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O Verdadeiro Sentido Raniere Menezes

do Natal
Natal significa nascimento. Não de uma pessoa comum. Todos sabemos.
Natal foi criado para se comemorar o nascimento de Jesus. E daí? Ora,
Jesus significa salvação. Salvação? Salvar de quê? Por qual razão? Para
quê? Qual é o sentido deste nascimento real? Será que Natal é isto que
vivemos todos os anos? Será que é suficiente entrar num clima natalino
para sermos todos “abençoados”? Eu preciso de salvação ou de um
Salvador? O que posso dizer?

Reconheço a insegurança e a transitoriedade desta vida, mas também


sei que sou humano e fraco, e que Deus é bom e no final vai dar tudo
certo. Afinal, somos todos cristãos e filhos de Deus. Neste período
recebemos muitas mensagens de paz, amor, prosperidade, muitos
“fluidos” positivos. Há uma atmosfera fraterna e religiosa no ar.
Convidamos até padres ou pastores para abençoar nossos lares. Acho
que estamos em paz com Deus. Somos pessoas do bem, o clima
natalino nos mostra isto. Nossa alma se enleva com melodias familiares
de Natal; músicas que nos embalam desde criança, luzes coloridas
piscando, as ruas agitadas em busca de um presente ou presentes para
pessoas amadas, os preparativos da ceia; um lauto jantar – claro, para
aqueles que podem! – Tudo isso nos mostra uma participativa
confraternização. O que importa é a atmosfera de festa, alegria, pois é
Natal. Quem vai querer parar para refletir sobre o verdadeiro sentido do
Natal? Não, não dá! O que importa é o que sentimos, não o sentido real!
Deixemos isso para outra hora.

É dessa forma que o verdadeiro sentido do Natal se esvai, e nos restam


apenas ilusões de uma sociedade de consumo misturada ao
sentimentalismo das boas ideologias humanistas – “faça o seu Natal
com os pobres” -. Isso sem falar de alguns (des)orientadores religiosos,
os quais se auto-apascentam ao invés de apascentarem as ovelhas de
Cristo. O Salvador, neste clima natalino, é apenas um background; um
segundo-plano para tantos destaques e luzes.

Há uma Luz nessa festa, e não são luzes artificiais. Há luz em meio às
trevas, mas poucos conseguem enxergar. Porque muitos são chamados,
mas poucos, escolhidos (Mateus 22:14). Nem todos conseguem ver essa
luz. Mas há os que conseguem vislumbrar o verdadeiro sentido do
Natal. Enxergar essa luz é ouvir o Verbo, Cristo Jesus, a Palavra, o
“Logos”; as Escrituras, e não só ouvir, mas seguir, pois o Verbo não só é
Palavra, porém, igualmente é “ação”; ver a luz também é compreender o
nobre e singelo nascimento do Salvador prometido por Deus – que
nascera de uma mulher -. E este conhecimento (esta luz) tem o peso do
destino eterno para todos nós – independente de crer ou não nisto -.
Entender isso, que Deus enviou ao mundo, no tempo que determinou,
Seu próprio, único e eterno Filho, pelo poder do Espírito Santo, sem
intervenção do homem. Isto é luz! Assim Ele é, na verdade, o Emanuel -
...ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus
conosco) (Mt 1.23). - A alegria desse entendimento é a verdadeira alegria
e felicidade, não a alegria induzida pelo clima de Natal. Esta é a abismal
diferença. Jesus Cristo é verdadeiro Deus! Mas, não paremos por aqui...

Lucas 2:34 diz: (...) Eis que este menino está destinado tanto para ruína
como para levantamento de muitos... - Este menino foi escolhido por
Deus tanto para a destruição como para a salvação de muita gente. O
verdadeiro sentido do Natal é apontar para a luz gloriosa do Salvador,
mas a obra da humanidade é má— O julgamento é este: que a luz veio
ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as
suas obras eram más (João 3:19). Não é à toa que a figura do Papai
Noel e todo clima comercial natalício encantam a todos, enquanto
desprezam o Redentor Jesus Cristo e seu nascimento real! As luzes
desse Natal anti-cristão é uma felicidade artificial provocada por um
alucinógeno mentiroso, cujo clima é uma nuvem espessa de ignorância;
trevas, obscurecendo as verdades espirituais. Jesus Cristo, que é o
único Deus vivo e verdadeiro disse: e conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará (João 8:32). Lembre-se que o menino nascido numa
manjedoura na Palestina – o Santo que dividiu o tempo em a.C e d.C -
nasceu destinado não só para salvar, mas também para destruir.

Deus não está nem um pouco interessado numa humanidade


sentimentalista, cheia de “boas intenções” em períodos natalinos,
quando essa mesma humanidade despreza as palavras do Seu Filho (é
exatamente neste sentido que a humanidade é má); quando, na verdade
passamos o ano inteiro “puxando o tapete” do próximo, mentindo,
enganando, esbanjando ridícula vaidade, cometendo injustiças e
torpezas, inflando arrogância, discriminando, constrangendo
moralmente, envolvidos em intrigas e fofocas, disputas desonestas,
traindo, ameaçando, sendo revanchistas, impiedosos e hipócritas. E ao
aproximar-se a atmosfera natalina, beijamos, abraçamos e nos
confraternizamos fingindo amizade e amor. Definitivamente, esta não é
a alegria dos salvos, pois Jesus não está sendo a figura central e
excelsa.

Meus votos, para você leitor, é que você possa ser alcançado por esta
Luz:

De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me


segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida (João
8:12).

Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em
mim não permaneça nas trevas (João 12:46).
Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo
resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da
glória de Deus, na face de Cristo (2 Coríntios 4:6).

Somente esta compreensão, que depende tão-somente da graça de


Deus, poderá dar sentido às palavras tão rotineiras, como: PAZ, UNIÃO,
AMOR E PROSPERIDADE, e dará sua vida, desde agora e eternamente.

Texto de autoria desconhecida adaptado por Raniere Menezes


Dezembro de 2004

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