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Conhecido como Fons, Legba ou Legbara, Exu é representado pelo barro endurecido em forma de homem

acocorado.
O Exu é um orixá bastante difícil para compreensão. Intermediário dos Orixás e dono da comunicação,
sempre questiona o que é certo ou errado. Vigia as passagens e é aquele que abre e fecha os caminhos.
Ele ajuda a encontrar os melhores meios para o nosso progresso, além de trazer segurança ao lar
protegendo-nos de todos os possíveis inimigos.

Animais: Cachorro e galinha preta.


Bebida: Cachaça.

Chakra: Básico.
Cores: Vermelho e preto.
Dia de comemoração: 13 de junho.
Dia da semana: Segunda-feira.
Elemento: Fogo.

Ervas: Arruda, hortelã, salsa e cravos vermelhos.


Metal: Ferro.
Pedras: Granada, turmalina negra e rubi.
Símbolos: Tridente e bastão.
Pontos da natureza: Encruzilhadas e passagens.

Exu é personagem controversa, talvez a mais controversa de todas as divindades do panteão iorubá. Alguns
o consideram exclusivamente mau, outros o consideram capaz de atos benéficos e maléficos e outros,
ainda, enfatizam seus traços de benevolência. As muitas faces da natureza de Exu acham-se apresentadas
nos odus e em outras formas de narrativa oral iorubá, sua competência como estrategista, sua inclinação
para o lúdico, sua fidelidade à palavra e à verdade, seu bom senso e ponderação, que propiciam sensatez e
discernimento para julgar com justiça e sabedoria.
Os traços de personalidade mais comuns associados a ele são disciplina, paciência e proteção nos
caminhos. O Orixá é tido como um protetor fiel das pessoas que o cultuam e são agradecidas por sua
proteção.
Ogum, senhor dos caminhos, o desbravador dos caminhos, senhor do ferro.
Ogum é filho de Iemanjá, irmão de Oxossi e Exu; dono do ferro, da espada. Casado com Iansã e Oxum,
optou por viver sozinho abrindo caminhos nas estradas, dono do trafego e dos caminhos e encruzilhadas,
dono das estradas e de nossas casas, dono da faca, luta contra demandas.

Animais: Cachorro e galo vermelho.


Bebida: Cerveja clara.

Chackra: Umbilical.
Cor: Vermelho, azul e verde.
Dia de comemoração: 23 de abril.
Dia da semana: Terça-feira.
Comida: Feijão fradinho, manga, camarão.

Partes do corpo: Glândulas endócrinas e coração.


Elemento: Fogo.
Erva: Alfavaca.
Essência: Violeta.
Flores: Palma vermelha e crista de galo.

Metal: Ferro e aço.


Pedras: Granada, lápis lazuli e rubi.
Pontos da natureza: Estrada de ferro e meio de encruzilhada.
Saudação: Ogum Iê.
Símbolos: Espada, ferramentas, ferradura.

Quizila: Quiabo.

Ogum era o filho mais velho de Odudua. Este último era o rei fundador da cidade de Ifé, e Ogum assume o
título de rei regente da cidade quando seu pai perde momentaneamente a visão.
Nessa terra primordial, chamada Ilê-Ifé, seres humanos e Orixás viviam lado a lado. Houve um momento
em que houve necessidade de se criarem novas áreas de plantio. Foi aí que Ogum entrou em ação.
Empunhando um facão, entrou na mata e limpou o terreno para a lavoura. Por esse motivo Ogum ficou
conhecido como o Orixá que abre os caminhos. Embora não seja um Orixá agrícola, Ogum tem uma
conexão com o plantio e a colheita, porque foi ele quem fez as primeiras ferramentas utilizadas na
agricultura, como a enxada e a foice.
Oxóssi, o Orixá Odé, o Orixá caçador, senhor da fartura, senhor da caça.
Oxóssi ensina o equilíbrio ecológico parecendo um índio muito forte; caça os espíritos perdidos os trazendo
para a luz.

Animais: Javali e tatu.

Bebidas: Vinho tinto, água de coco e caldo de cana.


Comidas: Carne e frutas.
Cores: Verde e azul.
Comemoração: 20 de janeiro.
Corpo humano: Aparelho respiratório.

Ervas: Alecrim, guine, mangueira, essência alecrim.


Flor: Flores do campo.
Metais: Bronze e latão.
Pedras: Amazonita, esmeralda, turquesa.
Quizilas: Cabeça de animais, mel e ovo.

Saudação: Oke Aro.


Símbolos: Arco e flecha.
Ponto da natureza: Mata.

Oxóssi é filho de Oxalá e Iemanjá, e seu nome tem origem do iorubá, linguagem especificamente africana,
que significa “guardião popular”.
Ele é considerado o rei de Ketu, pois livrou a população de um dos pássaros de Eleyé (donas de pássaros
que possuem espíritos maléficos). Quebrou, assim, um feitiço que ele lançou sobre aquele povo.
Oxóssi é ligado ao conhecimento e à natureza. Ele sempre enaltece tudo o que ela pode proporcionar,
conforme a necessidade humana. Por esta razão, ele também é conhecido como o Orixá da caça, da fartura
e do sustento.
Na África antiga, Oxóssi era considerado o guardião dos caçadores, responsável por trazer o sustento para
a tribo. Atualmente, ele protege todos os que saem de casa diariamente para o trabalho, pois é deste
esforço que vêm o sustento das famílias.
Oxóssi também é considerado um Orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas, sendo
também um caçador de axé. Ou seja, é um Orixá que busca as boas influências e energias positivas para um
ilé, espaço onde são realizadas as festas públicas no Candomblé.
Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do
Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente
cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos
humildes, honestos e leais.

Cor: Preto e branco.


Fio de contas: Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.
Ervas: Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera.
Símbolo: Cruz.

Pontos da natureza: Cemitério, grutas, praia.


Flores: Monsenhor branco.
Essências: Cravo e Menta.
Pedras: Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato.
Metal: Chumbo.

Saúde: Todas as partes do corpo (é o Orixá da Saúde).


Dia da semana: Segunda-feira.
Elemento: Terra.
Chakra: Básico.
Saudação: Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”).

Bebida: Água mineral (vinho tinto).


Animais: Galinha d’angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.
Comidas: Feijão preto, carne de porco, Deburú – pipoca.
Número: 3.
Data comemorativa: 16 de Agosto (17 de Dezembro).

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-
lhe. Foi rejeitado primeiramente pela mãe.
Comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação
com a morte. Está coberto de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em
outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós
morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de
força.
Ossain, o Orixá das folhas e, sem folhas, nada é possível na Umbada ou no Candomblé. É preservador das
matas e florestas, das folhas medicinais, das ervas de culto. É o senhor dos segredos medicinais e de
magias verdes.

Animal: Pássaro.
Bebida: Suco de frutas.
Comidas: Abacate, banana frita, pamonha, amendoim torrado.

Chakras: Frontal e cardíaco.


Cores: Verde e branco.
Comemoração: 5 de outubro.
Dia da semana: Quinta-Feira.
Corpo humano: Artrite e reumatismo.

Elemento: Terra.
Ervas: Quebra-pedra, mamona, coqueiro, café.
Flor: Flores do campo.
Metais: Estanho e latão.
Números: 7 e seus múltiplos.

Pedras: Amazonita, esmeralda, turmalina verde e rosa.


Quizilas: Ventania e jiló.
Símbolo: Ferro com 7 pontas e um pássaro no centro.
Pontos da natureza: Clareira das matas.

Ossain recebera de Olodumarê o segredo das folhas. Sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor;
outras a sorte, a glória, as honras ou, ainda, a miséria, as doenças e os acidentes.
É o detentor do axé (força, poder, vitalidade), de que nem mesmo os Orixás podem privar-se. Muitas vezes
é representado com uma única perna.
Ossain é o companheiro constante de Ifá. É representado por uma sineta de ferro forjado, terminada por
uma haste pontuda enfiada em uma grande semente. A haste é fincada no chão, ao lado do ossum do
babalaô. Por sua presença, Ossain traz a influência das folhas para as operações da adivinhação.
Ossain é um Orixá bastante reservado e pouco visto nos terreiros. Acredita-se que ele até prefere que
existam várias lendas sobre si, já que não se importa com isso, afinal, tem bastante segurança sobre quem
é, o que quer e como trabalha. Junto com Oxóssi e Ogum, é um defensor das matas e encontra nas
florestas mais virgens e profundas a emanação pura da energia da natureza. Aconselha-se sempre deixar
uma oferenda aos três Orixás sempre que adentrar a uma mata, já que é um território sagrado e que deve
ser respeitado.
Ele mora no céu e viaja através do arco-íris para a Terra. Além disso, ele representa a fortuna, abundância,
prosperidade e riqueza que são realizações importantes para o seu povo. A comunicação entre o céu e a
terra é garantida por Oxumarê. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento.
Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a
continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata
cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.

Cor: Verde e amarelo (cores do arco-íris, ou, amarelo rajado de preto).


Fio de contas: Verde e amarelo.
Ervas: Mesmas de Oxum.
Símbolo: Cobra e Arco-Íris.
Pontos da natureza: Próximo da queda da cachoeira.

Flores: Amarelas.
Pedras: Ágata. (Topázio, esmeralda, diamante).
Metal: Latão (Ouro e Prata mesclados).
Dia da semana: Terça-feira.
Elemento: Água.

Chakra: Laríngeo.
Saudação: Arrobobô.
Bebida: Água Mineral.
Animais: Cobra.
Comidas: Batata doce em formato de cobra, bertalha com ovos.

Numero: 14.
Data comemorativa: 24 de agosto.

Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. Leva a água dos mares, para o céu, para
que a chuva possa formar-se; é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo
sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso é associado ao cordão umbilical.
Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele,
principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a
Umbanda.
Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre
o dia e a noite, o bom e o mal tempo, o bem e o mal, o masculino e o feminino, a água e a terra, tudo o que
é duplo, ambíguo e opostos que se complementam. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra com a sua
cauda e assegura a integração do planeta e a renovação do universo regendo as transformações.
É Orixá da sabedoria e dos pântanos. Responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída
(desencarne). Nanã é chamada carinhosamente de Avó, por ser usualmente imaginada como uma anciã.
Nanã é lama, é terra com contato com a água. É o pântano, o lodo, sua principal morada e regência. Ela é a
chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo,
homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento.

Animais: Galinha branca, pata branca, cabra branca, rã.


Bebida: Água da chuva, água de coco, mel e dendê.
Comida: Acaçá, pipoca, farofa de dendê, peixe cozido com pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim
cozido no dendê, Aberem, mugunzá, efó, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa.
Cor: Branco com traços azuis ou roxos, cor anil, branco e roxo, também pode ser lilás, roxo ou azulão.
Dia: Quarta-feira.

Domínios: Pântanos, chuva, morte.


Elemento: Água, e terra.
Emblema: Iberim, cetro da nervura do dendezeiro.
Ervas: Avenca, alfavaca, hortência, sempre-viva roxa, folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa),
samambaia, melão de São Caetano, manacá.
Essências: Guiné, noz moscada, camomila, cravo.
Flores: Crisântemo branco e lilás, campânula , hibisco, violetas, flores do campo de cor lilás, lírio, orquídea,
narciso, begônias.
Fruta: Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura, melão, limão, fruta do conde, coco seco, banana da
terra, abacaxi, jaca.

Função: Criação e transformação.


Quizilas: Multidões, instrumentos de metal.
Metal: Ouro branco, estanho, latão.
Natureza: Pântanos, lama.
Números: 6 e 13.

Pedra: Ametista.
Saudação: Salubá.

Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho
primogênito com Oxalá, Omolu, por este ter nascido com várias doenças de pele. O abandonou numa
praia. Iemanjá o achou e o criou como se fosse sua mãe.
Na síntese mitológica iorubana Nanã é considerada a mais velha deusa da nação, predominando com
associações diretas com a morte e com a posição reservada aos bem mais idosos.
É o Orixá feminino da fertilidade, ligada ao Rio Oxogbo, na Nigéria. Oxum é a senhora das águas doces, dos
rios e das águas quase paradas. Perfumes, jóias e espelhos alimentam esta mãe.

Animal: Pomba Rola.


Bebida: Champanhe.

Comidas: Banana, pirão e quindim.


Chakra: Umbilical.
Cores: Azul e amarelo.
Comemoração: 8 de dezembro.
Dia da semana: Sábado.

Elemento: Água.
Corpo humano: Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Ervas: Jasmim e dinheiro em penca. Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião.
Metal: Ouro.
Pedras: Topázio (amarelo e azul).

Flores: Lírio, rosa amarela.


Fio de Contas: Cristal azul.
Símbolo: Coração ou cachoeira.
Essências: Lírio e Rosa.
Quizilas: Abacaxi e Barata.

Saudação: Ora ye ye oa ie ie u.
Numero: 5.
Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Cabeças, Nossa Senhora de Fátima, Nossa
Senhora de Lourdes, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora de Nazaré.
Pontos da natureza: Cachoeira e rios.
Comidas: Omolocum. Ipeté. Quindim.

A filha predileta de Oxalá, foi esposa de Oxossi, Ogum e Xangô. Oxum é destacada como a dona da água
doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios e,
principalmente, as cachoeiras onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de
seus filhos.
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.

Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Dois Orixás crianças. Ele é Xango D' Ibeji e Ela Oxum D'ibeji.
Formado por duas entidades, os Ibejis indicam a contradição, os opostos que se completam. Também são
ligados a tudo que se inicia e nasce, a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar
das plantas.
Os Ibeji são responsáveis pela infância e hora do parto.

Dia da semana: Domingo.

Bebida: Água de coco.


Chakras: Laríngeo.
Cores: Azul, rosa e branco.
Comidas: Doce e frutas.
Elemento: Fogo.

Ervas: Alecrim, jasmim e rosa.


Essência: De frutas.
Flor: Margarida.
Metal: Estanho.
Pedra: Quartzo rosa.

Planeta: Mercúrio.
Pontos da natureza: Jardins e praias.
Signo: Gêmeos.
Quizilas: Assovio e morte.

Associados aos gêmeos Taiwo (o primeiro que sentiu o gosto da vida) e Kainde (o que demorou a sair), seus
pais são Xangô e Oxum.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exú, se não for bem cuidado pode
atrapalhar os trabalhos com as suas brincadeiras infantis.
Ibeji é tudo o que existe de bom, belo e puro; uma criança pode-nos mostrar o seu sorriso, a sua alegria, a
sua felicidade, o seu falar, os seus olhos brilhantes.
Regem a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. A sua determinação é tomar conta do bebé até à
adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega.
Obá, a guerreira, a força da liberdade.
Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são
considerados domínios de Obá. Ela também controla o barro, água parada, lama, lodo e as enchentes.
Trabalha junto com Nanã. Representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a
transformação dos alimentos de crus em cozidos. É também a dona da roda.

Animal: Galinha de Angola.


Bebida: Champanhe.
Cores: Vermelho e marrom rajado.

Dia de comemoração: 30 de maio.


Dia da semana: Quarta-feira.
Comidas: Acarajé e quiabo.
Corpo humano: Ouvidos, garganta e orelhas.
Elemento: Fogo.

Erva: Manjericão.
Metal: Cobre.
Pedras: Coral, esmeralda, marfim e olho de leopardo.
Pontos da natureza: Rios, águas revoltas, pororoca.
Símbolos: Espada, escudo de cobre.

Quizilas: Peixe de água doce e sopa.

Obá é um Orixá do Rio Niger. Irmã de Iansã, é a terceira esposa de Xangô, prima de Euá, com quem se
parece. Leal demais ao marido, e mais velha do que as outras esposas.
Orixá, feminina, energética, temida, e forte, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos. Segundo
suas lendas, Obá lutou contra inúmeros Orixás, derrotando vários deles. Obá teria derrotado Exu,
Oxumarê, Omolu e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses, tendo sido derrotada apenas por
Ogum, tornando-se assim sua esposa. Ao lado de Ogum, quando este foi enfrentar Xangô, encantou-se
pelo oponente e abandonou Ogum para se entregar ao outro. Obá nunca havia visto alguém como Xangô,
ela via nele tudo o que sonhava para si.
O que Xangô representa para os mortos masculinos, Obá representa para as mulheres mortas. Assim, ela é
representante suprema da ancestralidade feminina.
Conhecida por sua aparência exótica, Ewá é também símbolo da beleza e sensualidade, mas nunca se
entregou a nenhum homem, se conservando casta e se tornando protetora de tudo que é virgem e puro,
desde o ser humano até mesmo as florestas e rios.
Não confunda pureza com ingenuidade, pois essa Orixá é muito astuta e esperta, por isso não queira nunca
despertar a sua ira. Às vezes é confundida com Oxumaré, assim ela costuma ser cultuada juntamente com
seu irmão e os dois são responsáveis pela energia do arco-íris. Ela também possui a serpente como seu
símbolo, só que em tamanho menor que a de Oxumaré.

Cores: Coral, rosa e vermelho vivo.


Números: 6 e 15.
Domínios: Beleza, vidência, criatividade. Preservação dos rios e das matas.
Símbolos e Ferramentas: O Ofá usado em guerra, o arpão, a cobra e a lira.

Elementos: Florestas, céu rosado, astros e estrelas, água de rios e lagoas.


Saudação: Ri Ro Ewá!
Dia: Terça-feira.
Comemoração: 13 de Dezembro.
Oferendas: Flores cor de rosa e vermelhas.
Comida: Adimu de Ewá (Cozinhados os ingredientes separados e ao final se misturam; feijão fradinho e
feijão preto refogado, milho de galinha cozido, batata doce picada e cozida, camarão seco, banana da terra
picada e coco cozido e picado em cubos).

Ewá é uma Orixá mais tradicional no Candomblé do que na Umbanda. Sua principal força vem da Nigéria,
onde existe um rio com seu nome. Ela é regente da neblina e dos nevoeiros, e quem a desafia costuma se
perder na vida e nunca mais consegue encontrar o seu caminho. Mulher guerreira e de grande sabedoria,
Ewá não possui medo da morte e já a enganou diversas vezes. Algumas de suas lendas diz que ela habita
também regiões de cemitério, onde se sente em paz e consegue se manter afastada de Ifá e de Xangô.
É de tradição também que ela suba somente na cabeça de mulheres, portanto ela se apresenta somente
em filhos de santos femininos.
Ewá é conhecida por ser símbolo de beleza e sensualidade. Também é considerada a Deusa do céu rosado
e estrelado, rainha do cosmos. A dona do mundo e horizontes.

Ela é de grande sabedoria, pois possui o dom da vidência.


Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma divindade feminina das águas, associada à fecundidade.
Iansã domina os ventos, chuvas fortes, os relâmpagos.
Iansã é uma guerreira poderosa, é a Deusa da espada e do fogo, senhora dos ventos, tempestades, trovões,
raios, ciclones, furacões, vendavais, e também dos espíritos desencarnados.

Animais: Coruja rajada, borboleta e cabra.

Bebida: Champanhe.
Comidas: Acarajé, bobó, inhame.
Chakras: Frontal e cardíaco.
Cores: Coral, marrom e vermelho.
Comemoração: 4 de dezembro.

Dia da semana: Quarta-feira.


Elemento: Fogo.
Ervas: Cana, espada de Iansã, para raio.
Flores: Flores amarelas e corais.
Metal: Cobre.

Saudação: Epahhey ,Oia!


Pedras: Coral, cornalina, granada e rubi.
Essência: Patchouli.
Quizilas: Abóbora e rato.
Símbolo: Raio.

Ao lado de Omolu, foi esposa de Ogum, de forte temperamento e também esposa de Xangô. Sendo
companheira de Xangô, o senhor dos raios e tempestades, é associada aos ventos e às águas.
Dos Orixás femininos é uma das mais guerreiras e imponentes.
Iansã, provém do nome do rio na Nigéria, onde seu culto é realizado, atualmente chamado de rio Níger. É
uma divindade do fogo, como Xangô, mas também é relacionada ao elemento ar, regendo os raios. É uma
das divindades que, ao lado de Airá e Afefê Icu, domina os ventos.
É saudada como "Iya mesan lorun", título referente à incumbência recebida como guia dos mortos. Ela
ajuda os desencarnados que estão à margem da Lei divina os levando para um plano melhor.
Logunedé, Orixá masculino, da pesca e da caça. Sua tamanha coragem é relacionada à de um leopardo, que
assim como o animal, é gracioso e muito belo não deixando de ser imponente, perigoso e poderoso.
É um orixá muito vaidoso, é considerado o mais elegante de todos os Orixás.
É um Orixá guerreiro, que guerreia como um caçador, sempre com estratégia e só entra num duelo para
ganhar. Ele busca o alimento com coragem para sua aldeia, conhecedor de muitos feitiços. É muito temido
pelos inimigos devido à sua bravura, inteligência e coragem.

Dia: Quinta-feira.
Dia do ano: 19 de abril.

Cores: Azul-turquesa e amarelo-ouro.


Símbolos: Balança, ofá, abebè, cavalo-marinho e pavão.
Elementos: Terra (floresta) e água doce (de rios e cachoeiras).
Domínios: Riqueza, fartura, beleza, maternidade, sexualidade.
Saudação: Logun ô akofá! Loci Loci Logum!

Números: 8 e seus múltiplos.


Metais: Platina e ouro.
Flores: Rosa branca e Flor do campo.
Ervas: Alecrim do campo, salsa, malva, lavanda, verbena.
Animal: Coelho.

Animal votivo: Camaleão e pavão.


Bebida: Vinho branco.
Comida: Omolokum e Axoxo.

Logunedé é filho de Oxóssi e Oxum. Ele herdou o jeito meigo e a graça de Oxum e a felicidade e o espírito
caçador de Oxóssi, portanto apresenta em suas características expressões femininas e masculinas, o que o
faz aparecer em algumas representações da Umbanda e Candomblé como uma figura jovem.
Ele divide sua vida em dois períodos no ano, durante 6 meses ele acompanha o seu pai nas matas, o que o
garantiu grande habilidade com a caça, sendo muito ágil e carregando também o axé da prosperidade. Nos
outros 6 meses ele convive com sua mãe nos rios, onde desenvolveu técnicas de grande pescador e
absorveu as características belas e delicadas de Oxum. Seu temperamento devido ao axé dos seus pais é
bem contraditório, pois em um momento ele se apresenta amável e benevolente e em outro instante ele
prefere a solidão e assume uma posição séria que lembra Oxóssi.
Logunedé é um Orixá regente da caça, pesca, do progresso e fartura. É o Orixá que leva progresso,
abundância, prosperidade, vitórias e realizações na vida daqueles que o cultuam com fé e de coração, não
ajudando e punindo aqueles que não tem um bom caráter como mentirosos, falsos, ladrões.
Iemanjá, a rainha dos peixes das águas salgadas.
Considerada a mãe de todos os Orixás, Iemanjá está ligada ao Rio Yemoja. Ela é a rainha dos mares e das
águas, das ondas, dos maremotos e da pesca.
Conhecida como Deusa das pérolas, ela apara a cabeça dos bebês na hora do seu nascimento. Iemanjá rege
a família, os lares e as uniões.

Dia da semana: Sábado.

Elemento da natureza: Água.


Erva: Pata de vaca.
Essências: Jasmim, crisântemo e orquídea.
Flores: Angélica, hortênsia e rosa banca.
Metal: Prata.

Pedras: Água marinha, lápis lazuli, pérola e turquesa.


Animais: Peixe, cabra branca, pata e galinha branca.
Bebidas: Água mineral e champanhe.
Chakra: Frontal.
Cores: Cristal, branco e azul claro.

Comidas: Arroz, manjar, peixe e canjica.


Ponto da natureza: Mar.
Símbolos: Lua minguante, ondas e peixe.
Quizilas: Poeira e sapo.

Iemanjá, filha de Olokun, o soberano dos mares, se casa com Olofin-Oduduá, com quem teve dez filhos,
que posteriormente se tornaram orixás.
No inicio da nossa criação, os seres humanos poluíram demais o mar. Por esta razão, Iemanjá percebia que
sua casa vivia suja. Ela reclamou para Olorum, Deus, que lhe deu o poder de devolver à praia toda a sujeira,
criando assim as ondas. E as ondas devolvem à terra tudo o que não pertence ao mar.
Iemanjá é a padroeira dos pescadores. Muitas vezes é representada como sereia. É ela quem decide o
destino de todos aqueles que entram no mar.
Os cabelos negros, os traços delicados e os seios fartos sintetizam na bela divindade o arquétipo da
maternidade. Pois é esse seu grande valor, acolher a todos que lhe pedem ajuda, sem julgar nem minimizar
a dor de ninguém. Isso lhe vale mais um título, o de Deusa da compaixão, do perdão e do amor
incondicional.
Xangô, a força do trovão e o fogo provocado pelos relâmpagos quando chegam à Terra. É considerado o
Orixá da justiça, dos raios, dos trovões e do fogo, além de ser conhecido como protetor dos intelectuais.

Animais: Tartaruga e carneiro.


Bebida: Cerveja preta, água de coco.

Cor: Marrom, vermelho.


Comemoração: 30 de setembro.
Dia da semana: Quarta-Feira.
Ervas: Erva de São João, alecrim do campo, folhas de limão, folhas de mangueira, folhas da goiabeira,
folhas de uva, folhas de beterraba, babosa, guiné, levante, lírio, violeta, folhas da ameixeira, manjericão,
sabugueiro, manjerona.
Flores: Cravos vermelhos e brancos. Palmas amarelas, palmas lilás, monsenhor amarelo, monsenhor lilás.
Metal: Estanho.
Pedras: Pirita e jaspe.

Essência: Cravo, morango.


Quizilas: Doenças e caranguejo.
Elemento: Fogo.
Ferramenta: Oxê, machado duplo de duas lâminas laterais feito e esculpido em madeira ou metal.
Números: 6 e 12.

Saudação: Kao cabecile.


Símbolo: Machado.
Pontos da natureza: Pedreira.

Filho de Oxalá com Iemanjá, Xangô simboliza a iniciativa, o articulador e a justiça humana. Virilidade e
paixão também são representados por este Orixá.
Xangô foi o quarto rei lendário de Oió, na Nigéria, tornado Orixá de caráter muito justo, violento e
vingativo, cuja manifestação são o fogo, os raios, os trovões. Filho de Oraniã e Torossi, teve várias esposas,
sendo as mais conhecidas Oiá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os
malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê, machado de dois lâminas.
É a representação do espírito maduro, grande líder, conhecedor do bem e do mal. Seus filhos geralmente
tem o temperamento forte e são realizadores de grandes conquistas.
Este Orixá é considerado o mestre da sabedoria, gerando o poder da política e justiça. Se recorre à ele para
resolver problemas relacionados com documentos, estudos e trabalhos intelectuais.
Oxalá, o dono do livre arbítrio. Responsável pela criação do mundo e do homem, Oxalá deu o livre arbítrio
para que os homens trilhássemos nosso caminho.

Animais: Caramujo e pato branco.


Bebida: Água e água de coco.

Chakra: Coronário.
Cor: Branco.
Comidas: Arroz doce e canjica.
Corpo humano: Tudo relacionado aos aspectos psíquicos.
Dias: Sexta e domingo.

Elemento da natureza: Ar.


Ervas: Boldo.
Essências: Lírio e aloe vera.
Flores: Todas brancas e lírios.
Metais: Ouro e prata.

Pedras: Brilhante e quartzo leitoso.


Pontos da natureza: Praia deserta e colinas.
Saudação: Epa babab.
Símbolo: Cajado.
Quizilas: Bebida alcoólica, dendê e sal.

Oxalá significa luz (oxa) branca (alá). É calmo, sereno, pacificador; é o criador e, portanto, é respeitado por
todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertencem os olhos que veem tudo.
É o pai maior. Oxalá foi o primeiro Orixá a ser criado e a ele foi dada a missão de criar o universo, todos os
seres e coisas que existiriam no mundo. Pai dos homens, criador da humanidade, Oxalá é o pai de todos.
Muito sábio e benevolente com os filhos, ele os leva pelos caminhos da vitória.
Oxalá é o primeiro filho de Olorum, o Orixá mais velho. Devido a sua posição ele se tornou um pouco
prepotente e exigente, sendo assim teimoso e perfeccionista. Sempre consegue o que deseja através de
suas estratégias e capacidade de raciocínio.

Da sua união com Iemanjá nasceram outros Orixás e a linha do horizonte, dividindo o céu e o mar.
Esse Orixá orienta quem os busca com a força de batalha para alcançar seus objetivos de vida. Oxalá é
símbolo da pureza e da paz.
Oxaguiã é um Oxalá jovem. Sempre de branco. Usa espada, escudo, polvarim e mão de pilão.
Orixá do dinamismo e movimento construtivo, da cultura material. Seu domínio são as lutas diárias por
sustento e trabalho e a paz. Oxaguiã incentiva o trabalho e a superação.

Cor: Branco, matizado de azul.

Dia: Sexta-feira.
Comida: A canjica branca com oito bolas de inhame por cima.
Metal: Prata e metais brancos.
Contas: Brancas intercaladas de azul claro.
Festa: Pilão de Oxaguiã (festa dos inhames novos).

Elementos: O ar, a atmosfera e a água.


Saudação: Exeuê, babá!, Epa Babá!
Animais: Pombos brancos, cavalo branco, camaleão, igbin.
Número: 4.
Regência: Vida, criatividade, estratégia, a guerra, as invenções, a inteligência, o debate, o brilho, o dia.

Símbolos: Espada,mão de pilão e um escudo.

É sempre retratado como um guerreiro forte, astuto e conquistador, Oxaguiã rege as inovações, a busca
pelo aprimoramento, o inconformismo. É um Orixá relacionado com o sustento do dia-a-dia, gostando de
mesa farta. Seu sustento vem do fundo da terra ou da floresta. Ele detém todas as armas e as usa para
alcançar seus objetivos, que são dar para quem tem fome e até tomar de quem tem muito e não tem fome.
Diz-se que enquanto Ogum fornece meios (ferramentas e armas), Oxaguiã fornece inteligência e vontade
para vencer. Representa o início de um movimento.
Oxaguiã também sente prazer em destruir para concretizar o novo se estabeleça. Este Orixá tem
personalidade violenta e severa, pela polaridade nele contida, ou seja, porque sempre mostra as duas
faces: a guerra e a paz.
Sua comida favorita é o inhame. Sendo Orixá das inovações e invenções, criou para si o pilão, de tal forma
que pudesse saborear seu prato favorito.
É o Orixá da fartura, da riqueza e do raciocínio pleno.

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