a 8 camadas: 0,68

Formação e Consultadoria 99

Fator de correção de correntes admissíveis


Em função da resistividade térmica do solo Quadro 52- E6 RTIEBT

Resistividade térmica Factor Observações


do terreno de
(K.m/W) correcção Humidade Natureza do terreno
0,40 1,25 Cabo imerso Lodo
0,50 1,21 Terreno muito húmido Areia
0,70 1,13 Terreno húmido

0,85 1,05 Terreno normal Argila


1,00 1,00 Terreno seco e
1,20 0,94 Calcário

1,50 0,86 Terreno

2,00 0,76 muito

2,50 0,70 Seco Cinzas


3,00 0,65

Formação e Consultadoria 10
0

50
Condições de seleção e estabelecimento
das canalizações
em função das influências externas

Formação e Consultadoria 10
1

Resumo das condições de seleção e estabelecimento de canalizações

Influência externa Condições a cumprir pelas canalizações


Categoria Natureza Condições gerais Condições especiais
Possuírem características que se 1) Para T< -10ºC as canalizações c/ invólucro isolante ou
adaptem à temperatura do local bainha de PVC não podem ser manipuladas ou sujeitas a
esforços
Temperatura 2) Para T< -25ºC devem as canalizações serem fixadas
rigidamente ou serem dotadas de protecção mecânica

Ficarem protegidas contra os efeitos 1) Utilizar écrans de protecção


de calor de fontes externas, 2) Afasta-las da fonte de calor
quaisquer que sejam essas fontes 3) Selecciona-las tendo em conta os aquecimentos
Fontes externas de calor adicionais que se possam produzir
4) Recorrer a reforço local ou substituição do material
isolante

Ambientes Não ficarem sujeitas a dano devido a 1) Evitar que os condutores isolados fiquem em contacto
penetração de água e garantir a com água
evacuação da água que se possa 2) Nas canalizações temporariamente imersas (AD7 )usar
acumular por condensações apenas cabos H07RN-F
3) Nas canalizações imersas (AD8) usar apenas cabos
Presença de água com bainha de chumbo ou que possuam estanquidade
equivalente
4) Quando sujeitas a esforços mecânicos de jactos de
água ou de vagas de água (AD6) aplicar as medidas
preconizadas para este tipo de influência

Devem limitar os perigos Tomar precauções especiais nos locais com poeiras
provenientes da penetração de ligeiras (AE4), médias (AE5) e abundantes (AE6), que
Presença de corpos sólidos corpos sólidos, devendo possuir IP evitem a sua acumulação e consequente afectação da
adequado ao local dissipação de calor

Formação e Consultadoria 10
2

51
Resumo das condições de seleção e estabelecimento de canalizações

Seleção e estabelecimento das canalizações em função das influências externas


Influência externa Condições a cumprir pelas canalizações
Categoria Natureza Condições gerais Condições especiais
Nos casos do risco sísmico não ser desprezável
(AP2) ou superior deve ter-se particular
atenção:
1) Às fixações das canalizações à estrutura do
edifício
Efeitos Possuírem características que tenham
2) Às ligações entre as canalizações fixas e os
sísmicos em conta os efeitos sísmicos no local
equipamentos
3) Nas situação de risco de efeitos sísmicos
fracos(AP2), médios (AP3) e fortes (AP4)
apenas podem ser usados cabos flexíveis ou
condutores flexíveis em condutas flexíveis
Cumprir os mesmos preceitos
Ambientes Movimentos do recomendados para as influências
ar externas: Vibrações e Outras acções
mecânicas
1) Nos locais sujeitos à corrosão atmosférica
1) Serem convenientemente
(AF2) ou sujeitos à corrosão intermitente (AF3)
protegidas ou fabricadas com
podem usar-se cabos com isolamento em PVC
Presença de materiais resistentes à corrosão
ou policloropreno (N) ou ainda condutas não
substâncias 2) Não estarem em contacto com
propagadora de chama, caminhos de cabos,
corrosivas ou metais diferentes suscetíveis de
escadas e calhas em PVC
poluentes formar pares electro químicos ou com
2) Nos com corrosão permanente (AF4) usar
outros materiais que possam provocar
apenas cabos especiais resistentes aos
deteriorações mútuas
agentes corrosivos respetivos

Formação e Consultadoria 103

Resumo das condições de seleção e estabelecimento de canalizações

Seleção e estabelecimento das canalizações em função das influências externas

Influência externa Condições a cumprir pelas canalizações

Categoria Natureza Condições gerais Condições especiais


1) Canalizações da classe II ou cabos com
Resistência elétrica do Sem limitações de emprego na
bainha metálica ligada à terra
corpo humano situação normal (BB1)
2) Canalizações da classe II
1) Canalizações da classe II ou cabos com
Sem limitações de emprego na bainha metálica ligada à terra, na situação de
Contacto de pessoas
situação de contactos nulos contactos frequentes (BC3)
com o potencial da terra
(BC1) ou Reduzidos (BC2) 2) Canalizações da classe II, na situação de
contactos contínuos (BC4)
1) Canalizações retardantes da propagação
Evacuação das das chamas, para as instalações normais
Utilização Sem limitações de emprego na
pessoas em caso de 2) Canalizações resistentes ao fogo da
situação normal (BD1)
emergência propagação das chamas, para as instalações
de segurança
1) Canalizações retardantes da propagação
das chamas, para as instalações com risco de
incêndio (BE2)
Natureza dos produtos Sem limitações de emprego na
2) Canalizações com proteção mecânica
tratados ou situação de riscos
adequada e com correntes admissíveis
armazenados desprezáveis (BE1)
reduzidas de 15%, para instalações com risco
de explosão
3) Proteção durante a instalação

Formação e Consultadoria 104

52
Resumo das condições de seleção e estabelecimento de canalizações

Seleção e estabelecimento das canalizações em função das influências externas

Influência externa Condições a cumprir pelas canalizações

Categoria Natureza Condições gerais Condições especiais


Sem limitações de emprego na Canalizações retardantes da propagação
Materiais de
situação de materiais não das chamas, para a situação de
construção
combustíveis (CA1) materiais combustíveis (CA2)
Na condição (CB2) os cabos Nos edifícios com risco de movimentos
devem ser não propagadores de de estruturas (CB3) devem usar-se:
Construção incêndio 1) cabos flexíveis ou
2) Condutores flexíveis protegidos por
Estrutura
tubos flexíveis, metálicos e resistentes
dos edifícios
ou ainda outras canalizações desde que
previstas juntas de dilatação ou de
expansão nos pontos onde podem
ocorrer deformações

Formação e Consultadoria 105

Condições a observar em locais com risco de incêndio


Condições de seleção e instalação de canalizações para se limitar a propagação de
incêndio

Precauções em
Condições de Verificação e
compartimentos Barreiras corta-fogo Influências externas
instalação ensaios
fechados

1) - Uso de 1) - Obturação das 1) - As obturações devem: a) Se necessário prever 1) As obturações


equipamentos aberturas que se verificar a) garantir a proteção uma obturação temporária devem ser verificadas
adequados (quase todos existirem após a contra as influências durante instalação da para se garantir que
os cabos satisfazem ao colocação da canalização externas canalização estão conforme o
ensaio de não nas travessias (tetos, b) resistir aos produtos da certificado de ensaio
propagação da chama - pavimentos ou paredes) combustão tipo do produto
Classe 2) obturador
2) - Instalação das 2) - Obturação das c) Possuir um IP contra b) - Restabelecer
canalizações de modo condutas, calhas e penetração de líquidos rapidamente as obturações
a não alterar as canalizações pré- igual ao dos elementos de após a ocorrência de
características da fabricadas com grau de construção quaisquer modificações
estrutura do edifício e a resistência ao fogo do
segurança contra elemento interior da
incêndios travessia e no lado
exterior conforme o
referido em 1)
3) - Uso de cabos que 3) - Calhas e condutas
não sejam da classe 2 podem não ser
apenas em obturadas se satisfizerem
comprimentos muito ao ensaio de não
curtos, dentro do mesmo propagação de chama e
compartimento, para tiverem uma área interior
ligação equipamentos às inferior a 710 mm2, código
instalações fixas IP não inferior a IP33.

Formação e Consultadoria 106

53
Alimentação das instalações

Formação e Consultadoria 107

Alimentação e estrutura das instalações

Esquema de alimentação das instalações

Os sistemas elétricos de transmissão (transporte e distribuição) e de


utilização de energia, são estabelecidos com um determinado esquema de
ligação à terra.

Esta ligação visa essencialmente:

• Garantir condições de segurança;

• Garantir a continuidade de serviço na exploração;

• Oferecer condições que permitam a adoção de sistemas de proteção


de pessoas contra contactos indiretos.

Formação e Consultadoria 108

54
Esquema Equivalente de uma Rede de Distribuição

L1
L2
L3
N
C1 C2 C3 R1 R2 R3 Receptor 1 Receptor 2
ZN

C1, C2, C3: Capacidades condutores/terra


R1, R2, R3: Resistências de isolamento condutores/terra
ZN: Impedância da ligação do Neutro á Terra (terra de serviço no PT)

Tanto as capacidades como as resistências são responsáveis por fugas á terra, designadas
respetivamente por fugas capacitivas e fugas óhmicas através da isolação.

Formação e Consultadoria 109

Identificação dos Esquemas de Ligação à Terra


• Os regimes de neutro são identificados por uma sigla de duas ou três letras.
• A primeira letra define a situação do ponto neutro relativamente á terra:

1ª Letra Designação
Ligação direta do neutro á terra.
T
Ponto neutro isolado da terra ou ligado á
I terra por impedância de valor elevado.

• A segunda letra define a situação das massas da instalação elétrica em relação à


terra:

2ª Letra Designação
Massas ligadas diretamente à terra,
T independentemente da eventual ligação do
neutro á terra.
Massas ligadas diretamente ao neutro.
N

Formação e Consultadoria 110

55
Alimentação e estrutura das instalações
Códigos de identificação de esquemas de ligação

Código XY de identificação de esquemas de ligação à terra

1.ª Letra (X) – Fonte de alimentação 2.ª Letra (Y) – Instalação de utilização

Letra Significado Letra Significado

TT Massas diretamente ligadas à terra,


T Ligação direta do Neutro à terra T independentemente da ligação ou
não do Neutro à terra

Massas diretamente ligadas ao


Ponto Neutro isolado da terra ou
Neutro ou através de um condutor
I ligado à terra por impedância de N
ligado àquele na sua origem (PE) ou
elevado valor
num ponto intermédio.

Códigos de Esquemas de ligação (Variantes)


Sistema TT
Sistema TN (TN-C; TN-S; TN-C-S)
Formação e Consultadoria Sistema IT 111

Alimentação e estrutura das instalações

Códigos de Esquemas de ligação (Variantes)

Sistema TT

Sistema TN (TN-C; TN-S; TN-C-S)

Sistema IT

Formação e Consultadoria 112

56
Esquemas de alimentação

Esquema TT: Malha de defeito

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Instalação de utilização
MT / BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N
N

Ramal

T.S.
T.P.

Formação e Consultadoria 113

Esquemas de alimentação

Esquema TT: Malha de defeito

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Instalação de utilização
MT / BT
Rede de distribuição
L1
L2
L3
N
N

In
Ramal

T.S.
T.P.

I  n – Corrente de defeito fase-terra

Formação e Consultadoria 114

57
Esquemas de alimentação
NEUTRO LIGADO DIRECTAMENTE À TERRA (TT)
Técnica de exploração Técnica de protecção de pessoas
• Corte da instalação ao 1º defeito de • Ligação á terra das massas, associada ao emprego,
isolamento obrigatório, de DDR ou ID (um ou mais)
• As massas protegidas por um determinado ID ligadas à
mesma terra
• As massas simultaneamente acessíveis ligadas à
mesma terra (ligação equipotencial)

Vantagens
1. Solução mais simples no estudo e na conceção
2. Não necessita de vigilância especial durante a exploração (só o teste periódico do DDR ou ID)
3. Fácil localização dos defeitos

Desvantagens
1. Corte ao 1º defeito de isolamento
2. Utilização de um DDR ou ID por cada saída ou circuito para obter seletividade total
3. Aumento eventual de custos para prevenção de disparos intempestivos e seletividade dos DDR
4. Necessidade de limitador de sobretensões
5. Localização difícil em redes e circuitos longos

Formação e Consultadoria 115

Esquemas de alimentação

Esquema TN-C

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Instalação de utilização
L1
L2
L3
N PEN

T.S.

Formação e Consultadoria 116

58
Esquemas de alimentação

Esquema TN-C – Malha de defeito

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Instalação de utilização
L1
L2
L3
N PEN

T.S.

Em caso de defeito, de uma fase à massa, estabelece-se um curto circuito


fase/terra-neutro, originando a atuação das proteções de Máximo de Intensidade (MI).

Formação e Consultadoria 117

Esquemas de alimentação

Esquema TN - S

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Instalação de utilização
L1
L2
L3
N N
PE

T.S.

Formação e Consultadoria 118

59
Esquemas de alimentação

Esquema TN-S: Malha de defeito

POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Instalação de utilização
L1
L2
L3
N N
PE

T.S.

Em caso de defeito, de uma fase à massa, estabelece-se um curto circuito


fase/terra/neutro, originando a atuação das proteções de Máximo de Intensidade (MI).

Formação e Consultadoria 119

Esquemas de alimentação

Esquema TN-C-S

MT / BT
Ramal de alimentação
L1
L2
L3
N
PE
Receptor 1 Receptor 2

RN

PT-Posto de Transformação Instalação de Utilização

Formação e Consultadoria 120

60
Esquemas de alimentação

Esquema TN-C-S – Malhas de defeito

MT / BT
Ramal de alimentação
L1
L2
L3
N
PE
Receptor 1 Receptor 2

RN

PT-Posto de Transformação Instalação de Utilização

Em caso de defeito na parte da instalação em TN-S, a impedância da malha de


defeito pode não assegurar a eficaz atuação das proteções de Máximo de Intensidade
(MI), dentro do tempo convencional, levando a sobre temperatura na canalização.
Neste caso por vezes usam-se disjuntores diferenciais de muito baixa sensibilidade
(por exemplo de IN=30 A).
Formação e Consultadoria 121

Esquemas de alimentação
LIGAÇÃO DAS MASSAS AO NEUTRO ( TNC - TNS )
Técnica de exploração Técnica de proteção de pessoas
• Corte da instalação ao 1º defeito de isolamento • Interligação e ligação das massas e do neutro á terra
• Corte ao 1º defeito por proteção contra
sobreintensidades (MI por disjuntores ou fusíveis)

Vantagens
1. O esquema TNC apresenta uma economia para a instalação (supressão de um condutor e de um polo
na aparelhagem)
2. Os aparelhos de proteção contra sobreintensidades podem assegurar a proteção contra contactos
indiretos
Desvantagens
1. Corte ao primeiro defeito de isolamento
2. Necessita de ligações á terra repartidas uniformemente para manter o condutor de proteção ao
potencial da terra
3. A verificação das condições de segurança deve ser efetuada aquando do estudo, através de cálculos e
obrigatoriamente, na colocação em serviço por meio de medições
4. Necessidade de ligações equipotenciais suplementares
5. Precauções acrescidas para não ser cortado o condutor de neutro que também é de proteção
6. Riscos acrescidos de incêndio devido às elevadas correntes de defeito

Formação e Consultadoria 122

61
Esquemas de alimentação

Esquema IT
POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Rede de distribuição Instalação
de utilização
L1
L2
L3
N
N Ramal

CPI
ZN
PS

T.S.

Ps - Proteção contra sobretensões


T.P.

Formação e Consultadoria 123

Esquemas de alimentação

Esquema IT
POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

MT / BT
Rede de distribuição Instalação
de utilização
L1
L2
L3
N
N Ramal

CPI
ZN
PS If
Uc
T.S.

RTP
Ps - Proteção contra sobretensões
T.P.

Como a impedância de ligação da neutro do PT à terra é muito elevada, a corrente fuga é muito
baixa (quase nula?). Assim, a tensão de contacto massas/terra será também muito baixa.

Formação e Consultadoria 124

62
Esquemas de alimentação

Esquema IT

MT / BT Esquema IT
L1
L2
L3
N
Ramal de alimentação
Receptor 1 Receptor 2
ZN CPI

RN
PT-Posto de Transformação
Instalação de Utilização

Formação e Consultadoria 125

Esquemas de alimentação

Esquema IT

MT / BT Esquema IT
L1
L2
L3
N
Ramal de alimentação
Receptor 1 Receptor 2
ZN CPI

Curto circuito L1/L3


RN
PT-Posto de Transformação
Instalação de Utilização

Formação e Consultadoria 126

63
Esquemas de alimentação
NEUTRO ISOLADO OU IMPEDANTE ( IT )
Técnica de exploração Técnica de proteção de pessoas
• Vigilância permanente do isolamento • Interligação e ligação das massas á terra
• Sinalização do 1º defeito de isolamento • Vigilância do 1º defeito através de um
• Pesquisa e eliminação antes do 2º defeito controlador permanente de isolamento
• Corte da instalação em caso de dois defeitos • Corte ao 2º defeito por proteção contra
de isolamento simultâneos sobreintensidades (MI por disjuntores ou
fusíveis)
Vantagens
1. Esta solução assegura a melhor continuidade de serviço em exploração
2. A sinalização do 1º defeito de isolamento, seguido de pesquisa e eliminação, permite
uma prevenção sistemática contra os riscos de eletrocussão
Desvantagens
1. Necessita de técnicos de manutenção e conservação com preparação adequada
2. Necessita de um bom nível de isolamento da instalação (com eventual fragmentação se
muito longos, e alimentação por transformadores de isolamentos dos recetores com
fugas importantes)
3. Limitação do comprimento das instalações, de forma a limitar a intensidade de corrente
no 1º defeito
4. Necessidade de limitador de sobretensões
5. Localização difícil dos defeito em redes longas

Formação e Consultadoria 127

Proteções nas Instalações Elétricas

Formação e Consultadoria 128

64
Proteção das Canalizações Elétricas

Formação e Consultadoria 1
2

Proteção de instalações
Proteção contra sobreintensidades
Princípio

As instalações devem ser dotadas de dispositivos que garantam a sua proteção


contra:

1. Sobrecargas

2. Curto-circuitos

Proteções

Tipo de dispositivos de proteção e respetivas normas

1. Fusíveis (Tipo gG – Norma EN 60269 e Tipo aM)

2. Disjuntores (Normas EN 60898; EN 60947-1; EN 60497-2 e EN 61009)

Formação e Consultadoria 130

65
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Exemplo das curvas características de um fusível de 10A , do tipo gG (acção lenta)

t (h) Curva tempo mínimo fusão-corrente

Zona de funcionamento

Curva tempo máximo fusão-corrente

t0

In Inf I2 I(A)
10 A 15 A 19 A

- Corrente estipulada, In: valor de corrente para o qual o fusível não funciona.

- Corrente convencional de não funcionamento, Inf: valor da corrente para o qual o fusível não deve
funcionar durante o tempo convencional.

- Corrente convencional de funcionamento, I2: valor da corrente para o qual o fusível deve funcionar antes
de expirar o tempo convencional.

Formação e Consultadoria 131

Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Características de funcionamento de fusíveis: correntes convencionais

Características dos fusíveis gG


Correntes convencionais segundo a Norma EN 60269-2

Corrente estipulada Corrente convencional Corrente convencional


In de não funcionamento de funcionamento
Inf I2
Até 4 A 1,5 In 2,1  In

4 A < In ≤ 16 A 1,5  In 1,9  In

In  16 A 1,25  In 1,6  In

Formação e Consultadoria 132

66
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Características de funcionamento de fusíveis:
Tempos convencionais

Tempos convencionais de funcionamento dos fusíveis gG


segundo a Norma EN 60269-2
Corrente estipulada do Tempo convencional
Fusível ( In) (t)
In  63 A 1h

63 A < In  160 A 2h

160 A < In  400 A 3h

In  400 A 4h

Formação e Consultadoria 133

Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Características de Fusíveis gG até 1000 A

Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente


estipulada convencional de convencional estipulada convencional de convencional de
In (A) não de In (A) não funcionamento
funcionamento funcionamento funcionamento I2 (A)
Inf (A) I2 (A) Inf (A)
2 3 4 80 100 128
4 6 8 100 125 160
6 9 11 125 156 200
8 12 15 160 200 256
10 15 19 200 250 320
12 18 23 250 313 400
16 24 30 315 394 504
20 25 32 400 500 640
25 31 40 500 625 800
32 40 51 630 788 1008
40 50 64 800 1000 1280
50 63 80 1000 1250 1600
63 79 101

Formação e Consultadoria 134

67
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Curvas de funcionamento de fusíveis tipo aM (tipo selectivo)

t (s)
1000 Limite térmico
400
100
Curva tempo mínimo de fusão - corrente
40

Curva tempo máximo de fusão - corrente


20

5
0,5

45 10 100  In (A)
In

Característica do fusível: Corrente estipulada In

Formação e Consultadoria 135

Proteção de instalações
Proteção contra sobreintensidades
Tipo de fusíveis e tamanhos mais usuais

Fusíveis de cartucho
Tamanhos: 00; 1; 2; 3; 4.

Fusíveis cilíndricos
Tamanhos: 8,5  31,5; 10,3  38; 14  51; 22  58;

Formação e Consultadoria 136

68
Proteção de instalações
Proteção contra sobreintensidades
Tipo de disjuntores

Disjuntores tipo industrial


(Norma CEI 60947)

Disjuntores doméstico Tipos B, C e D


(Norma CEI 60898)

Formação e Consultadoria 137

Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Curvas de funcionamento de disjuntores domésticos
Zona de
t funcionamento térmico

1h

Zona de
funcionamento magnético

0,01 s
1,13 1,45 3 5 10 20  In
Inf I2
B C D
In – corrente estipulada do disjuntor: valor para o qual o disjuntor não funciona.

Inf – corrente convencional de não funcionamento: valor para o qual o disjuntor não funciona durante o tempo convencional.

I2 – corrente convencional de funcionamento: valor para o qual o disjuntor funciona antes de expirar o tempo convencional.

Formação e Consultadoria 138

69
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Tipos e características gerais de disjuntores de BT

DISJUNTORES DE BAIXA TENSÃO


Tipos
Características
Elétricas Doméstico Industrial
EN 60898 CEI 947-2
Tensão estipulada Un  440 V Un  1000 V
Corrente estipulada In  125 A Não limitadas
Disparo térmico 1,13 In a 1,45 In 1,05 In a 1,30 In regulável

Curvas: B – 3 a 5  In Curvas do fabricante


Disparo magnético C – 5 a 10  In
D – 10 a 20  In
Poder de corte estipulado- Pdc Pdc, Icn  25 kA ICU
Poder de corte ultimo - ICU
Icn  6 kA  ICS = Icn ICS = % ICU
Poder de corte em serviço – ICS 6 kA < Icn ≤ 10 kA  ICS = 0,75  Icn
Poder de corte nominal - Icn Icn  10 kA  ICS = 0,50  Icn

Formação e Consultadoria 139

Proteção de instalações
Proteção contra sobreintensidades
Características de funcionamento disjuntores domésticos: correntes convencionais

Corrente estipulada Corrente convencional de Corrente convencional de


In (A) não funcionamento funcionamento
Inf (A) I2 (A)
10 11 14
16 18 23
20 22 29
25 28 36
32 36 46
40 45 58
50 56 72
63 71 91
80 90 116
100 113 145
125 141 181

Formação e Consultadoria 140

70
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades

Características de funcionamento de disjuntores domésticos:


Tempos convencionais

Tempos convencionais de funcionamento dos Disjuntores domésticos


segundo CEI 60898
Corrente estipulada do Tempo convencional
Disjuntor ( In) (t)
In  63 A 1h

In > 63 A 2h

Formação e Consultadoria 141

Proteção de instalações
Proteção contra sobreintensidades
Curvas de funcionamento de disjuntores domésticos

In – corrente estipulada do disjuntor: valor para o qual o disjuntor não funciona.

Inf – corrente convencional de não funcionamento: valor para o qual o disjuntor não funciona durante o tempo convencional.

I2 – corrente convencional de funcionamento: valor para o qual o disjuntor funciona antes de expirar o tempo convencional.

Formação e Consultadoria 142

71
Proteção de instalações
Características de funcionamento de disjuntores domésticos: Curvas características

EN 60898

Curva B

Ia = 3xIn

Ia (t =5s) = 4xIn

Formação e Consultadoria 143

Proteção de instalações
Características de funcionamento de disjuntores domésticos : Curvas características

EN 60898

Curva C

Ia = 5xIn

Ia (t =5s) = 4xIn

Formação e Consultadoria 144

72
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES
Corrente de mínima de funcionamento (Ia) dos disjuntores , para
t = 5s Ia=4x In
Corrente estipulada dos disjuntores tipo C, In Corrente Ia
In= 10 A Ia = 40 A

In= 16 A Ia = 64 A

In= 20 A Ia = 80 A

In= 25 A Ia = 100 A

In= 32 A Ia = 128 A

In= 40 A Ia = 160 A

In= 63 A Ia = 232 A

In= 80 A Ia = 320 A

In= 100 A Ia = 400 A

In= 125 A Ia = 500 A

Formação e Consultadoria 145

Proteção de instalações
Características de funcionamento de disjuntores domésticos: Curvas características

EN 60898

Curva D

Ia = 10xIn
Ia (t ≤5s) = 4xIn

Formação e Consultadoria 146

73
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Condições a cumprir na selecção de dispositivos de protecção

Proteção contra sobrecargas

IB – Corrente de serviço IZ – Corrente admissível Valor limite térmico


Canalização

IB IZ 1,45 x IZ

In I2
Protecção
In – Corrente estipulada I2 – Corrente estipulada
da proteção de funcionamento

1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Formação e Consultadoria 147

Proteção de instalações
Exemplo: Qual o valor da corrente estipulada dos fusíveis tipo gG para protecção
de uma coluna com IB= 97 A com condutores de fase do tipo H07V-R, em tubo e
embebida?

Método de referência ?
Quadro ??-??
S= ?? mm2 ; IZ = ?? A
Canalização 97 A ?? A
IB IZ 1,45 x IZ = ??? A

In I2
Protecção ?? A ??? A

1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Formação e Consultadoria 148

74
Modos de estabelecimento

Canalizações embebidas em:


calhas; condutas não circulares ou circulares; com ou sem fixação directa.
Condutas não
Calhas Condutas circulares (tubos) Fixação directa Sem fixação
circulares

Modos de
colocação

Cabos mono
ou
Cabos
multiconduto
multicondutore
Condutores res
Condutores isolados ou cabos s, Condutores isolados
Descrição do isolados embebidos
multicondutores em condutas embebidos em condutas não
Condutores ou em calhas directamente
circulares embebidas nos directamente em circulares embebidas
cabos embebidas nos em elementos
elementos de construção ou em elementos da durante a construção do
permitidos pavimentos e da construção,
alvenaria construção, edifício
nas paredes com ou sem
termicamente
protecção
isolantes
mecânica
complementar

Referências para
B2 para 1,5 De ≤ V ≤ 5
efeitos de
B A ; A2 e B A C De ou
correntes
B para 5 De ≤ V ≤ 50 De
admissíveis

Formação e Consultadoria 14
9

Proteção de instalações
Cont.: Qual o valor da corrente estipulada dos fusíveis tipo gG para proteção de
uma coluna com IB= 97 A com condutores de fase do tipo H07V-R, em tubo e
embebida?

Método de referência B
Quadro 52-C3
S= ?? mm2 ; IZ = ?? A
Canalização 97 A ?? A
IB IZ 1,45 x IZ = ??? A

In I2
Protecção ?? A ??? A

1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Formação e Consultadoria 150

75
Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)
Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C3 RTIEBT

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 13,5 15,5 17,5
2,5 18,0 21 24
4 24 28 32
6 31 36 41
10 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
50 108 134 144
70 136 171 184
95 164 207 223
120 188 239 259
150 216 - 299
185 245 - 341
240 286 - 403
300 328 - 464
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 15
1

Proteção de instalações
Cont.: Qual o valor da corrente estipulada dos fusíveis tipo gG para proteção de
uma coluna com IB= 97 A com condutores de fase do tipo H07V-R, em tubo e
embebida?

Método de referência B
Quadro 52-C3
S= 35 mm2 ; IZ = 110A
Canalização 97 A 110 A
IB IZ 1,45 x IZ = 159,5A

In I2
Protecção ?? A ??? A

1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Formação e Consultadoria 152

76
Proteção de instalações

Proteção contra sobreintensidades


Características de Fusíveis gG até 1000 A

Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente Corrente


estipulada convencional de convencional estipulada convencional de convencional de
In (A) não de In (A) não funcionamento
funcionamento funcionamento funcionamento I2 (A)
Inf (A) I2 (A) Inf (A)
2 3 4 80 100 128
4 6 8 100 125 160
6 9 11 125 156 200
8 12 15 160 200 256
10 15 19 200 250 320
12 18 23 250 313 400
16 24 30 315 394 504
20 25 32 400 500 640
25 31 40 500 625 800
32 40 51 630 788 1008
40 50 64 800 1000 1280
50 63 80 1000 1250 1600
63 79 101

Formação e Consultadoria 153

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C3 RTIEBT

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 13,5 15,5 17,5
2,5 18,0 21 24
4 24 28 32
6 31 36 41
10 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
50 108 134 144
70 136 171 184
95 164 207 223
120 188 239 259
150 216 - 299
185 245 - 341
240 286 - 403
300 328 - 464
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 15
4

77
Proteção de instalações
Cont.: Qual o valor da corrente estipulada dos fusíveis tipo gG para protecção
de uma coluna com IB= 97 A com condutores de fase do tipo H07V-R, em tubo e
embebida?

Método de referência B
Quadro 52-C3
S= 35 mm2 ; IZ = 110A
Canalização 97 A 110 A
IB IZ 1,45 x IZ = 159,5A

In I2
Protecção 80 A 128 A

1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Condições: 1ª  97≤? 80 ≤ 110 não satisfaz

Formação e Consultadoria 155

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
três condutores carregados
cobre ou alumínio
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C
Quadro 52- C3 RTIEBT

Secção nominal
dos condutores Método de referência

(mm2) A B C(*)
Condutores de cobre
1,5 13,5 15,5 17,5
2,5 18,0 21 24
4 24 28 32
6 31 36 41
10 42 50 57
16 56 68 76
25 73 89 96
35 89 110 119
50 108 134 144
70 136 171 184
95 164 207 223
120 188 239 259
150 216 - 299
185 245 - 341
240 286 - 403
300 328 - 464
(*) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para
S > 16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a condutores de secção circular).

Formação e Consultadoria 15
6

78
Proteção de instalações
Exemplo: Qual o valor da corrente estipulada dos fusíveis tipo gG para proteção
de uma coluna com IB= 97 A com condutores de fase do tipo H07V-R, em tubo e
embebida?
Método de referência B
Quadro 52-C3
Vamos passar à Secção seguinte:
S= 50 mm2 ; IZ = 134 A

Canalização 97 A 134 A
IZ 1,45 x IZ = 194,3A
IB

In I2
Protecção 100 A 160 A
1.ª Condição IB ≤ In ≤ Iz

2.ª Condição I2 ≤ 1,45. Iz

Condições: 1ª  97≤ 100 ≤ 134 satisfaz; 2ª  160 A  194,3 A ;

Conclusão:
Formação e Consultadoria Proteção – Fusíveis gG de In = 100 A 157

Dispositivos diferenciais

Formação e Consultadoria

79
Dispositivos diferenciais

Tipos (função do uso)

Interruptores diferenciais
(Uso doméstico – Norma EN 61008) IΔn < 0,01; 0,03; 0,1; 0,3; 0,5 A

IΔn0 < 0,5 * IΔn


Disjuntores diferenciais
(Uso doméstico - Norma EN 61009)

Disjuntores diferenciais
IΔn até 30 A
(Uso industrial – Norma EN 60947)

Formação e Consultadoria 159

Dispositivos diferenciais

Tipos (função do tempo de resposta)

Tipo G - Dispositivos diferenciais de acção normal

Tipo S - Dispositivos diferenciais de acção retardada

Formação e Consultadoria 160

80
Dispositivos diferenciais

Tipos (função corrente a que são sensíveis)


Tipo AC – Funcionam com:

» correntes diferenciais alternadas sinusoidais


(aplicadas de forma repentina ou de forma lentamente crescente)

Tipo A – Funcionam com :

» correntes diferenciais alternadas e


» correntes diferenciais de impulsos unidirecionais
(aplicadas de forma repentina ou de forma lentamente crescente)

Tipo B – Funcionam com:

» correntes diferenciais alternadas e


» correntes diferenciais de impulsos unidirecionais
» Correntes diferenciais contínuas com baixa ondulação residual
(< 10%)
(aplicadas de forma repentina ou de forma lentamente crescente)

Formação e Consultadoria 161

Dispositivos diferenciais
Tipos (função corrente a que são sensíveis)
Tipo AC Tipo A

Formação e Consultadoria 162

81
Dispositivos diferenciais

Tipos (função corrente a que são sensíveis)

Tipo B

Formação e Consultadoria 163

Dispositivos diferenciais

Valores característicos e comportamento

Grandezas estipuladas :
• Corrente estipulada de funcionamento IΔn
• Corrente estipulada de não funcionamento IΔn0
• Poder de corte

Comportamento funcional

IΔn0 = IΔn / 2

Zona de certeza Zona de incerteza Zona de certeza


de não funcionamento de funcionamento de funcionamento


IΔ = 0 IΔn0 IΔn
Formação e Consultadoria 164

82
Dispositivos diferenciais

º
DR
(B) tipo S – IΔn = 300 mA

t x
º D R (A) tipo G – IΔn ≤ 100 mA

IΔ2 (B) Curva de Funcionamento do dispositivo diferencial B


B situado a montante
IΔnf (B) Curva de não Funcionamento do dispositivo diferencial B
IΔ2 (A) situado a montante
Curva de Funcionamento do dispositivo diferencial A
A situado a jusante
IΔnf (A) Curva de não Funcionamento do dispositivo diferencial A
situado a jusante
I
Condições de selectividade total entre os Dispositivos diferenciais A e B:
IΔnf (B) = ½ * IΔ2 (B) > IΔ2 (A) IΔ2 (B) > 2* IΔ2 (A)

Relação garante da selectividade IΔ2 (B) ≥ 3 * IΔ2 (A)

Formação e Consultadoria 165

Dispositivos diferenciais

Verificação de funcionamento

Valores a verificar * :

Patamar de funcionamento IΔ ≥ IΔn

Tempo de funcionamento t < Tempo máximo

Patamar de não funcionamento IΔn < IΔn0

* O botão de ensaio apenas permite verificar se o sistema de desarme funciona

Formação e Consultadoria 166

83
Verificação de dispositivos diferenciais

Tempos máximos de funcionamento (Tipos G e S) – Norma EN 61008-1

Tempos de funcionamento e não funcionamento em função de IΔ


Tipo In IΔn (s)
(A) (mA) IΔn 2*IΔn 5*IΔn 500 A
(1)
G (geral) Todos Todos os 0,3 0,15 0,04 0,04
os valores Tempos máximos
valores de funcionamento
S ≥ 25 ≥ 30 0,5 0,2 0,15 0,15
(Selectivo)
0,13 0,06 0,05 0,04 Tempos mínimos
de não funcionamento
(1) Para ID do tipo G, incorporados em tomadas ou destinados a serem associados a tomadas ou para ID com IΔn≤
30 mA, pode ser utilizada uma corrente de ensaio de 0,25 A em vez de 5*IΔn

Formação e Consultadoria 167

Ensaios de dispositivos diferenciais

Método - Anexo B Parte 6 das RTIEBT (condutor ativo a montante e outro condutor ativo a jusante)

DR – Dispositivo diferencial
Rp – Resistência variável
A - Amperímetro

R
P DR IΔn

Procedimento :
A 1- Desligar a carga
2- Iniciar ensaio com a resistência Rp no máximo

Carga desligada 3- Reduzir progressivamente a resistência


4- O DR funciona correctamente se IΔ < IΔn
Carga

Formação e Consultadoria 168

84
Ensaios de dispositivos diferenciais

Esquema prático de verificação de diferenciais, através duma tomada

Formação e Consultadoria 169

Proteção de Pessoas
Proteção contra os choques elétricos

Formação e Consultadoria 170

85
Medidas de proteção contra os choques elétricos

Efeitos da corrente eléctrica sobre o corpo humano

Zona 1 – limiar da sensibilidade – habitualmente


não causa qualquer reacção á passagem da
corrente eléctrica no corpo humano.

Zona 2 – habitualmente não causa efeitos


fisiopatológicos perigosos no corpo humano

Zona 3 – possibilidade de efeitos fisiopatológicos


não mortais, habitualmente reversíveis, com
possibilidade de fibrilação auricular e paragens
temporárias do coração (sem fibrilação
ventricular); a probabilidade de morte é inferior a
50%.

Zona 4 – probabilidade de fibrilação ventricular,


paragens cardíacas e respiratórias, bem como de
queimaduras graves; a probabilidade de morte é
superior a 50%.

Formação e Consultadoria 171

Proteção de pessoas contra choques elétricos

1. Proteção contra contactos diretos e indiretos

2. Proteção contra contactos diretos

3. Proteção contra contactos indiretos

Formação e Consultadoria 172

86
Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos diretos e indiretos

Proteção por MBTS (ex TRS) ou MBTP (ex TRP)

Tipos de fontes de alimentação :

 Transformador de segurança (Norma EN 61558-2-6);


 Motor-gerador com enrolamentos separados e com isolamento equivalente ao do
transformador de segurança;
 Pilhas ou acumuladores;
 Dispositivos eletrónicos.

Características das fontes de alimentação

 U ≤ UL (UL ≤ 50 V c-a. ou UL ≤ 120 V c.c.)

 Em casos especiais UL ≤ 25 V ou UL ≤ 12 V

Formação e Consultadoria 173

Proteção de pessoas contra choques elétricos

Resumo das medidas de proteção simultânea contra os contactos diretos e indiretos


MBTS - Muito Baixa Tensão de Segurança ou
MBTF – Muito Baixa Tensão Funcional
MBTP – Muito Baixa Tensão de Proteção
1) Tensões U ≤ 50 V c.a. ou U ≤ 120 V c.c.;

2) Fonte de alimentação: 2) Fonte de alimentação:

a) Transformador de segurança - Norma EN 61 558 ou transformador equivalente; a) Transformador de tensão reduzida ;


b) Pilhas ou acumuladores; b) Pilhas ou acumuladores;
c) Dispositivos electrónicos. c) Dispositivos electrónicos.
3) Condições de instalação dos circuitos:

a) As partes ativas de tensão reduzida devem ser eletricamente separadas de outros circuitos, por isolamento equivalente ao que existe entre o primário e o secundário do
transformador;
b) Os condutores de todos os circuitos de tensão reduzida devem ser fisicamente separadas dos condutores de todos os outros circuitos.
3) Fichas e tomadas devem satisfazer as condições seguintes: 3) Fichas e tomadas devem satisfazer as condições seguintes:

a) Nas fichas não devem poder entrar em tomadas de outras tensões; a) Nas fichas não devem poder entrar em tomadas de outras tensões;
b) As tomadas devem impedir a introdução de fichas de outras tensões; b) As tomadas devem impedir a introdução de fichas de outras tensões;
c) As tomadas alimentadas por TRS não devem possuir contacto de terra.

4) As massas dos equipamentos alimentados a MBTS: 4) As massas dos equipamentos alimentados a MBTF
não podem ser ligadas à terra, nem a condutores de proteção ou massas ou devem ser ligadas:
elementos condutores de outras instalações a) ao condutor de proteção do circuito primário, se neste for usada uma das
medidas de proteção por corte automático ou
b) ao condutor de equipotencialidade do circuito primário, não ligado à terra, se no
primário for usado o método de proteção por separação elétrica
5) Protecção contra contactos directos 5) Proteção contra contactos diretos

Para tensões compreendidas nos limites 25 < U ≤ 50 V A proteção contra contactos diretos deve ser garantida por:
a protecção contra contactos directos deve ser garantida por: a) barreiras ou invólucros com IPXXB (Proteção contra a penetração de dedos) ou,
a) barreiras ou invólucros com IPXXB (Protecção contra a penetração de dedos) b) por isolamento correspondente à tensão mínima exigida para o primário
ou, b) isolamento que suporte 500 Volt durante 1 minuto

Formação e Consultadoria 174

87
Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos indiretos por corte automático

Princípio

Separar automaticamente o circuito ou equipamento da alimentação, quando surgir


um defeito entre uma parte ativa e a massa

Objetivo

Impedir que entre partes condutores simultaneamente acessíveis possam manter-se


tensões perigosas durante um tempo suficiente para criar riscos de efeitos
fisiopatológicos perigosos para as pessoas

Formação e Consultadoria 175

Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos indiretos por corte automático

Dispositivo de proteção

Sensível à corrente de defeito IΔn;

Corte automático antes de Uc ≤ UL (UL = 50 Volt c.a. ou UL = 120 Volt c.c.).

O tempo de permanência da tensão de contacto t ≤ 5 segundos.

Malha de defeito (Ligação das massas à terra)

Resistência de terra R < Uc / IΔn

Em casos especiais UL = 25 Volt c.a. ou UL = 12 Volt c.a.

Formação e Consultadoria 176

88
Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos indiretos por corte automático

Condições de proteção em sistema TT ( Tensão de contacto Uc < UL )

L1
L2
L3
N

PE Z
RA * Ia ≤ 50 e t ≤ 5 segundos
Massa

Defeito Ia = IΔn

RB RA

Formação e Consultadoria 177

Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos indiretos por corte automático

Valores da resistência de terra sistema TT


em função da corrente estipuladas dos dispositivos diferenciais e para uma Tensão de contacto Uc = 50 V

Resistência de terra a) I∆n


(Ω) (mA)
R ≤ 100 500
100 ≤ R ≤ 166,6 300
166,6 ≤ R ≤ 500 100

500 ≤ R ≤ 1666,6 30

1666,6 ≤ R ≤ 5000 10
a) – na medida do possível não deve exceder 100 Ω

Formação e Consultadoria 178

89
Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contactos indiretos por corte automático

Condições de corte ao 1.º defeito em sistema IT, com neutro isolado.


L1
L2
L3

C3 C2 C1
Massa

Defeito

RA
Id

Ao 1.º defeito não há corte (A malha de defeito é de elevada impedância)

Deve haver aviso sonoro e/ou luminoso pelo CPI

Formação e Consultadoria 179

Proteção de pessoas contra choques elétricos

Proteção contra contatos indiretos por corte automático

Condições de corte ao 2.º defeito em sistema IT, com neutro impedante

L1
L2 Tensão Tempos máximos de Tempos máximos de
L3
PE
nominal corte corte
Uo (V) (2.º defeito – Uc= 50 V) (2.º defeito – Uc = 25 V)
t (s) t (s)
Defeito Defeito
Z
Massa 1 Massa 2 120 -240 0,8 0,4
230 - 400 0,4 0,2
400 - 690 0,2 0,06
580 - 1000 0,1 0,02

Ao 2.º defeito em fase diferente há corte automático (por curto-circuito)

Formação e Consultadoria 180

90
Verificação de instalações

Verificação das condições de proteção por corte automático da alimentação

Se for este o meio usado para proteção de pessoas contra


contactos indiretos é necessário verificar a eficácia desta medida.

A verificação desta eficácia depende do esquema de ligação à terra

Sistema TN – Ensaio de continuidade + medição da impedância da


malha de defeito

Sistema IT - Ensaio de continuidade + medição da impedância da malha


de defeito

Sistema TT - Ensaio de continuidade + medição da resistência de terra


+ ensaio de funcionamento do dispositivos diferenciais

Formação e Consultadoria 181

Verificação de instalações
Verificação de Instalações:
Condições de realização de Ensaios e Medições

Exemplo de medição da resistência de terra em sistema TT


(impedância da malha de defeito)

Tomada
de tensão

O valor da resistência da malha de defeito é lido directamente no aparelho de medida

Formação e Consultadoria 182

91
Verificação de instalações
Verificação de Instalações:
Condições de realização de Ensaios e Medições

Exemplo de medição da resistência de terra em sistema TT


(Resistência do eléctrodo de terra)

Barramento

Eléctrodo de terra P – comprimento do eléctrodo (Vareta)


de protecção L – Afastamento dos eléctrodos auxiliares
Sv – Eléctrodo auxiliar de tensão
Sa - Eléctrodo auxiliar de corrente
L+L>5P

Formação e Consultadoria 183

Dimensionamento de
Canalizações Elétricas

Formação e Consultadoria 184

92
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Método da Corrente Admissível
1 – Determinação da corrente de serviço, IB, em trifásico:

P S
IB  IB 
3 U  cos  3 U
2 - Determinação da corrente de serviço, IB, em monofásico:

P S
IB  IB 
U 0  cos  U0
3 – Encontrar condutores ou cabos com IZ ≥ IB
(tabelas anexas às Regras Técnicas)

Formação e Consultadoria 185

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS


Método da Corrente Admissível
4 - Verificar queda de tensão

- em monofásico ou trifásico desequilibrado:

fórmula exata  L 


u  2    cos     L  sen   I B
 S 

fórmula aproximada  L


u  2  IB
 S 
- trifásico equilibrado:
L 
fórmula exata u    cos     L  sen    I B
 S 

L
fórmula aproximada u
S
 IB

Formação e Consultadoria 186

93
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Método da Corrente Admissível

Exemplo 1: Determinar a secção dos condutores de um cabo a fixar à


parede em braçadeiras, para a alimentação de um forno semi-
industrial, monofásico de 17 kVA, distante do quadro de 43 m.

S 17000
1 – Determinação da corrente de serviço, IB: IB    74 A
U0 230

2 – Encontrar um cabo com IZ ≥ IB:

- Método de referência E
- Quadro 52-C9 das RTIEBT

Formação e Consultadoria 187

Exemplo de correntes admissíveis (em amperes)


Condutores isolados a policloreto de vinilo (PVC), para:
cobre
temperatura da alma condutora: 70°C
temperatura ambiente: 30°C Quadro 52- C9 RTIEBT
Cabos multicondutores Cabos monocondutores
Três condutores carregados
Secção
Três em esteira
nominal dos Dois condutores Três condutores condutores Sem Com afastamento(2)
Dois
condutores carregados Carregados condutores carregados
(mm2) (1) (1) carregados em triângulo Afastamento (2) Horizontal Vertical

Mét. refª. E E F F F G G
Coluna. 1 2 3 4 5 6 7
1,5 22 18,5 - - - - -
2,5 30 25 - - - - -
4 40 34 - - - - -
6 51 43 - - - - -
10 70 60 - - - - -
16 94 80 - - - - -
25 119 101 131 110 114 146 130
35 148 126 162 137 143 181 162
50 180 153 196 167 174 219 197
70 232 196 251 216 225 281 254
95 282 238 304 264 275 341 311
120 328 276 352 308 321 396 362
150 379 319 406 356 372 456 419
185 434 364 463 409 427 521 480
240 514 430 546 485 507 615 569
300 593 497 629 561 587 709 659
400 - - 754 656 689 852 795
500 - - 868 749 789 982 920
630 - - 1 005 855 905 1 138 1 070
(1) - Para S ≤ 16 mm2, admitiu-se que os condutores eram de secção circular e para S >16 mm2, de secção sectorial (aplicável também a
condutores de secção circular).
(2) - Afastamento não inferior ao diâmetro exterior do cabo monocondutor (De).

Formação e Consultadoria 18
8

94
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Método da Corrente Admissível

Exemplo 1: Determinar a secção dos condutores de um cabo a fixar à


parede em braçadeiras, para a alimentação de um forno semi-
industrial, monofásico de 17 kVA, distante do quadro de 43 m.

S 17000
1 – Determinação da corrente de serviço, IB: IB    74 A
U0 230

2 – Encontrar um cabo com IZ ≥ IB:

- Método de referência E
- Quadro 52-C9 das RTIEBT
- IZ = 94 A para S = 16 mm2
- Cabo VV 3G16 mm2 (ou equivalente)

Formação e Consultadoria 189

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS


Método da Corrente Admissível

Exemplo 1:

3 - Verificar a queda de tensão

- em monofásico, usando a fórmula aproximada (cos=1) :

 L  0,0225  43 
u  2  I B  2    74  8,95V u  3,89 %
 S   16 

4 - A proteção a empregar: um disjuntor magnetotérmico de In = 80 A

Condições: 1ª  74≤ 80 ≤ 94; 2ª  I2  1,45 IZ satisfaz

Formação e Consultadoria 190

95
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Método da Queda de Tensão
1 - Variação de tensão admissível nas canalizações elétricas:
- Iluminação - 3%
- Outros usos - 5%

2 - Queda de tensão: u = rI [1]

 l
3 - Resistência dos condutores: r [2]
S
 l
4 – Substituindo a expressão [2] em [1]: u I
S
1
5 – O inverso da resistividade é a condutividade: 

Formação e Consultadoria 191

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS


Método da Queda de Tensão

lI
6 – Substituindo novamente: u
 S

lI
7 – E finalmente: S
 u

8 – Para canalizações com vários ramais: S


 Ik L k
 u

Formação e Consultadoria 192

96
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Exemplo 2: Cálculo de uma canalização trifásica de cobre, sem neutro,
enterrada, conforme esquema.

L= 165 m
S= 30 kVA
Queda de tensão admissível: 3%
q.d.t.= u = 6,9 V

1º - Calcular a corrente na canalização

S 30000
IB    43,3 A
3 U 3  400

2º - Calcular a secção dos condutores

l  I 165  43,3
S   18,5 mm 2
  u 56  6,9
Formação e Consultadoria 193

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS


Correntes admissíveis, em amperes, para o método de referência D

Canalizações enterradas
Quadro 52- C30 RTIEBT
Secção nominal Número de condutores carregados
dos condutores e natureza do isolamento
(mm2) 3 PVC 2 PVC 3 XLPE 2 XLPE
Condutores de cobre
1,5 26 32 31 37
2,5 34 42 41 48
4 44 54 53 63
6 56 67 66 80
10 74 90 87 104
16 96 116 113 136
25 123 148 144 173
35 147 178 174 208
50 174 211 206 247
70 216 261 254 304
95 256 308 301 360
120 290 351 343 410
150 328 397 387 463
185 367 445 434 518
240 424 514 501 598
300 480 581 565 677
Para cabos enterrados e colocados dentro de tubos ou de travessias, os valores indicados no quadro devem
ser multiplicados por 0,80. Atendendo a que as correntes admissíveis foram calculadas para uma resistividade
térmica do solo igual a 1K.m/W, é necessário considerar os fatores de correção.
Formação e Consultadoria 194

97
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES ELÉTRICAS
Exemplo 2:
A L= 165 m B
S= 30 kVA
Queda de tensão admissível: 3%
umáx.= 6,9 V

3º - Escolher o tipo de canalização a empregar


Método de Referência D - Tabela 52-C30
Secção normalizada: S = 25 mm2
Corrente admissível, Iz= 123 A
Cabo: VV 3x25 + 1G16

4º - Calcular a queda de tensão com esta secção


 
u    cos     sen    L  I B
 S 
 0,0225 
u    0,8  0,000048   165  43,3  5, 49 V u  2,39 %
 25 
Formação e Consultadoria 195

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES
O disjuntor, tipo C de In=100 A, garante a proteção contra curto-circuitos ?

Condições da proteção ao Curto-circuito:


1- Valor de Icc superior á corrente de corte do aparelho de proteção: Icc(em B) > Ia(In= 100 A)
2- Corte da corrente em valor inferior ao limite de fadiga térmica da canalização

5º - Calcular a corrente de curto circuito bifásico em B

0,8 U 0,8  400


Icc    1077 A
  LF 0,0225 165
2 2
SF 25

Corrente estipulada dos disjuntores, In= 100 A


Limiar de funcionamento Icc = Ia = 400 A

Como Ia(In= 100 A) < Icc(ponto B), a 1ª condição está garantida: 400 A < 1077 A.

Formação e Consultadoria 196

98
CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES
Determinação da corrente de fadiga térmica das canalização elétrica

S
t K Expressão da curva de fadiga térmica
da canalização

I CC
t – Tempo de actuação da proteção – máx. de 5 seg.
K- constante dependente do tipo de condutores
S – Secção dos condutores
Icc – Corrente de curto-circuito num ponto da canalização

Valores de k
Condutores de Condutores de Condutores de Condutores de Condutores de Condutores de Ligações a
cobre e PVC cobre e cobre e PEX alumínio e PVC alumínio e alumínio e PEX condutores de
Borracha Borracha cobre soldadas
a estanho

115 135 143 74 87 94 115

Formação e Consultadoria 197

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES

6º - Calcular a corrente limite de fadiga térmica da canalização

S S
t K  Icc  K
I CC t
25
Icc t  5 s  115  1285 A
5
Corrente de curto-circuito (Icc) para t ≤ 5s
Ia(In= 100 A) = 400 A e Icc(t=5s) = 1285 A

Como a corrente de fadiga térmica (1285 A) para t= 5s é superior à corrente de


atuação da proteção (400 A) para igual período de tempo ( A), a 2ª condição de
proteção ao curto-circuito fica assegurada.

Formação e Consultadoria 198

99
Quedas de tensão nas instalações

Quedas de tensão permitidas nas instalações elétricas


Na rede de distribuição pública a
Na instalação individual
230/400V Na instalações
coletivas Alimentada por rede Alimentada por Posto de
Ponto de entrega de energia
pública Transformação
Instalação coletiva
Instalação
(Portinhola ou Quadro Outros Outros
individual Coluna Entrada Iluminação Iluminação
de Colunas se não usos usos
(Portinhola)
existir Portinhola)

+ 8% a -8 % +8%a–8% 1,0 % 0,5 % 3,0 % 5,0 % 6,0 % 8,0 %

Formação e Consultadoria 199

Formulas de cálculo das quedas de tensão nas instalações

Expressões de calculo das Quedas de tensão u = b ×(1×L/S×cos +×L×sen)×IB


Fórmulas de calculo da queda de tensão

Características do circuito
Condutores de cobre Condutores de alumínio

Queda de Queda de
Secção Corrente Queda de
tensão, Queda de tensão, tensão,
Comprimento dos de tensão,
Tipo valor valor Absoluto valor
(m) condutores Serviço valor Absoluto
Relativo (Volt) Relativo
(mm2) (A) (Volt)
(%) (%)

Monofásico
u =2* u =2*
Trifásico com (0,0225*0,8/S + (0,036*0,8/S +
neutro 0,000048)* L*IB Δu=u / 0,000048)* L*IB Δu = u /
completamente L S IB
U0100 U0100
desiquilibrado
Trifásico com u =
u = (0,036*0,8/S
cargas (0,0225*0;8/S +
+ 0,000048)* L*IB
equilibradas 0,000048)* L*IB
As expressões deste quadro são válidas para a resistividade do cobre e do alumínio à temperatura em serviço normal que se
considera de 1,25 vezes acima do valor a 20 ºC. Assim, teremos  = 0,0225 .mm2/m para o cobre e  = 0,036 .mm2/m para o
alumínio.
Na falta de outros valores podem usar-se: fator de potência, cos=0,8; sen=0,6; reactância linear, =0,08 m/m.
(ver Secção 525).

Formação e Consultadoria 200

100
Quedas de tensão nas instalações

 L   0,0225 
u  2    cos     L  sen   I B  2    0,8  0,000048   L  I B
 S   S 

Quedas de tensão em circuitos monofásicos


(condutores H07V-U 1,5 mm2)
Corrente
Corrente de
Natureza Comprimento da estipulada do Queda de Queda de
Secção serviço IB
do canalização - L dispositivo de tensão tensão
(mm2) ( valor limite)
condutor (m) protecção In (V) (%)
(A)
(A)
10 2,4 1
20 4,8 2,1
28,63 6,9 3

30 7,2 3,1
40 9,6 4,2
Cobre 1,5 50 10 10 12 5,2
60 14,5 6,3
70 16,9 7,3
80 19,3 8,4
90 21,7 9,4
100 24,1 10,5

Formação e Consultadoria 201

Quedas de tensão nas instalações

 L   0,0225 
u  2    cos     L  sen   I B  2    0,8  0,000048   L  I B
 S   S 

Quedas de tensão em circuitos monofásicos


(condutores H07V-U 2,5 mm2)
Corrente
Corrente de
Natureza Comprimento da estipulada do Queda de Queda de
Secção serviço IB
do canalização - L dispositivo de tensão tensão
(mm2) ( valor limite)
condutor (m) protecção In (V) (%)
(A)
(A)
10 2,3 1
20 4,6 2
30 6,9 3
40 9,3 4
50 11,5 5
Cobre 2,5 16 16
60 13,9 6
70 16,2 7
80 18,6 8,1
90 20,9 9,1
100 23,2 10,1

Formação e Consultadoria 202

101
Quedas de tensão nas instalações
 L   0,0225 
u  2    cos     L  sen   I B  2    0,8  0,000048   L  I B
 S   S 
Quedas de tensão em circuitos monofásicos
(condutores H07V-U 4 mm2)

Corrente
Corrente de
Comprimento da estipulada do Queda de Queda de
Natureza do Secção serviço IB
canalização - L dispositivo de tensão tensão
condutor (mm2) ( valor limite)
(m) protecção In (V) (%)
(A)
(A)

10 2,3 0,99

20 4,5 1,98

30 8,4 3,67

40 9,1 3,9

50 11,4 4,94
Cobre 4 25 25
60 13,6 5,9

70 15,9 6,9

80 18,2 7,9

90 20,5 8,9

100 22,7 9,9

Formação e Consultadoria 203

Quedas de tensão nas instalações

 L   0,0225 
u    cos     L  sen   I B    0,8  0,000048   L  I B
 S   S 

Quedas de tensão em circuitos trifásicos equilibrados


(condutores H07V-U 2,5 mm2)
Corrente
Corrente de
Natureza Comprimento da estipulada do Queda de Queda de
Secção serviço IB
do canalização - L dispositivo de tensão tensão
(mm2) ( valor limite)
condutor (m) protecção In (V) (%)
(A)
(A)
10 1,15 0,5
20 2,3 1
30 3,5 1,5
40 4,6 2
50 5,8 2,5
Cobre 2,5 16 16
60 7 3
70 8,1 3,5
80 9,3 4
90 10,4 4,5
100 11,5 5

Formação e Consultadoria 204

102
Quedas de tensão nas instalações
 L   0,0225 
u    cos     L  sen   I B    0,8  0,000048   L  I B
 S   S 
Quedas de tensão em circuitos trifásicos equilibrados
(condutores H07V-U 4 mm2 )

Corrente
Corrente de
Comprimento da estipulada do Queda de Queda de
Natureza do Secção serviço IB
canalização - L dispositivo de tensão tensão
condutor (mm2) ( valor limite)
(m) protecção In (V) (%)
(A)
(A)

10 0,9 0,39

20 1,8 0,79

30 2,7 1,2

40 3,6 1,6

50 4,5 1,99

Cobre 4 60 20 20 5,5 2,37

70 6,4 2,77

80 7,3 3,2

90 8,2 3,6

100 9,1 3,6

126 11,5 5

Formação e Consultadoria 205

Instalações coletivas

Formação e Consultadoria 206

103
Colunas
Estruturas típicas

Formação e Consultadoria 207

Instalações Coletivas e Entradas

(b) - Se o ramal tiver uma protecção exclusiva (num armário de distribuição ou num
posto de transformação), a portinhola e o troço comum podem não existir.

(a) - A utilizar, apenas, em caso de alimentações do QC com cabos em paralelo.

Formação e Consultadoria 208

104
Colunas

Localização das colunas


– Nas zonas comuns dos edifícios
– Em ductos próprios: dispensável em edifícios contendo até
9 instalações em caso de dificuldade de execução do ducto.

Tubos
– de paredes interiores lisas e não propagadores de chama
– IK07 quando embebidos
– IK08 quando à vista

Formação e Consultadoria 209

Instalações Coletivas e Entradas


Ducto para as instalações coletivas e entradas
• Obrigatórios em todos os edifícios, excepto em edifícios até nove instalações
de utilização (incluindo serviços comuns), em caso de dificuldade de execução do ducto.

Dimensões livres mínimas de passagem das portas e das larguras úteis para os ductos

Colunas L1 L2 Largura das portas


(cm) (cm) (cm)

In  200 A(1) 60 73 63

400 A  In  200 A(1) 103 116 106

(1) - In é a corrente estipulada da coluna de maior capacidade de transporte colocada no ducto.

Formação e Consultadoria 210

105
Instalações Coletivas e Entradas
Colunas

• Condutores e cabos
– H07V-R ; VV 0,6/1 kV
– Coloração: Preto, Castanho, Cinzento, Azul claro e Verde/Amarelo

PE
N
L1
L2
L3

• Proteções
– fusíveis tipo gG para proteção contra sobrecargas

• Queda de tensão (máxima)


– 1% para a coluna (acumulável com as entradas até 1,5%)
– 0,5% para as entradas

Formação e Consultadoria 211

Instalações Coletivas e Entradas

Quadro de colunas

• Cada edifício deve (em regra) ser dotado de um único quadro de colunas.
– As instalações elétricas (de utilização) de frações autónomas que não tenham
acesso pelas zonas comuns do edifício* devem ser alimentadas diretamente
pela rede de distribuição (por ramal exclusivo);
• O quadro de colunas de edifício coletivo de habitação não deve ser utilizado para
alimentar estas instalações com entrada independente.

* Caso, por exemplo, de estabelecimentos comerciais existentes em edifícios de habitação, a


nível do R/C, com entrada direta para o exterior e sem qualquer comunicação com as
zonas comuns do edifício onde se integram),

Formação e Consultadoria 212

106
Instalações Coletivas e Entradas
Quadro de colunas

• Normalizados
• Normas : NP-1271 complementada por NP EN 61 439

• Marcação (Dec. Lei 139/95 e NP EN 61 439-1)


• CE , IP e IK (mínimo de IP41 e IK07 ) (NP-1271)
• Tipo de quadro e marca do fabricante

• Classe II de isolamento
– Não ligação das massas à terra
– Ligadores com IP2X

• Aparelho de corte geral tetrapolar

• Barramento: L1, L2, L3, N e PE de IP2X

• Identificação dos circuitos


– Colunas, serviços comuns entradas, etc.

Formação e Consultadoria 213

Instalações Coletivas e Entradas


Caixas de Coluna
• Normalizadas (NP-1272 complementada por NP EN 61 439)

• Marcação (Dec. Lei 139/95 e NP EN 61 439-2)


– CE , IP e IK (mínimo de IP41 e IK07 ) (NP-1272)
– Tipo de quadro e marca do fabricante
– Identificação de circuitos de entrada e saída

• Classe II de isolamento

• Ligadores: PE; N; L1;L2;L3 (NP-1272)

• Previstas para entradas trifásicas


– Entrada monofásica (uma ou três bases de fusíveis)
– Entrada trifásica (três bases de fusíveis)
• Situadas entre 2 e 2,8 m acima do pavimento

Formação e Consultadoria 214

107
Caixas de Coluna

Seccionadores -fusíveis Ligadores


de protecção de entrada
Formação e Consultadoria 215

Instalações Coletivas e Entradas


Dimensões mínimas dos tubos VD em colunas e entradas
(para uma ocupação máxima de 20% do tubo)

Secção Diâmetro dos Tubos (mm)


dos Número de Condutores
Condutores 1 2 3 4 5
10 32 32 32 40 40
16 32 32 40 40 50
25 32 40 50 50 63
35 32 50 63 63 63
50 40 50 63 75 75
70 40 63 75 75 90
95 50 63 90 90 90
120 50 75 90 110 110
150 63 90 110 110 110
185 63 90 110 110 ---
Nota: Para outros tubos verificar a regra dos 20%
Para cabos aplica-se: Ø tubo  2,236  Ø Cabo
Formação e Consultadoria 216

108
Instalações Coletivas e Entradas
Entrada

• Canalização elétrica (de baixa tensão) compreendida entre:

• a) Uma caixa de coluna e a origem de uma instalação elétrica (de


utilização)

• b) Um quadro de colunas e a origem de uma instalação elétrica (de


utilização), no caso de:

– b1) entradas com características especiais


– b2) entradas estabelecidas em edifícios que todos os equipamentos de
contagem estejam concentrados num único local

• c) uma portinhola que sirva uma instalação elétrica (de utilização) e a


origem dessa instalação;

Formação e Consultadoria 217

Instalações Coletivas e Entradas

Entrada de moradia unifamiliar

Portinhola

QE

Ramal

Instalação de Entrada
serviço público Instalação particular
(Distribuidor) (tipo C)

Formação e Consultadoria 218

109
Instalações Coletivas e Entradas

Entradas

• Localização

– Vivendas unifamiliares: no muro e nas zona privada da


instalação a alimentar

– Edifícios multifamiliares: nas zonas comuns e na zona privada da


instalação a alimentar

 Tubos
 Rígidos, com diâmetro mínimo de 32 mm (recomenda-se 40 mm, como mínimo)

Formação e Consultadoria 219

Instalações Coletivas e Entradas


Entradas

 Condutores
 Secção mínima de 6 mm2 *
 H07V-U; H07V-R ; VV 0,6/1 kV,...
 Queda de tensão admissível de 0,5%

 Protecções
 Fusíveis tipos gG (ou aM)
 Em fusíveis cilíndricos ou de facas (cartucho)

 Nota: os fusíveis para protecção das entradas são normalmente do tipo gG cilíndricos
com bases seccionador-fusível de tamanhos 14x51 até 50 A e 22x58 para 63 A.

*- aconselha-se o mínimo de 10 mm2

Formação e Consultadoria 220

110
Instalações Coletivas e Entradas
Entradas
Coluna
QE

CC wh

Coluna

QE

QC wh

QE

Ramal

Formação e Consultadoria 221

Instalações Coletivas e Entradas


Portinholas

QE
Rede Pública Instalação particular

Ramal

Portinhola

• As portinholas limitam as instalações particulares a montante,


nos casos de alimentação direta do ramal da rede.

Formação e Consultadoria 222

111
Instalações Coletivas e Entradas

Instalação de serviços comuns

Ligação à terra

• Condutor de terra
– VV 0,6/1kV 1G16 (secção mínima, mas aconselha-se 25 mm2)
• Isolados pelo menos até 0,6 m de profundidade

• Terminal principal de terra


– Interliga os condutores de terra e de protecção

Formação e Consultadoria 2
2

Instalações Coletivas e Entradas


Ligação à Terra
Antena de radiocomunicações

Condutores
de proteção
das saídas
Barramento de terra
quadro de colunas
Ligação equipotencial
principal
Terminal principal de terra
Ligação a eventual pára-raios
(amovível)

Eléctrodo de terra
(cabo à volta das fundações)

224
Formação e Consultadoria

112
Ligação à Terra em moradia unifamiliar

1- Vala
2- Cabo enterrado em volta das fundações
3- Entrada de canalizações de água ou gás
4- Ligação da armadura ou pára raios à terra
5- Entrada de canalização de gás ou água
6- Terminal principal de terra
7- Ligação de condutor de protecção ao quadro
8- Ligação de canalizações metálicas de
gás ou água à terra
9- Ligação ao Terminal principal de terra

225
Formação e Consultadoria

Instalações Coletivas e Entradas


Ligação à Terra

Ligação da estrutura à terra


226
Formação e Consultadoria

113
Instalações Coletivas e Entradas
Localização dos equipamentos de contagem de energia

• Os equipamentos de contagem das instalações elétricas (de utilização)


de um mesmo prédio podem ser instalados:
a) Fora do recinto ocupado pela instalação elétrica (de utilização), de
preferência em conjunto com os equipamentos de contagem relativos às
restantes instalações do mesmo andar;
b) No vestíbulo da entrada do prédio ou em local próximo, desde que aí se
concentrem todos os equipamentos de contagem das instalações do
referido prédio;
c) No exterior do prédio, se este for unifamiliar;
d) No interior do recinto ocupado pela instalação elétrica (de utilização).

A solução a adotar para a instalação dos equipamentos de contagem devem ter em


conta as condições indicadas pelo Distribuidor (Público) de Energia.
Nos casos da alínea a) e b) pode ser necessário o uso de Q.C. e Caixas de Colunas
não conformes c/ NP 1271 e NP 1272, devendo então recorrer-se à Norma
EN 61439.

Formação e Consultadoria 227

Instalações Coletivas e Entradas

Localização dos equipamentos de contagem de energia

• Os equipamentos de contagem devem ser instalados de modo que, em


regra*, o visor não fique a menos de 1,0 m nem a mais de 1,7 m acima do
pavimento.

* No exterior (muros e outros) poder-se-á diminuir a altura mínima estipulada.


– Exemplos mais comuns:
» Moradias unifamiliares cercadas por muros cuja altura não permite a
instalação a 1m, mas o visor do equipamento de contagem não deve ficar
a menos de 0,70 m acima do pavimento.
» Locais de habitação destinados a deficientes (BA3), onde se recomenda o
limite superior de 1,3 m.

Formação e Consultadoria 228

114
Instalações Coletivas e Entradas
Equipamento utilizado
– O equipamento* a utilizar nas instalações coletivas e entradas ligadas
directamente à rede de distribuição em esquema de ligações à terra
TT deve ser da classe II de isolamento ou equivalente

*Os quadros de coluna, as caixas de coluna, os sistemas de contagem e as


canalizações, utilizados nas instalações coletivas ligadas diretamente à rede de distribuição
(sem qualquer interface, transformador, fonte estabilizadora, etc.) devem satisfazer às
regras indicadas na Secção 413.2.

*As portinholas (embora não abrangidas pelas presentes Regras Técnicas, por fazerem
parte integrante da rede de distribuição), quando estiverem instaladas nos edifícios das
instalações coletivas devem, também, satisfazer às regras da Secção Ref. 413.2.

*Por questões de exploração das instalações coletivas, recomenda-se que na seleção do


equipamento a utilizar sejam verificadas as especificações do distribuidor local de energia
elétrica.

Formação e Consultadoria 229

Locais de habitação

Formação e Consultadoria 230

115
Instalações e locais de habitação
Quadros

• Quadro de entrada
• Um quadro parcial por piso (p/ habitações com mais de um piso) (Ref. 801.1.1.4.4)
– Com dispositivo de corte de todos os condutores ativos, fase(s) e neutro

Instalação de Tomadas

• Do tipo “pólos protegidos” até In ≤16 A


• Do tipo “CEE”, com tampa, mas reduzidas ao mínimo necessário, para In >16 A

Classificações dos locais

• De acordo com os Fatores de influência externa

Formação e Consultadoria 231

Locais de Habitação

Circuitos finais

– Os circuitos finais devem, em regra, ser monofásicos (Ref. 801.5.3)

– Todos os circuitos com condutor de proteção

– Cada circuito final não deve (em regra) alimentar mais do que oito
pontos de utilização
• Para efeitos da contagem do número de pontos de utilização por circuito,
duas (ou mais) tomadas de 16 A agrupadas num mesmo aparelho, são
consideradas como um único ponto de utilização
• Os aparelhos fixos de climatização ambiente devem ser repartidos por
circuitos finais distintos dos de outras utilizações por forma a que cada
circuito alimente, no máximo, cinco aparelhos.

Formação e Consultadoria 232

116
Locais de Habitação

Proteção contra o incêndio


– Pode ser garantida pelos dispositivos diferenciais usados na proteção
contra os contactos indiretos, desde que In  0,5 A.

Dispositivos que garantem, simultaneamente, a proteção


contra as sobrecargas e contra os curtos-circuitos
– Devem ser do tipo disjuntor
• Excetuam-se os casos de canalizações que alimentem outros quadros ou
um único aparelho de utilização de potência elevada, em que podem ser
usados fusíveis para fazer a sua proteção.
• Podem também ser usados fusíveis na proteção de equipamentos de
sinalização e de medição.

Formação e Consultadoria 233

Locais de Habitação
Proteção contra os contatos indiretos

Resistência global de terra R < 100 ohm* (usar ID c/ In = 500 mA)
* Não sendo possível, In deve ser tal que R  In  50 Volt

Todos os circuitos devem ser dotados de condutor de proteção


ao qual devem ser ligados:
a) O terminal (ou barramento) de terra dos quadros da instalação;

b) Os contactos de terra das tomadas;

c) Os ligadores de massa dos aparelhos de utilização

As tomadas instaladas no exterior das habitações e as que colocadas no


interior possam ser utilizadas por aparelhos móveis situados no exterior,
devem ser protegidas por dispositivo diferencial de In ≤ 30 mA
(Ref.471.2.3).

Formação e Consultadoria 234

117
Locais de Habitação
Secção dos condutores
Devem ser determinadas em função das potências previsíveis, com os valores
mínimos indicados no quadro seguinte:

Condutores H07V-U /R,


embebidos
Circuitos Proteção de Pessoas
Secção dos Protecção
condutores (A)
(mm2) a)
Iluminação 1,5 10 A utilização do sistema TT, implica:
- ligação das massas ao circuito de protecção
Estores eléctricos 1,5 10 - uso de dispositivo diferencial adequado à resistência de
terra do circuito de protecção.
Tomadas 2,5 16
- estabelecimento de ligações equipotenciais aos
Máquina de lavar louça 2,5 16 elementos condutores
- uso de equipamentos de classe II nalguns casos
Máquinas de lavar roupa 2,5 16 - todos os circuitos dos WC deverão ser protegidos por
dispositivo diferencial de de I∆n ≤30 mA.
Termoacumulador 2,5 16
Fogão 4 b) 25 / 32 Todas as tomadas deverão ser do tipo com “pólos
protegidos”.
Climatização 2,5 / 4 16 / 25
Portão eléctrico 2,5 16
Banheiras de hidromassagem 2,5 16 c)

a) - Constituída por disjuntores tipo doméstico, segundo a norma CEI 60898.


b) – O conjunto fogão e forno elétricos justificam nalguns casos a secção de 6 mm2 para aquele circuito.
c) – Nalguns casos poderá ser um disjuntor diferencial, DDR de I∆n =30 mA, para garantir a proteção de pessoas em substituição do conjunto Disjuntor
magnetotérmico e interruptor diferencial (ID), quando este não faz parte da banheira.

Formação e Consultadoria 235

Locais de Habitação

Secção dos condutores (exceção para tomadas)

• É permitida a utilização de condutores de 1,5 mm2 de secção para


alimentar tomadas ligadas a circuitos de iluminação desde que sejam
verificadas, simultaneamente, as condições seguintes

a) As tomadas sejam comandadas por um dispositivo de comando


independente
(ou pelo mesmo aparelho de comando da iluminação fixa do mesmo compartimento);

b) Exista, no compartimento onde essas tomadas forem instaladas,


instalação fixa, distinta, para climatização ambiente.

Formação e Consultadoria 236

118
Locais de Habitação

Dispositivos de protecção contra as sobretensões


– Recomenda-se que seja prevista, na origem da instalação, proteção
contra as sobretensões* de origem atmosférica.

* Quando a instalação for alimentada a partir de uma rede aérea de


distribuição de energia elétrica em baixa tensão (em condutores nus ou
“torçadas”)

Conjuntos de aparelhagem (quadros)


– Devem ser instalados em locais adequados e de fácil acesso *

* Por forma a que os aparelhos neles montados fiquem, em relação ao


pavimento, em posição facilmente acessível (1,0 m < h < 1,8 m)

Formação e Consultadoria 237

Locais de Habitação
Instalações de segurança em edifícios de altura superior a 28 m
• Em edifícios de habitação de altura superior a 28 m devem ser previstas as
seguintes instalações de segurança, nas zonas comuns :

a) a instalação da iluminação de segurança dos caminhos de evacuação;

b) a instalação de ventilação mecânica para desenfumagem dos


caminhos de evacuação;

c) a instalação de alerta do encarregado de segurança e de alarme dos


residentes, em caso de incêndio.

Quadro de Segurança

Ventilador de desenfumagem

Formação e Consultadoria 238

119
Instalações e locais especiais

Formação e Consultadoria 239

Instalações e locais especiais


1. Locais contendo banheiras ou chuveiros (Casas de banho)

2. Piscinas e semelhantes

3. Locais contendo radiadores para saunas

4. Instalações de estaleiros

5. Instalações eléctricas em estabelecimentos agrícolas ou


pecuários

6. Locais condutores exíguos

7. Ligações à terra de instalações de equipamentos de tratamento


de informação
8. Instalações de Carregamento de Veículos Elétricos
Formação e Consultadoria 240

120
Locais contendo banheiras ou chuveiros

Formação e Consultadoria 241

Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros

a)

Volume 3 V2 Vol. 1

Vol. 0

b)

a) – Permitido mas não aconselhável


b) - Permitido nalguns países. Desaconselhado pelo REGEU em Portugal

Formação e Consultadoria 242

121
Instalações e locais especiais
Locais contendo banheiras ou chuveiros
Limites dos volumes em banheiras

Altura do Volume V0 = Altura interior da banheira

Altura do Volume V1 = 2,25 m acima do pavimento ou acima do fundo da banheira, quando este fundo se
encontrar a mais de 10 cm acima do pavimento

Altura do Volume V2 = 2,25 m acima do pavimento (volume lateral) ou acima do volume V1


(*) – não são permitidas tomadas por cima dos volumes V1 e V2; (**) - Classificado como volume 1 se acessível sem meios especiais
Formação e Consultadoria 243

Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros


Limites dos volumes em bases de chuveiro salientes

Altura do Volume V0 = Altura interior da base

Altura do Volume V1 = 2,25 m acima do pavimento ou acima do fundo da base se esta estiver a mais e 10 cm
do chão

Formação e Consultadoria 244

122
Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros


Limites dos volumes em bases de chuveiro sem bacia de recepção, com e
sem estrutura fixa

Altura do Volume V0 = Até 0,05 m do chão

Altura do Volume V1 = 2,25 m acima do volume V0

245
Formação e Consultadoria

Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros

Influências externas nos diversos volumes das casas de banho

VOLUMES
Fatores de influências 0 1 2 3
externas
Temperatura ambiente Temperado - AA4

Humidade Temperado, Hum. rel. 5 a 95 %, Hum. Abs. 1 a 29 % - AB4

Presença de água Imersão temporária Projeção de água Chuva Gotas de água


– AD7 – AD4 – AD3 – AD2

Resistência eléctrica Muito Baixa - BB3 Baixa - BB2

Contactos Frequentes - BC3

Outras influências Classe 1 ( XX1)

Formação e Consultadoria 246

123
Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros


Limites dos volumes em balneários com chuveiros individuais ou coletivos

Influências externas

Volume 1 Volume 2 Volume 3 Retretes


AD7 - Imerso AD5 – Jatos de água AD3 - Chuva AD3 - Chuva
temporariamente (h ≤1,1 m)
AD4 – Projeção de água
(1,1 m<h≤2,25 m)

BB3 – Resistência Muito baixa BB2 – Resistência Baixa


BC3 – Contatos frequentes
247

Formação e Consultadoria

Instalações e locais especiais


Locais contendo banheiras ou chuveiros
Equipamentos em permitidos:
Volumes
Equipamentos 0 1 2 3
Canalizações Permitidas:
Se da Classe II de isolamento, mas limitadas às canalizações de alimentação de aparelhos em cada
volume e nos volumes de grau de exigência superior

Aparelhagem de Proibidas Proibida: Proibida: Permitida:


proteção, comando e Excepto se alimentada Excepto se alimentada Se alimentada por:
seccionamento a MBTS 12 V c.a ou 30 V .c.c. a) Separação individual
MBTS 12 V c.a ou 30 V .c.c.
Permitidas: b) MBTS (U≤50V)
e com a fonte de alimentação Tomadas alimentadas por c) DR 30 mA
fora dos volumes 0, 1 e 2 transformadores separação de
da classe II e pequena
potência

Aparelhagem de Permitida Permitida Permitida: Permitida se:


utilização Se alimentada Se alimentada Se da Classe II de isolamento; a) Da Classe II de
Aparelhos de aquecimento de isolamento;
a MBTS 12 V a MBTS 12 V c.a água desde que protegidos por b) Da Classe III e
c.a ou 30 V .c.c. DDR de 30 mA; alimentadas a MBTS≤25 V;
ou 30 V .c.c. Permitidos Aparelhos de iluminação e de c) Da classe I e circuito
climatização se cumprirem
Aparelhos de aquecimento de pelo menos uma das duas protegido por DR 30 mA
água desde que protegidos por condições precedentes.
DDR de 30 mA

Nota:
Todos os circuitos que alimentem locais contendo banheiras ou chuveiros devem ser protegidos por DDR de In ≤ 30 mA

Formação e Consultadoria 248

124
Instalações e locais especiais

Locais contendo banheiras ou chuveiros

Índices de proteção contra a penetração de líquidos IPXX dos equipamentos

Índices mínimos de proteção

Volumes Código Classificação

0 IPX7 Imersão temporária

1 IPX5 Jatos de água

IPX4 Projeção de água


2
IPX5 (Balneários públicos) Jatos de água

IPX1 Gotas de água


3 IPX5 (Balneários públicos) Jatos de água

Formação e Consultadoria 249

Instalações e locais especiais


Locais contendo banheiras ou chuveiros
Ligações equipotenciais suplementares
Elementos a ligar Condições de Meios de ligação Elementos que não
ligação devem ser ligados
Canalizações metálicas de Executar a ligação no interior Usar condutores de 2,5 mm2 Toalheiros metálicos;
água fria, de ventilação e da casa de banho; se instalados em condutas ou
de esgotos; calhas; Elemento de aquecimento
As ligações devem ficar central da classe II;
Louças sanitárias, quando visíveis; Usar condutores de 4 mm2 se
fixados às paredes; ou Grelhas metálica de
metálicas e respetivos
tubos de escoamento e Não usar para a ligação ventilação natural;
equipotencial canalizações de Usar barras de aço
sifão, se igualmente outros fluidos; galvanizado com as seguintes
metálicos; Aberturas de ventilação
dimensões: mecânica fora do volume 2 e
Podem ser usados os aros de 1) Espessura mínima de 1 a mais de 2 m acima do
Restantes elementos portas e janelas se garantirem mm; pavimento ou que estejam
condutores (incluindo aros uma boa continuidade. 2) Secção 20 mm2 separadas das condutas por
de portas e janelas) elementos isolantes fixos ou
ainda quando as condutas
são isolantes;
Canalização de entrada ou
saída de radiadores;
Pavimentos

Aberturas de ventilação e
respetivas condutas

Formação e Consultadoria 250

125
Instalações e locais especiais
Piscinas
Limites dos volumes em piscinas encastradas

Volume 2 Volume 2

Volume 1

Volume 0

Local ou zona de risco máximo - Volume 0

Local ou zona de risco elevado - Volume 1

Local onde o risco existe, mas é já menor - Volume 2

Formação e Consultadoria 251

Instalações e locais especiais


Piscinas
Influências externas nos diversos volumes das piscinas
Volumes
Factores de 0 1 2
influência externa
nas piscinas
Temperatura ambiente Temperatura ambiente - AA4
AA
Humidade Temperado, Hum. rel. 5 a 95 %, Hum. Abs. 1 a 29 % - AB4
AB
Presença de água Imersão prolongada – AD8 Projeção de água – AD4
AD em exteriores ou
Gotas de água – AD2
em interiores
Resistência eléctrica Muito baixa – BB3 Baixa – BB2
BB
Contactos Contactos frequentes – BC3
BC
Outras condições Classes 1 (XX1)

Formação e Consultadoria 252

126
Instalações e locais especiais
Piscinas
Condições de instalação de equipamentos
Volumes
Equipamentos 0 1 2
Canalizações Proibidas Permitidas da Classe II mas limitadas às Permitidas da Classe II
canalizações, sem revestimento metálico,
para alimentar aparelhos neste volume

Aparelhagem de Proibida Proibida Permitida


protecção, comando e Excepto tomadas nas pequenas piscinas Se aparelhagem alimentada:
afastadas do bordo da piscina de pelo a) Individualmente, por
seccionamento menos 1,25 m e colocadas 0,30 m acima do transformador de separação
pavimento, se protegidas por diferencial de b) Por MBTS, ou
30 mA ou alimentadas por transformador de
c) Aparelhagem protegida por
separação diferencial de 30 mA

Aparelhagem de Proibida Permitidos


utilização Excepto equipamentos fixos destinados a serem usados nas 1- Da Classe II, no caso de
piscinas (luminárias, etc.) luminárias
2 – Da classe I, se protegidas
por diferencial de 30 mA
3 – Se alimentados por
transformador de separação

Formação e Consultadoria 253

Instalações e locais especiais


Piscinas
Índices de proteção contra a penetração de líquidos IPXX dos equipamentos

Índices mínimos de proteção

Volumes Código Classificação

0 IPX8 Imersão permanente

1 IPX5 Jatos de água


IPX4 (pequenas Piscinas) Projeção de água
IPX2 (interior)
2 IPX4 (exterior) Projeção de água
IPX5 Jatos de água

Formação e Consultadoria 254

127
Instalações e locais especiais
Piscinas
Ligações equipotenciais suplementares
Nas piscinas é necessário o estabelecimento de uma ligação equipotencial suplementar que
interligue todos os elementos condutores existentes nos volumes 0, 1 e 2 com os condutores de
protecção de todas as massas.

Esta ligação equipotencial suplementar deve envolver:

Armaduras das luminárias do pavimento se existirem;


As condutas metálicas;
As estruturas metálicas, se acessíveis

Não necessitam de ligação equipotencial suplementar:

Pranchas de salto;
Escadas e barreiras das bacias;
Os trampolins.

Formação e Consultadoria 255

Estaleiros

Formação e Consultadoria 256

128
Instalações e locais especiais

Estaleiros

Instalações temporárias abrangidas

Instalações para construção de novos edifícios

Instalações para trabalhos de:


Reparação;
Modificação;
Ampliação; ou
Demolição de edifícios.

Instalações de obras públicas

Instalações de trabalhos de terraplanagem

Instalações de trabalhos análogos aos precedentes


Nota : Às instalações dos locais administrativos dos estaleiros (Escritórios, vestiários, salas de reuniões, cantinas,
restaurantes, dormitório e instalações sanitárias) aplicam-se as regras gerais estabelecidas pelas Regras Técnicas

Formação e Consultadoria 257

Instalações e locais especiais

Estaleiros

Princípios fundamentais a observar na seleção e estabelecimento dos equipamentos

1. Flexibilidade de utilização, para permitirem reutilização;

2. Facilidade de substituição dos elementos constituintes;

3. Robustez, para suportarem as fortes solicitações a que ficam sujeitos;

4. Aplicação de medidas adequadas às condições de utilização;

5. Possibilidade de acesso em funcionamento normal para:

Para manobras vulgares - por pessoas comuns (BA1)

Para manobras que não necessitem acesso às partes activas - por pessoas instruídas (BA4)

Para manobras que necessitem acesso às partes activas - por pessoas qualificadas (BA5)

Formação e Consultadoria 258

129
Instalações e locais especiais
Estaleiros: fatores de Influência externa

Fatores de influências externas Código Designação do fator


Temperatura ambiente AA4 -5ºC a +40ºC
Presença da água AD4 Projeção de água
Presença de corpos sólidos estranhos AE3 Objetos muito pequenos
Acções mecânicas AG3 Fortes
Vibrações AH2 Médias
BA1 Comuns (mais usual)
Competência das pessoas BA4 Instruídas
BA5 Qualificadas (para manobras de exploração)
Resistência elétrica do corpo humano BB2 Baixa
BC3 Frequentes
Contacto das pessoas com o potencial Contínuos (nos locais condutores exíguos, como,
da terra BC4 por exemplo, nas caldeiras, nas cubas e nas
galerias técnicas)

Formação e Consultadoria 259

Instalações e locais especiais


Estaleiros
Proteções para garantir a segurança
Proteção contra contactos indiretos

• Considerar UL ≤ 25 V

• Para tomadas usar uma das seguintes medidas de proteção :

Proteção diferencial com IΔn ≤ 30 mA

Proteção por MBTS

Proteção por separação elétrica

Formação e Consultadoria 260

130
Instalações e locais especiais
Estaleiros : Condições de instalação de equipamentos

Seleção e instalação de equipamentos em estaleiros,


em função das influências externas
Tipo de equipamentos Condições
1) - Instalar canalizações de modo a que as ligações não fiquem sujeitas a esforços
mecânicos;
Canalizações 2) - Não instalar os cabos em locais de passagem de viaturas e pessoas (se tal
não se puder evitar protegê-los contra os danos mecânicos);
3) - Usar cabos resistentes à abrasão e à água, do tipo H07RN-F ou equivalente
1) - Utilizar dispositivos de proteção diferencial de alta sensibilidade (IΔn ≤ 30 mA),
colocados a montante das tomadas e em número suficiente (no limite 1 por
tomada), para que a soma das inevitáveis fugas dos vários equipamentos não
excedam o limiar de funcionamento;
Aparelhagem de proteção,
2) - Na origem do estaleiro deve existir um quadro elétrico, dotado de dispositivo de
comando e seccionamento
corte geral, de dispositivos de proteção principais e de dispositivos que garantam as
funções de seccionamento e corte;
3) – Os quadros de estaleiros devem satisfazer as regras estabelecidas pela Norma
EN 61 439-4 e ter os índices de proteção nela indicados.
A alimentação de aparelhos de utilização deve ser feita a partir do quadro de
entrada ou quadros de distribuição, se estes existirem, que sejam dotados de:
Aparelhos de utilização a) - Dispositivos de proteção contra sobreintensidades;
b) - Dispositivos de proteção contra contactos indiretos;
c) - Tomadas.

Formação e Consultadoria 261

Estabelecimentos agrícolas ou pecuários

Formação e Consultadoria 262

131
Instalações e locais especiais

Estabelecimentos agrícolas ou pecuários

Instalações abrangidas

Instalações de locais destinados a animais

Cavalariças
Estábulos
Currais
Pocilgas
Aviários

Instalações de locais de armazenamento de produtos agrícolas

Celeiros
Silos para cereais
Armazenamento de cereais
Palheiros
Adegas
Lagares

Nota : Às habitações integradas nestes estabelecimentos são aplicadas as regras gerais

Formação e Consultadoria 263

Instalações e locais especiais


Estabelecimentos agrícolas ou pecuários
Condições de instalação de equipamentos nos estabelecimentos agrícolas
Proteções contra os choques elétricos Contra
Contra incêndios sobrecargas e
Contra contactos diretos Contra contactos indiretos curto-circuitos

1) Quando se adotar a 1) Quando se usar o corte 1) Usar dispositivos diferenciais com IΔn ≤ 0,5 A; Os dispositivos
TRS, a proteção deve ser automático da alimentação, devem ser do
garantida por um dos deve considerar-se a tensão 2) Limitar os equipamentos ao estritamente tipo disjuntor,
seguintes modos: limite convencional UL = 25 V. necessário; excepto nos
a) - Uso de barreiras ou circuitos de
invólucros com IP ≥ IP2X; 2) Deve-se realizar a ligação 3) Tomar medidas que evitem acumulação de distribuição.
b) - Uso de isolamentos equipotencial suplementar que poeiras nos invólucros;
que suportem uma tensão interligue todas as massas e
de ensaio de 500 V todos os elementos 4) IP dos dispositivos de proteção, comando e
durante 1 minuto condutores que possam ser seccionamento deve ser IP ≥ IP4X ou serem
tocados por animais colocados fora dos locais com risco de incêndio;
2) Proteger circuitos de
tomadas com diferenciais 5) Canalizações e equipamentos não devem ser
de IΔn ≤ 30 mA fonte de produção de calor excessivo

6) O IP das Luminárias deve ser IP ≥ IP4X ;

7) Deve evitar-se que os equipamentos elétricos


possam originar inflamação dos elementos de
construção e evitar efeitos chaminé onde os
edifícios possam ser favoráveis a este

Formação e Consultadoria 264

132
Locais Condutores Exíguos

Formação e Consultadoria 265

Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 266

133
Locais condutores exíguos
Equip. Sep. Duplo Isol.
TRS
Circuitos + Prot.Dif.
suplementar

a) - Equipamentos
elétricos fixos

Local condutor
exíguo

b) - Equipamentos
elétricos móveis

Local condutor exíguo

Nota - o ID pode não ser de In≤ 30 mA para equipamentos da classe I


Formação e Consultadoria 267

Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 268

134
Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 269

Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 270

135
Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 271

Locais condutores exíguos

Formação e Consultadoria 272

136
Resumo das condições de instalação de tomadas
Condições de instalação e uso de tomadas em locais especiais
Locais destinados a
crianças ou
diminuídos mentais
Estabeleci-
Locais de acesso Recintos de
Casas de Banho Piscinas Saunas Estaleiros mentos
público espectáculos
agrícolas
fechados
Locais c/ risco de
incêndio
Volume 0 e Volume 1: Volumes 0 e Volume 1 Não é Permitida a Permitida a Tomadas In ≤ 16 A Circuitos de alimentação
Não é permitida a instalação a) Não é permitida a instalação permitida a instalação de instalação de dotadas de de tomadas devem:
de tomadas instalação de tomadas: tomadas, mas obturadores
Volume 2 b) Excepcionalmente tomadas nos com IP ≥ IP44 Tomadas In >16 A a) - Ser específicos;
a) -Permitida a instalação de permitidas no volume 1 se não locais a) No interior dotadas de tampa
tomadas alimentadas a TRS, for possível colocá-las noutro contendo do quadro b) - Protegidos por
de 12 V c.a. ou 30 V c.c., com local, mas desde que afastadas radiadores elétrico dispositivos diferenciais
a fonte de alimentação fora do bordo da piscina de mais de de alta sensibilidade
dos volumes 1, 2 e 3 1,25 m e acima do pavimento a b) Na
b) - Permitida a instalação de mais de 0,30 m, e ainda superfície c) - Conservados
tomadas alimentas por cumpram as condições exterior do desligados, quando
transformador de separação seguintes : quadro desnecessários.
eléctrica da Classe II, de 1- Sejam alimentadas por elétrico
pequena potência e transformador de separação d) - As tomadas de locais
integrados nas próprias eléctrica instalado fora dos acessíveis a crianças
tomadas volumes 0, 1 e 2 devem ficar a 1,60 m
2- Sejam protegidas por acima do pavimento
Volume 3 dispositivo diferencial com IΔn
Permitida a instalação de > 30 mA
tomadas, excepto no volume
acima do volume 2 a menos Volume 2
de 1 m da sua parte superior, Permitida a instalação de
desde que : tomadas, desde que sejam:
a) Sejam alimentados por a) Alimentados por
transformado de separação transformador de separação
b) Sejam alimentados a TRS b) Alimentados a TRS
c) Sejam protegidas por c) Protegidas por dispositivo
dispositivo diferencial com diferencial com IΔn ≤ 30 mA
IΔn ≤ 30 mA

Formação e Consultadoria 273

Instalações de carregamento de veículos


automóveis

Formação e Consultadoria 274

137
Instalações de carregamento de veículos elétricos (VE)

Legislação
• Decreto-Lei n.º 39/2010 – Regula o exercício da mobilidade elétrica,
alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 90/2014
• Norma EN 61851- sistemas de carregamento de veículos elétricos
• Norma EN 60309 - Fichas e tomadas para fins industriais
• Norma EN 62196 - Fichas e tomadas para veículos elétricos
• Portaria n.º 220/2016 – Potências mínimas para o carregamento de VE
• Portaria n.º 221/2016 – Regras de Segurança dos Pontos de
carregamento de VE
• Portaria n.º 222/2016 – Licenças de utilização privativa do domínio
público, para a instalação de pontos de carregamento de VE
• Portaria n.º 231/2016 – Seguro dos Pontos de Carregamento de VE
• Portaria n.º 240/2016 – Taxas Operação de Pontos de Carregam. de VE
• Portaria n.º 241/2016 – Licenças Operação de Pontos de Carreg. de VE
• Portaria n.º 252/2015 – Alteração às RTIEBT, acrescento da Secção 722
• Despacho n.º 5/2018 – Aprova o Guia Téc. das Inst. Elét. p/ Alim. VE

Formação e Consultadoria

RTIEBT – Parte 7 - Instalações e locais especiais

• Secções da Parte 7
701. - Locais contendo banheiras ou chuveiros (Casas de banho)

702. - Piscinas e semelhantes

703. - Locais contendo radiadores para saunas

704. - Instalações de estaleiros

705. - Instalações elétricas em estabelecimentos agrícolas ou pecuários

706. - Locais condutores exíguos

707. - Ligações à terra de instalações de equipamentos de tratamento de


informação

722. - Alimentação de veículos elétricos*

* Publicada pela Portaria n.º 252/2015 de 19 de agosto

Formação e Consultadoria

138
RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos
• Potência máxima e fatores de simultaneidade (722.311)
– Aos circuitos que alimentam diretamente os pontos de conexão de VE
(por exemplo, uma tomada), o fator de simultaneidade a aplicar deve
ser igual a 1,00.
– Aos circuitos que alimentam múltiplos pontos de conexão, o fator de
simultaneidade pode ser inferior a 1,00, desde que esteja instalado um
controlador da carga.
– A ligação de cada VE deve ser feita por meio de um circuito dedicado.

• Dispositivos diferenciais (722.531)


– Cada ponto de ligação do VE deve ser protegido individualmente
por meio de um DR com uma corrente diferencial-residual estipulada
IΔn não superior a 30 mA que interrompa todos os condutores ativos,
incluindo o neutro.
– O DR deve ser, no mínimo, do tipo A.
– Nas alimentações trifásicas, se a característica da carga não for
conhecida, devem ser adotadas medidas de proteção contra as
correntes de defeito suscetíveis de apresentar componentes contínuas
(dc), usando, por exemplo, um DR tipo B.
Formação e Consultadoria

RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos


• Tomadas e conetores (722.55)
– Os pontos de conexão de VE devem ser dotados com, pelo menos,
uma tomada ou um conetor que satisfaça a uma norma apropriada
como, por exemplo, a EN 60309 -1 ou a EN 62196 -1, quando não for
exigida a intermutabilidade, e com a EN 60309 -2 ou a IEC 62196 -2,
no caso contrário.

Tipo 1 - EUA Tipo 2 - Europa

Formação e Consultadoria

139
Fichas e Tomadas
Fichas e Tomadas para carregamento – AC e AC/DC

Em AC

Em AC e DC
Formação e Consultadoria

RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos


• Tomadas e conetores (722.55)
– Podem ainda ser usadas as tomadas de corrente estipulada não
superior a 16 A, que satisfaçam à NP 1260.

– As tomadas devem ser instaladas tão próximas quanto possível do local


de estacionamento dos VE a serem alimentados.
– Cada tomada ou cada conector deve alimentar um único VE.
– Nos modos de carga 3 e 4 deve existir um sistema elétrico ou mecânico
que impeça a inserção ou a remoção da ficha, exceto se a tomada ou o
conetor de VE tiverem sido desligados da fonte de alimentação.
– O bordo inferior das tomadas deve estar colocado a uma distância do
pavimento acabado entre 0,5 m e 1,5 m.
Formação e Consultadoria

140
RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos
• Modo de carga 1 (EN 61851-1)
– Ligação do VE à instalação de alimentação em corrente alternada por
meio de tomadas normalizadas de corrente estipulada não superior a
16 A e de tensão estipulada não superior a 250 V, em circuitos
monofásicos, ou a 480 V, em circuitos trifásicos.
O circuito de alimentação é constituído por condutores de fase, neutro
e de proteção.

Formação e Consultadoria

RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos


• Modo de carga 2 (EN 61851-1)
– Ligação do VE à instalação de alimentação em corrente alternada por
meio de tomadas normalizadas de corrente estipulada não superior a
32 A e de tensão estipulada não superior a 250 V, em circuitos
monofásicos, ou a 480 V, em circuitos trifásicos. O circuito de
alimentação é constituído por condutores de fase, neutro e de
proteção com uma função piloto, e com um sistema de proteção das
pessoas contra os choques elétricos por meio de um dispositivo
diferencial (DR) localizado entre o VE e a ficha ou na caixa de controlo
integrada no cabo.

Formação e Consultadoria

141
RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos
• Modo de carga 3 (EN 61851-1)
– Ligação direta do VE à instalação de alimentação em corrente
alternada por meio de um SAVE dedicado, onde a função piloto se
estende aos aparelhos de controlo localizados no interior do SAVE,
que são permanentemente alimentados pela instalação.

Formação e Consultadoria

RTIEBT – Secção 722, alimentação de veículos elétricos


• Modo de carga 4 (EN 61851-1)
– Ligação do VE à instalação de alimentação em corrente alternada por
meio de um carregador externo onde a função piloto se estende aos
aparelhos ligados em permanência à instalação.

Formação e Consultadoria

142
Modos de carregamento de VE
Sistema de alimentação de veículos elétricos, SAVE
• Conjunto constituído pelo cabo de carga (com condutores de fase, neutro,
de proteção e piloto), pelos conetores dos VE, fichas, acessórios,
dispositivos, tomadas ou aparelhos especificamente instalados com o
objetivo de fornecer energia a um VE a partir da instalação elétrica de
alimentação, permitindo, se necessário, a comunicação entre eles.

Formação e Consultadoria 28
5

Carregador doméstico com controlo no cabo de alimentação


Carregador AC com controlo e proteção diferencial no cabo de alimentação

Formação e Consultadoria

143
Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Tensão nominal Corrente estipulada do disjuntor Potência


(V) (A) (VA)
10 2300
16 3680
20 4600
230 V
25 5750
32 7360
40 9200
16 11 085
20 13 856
25 17 321
230/400 V 32 22 170
40 27 713
50 34 641
63 43 648

NB: o escalão mínimo será sempre de 4600 VA (20 A em 230 V)

Formação e Consultadoria 28
7

Tomadas para Veículos Elétricos (GTIEAl VE)

Formação e Consultadoria 28
8

144
Alimentação de instalações de carregamento de VE
Resumo dos esquemas tipo das instalações de carregamento
Acesso Local Estacionamento Exemplo de aplicação Figura
Domínio Público Público Via pública ou equiparada (veja-se 3.1.1, alínea a1) 6

Público Centros Comerciais, hotéis, Parques de estacionamento com acesso público


Domínio Privado 6e7
empresas, restaurantes, etc. (veja-se 3.1.1, alínea a2) 6 e 7

Alimentação a partir de uma instalação individual


Sem box 8
Edifícios Unifamiliares (vivendas) (veja-se 3.1.1, alínea b1.1)
(a)
Alimentação a partir de uma instalação individual (veja-
Com box 9
se 3.1.1, alínea b1.2)

Alimentação a partir da fração de que faz parte (veja-


10
Uso se 3.1.1, alínea b2.1)
Exclusivo Alimentação a partir do QC/CC
Com box 11
(veja-se 3.1.1, alínea b2.2)
(b)
Edifícios Multifamiliares
Privativo Alimentação a partir do QSC
12
(veja-se 3.1.1, alínea b2.3)

Alimentação a partir do QSC


Sem box 13
(veja-se 3.1.1, alínea b2.4)

Centros Comerciais, hotéis, Parques de estacionamento com acesso privativo (veja-


14 e 15
empresas, restaurantes, etc. se 3.1.1, alínea c2.2)
Com zona dedicada
Uso Alimentação a partir do QC
para o carregamento 16 / 17
Partilhado (veja-se 3.1.1, alínea c1)
(c) de VE
Edifícios Multifamiliares
Alimentação a partir do QSC
18 / 19
(veja-se 3.1.1, alínea c2.1)
(a) Aplicável também a outro tipo de edifícios, não dotados de instalações coletivas e com posto de carregamento acessível a um único utilizador.
(b) Aplicável também a outro tipo de edifícios, dotados de instalações coletivas e com posto de carregamento acessível a um único utilizador.
(c) Aplicável também a outro tipo de edifícios, não dotados de instalações coletivas e com postos de carregamento acessíveis a mais aue um utilizador.

Formação e Consultadoria 28
9

Alimentação Privativa de Veículos Elétricos


Soluções possíveis
Tipo de a) b) c) d) e)
Acesso Utilização
estacionamento PC
PC CD CD PC
Domínio
Público … … fig. 6 … …
Público
Acesso
Centros comerciais,
Público Domínio
hotéis, empresas, … fig. 7 fig. 6 e 7 … …
Privado
restaurantes, etc.
Tipos de locais

Edifícios Unifamiliares
fig. 9 fig. 8 fig. 8 e 9 fig. 9 fig. 8
(vivendas)
Uso
Exclusivo fig. 10, 11 (*)
fig. 10, 11, 12
Edifícios Multifamiliares fig. 13 fig. 10 e 11 …
e 12 e 13(*)
Acesso
Privativo Centros comerciais,
(*) (*) (*)
hotéis, empresas, … fig. 15 fig. 14 e 15 … fig. 15
Uso
restaurantes, etc.
Partilhado (*)
fig. 16, 17 ,
Edifícios Multifamiliares … fig. 17(*) e 19(*) (*)
… …
18 e 19
Legenda:

(a) Tomada (com dispositivo de corte instalado no quadro local - veja-se a secção 3.1.3)
(b) Tomada (com dispositivo de corte instalado na proximiade imediata - veja-se a secção 3.1.6)
(c) Posto de carregamento
(d) Caixa de derivação (para futura ligação de um posto de carregamento ou de uma tomada com o dispositivo de corte instalado no quadro
local - veja-se a secção 3.1.6)
(d) Caixa de derivação (para futura ligação de um posto de carregamento ou de uma tomada com o dispositivo de corte instalado no quadro
local - veja-se a secção 3.1.6)
(*) No caso de não existir sistema de autenticação do utilizador, recomenda-se que o acesso à tomada, ou PC seja controlado, por forma
aevitar utilizações indevidas.

Nota: para as soluções a) e b) não devem ser utilizadas tomadas do tipo 2, uma vez que nestas situações, apenas é possível o carregamento
de VE nos modos 1 e 2. Para qualquer uma destas soluções deve ser colocado aviso, junto da tomada com a indicação:
DESLIGAR O INTERRUPTOR ANTES DE RETIRAR A FICHA

No modo de carga 3 deve ser utilizada tomada do tipo 2, integrada num posto de carregamento (PC), para permitir o controlo de carga entre
o PC e o VE.

Formação e Consultadoria 29
0

145
Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Formação e Consultadoria 29
1

Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Formação e Consultadoria 29
2

146
Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Formação e Consultadoria 29
3

Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Formação e Consultadoria 29
4

147
Alimentação Privativa de Veículos Elétricos

Formação e Consultadoria 29
5

Alimentação de instalações de carregamento de VE


• Parques de estacionamento públicos

• Em regra deverão ser em zonas dedicadas


• As instalações sem interferência com outas instalações
• Número mínimo de lugares calculados pela expressão:

Em que:
N = 0,8 + 0,2 x n N – N.º de pontos de carregamento
n – n.º de lugares de estacionamento

• A potência de dimensionamento mínima será:

Em que:
N – N.º de pontos de carregamento
3,68 – potência de 3680 VA (230 V x 16 A)
Fator de simultaneidade = 1

Nota: se os postos forem de carregamento rápido aplica-se


a potência do carregador em vez de 3,68 kVA.

Formação e Consultadoria 29
6

148
Alimentação de VE em edifício multifamiliar - Exemplo
- Edifício de dois blocos geminados, duas entradas independentes, mas
cave de aparcamento comum;
- Composto por 6 frações cada edifício.

C.C. C.C.

C.C. C.C.

C.C. C.C.

Q.C. Q.C.
Q.S.C. Q.S.C.

Ramal 2 Ramal 1

P
P

Formação e Consultadoria

Alimentação de VE em edifício multifamiliar - Exemplo


1. Número de pontos de carregamento (N) a prever para
alimentar VE?
- Nº total de frações – 12
- Nº lugares de estacionamento – 12
- Potência mínima de 3,68 kVA por Ponto de Carregamento
Em que:
N = 0,8 + 0,2 x n N – N.º de pontos de carregamento
n – n.º de lugares de estacionamento

N = 0,8 + 0,2 x 12 = 3,2 -> 4 PC

2. Potência mínima a alocar ao carregamento de VE?

P = Pmin. x N = 3,68 x 4 = 14,72 kW -> 17,25 kVA

Formação e Consultadoria

149
Alimentação de VE em edifício multifamiliar - Exemplo
3. Instalação de carregamento alimentada por onde?
- A opção por ramal independente de alimentação a um quadro na cave.

C.C. C.C.

C.C. C.C.

C.C. C.C.

Q.C. Q.C.
Q.S.C. Q.S.C.

Ramal 2 Ramal 1

P P
P

Q.Cave
Ramal 3

Formação e Consultadoria

Alimentação Privativa de Veículos Elétricos


Seleção dos equipamentos em função das condições de influência externa em
parques de estacionamento interiores de edifícios dotados de instalações coletivas
Classe das influências Características
Influências externas Código
externas dos equipamentos
(1)
Presença de água Gotas de água AD2 IPX1 ou IPX2
Presença de corpos sólidos Objetos muito pequenos (≤ 1
AE3 IPX4
estranhos mm)
(2)
Impactos : (3) (4)
Fortes AG3 IK08 ou IK10
Entre 0,9 e 2,0 m
Acima de 2,0 m Médios AG2 IK07
Natureza dos produtos (5) Ver secções 422 e 482-2
Riscos de incêndio BE2
tratados ou armazenados das RTIEBT
(1) - IPX1 - gotas de água (ciondensação); IPX2 - vapor de água.
(2) - Este limite pode ser modificado em função das exigências da regulamentação específica aplicável a
cada tipo de utilização dos edifícios.
(3) -Para equipamentos colocados no interior de uma box, a classificação de influência externas contra os
impactos não deve ser inferior a AG2 (IK07).
(4) - IK08, quando existir uma proteção complementar exterior ao equipamento, que impeça um eventual
impacto de veículo e IK10 quando não existir essa proteção.
(5) - A classificação BE2 é dada a título indicativo. São definidas na regulamentação aplicável aos diferentes
tipos de utilização dos edifícios (por exemplo, a regulamentação de segurança contra incêndios, as
RTIEBT:2006/Estabelecimentos recebendo público, etc.) quais são os locais que apresentam riscos de
incêndio. .
Formação e Consultadoria 300

150
Alimentação Privativa de Veículos Elétricos
Seleção dos equipamentos em função das condições de influência externa em
instalações de carregamento de VE no exterior
Características
Classe das influências
Influências externas Código mínimas
externas
dos equipamentos
Veja-se a secção 51
o o
Temperatura ambiente Entre -25 C e + 40 C AA3+AA4 quadro 51A(AA) das
RTIEBT
Projeção de água
(para os equipamemtos
AD4 IPX4
localizados a uma altura do solo
não superior a 2,5 m)
Presença de água
Jatos de água AD5 IPX5
Jatos de água fortes ou massas
AD6 IPX6
de água
Imersão temporária AD7 IPX7
Presença de corpos sólidos Objetos muito pequenos
AE3 IPX4
estranhos (≤ 1 mm)
Veja-se a secção 51
Corrosão, poluição Atmosférica AF2 quadro 51A(AF) das
RTIEBT
(2)
Impactos : (3) (4)
Fortes AG3 IK08 ou IK10
Entre 0 m e 2,5 m
(1) - Este limite pode ser modificado em função das exigências da regulamentação específica aplicável a
cada tipo de utilização dos edifícios.

(2) - Em edifícios de habitação unifamiliar, para os pontos de de conexão de VE localizados no exterior, a


classificação quanto aos impactos pode ser inferior à indicada, desde que os códigos AG não sejam
inferiores aos mencionados no quadro 3.

(3) - IK08, quando existir uma proteção complementar exterior ao equipamento, que impeça um eventual
impacto de veículo e IK10 quando não existir essa proteção.

Formação e Consultadoria 301

Alimentação de instalações de carregamento de VE

Formação e Consultadoria 302

151
INSTALAÇÕES DE SEGURANÇA

Formação e Consultadoria Formação e Consultadoria 303

RTIEBT - Regras Complementares

• Regras não alteradas pelas Partes 1 a 7


– Que não existem, quer no CENELEC, quer na CEI 60 364

• Outras Regras
– Estabelecidas em Reg. Seg. Proteção c/ Incêndios e outras disposições
legais e/ou Normativas

• Estrutura das regras complementares ( Secções )


– Secção 801 - Condições de estabelecimento das instalações consoante a
utilização do local
– Secção 802 - Instalações elétricas AT alimentadas a partir de instalações BT

– Secção 803 – Instalações Coletivas e Entradas

Formação e Consultadoria 304

152
RTIEBT - Regras Complementares
Secção 801 - Condições de estabelecimento das instalações consoante
a utilização do local (Estrutura)
Secção 801.0 - Definições
Secção 801.1 - Generalidades
Secção 801.2 - Estabelecimentos recebendo público
Secção 801.3 - Estabelecimentos industriais
Secção 801.4 - Locais afectos a serviços técnicos
Secção 801.5 - Locais de habitação
Secção 801.6 - Instalações diversas

Anexo I - Exemplos de substâncias sólidas, líquidas ou gasosas (Riscos de


explosão)
Anexo II - Volume afeto ao doente nos locais de uso médico
Anexo III - Medidas de proteção contra os choques elétricos nos locais de uso
médico
Anexo IV - Guia para a seleção das medidas de proteção nos locais de uso
médico com riscos particulares
Anexo V - Zonas de risco nas salas de operações e nas salas de anestesia
Anexo VI - Alimentações de socorro e de segurança médica nos locais de uso
médico
Anexo VII - Dispositivo de medição da corrente de contacto nos locais de uso médico

Formação e Consultadoria 305

RTIEBT - Definições

Estabelecimentos recebendo público (Ref.801.2)

• Edifícios de tipo administrativo


• Edifícios escolares (e similares)

• Edifícios do tipo hospitalar (e similares)

• Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares

• Estabelecimentos comerciais

• Recintos de espectáculos e divertimentos públicos

• Parques de estacionamento cobertos

• Estabelecimentos de Culto

Formação e Consultadoria 306

153
RTIEBT - Definições

Estabelecimentos industriais (Ref. 801.3)


• Oficinas
• Fábricas
• Laboratórios industriais
• Locais de pintura ou de trabalhos semelhantes
• Salas de electrólise ou de galvanostegia
• Instalações de manuseamento de combustíveis líquidos ou
gasosos
• Locais de manutenção e de verificação de veículos motorizados
• Hangares para aeronaves

Locais afetos a serviços técnicos (Ref. 801.4)


• Locais afetos a serviços elétricos
• Centrais de aquecimento ou ar condicionado

Formação e Consultadoria 307

RTIEBT - Definições
Locais de habitação (Ref.801.5)
• Edifícios de altura inferior a 28 m
– Sem regras específicas

• Edifícios de altura superior a 28 m (Ref.801.5.12)


– A instalação da iluminação de segurança dos caminhos de evacuação;
– A instalação de ventilação mecânica para desenfumagem dos caminhos de evacuação;
– A instalação de alerta do encarregado de segurança e de alarme dos residentes, em caso de incêndio;
– Nos caminhos de evacuação devem ser instalados aparelhos de iluminação de segurança por forma
a facilitar a evacuação das pessoas e a intervenção dos bombeiros. Esses aparelhos de iluminação
devem entrar automaticamente em serviço em caso de interrupção da alimentação normal do edifício;
– Os aparelhos da iluminação de segurança podem ser do tipo blocos autónomos ou serem alimentados
por uma fonte central de segurança.

Instalações diversas (Ref.801.6)


• Equipamento de aquecimento elétrico
– Cabos de aquecimento
– Convetores
– Termoventiladores
• Aparelhos de elevação e de movimentação de cargas
– DL 378/93 de 05/11 e DL 139/95 de 14/07
Formação e Consultadoria 308

154
Características Gerais das Instalações

SERVIÇOS DE SEGURANÇA (Ref. 351)

Como fontes de serviços segurança podem ser utilizadas:


• Baterias de acumuladores;
• Pilhas;
• Geradores independentes da alimentação normal;
• Alimentações distintas a partir da rede de distribuição efetivamente
independentes da alimentação normal

Formação e Consultadoria 309

Características Gerais das Instalações

SERVIÇOS DE SEGURANÇA (Ref. 352)

• A alimentação não automática ou automática.

• A alimentação automática classifica-se em:


• Sem interrupção de fornecimento
• Com interrupção de fornecimento
• Muito curta: t  0,15 s
• Curta: t  0,5 s
• Média: t  15 s
• Longa: t  15 s

• Nota: Aos estabelecimentos recebendo público aplica-se também a regulamentação de segurança


específica em vigor.

Formação e Consultadoria 310

155
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Acessibilidade e manuseamento de Quadros (Ref. 801.2.1.1.8)

• Quadros e os dispositivos de seccionamento*, comando e


proteção** dos circuitos devem ser inacessíveis ao público

qualificadas (BA5)

* Só podem ser manobrados ou


por pessoas

instruídas (BA4), devidamente autorizadas

** Na proteção de pessoas contra contactos indiretos só aparelhos


diferenciais, que também protegem contra incêndio por defeito de isolamento

Formação e Consultadoria 311

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Corte de emergência (Ref. 801.2.1.1.12)

• Devem ser previstos dispositivos que (em caso de necessidade)


permitam colocar a instalação elétrica do edifício fora de tensão e:
– Ser distintos para:
• a interrupção da instalação normal
• a interrupção da instalação de segurança
• a interrupção das eventuais instalações de socorro
– Ficar inacessíveis ao público
– Ser facilmente acessíveis a partir da via pública

Formação e Consultadoria 312

156
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Instalações de segurança (Ref. 801.2.1.2)


Devem ser ligadas ou mantidas em serviço para garantir ou para facilitar a
evacuação do público em caso de emergência.

• Canalizações (Ref. 801.2.1.2.2)


- Devem ser resistentes ao fogo* e os dispositivos de derivação e os de
junção (incluindo os seus invólucros) devem satisfazer ao ensaio do fio
incandescente**
Para T= 960 C e para um tempo de extinção das chamas, após retirada
do fio incandescente, t  5s;

* EN 50200 e IEC 60331.


Estas condições não são exigidas para as canalizações instaladas em galerias,
ductos, caleiras ou ocos da construção, dispostos ou protegidos de forma a que as
canalizações possam garantir o seu serviço em caso de incêndio para t  1 h;

** EN 60695-2-1

Formação e Consultadoria 313

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Instalações de segurança

• Canalizações ( cont.)
– Devem ser distintas das canalizações das restantes instalações;
– Não devem atravessar locais com risco de incêndio (BE2).
• Excepto as destinadas à alimentação dos equipamentos instalados nesses
locais

• Circuitos finais (Ref. 801.2.1.2.3)


– Cada circuito final deve ser dotado de dispositivos de proteção*
• contra as sobrecargas,
• contra os curto-circuitos
• contra os contactos indiretos

* De forma a que qualquer incidente elétrico que o afete não perturbe o funcionamento dos
outros circuitos de segurança alimentados pela mesma fonte

Formação e Consultadoria 314

157
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Instalações de segurança

• Proteção contra os contactos indiretos (Ref. 801.2.1.2.4)

– Quando for necessário adotar medidas de proteção contra os contactos


indiretos por corte automático da alimentação, devem ser selecionadas as
medidas que, não obriguem o corte dos circuitos ao primeiro defeito de
isolamento.
– Na prática, pode ser adotada uma das soluções seguintes:
» Utilização de equipamentos da classe II ou dotados de isolamento equivalente
» Utilização do esquema IT

Nota: não aplicável a instalações alimentadas a MBTS (TRS)

Formação e Consultadoria 315

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Instalações de segurança

• Em edifícios de altura superior a 28 m* (Ref. 801.2.1.2.5)

– Nestes edifícios, estas instalações, devem ser alimentadas por uma fonte central de
segurança (gerador ou bateria de acumuladores)
• Independentemente do número de pessoas que no mesmo possam permanecer ou circular

* Diferença entre a cota do último piso coberto suscetível de ocupação e a cota do solo exterior

Nota : Os últimos pisos cobertos não são tidos em conta se forem exclusivamente destinados a alojar instalações
e equipamentos que apenas impliquem a presença de pessoas para fins de manutenção e de reparação

Formação e Consultadoria 316

158
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Locais acessíveis ao público e caminhos de evacuação


(Ref. 801.2.1.3)

• Canalizações
– Só podem ser utilizadas canalizações fixas
– Admitidas canalizações móveis para alimentar aparelhos amovíveis
• Com comprimento tão reduzido quanto possível
• Aparelhagem e aparelhos fixos
– Permitida a colocação de outros quadros não destinados a aplicações
específicas desde que satisfaçam a uma das condições seguintes:
• P ≤ 40 kVA - protegidos por invólucro que satisfaça ao ensaio do fio
incandescente (T = 750 ºC e t = 5 s);
• 40 < P ≤ 100 kVA - protegidos por meio de um invólucro metálico;
• P  100 kVA, deste que:
- sejam protegidos por um armário cujas paredes e portas sejam em materiais
da classe de reação ao fogo M0 (com exceção do vidro);
- ou sejam embebidos na alvenaria em nichos dotados de portas da classe de
resistência ao fogo PC30 e ventilados, quando tal for tecnicamente necessário
através de grelhas do tipo “labirinto”.

Formação e Consultadoria 317

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Locais acessíveis ao público e caminhos de evacuação

• Aparelhagem e aparelhos fixos (Continuação)


– Aparelhagem e aparelhos de utilização fixos diretamente sobre materiais da
classe de reação ao fogo não inferior a M2.
– Dispositivos de comando e de proteção podem não ser colocados em quadros
desde que possuam um invólucro que:
• Satisfaz ao ensaio do fio incandescente ou
• For embebido em elementos da construção da classe de reação ao fogo
não inferior a M2
– Não é permitida a utilização:
• De “suportes ladrão” ou de fichas múltiplas
• De interruptores, de disjuntores, de condensadores e de transformadores
que contenham dielétricos suscetíveis de emitirem vapores inflamáveis ou
tóxicos

Formação e Consultadoria 318

159
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Locais não acessíveis ao público (Ref. 801.2.1.4)

• Generalidades (Ref. 801.2.1.4.1)


– Instalações elétricas, em regra, integralmente estabelecidas no
interior desses locais.

• Afetos a serviços elétricos (Ref. 801.2.1.4.2)


– Reservados apenas a pessoas incumbidas da manutenção e da
vigilância dos equipamentos instalados nesses locais (pessoas
qualificadas (BA5) ou a instruídas (BA4)).
– Dotados de meios adequados de extinção de incêndios.
– Devem ter iluminação de segurança, de comando manual (local),
constituída por blocos autónomos.

Formação e Consultadoria 319

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Iluminação (Ref. 801.2.1.5)
• Os estabelecimentos, a funcionar em períodos em que a iluminação
natural possa ser insuficiente devem ser dotados de iluminação artificial,
eléctrica, constituída por:
– Iluminação normal;
– Iluminação de segurança;
– Iluminação de socorro (eventual)

• Locais acessíveis ao público e caminhos de evacuação devem ser


suficientemente iluminados

• Os aparelhos de iluminação instalados nas zonas de circulação não


devem constituir um obstáculo à circulação
• Parte inferior a uma altura h  2,25 m acima do piso;
• Não fiquem salientes na zona livre de passagem, quando instalados a uma altura h
 2,25 m

• As partes constituintes dos aparelhos da iluminação normal e de


segurança devem satisfazer ao ensaio do fio incandescente (T = 850 ºC e
t  5s)

Formação e Consultadoria 320

160
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Iluminação normal (Ref.801.2.1.5.2)

• A iluminação normal nos locais da 1ª, da 2ª, da 3ª ou da 4ª categorias deve


ser concebida por forma a que a avaria de um foco luminoso ou do respetivo
circuito não deixe esses locais sem iluminação normal.

• Quando a proteção contra contactos indiretos for garantida por dispositivos


diferenciais, não é permitida a utilização de um único dispositivo para a
totalidade dos circuitos.

• Os dispositivos de comando, devem ser inacessíveis ao público, sendo


dispensável nos locais que não sejam em condições normais, utilizados,
simultaneamente, por mais de dez pessoas (de Público).

• Os circuitos de iluminação não devem atravessar locais com risco de incêndio


(BE2).

Formação e Consultadoria 321

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Iluminação de Segurança (801.2.1.5.3)

• A iluminação de segurança inclui :

a) iluminação de circulação (evacuação);

b) iluminação de ambiente (anti-pânico).

• A iluminação de circulação é obrigatória:

a) nos locais onde possam permanecer mais do que 50 pessoas;


b) nos corredores e nos caminhos de evacuação.
Com a distância entre aparelhos de iluminação consecutivos não superior a 15 m.

Formação e Consultadoria 322

161
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns
Iluminação de Segurança (Cont.)

• A iluminação de ambiente é obrigatória para os locais onde possam permanecer


mais do que:
a) 100 pessoas, acima do solo (r/c e pisos superiores);
b) 50 pessoas, no subsolo.

• A iluminação de ambiente, que deve ser o mais uniforme possível sobre toda a superfície do
local, deve garantir, por cada metro quadrado dessa superfície, um fluxo luminoso não
inferior a 5 lm , permitindo uma boa visibilidade
– Para este efeito, deve ser verificada a condição: e  4h em que:
e é a distância entre dois aparelhos de iluminação consecutivos;
h é a altura de colocação dos aparelhos de iluminação

• Não deve ser garantida por lâmpadas de descarga, que necessitem de um tempo superior a
15 s para o seu arranque (ou re-arranque).

• Quando utilizados “blocos autónomos” o seu fluxo luminoso estipulado não deve ser inferior a
60 lm.

Formação e Consultadoria 323

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Iluminação de Segurança – Fontes de alimentação
(Ref. 801.2.1.5.3.2 e 801.2.1.5.3.2.3)

• Fontes centrais de segurança (baterias de acumuladores e grupos


geradores)
• Devem ser dimensionadas para alimentar todas as lâmpadas nas
condições mais desfavoráveis, susceptíveis de ocorrerem em
exploração, durante o tempo necessário à saída ou à evacuação
do público, com t  1 h.
• Devem poder alimentar também o equipamento e instalações
fundamentais à segurança de pessoas (sistemas de detecção,
alarme e extinção de incêndios, bombas de água, sinalização
relativa à segurança, telecomunicações, equipamento de
desenfumagem e instalações de envio de elevadores para o r/c).
• Podem também ser utilizadas como fontes de socorro, quando
essas fontes e os equipamentos de segurança tiverem fiabilidade
elevada.

• Blocos autónomos

Formação e Consultadoria 324

162
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns
Iluminação de Segurança (Cont.)
Quadro de segurança
Este deve ter:
a) Um dispositivo que permita, com uma única manobra, comutar do estado de
“repouso” para o estado de “vigilância”; *
b) Uma lâmpada que ilumine o quadro de segurança e que seja alimentada
diretamente pela fonte central;
c) Os dispositivos de proteção contra as sobreintensidades na origem de cada
um dos circuitos finais;
d) Um amperímetro, que permita medir, em permanência, a corrente debitada
pela fonte;
e) Um voltímetro, que permita medir a tensão da instalação;
f) Os eventuais dispositivos de proteção contra os contactos indiretos;
g) Os dispositivos que permitam a comutação “automática/manual” da
iluminação de segurança (passagem do estado de “vigilância” ao estado de
”funcionamento”)
h) Os outros (eventuais) equipamentos de segurança e os seus comandos
locais.
* Enquanto o estabelecimento estiver franqueado ao público.
Formação e Consultadoria 325

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Iluminação de segurança (Cont.)

– A iluminação de segurança é classificada nos quatro tipos


seguintes:

• Tipo A - Fonte central: grupo gerador ou bateria de


acumuladores

• Tipo B - Fonte central ou blocos autónomos

• Tipo C - Fonte central ou blocos autónomos

• Tipo D - Lanternas portáteis a pilhas e baterias de


acumuladores

Formação e Consultadoria 326

163
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns
Iluminação de segurança do tipo A (Ref. 801.2.1.5.3.4.1)
Alimentada por uma fonte central

Devem ser alimentadas em permanência (lâmpadas acesas), enquanto o


estabelecimento estiver franqueado ao público.

A potência absorvida deve ser totalmente fornecida a partir da fonte de


segurança.

Se a fonte for uma bateria central, esta deve ter circuitos de carga e de
descarga independentes.
A carga deve ser efetuada apenas nos períodos de ausência do público.

Se a fonte de segurança for um grupo gerador este deve fornecer a energia


necessária à iluminação de segurança.

Bateria de
acumuladores
Grupo Gerador
Formação e Consultadoria 327

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Iluminação de segurança do tipo B (Ref. 801.2.1.5.3.4)
1 – Alimentada por fonte central ou blocos autónomos

As lâmpadas da iluminação de segurança devem ser alimentadas em


permanência (lâmpadas acesas) enquanto o estabelecimento estiver
franqueado ao público.
A potência absorvida deve, no estado de “vigilância”, ser totalmente fornecida a
partir da fonte de alimentação da iluminação normal.

Se a fonte for uma bateria central, as lâmpadas da iluminação devem estar


permanentemente ligadas devendo esta permanecer em carga no estado de
“vigilância”.

Notas: - a autonomia deve ser superior a 1 hora.


- deve incluir um dispositivo de carga e de regulação automática (80% Carga – t  12
horas)

Bloco autónomo Kit de emergência


UPS
Formação e Consultadoria 328

164
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns
Iluminação de segurança do tipo B (Ref. 801.2.1.5.3.4.2) – Cont.

2 – Alimentada por grupo gerador

Se a fonte for um grupo gerador, este deve estar durante o estado de


“vigilância”, numa situação que lhe permita garantir a alimentação da
iluminação para t  1 s)
• Neste caso as lâmpadas de iluminação de segurança devem ser
ligadas em permanência a uma máquina síncrona que funcione como
motor no estado de “vigilância” e como gerador no estado de
“funcionamento” (conhecidas, vulgarmente, por “UPS” dinâmicas);
• Ou ligadas a um circuito alimentado, no estado de “vigilância”, pela
fonte normal, com transferência dessa alimentação para o grupo
gerador em caso de falha da fonte normal.

Grupo Gerador

Formação e Consultadoria 329

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Iluminação de segurança do tipo C (Ref. 801.2.1.5.3.4.3)

Pode ser alimentada por:

 Bateria de acumuladores ou grupo gerador* acionado por motor de


combustão
* Sendo grupo gerador deve garantir que a alimentação da
iluminação de segurança se faça num tempo t  15 s e devem
ser utilizados vários pontos de deteção da falha da alimentação
normal

No estado de “vigilância” da iluminação de segurança as lâmpadas podem:


- Não estar alimentadas por qualquer fonte (desligadas);
- Estar alimentadas pela fonte da iluminação normal;
- Estar alimentadas pela fonte da iluminação segurança

 Blocos autónomos.

Formação e Consultadoria 330

165
Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Iluminação de segurança do tipo D (Ref. 801.2.1.5.3.4.4)

• Pode ser constituída por lanternas portáteis, alimentadas por pilhas ou


por baterias de acumuladores, colocadas à disposição do pessoal
responsável pela segurança do estabelecimento.

Lanterna portátil

Formação e Consultadoria 331

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns

Classificação em função da lotação (Ref. 801.2.0)

Categoria Lotação (N)


1ª N > 1000
2ª 500 < N ≤ 1000
3ª 200 < N ≤ 500
4ª 50 < N ≤ 200
5ª N ≤ 50

N – nº de pessoas (público e pessoal afecto ao estabelecimento)


Nota: Um estabelecimento com vários edifícios ou um edifício com vários estabelecimentos são
considerados como um único, para efeito de cálculo da lotação

332
Formação e Consultadoria

166
Estabelecimentos recebendo público: Índices de ocupação
Estabelecimentos do tipo Índice de Locais em edifícios do tipo Índice de
comercial ocupação hospitalar ocupação
(pessoas/m2) (pessoas/m2)
a) Lojas(1): Zonas de espera de exames e de 1
Localizadas no r/c 2 consultas

Localizadas no subsolo ou no 1 Zonas de diagnóstico e de 0,2


1º andar terapêutica

Localizadas no 2º andar 0,5 Zonas de intervenção cirúrgica 0,1

Localizadas no 3º andar ou acima 0,2 Gabinetes de consulta 0,3

b) Centros comerciais: Outros gabinetes 0,1


zonas de circulação 0,2 Salas de escritório 0,2
lojas (2) Salas de reunião sem lugares fixos 0,5
(1) - A área a considerar é a destinada expressamente ao Refeitórios:
público; na falta de elementos concretos, a lotação pode ser
calculada com base num terço da área acessível ao público. - zona de espera 3
(2) - Para as lojas situadas em centros comerciais aplica-se o
indicado na alínea a) excepto, para as lojas com área não - zona de refeições 1
superior a 300 m2, em que o índice de ocupação deve ser de
0,5 pessoas/m2, independentemente do piso em que se situar; Bares (zona de consumo) 2
a área a considerar é a correspondente a um terço da área
acessível ao público.

Locais em estabelecimentos de Índice de ocupação


restauração, turísticos e similares (pessoas/m2)

Salas de refeição, com lugares sentados 1,33(3)


Salas de refeição, com lugares em pé 2
(3) - Corresponde a uma pessoa (lugar) por cada 0,75 m2.

Formação e Consultadoria

Estabelecimentos recebendo público: Índices de ocupação


Locais em edifícios do Índice de ocupação
tipo administrativo (pessoas/m2)
Locais em edifícios Índice de
a) zonas em que exista compartimentação definida: escolares ocupação
(pessoas/m2)
Gabinetes 0,1
Espaços de ensino não 0,7
Salas de escritório 0,2
especializado
Salas de desenho 0,17
Salas de reunião, de estudo 0,5
Salas de reunião sem lugares fixos 0,5 ou de leitura
Bares (zona de consumo) 2 Salas de convívio e refeitórios 1
Refeitórios: Gabinetes 0,1
- zona de espera 3 Secretarias 0,2
- zona de refeições 1 Recintos gimnodesportivos:
Outros locais acessíveis a público 1 - zona de actividades 0,2

b) zonas em que não exista compartimentação - balneários e vestiários 1


definida: Bares (zona de consumo) 2
Todos os locais 0,1

Locais em edifícios escolares Índice de ocupação


(pessoas/m2)
Zonas de acesso a balcões de serviço de refeitórios
Zonas sem lugares sentados, destinadas a espectadores de:
- salas de espectáculos 3
- recintos desportivos
Outras zonas destinadas a ocupantes em pé
Formação e Consultadoria

167
Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo hospitalar

Determinação da lotação Ref. 801.2.4.0.2)

- A lotação deve ser determinada a partir do somatório do número de


ocupantes potenciais de todos os espaços suscetíveis de ocupação nos
edifícios.
- O número de ocupantes a considerar deve, em função do tipo de local, ser:
a) locais com lugares reservados a ocupantes acamados :
Correspondente ao número máximo de lugares que, de acordo com o projeto de
arquitetura, estiverem destinados a ocupantes acamados, acrescido:
1. do efetivo pessoal assistente, com o mínimo de 1 pessoa / 5 lugares;
2. das visitas (quando permitidas), com o mínimo de 2 / lugar.

Formação e Consultadoria 335

Estabelecimentos recebendo público


Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares
(Ref. 801.2.5)

Determinação da lotação:

Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares, a lotação, é


determinada a partir do somatório do nº de potenciais ocupantes e todos os
espaços susceptíveis de ocupação nos edifícios.

Estabelecimentos hoteleiros e dos meios complementares de alojamento


turístico, a lotação, é determinada a partir do nº de pessoas que possam ocupar
os quartos, nas condições normais. Na falta de elementos, considera-se 2
pessoas por quarto. Prevendo-se “camas convertíveis”, estas são consideradas.
Existindo espaços afectos a outras actividades (ex.: salas de congressos, casinos,
piscinas, etc.) a lotação destes locais são adicionadas.

Formação e Consultadoria 336

168
Estabelecimentos recebendo público
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos (Ref.801.2.7)

Classificação dos tipos de locais


A1 Salas de espetáculos

A2 Salas de diversão

A3 Pavilhões desportivos

A4 Recintos itinerantes ou improvisados

A5 Recintos ao ar livre

A6 Locais de circulação

Formação e Consultadoria 337

Estabelecimentos recebendo público


Recintos de espectáulos e divertimentos públicos (Ref.801.2.7)

Determinação da lotação

Determinada pelo número de lugares sentados ou das áreas dos locais


destinados ao público, ou pelo conjunto dos dois parâmetros.

O número de ocupantes a considerar deve ser igual ao produto da área


interior pelo índice de ocupação determinado em função da sua
utilização, de acordo com os critérios seguintes:
a) locais dos tipos A1, A3 e A4:
- zonas reservadas a lugares sentados individualizados:
Nº de lugares;
- zonas reservadas a lugares sentados não individualizados:
2 pessoas/m de banco ou de bancada;
- zonas reservadas a lugares em pé:
3 pessoas/m2 de área ou 5 pessoas/m de frente;

Formação e Consultadoria 338

169
Estabelecimentos recebendo público

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos (Cont.)

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, fechados


Determinação da lotação
b) locais do tipo A2:
4 pessoas/3 m2 de área total do local, deduzida da área
correspondente aos espaços cénicos eventualmente integrados no local
e da área do mobiliário fixo, com exceção das mesas, dos bancos, das
cadeiras e das poltronas;
c) locais do tipo A6:
4 pessoas/m2 de área exclusivamente destinada à estada temporária do
público.
Nos recintos alojados em estruturas insufláveis:
1Pessoa/m2.
Nos recintos polivalentes:
Deve ser considerado a máxima da correspondente à mais desfavorável
das utilizações previstas, com um mínimo de 1 pessoa/m2.

Formação e Consultadoria 339

Estabelecimentos recebendo público


Recintos de espetáculos e divertimentos públicos (Cont.)

Recintos de espectáulos e divertimentos públicos, ao ar livre


Determinação da lotação
1 – Deve ser determinada a partir do nº de lugares sentados ou das áreas dos
locais destinados ao público, ou pelo conjunto dos 2 parâmetros.
2 – O nº de ocupantes a considerar em cada local deve ser igual ao produto
da área pelo índice de ocupação determinado, de acordo com os critérios
seguintes:
. Locais do Tipo A5
- zonas reservadas a lugares sentados individualizados:
nº de lugares;
- zonas reservadas a lugares sentados não individualizados:
2 pessoas/m de banco ou bancada;
- zonas reservadas a lugares de pé:
3 / m2 de área ou 5 / m de frente.

Formação e Consultadoria 340

170
Estabelecimentos recebendo público
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos (Cont.)

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, ao ar livre

Iluminação de segurança

Deve existir iluminação de segurança nos seguintes locais:


a) salas ou recintos de exibição;
b) outros locais acessíveis ao público.

Formação e Consultadoria 341

Estabelecimentos recebendo público


Estabelecimentos de culto (Ref. 801.2.9)
Determinação da lotação
O número de ocupantes a considerar em cada local deve ser igual ao
produto da área interior desse local pelo índice de ocupação determinado,
em função do tipo de estabelecimento, de acordo com os critérios
seguintes:
a) estabelecimentos com lugares sentados:
- zonas reservadas a lugares sentados individualizados:
nº de lugares;
- zonas reservadas a lugares sentados não individualizados:
2 pessoas/m de banco ou de bancada;

b) estabelecimentos com lugares em pé:


- zonas reservadas a lugares em pé:
2 pessoas/m2 de área da zona destinada aos fiéis;

c) estabelecimentos com lugares sentados e em pé:


- para este tipo de estabelecimentos aplicam-se, simultaneamente, as
regras indicadas nas alíneas a) e b).

Formação e Consultadoria 342

171
Estabel. recebendo público: Ilum. de segurança
Categoria
Funções ou Atividades exercidas nos edifícios
1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Edifícios do Tipo Administrativo
C D
Edifícios Escolares
Edifícios do Tipo Hospitalar B B (1)
Empreendimentos Turísticos e Estabelecimentos similares C (2) C
Estabelecimentos comerciais A/B (3) B (4)
D
Recintos de Espetáculos e Divertimentos Públicos
Salas de espetáculos (Local tipo A1) B C
B (5)
Salas de diversão (Local tipo A2) C (6)
Pavilhões desportivos (Local tipo A3) B (7) C
Recintos Itinerantes ou improvisados (Local Tipo A4) C D
Locais ao ar livre (Locais Tipo A5) C C (8)
Locais de circulação (Local Tipo A6) (9)
Parques de Estacionamentos Cobertos (10)
Estabelecimentos de Culto C C/D (11) D

(1) - Para compartimentos com lotação inferior a 100 pessoas a iluminação de segurança pode ser limitada à iluminação de circulação
(2) - Nos estabelecimentos de restauração e bebidas a iluminação de segurança deve ser alimentada por uma fonte central
(3) - Iluminação do Tipo A, constituída por grupo gerado acionado por motor de combustão ou iluminação do Tipo B, constituída por bateria de acumuladores.
(4) - Para compartimentos com lotação inferior a 100 pessoas a iluminação de segurança pode ser limitada à iluminação de circulação
(5) - Com fonte central
(6) - No caso de o estabelecimento ser no subsolo, a iluminação de segurança deve ser do Tipo B
(7) - No caso de piscinas, a iluminação de segurança deve ser do Tipo C
(8) - A iluminação de segurança é limitada à iluminação de circulação
(9) - Para os locais deste tipo a iluminação de segurança a considerar é igual à estabelecida para os locais servidos por este percurso de circulação
Formação e Consultadoria

Estabel. recebendo público: Ilum. de segurança

Categoria
Funções ou Actividades exercidas nos edifícios
1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª
Estabelecimentos industriais (12)
Locais afetos a serviços Técnicos (13)
Locais de habitação (14)
(10) - Para pequenos parques a iluminação de segurança pode ser garantida por blocos autónomos e para os grandes parques essa iluminação tem que
ser garantida por fonte central.
(11) - Para os estabelecimentos situados no subsolo a iluminação de segurança deve ser do tipo C, podendo ser dispensada a iluminação de ambiente.
(12) - Para os estabelecimentos industriais cada edifício onde trabalhem mais de 200 pessoas ou onde haja perigo em consequência da falta repentina de
visibilidade deve ser prevista a iluminação de segurança de circulação, que poderá ser alimentada a partir de fonte central de segurança ou por blocos
autónomos.
(13) - Os locais afectos a serviços técnicos devem ser dotados iluminação de segurança desde que integrados em locais onde a mesma é exigível.
(14) -Os edifícios de habitação com mais de 28 metros de altura devem ser dotados de instalações de segurança que garantam a iluminação dos
percursos comuns de evacuação, o funcionamento da ventilação mecânica para desenfumagem dos caminhos de evacuação e o funcionamento do
sistema de alerta do encarregado de segurança e de alarme dos residentes, em caso de incêndio.

Formação e Consultadoria

172
Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo escolar


Aparelhos de iluminação normal (ref.801.2.3.2)

Os aparelhos de iluminação normal devem, em regra, ser do tipo fixo.

Tomadas em locais destinados a crianças ou a diminuídos


mentais (Ref. 801.2.3.3)

Os circuitos de alimentação das tomadas, devem ser:

a) distintos dos destinados a outros fins;


b) protegidos por dispositivos diferenciais de alta sensibilidade;
c) conservados desligados quando desnecessários.

Recomenda-se que, sempre que possível, as tomadas instaladas em


locais destinados a crianças (menos de dez anos de idade) ou a
diminuídos mentais sejam colocadas a uma altura não inferior a 1,60 m
acima do piso.

Formação e Consultadoria 345

Estabelecimentos recebendo público - Regras Comuns


Iluminação de socorro (Ref. 801.2.1.5.4)
Deve ser prevista iluminação de socorro sempre que se pretenda
colmatar falha da alimentação normal
Esta iluminação deve satisfazer às regras relativas à iluminação normal
definidas para cada estabelecimento recebendo público.
Tomadas (Ref. 801.2.1.6)
Nas zonas onde o público tenha acesso as tomadas a utilizar devem ser:
Do tipo “tomadas com obturadores” se In  16 A
Dotadas de tampa, limitadas às estritamente necessárias às utilizações
previstas se In  16 A

Tomada com obturadores Tomada tipo CEE


(alvéolos protegidos) (IN  16 A)

Formação e Consultadoria 346

173
Estabelecimentos recebendo público
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, fechados
Regras gerais

Quadros e suas alimentações


O quadro de entrada, a sua alimentação e as alimentações a outros quadros,
não devem ficar ou atravessar a caixa do palco nem as cabines de projeção
nem as de enrolamento.

Os Aparelhos de iluminação normal dos locais acessíveis ao público devem


ser distribuídos no mínimo por dois circuitos de fases diferentes e protegidos
individualmente contra contactos indiretos.

Durante os períodos de abertura ao público, apenas deve ser permitido


desligar uma parte da iluminação das zonas de acesso e permanência de
público, excepto as salas e os recintos de exibição, que devem ter a
iluminação que convier ao espetáculo.

Formação e Consultadoria 347

Estabelecimentos recebendo público


Recintos de espetáculos e divertimentos públicos (Cont.)
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, fechados
Regras gerais

Iluminação de segurança

Nestes tipo de recintos deve existir esta iluminação nos locais seguintes:
a) salas ou recintos de exibição;
b) outros locais franqueados ao público;
c) cabines de projeção;
d) postos de segurança;
e) cabine do palco;
f) caixa do palco;
g) corpo de camarins;
h) circulações de acesso aos locais indicados em c) a g).

Formação e Consultadoria 348

174
Estabelecimentos recebendo público
Recintos de espetáculos e divertimentos públicos

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, fechados

Instalação de sinalização de serviço de incêndios

Deve existir uma instalação de sinalização sonora e luminosa ligando entre si


o posto de segurança e os outros postos do serviço de incêndios.

Instalações situadas no interior das salas ou recintos de exibição

Interruptor de segurança
Deve existir um dispositivo de corte que, por comando directo ou à distância,
possibilite o corte da alimentação do quadro da cabina de projecção, do
palco e do ar condicionado.
Este deve estar localizado no posto de segurança.

Formação e Consultadoria 349

Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Ref. 801.2.8)

As Regras Técnicas aplicam-se aos parques de estacionamento


cobertos de área bruta total superior a 200 m2

Para os aspetos técnicos e de segurança relativos a incêndios nestes


parques ver a Regulamentação Específica

Devem ser dotados de iluminação de segurança, que pode ser garantida


por blocos autónomos*.
* Para os grandes parques, a iluminação de segurança deve ser
garantida por fonte central

Consideram-se “grandes parques de estacionamento cobertos” os que


satisfaçam uma das seguintes condições:
• tenham quatro ou mais pisos abaixo ou acima do nível de referência;
• tenham capacidade superior a 400 veículos

Formação e Consultadoria 350

175
Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Cont.)

Iluminação normal
A iluminação normal deve ser tal que em condições normais de
exploração, a visibilidade indispensável à circulação de veículos e de
peões quando a iluminação natural for insuficiente.

A Iluminação média ao nível do piso não deve ser inferior a:


a) 30 lux, nas zonas de estacionamento de veículos;
b) 50 lux, nas zonas de circulação de veículos, nas rampas, nas
passadeiras de circulação de peões e nas escadas.

Rampas de saída e de entrada de veículos deve garantir uma variação


gradual da iluminação entre o interior e o exterior do parque, por forma a
favorecer a adaptação visual das pessoas.

Formação e Consultadoria 351

Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Cont.)

Iluminação de segurança (circulação)

A Iluminação de circulação deve satisfazer às condições seguintes:


a) Os aparelhos de iluminação devem ser instalados ao longo das
passadeiras de circulação de peões e nas saídas dos pisos para as
escadas, com um espaçamento entre aparelhos de iluminação
consecutivos não superior a 15 m; estes aparelhos devem, sempre que
possível, ser instalados aos pares (0,5 m acima do piso e a uma altura não
inferior a 2 m)
b) Os aparelhos de iluminação devem ser instalados também ao longo das
escadas e nas saídas das escadas para o exterior do parque, com um
espaçamento entre aparelhos de iluminação consecutivos não superior a
15 m, sinalizando eventuais mudanças de direção ou obstáculos
existentes

Formação e Consultadoria 352

176
Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Cont.)

Iluminação de segurança (ambiente)

Deve existir iluminação de ambiente, nos locais onde se exerçam


atividades que interessem à segurança dos parques de estacionamento
cobertos com aparelhos de potência adequada às atividades e às
dimensões dos locais, c/ o mínimo de 2 aparelhos por local

Comando da iluminação de segurança

Pode ser feito por meio de dispositivo localizado ou no posto central de


segurança ou na habitação do porteiro, conforme os casos.

Formação e Consultadoria 353

Estabelecimentos recebendo público

Parques de estacionamento cobertos (Cont.)

Locais com risco de incêndio (BE2)

Devem ser considerados como locais com risco de incêndio (BE2).

Locais sujeitos a impactos fortes (AG3)

As instalações elétricas (incluindo os equipamentos) estabelecidas à


vista a menos a 2 m do piso devem satisfazer às condições de
influências externas AG3.

Formação e Consultadoria 354

177
Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo administrativo

Locais com risco de incêndio (BE2) (Ref. 801.2.2.1)


– Devem ser considerados como locais com risco de incêndio*, nomeadamente,
os seguintes:
• a) os locais de arquivo ou de armazenamento de papel;
• b) os locais de reprografia, de impressão, de encadernações, etc.;
• c) os economatos;
• d) os locais de arquivos informáticos.

Aspectos técnicos e de segurança relativos aos incêndios em edifícios do tipo


administrativo, segundo Regulamento Específico.

Salas de reuniões, salas de conferências, com lotação superior a 200 pessoas e


parques de estacionamento cobertos de área bruta total superior a 200 m2
(integrados em edifícios do tipo administrativo) devem cumprir o Regulamento
Específico.

Formação e Consultadoria 355

Estabelecimentos recebendo público

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos

Recintos de espetáculos e divertimentos públicos, fechados

Locais com risco de incêndio (BE2)


Devem ser considerados como risco de incêndio, os locais seguintes:
a) os locais de manutenção, conservação e reparação;
b) as salas, os recintos de exibição ou de ensaio e as outras zonas a que o
público tenha acesso;
c) as cabinas de projeção;
d) a caixa de palco, os camarins e os espaços cénicos;
e) as dependências destinadas a armazenamento ou confeção de cenários ou
a guarda-roupas;
f) locais de arquivo ou reprografia;
g) locais de armazenamento de filmes, de bandas de vídeo, de documentos
gráficos, etc;
h) salas de reuniões para uso profissional e não acessíveis ao público.
Formação e Consultadoria 356

178
Estabelecimentos recebendo público

Empreendimentos turísticos e estabelecimentos similares


Locais com risco de incêndios BE2

Devem ser considerados locais com risco de incêndio, aqueles onde


existam armazenadas matérias facilmente combustíveis, tais como:

a) Os locais de manutenção, conservação e reparação;


b) Os depósitos de lixos;
c) Os locais onde coexistam fontes de calor de elevado potencial calorífico e
materiais facilmente inflamáveis;
d) As cozinhas, as copas e as despensas:
e) As lavandarias;
f) Os depósitos de bagagens;
g) Os locais dos eventuais arquivos informáticos.

Formação e Consultadoria 357

Estabelecimentos recebendo público

Estabelecimentos comerciais

Locais com risco de incêndio (BE2)

Devem ser considerados locais com risco de incêndio, aqueles onde


existam armazenadas matérias facilmente combustíveis, tais como:

a) os locais de armazenamento de materiais de embalagem;

b) os depósitos de lixos;

c) os entrepostos de armazenamento de produtos de abastecimento dos


locais de venda;

d) os locais dos eventuais arquivos informáticos.

Formação e Consultadoria 358

179
Estabelecimentos recebendo público
Estabelecimentos de culto

Locais com risco de incêndio (BE2)

Devem ser considerados com risco de incêndio os seguintes locais:

a) museus;

b) bibliotecas e locais de arquivo ou de armazenamento de papel;

c) locais de reprografia, de impressão, de encadernação, etc.;

d) locais de arquivos informáticos

Formação e Consultadoria 359

Estabelecimentos recebendo público


Edifícios do tipo escolar
Locais com risco de incêndio (BE2) (Ref. 801.2.3.1)

Devem ser considerados como locais com risco de incêndio*,


nomeadamente, os seguintes:

a) os locais de arquivo ou de armazenamento de papel;

b) os locais de reprografia, de impressão, de encadernações, etc.;

c) os economatos;

d) os locais de arquivos informáticos;

e) os armazéns anexos ás salas polivalentes.

* Aspetos técnicos e de segurança relativos aos incêndios em edifícios do tipo escolares,


segundo o Regulamento Específico.

Salas de reuniões, salas de conferências, com lotação superior a 200 pessoas e


parques de estacionamento cobertos de área bruta total superior a 200 m2
(integrados em edifícios do tipo escolar) devem cumprir o Regulamento Específico.

Formação e Consultadoria 360

180
Estabelecimentos recebendo público
Edifícios do tipo hospitalar: Regras Gerais (Ref. 801.2.4.1)
Iluminação de segurança

Deve existir iluminação de segurança nos locais seguintes:

a) Quartos de dormir, dormitórios, enfermarias e dependências análogas;

b) Outros locais franqueados público;

c) Salas de operações, salas de anestesia, salas de cateterismo cardíaco e


outros locais em que a falta de iluminação possa acarretar perigo para a
vida dos doentes;

d) Circulações de acesso aos locais indicados nas alíneas anteriores;

e) Caminhos de evacuação (ou de fuga) para o exterior;

f) Dependências onde existam infra-estruturas técnicas imprescindíveis ao


funcionamento do estabelecimento do tipo hospitalar.

Formação e Consultadoria 361

Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo hospitalar: Regras Gerais

Iluminação de vigília (Ref. 801.2.4.1.2)

Os quartos, os dormitórios, as enfermarias, os corredores de


internamento e as dependências análogas devem ser dotados de
iluminação de vigília, que deve permanecer acesa durante toda a noite,
se aqueles estiverem ocupados.

A iluminação de vigília no interior dos quartos e das enfermarias


deve ter comando local.

A iluminação de vigília pode ser dispensada sempre que a


iluminação de segurança esteja ligada permanentemente durante
os períodos de tempo em que a iluminação natural seja
insuficiente.

Formação e Consultadoria 362

181
Estabelecimentos recebendo público

Edifícios do tipo hospitalar: Regras Gerais


Aparelhos de iluminação normal (ref.801.2.4.1.3)

Os aparelhos de iluminação normal acessíveis aos doentes devem,


em regra, ser do tipo fixo.

Tomadas em locais destinados a crianças ou a diminuídos mentais


(Ref. 801.2.4.1.4)

Os circuitos de alimentação das tomadas, devem ser:

a) distintos dos destinados a outros fins;


b) protegidos por dispositivos diferenciais de alta
sensibilidade;
c) conservados desligados quando desnecessários.

Recomenda-se que, sempre que possível, as tomadas instaladas em


locais destinados a crianças (menos de dez anos de idade) ou a
diminuídos mentais sejam colocadas a uma altura não inferior a 1,60 m
acima do piso.

Formação e Consultadoria 363

Estabelecimentos Industriais

Regras gerais (Ref.801.3.1)


Deve ser prevista iluminação de segurança de circulação onde trabalhem
mais de 200 pessoas

Na determinação do número de pessoas deve considerar-se o que pode


existir, simultaneamente, num edifício, e não na totalidade dos edifícios.
Recomenda-se a existência de iluminação de segurança, independentemente do
número de pessoas, se uma repentina falta de visibilidade dos equipamentos
utilizados num Iocal ou nos postos de trabalho implicar perigo.

Devem ser instalados aparelhos de iluminação de segurança nos caminhos


de evacuação.
Para facilitar a evacuação das pessoas e a intervenção dos bombeiros.
Esses aparelhos de iluminação devem entrar automaticamente em serviço em
caso de interrupção da alimentação normal do edifício.

Formação e Consultadoria 364

182
Estabelecimentos Industriais

Regras gerais (Cont.)

Número e a localização dos aparelhos da iluminação de segurança devem


ser escolhidos tendo em conta as configurações das comunicações
horizontais e verticais e a necessidade de garantir a visibilidade dos
indicativos de segurança nelas existentes.

Aparelhos da iluminação de segurança podem ser do tipo bloco autónomos


ou serem alimentados por uma fonte central de segurança.

Equipamentos elétricos contendo líquidos isolantes inflamáveis é permitida a


utilização, desde que, sejam tomadas medidas adequada para que, em caso
de derrame ou projeção do líquido, este seja escoado e não possa entrar
em contacto com substâncias inflamáveis nem haja perigo para as pessoas
ou para os equipamentos próximos.

Formação e Consultadoria 365

Estabelecimentos Industriais

Locais de pintura ou de trabalhos semelhantes (Ref. 801.3.2)


Devem ser consideradas como zonas 1 de risco de explosão
(BE3) :

a) O interior das cabinas ou de hotes de pintura e respetivas condutas de


saída de ar;
b) O espaço situado a menos de 6 m, medidos na horizontal, de qualquer
ponto onde se efetuem, fora das cabinas ou de hotes, trabalhos de
pintura ou outros semelhantes, excepto se esses trabalhos se limitarem
a pequenos retoques;
c) O espaço situado a menos de 6 m, medidos na horizontal, de tanques
de pintura por imersão e de equipamento acessório;
d) O espaço onde seja provável a formação de concentrações perigosas
de vapores inflamáveis.

Formação e Consultadoria 366

183
Estabelecimentos Industriais
Locais de pintura ou de trabalhos semelhantes (Cont.)

Devem ser consideradas zonas 2 de risco de explosão (BE3):

a) O espaço situado a menos de 6 m, medidos na horizontal, da


face aberta de uma cabina ou de uma hote de pintura;

b) O espaço de um local interior, destinado à pintura fora de


cabinas ou de hotes, situado fora da zona 1;

c) O espaço destinado à secagem da pintura, quando


insuficientemente ventilado.

Formação e Consultadoria 367

Estabelecimentos Industriais
Locais de pintura ou de trabalhos semelhantes (Cont.)

As zonas 1 devem ser iluminadas por meio de aparelhos fixos que satisfaçam
as Normas específicas para atmosferas explosivas ou através de painéis de
vidro ou de outros materiais transparentes ou translúcidos.

Condições de uso de painéis:


a) O painel deve isolar perfeitamente a zona 1 e ser de material
inquebrável ou convenientemente protegido, por forma a que a sua
rotura seja pouco provável;
b) Os aparelhos de iluminação devem ser de tipo fixo;
c) Os aparelhos de iluminação devem ser colocados por forma a que a
temperatura do painel não ultrapasse a temperatura de inflamação
dos detritos combustíveis que nele se possam acumular.

Formação e Consultadoria 368

184
Locais afetos a Serviços Técnicos
Regras gerais
Devem ser selecionados por forma a que o acesso ao exterior seja fácil e, tanto
quanto possível, independente, embora deva ser garantido também o acesso pelo
exterior.

A sua disposição deve ser tal, que um acidente no seu interior não possa causar
obstáculo à evacuação das pessoas ou à prestação de socorros ou originar
situações de perigo.

Na sua construção, deve ser:


a) consideradas as solicitações resultantes do funcionamento dos equipamentos
em condições normais ou anormais previsíveis;
b) empregues materiais incombustíveis;
c) observadas, na parte aplicável, a Regulamentação específica contra
incêndios.

Devem ser dotados de iluminação de segurança, desde que integrados em locais em


que a mesma seja exigível.
Formação e Consultadoria 369

Locais afetos a Serviços Técnicos


Locais afectos a serviços elétricos (Ref. 801.4.2)
Estes locais devem ser :
- Acessíveis apenas a pessoas qualificadas (BA5) ou a pessoas
instruídas (BA4)

- Separados de outros locais acessíveis a pessoas que não sejam


instruídas (não BA4) nem qualificadas (não BA5).

- Utilizados quaisquer dos tipos de canalizações considerados nas


Regras Técnicas.

- Utilizados apenas para o fim a que expressamente se destinam.


Não é permitido o armazenamento, no seu interior, de qualquer material
que não seja necessário à manutenção ou à manobra dos equipamentos
neles instalados.

Formação e Consultadoria 370

185
Locais afetos a Serviços Técnicos

Locais afetos a serviços elétricos (Cont.)

Estes locais não devem ser :


- Atravessados por canalizações estranhas aos mesmos

Nestes locais é permitido :


- O emprego de equipamentos com peças nuas em tensão

- O emprego de qualquer um dos quadros indicados na Norma EN 60439.

Formação e Consultadoria 371

Locais afectos a Serviços Técnicos

Centrais de aquecimento ou de ar condicionado (Ref. 801.4.3)

Deve ser aplicada a seguinte regra :

Junto à porta de entrada, e do lado de fora, destes locais, deve existir um


dispositivo de corte de emergência que desligue os equipamentos que, em
caso de avaria, possam tornar-se perigosos.

Formação e Consultadoria 372

186
Instalações diversas

Instalações de balneoterapia (Ref.801.6.1)

Aplicam-se as seguintes regras :

Instalações individuais – Volumes V0 e V1 das Casas de banho


(Secção 701)

Instalações colectivas – Volumes V0 e V1 das Piscinas


(Secção 702)

Formação e Consultadoria 373

CONCEÇÃO E PROJETO DE
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Formação e Consultadoria Formação e Consultadoria 374

187
Elementos a considerar na
conceção das instalações

Formação e Consultadoria 375

Ramais usados pelo distribuidor

Características
Características de cabos para ramais usados pela distribuidor

Potência máxima a fornecer


Características dos cabos Características do fusível
(kVA)

Tipo de Corrente Corrente


rede Tipo Tipo
admissível estipulada Alimentação Alimentação
(n.º de condutores x de Tamanho
Iz In Monofásica Trifásica
mm2) fusível
(A) (A)

LXS 2 x 16 85 63 P ≤ 14
Aérea LXS 4 x 16 75 63 P ≤ 43
LXS 4 x 25 100 80 P ≤ 55
00
LSVAV 2 x 16 95 80 P ≤ 18
Facas
LSVAV 4 x 16 90 80 P ≤ 55
Subterrânea LSVAV 4 x 35 130 100 P ≤ 69
LSVAV 4 x 95 235 200 P ≤ 138
2
LVAV 3 x 185 + 95 355 315 P ≤ 217

Formação e Consultadoria 376

188
Portinholas

Portinholas em uso na EDP, segundo norma interna, DMA-C62-807/N

Cabos dos ramais Fusíveis


Corrente
Designação Constituição
(A) Derivação Designação Nº Tamanho In (A)

P25 25 Subterrânea LSVAV 2x16 1 10x38 25

Aérea LXS 2x16 50


P50 50 1 14x51
Subterrânea LSVAV 2x16 50
LXS 2x16 Conjunto de 63
suporte e
Aérea LXS 4x16 63
seccionador-
LXS 4x25 fusível 80
P100 100 3 22x58
LSVAV 2x16 80

Subterrânea LSVAV 4x16 80


LSVAV 4x35 100
LSVAV 2x95 200
P400 400 Subterrânea 3 2
LVAV 3x185+95 Bases e 315
Fusíveis
n x LVAV
P1000 1000 Subterrânea 0 -- --
3x185+95

377
Formação e Consultadoria

Potências mínimas e sistema de alimentação a considera em projeto

Potências mínimas

Utilização Número de
Potência mínima Corrente Sistema de
das Compartimentos (kVA) (A) alimentação
instalações (com mais de 4 m ) 2

1 3,45 15

2a6 6,9 30 Monofásico

Habitação Mais de 6 10,35 45

Qualquer número 10,35 15 Monof. ou Trif.

Anexos 3,45 15 Monofásico

Potência P calculada pelo I = P/U Monofásico


Técnico em função da
Outras usos Qualquer número
necessidade previsível
I = P/(U*1,732) Trifásico
do utilizador

Formação e Consultadoria 378

189
Locais de Habitação
Potências de dimensionamento recomendadas

Potências para dimensionamento das entradas


( função do tipo de habitação e da sua tipologia)

Potência tarifária
Tipo de habitação Tipologia recomendada
(kVA)
T1 6,9
T2 10,35

Apartamentos T3 13,80
T4 17,25
T5 duplex 20,70
T4 17,25
Moradias
T5 20,70

379
Formação e Consultadoria

Locais de Habitação
Potências contratáveis e seu Controlo
(conforme Sistema Tarifário)
Alimentação monofásica Alimentação trifásica
Potênci Disjuntor de Disjuntor de
Potência
a Controlo de Controlo de
(kVA)
(kVA) Potência Potência
Intensidade Intensidade
Campo de Campo de
de corrente de corrente
regulação regulação
regulada Ir regulada Ir
(A) (A)
(A) (A)
1,15 5 5 6,90 10
2,30 10 10,35 15
3,45 15 13,80 20 10-15-20-25-30
4,60 20 10-15-20-25-30 17,25 25
5,75 25 20,70 30
6,90 30 20,70 30
6,90 30 27,60 40
30-40-50-60
10,35 45 30-45-60 34,50 50
13,80 60 41,40 60
380
Formação e Consultadoria

190
Instalações e locais de habitação

Tensão limite convencional, UL = 50 V

Adequação dos valores estipulados dos DDR à resistência de terra

Resistência de terra a) I∆n


(Ω) (mA)
R ≤ 100 500
100 ≤ R ≤ 166,6 300
166,6 ≤ R ≤ 500 100
500 ≤ R ≤ 1666,6 30
1666,6 ≤ R ≤ 5000 10
a) – na medida do possível não deve exceder 100 Ω

Formação e Consultadoria 381

Factores de simultaneidade

Nº de Instalações
Fator de simultaneidade
(a jusante)

2a4 1,00
5a9 0,75
10 a 14 0,56
15 a 19 0,48
20 a 24 0,43
25 a 29 0,40
30 a 34 0,38
35 a 39 0,37
40 a 49 0,36
≥ 50 0,34

Formação e Consultadoria 382

191
Características de equipamentos

Formação e Consultadoria 383

Secções mínimas de condutores em instalações

Secção mínima dos condutores


Características dos
Condutores
Natureza das canalizações Utilização do circuito
Secção
Material
(mm2)

Cobre 1,5
Cabos e condutores Potência e iluminação
Alumínio 2,5 (1)
isolados
Sinalização e comando Cobre 0,5 (2)
Instalações fixas
Cobre 10
Potência
Condutores nús Alumínio 16
Sinalização e comando Cobre 4
Para um dado aparelho Cobre (3)

Ligações flexíveis por meio de cabos ou de Para todas as outras aplicações Cobre 0,75 (4)
condutores isolados
Circuitos de tensão reduzida para
Cobre 0,75
aplicações especiais
(1) - Os ligadores usados para as ligações de condutores de alumínio devem ser ensaiados e aprovados para esse fim
específico. Em Portugal, na prática, não são utilizados condutores em alumínio de secção inferior a 16 mm2
(2) - Admite-se a secção mínima de 0,1 mm2 para os circuitos de sinalização e de comando destinados a aparelhos
electrónicos
(3) - De acordo com a Norma desse aparelho
(4) - Admite-se a secção mínima de 0,1 mm2 nos cabos flexíveis com pelo menos 7 condutores para os circuitos de
sinalização e comando destinados a aparelhos domésticos

Formação e Consultadoria 384

192
Diâmetro de tubos em função do número de condutores
para canalizações à vista
Diâmetros de condutas circulares (tubos) instaladas à vista
em função da secção e número de condutores nelas inseridos (Σ Scond.< 0,40 * S tubo)
Secção dos condutores Número de condutores inseridos na conduta (tubo)
(mm2) 1 2 3 4 5
1,5 12 12 16 16 16
2,5 12 12 16 16 20
4 12 16 16 20 20
6 12 16 20 20 25
10 16 20 25 32 32
16 16 25 32 32 32
25 20 32 32 40 40
35 25 32 40 40 50
50 25 40 50 50 50
70 32 40 50 63 63
95 32 50 63 63 75
120 40 50 63 75 75
150 40 63 75 75 90
185 50 63 75 90 90
240 50 75 90 90 110
300 63 75 110 110 110
400 63 90 110 110 -
500 75 110 - - -
Formação e Consultadoria 385

Diâmetro de tubos em função do número de condutores para canalizações embebidas

Diâmetros de condutas circulares (tubos) instaladas embebidas


em função da secção e número de condutores nelas inseridos (Σ Scond.< 0,33 * S tubo)
Secção estipulada dos Número de condutores inseridos na conduta (tubo)
condutores
1 2 3 4 5
(mm2)
1,5 12 12 16 16 20
2,5 12 16 16 20 20
4 12 16 20 20 25
6 12 16 20 25 25
10 16 25 25 32 32
16 20 25 32 32 40
25 25 32 40 40 50
35 25 40 40 50 50
50 32 40 50 50 63
70 32 50 63 63 63
95 40 50 63 75 75
120 40 63 75 75 90
150 50 63 75 90 90
185 50 75 90 90 110
240 63 75 90 110 110
300 63 90 110 110 -
400 75 110 - - -
500 75 110 - - -
Formação e Consultadoria 386

193
CÁLCULO DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS

Formação e Consultadoria Formação e Consultadoria 387

Exemplo : Dimensionamento de uma canalização


Enunciado:

Calcular a secção da canalização eléctrica, constituída por um cabo isolado a XLPE


(Polietileno reticulado) do tipo LXS, apoiado em 6 postes de madeira, para alimentação
de um motor de rega trifásico, com as características apresentadas no quadro seguinte.
O comprimento da canalização será de 180 metros.

DADOS DO MOTOR
Potência útil Pu = 10 CV
Rendimento = 0,75
Fator de potência cos = 0,85
Corrente de arranque Ia= 7 ×In

Formação e Consultadoria 388

194
Exemplo : Dimensionamento de uma canalização

1º Determinar a Potência útil do motor, Pu, em Watt

O equivalente mecânico entre a potência mecânica (Pu) em Cavalos Vapor (CV) e a potência
em watt, é: 1 CV= 736 W

Então teremos a potência útil em watt: Pu  P( CV )  736  7360 W


2º Determinar a Potência absorvida pelo motor

=0,75 Pu 7360
P   9813 W
 0,75

3º Determinação da corrente por fase


Utilizando a fórmula:

P 9813
In   16,7 A
3 U cos 3  400 0,85
Formação e Consultadoria 389

Exemplo : Dimensionamento de uma canalização


4º Determinação da corrente de arranque por fase

Nota: De acordo com as RTIEBT, Secção 553.2, Quadro 55-A, os motores trifásicos ligados à rede de
distribuição, não devem arrancar diretamente se as correntes de arranque ultrapassarem 125 A quando
ligados a redes aéreas e 250 A se ligados a redes subterrâneas. Neste caso, com Ia=116,9 A, o arranque
pode ser direto, quer a rede seja aérea ou subterrânea.

Ia=7xIn=7x16,7=116,9 A

5º Determinar a corrente de dimensionamento da canalização

A corrente de dimensionamento deverá ser o resultado do soma da corrente


estipulada com um terço da corrente de arranque.

Ia 116,9
IB  In   16,7   55,7 A
3 3

Formação e Consultadoria 390

195
Exemplo : Dimensionamento de uma canalização

6º Determinar a corrente admissível e a secção dos condutores

Segundo as Regras Técnicas (RTIEBT), na Secção 5.2, encontra-se o modo de instalação da


canalização escolhida (cabo auto-suportado), que é classificado como,

Método de Referência: E

A tabela de correntes admissíveis a consultar para determinação da corrente


admissível e da secção é a tabela do

Quadro Q 52-C12

A corrente admissível, IZ, deverá ser de valor superior ao da corrente de serviço,

IB: IZ ≥ IB : IZ ≥ 55,7 A

Consultando o quadro, encontra-se a corrente admissível,

IZ= 58 A, correspondendo à secção, S = 10 mm2

Teremos então de escolher o cabo LXS de 4x 16 mm2, com IZ= 77 A.


Formação e Consultadoria 391

Exemplo : Dimensionamento de uma canalização


7º - Verificação da queda de tensão absoluta e percentual utilizando a fórmula
simplificada, para circuitos trifásicos equilibrados:

L 0,036 180


u  B  16,7  6,76 V
S 16
e a fórmula,

u 6,76
u %  100  100   2,94 %
U0 230

8º Protecção da canalização a empregar

Será utilizado um disjuntor tipo doméstico:

In = 63 A, curva D

Formação e Consultadoria 392

196
Exemplo : Dimensionamento de uma canalização
9º Resumo dos parâmetros iniciais e parâmetros calculados
Completar os quadros seguintes:

Potência a alimentar Pm=10 CV


Dados iniciais do Comprimento L=180 m
exercício Modo de instalação Cabo auto suportado
Queda de tensão admissível 5%

Corrente estipulada do motor In= 16,7 A


Corrente de arranque Ia= 116,9 A
Corrente de dimensionamento IB = 55,7 A
Método de referência E
Grandezas e Corrente admissível IZ=77A (Q52-C12)
características
determinadas Cabo LXS 4x 16 mm2
Queda de tensão em serviço u= 6,76 V
u% = 2,94%
Protecção da canalização Disjuntor, tipo D de In= 63 A

Formação e Consultadoria 393

CÁLCULO DE CONDUTORES DAS COLUNAS


SOMA das POTÊNCIAS
das Instalações de Utilização

POTÊNCIA DE
TABELA
DIMENSIONAMENTO Coeficientes de
S D = ST  K S simultaneidade

S
IB= ?... I
3U

Modo de
INSTALAÇÃO
(Mét. Refª)

CONSULTAR
TABELAS

Formação e Consultadoria
s = ... 394

197
Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

C.C.
T2 T2 Potências a prever

T2 - 10,35 kVA
C.C.

T2 T2 T1 - 6,9 kVA
Q.S.C. - 10,35 kVA
C.C.

T1 Loja
Q.C.
Q.S.C.

Garagem
Ramais
(do distribuidor)

Formação e Consultadoria 395

Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

1º - Calcular a potência total, ST


ST   Sent .  4 10,35  6,9  48,3 kVA
2º - Encontrar o coeficiente de simultaneidade
•Tabela Ks = 0,75
3º - Calcular a potência de dimensionamento, SD

S D
 ST  K S  48,3  0,75  36,22 kVA

4º - Calcular a corrente de serviço, IB

SD 36 220
IB    52,5 A
3 U 3  400
Formação e Consultadoria 396

198
Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

5º - Encontrar os condutores com IZ  IB

•Canalização a usar: Método de referência B

•Tabela 52-C3 RTIEBT IZ = 68 A para 16 mm2

•Condutores: Fases –3(H07V-R 116); N- H07V-R 116 ; PE - H07V-R 1G16

6º - Calcular os fusíveis para proteção elétrica dos


condutores

•Proteção : fusíveis gG 63 A, I2 = 101 A ; 1,45x IZ = 98,6


•não satisfaz à 2ª condição I2 ≤ 1,45  IZ ou seja 101  98,6

•Necessário passar à secção seguinte e repetir análise

Formação e Consultadoria 397

Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

5º (rep)- Encontrar os condutores com IZ  IB

•Tabela 52-C3 RTIEBT IZ = 89 A para 25 mm2

•Condutores: Fases– 3(H07V-R 125); N- H07V-R 116 ; PE - H07V-R 1G16

6º (rep)- Calcular os fusíveis para proteção elétrica dos


condutores
•Proteção : fusíveis gG 80 A , I2= 128 A ; 1,45x IZ= 129,05
•satisfaz à condição I2 ≤ 1,45x IZ ou seja, 128 ≤ 1,45x 89

7º - Encontrar o tubo para proteção dos condutores

•Tubo : VD 63, ou equivalente


Formação e Consultadoria 398

199
Exemplo : Dimensionamento de uma coluna
8º- Determinar tipo de caixa de corte Geral
• A corrente estipulada no corte geral inclui os serviços comuns:
IT = 52,5 + 15 = 67,5 A
• Interruptor tetrapolar de IN = 80 A
• Caixa de corte Geral: GB 100 A

9º- Determinar tipo de caixa de barramento


Para IT = 67,5 A, usaremos a caixa BAD 100 A

10º- Determinar tipo de caixas proteção de saída


Para a coluna : I = 52,5 A, usaremos a caixa PB 100 A

Para os serviços comuns: I = 15 A, usaremos a caixa PA 32 A

11º- Determinar tipo de caixas de coluna


Para a coluna: I = 52,5 A, usaremos a caixa CBD 63 A

Formação e Consultadoria 399

Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

12º- Determinar a queda de tensão na coluna

1 - Supondo a carga total colocada no topo da coluna


2 – Comprimento total da coluna: 8 m
3 – Sistema trifásico equilibrado: fórmula aproximada

L
u  IB
S

0,0225  8
u  52,5  0,38V
25

u 0,38
 u%  100  100  0,16 %
U 0
230

Formação e Consultadoria 400

200
Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

13º - Calculo de Icc no extremo da coluna

0,80  U 0,80  230


Icc   9972 A
  LF   LN 0,0225  8 0,0225  8
 
SF SN 25 16

O fusível gG de In= 80 A, garante a protecção contra curto-circuitos ?

Se Icc(IN=80 A)<Icc(topo coluna), a proteção ao curto-circuito está garantida.

Formação e Consultadoria 401

CÁLCULO DE CANALIZAÇÕES

Corrente de curto-circuitos dos (ICC) para t = 5s

Corrente estipulada dos fusíveis, IN Corrente ICC

IN= 80 A ICC = 420 A

IN= 100 A ICC = 540 A

IN= 160 A ICC = 870 A

IN= 200 A ICC = 1200 A

IN= 315 A ICC = 2050 A

Se ICC(IN=80 A)<ICC(topo coluna), a proteção ao curto-circuito está garantida.

Formação e Consultadoria 402

201
Exemplo : Dimensionamento de uma coluna

13º- Determinar a seção do ducto

Colunas L1 L2 Largura das portas


(cm) (cm) (cm)

In  200 A (1) 60 73 63

400 A  In  200 A 103 116 106


(1)
(1) - In é a corrente estipulada da coluna de maior capacidade de transporte
colocada no ducto.

Formação e Consultadoria 403

Formação e Consultadoria

Para dúvidas usar o mail:

consultoriotecnico@ixus.pt

Formação e Consultadoria

202

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