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Yansâ

A deusa é adorada, no Brasil, pelas religiões de matriz africana, em especial no


Candomblé e na Umbanda. Embora haja algumas diferenças em seus cultos,
ambas as tradições reconhecem Iansã como uma orixá de grande importância e
poder. Tanto no Candomblé quanto na Umbanda, o culto a Iansã é marcado pela
reverência, pelo respeito e pela busca por sua energia transformadora. Ela é vista
como uma divindade guerreira que traz coragem, proteção e direção em
momentos de desafios.

Oyá é uma iabá relacionada, sobretudo, ao elemento ar. Possui o poder de


controlar e direcionar os ventos, trazendo mudanças e transformações. Suas
tempestades representam sua capacidade de purificar e renovar. A deusa
também está associada aos raios e trovões. Os raios são vistos como sua arma,
símbolo de seu poder destrutivo, mas também de sua justiça implacável. Os
trovões anunciam sua presença e intensificam sua energia.

Yansã é considerada uma protetora, tanto na vida cotidiana quanto nos campos
espiritual e emocional. Segundo a tradição, defende seus seguidores contra
influências negativas, trazendo segurança e equilíbrio. Sua energia protetora
costuma ser invocada para afastar perigos e oferecer abrigo.

O instrumento de Yansâ é conhecido como Eruexim, confeccionado com crina do


rabo de boi ou búfalo, que dizem os religiosos, ser o mais indicado, dado ser o
animal de poder de Iansã, o búfalo. As cerdas são arranjadas em chumaços
colocados nos cabos em madeira ou metal, adornado com contas e búzios. A
função especifica do Eruexim na mão da Orixá é espantar os Eguns e promover os
ventos, prerrogativas do Orixá a quem o objeto é símbolo.

Eruexim

Alfange ou espada de Yansã

Yansã é bem diferente das figuras femininas centrais da Umbanda e está mais
próxima dos terrenos consagrados aos homens, pois ela participa das lutas nos
campos de batalha e está longe do lar, não gosta de afazeres domésticos. A Orixá
Yansã possui muita sensualidade, está sempre apaixonada, mas não costuma ter
mais do que um parceiro ao mesmo tempo. É conhecida como a Orixá do
arrebatamento da paixão. A orixá Yansã é dramática, se zanga facilmente e tem
triunfos decisivos.
Reza à lenda que a transformação de Iansã em borboleta nasce do medo do
temperamento de Xangô, e por conta disso procurou Exu que a concedeu o poder
de mutação em borboleta, toda vez que tivesse medo. Ela também apresentava
outra transformação da fauna que era a magia de se transformar em búfalo, em
segredo.
Conta-se, também, que quando Iansã se transformou em Orixá, ela apareceu para
Oxum em forma de borboleta em tons de rosa, representando a transformação, o
renascimento e a liberdade de ir e vir.

Caracteristicas
Cor: Vermelho, marrom, amarelo e o rosa.
Guias: Miçangas rosas, vermelhas, marrom ou amarelas.
Ervas: Espada de santa Bárbara, dandá da costa, para raio, eucalipto, pinhão roxo
e quebra demanda.
Pontos da natureza: Ventos, as chuvas e os trovões.
Essencias: Maçã, atrai vitalidade e dinamismo.
Pedras: Quartzo rosa.
Metal: Latão e cobre.
Planeta: Marte.
Dia da semana: Quarta-Feira.
Elemento: Fogo e ar.
Chakra: Chakra Laríngeo.
Saudação: Eparrey Yansâ! Significa um olá com admiração.
Bebida: Cerveja, vinho doce e licor de caju.
Animais: Borboleta e Búfalo.
Comidas: Numeros: O abará é um bolinho de feijão-fradinho moído, camarão
seco e cebola, temperado com azeite de dendê e pimenta, enrolado em folhas de
bananeira e cozido em banho-maria. É oferecido a Iansã e aos orixás Obá e Ibeji.
Número: 6, 9 e 12
Data comemorativa: 04 de Dezembro
Sincretismo: Santa Bárbara

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