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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: SISTEMA DE ÁGUA, ESGOTO E
DRENAGEM

Aula 3- Evolução histórica da


hidrologia: abordagens formais
e classificação
Profa. Rochele Vasconcelos

2024.1
1. DEFINIÇÃO

HIDROLOGIA: ciência que trata da água na Terra, sua


ocorrência, circulação e distribuição, suas propriedades físicas e
químicas, e sua reação com o meio ambiente, incluindo sua relação
com as formas vivas.

A ciência da Hidrologia, ou ciência


hidrológica, é bastante abrangente e
pode ser subdividida em diferentes
áreas de conhecimento associadas, a
saber:
1. DEFINIÇÃO
Divisões da Hidrologia:
-Hidrometeorologia: é o ramo das
ciências atmosféricas (meteorologia) e da
hidrologia que estuda a transferência de
água e energia entre a superfície e a
atmosfera. Essa ciência também investiga
a presença de água na atmosfera em suas
diferentes fases

- Limnologia: lagos e reservatórios;

-Fluviologia: se refere ao estudo científico


dos rios, incluindo sua origem,
características, comportamento e impacto
no meio ambiente.
1. DEFINIÇÃO

Divisões da Hidrologia:

- Glaciologia: geleiras;

- Hidrogeologia: águas subterrâneas.


2. HIDROLOGIA APLICADA
A Hidrologia Aplicada está voltada para diferentes problemas que
envolvem:
Utilização dos recursos hídricos:
disponibilidade hídrica, regularização de vazão, planejamento,
operação e gerenciamento dos recursos hídricos;

Preservação do meio ambiente:


aspectos multidisciplinares como modificações do uso do solo,
qualidade da água e impacto das obras hidráulicas;

Ocupação do meio ambiente:


impacto do meio sobre o homem (enchentes) e impacto do homem
sobre o meio (preservação)
CAMPOS DE ATUAÇÃO DA HIDROLOGIA NA
ENGENHARIA E PROBLEMAS

i) Abastecimento de água:
- escolha das fontes para uso doméstico ou industrial.

ii) Projeto e construção de obras hidráulicas:


- fixação das dimensões hidráulicas de obras: pontes, bueiros,
etc.;
- barragens: localização e escolha do tipo de barragem, da
fundação e do extravasor e dimensionamento da barragem;
-estabelecimento do método construtivo.

Villela & Mattos (1975)


CAMPOS DE ATUAÇÃO DA HIDROLOGIA NA
ENGENHARIA E PROBLEMAS

iii) Drenagem:
- estudo das características do lençol freático;
- exame das condições de alimentação e de escoamento natural do lençol:
precipitações, bacia de contribuição e nível d’água de rios e ribeirões.

iv) Irrigação:
- problema da escolha do manancial;
- estudo de evaporação e infiltração.

v) Regularização de cursos d’água e controle de inundações:


- estudo das variações de vazão;
- previsão de vazões máximas;
- exame das oscilações de nível e das áreas de inundação.

Villela & Mattos (1975)


CAMPOS DE ATUAÇÃO DA HIDROLOGIA NA
ENGENHARIA E PROBLEMAS
vi) Controle da poluição:
- análise da capacidade de autodepuração dos corpos d’água receptores de
efluentes de sistemas de esgotos ; vazões mínimas dos cursos d’água.

vii) Controle de erosão:


- análise da intensidade e frequência das precipitações máximas;
- determinação do coeficiente de escoamento superficial
- estudo da ação erosiva das águas e da proteção por meio de vegetação e
outros recursos

viii) Navegação:
- obtenção de dados e estudos sobre construção e manutenção de canais
navegáveis.

Villela & Mattos (1975)


CAMPOS DE ATUAÇÃO DA HIDROLOGIA NA
ENGENHARIA E PROBLEMAS

ix) Geração de energia (aproveitamento hidrelétrico):


- previsão das vazões máximas, mínimas e médias dos cursos d’água para o
estudo econômico e o dimensionamento das instalações de aproveitamento;
- verificação da necessidade de reservatório de acumulação;
-determinação dos elementos necessários ao projeto e construção do
reservatório de acumulação: bacias hidrográficas, volumes armazenáveis,
perdas por evaporação e infiltração.

x) Dimensionamento e operação de sistemas hidráulicos


complexos - Drenagem urbana.

xi) Recreação e preservação do meio ambiente.

Villela & Mattos (1975)


3. DADOS HIDROLÓGICOS
Origem dos dados: séries históricas.
Séries históricas: conhecimentos que resultam da observação
sistemática dos fenômenos hidrológicos no decorrer do tempo.
Dados históricos (continuados) e dados experimentais (repetição).
Médias mensais históricas (1957-1993) na bacia do rio Tapacurá - PE
700 35

600 30

Temperatura do ar (ºC)
500 25
Precipitação (mm)

400 20

300 15

200 10

100 5

0 0
ja n fev ma r a br ma i jun jul a go set out nov dez
Média s mensa is (1957-1993)

P_mín P_méd P_má x Ta _mín Ta _méd Ta _má x


4. PERGUNTAS QUE A HIDROLOGIA RESPONDE
4.1. Qual é a vazão máxima provável em um local proposto para uma
barragem?

4.2. Qual é a disponibilidade de água de um rio e como ela poderá


variar entre estações de anos diferentes?

4.3. Qual é a vazão de um rio que é igualada ou superada


em determinado do tempo?

4.4. Qual a quantidade de água interceptada em vegetação específica?

4.5. Qual a possibilidade de utilizar água subterrânea?

4.6. Qual é o efeito do desmatamento sobre a vazão dos rios?


https://www.gov.br/ana/pt-br

Criada pela Lei n° 9.984/2000, a Agencia Nacional de Águas e Saneamento


(ANA), é a agência reguladora dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes
da Lei das Águas do Brasil (Lei de n° 9.433/1997), e do novo marco legal do
saneamento básico (Lei de n° 14.026/2020). Para isso ela segue basicamente
quatro linhas de ação:
Regulação; Monitoramento; Aplicação da lei; Planejamento.
https://www.snirh.gov.br/hidroweb/mapa
A Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa) é uma
sociedade de economia mista de capital autorizado, pessoa jurídica de
direito privado, tendo como acionista majoritário o Governo do Estado
da Bahia.
É responsável, nos municípios onde atua, pela prestação dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
compreendendo a captação, tratamento e distribuição de água, bem
como a coleta, transporte, tratamento e destinação adequada dos
esgotos domésticos.
IRRIGAÇÃO - CODEVASF
Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso Hidrelétrica de Xingó

Usina Hidrelétrica de Sobradinho Hidrelétrica Moxotó.


• Construção de Açudes
Obrigado pela atenção!

rsvasconcelos1@uesc.br

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