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Física Geral I
forças.
◼ Determinação das forças responsáveis por um dado
movimento.
4−3
“A Física em Banda Desenhada”,
L. Gonick e A. Huffman, Gradiva,
4
4−4
Inércia: conceito
Galileu Galilei (1564-1642).
Um objecto em movimento chega ao estado de
repouso devido às forças de atrito.
4−5
1ª Lei de Newton
Lei da inércia
Qualquer corpo mantém o seu estado de repouso ou de movimento
retilíneo uniforme, a não ser que seja compelido a mudar esse
estado por intermédio de forças que actuem sobre ele.
tt
v
Quando um dado corpo t 0
não está sujeito a forças
externas move-se com r0 r r0 vt
velocidade constante
4−6
2ª Lei de Newton
Lei fundamental da dinâmica
A taxa temporal de variação da velocidade de um corpo é
proporcional à força resultante que sobre ele atua.
Força
dv Unidade S.I.: N (newton)
F m ma 1 N é a força necessária aplicar a uma massa de 1
dt kg de modo a promover uma aceleração de 1 m s-2
4−8
Leis de Newton: resumo
◼ 1ª - Lei da Inércia
Um corpo em repouso permanecerá em repouso, e um corpo
em movimento continuará em movimento com velocidade
constante (movimento rectilíneo uniforme), a menos que
sobre ele atue uma força externa resultante diferente de
zero.
4−9
Referenciais inerciais
Interacção com Cinemática; dependência do
outros corpos F a referencial usado.
◼ Ver http://archive.org/details/frames_of_reference
(3’15’’ e 13’27’’)
4 − 10
Alguns tipos de forças comuns
◼ Campos de forças:
◼ Forças que actuam à distância (campos)
◼ Gravítica
◼ Electromagnética (Física Geral II)
◼ Nuclear (forte e fraca)
◼ Forças de contacto
◼ Força electromagnética que se manifesta “macroscopicamente” em diferentes
situações
◼ Ligação
◼ Normal
◼ Tracção/tensão
◼ Elástica
◼ Atrito
◼ Seco (Coulomb)
◼ Viscoso (Stokes/Rayleigh)
4 − 11
Aplicação da 2ª lei de Newton
F = ma
◼ Representação espacial de todas as ◼ Cinemática.
forças externas que actuam no corpo
(DIAGRAMA DE CORPO LIVRE) ◼ Constrangimentos
cinemáticos.
◼ Vetores força aplicados na massa pontual
(aproximação de uma partícula)
◼ Escolha de um Sistema de Referência
[OXYZ] adequado
◼ Agentes externos representados apenas
pelas forças exercidas
F Fi
i
4 − 12
Composição de forças (Força resultante)
◼ Sistema de n forças actuando um ponto material/partícula
◼ Força resultante (vector principal)
n
F1 F2 F1 F2 F3 Fn Fi FR
i 1
n n
Fn m Fi m ai FR Fi m ai
FR i 1 i 1
n
Fi ma
F3 i 1
4 − 13
Equilíbrio de uma partícula
◼ Como conseguir o equilíbrio de uma partícula?
◼ Resultante das forças atuantes é zero
FR 0 i
Fi ma 0
Equilíbrio (estático) de um ponto material
Um ponto material está em equilíbrio sse resultante das forças que o actua
é zero (1ª lei de Newton)
F2
F3 FR,x F1,x F2,x F3,x 0
FR,y F1,y F2,y F3,y 0
F1 FR,z F1,z F2,z F3,z 0
4 − 14
Equilíbrio de uma partícula
Em geral, as forças que actuam sobre a partícula serão:
Peso da partícula: vertical descendente com intensidade mg
Forças de ligação: Tracção de cabos ligados à partícula:
direcção do cabo; sentido “para fora da partícula”
Reacção de superfícies em contacto com a partícula
Outras forças (p.ex. atrito)
Exemplo: bloco sobre superfície inclinada, seguro por um cabo
tracção reacção
g
peso
4 − 15
Diagrama de corpo livre
◼ Dimensões do corpo são
desprezadas
◼ massa considerada pontual
◼ Representação espacial de
todas as forças externas que
actuam no corpo
◼ Vectores força aplicados na
massa pontual
◼ Escolha de um Sistema de
Referência [OXYZ] adequado
◼ Agentes externos
representados apenas pelas
forças exercidas
◼ Aplicação da 2ª lei de Newton
FR Fi ma
i
4 − 16
Exemplo 4.1: Técnicas elementares da análise
dinâmica
Um trabalhador empurra um caixote de
massa m1 = 75 kg com uma força P = 200 N.
Um segundo caixote de massa m2 = 25 kg
está em contacto com o primeiro. Ambos os
caixotes deslizam sem atrito. Se o conteúdo
do segundo caixote é frágil e suporta uma
força máxima de Fmax = 100 N, quebrar-se-á
sob a acção da força P?
m mT
Fg
Fg G 2
eˆr
r
11
G 6, 6742 10 N m2 /kg2
A gravidade é uma força muito fraca.
◼ Força gravítica ao nível do solo
mT
Fg m G 2
eˆr m geˆr Nível do solo: r = R
r
mT 5, 97 1024 kg
mT mT R2
g G g0 G g g0 2 R 6, 38 106 m
r2 R2 r g 9, 8 m/s2
4 − 18
Campo gravitacional Vector campo
gravítico
m0 mT Fg mT
Fg G eˆr g G eˆr
r2 m0 r 2
4 − 19
Exemplo 4.2: Força central e órbitas de satélites
mT 11 5, 97 1024
v G 6, 6742 10 7902 m/s
r 6380750
2
b) No caso de uma órbita geostacionária v r r e T 24 h 86400 s
T
2 2
T 11 86400
r 3 GmT 3 6, 6742 10 5, 97 1024 42,236 106 m
2 2
4 − 21
Exemplo 4.3: A 3ª lei de Kepler
Qual a relação entre o período de órbita da Terra, T , e a distância média da Terra
ao Sol, r ?
Observação: Desprezar a excentricidade e considerar a trajectória circular.
v2 2
Fc mT ac mT mT r A trajectória é uma elipse
r (devido à forma da força
2 4 2mT r gravítica)
Fc
T T2
M mT
Fg G 2 p F t
r
1
r 3
GM p mv 2 p p
Fc Fg
T2 4 2
T P ma
a 0
T P 0
Corda: Fx F T mcorda ax 0
◼ Força normal
F T
N P 0
F
Caixote: Fx T max ax N P 0
m
4 − 23
Forças de ligação
◼ Variação da tensão e da força normal com a inclinação
4 − 24
Forças de ligação e movimento circular
◼ Ligação (tensão/normal)
◼ Trajectória circular
P N ma
Movimento uniforme
v2 2
a an a R
R
P T ma
4 − 25
Exemplo: Forças de ligação e movimento
circular
4 − 26
Exemplo 4.4: Ausência de peso?
Qual a leitura da balança quando a cabine do
elevador está:
(a) A descer com velocidade constante?
(b) A subir com aceleração constante?
(c) Em queda livre (o cabo do elevador quebra)?
◼ Pode-se escolher um
sistema de coordenadas
diferente para cada
corpo.
◼ Deve-se representar o
diagrama de corpo livre
para cada um dos corpos.
4 − 28
Exemplo 4.5: Análise de um sistema de
massas suspensas
Dois blocos estão ligados por uma
corda inextensível de comprimento
L que passa por uma roldana ideal.
Determine a tracção na corda e a
aceleração dos blocos.
L y1 y2 constante
v1 v2 a1 a2 a
Fy T m1g
Bloco 1:
T m1g m1a1
Fy T m2g m2 m1 2m2m1
a g T g
Bloco 2: m2 m1 m1 m2
T m2g m2a2
4 − 29
Atrito: forças de atrito seco
◼ Atrito seco (Coulomb)
◼ Interação/contato superfícies
Fa N
◼ Orientação oposta ao
movimento relativo
Fae e
N ◼ Coeficiente atrito
◼ Sem movimento relativo
◼ Atrito estático
c e
4 − 30
Exemplo 4.6: Cinemática com atrito
Um automóvel move-se ao longo de uma estrada
recta e horizontal com velocidade v0 . O motorista
trava e pára o carro sem derrapar. Se o coeficiente
de atrito estático entre os pneus e a estrada é µe ,
qual a menor distância de travagem?
Do diagrama de corpo livre:
Fx Fa e
N
Fy N mg
Da 2ª Lei de Newton:
e
N max N mg may 0
N mg
ax e e
e
g
m m
Das equações da cinemática com a constante: Exemplo:
2 2 v02 v02 v0 72 km/h
v v 2axd d d 34 m
0
2ax 2 eg e
0.6
4 − 31
Atrito: forças de atrito viscoso
◼ Atrito Viscoso
◼ Resistência ao movimento de um corpo através de um fluido (líquido
ou gasoso), que é proporcional à velocidade do corpo.
◼ A proporcionalidade entre Fa e v depende da gama de velocidades
◼ Velocidades baixas (Stokes)
Fa bv v 30 m/s
Exemplo: amortecedor
Coeficiente de proporcionalidade b -> coeficiente de amortecimento
Dimensões: N m-1 s
dependente da forma geométrica do corpo e das
características do fluido
Exemplo: queda num fluido de um pequeno corpo
esférico de raio r b 6 r
coef. viscosidade
4 − 32
Atrito: forças de atrito viscoso
◼ Atrito Viscoso
◼ Velocidades altas (Rayleigh)
Fa c v2 v 300 m/s
m vl mg 80 9, 8
(a) vl 50 m/s
Fg c 0, 314
mg 80 9, 8
(b) c 21, 778 Ns2m-2
vl2 62
Portanto, o coeficiente sofre um aumento ~69,4!
4 − 34
Força elástica e
Lei de Hooke
◼ Elasticidade
◼ Lei de Hooke:
dependência linear
entre deformação e
força elástica/restituição
4 − 35
Força elástica e Lei de Hooke
◼ Uma forma simples de quantificar a força é
através da lei de Hooke:
A força exercida por uma mola sobre um
corpo é proporcional à elongação da mola.
Fel 0
Fel L
◼ Movimento acelerado
◼ Referencial inercial (fixo) S[OXY]
FR
FR F ma a
m
◼ Referencial ligado ao corpo s[oxy]
◼ Referencial não-inercial ou acelerado
◼ Corpo em repouso no referencial
FR ma 0 Princípio de D’Alembert
◼ Força fictícia ou de inércia Equilíbrio entre as forças que actuam
um ponto material e as forças de
Fin ma inércia decorrentes do movimento
◼ Equilíbrio dinâmico “similar” ao
equilíbrio estático FR Fin 0
4 − 38
Princípio de D’Alembert num referencial acelerado
FR F ma m atr arel
FR matr marel 0 FR Fin ,tr Fin ,rel 0
Fin ,tr Fin ,rel Equação generalizada
Força de inércia Força de inércia do equilíbrio dinâmico
de transporte relativa 4 − 39
Exemplo 4.9: Aplicação ao movimento
rectilíneo
◼ Uma pequena esfera está
pendurada no tecto de um
vagão que está a acelerar.
◼ Para um observador inercial:
Fx T sen ma
Fy T cos mg 0
Fx T sen Fin 0
Fy T cos mg 0
4 − 40
Exemplo 4.10: Aplicação ao movimento
circular
◼ Um bloco de massa m está ligado ao centro de uma mesa giratória
através de uma corda. A mesa roda com velocidade angular constante.
v2 2
T man m mr 2
T mr 0
r
Para o observador inercial a força Força
que causa o movimento circular é centrífuga
a tensão da corda T.
4 − 41
Exemplo 4.7: Equilíbrio dinâmico
Um anel de massa m está assente numa barra horizontal e 400 mm
ligado a uma haste vertical por uma mola de constante k. 100 mm
Inicialmente o anel encontra-se na posição A com a mola
não deformada. O conjunto é colocado em rotação em k A B
torno da haste vertical até atingir uma velocidade angular
constante, deslocando-se o anel para B. Determine: m
a) para um observador ligado ao conjunto, a força de m = 250 g
inércia (centrífuga) que actuou no anel; k = 6 N/m
b) para um observador externo, a velocidade angular
necessária para o anel atingir o ponto B.
y'
(a) Se para um observador interno o anel está em equilíbrio no ponto B
N F
Fi Fg N Fel Fin 0 Fel in
i m x'
de onde resulta
Fy 0 N Fg 0
Fin k x 6 (0, 4 0,1) 1, 8 N
Fx 0 Fin Fel 0
(a) Para um observador exterior, o sistema está em rotação com uma velocidade angular
constante, i.é, o anel descreve uma trajectória circular devido ao efeito da força elástica
y
Fi Fg N Fel ma
i