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Casamento de Isaque e Rebeca

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Em Gênesis 24 lemos a história do casamento de Isaque e Rebeca.

Esta história do casamento de Isaque e Rebeca é uma figura do Propósito Eterno de


Deus, e das Núpcias do Cordeiro Jesus e sua Noiva, a Igreja. Por isso, neste texto
encontramos quatro personagens que são representações de Deus Pai, do Filho Jesus, do
Espírito Santo e da Igreja: Abraão representa Deus Pai; Isaque, o Filho, Jesus; Eliézer é
uma figura do Espírito Santo; e Rebeca representa a Noiva, a Igreja de Cristo.

Que fique muito claro que Abraão não é Deus, Isaque não é Jesus, Eliézer não é o
Espírito Santo e Rebeca não é a Igreja; todos foram pessoas reais que viveram num
tempo específico. Mas, mesmo sendo pessoas normais (pecadoras e limitadas), são
figuras que representam o Pai, o Filho, o Espírito Santo e a Igreja.

Abraão (Deus Pai)


Em primeiro lugar, é Abraão, o Pai, que toma a decisão de casar o filho!

Rm 8.28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam
a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e
aos que justificou, a esses também glorificou.”.

Deus tem um propósito que é eterno, ou seja, um propósito que existe muito antes da
criação do mundo (Ef 1.3-10; Gn 1.26-28), e existirá por toda a eternidade, para além
da extinção deste mundo!

E sabemos que esse propósito consiste em Deus ter uma família de muitos filhos
semelhantes a Jesus, para a sua glória! Tudo começa e termina em Deus, na Sua
vontade. Ele é o centro de todas as coisas, e tudo é por Ele e para Ele (Rm 11.36; Cl
1.15-19).

Mas Deus não tem apenas um propósito – a vontade de ter uma família; ele tem também
os meios! Ele não quer apenas que seu Filho se case, mas também já determinou com
quem ele se casará! Será alguém com a mesma natureza do Filho, já que a família será
de semelhantes!

Gn 24.2-8: Por isso, vemos Abraão mandando seu servo buscar uma noiva para Isaque
dentre os seus parentes. Essa noiva não poderia vir de povos estranhos.

A recomendação aqui é “cautela”! Ser cauteloso é ser cuidadoso, prudente, é não ser
precipitado. Deus tem tudo sob o seu controle e não abre mão do governo dos céus, da
terra, da nossa vida, da sua igreja!

As vezes queremos sugerir algo a Deus; temos muitas boas ideias; pensamos em dar
uma “ajudinha”, modificando, acrescentando, tirando alguma coisa que consideramos
mais apropriada para a situação. Mas Deus nos diz: “Cautela!”. Temos que agir, sempre,
de acordo com a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Para isso, é aconselhável
que sempre busquemos direção do Senhor em oração e no conselho dos irmãos. Agir
precipitadamente, por conta própria, será um risco e poderá trazer consequências sérias
que, as vezes, nos acompanharão por muito tempo, se não por toda a vida!

Eliézer (Espírito Santo)


Gn 24.2,4: “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo que
possuía […] irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho.”.

Que fique claro que o Espírito Santo não é apenas um servo de Deus, Ele é Deus! Ele
serve a Deus, assim como o Filho serve, por causa de sua natureza. Ele não é um servo
como nós somos!

O Espírito Santo é quem está na terra governando as coisas de Deus, e é Ele quem
executa e executará todas as obras de Deus na terra, inclusive, usando os instrumentos
que Ele quiser! Então, o Espírito Santo está, nestes dias, buscando e preparando uma
noiva adequadamente escolhida por Ele próprio para apresenta-la, sem mancha ou ruga,
ao Noivo, Jesus.

Ele não abrirá exceções, Ele agirá de acordo com a Palavra e a vontade de Deus Pai!

Outro ponto interessante a observar é a vontade de Abraão, neste caso, de que Isaque
não volte para o lugar de onde o Senhor havia mandado Abraão sair: uma terra idólatra.
Abraão sabia que ele e sua descendência haviam recebido uma ordem de mudar para
uma terra nova, aonde serviriam a Deus; e Deus não mudaria de opinião depois da
morte de Abraão! Deus nunca agirá contrariando seus próprios princípios!

É importante notar também que mesmo que Eliézer tenha orado pedindo direção ao
Senhor sobre a moça que viria a ser a esposa de Isaque, assim que orou, ele agiu: Gn
24.12-21. Agimos erroneamente (principalmente os homens!) quando oramos e não
tomamos os passos práticos no sentido da resposta à oração feita!
Rebeca (Igreja)
Gn 24.11: “Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde,
hora em que as moças saem a tirar água.”.

A noiva que o Espírito Santo vai levar para o Noivo Jesus é formada por aqueles que
estão fazendo aquilo que se espera de cidadãos do reino! Eles não estão distraídos, não
estão ociosos; ao contrário, estão andando com diligência e zelo, remindo o tempo
porque os dias são maus.

Gn 24.21: “O homem a observava, em silêncio, atentamente, para saber se teria o


Senhor levado a bom termo a sua jornada ou não.”.

O Espírito Santo nos assiste e nos observa; tanto está operando em nosso favor, como
também está nos avaliando e provando para que estejamos aptos para nos apresentarmos
adequadamente ao nosso amado noivo, Jesus. Aliás, Ele é fundamental, segundo a
parábola das Dez Virgens, para discernir entre as prudentes e as néscias!

Outra coisa interessante é que Ele levará a noiva ao Noivo, e não trará o Noivo para a
noiva! Atualmente a igreja tem agido como se preferisse que o Noivo viesse habitar
aqui, já que ela pensa que tem tudo o que precisa aqui mesmo, se agrada do mundo,
tenta imitá-lo e torna-lo “gospel”. Na verdade, segundo Ap 3.15-20, a noiva nem se
apercebe que já não tem sido mais nem “uma coisa”, nem “outra”, já virou “uma coisa”,
e nem sente mais a falta do noivo que está do lado de fora, batendo constantemente à
sua porta!

Gn 24.54-58: “Depois, comeram, e beberam, ele e os homens que estavam com ele, e
passaram a noite. De madrugada, quando se levantaram, disse o servo: permiti que eu
volte ao meu senhor. Mas o irmão e a mãe da moça disseram: Fique ela ainda conosco
alguns dias, pelo menos dez; e depois irá. Ele, porém, lhes disse: Não me detenhais,
pois o Senhor me tem levado a bom termo na jornada; permiti que eu volte ao meu
senhor. Disseram: Chamemos a moça e ouçamo-la pessoalmente. Chamaram, pois, a
Rebeca e lhe perguntaram: Queres ir com este homem? Ela respondeu: Irei.”.

Embora, num primeiro momento, haja festa, comida e bebida; de repente, de


madrugada, o Espírito Santo pode surpreender a noiva: É agora! Chegou a hora! Tu
estás pronta para ir comigo ao encontro do teu noivo? Estás vestida adequadamente e
tens o óleo necessário na tua lâmpada? E o mais importante: Tu queres ir comigo?

As vezes estamos pensando que podemos ter uns dez dias a mais para pormos em ordem
algumas coisas, para nos arrependermos de outras, etc. Mas a hora é agora: “Queres ir
com este homem?”, foi a pergunta que fizeram à Rebeca.

E a atitude dela deve ser a da Igreja também: “Irei”!

Gn 24.64,65: “Também Rebeca levantou os olhos, e, vendo a Isaque, apeou do camelo,


e perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?
É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu.”.
Ao encontrar Isaque, Rebeca tomou uma atitude que a Igreja também deve tomar:
cobriu-se com um véu. Isto representa a atitude de quem entende a bênção de submeter-
se à autoridade!

E mais, antes mesmo de encontrar Isaque, ela já demonstrava essa atitude de serva, de
um espírito humilde e discreto:

“Ela levantou os olhos”: isto nos fala de uma posição de humildade, pois só levanta os
olhos quem está numa posição inferior.

“Apeou do camelo”: parece contraditório, estar no alto de um camelo e levantar os


olhos para ver alguém! Mas, isto demonstra a atitude esperada por Jesus, o noivo, dos
que pretendem ser seus discípulos, dos que querem ser sua noiva: “Assim, pois, todo
aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.”
(Lc 14.33).

lsaque (o Filho Jesus)


Gn 24.66,67: “66 O servo contou a Isaque todas as coisas que havia feito. 67 Isaque
conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher.
Ele a amou…”.

Isaque, prontamente, submeteu-se à vontade de seu pai! Para Isaque o seu casamento
cumpriria um propósito maior, não era meramente para o seu prazer, sua felicidade
própria! Mas, submetendo-se à vontade de seu pai, como Jesus submeteu-se à vontade
de Deus, Isaque amou aquela que seu pai lhe havia escolhido e amado primeiro!

Isaque também pode ser visto como uma figura de Jesus noutras atitudes dele e de
Abraão:

Gn 25.5: “Abraão deu tudo o que possuía a Isaque.”. Assim como Deus fez com seu
Filho, Jesus; Abraão deixou sua herança (espiritual, carnal e material) para Isaque (Fp
2.9-11; Hb 1).

Gn 26.2-6: Assim como Abraão, seu pai, Isaque creu em Deus e isto ficou claro em sua
obediência. Mesmo em meio à fome, Ele creu que aquela terra aonde seu pai lhes havia
trazido era a terra de Deus para eles, e ali permaneceu. Não desceu ao Egito!

Gn 26.7-11: Como é séria e verdadeira a Palavra do Senhor com relação aos homens,
aos maridos quanto a serem cabeças, os responsáveis e os modelos de sua família.
Nossos filhos serão o que somos não o que falamos! Transmitimos a eles toda nossa
herança, seja boa ou má!

Nossas esposas também são afetadas pela nossa vida, afinal, como disse Jesus: “… já
não são mais dois, porém uma só carne” (Mt 19.6)! Como é sério isso.

Gn 25.21-28: Ainda sobre os maridos e suas esposas, vemos aqui que são os maridos os
responsáveis pela saúde física, mental e principalmente a saúde espiritual de suas
esposas! Se nossas esposas andam estéreis, somos nós que temos que buscar a cura, em
Deus, para elas.
Outro aspecto muito interessante é vermos em Esaú e Jacó as figuras de Israel e os
gentios! Embora Jacó seja Israel (literalmente), aqui podemos ver a nação de Israel na
figura de Esaú, o filho mais velho, amado pelo pai, mas que desprezou sua
primogenitura e a seu pai também (Gn 26.34,35).

Por outro lado temos Jacó, o mais novo, que segundo os costumes da época não seria
herdeiro como o filho mais velho era, representando os gentios e a Igreja, que acaba
tomando o lugar do mais velho: “11 Veio para o que era seu, e os seus não o
receberam. 12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (Jo 1.11-
13; Rm 9.6-13).

Deus ama a todos os homens (judeus ou gentios) e os incluiu a todos em seu propósito
eterno; e a história de Abraão, Isaque e Rebeca demonstram isso!

Por Aguilar Lopes

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