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ORIXÁ EWA

Também conhecida como Ìyá Wa. Assim como Iemanjá e Oxum, também é uma
divindade feminina das águas e, às vezes, associada à fecundidade. É reverenciada como a
dona do mundo e dos horizontes. Em algumas lendas aparece como a esposa de Oxumarê,
pertencendo a ela a faixa branca do arco-íris, em outras como esposa de Obaluaiê ou Omulu.
Orixá que protege as virgens e tudo que é inexplorável. Ewá tem o poder da vidência, Sra.
do céu estrelado, rainha dos cosmos. Ela está o lugar onde o homem não alcança. Seu
símbolo é o arpão, pode também carregar um ofá dourado, uma serpente de metal. Ela é
representada também pelo raio do sol. As palmeiras com folhas em leque também
simbolizam Ewá - exótica, bela, única e múltipla. Rege as neblinas e nevoeiros na natureza.
Todos os seres que praticam o mimetismo e técnicas de camuflagem são protegidos por
Ieuá. A breve aparição do tom rosado ao céu no por do sol, é uma representação material
desse orixá momento no qual ele é saudado. Ewá é a rainha dos horizontes
Mantém fundamentos em comum com Oxumarê, inclusive dançam juntos, mas não
se sabe ao certo se seria a porção feminina, sua esposa ou filha. Quando cultuada na nação
Keto, Ewá dança, ilu, hamunha e aguerê, Na cultura jêje, onde suas danças são
impressionantes, prefere o bravun e o sató e dança acompanhada de Oxumare, Omolu e
Nanã. Nas festas de Olubajé, Ewá não pode ser esquecida, deve receber seus sacrifícios, e
no banquete não pode faltar uma de suas comidas favoritas; banana-da-terra frita em azeite.
As cores de seus colares (fio de contas) são o vermelho e dourado. Usa como insígnias a
âncora e a espada, ofá que utiliza na guerra ou na caça, brajás de búzios, roupa enfeitada
com icô (palha da costa) tingida. Gosta de pato, também de pombos, odeia galinhas. Há um
vodum fom com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. Sua saudação é
“Riró!” ou Ri Rô Ewá, que quer dizer: “doce e branda Ewá. Ieuá é o orixá da beleza,
geralmente cultuada junto a seu irmão inseparável Oxumarê, juntos conduzem o arco-íris e
o ciclo da água, por ser orixá pouco cultuado é muitas vezes identificada como Oxumarê
fêmea, devido também levar uma cobra só que pequena.

Ieuá ou Euá (em iorubá: Yèwá) é o orixá do Rio Ieuá, curso d'água que corre no
estado de Ogum, na Nigéria. Seu culto é originário dos ieuás, um dos subgrupos do povo
iorubá (mais conhecido no Brasil como "nagô") habitantes do sudoeste da Nigéria. É uma
iabá (orixá feminino) identificada no jogo de búzios pelo odu obeogundá. Embora ela seja
uma orixá conhecida no Brasil, seu culto não sobreviveu em todos os Terreiros e casas de
religiões afro-brasileiras. Isso provavelmente aconteceu porque sua celebração envolve
rituais específicos e complexos. E, certamente, não ficaram guardados com todos os
detalhes na cabeça dos homens e mulheres da religião. De maneira que somente algumas
pessoas, mais velhas, sabem ao certo como cultuar e celebrar Ewá.
Ewá só possui filha de santos, isso quer dizer ela só incorpora em mulheres durante
os seus rituais religiosos. As filhas dessa orixá possuem uma beleza estonteante, costumam
ser mulheres bastante sociáveis, calmas e joviais.

NO BRASIL
Ieuá, é uma das iabás, considerada ora irmã de Iansã, ora irmã de Oxumarê. Seu
nome significa mãezinha do caráter. É sincretizada nas religiões afro-brasileiras com Santa
Luzia. Verger em suas pesquisas diz: "Na Bahia é cultuada em casa de fundamentos casas
antigos, devido à complexidade de seu ritual. As gerações mais novas captaram
conhecimentos necessários para a realização do seu ritual, através do culto de Ifá e seus
tratados. Em 1981, houve uma saída de Ieuá no Ilê Axé Opô Afonjá, após mais de 30 anos
da iniciação da anterior. Com a volta do culto de Ifá e dos babalaôs, muitos santos como
Ieuá, Ocô e Oloquê voltaram a serem feitos. O que antes eram comum as casas dizerem que
não tem folha ou ser perderam com o tempo. Na Bahia antiga muitas casas tinham o auxilio
dos babalaôs, com o tempo eles foram sumindo e morrendo, até se perderem completamente
os seus conhecimentos, mais uma nova janela se abre para o culto dos orixás nas mãos dos
iniciados em Ifá que dirigem as casas de santo, os auós, auofacás, Oriates e Olôs estão
trazendo de volta os cultos antes perdidos. As casa de santo se enche do brilho dos orixás
antes sumidos que agora estão de volta.

NA BAHIA
Nos anais dos candomblés tradicionais da Bahia, Ieuá é cultuada há muito tempo e
com grande refinamento de culto no Terreiro do Gantois ou Ilê Iá Omim Axé Iá Massê,
assim como também tem seus fundamentos guardados com grande zelo na Casa De
Oxumarê ou Ilé Oxumarê Aracá Axé Agodó, e também é um Orixá de culto estabelecido e
fundamentado no Ilê Axé Opô Afonjá. O babalorixá Roberval José Marinho Falojutogun
também cultua Ieuá em sua casa Obé Ogum Ebé Axé Ecô, sendo este babalorixá co autor do
Livro “Euá a senhora das possibilidades” único livro a tratar exclusivamente desse orixá em
nossa literatura.

YEWÁ NA TRADIÇÃO KETU


Na África, o rio Yewá é a morada dessa deusa, mas sua orígem gera polêmicas. A
quem diga que, a exemplo de Òsùmàrè, Nànán, Obàlúwàiyé e Iròkó, Ewá era cultuada
inicialmente entre os Mahi e foi assimilada pelos Yorubás e inserida em seu panteão. Havia
um Òrìsà á feminino oriundo das correntes do Daomé chamado Dan. A força desse Òrìsà
estava concentrada em uma cobra que engolia a própria cauda, o que denota um sentido de
perpétua continuidade da vida, pois o círculo nunca termina. Yewá seria a ressignificação de
Dan ou uma de suas metades. A outra seria Òsúmàré. Existem, porém, os que defendem que
Yewá já pertencia à mitologia Nagô, sendo originária na cidade de Abeokutá. Estes,
certamente, por desconhecer o panteão Jeje. No qual o Vodun Ewa, da família Danbirá, seria
o correspondente da Ewá dos Nagô. Confundem Ewá com uma qualidade de Yemòja. Erram
porque Ewá é um Òrìsà independente, mas sua origem não se esclarece sequer entre os Jeje,
pois em respeitados templos de Voduns afirma-se que Ewa é Nagô.
Yewá é simbolizada pelos raios brancos do sol, da neve, o sumo branco das folhas, o
branco do arco-íris, os espermatozoides, a saliva e, ainda, o rio Yewa e a lagoa do mesmo
nome. Òrìsà dos astros, guerreira valente, é também a Òrìsà das florestas. É uma Santa
muito difícil de aparecer no Brasil, ela requer muita consciência. Não roda na cabeça de
homem ou seja sexo masculino. Yewá é uma bela virgem que entregou seu corpo jovem a
Ṣàngó, marido de Ọya, despertando a ira da rainha dos raios. Yewá refugiou-se nas matas
inalcançáveis, sob a proteção de Òsóòsì, e tornou-se guerreira valente e caçadora habilidosa.
Ewá, orixá feminino, é a deusa da vidência, protetora das virgens e das matas
intocáveis, senhora das possibilidades, que têm uma estreita relação com as águas doces,
com a névoa e com a neblina. As virgens contam com a proteção de Yewá e, aliás, tudo que
é inexplorado conta com a sua proteção: a mata virgem, as moças virgens, rios e lagos onde
não se pode nadar ou navegar. Yewá domina a vidência, atributo que o deus de todos os
oráculos, Òrúnmílà lhe concedeu. Yewá foi uma cobra muito má e por isso foi mandada
embora. Acabou encontrando abrigo entre os Yorubás, que a transformaram em uma cobra
boa e bela. A metade feminina de Òsúmàré. Por esse motivo, Òsúmàré e Yewá, em qualquer
ocasião, dançam juntos.

YEWÁ NA ÁFRICA
Yewá é um Orixá dona da transição entre a matéria e o espírito e representa esse
momento. É amplamente ligada a morte e guia todos os Eguns para essa transição. Seu culto
provém de Dahomey e viveu em Egbado. Seu nome provém do Yorùbá Yèwá (Yeyé: Mãe –
Awá: Nossa). Por outro lado, Yewá também representa o horizonte, o encontro entre o céu e
a terra; entre o céu e o mar. Representada pelo pôr do sol, controlando o fenômeno visual e
horário do dia até a noite, protegida por dois bravos guerreiros que não permitem que
ninguém se aproxime dela nesse instante. A associação mais direta é com o crepúsculo, do
qual é a encarregada e, por isso, seu traje rosa intenso. Desta forma, a cada entardecer, seus
templos fechavam as portas e em alguns lugares não era prudente tocar música, cantar ou
dançar ao entardecer. Também gosta de viver nos jardins. À noite é companheira de Makeno
(Oxagrian). Yewá é muito contida e somente teve um filho e nunca mais conheceu outro
homem. Segundo os Odús de Ifá. Yewá é navegante, pesca e reparte Guacalotes (favas de
Oxóssi) entre os demais. Em Merindilogun (búzios) sua presença está em Iroso Tonti
Merindilogun (4-16), Iroso Tonti Osá (4-9), Iroso Tonti Eyoco (4-2), Iroso (4), Okana (1),
Osá (9) e Ojuani (11).
Para compreender Yewá, devemos retroceder até sua origem nas terras Dahomey, ou
terras Ararás (Djedje / Jeje). Nessas terras é onde podemos observar a origem desse Vodun e
suas primeiras referências concretas para a Cultura Ocidental Europeia datam do século
XVIII, quando tanto franceses como ingleses resgataram dados antropológicos e culturais
das tribos dessa parte da África. Na África, no antigo Egbado (hoje Yewá), o rio Yewá é
onde “habita a deusa”, mas sua origem e culto são muito mais profundos. Podemos ver que
Oxumaré, Naná, Omolu e Iroko, assim como Yewá, eram adorados inicialmente entre os
Mahi e foram assimilados e insertados pelos Yorubás em seu panteão. Porém, muitos dizem
e argumentam que Yewá já pertencia aos Lukumis e que desta forma chegou a Abeokutá.
É obvio que os Ketú, os Oyó, os Egbadó e os Anagó tiveram um contato mais próximo com
os povos de terras Ararás (Djedje), já que estes eram os povos com maior contato por conta
da fronteira.
Para os Ararás (Djedje) é um Vodun feminino da família do grande Vodun Dambirá.
Ela nasceu para ser o símbolo de pureza e da beleza dos deuses dahomeanos. Desde seu
nascimento até sua fase adulta, Yewá é mantida no Culto de Dan, onde representa a franja
branca do arco-íris. De Dan é precisamente de quem recebe o poder da vidência, a riqueza e
todos os corais marinhos. Desta maneira, pelos Ararás, Yewá passa a ser considerada pelos
demais Voduns como símbolo da virgindade e da pureza.
Em Cuba sabemos que Yewá chegou por parte dos Egbados e que estes foram os que
expandiram e conservaram o Culto a esse Orixá. Com os Egbados chegaram muitas
deidades, sendo as principais Oduduwá, Olokun e Yewá. Esta pode ser uma das causas pelas
quais foram preservadas as crenças Egbado sobre os Cultos Oyó. Na Tradição Egbado,
Yewá é filha de Obatalá e Oduduwá, irmã de Oyá e Óbba Nani e companheira de Babalu
Ayé (Azowano). Por ele há uma consideração pessoal, que apesar de William Bascom
assegurar que em IFÉ Yewá é a contração de Yeyé=Mãe e Wá=Nossa, ou seja Nossa Mãe,
em particular nos parece mais lógico o fato de que Yewá seja a contração de Iyá=Mãe e
Wá=Ewá ou Mãe Ewá tal como chamam os Yorubás os Voduns e Orixás femininos os quais
lhes dão o respeito e carinho de Iyá: “Mãe”. Yewá tem uma imagem taciturna e até
descomunal, pois representa a solidão, a contenção dos sentimentos, a castidade feminina, a
virgindade, a esterilidade e a transição da alma para o mundo espiritual. Assim é uma Orixá
ligada a morte e a vida, por consequência. É proprietária da escuridão e do próprio nevoeiro.
Como dito, Yewa é um orixá do qual o rio Yewa foi nomeado e também de onde o
povo Yewa, da área de Egbado, passou a adotar seu nome. Em Yorubaland, o local
privilegiado da adoração a Yewa é na cidade de Idogo, perto de Ilaro. O sacerdote local
afirma que ha varias histórias de como ela se tonou orixá, uma delas afirma que ela veio dos
céus junto com Yemoja, Yemowo, Osun, Oodua. Diz também, que um dos principais tabus
dessa orixá é pano preto e animais de coloração escura, dizem que Yewa os leva para seu
rio, caso passem por perto ou parem para beber água e se refrescar. Um fator interessante, é
que seu principal santuário em Idogo está localizado nas profundezas do rio. Dizem que esse
santuário permanece em um local aonde o rio gira em círculos e aonde suas oferendas são
deixadas.
Yewaland faz divisa com Benin, faz parte do Estado de Ogun na Nigéria. Em 1995, o
povo de Egbado se auto intitulou como “Yewa’s”, formando um grupo étnico que
compreende 4 governos locais. Umas das cidades mais antigas desse grupo afirma que seu
ancestral, Onidokun, era membro da casa de Oduduwa. Atualmente em Idogo, um complexo
surpreendente as margens do rio Yewa acomoda vários orixás em seu percurso, com uma
estrutura bem diferenciada. Yewa é retratada nesse complexo como uma sereia, assim como
outras iyabas ligadas às águas. Em Ogunmogba land, está localizado o templo de Iyewa.

O RIO YEUÁ
Ieuá ou Euá (em iorubá: Yèwá) é um rio transfronteiriço compartilhado pelo Benim e
a Nigéria. Sua bacia possui área total de 5.000 quilômetros quadrados e está localizada
dentro da zona de clima tropical da África Ocidental influenciada pelas massas de ar
tropicais continental e marítima. Próximo de suas margens ficam várias localidades de
pescadores artesanais como Atã, Ilaró, Adó-Odó, Apamu, Igunu Acabó e Badagri oriundos
das tribos auoris, eguns, ijaus e ilajés. O rio é conhecido pelas atividades madeireiras e de
mineração de areia, que junto da pesca, tornam o Ieuá economicamente interessante a seus
habitantes. Ele é habitado por várias plantas e seu biota inclui junças (cípero articulado e
papiro e páspalo), samambaias (acróstico, marsílea, ciclosoro e ceratópleris) e as palmeiras
(pandano, ráfia e fênix). Os riachos de Atã e Ilaró, no norte, são as principais fontes do Ieuá,
enquanto são drenados pelo riacho de Badagri da Nigéria ou o riacho de Porto Novo no
Benim para desaguar no oceano Atlântico através do porto de Lagos.
OS EBADÓS

Ieuás ou euás (em iorubá: Yèwá), anteriormente chamados ebadós (em iorubá:
Ẹgbado), são uma tribo dos iorubás que habitam a área oriental da Distrito Senatorial de
Ogum Oeste, no estado de Ogum, no sudoeste da Nigéria, África. Os ebadós parece ter
migrado, possivelmente de Queto, Ifé, ou Oió, para sua atual área no início do século XVIII.
As vilas ebadós mais importante Ilaró Ayetoro e Ibogila, foram criadas no século XVIII para
tirar partido das rotas do comércio escravo, do interior do Império de Oió até a costa em
Porto Novo. Outras vilas foram Ilobi e Ijaná, que eram estratégicas na proteção dos flancos
das rotas da escravatura. Os ebadós estavam sujeitos às regras do Império de Oió, que eram
controlados pelo governador Onisaré de Ijaná. Os Oió, não foram capazes de implantar sua
força cavalaria para proteger as rotas, devido a mosca tsé-tsé e à falta de forragens de cavalo
– e, portanto, teve de recorrer aos ebadós para gerenciar as rotas. Os historiadores
Akinjogbin, Morton-Williams e Smith, todos concordam que pelo século XVIII esta via
para a costa foi fortemente engajada no comércio escravo, e que escravos foram o
sustentáculo da economia de Oió.
Os ebadós alcançaram posteriormente uma frágil independência após a queda do
Império de Oió, mas estavam sujeitos a frequentes ataques de outros grupos, tais como a
invasão pelo Reino do Daomé (que apreendeu, entre outros, Sarah Forbes Bonetta), e várias
tribos que pretendiam forçar a abertura de suas próprias rotas de comércio de escravos para
o mar. As vilas Ilaró e Ijaná tinham sido destruídas nos anos 1830. Pelos anos 1840
chegaram a ebadó sob o controle das tribos adjacentes dos ebás, que utilizaram o território
ebadó para forjar rotas para Badagri e o porto de Lagos. Pelos anos 1860, os ebás
abandonam a rota, porque os ingleses estavam usando ativamente sua formidável marinha
para tentar abolir o comércio de escravos. Como consequência, os ebás expulsam os
missionários britânicos e comerciantes da área em 1867.
Após 1890, os ebadós solicitaram um protetorado aos britânicos e tendo uma
pequena guarnição armada, tornando-se independente dos ebás. A área tornou-se parte da
British Colony e protetorado da Nigéria em 1914, como Divisão Ebadó na Província de
Abeocutá. A sede administrativa foi mais tarde transferida, após a criação do novo Estado de
Ogum incluído (no mesmo tipo) da velha Província de Abeocutá. Em 1995, escolheram
renomear-se para ieuás, em honra ao nome do rio Ieuá, que atravessa a região em que
habitam. Eles são principalmente agricultores, mas existem algumas transformações têxteis
artesanais. Estão localizados principalmente nas áreas de: Adó-Odó/Otá, Ipoquiá, Ieuá Sul,
Ieuá Norte, Imecó-Afom, e Abeocutá Norte. Há denúncias de que o sistema de patrocínio e
nepotismo na política nigeriana tenha causado a área, ser negligenciada em termos de
investimento. A área desenvolveu um estilo de música popular, chamado Bolojó, na década
de 1970. O nível populacional é incerta, mas pode ser em torno de 300.000.

QUALIDADES
Ewá Fagemy: Senhora dos arco-íris (ligada a Oxalá e Oxun).
Ewá Bamio: Dona das pedras preciosas (ligada a Ossayn).
Ewá Salamim: Senhora das matas e guerreira (ligada a Odé e Yemanjá).
Ewá Gebeuyin: Torna-se uma serpente azulada nas tempestades (ligada a Oya, Omulu e
Oxum).
Ewá Awo: Senhora dos jogos de Búzios (ligada a Ossayn, Oya e Oxossi).
Ewá Gyran: Senhora dos raios solares (ligada a Oxum, Omulu e Oxossi).

COZINHA RITUALÍSTICA
Milho com coco:
Batata-doce:
Canjiquinha:
Feijão-fradinho:
Feijão-preto:
Banana da terra: feita em azeite de dendê com farofa do mesmo azeite.
Camarão seco:

*Lembrando que galinha nunca deve ser ofertada a Ewá, pois é sua quizila, isto é, esse
alimento que causa uma reação contrária ao axé.

INFORMAÇÕES GERAIS: Sua principal cor é o camim. Yewa tem como


atribuição limpar o ambiente, trazendo harmonia, alegria e beleza. Ouro, prata e brinze são
metais a ela direcionados. O dia da semana é o sábado, seu elemento a água. É sincretizada
em Nossa Senhora das Neves e Santa Luzia.
ITÃ DE EWA

Porque Ewá Não Aceita Galinha: Ewá, certa vez indo para o rio lavar roupa, ao
acabar, estendeu-a para secar. Nesse espaço veio a galinha e ciscou, com os pés, toda sujeira
que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Ewá que tornar a lavar.
Enraivecida, amaldiçoou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com
os pés espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de comê-la, daí, durante os
rituais de Ewá, galinha não passar nem pela porta.

Ewá - Orixá dos horizontes e fontes: Conta-se uma lenda, que Ewá era esposa de
Omulu, e era estéril, não podendo conceder um filho ao seu grande amado, sofrendo muito
por isso. Em uma bela tarde, a dona dos horizontes, estava-se a deleitar as margens de um
rio, juntamente com suas serviçais que lavavam vários alás (panos brancos). De repente,
surge de dentro da floresta a figura de uma pessoa, que corria muito e muito assustado.
– Como ousas interromper o deleite da mulher de Omulu, quem é você? Indagou Ewá, sobre
a irreverência do rapaz.
– Ewá! não era minha intenção interromper tão sagrado ato, oh! esposa de Obaluaiê! Porém
Ikú (a morte), persegue-me há vários dias e preciso escapar dela, pois tenho ainda um
grande destino a seguir. Peço sua ajuda Ewá, peço que me escondas para que Ikú não me
pegue?!
– Gostei de você e vou ajudá-lo, esconda-se sobre os alás que minhas serviçais estão a lavar,
e eu despistarei Ikú de seu caminho.
E assim foi feito, o jovem rapaz pôs a se esconder sobre os panos brancos. Alguns minutos
se passaram, e eis que aparece Ikú. A morte!
– Como ousas adentrar aos domínios de minha morada, quem és tu? Pergunta
Ewá com ar de indignada.
– Sou Ikú, e entro onde as pessoas menos esperam, entro e carrego comigo, dezenas,
centenas e até milhares de pessoas ! Porém hoje estou a procurar um jovem rapaz, que esta a
me escapar a dias, você o viu passar por aqui ?Perguntou Ikú para Ewá.
– Eu o vi sim Ikú, ele foi naquela direção. - Ewá apontava para uma direção totalmente
oposta ao das suas aldeãs, que estavam a esconder o jovem rapaz. Ikú agradeceu e seguiu
pelo caminho indicado. Sendo assim, o rapaz pode se desfazer de seu esconderijo e
agradeceu Ewá.
– Ewá, agradeço sua ajuda, terei tempo agora, de prosseguir meu caminho. Sou um grande
adivinho, e em sinal de minha gratidão, a partir de hoje lhe presenteio com o dom da
adivinhação. Ewá, agradeceu o presente dado pelo rapaz, que já havia se virado para ir
embora, quando retornou e falou a Ewá.
– Sim eu sei, você não pode ter filhos, pois lhe dou isso também, a partir de hoje poderá ter
filhos e alegrar ao seu marido.
Então Ewá, agradeceu novamente muito contente e perguntou ao jovem rapaz. - Qual é seu
nome? E o rapaz respondeu. – Meu nome é Ifá!

FESTIVIDADES DE EWA
Para sustentar e preservar a tradição e os valores culturais, além de prometer lealdade e
reverência as divindades, em Igbogbo, fiéis cultuam Yewa todo ano no mês de agosto. Uma
vaca é ofertada a deusa, para paziguar o rio e proteger a comunidade.

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