A cura do filho do nobre: o segundo sinal.
Tendo visto todas as coisas que Ele fez em Jerusalém na
1. (43-46a) Jesus retorna à Galiléia.
Passados dois dias, Ele partiu dali e foi para a Galiléia. Pois o
próprio Jesus testificou que um profeta não tem honra em seu
próprio país. Chegando, pois, Ele à Galiléia, os galileus o
receberam, tendo visto todas as coisas que Ele fez em
Jerusalém, na festa; porque eles também tinham ido à
festa. Então Jesus voltou a Caná da Galiléia, onde havia
transformado a água em vinho.
a. Um profeta não tem honra no seu próprio país : a Galileia
era o país de Jesus – onde Ele cresceu. Como essas pessoas se
sentiam tão familiarizadas com Jesus, não O honraram como
deveriam. Nisto reconhecemos que eles realmente não conheciam
Jesus; se fossem, eles O teriam honrado ainda mais.
eu. Existe uma falsa familiaridade com Jesus; uma sensação
perigosa de que sabemos tudo sobre Ele. Um sentimento tão
perigoso leva à falta de honra para com Jesus.
ii. É um pouco difícil saber se João pretendia associar o lugar
onde Jesus não foi honrado à Judéia ou à Galiléia. Um caso pode
ser defendido para ambos; claramente os outros Evangelhos
citaram este princípio e o relacionaram com a Galiléia ( Mateus
13:57 e Marcos 6:4 ).
iii. “Ele se dirige à Galiléia, portanto, para evitar a fama,
testemunhando que Seu próprio país (Galiléia) era aquele onde,
como profeta, Ele teria menos probabilidade de ser
homenageado.” (Alford)
b.
festa: Era costume os judeus da Galiléia irem a Jerusalém para as
festas (cumprindo Êxodo 23:14-17 ). Desta vez, eles se
lembraram de tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém.
eu. Talvez eles se lembrassem de quando Jesus virou a mesa dos
comerciantes nos pátios externos do templo ( João 2:13-
27 ). Jesus também predisse Sua própria ressurreição ( João 2:18-
22 ) e realizou muitos outros sinais não especificados quando
estava em Jerusalém ( João 2:23-25 ).
ii. “O entusiasmo dos galileus não tinha bases sólidas. Dependia
das maravilhas decorrentes da visão dos sinais, e não da
compreensão de que Jesus era de fato o Cristo, o Salvador do
mundo. A própria aceitação Dele foi, portanto, à sua maneira,
uma rejeição. Eles Lhe deram uma espécie de honra, mas não era
a honra que Lhe era devida.” (Morris)
2. (46b-48) O nobre e seu filho doente.
E havia um certo nobre cujo filho estava doente em
Cafarnaum. Quando ouviu que Jesus tinha vindo da Judéia
para a Galiléia, foi até ele e implorou-lhe que descesse e
curasse seu filho, pois ele estava à beira da morte. Então Jesus
lhe disse: “Se vocês não virem sinais e prodígios, de modo
algum acreditarão”.
a. Cujo filho estava doente em Cafarnaum Cafarnaum até
Caná.: A essa altura, Jesus já havia morado em Cafarnaum
( Mateus 4:13 e João 2:12 ). Embora Jesus estivesse em Caná
( João 4:46a ), o nobre viajou cerca de 20 milhas (32 quilômetros)
de
eu. Um certo nobre : “Literalmente, ' uma pessoa real '... este
homem provavelmente era um oficial de Herodes
Antipas.” (Alford)
b. Implorou-lhe que descesse e curasse seu filho, pois ele
estava à beira da morte : Este certo nobre foi um dos muitos
pais que vieram a Jesus em nome de uma criança aflita. Ele
obviamente veio com a paixão e a urgência de um pai de uma
criança doente – e à beira da morte .
eu. “Quão insípida e vã era toda a vida vistosa na corte quando
ressoavam nela, numa voz que ele tanto amava, os gritos
selvagens e delirantes de uma febre violenta!” (Morrison)
c. A menos que vocês vejam sinais e maravilhas, de modo
algum acreditarão : Jesus repreendeu aqueles que dependiam de
sinais e maravilhas antes de acreditarem. Pode parecer que Jesus
foi duro com este homem que queria que o seu filho fosse curado,
mas Ele encontrou muitos na Galileia que estavam interessados
apenas nos Seus milagres – portanto, questionou este homem em
conformidade.
eu. Sinais e maravilhas podem levar uma pessoa à crença em
Deus e podem validar um mensageiro celestial – mas também
podem não ter efeito sobre uma pessoa, e Satanás também pode
usar sinais e maravilhas mentirosos (2 Tessalonicenses 2:9 ) .
ii. Sinais e maravilhas de Deus são obviamente coisas boas, mas
não devem constituir o fundamento da nossa fé. Não devemos
depender deles para provarDeus para nós. Por si só, sinais e
maravilhas não podem mudar o coração; Israel viu sinais incríveis
no Monte Sinai e até ouviu a voz de Deus ( Êxodo 19:16-20:1 ),
mas pouco tempo depois eles adoraram um bezerro de ouro
( Êxodo 32:1-6 ).
iii. “Estas palavras implicam o contraste entre os samaritanos, que
acreditaram por causa da Sua palavra , e os judeus que não
acreditariam senão através de sinais e prodígios .” (Alford)
3. (49-50) Jesus declara o filho do nobre curado, e o
nobre acredita na declaração.
O nobre disse-lhe: “Senhor, desça antes que meu filho
morra!” Jesus lhe disse: “Vai; seu filho vive. Então o homem
acreditou na palavra que Jesus lhe dissera e seguiu seu
caminho.
a. O nobre disse-lhe : Este homem era um nobre , um homem de
alta posição e estatura. Toda a sua posição e estatura pareciam
não importar nada à luz de sua grande necessidade. Ele
experimentou o efeito nivelador da aflição.
b. Senhor, desça antes que meu filho morra! Nas Suas palavras
anteriores, parecia que Jesus desencorajou o nobre de pedir um
milagre. No entanto, este pedido mostra que o nobre entendeu
corretamente que Jesus não pretendia desencorajar o pedido de
ajuda milagrosa a Jesus, apenas desencorajar uma fé que busca
apenas o milagroso.
eu. O nobre não recorreu a Jesus com base na sua nobreza, mas
com base na grande necessidade do seu filho. Vir a Jesus como
um homem grande e importante não lhe traria nada diante de
Jesus.
ii. “Ele não pediu nenhum mérito, mas alegou a miséria do
caso. Ele não alegou que o menino era de origem nobre – teria
sido muito ruim implorar a Jesus; nem insistiu que era uma
criança adorável – isso teria sido um argumento lamentável; mas
ele alegou que estava à beira da morte. Seu extremo era o motivo
de sua urgência: a criança estava às portas da morte; portanto, seu
pai implora que a porta da misericórdia se abra.” (Spurgeon)
c. Siga seu caminho; seu filho vive : Jesus testou severamente a
fé deste homem, forçando-o a acreditar apenas na palavra de
Jesus e não em qualquer demonstração externa do
milagroso. Apesar da prova, o homem acreditou na palavra de
Jesus e partiu (NVI). O nobre demonstrou que a verdadeira fé é
simplesmente acreditar na palavra de Jesus.
eu. “Foi digno de Seu cuidado curar o menino; era muito mais
necessário que Ele treinasse e conduzisse o pai à fé”. (Maclaren)
ii. “Se nosso Senhor tivesse ido com ele, como desejou, sua
incredulidade não poderia ter sido totalmente removida; como ele
ainda teria pensado que o poder de nosso Senhor não poderia
chegar de Caná a Cafarnaum: para destruir imediatamente sua
incredulidade e trazê-lo à plenitude da fé de seu poder supremo,
ele o cura, estando aparentemente ausente, por aquela energia
através da qual ele preenche os céus e a terra.” (Clarke)
d. Seu filho vive : Jesus não usou nenhum efeito dramático nesta
cura. Muitas pessoas desejam ver efeitos dramáticos na obra de
Deus; e às vezes Deus os fornece. A verdadeira fé pode perceber
e aceitar a demonstração externa do milagroso, mas não exige
isso.
4. (51-54) O nobre descobre que seu filho está
curado e quando isso aconteceu.
E quando ele descia, seus servos encontraram-no e
disseram- lhe, dizendo: “Teu filho vive!” Então ele
perguntou-lhes a hora em que ele melhorou. E eles lhe
disseram: “Ontem, à hora sétima, a febre o deixou”. Então o
pai soube que era na mesma hora em que Jesus lhe disse:
“Teu filho vive”. E ele mesmo acreditou, e toda a sua
casa. Este é novamente o segundo sinal que Jesus fez quando
saiu da Judéia para a Galiléia.
a. Seu filho vive! O nobre acreditou antes das evidências, mas as
evidências foram claramente bem-vindas. Só podemos imaginar o
quão bela foi esta notícia para o nobre e saber que foi na mesma
hora em que Jesus lhe disse: “Teu filho vive”.
eu. A prova deste milagre era clara. Quando Jesus proclamou o
menino curado, ele foi de fato curado – e de forma demonstrada.
ii. Segundo seus servos, isso aconteceu “ ontem à hora
sétima ”. Isso significa que o nobre demorou para retornar do
encontro com Jesus em Caná e voltar para sua casa em
Cafarnaum. Seu ritmo vagaroso era uma demonstração de
fé. Com medo, o nobre fugiu de Cafarnaum para Caná; com fé
ele caminhou de Caná de volta a Cafarnaum.
iii. “O nobre tinha tanta certeza de que seu filho estava vivo e
bem, que não teve pressa violenta em retornar. Ele não foi para
casa imediatamente, como se precisasse chegar a tempo de
procurar outro médico, se Cristo não tivesse conseguido; mas ele
seguiu seu caminho com calma e calma, confiante na verdade do ©2018 David Guzik – Proibida distribuição além do uso pessoal
que Jesus lhe havia dito.” (Spurgeon) sem permissão

b. E ele mesmo acreditou, e toda a sua família : O poder

milagroso de Jesus desenvolveu maior fé tanto no nobre quanto
em sua família. Ele acreditava antes, mas agora acreditava
mais. Sua fé foi aprofundada pela experiência pessoal do poder de
Deus.
eu. “Seus discípulos creram nele depois que a água se
transformou em vinho; o pai e o resto da
família acreditaram como resultado da cura do menino: e em
ambos os casos o verbo no original é um aoristo inceptivo 'eles
colocaram sua fé Nele'”. (Taskador)

ii. Não seria “fácil na corte de Herodes professar fé em Jesus. Ele

teria que suportar a zombaria e o riso; e sem dúvida haveria quem
pensasse que ele havia enlouquecido um pouco.” (Barclay)

c. Este é novamente o segundo sinal : No Evangelho de João

os sinaissão dados para levar o leitor à fé ( João 20:29-31 ). A
relação entre crença e sinais é clara em João capítulo 2 e capítulo
4.
· O primeiro sinal convenceu Seus discípulos.
· O segundo sinal convenceu um nobre judeu e sua família.
· Os samaritanos acreditaram sem sinal.
eu. Os primeiros dois sinais do Evangelho de João ocorreram em
Caná da Galiléia. A primeira foi na melhor festa de todas – uma
festa de casamento. A segunda estava ligada à pior tragédia de
sempre – a doença e a morte iminente de uma criança. Jesus é
real em ambos os aspectos .