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1. De volta à Galileia.
Como já enfatizamos, João é o único dos evangelistas que registra
eventos ocorridos no primeiro ano do ministério de Jesus,
especialmente suas idas a Jerusalém por ocasião das festas judaicas.
Isso é relevante para compreendermos o contexto do milagre em
estudo, que se deu justamente durante uma viagem de volta — da
Judeia para a Galileia —, depois de Jesus haver purificado o Templo (Jo
2.13-25) (em época de Páscoa (Jo 2.13), o fato relato pelos sinóticos,
mas em outro contexto), dialogado com Nicodemos (3.1-21) e
percorrido a região da Judeia onde João Batista batizava (3.22,23).
(Precisamos considerar o batismo de Jesus e a provação no deserto,
como eventos imprescindíveis para o início de seu ministério).
2. Passando por Samaria.
Ali (Samaria), Jesus teve um encontro
com a mulher samaritana (Jo 4.1-28)
e prosseguiu para a Galiléia (Jo 4.43),
indo à Caná, onde recebeu o pedido
de um oficial do rei, para que
descesse a Cafarnaum (QG do
ministério de jesus na Galileia) e
curasse seu filho (Jo 4.46,47). É de
Caná, portanto, lugar do primeiro
milagre, que também foi realizado
este segundo sinal — dentre os
registrados por João — com efeito em
Cafarnaum, onde estava o enfermo.
1. A fé do oficial. (Cont.)
Estudiosos debatem a respeito da identidade do “oficial do rei” já que o
texto sagrado não nos fornece mais informações sobre ele. Estudiosos
debatem sobre sua identidade. Para Matthew Henry, era “assim chamado,
ou pela grandeza de suas propriedades, ou pela extensão de seu poder, ou
pelos direitos pertencentes à sua casa” (importância na aristocracia local.
Nobre?) Há praticamente um consenso de que servisse a Herodes Antipas,
tetrarca da Galileia de 4 a.C. a 39 d.C. (rever os comentários sobre a família
Herodes na lição 2 desse trimestre), mas há afirmações distintas sobre sua
nacionalidade; se gentio ou judeu. Pode-se afirmar que não pertencia ao
clero judaico e que não era um judeu devoto, Justamente por isso, chama-
nos a atenção a fé que demonstra esse nobre, ainda nos primórdios do
ministério de Jesus — e na Galileia, onde muitos dentre os próprios judeus
resistiam em crer nEle.
1. A fé do oficial. (Cont.)