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Palavras-chave:
Civilidade, espaço público, centros urbanos, linguagem oral.
Objetivo:
Promover uma reflexão e um debate sobre civilidade com foco no comportamento de pedestres,
motoristas, motociclistas em vias públicas nos grandes centros urbanos.
Material:
Matérias de jornal envolvendo questões de civilidade no trânsito; episódios para tomada de decisão.
Cópias dos episódios para discussão (em Instruções para as atividades).
Suporte teórico:
MANZINI-COVRE, Maria de Lurdes. O que é cidadania. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1995.
VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
Abertura:
i) discussão introdutória sobre o conceito de civilidade. O que os alunos entendem por civilidade?
ii) brainstorming: que palavras os alunos imaginam quando se fala sobre civilidade? (algumas
possibilidades: respeito, sociedade, direitos etc.)
iii) discussão: em que áreas da vida podemos falar de civilidade? Como?
Atividade (25 minutos): notícias sobre trânsito. O professor deve levar algumas notícias (ou utilizar as
notícias resultantes da pesquisa feita pelos alunos como dever de casa) sobre civilidade no trânsito –
acidentes, obras, etc., a fim de que os alunos possam conversar e expressar suas opiniões sobre eventos
reais relacionados ao tema em questão.
Aula 2
i) Cada dupla de alunos recebe 4 episódios para analisar e tomar uma decisão. Cada dupla deve
anotar quais seriam suas escolhas, justificando a decisão tomada
ii) Após essa apresentação, cada dupla deve ler o final correspondente à decisão tomada. Depois de
uma breve discussão, a dupla deve fazer uma pequena apresentação dizendo se mudaria ou
não a escolha feita.
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Episódios:
Episódio 1 – Socorro!
Paulo está dirigindo seu carro. Ele olha para o relógio. São 11:10. Ele olha para o banco do
passageiro: sua agenda, aberta, diz: prova de cálculo, sala 410, às 11 h. Ele dá sinais de nervosismo. O
trânsito está muito engarrafado e ao longo de dez minutos o carro mal se mexe. De repente, Paulo escuta
o som de uma ambulância se aproximando. Ele está em um cruzamento e a ambulância vem pela
transversal. Ele pode parar onde está para não ocupar o cruzamento e deixar a ambulância passar ou
continuar e parar, já depois do cruzamento. Só que, se ele parar, o sinal provavelmente vai ficar vermelho
e ele vai perder mais um tempão, porque aquele sinal é superdemorado. O que Paulo faz? Deixa a
ambulância passar antes dele ou segue firme em seu caminho, só dessa vez, para não se atrasar para a
prova?
Se você acha que Paulo deve seguir em frente até depois do cruzamento, vá para Final 1 do Episódio 1 .
Se você acha que Paulo deve ficar onde está e esperar o sinal voltar a mudar para seguir, vá para Final 2
do Episódio 1
Episódio 2 – E se fosse...
Marília está andando em sua bicicleta a caminho de casa. É uma bicicleta novinha, rosa, com
cestinha e tudo. Sua mãe deu a ela de presente de aniversário depois de ela muito insistir e, mesmo
assim, a mãe só aceitou com a condição de que Marília usasse capacete sempre e andasse somente nas
ciclovias e áreas designadas para bicicletas. Só que hoje Marília está muito cansada e já está ficando
tarde... O caminho pelas ciclovias é longo, demorando 20 minutos a mais do que se ela andar pela rua. E
todo dia ela vê muita gente andando de bike na rua! Não parece ter problema algum. Se ela escolhesse
andar pela rua, a mãe dela nunca iria descobrir e ela chegaria rapidinho em casa... Mas Marília não gosta
de quebrar promessas, por isso fica um tempo indecisa: pela rua ou pela ciclovia?
Se você acha que Marília deve manter sua promessa e escolher a ciclovia, vá para Final 1 do Episódio 2.
Se você acha que não há problema em pegar o atalho que todo mundo usa só dessa vez, vá para Final 2 do
episódio 2.
Felipe e Fernanda estão andando juntos, a caminho da escola. Eles estão atrasados – já é quase
hora de trancarem o portão e o sinal de trânsito não fecha. Esse não será o primeiro atraso dos dois, o que
significa que vão receber uma advertência. Essa possibilidade não é boa para nenhum deles, que já têm
muitos problemas em casa. O pior é que, dessa vez, a culpa não foi deles! Os dois saíram de suas casas até
bem cedo; o problema foi uma menininha perdida que encontraram chorando no caminho e que fez com
que levassem quase meia hora rodando a vizinhança em busca de sua mãe.
Não adiantava mais ficar remoendo os fatos. O importante era chegarem antes do trancamento do
portão. Felipe estava preocupado com o que aconteceria, tanto com ele quanto com a amiga, caso
recebessem a tal advertência. Mesmo com um carro se aproximando, o menino tenta puxar a mão de
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Fernanda para que eles saiam correndo, mas ela ameaça ir e desiste. Ele diz: “– A prioridade é sempre do
pedestre, ele que tem que parar! A gente NÃO PODE perder mais um minuto, Fê!”.
Episódio 4 – O espelho!
Fernanda acabou de conseguir sua carteira. A moto ainda não é sua, mas o irmão foi gentil e
emprestou a dele para que a menina fosse se acostumando: “– Mas só aqui perto, hein, Fê!”. “– Claro,
claro”, ela resmungou.
A menina deu uma volta no quarteirão, duas, três... Depois, entrou em uma viela um pouco mais
distante. Em 20 minutos, já estava razoavelmente longe de casa. Entrou em uma ruazinha em que nunca
havia entrado quando, de repente, uma bola quicou bem na sua frente, saída ela não sabia de onde.
Desviou da bola por puro reflexo, mas acabou acertando o retrovisor de um carro que estava estacionado
ao lado – o espelho caiu no chão e se espatifou. A menina olhou para os lados e não viu ninguém, mas
ainda assim começou a descer da moto para ver o que poderia fazer. Na mesma hora, lembrou-se de que
não deveria estar tão longe de casa e de que ainda não havia arranjado um trabalho novo: não teria como
pagar o conserto. Mas que dúvida!
Se você acha que Fernanda deve ir embora, já que não tem mesmo como resolver o problema, vá para o
Final 1 do Episódio 4.
Se você acha que ela deve ficar e tentar resolver a situação, vá para o Final 2 do Episódio 4.
FINAIS 1
Episódio 1 – Socorro!
Episódio 2 – E se fosse...
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Episódio 3 – Atravessar ou se atrasar?
Episódio 4 – O espelho!
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FINAIS 2
Episódio 1 – Socorro!
Episódio 2 – E se fosse...
Episódio 4 – O espelho!
2) A menina fica:
Fernanda fica angustiada com a bronca que vai levar, senta na calçada e começa a roer a unha: “–
E se fosse o meu carro?” Por pior que fosse a bronca, não poderia ser tão ruim assim... Se ela voltasse
para casa sem falar nada, ia ficar se sentindo culpada e ainda com medo de alguém descobrir. Era melhor
aceitar a responsabilidade. Pegou um papel, escreveu seu nome e telefone, deixou no para-brisa do carro
e foi embora. Chegando em casa, contou para a família: o irmão, que tinha emprestado a moto, deu um
ataque. A mãe deu-lhe uma bronca. Fernanda foi para o quarto chorar. Depois de alguns minutos, a mãe
entrou de fininho no quarto e disse para Fernanda não ficar mais chateada: a mãe estava orgulhosa por ela
ter feito a coisa certa. O irmão, arrependido, também entrou e pediu desculpas, dizendo que não tinha
tanta importância assim. O dono do carro ligou para Fernanda, e, que surpresa, era seu amigo André! Ele
precisava do dinheiro para o conserto, pois o carro era da empresa em que ele trabalhava e ele podia até
perder o emprego caso não pudesse consertá-lo! A mãe de Fernanda emprestou o dinheiro para a filha,
que agora está pagando em prestações.
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