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acocorado.
O Exu é um orixá bastante difícil para compreensão. Intermediário dos Orixás e dono da comunicação,
sempre questiona o que é certo ou errado. Vigia as passagens e é aquele que abre e fecha os caminhos.
Ele ajuda a encontrar os melhores meios para o nosso progresso, além de trazer segurança ao lar
protegendo-nos de todos os possíveis inimigos.
Chakra: Básico.
Cores: Vermelho e preto.
Dia de comemoração: 13 de junho.
Dia da semana: Segunda-feira.
Elemento: Fogo.
Exu é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá. Alguns
o consideram exclusivamente mau, outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos e outros,
ainda, enfatizam seus traços de benevolência. As muitas faces da natureza de Exu acham-se apresentadas
nos odus e em outras formas de narrativa oral iorubá, sua competência como estrategista, sua inclinação
para o lúdico, sua fidelidade à palavra e à verdade, seu bom senso e ponderação, que propiciam sensatez e
discernimento para julgar com justiça e sabedoria.
Os traços de personalidade mais comuns associados a ele são disciplina, paciência e proteção nos
caminhos. O Orixá é tido como um protetor fiel das pessoas que o cultuam e são agradecidas por sua
proteção.
Ogum, senhor dos caminhos, o desbravador dos caminhos, senhor do ferro.
Ogum é filho de Iemanjá, irmão de Oxossi e Exu; dono do ferro, da espada. Casado com Iansã e Oxum,
optou por viver sozinho abrindo caminhos nas estradas, dono do trafego e dos caminhos e encruzilhadas,
dono das estradas e de nossas casas, dono da faca, luta contra demandas.
Chackra: Umbilical.
Cor: Vermelho, azul e verde.
Dia de comemoração: 23 de abril.
Dia da semana: Terça-feira.
Comida: Feijão fradinho, manga, camarão.
Quizila: Quiabo.
Ogum era o filho mais velho de Odudua. Este último era o rei fundador da cidade de Ifé, e Ogum assume o
título de rei regente da cidade quando seu pai perde momentaneamente a visão.
Nessa terra primordial, chamada Ilê-Ifé, seres humanos e Orixás viviam lado a lado. Houve um momento
em que houve necessidade de se criarem novas áreas de plantio. Foi aí que Ogum entrou em ação.
Empunhando um facão, entrou na mata e limpou o terreno para a lavoura. Por esse motivo Ogum ficou
conhecido como o Orixá que abre os caminhos. Embora não seja um Orixá agrícola, Ogum tem uma
conexão com o plantio e a colheita, porque foi ele quem fez as primeiras ferramentas utilizadas na
agricultura, como a enxada e a foice.
Oxóssi, o Orixá Odé, o Orixá caçador, senhor da fartura, senhor da caça.
Oxóssi ensina o equilíbrio ecológico parecendo um índio muito forte; caça os espíritos perdidos os trazendo
para a luz.
Oxóssi é filho de Oxalá e Iemanjá, e seu nome tem origem do iorubá, linguagem especificamente africana,
que significa “guardião popular”.
Ele é considerado o rei de Ketu, pois livrou a população de um dos pássaros de Eleyé (donas de pássaros
que possuem espíritos maléficos). Quebrou, assim, um feitiço que ele lançou sobre aquele povo.
Oxóssi é ligado ao conhecimento e à natureza. Ele sempre enaltece tudo o que ela pode proporcionar,
conforme a necessidade humana. Por esta razão, ele também é conhecido como o Orixá da caça, da fartura
e do sustento.
Na África antiga, Oxóssi era considerado o guardião dos caçadores, responsável por trazer o sustento para
a tribo. Atualmente, ele protege todos os que saem de casa diariamente para o trabalho, pois é deste
esforço que vêm o sustento das famílias.
Oxóssi também é considerado um Orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas, sendo
também um caçador de axé. Ou seja, é um Orixá que busca as boas influências e energias positivas para um
ilé, espaço onde são realizadas as festas públicas no Candomblé.
Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do
Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente
cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos
humildes, honestos e leais.
Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-
lhe. Foi rejeitado primeiramente pela mãe.
Comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação
com a morte. Está coberto de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em
outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós
morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de
força.
Ossain, o Orixá das folhas e, sem folhas, nada é possível na Umbada ou no Candomblé. É preservador das
matas e florestas, das folhas medicinais, das ervas de culto. É o senhor dos segredos medicinais e de
magias verdes.
Animal: Pássaro.
Bebida: Suco de frutas.
Comidas: Abacate, banana frita, pamonha, amendoim torrado.
Elemento: Terra.
Ervas: Quebra-pedra, mamona, coqueiro, café.
Flor: Flores do campo.
Metais: Estanho e latão.
Números: 7 e seus múltiplos.
Ossain recebera de Olodumarê o segredo das folhas. Sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor;
outras a sorte, a glória, as honras ou, ainda, a miséria, as doenças e os acidentes.
É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Muitas vezes
é representado com uma única perna.
Ossain é o companheiro constante de Ifá. É representado por uma sineta de ferro forjado, terminada por
uma haste pontuda enfiada em uma grande semente. A haste é fincada no chão, ao lado do ossum do
babalaô. Por sua presença, Ossain traz a influência das folhas para as operações da adivinhação.
Ossain é um Orixá bastante reservado e pouco visto nos terreiros. Acredita-se que ele até prefere que
existam várias lendas sobre si, já que não se importa com isso, afinal, tem bastante segurança sobre quem
é, o que quer e como trabalha. Junto com Oxóssi e Ogum, é um defensor das matas e encontra nas
florestas mais virgens e profundas a emanação pura da energia da natureza. Aconselha-se sempre deixar
uma oferenda aos três Orixás sempre que adentrar a uma mata, já que é um território sagrado e que deve
ser respeitado.
Ele mora no céu e viaja através do arco-íris para a Terra. Além disso, ele representa a fortuna, abundância,
prosperidade e riqueza que são realizações importantes para o seu povo. A comunicação entre o céu e a
terra é garantida por Oxumarê. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento.
Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a
continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata
cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.
Flores: Amarelas.
Pedras: Ágata. (Topázio, esmeralda, diamante).
Metal: Latão (Ouro e Prata mesclados).
Dia da semana: Terça-feira.
Elemento: Água.
Chakra: Laríngeo.
Saudação: Arrobobô.
Bebida: Água Mineral.
Animais: Cobra.
Comidas: Batata doce em formato de cobra, bertalha com ovos.
Numero: 14.
Data comemorativa: 24 de agosto.
Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. Leva a água dos mares, para o céu, para
que a chuva possa formar-se; é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo
sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso é associado ao cordão umbilical.
Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele,
principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a
Umbanda.
Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre
o dia e a noite, o bom e o mal tempo, o bem e o mal, o masculino e o feminino, a água e a terra, tudo o que
é duplo, ambíguo e opostos que se complementam. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra com a sua
cauda e assegura a integração do planeta e a renovação do universo regendo as transformações.
É Orixá da sabedoria e dos pântanos. Responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída
(desencarne). Nanã é chamada carinhosamente de Avó, por ser usualmente imaginada como uma anciã.
Nanã é lama, é terra com contato com a água. É o pântano, o lodo, sua principal morada e regência. Ela é a
chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo,
homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento.
Pedra: Ametista.
Saudação: Salubá.
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho
primogênito com Oxalá, Omolu, por este ter nascido com várias doenças de pele. O abandonou numa
praia. Iemanjá o achou e o criou como se fosse sua mãe.
Na síntese mitológica iorubana Nanã é considerada a mais velha deusa da nação, predominando com
associações diretas com a morte e com a posição reservada aos bem mais idosos.
É o Orixá feminino da fertilidade, ligada ao Rio Oxogbo, na Nigéria. Oxum é a senhora das águas doces, dos
rios e das águas quase paradas. Perfumes, jóias e espelhos alimentam esta mãe.
Elemento: Água.
Corpo humano: Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Ervas: Jasmim e dinheiro em penca. Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião.
Metal: Ouro.
Pedras: Topázio (amarelo e azul).
Saudação: Ora ye ye oa ie ie u.
Numero: 5.
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Cabeças, Nossa Senhora de Fátima, Nossa
Senhora de Lourdes, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Nazaré.
Pontos da natureza: Cachoeira e rios.
Comidas: Omolocum. Ipeté. Quindim.
A filha predileta de Oxalá, foi esposa de Oxossi, Ogum e Xangô. Oxum é destacada como a dona da água
doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios e,
principalmente, as cachoeiras onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de
seus filhos.
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.
Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Dois Orixás crianças. Ele é Xango D' Ibeji e Ela Oxum D'ibeji.
Formado por duas entidades, os Ibejis indicam a contradição, os opostos que se completam. Também são
ligados a tudo que se inicia e nasce, a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar
das plantas.
Os Ibeji são responsáveis pela infância e hora do parto.
Planeta: Mercúrio.
Pontos da natureza: Jardins e praias.
Signo: Gêmeos.
Quizilas: Assovio e morte.
Associados aos gêmeos Taiwo (o primeiro que sentiu o gosto da vida) e Kainde (o que demorou a sair), seus
pais são Xangô e Oxum.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exú, se não for bem cuidado pode
atrapalhar os trabalhos com as suas brincadeiras infantis.
Ibeji é tudo o que existe de bom, belo e puro; uma criança pode-nos mostrar o seu sorriso, a sua alegria, a
sua felicidade, o seu falar, os seus olhos brilhantes.
Regem a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. A sua determinação é tomar conta do bebé até à
adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega.
Obá, a guerreira, a força da liberdade.
Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são
considerados domínios de Obá. Ela também controla o barro, água parada, lama, lodo e as enchentes.
Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a
transformação dos alimentos de crus em cozidos. É também a dona da roda.
Erva: Manjericão.
Metal: Cobre.
Pedras: Coral, esmeralda, marfim e olho de leopardo.
Pontos da natureza: Rios, águas revoltas, pororoca.
Símbolos: Espada, escudo de cobre.
Obá é um Orixá do Rio Niger. Irmã de Iansã, é a terceira esposa de Xangô, prima de Euá, com quem se
parece. Leal demais ao marido, e mais velha do que as outras esposas.
Orixá, feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Segundo
suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exu,
Oxumarê, Omolu e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por
Ogum, tornando-se assim sua esposa. Ao lado de Ogum, quando este foi enfrentar Xangô, encantou-se
pelo oponente e abandonou Ogum para se entregar ao outro. Obá nunca havia visto alguém como Xangô,
ela via nele tudo o que sonhava para si.
O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas. Assim, ela é
representante suprema da ancestralidade feminina.
Conhecida por sua aparência exótica, Ewá é também símbolo da beleza e sensualidade, mas nunca se
entregou a nenhum homem, se conservando casta e se tornando protetora de tudo que é virgem e puro,
desde o ser humano até mesmo as florestas e rios.
Não confunda pureza com ingenuidade, pois essa Orixá é muito astuta e esperta, por isso não queira nunca
despertar a sua ira. Às vezes é confundida com Oxumaré, assim ela costuma ser cultuada juntamente com
seu irmão e os dois são responsáveis pela energia do arco-íris. Ela também possui a serpente como seu
símbolo, só que em tamanho menor que a de Oxumaré.
Ewá é uma Orixá mais tradicional no Candomblé do que na Umbanda. Sua principal força vem da Nigéria,
onde existe um rio com seu nome. Ela é regente da neblina e dos nevoeiros, e quem a desafia costuma se
perder na vida e nunca mais consegue encontrar o seu caminho. Mulher guerreira e de grande sabedoria,
Ewá não possui medo da morte e já a enganou diversas vezes. Algumas de suas lendas diz que ela habita
também regiões de cemitério, onde se sente em paz e consegue se manter afastada de Ifá e de Xangô.
É de tradição também que ela suba somente na cabeça de mulheres, portanto ela se apresenta somente
em filhos de santos femininos.
Ewá é conhecida por ser símbolo de beleza e sensualidade. Também é considerada a Deusa do céu rosado
e estrelado, rainha do cosmos. A dona do mundo e horizontes.
Bebida: Champanhe.
Comidas: Acarajé, bobó, inhame.
Chakras: Frontal e cardíaco.
Cores: Coral, marrom e vermelho.
Comemoração: 4 de dezembro.
Ao lado de Omolu, foi esposa de Ogum, de forte temperamento e também esposa de Xangô. Sendo
companheira de Xangô, o senhor dos raios e tempestades, é associada aos ventos e às águas.
Dos Orixás femininos é uma das mais guerreiras e imponentes.
Iansã, provém do nome do rio na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É
uma divindade do fogo, como Xangô, mas também é relacionada ao elemento ar, regendo os raios. É uma
das divindades que, ao lado de Airá e Afefê Icu, domina os ventos.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente à incumbência recebida como guia dos mortos. Ela
ajuda os desencarnados que estão à margem da Lei divina os levando para um plano melhor.
Logunedé, Orixá masculino, da pesca e da caça. Sua tamanha coragem é relacionada à de um leopardo, que
assim como o animal, é gracioso e muito belo não deixando de ser imponente, perigoso e poderoso.
É um orixá muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
É um Orixá guerreiro, que guerreia como um caçador, sempre com estratégia e só entra num duelo para
ganhar. Ele busca o alimento com coragem para sua aldeia, conhecedor de muitos feitiços. É muito temido
pelos inimigos devido à sua bravura, inteligência e coragem.
Dia: Quinta-feira.
Dia do ano: 19 de abril.
Logunedé é filho de Oxóssi e Oxum. Ele herdou o jeito meigo e a graça de Oxum e a felicidade e o espírito
caçador de Oxóssi, portanto apresenta em suas características expressões femininas e masculinas, o que o
faz aparecer em algumas representações da Umbanda e Candomblé como uma figura jovem.
Ele divide sua vida em dois períodos no ano, durante 6 meses ele acompanha o seu pai nas matas, o que o
garantiu grande habilidade com a caça, sendo muito ágil e carregando também o axé da prosperidade. Nos
outros 6 meses ele convive com sua mãe nos rios, onde desenvolveu técnicas de grande pescador e
absorveu as características belas e delicadas de Oxum. Seu temperamento devido ao axé dos seus pais é
bem contraditório, pois em um momento ele se apresenta amável e benevolente e em outro instante ele
prefere a solidão e assume uma posição séria que lembra Oxóssi.
Logunedé é um Orixá regente da caça, pesca, do progresso e fartura. É o Orixá que leva progresso,
abundância, prosperidade, vitórias e realizações na vida daqueles que o cultuam com fé e de coração, não
ajudando e punindo aqueles que não tem um bom caráter como mentirosos, falsos, ladrões.
Iemanjá, a rainha dos peixes das águas salgadas.
Considerada a mãe de todos os Orixás, Iemanjá está ligada ao Rio Yemoja. Ela é a rainha dos mares e das
águas, das ondas, dos maremotos e da pesca.
Conhecida como Deusa das pérolas, ela apara a cabeça dos bebês na hora do seu nascimento. Iemanjá rege
a família, os lares e as uniões.
Iemanjá, filha de Olokun, o soberano dos mares, se casa com Olofin-Oduduá, com quem teve dez filhos,
que posteriormente se tornaram orixás.
No inicio da nossa criação, os seres humanos poluíram demais o mar. Por esta razão, Iemanjá percebia que
sua casa vivia suja. Ela reclamou para Olorum, Deus, que lhe deu o poder de devolver à praia toda a sujeira,
criando assim as ondas. E as ondas devolvem à terra tudo o que não pertence ao mar.
Iemanjá é a padroeira dos pescadores. Muitas vezes é representada como sereia. É ela quem decide o
destino de todos aqueles que entram no mar.
Os cabelos negros, os traços delicados e os seios fartos sintetizam na bela divindade o arquétipo da
maternidade. Pois é esse seu grande valor, acolher a todos que lhe pedem ajuda, sem julgar nem minimizar
a dor de ninguém. Isso lhe vale mais um título, o de Deusa da compaixão, do perdão e do amor
incondicional.
Xangô, a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos quando chegam à Terra. É considerado o
Orixá da justiça, dos raios, dos trovões e do fogo, além de ser conhecido como protetor dos intelectuais.
Filho de Oxalá com Iemanjá, Xangô simboliza a iniciativa, o articulador e a justiça humana. Virilidade e
paixão também são representados por este Orixá.
Xangô foi o quarto rei lendário de Oió, na Nigéria, tornado Orixá de caráter muito justo, violento e
vingativo, cuja manifestação são o fogo, os raios, os trovões. Filho de Oraniã e Torossi, teve várias esposas,
sendo as mais conhecidas Oiá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os
malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê, machado de dois lâminas.
É a representação do espírito maduro, grande líder, conhecedor do bem e do mal. Seus filhos geralmente
tem o temperamento forte e são realizadores de grandes conquistas.
Este Orixá é considerado o mestre da sabedoria, gerando o poder da política e justiça. Se recorre à ele para
resolver problemas relacionados com documentos, estudos e trabalhos intelectuais.
Oxalá, o dono do livre arbítrio. Responsável pela criação do mundo e do homem, Oxalá deu o livre arbítrio
para que os homens trilhássemos nosso caminho.
Chakra: Coronário.
Cor: Branco.
Comidas: Arroz doce e canjica.
Corpo humano: Tudo relacionado aos aspectos psíquicos.
Dias: Sexta e domingo.
Oxalá significa luz (oxa) branca (alá). É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por
todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertencem os olhos que veem tudo.
É o pai maior. Oxalá foi o primeiro Orixá a ser criado e a ele foi dada a missão de criar o universo, todos os
seres e coisas que existiriam no mundo. Pai dos homens, criador da humanidade, Oxalá é o pai de todos.
Muito sábio e benevolente com os filhos, ele os leva pelos caminhos da vitória.
Oxalá é o primeiro filho de Olorum, o Orixá mais velho. Devido a sua posição ele se tornou um pouco
prepotente e exigente, sendo assim teimoso e perfeccionista. Sempre consegue o que deseja através de
suas estratégias e capacidade de raciocínio.
Da sua união com Iemanjá nasceram outros Orixás e a linha do horizonte, dividindo o céu e o mar.
Esse Orixá orienta quem os busca com a força de batalha para alcançar seus objetivos de vida. Oxalá é
símbolo da pureza e da paz.
Oxaguiã é um Oxalá jovem. Sempre de branco. Usa espada, escudo, polvarim e mão de pilão.
Orixá do dinamismo e movimento construtivo, da cultura material. Seu domínio são as lutas diárias por
sustento e trabalho e a paz. Oxaguiã incentiva o trabalho e a superação.
Dia: Sexta-feira.
Comida: A canjica branca com oito bolas de inhame por cima.
Metal: Prata e metais brancos.
Contas: Brancas intercaladas de azul claro.
Festa: Pilão de Oxaguiã (festa dos inhames novos).
É sempre retratado como um guerreiro forte, astuto e conquistador, Oxaguiã rege as inovações, a busca
pelo aprimoramento, o inconformismo. É um Orixá relacionado com o sustento do dia-a-dia, gostando de
mesa farta. Seu sustento vem do fundo da terra ou da floresta. Ele detém todas as armas e as usa para
alcançar seus objetivos, que são dar para quem tem fome e até tomar de quem tem muito e não tem fome.
Diz-se que enquanto Ogum fornece meios (ferramentas e armas), Oxaguiã fornece inteligência e vontade
para vencer. Representa o início de um movimento.
Oxaguiã também sente prazer em destruir para concretizar o novo se estabeleça. Este Orixá tem
personalidade violenta e severa, pela polaridade nele contida, ou seja, porque sempre mostra as duas
faces: a guerra e a paz.
Sua comida favorita é o inhame. Sendo Orixá das inovações e invenções, criou para si o pilão, de tal forma
que pudesse saborear seu prato favorito.
É o Orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.