Você está na página 1de 31

PL – Política

Área: Meio Ambiente


Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium

1. Objetivo

O objetivo deste programa é assegurar que os procedimentos adotados em todas as áreas da


TERNIUM, inclusive os resíduos gerados na operação, manutenção do Porto e suas
unidades de apoio, excetuando-se os resíduos gerados nas embarcações e no atendimento de
saúde, estejam de acordo com a legislação vigente.
O Programa de Gerenciamento de Resíduos compreenderá as atividades de identificação,
caracterização, monitoramento da geração, coleta, manipulação, movimentação, valoração,
armazenamento temporário, reuso, reciclagem, transporte interno e externo, tratamento e
destinação adequada dos resíduos e também o gerenciamento da rastreabilidade tendo em
vista as exigências ambientais preconizadas em legislação, normas técnicas aplicáveis e nos
requisitos da TERNIUM.

2. Escopo

Este Programa de Gerenciamento de Resíduos abrange todas as unidades da usina da


TERNIUM e das suas contratadas, cuja responsabilidade da destinação dos resíduos
gerados seja da TERNIUM, inclusive os resíduos gerados na operação, manutenção do
Porto e suas unidades de apoio, excetuando-se os resíduos gerados nas embarcações.

3. Material de Referência

 Lei Federal Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos.
 Decreto 7.404, de 23 de Dezembro de 2010 – Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de agosto
de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Lei nº 10.165,
de 27/12/00 - Altera a Lei nº 6.938, de 31/8/81, que dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação.
 Lei Estadual Nº 4.191 de 30/09/2003 – Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos
Sólidos do Rio de Janeiro e dá outras providências.
 Decreto Nº 41.084 de 20/12/2007 – Regulamenta a Lei Nº 4.191 de 30/09/2003.
 Deliberação CECA Nº 4.497, 03 de Setembro de 2004 – DZ 1310 R.7 – Manifesto de
Resíduos.
 Plano Municipal da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS da Cidade do Rio
de Janeiro. Período: Agosto 2012 – Agosto 2016.
 Resolução CONAMA Nº 313 de 29/10/2002 - Dispõe sobre o Inventário Nacional de
Resíduos Industriais.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 1 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Resolução CONAMA 307 de 05/07/2002 - Estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, alterada pelas Resoluções
Nº 448/12, Nº 431/11 e Nº 348/04.
 Resolução SMAC Nº 519/2012 - Disciplina a apresentação de Planos de Gerenciamento
de Resíduos da Construção Civil - PGRCC.
 Resolução CONEMA N.º 44 de 2012 - Dispõe sobre a obrigatoriedade da identificação
de eventual contaminação ambiental do solo e das águas subterrâneas por agentes
químicos, no processo de licenciamento ambiental estadual.
 Resolução CONAMA N.º 420 de 2009 - Dispõe sobre critérios e valores orientadores de
qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para
o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência
de atividades antrópicas.
 Resolução CONAMA N.º 362/05 – Estabelece que todo óleo lubrificante usado ou
contaminado deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não
afete negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes
nele contidos.
 Resolução N.º 5.538, de 31/10/12 - Dispõe sobre a obrigatoriedade do processo de coleta
seletiva de lixo nos geradores de lixo extraordinário no Município do Rio de Janeiro.
 Portaria N.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego – Norma Regulamentadora
25 de 08/06/1978 e alterações - Dispõe sobre Resíduos Industriais.
 Decreto Federal N.º 96.044, de 18 de Maio de 1988 - Aprova o Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.
 Resolução ANTT Nº 3.665/11, de 4 de Maio de 2011 - Atualiza o Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
 Resolução ANTT Nº 420, de 12 de Fevereiro de 2004 - Aprova as Instruções
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.
 Lei Estadual (Rio de Janeiro) nº 3.007, de 09/07/98 - Dispõe sobre o transporte,
armazenamento e queima de resíduos tóxicos no estado do Rio de Janeiro.
 Lei Estadual (Rio de Janeiro) nº 2.011, de 10/07/1992 – Dispõe sobre a implantação de
programa de redução de resíduos.
 Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº. 56, de 6 de agosto de 2008 - Dispõe sobre o
Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos
nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.
 Resolução ANTT nº 701, de 25/08/04 - Altera a Resolução nº 420, de 12 de fevereiro de
2004, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos e seu anexo.
 Resolução CONAMA nº 001-A/1986, de 23/01/86 - Dispõe sobre transporte de produtos
perigosos em território nacional.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 2 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Resolução CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993 - Dispõe sobre o gerenciamento de
resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.
 Resolução CONAMA nº 257/1999, de 30/06/99 – Estabelece que pilhas e baterias que
contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, tenham
os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final
ambientalmente adequados.
 Resolução CONAMA nº 275/2001, de 25/04/2001 - Estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.
 Portaria Minter 53/79, de 01/03/1979 – Destino e Tratamento de Resíduos.
 Resolução ANP Nº 20, DE 18.6.2009 – Trata de estabelecer os requisitos necessários à
autorização para o exercício da atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou
contaminado.
 Instrução Normativa IBAMA 008/2002, de 15/05/02 – Dispõe sobre a destinação e o
gerenciamento ambientalmente adequado de pneumáticos inservíveis oriundos de
veículos automotores e bicicletas.
 Instrução Normativa nº 5/2012 do IBAMA, de 09/05/2012 - Dispõe sobre o procedimento
transitório de autorização ambiental para o exercício da atividade de transporte
marítimo e interestadual, terrestre e fluvial, de produtos perigosos.
 Instrução Normativa IBAMA 096/2006, de 30/03/06 – Transporte de produtos
potencialmente perigosos.
 Instrução Normativa IBAMA nº 13, de 18 de Dezembro de 2012
 NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação.
 NBR 14619 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Incompatibilidade química.
 NBR 13221 – Transporte terrestre de resíduos.
 NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de
produtos perigosos.
 NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e
armazenamento de produtos.
 NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Terminologia.
 NBR 7503 – Ficha de emergência e envelope para o transporte terrestre de produtos
perigosos – Características, dimensões e preenchimento.
 NBR 12235 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
 NBR 11174 – Armazenamento de resíduos classes II – Não inertes e III – inertes.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 3 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


4. Definições

Abreviação/ Nome do documento/ Termo Significado / Definição


Técnico
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito
DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito
TERNIUM Todas as áreas da Usina, incluindo a área
portuária.
EIA Estudo de Impacto Ambiental
FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio
Ambiente – Rio de Janeiro
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis
INEA Instituto Estadual do Ambiente
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial
IT Instrução Técnica – FEEMA
LI Licença de Instalação
LO Licença de Operação
LP Licença Prévia
MICT Ministério da Indústria, Comércio e Turismo
MIR Manifesto Interno de Resíduos
MJ Ministério da Justiça
MT Ministério dos Transportes
MTR Manifesto de Transporte de Resíduos
PBA Projeto Básico Ambiental
PGR Programa de Gerenciamento Resíduos
PRO Procedimento Operacional
PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço
de saúde
PGRCC Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil
WCP Waste Collection Point (Central de Resíduos)
WTP Water Treatment Plant / Wastewater
Treatment Plant (Estação de Tratamento de
Água / Estação de Tratamento de Efluente)
TAC Termo de Ajustamento de Conduta
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produto
Químico
FEC Formulário Expedição Carga
PCR Ponto de Coleta de Resíduos
CDT Certificado de Destruição Térmica

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 4 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


Abreviação/ Nome do documento/ Termo Significado / Definição
Técnico

CDF Certificado de Destinação Final

5. Descrição da Política

5.1 Introdução

A TERNIUM é a responsável pela operação de um Complexo Siderúrgico situado na zona


oeste do Município do Rio de Janeiro - bairro de Santa Cruz, em terreno localizado em área
interna ao Distrito Industrial de Santa Cruz.
Este Complexo Siderúrgico tem por objetivo e está organizado para a fabricação e
expedição, principalmente, do produto siderúrgico semi-acabado, denominado placa de aço,
obtido segundo a rota tecnológica da redução do minério de ferro em Altos-Fornos de alta
produtividade, seguida da conversão à aço de ferro-gusa em fase líquida, realizada em
convertedores à sopro de oxigênio; e da fundição do aço – fase líquida à placa, em máquinas
de lingotamento contínuo.
5.2 Descrição do processo

Na Usina da TERNIUM, as placas metálicas serão produzidas a partir de materiais


contendo ferro (minério de ferro, pelotas e sinter feed), fundentes, coque e carvão. As
principais operações a serem realizadas nesse processo são descritas na Tabela abaixo, onde
são indicadas as áreas onde as operações ocorrerão e as principais entradas e saídas de cada
operação.

OPERAÇÕES ÁREA DESCRIÇÃO


Descarregamento Área de Matérias primas a serem utilizadas no processo da
e armazenamento Manuseio de Usina serão transportadas para a TERNIUM em trens,
de materiais Matérias caminhões e navios. Materiais em trens serão
Primas descarregados com um virador de vagões (minério de
ferro, pelotas e sinter feed) ou através de tremonhas
(calcário) para correias transportadoras e transportados
para pilhas de estocagem. Materiais em caminhões
serão descarregados pelo descarregador de caminhões e
encaminhados por correias transportadoras para pilhas
de estocagem. Materiais em navios serão descarregados
no terminal portuário e transportados para o Pátio de
Matérias Primas por correias transportadoras.
Recuperadores e correias transportadoras serão

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 5 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


OPERAÇÕES ÁREA DESCRIÇÃO
utilizadas para transferência de materiais das pilhas de
estocagem para outras áreas da Usina, onde serão
processados.
Sinter produzido na Sinterização será armazenado na
Área de Manuseio de Matérias Primas e então enviado
para o Alto Forno, ou será enviado diretamente para a
área do Alto Forno.

Processos Metalúrgicos
Produção de Coqueria Carvão mineral será transportado em correias
coque transportadoras do Pátio de Matérias Primas para a
Coqueria, onde será prensado para a produção de blocos
de carvão. O carvão prensado alimentará células
individuais em baterias de fornos de coque, onde será
aquecido e transformado em coque através de um
processo em batelada. Gases quentes do processo serão
utilizados para geração de vapor.
Sinterização Sinterização Sinter feed, calcário, olivina, areia, finos de retorno do
Alto Forno, poeira de Aciaria, lamas e materiais
reciclados, antracito, coque moído, cal e finos de
retorno do processo de sinterização serão dosados para
alimentação da Máquina de Sinter que fará a
aglomeração dos materiais utilizando a energia térmica
gerada pela queima do coque contido na mistura.
Produção de Alto Forno Minério de ferro, pelotas, sinter produto, fundentes e
gusa líquido coque serão enviados para uma estação de preparação
de cargas na área do Alto Forno. Os materiais serão
alimentados continuamente em camadas em dois altos
fornos através de seu topo, enquanto ar quente
(produzido nos regeneradores de calor) e finos de
carvão (produzidos na planta de moagem e secagem de
carvão na área do Alto Forno) serão injetados em sua
base sob pressão. Coque e finos de carvão serão
oxidados formando gases (BFG) e o calor liberado será
utilizado para fundir os materiais contendo ferro.
Óxidos de ferro serão reduzidos no processo,
produzindo gusa líquido e escória.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 6 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


OPERAÇÕES ÁREA DESCRIÇÃO
BFG será limpo antes de ser enviado para a área de
Gases Industriais e Termelétrica, resultando em geração
de pó e lama. Escória gerada no processo será granulada
na área do Alto Forno.
Vários pontos da área serão despoeirados, gerando
finos de materiais.
Produção de aço Aciaria Gusa líquido transportado a partir do Alto Forno em
(convertedores) um carro de transferência de panela de gusa e carepa
gerada no processo de lingotamento contínuo
alimentarão um convertedor a oxigênio, onde o
carbono contido no ferro gusa será reduzido devido à
oxidação pelo oxigênio, formando aço, gases (BOFG)
e escória. Ferro-ligas poderão ser adicionadas nos
convertedores para a produção de aço com
especificações especiais.
Vários pontos da área serão despoeirados, gerando
finos de materiais.
Lingotamento Aciaria Aço líquido gerado nos convertedores será passado em
Contínuo (lingotamento uma máquina de lingotamento, onde será deformado
contínuo) mecanicamente, resultando em placas metálicas.
Durante o processo de lingotamento o aço líquido será
resfriado, gerando carepa.

Processos Auxiliares
Armazenamento, Gases BOFG gerado na Aciaria e BFG gerado no Alto Forno
ajuste de pressão Industriais serão transportados dessas áreas para gasômetros, que
e distribuição de (Sistema de serão utilizados para armazenar e regular a pressão.
gases Gases) Desses tanques os gases serão distribuídos diretamente
combustíveis. para os processos consumidores da usina da
TERNIUM, ou misturados com gás natural (aumentar
poder calorífico) e então transportados para os
consumidores para serem queimados.
Produção de Gases Ar atmosférico será separado em nitrogênio, oxigênio
gases industriais Industriais e argônio através de compressão, purificação e
(Planta de destilação criogênica. Os produtos serão gerados nos
Separação de estados líquido e gasoso, sendo armazenados em
Ar) tanques / vasos ou bombeados diretamente para as

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 7 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


OPERAÇÕES ÁREA DESCRIÇÃO
áreas operacionais. Nesta planta será produzido
também ar comprimido para ser utilizado na usina da
TERNIUM.
Geração de Termelétrica BFG produzido no Alto Forno e gás natural fornecido
energia por terceiros (CEG) alimentarão duas turbinas na
Termelétrica, onde serão queimados. A expansão dos
gases movimentará a turbina e a energia mecânica
gerada será transformada em energia elétrica. Vapor
produzido na Coqueria e na Termelétrica alimentará
turbinas nesta última Planta para a produção de
energia elétrica.
Tratamento de Sistema de Tratamento de água e efluentes na usina da
Água e Efluentes Águas TERNIUM será realizado em diferentes unidades:
- WTP3: água bombeada do canal de São Francisco será
tratada na planta para remoção de sólidos visando à
produção de água industrial, que será utilizada nos
processos industriais e, adicionalmente, para desinfecção
visando à produção de água de serviço, que será utilizada
em restaurantes e banheiros nas áreas operacionais e
prédios administrativos;
- WTP1: água aquecida “limpa” resultante de operações
de resfriamento na Sinterização, Aciaria e Sistema de
Água Gelada será resfriada na planta e então enviada de
volta para os processos;
- WTP2: água aquecida “contaminada” resultante de
operações de resfriamento na Aciaria e efluentes de
outras áreas operacionais serão tratados na planta. A
corrente resultante será resfriada na planta e então
enviada de volta para a Aciaria. Uma parte da água
tratada será purgada do sistema, consistindo no efluente
final da usina da TERNIUM, que será reaproveitado na
Área de Escória ou lançado no canal de descarga do
sistema de condensação de vapor da Termelétrica (o
qual desaguará no canal do Guandu);
- Sistema de água gelada: água aquecida resultante de
operações de resfriamento na Sinterização, Alto Forno,
Aciaria, oficinas mecânicas e prédios administrativos

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 8 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


OPERAÇÕES ÁREA DESCRIÇÃO
será refrigerada na planta e então enviada de volta
para os processos / prédios;
- WTP6: água proveniente da WTP3 será abrandada
nesta planta de tratamento e então enviada para o Alto
Forno e Aciaria.
Tratamento de Sistema de
Efluentes Tratamento de O Sistema de Tratamento de Efluentes em questão
Industriais e Efluentes deverá realizar o tratamento através de 6 sistemas
Sanitários principais, como segue:
• Físico-Químico 1: para o Condensado de Gás
BFG e BOF (contendo cianeto);
• Tratamento Biológico: para o Esgoto Sanitário,
Efluente do Lavador de Gases de Alto Forno e Efluente
do Físico-Químico 1;
• Físico-Químico 2: para Purga da Torre de
WTP2 e Liquido produzido na etapa de desaguamento
de lodo;
• Físico-Químico 3: para Purga da Torre da
Planta de Gases e Efluente proveniente das Caldeiras
Auxiliares;
• Desaguamento de Lodo: para tratamento dos
lodos gerados em todos os outros sistemas;
• Efluentes Extraordinários: sem características
definidas, poderão ser direcionados para os quatro
primeiros sistemas, dependendo dos procedimentos
operacionais necessários, ou seja, qual tipo de
tratamento empregar.
Drenagem Sistema de Precipitação pluvial na usina da TERNIUM será
Pluvial Drenagem drenada através de canais que cobrirão toda a Planta.
O efluente de drenagem pluvial será lançado nos canais
do Guandu e São Francisco.

O processo da usina da TERNIUM é apresentado na Figura abaixo:

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 9 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium

5.3 Diretrizes gerais


 Não realizar a queima de resíduos ao ar livre.
 Comunicar previamente ao INEA novos pontos de estocagem e coleta de resíduos;
 Destinar os resíduos somente para empresas licenciadas e homologadas pela TERNIUM;

 Assegurar o correto manuseio, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos


gerados na fase de operação da TERNIUM de forma a atender a legislação ambiental e
normas técnicas aplicáveis;

 Inventariar os resíduos sólidos gerados nas diversas unidades operacionais da


TERNIUM.

 Os resíduos de Serviços de Saúde não são contemplados neste Programa. O


gerenciamento dos mesmos é de responsabilidade de empresa terceira que realiza o
atendimento de saúde. O gerenciamento desse resíduo é de responsabilidade de
terceirizada através do seu recolhimento semanal.
5.4 Responsabilidade pelas etapas do gerenciamento de resíduos
A TERNIUM terceiriza o serviço de gerenciamento de resíduos em sua unidade de
operação. É de responsabilidade da Empresa Contratada do Gerenciamento de Resíduos:
 Coleta;
 Manuseio;

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 10 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Transporte;
 Armazenamento temporário até a destinação final do resíduo;
 Gerenciamento da rastreabilidade dos resíduos;
 Estabelecer procedimentos operacionais de todos os serviços as quais ela gerencia.
 Elaborar e providenciar a documentação necessária para atender à legislação vigente, A
emissão de FDRS e ficha de emergência é de responsabilidade do gerador, TERNIUM e
não do gerenciador
 Gerenciar as vias dos Manifestos de Resíduos
OBS: A empresa contratada para gerenciamento dos resíduos da TERNIUM deve obter junto
à ANVISA as respectivas Autorizações de Funcionamento Especial – AFE para coleta de
resíduos na área portuária da TERNIUM.
É de responsabilidade do Gerador:
 Segregar o resíduo na fonte;
 Identificar e realizar o manuseio adequado até o local de segregação da respectiva área
até serem coletados pela empresa contratada pelo gerenciamento de resíduos;
 Garantir que as áreas geradoras de resíduos da TERNIUM e suas contratadas assinem o
MIR (Manifesto Interno de Resíduo) para a realização da coleta de resíduos;
 Garantir que o balanceiro ou assistente de logística da TERNIUMemitam, datem e
assinem o MTR (Manifesto de Transporte de Resíduos) para todos os resíduos que
saírem da TERNIUM, de acordo com as informações fornecidas no FEC, preenchido
pela Empresa Contratada de Gerenciamento de Resíduos.
É de responsabilidade da área de Meio Ambiente:
 Homologar os fornecedores, clientes e transportadores de resíduos da TERNIUM;
 Acompanhar o atendimento as condicionantes das Licenças Ambientais dos
transportadores e receptores de resíduos;
 Participar das definições de estocagem temporária e final de novos resíduos/coprodutos
 Definir e implantar o programa de coleta seletiva
 Treinar os colaboradores neste programa;
 Realizar a análise crítica do PGRS;
 Aprovar o PGRS;
 Garantir a manutenção deste programa.
É de responsabilidade da área de Coprodutos:

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 11 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Caracterizar e classificar resíduos e coprodutos de acordo com a ABNT NBR 10.004;
 Comunicar o resultado da caracterização e classificação dos resíduos às partes
interessadas, quando necessário;
 Desenvolver novos clientes e novas aplicações para os coprodutos;
 Definir a melhor solução técnico-econômica para a utilização/destinação dos
coprodutos;
 Manter atualizada o fluxo de resíduos;
 Manter atualizada a tabela de resíduos e coprodutos;
 Emitir os Manifestos de Transporte de Resíduos.
 Realizar a análise crítica do PGRS;
 Manter atualizadas e disponíveis informações completas sobre a implementação e a
operacionalização do PGRS.
É de responsabilidade do Responsável Técnico pela Gestão de Resíduos:
 Elaborar, implementar, operacionalizar e monitorar todas as etapas do plano de
gerenciamento de resíduos sólidos, nelas incluído o controle de disposição final
ambientalmente adequada dos resíduos e coprodutos.
5.5 Diagnóstico dos resíduos gerados

Os resíduos gerados durante a operação da Usina da TERNIUM podem ser distribuídos em:
 Resíduos resultantes das atividades de processos produtivos (Coprodutos);
 Resíduos resultantes das atividades de processos auxiliares (Resíduos convencionais).

Na Tabela abaixo são listados os principais resíduos gerados na TERNIUM por tipo,
origem, e sua caracterização de classe.

INSTRUÇÂO
ÁREA CLASSE (ABNT
DESCRIÇÃO DO RESÍDUO NORMATIVA
GERADORA NBR 10.004)
13
PO COLETOR CICLONE Alto Forno II A 10 02 99
PO DESP RECEBIM/ESTOC MAT- Aciaria II A 10 02 99
PRIMA EXT-ACIA
PO DESP MANUSEIO MAT-PRIMA Aciaria II A 10 02 99
INT -ACIA
CAREPA LINGOTAMENTO Aciaria II B 10 02 99
CONTINUO

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 12 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


INSTRUÇÂO
ÁREA CLASSE (ABNT
DESCRIÇÃO DO RESÍDUO NORMATIVA
GERADORA NBR 10.004)
13
LAMA LAVAGEM DE GASES - AF Alto Forno II A 10 02 08
PO DESP PRIMARIO GROSSO - Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
SUCATA DE PAPEL/PAPELAO TERNIUM II B 20 01 01
Geral
SUCATA DE PLASTICO TERNIUM II B 20 01 39
Geral
SUCATA DE MADEIRA TERNIUM II A 20 01 38
Geral
SUCATA DE COBRE SEGREGADA TERNIUM II B 17 04 01
Geral
SUCATA DE ALUMINIO TERNIUM II B 17 04 02
SEGREGADA Geral
OLEO CONTAMINADO TERNIUM I 13 02 01
Geral
AGUA COM OLEO TERNIUM I 13 05 07
Geral
FGD CAL HIDRATADA USADA - Coqueria II A 10 02 99
COQUERIA
PO DESP ENFORNAMENTO Coqueria II A 10 02 99
PO FILTRO ELETROSTATICO - Sinter II A 10 02 99
SINTERIZACAO
PO DESP CASA DE CORRIDA Alto Forno II A 10 02 99
PO DESP CASA DE SILOS Alto Forno II A 10 02 99
LIMPEZA CANA DE VAZAMENTO Alto Forno II A 10 02 99
AF
REFRATÁRIOS PANELA AÇO - Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
SUCATA OBSOLESCENCIA TERNIUM II B 17 04 07
Geral
RESIDUO QUIMICO PERIGOSO TERNIUM I 16 10 01
Geral
RESIDUO VARRICAO TERNIUM II A 10 02 99
Geral
SUCATA DE BATERIA TERNIUM I 20 01 34
Geral
RESIDUO ELETRONICO TERNIUM I 16 02 13

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 13 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


INSTRUÇÂO
ÁREA CLASSE (ABNT
DESCRIÇÃO DO RESÍDUO NORMATIVA
GERADORA NBR 10.004)
13
Geral
RESIDUO PERIGOSO TERNIUM I 18 02 05
Geral
RESIDUO BORRACHA TERNIUM II B 19 12 11
Geral
RESIDUO SERVICO DE SAUDE TERNIUM I 18 04 01
Geral
RASPAGEM DE SOLO TERNIUM II B 17 05 03
Geral
RESIDUO ORGANICO TERNIUM II A 20 01 08
Geral
PO DESP PRIMARIO FINO - Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
PO DESP SECUNDARIO - ACIARIA Aciaria II A 10 02 99
RESIDUO CONSTRUCAO CIVIL TERNIUM II A 17 09 04
Geral
RESIDUO GRAXA TERNIUM I 18 02 05
Geral
REFRATÁRIOS CANAIS DE Alto Forno II A 10 02 99
VAZAMENTO
SUCATA DE CABOS ELÉTRICOS TERNIUM II B 17 04 01
SEGREGADOS Geral
REFRATÁRIOS CONVERSOR Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
PONTA DE PLACAS Aciaria II B 10 02 99
LANCAS REFRATARIAS - ACIARIA Aciaria II A 10 02 99
RESIDUO LIMP PATIO Aciaria II A 10 02 99
ESCARFAGEM - ACIARIA
PO DEFAGULHADOR Aciaria II A 10 02 99
DESSULFURACAO - ACIARIA
PO DESP OXICORTE Aciaria II A 10 02 99
PLACAS E VALVULAS - ACIARIA Aciaria II A 10 02 99
SNORKEL / SINO - ACIARIA Aciaria II A 10 02 99
SUCATA REFRATARIOS Coqueria II A 10 02 99
CONCRETO - COQUERIA
RESIDUO DE VARREDEIRA TERNIUM II A 10 02 99

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 14 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


INSTRUÇÂO
ÁREA CLASSE (ABNT
DESCRIÇÃO DO RESÍDUO NORMATIVA
GERADORA NBR 10.004)
13
Geral
LAMA DO LAVADOR DE VEICULOS Oficina II A 17 05 03
Mecânica
RESIDUO DE VIDRO TERNIUM II B 17 02 02
Geral
PÓ DEFAGULHADOR - OXICORTE Aciaria II A 10 02 99
PO SUCCAO CAL - ACIARIA Aciaria I 10 02 03
PÓ LIMPEZA DE CALDEIRAS - Coqueria I 10 02 99
COQUERIA
FUNDO DE BAIA PATIO SUCATA - Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
SUCATA REFRATARIOS VALV Aciaria II A 10 02 99
LONGA - ACIARIA
LAMA DO TRATAMENTO DE Porto II A 10 02 99
EFLUENTES - PORTO
SUCATA REFRATÁRIA Aciaria II A 10 02 99
DISTRIBUIDOR
LAMPADA FLUORESCENTE - TERNIUM I 20 01 21
RESIDUO Geral
PÓ DEFAGULHADOR AHF - Aciaria II A 10 02 99
ACIARIA
MISTURA LAMA-PC Alto Forno II A 10 02 99
MASSA SECA USADA - ACIARIA Aciaria II A 10 02 99
PO DESP SECUNDARIO BLENDADO Aciaria II A 10 02 03
- ACIARIA
LAMA DA WTP 3 WTP II B 19 09
LAMA DA WTP 2 WTP II A 19 09 02
LAMA DA ETE ETE II A 19 08 14
LAMA DA CAIXA DE AREIA E ETE II A 19 08 02
PENEIRA

*NI = Não Informado

5.6 Passivo ambiental

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 15 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


Os procedimentos de quantificação e caracterização dos resíduos gerados pelos processos da
TERNIUM, previstos no presente Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, bem
como o rastreamento dos mesmos desde a fonte geradora até o destino final, têm o objetivo
de evitar a geração de passivos ambientais associados ao gerenciamento de resíduos.

Tais procedimentos compõe o Sistema de Gestão Ambiental da TERNIUM, no qual os


controles existentes, bem como a gestão dos aspectos ambientais de todos os processos, são
objeto de verificações periódicas e auditorias ambientais visando garantir a conformidade
dos mesmos com o Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da TERNIUM.

A replicação desses procedimentos e controles a toda a cadeia de gerenciamento dos


resíduos da TERNIUM, incluindo eventuais parceiros que executem armazenamentos
transitórios, transporte, transformação e acondicionamento final contribui para que
passivos ambientais atrelados aos resíduos da TERNIUM sejam evitados.

5.7 Gerenciamento dos resíduos

Os resíduos resultantes de atividades dos processos auxiliares são encaminhados a uma


Central de Armazenamento Temporário de Resíduos localizada na TERNIUM, para a
segregação, valoração, acondicionamento, armazenamento temporário e pesagem dos
resíduos, para posterior destinação externa.
Os resíduos dos processos produtivos são gerados nas áreas operacionais e são, em sua
maioria, reutilizados internamente na Usina ou destinados à comercialização. Alguns pós e
lamas são destinados externamente, podendo ser enviados à incorporação, coprocessamento
e/ou para aterro industrial.
Nos próximos itens deste documento serão apresentadas as diretrizes do Programa de
Gerenciamento de Resíduos implantado na operação da usina da TERNIUM.

5.8 Metodologia

O Gerenciamento dos Resíduos deve ser orientado para a sua valorização, com base no
conceito dos 4 R’s – Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar:
 Repensar: a visão e concentração de esforços associados ao tratamento e destinação
dos resíduos devem ser direcionadas para o início do processo gerador de resíduo,
fortalecendo o conceito de sensibilizar para não gerar, utilizando-se metodologias
que introduzam técnicas mais limpas em todo o processo produtivo. Neste sentido, a
força da sensibilização e a busca pela valorização e valoração dos resíduos são
ferramentas cruciais para a minimização dos resíduos.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 16 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Reduzir: Consiste em uma estratégia de redução do volume de resíduos gerados,
mediante o controle do desperdício de matéria-prima e a otimização dos processos
produtivos. O treinamento dos funcionários envolvidos no gerenciamento dos
resíduos é outro item importante que se adota para garantir a minimização da
geração de resíduos na própria fonte geradora. A minimização da geração de
resíduos se constitui numa estratégia importante no gerenciamento de resíduos e se
baseia na adoção de técnicas que possibilitem a redução de volume dos resíduos.
 Reutilizar: Este conceito compreende o novo uso de um resíduo no formato em que
ele se encontra, sem sua transformação.
 Reciclar: Consiste em um processo sistemático de reaproveitamento e incorporação
ao processo produtivo de qualquer produto ou material anteriormente utilizado para
uma finalidade específica. A reciclagem de materiais, sobras e rejeitos como matéria-
prima para novos produtos, com características ou propriedades diferentes das
iniciais, apresenta várias vantagens, tais como:
 Economia de recursos naturais;
 Redução de descarte de resíduos com potencial de risco de contaminação de
recursos naturais;
 Redução e otimização nos custos de disposição e/ou tratamento desses resíduos.

5.9 Caracterização e Classificação

5.9.1 NBR 10004

Os resíduos devem ser classificados de acordo com a norma NBR 10.004


Quando não for possível a classificação de acordo com a NBR 10004 é necessário realizar
uma caracterização do resíduo. A partir dessa caracterização será possível determinar a
tratabilidade dos resíduos e quais os recursos necessários para o seu gerenciamento. As
caracterizações dos resíduos são realizadas seguindo as normas:
 NBR 10.005 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos;
 NBR 10.006 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos
sólidos;
 NBR 10.007 – Amostragem de resíduos sólidos.

5.9.2 Terminal Portuário da TERNIUM

Os resíduos devem ser classificados de acordo com a CONAMA Nº 5 de 05 de agosto de


1993.

GRUPO A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 17 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


devido a presença de agentes biológicos. Enquadram-se neste grupo, dentre outros: sangue e
hemoderivados; animais usados em experimentação, bem como os materiais que tenham
entrado em contato com os mesmos; excreções, secreções e líquidos orgânicos; meios de
cultura; tecidos, órgãos, fetos
e peças anatômicas; filtros de gases aspirados de área contaminada; resíduos advindos de
área de isolamento; restos alimentares de unidade de isolamento; resíduos de laboratórios de
análises clínicas; resíduos de unidades de atendimento ambulatorial; resíduos de sanitários
de unidade de internação e de enfermaria e animais mortos a bordo dos meios de transporte,
objeto desta Resolução. Neste grupo incluem-se, dentre outros, os objetos perfurantes ou
cortantes, capazes de causar punctura ou corte, tais como lâminas de barbear, bisturi,
agulhas, escalpes, vidros quebrados, etc, provenientes de estabelecimentos
prestadores de serviços de saúde.

GRUPO B: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente
devido às suas características químicas.

Enquadram-se neste grupo, dentre outros:


a) drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados;
b) resíduos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não-
utilizados); e
c) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR-10004 da ABNT
(tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

GRUPO C: rejeitos radioativos: enquadram-se neste grupo os materiais radioativos ou


contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas,
serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN 6.05.

GRUPO D: resíduos comuns são todos os demais que não se enquadram nos grupos
descritos anteriormente.

Os resíduos gerados na área portuária da TERNIUM, se enquadram no GRUPO B e D.


Na Tabela abaixo são listados os resíduos gerados no Terminal Portuário da TERNIUM .

DESCRIÇÂO ÁREA INSTRUÇÃO


NBR 10004 CONAMA Nº 05
DO RESÍDUO GERADORA NORMATIVA 13

Resíduo de EPI Terminal I B 15 02 02


Portuário
Resíduo de Terminal IIA D 10 02 99

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 18 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


Varrição Portuário
Terminal
Resíduo Perigoso I B 18 02 05
Portuário
Sucata de Terminal
IIB D 20 01 39
Plástico Portuário
Sucata de Terminal
IIA D 20 01 38
Madeira Portuário
Terminal
Água com Óleo I B 13 05 07
Portuário
Resíduo de
Terminal
Lâmpada I B 20 01 21
Portuário
Fluorescente
Óleo Terminal
I B 13 02 01
Contaminado Portuário
Resíduo de Terminal
IIB D 19 12 11
Borracha Portuário
Resíduo Terminal
I D 16 02 13
Eletrônico Portuário
Resíduo de Óleo Terminal
I D 20 01 25
Vegetal Portuário
Sucata de Papel/ Terminal
IIB D 20 01 01
Papelão Portuário
Lama da ETE - Terminal
II A D 10 02 99
Porto Portuário

5.9.3 – INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 13, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2012.

A classificação de resíduos sólidos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes


deu origem, de seus constituintes e características, e a comparação destes constituintes com
listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
Os resíduos constantes na referida Lista da Instrução Normativa Nº 13 de 18/12/12 que
estão indicados com asterisco (*) são classificados como resíduos perigosos pela sua origem,
ou porque, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosovidade, reatividade,
toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade,
apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei,
regulamento ou norma técnica.

5.9.4 – Construção Civil

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 19 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium

Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:


a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-
estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos


(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos,


tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel,
papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso;
(Redação dada pela Resolução nº 469/2015).

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação;
(Redação dada pela Resolução n° 431/11).

IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas,
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de
demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem
como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos
nocivos à saúde. (Redação dada pela Resolução n° 348/04).

Os resíduos de construção civil da TERNIUMse enquadram na Classe A de acordo com a


Resolução CONAMA Nº 307.

5.10 Segregação e Manuseio dos Resíduos

A segregação dos resíduos sólidos é realizada pelo gerador na fonte geradora, que deverá
observar os seguintes critérios para a segregação:
 Característica física: se é líquido, pastoso ou sólido;
 A segregação de acordo com os critérios de coleta seletiva:
 Se for papel e papelão, dispor nos coletores/caçambas de cor azul;
 Se for plásticos, não contaminado com óleos, graxas, embalagem de produtos
químicos, tintas, dispor nos coletores/caçambas de cor vermelha;

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 20 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Se for metal, não contaminados com óleo, graxas, tintas, embalagem de
produtos químicos, dispor nos coletores/caçamba de cor amarela;
 Se for resíduos perigosos, contaminados com óleo, graxa, tinta dispor nos
coletores/caçamba de cor laranja.
 Se for madeira, não contaminada com óleos, graxas, embalagem de produtos
químicos, tintas, dispor nos coletores/caçamba de cor preta.
 Se for sobras/cascas de alimentos, não contaminados com óleo de cozinha
dispor nos coletores de cor marrom e se for gerados no restaurante no pré-
preparo e pós-preparo das refeições, esses resíduos orgânicos, deverão ser
dispostos nas bombonas para posterior destinação para produção de adubo
orgânico;
 Se for vidro, não contaminado com óleo, graxas, tintas, embalagem de
produtos químicos, dispor nos coletores/caçamba de cor verde.
 Se forem resíduos de processos, não contaminados com óleo, graxas, tintas,
embalagem de produtos químicos, dispor nos coletores/caçamba de cor cinza.
 Se forem resíduos de processos, contaminados com óleo, graxas, tintas,
embalagem de produtos químicos, dispor nos coletores/caçamba de cor
laranja.
 Se forem resíduos de lâmpadas fluorescentes, dispor nos coletores específicos
com carvão ativado;
 Se forem resíduos eletrônicos (exemplos: pilhas e baterias) dispor nos
coletores específicos disponibilizados nos restaurantes e/ou solicitar o
recolhimento pela empresa gerenciadora de resíduos;
 Ser forem resíduos dos serviços de saúde, devem ser dispostos nos coletores
brancos e descarpack;
 Os resíduos de óleo usados deverão ser dispostos em tambores para posterior
destinação em empresas de rerrefino de óleos;
 Os resíduos líquidos contaminados com óleos, produtos químicos e /ou de
laboratórios, deverão ser dispostos em tambores e/ou em IBCs;

5.11 Coleta e movimentação interna e externa de resíduos

 A empresa contratada realiza a movimentação interna dos resíduos/coprodutos. Com


objetivo de controle é emitido o MIR (Manifesto interno de resíduos) e o FEC
(Formulário de Expedição de Carga) para a destinação externa pela empresa
contratada.
 Nesta etapa, os trabalhos são desenvolvidos por equipe especializada e capacitada
para este tipo de serviço, conhecimento sobre o resíduo a ser transportado. A carga

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 21 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


do resíduo será preparada previamente para ser submetida ao transporte conforme
legislação em vigor.
 Os resíduos são recolhidos nas áreas de acordo com a frequência estabelecida junto
com a área de Coprodutos. de forma a não ocorrer acúmulos excessivos, bem como
evitar aspecto de desorganização e “sujeira” nos entrepostos (PCRs). Em casos
específicos, esta frequência pode ser revista. As coletas devem atender aos
procedimentos quanto ao tipo de coleta, local e frequência.
 Poderão ser realizadas coletas adicionais àquelas especificadas no planejamento
rotineiro de coleta no caso de ocorrer geração esporádica de resíduos, de forma a se
evitar acúmulos excessivos próximos aos locais de geração.
 O controle da movimentação interna e externa é realizado pela balança (assistente de
logística), que lança as informações em sistema. Diariamente é enviado por e-mail à
Central de Resíduos um relatório contendo todas as informações das movimentações
internas e externas dos resíduos, garantindo assim a rastreabilidade dos materiais.

As atividades para desenvolvimento deste serviço são planejadas de forma a atender a


excelência dos serviços, destacando-se no mínimo:
 Manutenção e inspeção de rotina dos pontos de coleta de resíduos e depósitos
intermediários de resíduos em condições de estoque temporário;
 Manutenção dos equipamentos necessários para o desenvolvimento dos serviços de
coleta e transporte;
 Pesagem dos resíduos com registro de pesagem, realizando controle de geração por
área;
 Recolhimento dos resíduos Classe I, Classe II A e II B sempre acompanhado pelo
MIR (Manifesto Interno de Resíduos).;
 Transporte externo dos resíduos de acordo com a legislação vigente, normas técnicas
aplicáveis e em conformidade com procedimentos operacionais existentes;
 Devolução do MTR à TERNIUM, devidamente assinados pelos responsáveis pelo
recebimento dos resíduos nos locais de destinação/disposição final;
 A documentação é arquivada por empresa especializada de acordo com a legislação
vigente.
 Treinamento interno específico para o pessoal responsável pela coleta e transporte
interno dos resíduos;
 Emissão de relatório fotográfico e notificação para registro de não conformidade,
caso os pontos de coleta, depósitos intermediários de resíduos e coletores apresentem
condições não adequadas de acondicionamento e/ou armazenamento temporário.

5.12 Ponto de Coleta de Resíduos – PCR

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 22 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


A TERNIUMpossui o mapeamento dos PCR’s – Pontos de Coleta de Resíduos, onde é
realizado o armazenamento temporário dos resíduos. Os PCR’s devem estar de acordo com
a NBR 11.174 e NBR 12.235.

5.13 Armazenamento e Valoraçãodos Resíduos dos Processos Auxiliares

 O armazenamento e valoração dos resíduos dos processos auxiliares a serem gerados


na usina da TERNIUM são realizados na Central de Armazenamento Temporário
de Resíduos.
 A operação da Central de Armazenamento Temporário de Resíduos é administrada
por empresa contratada pela TERNIUM que incluirá no mínimo as seguintes
atividades:
1 – Recebimento:
 Recebimento dos resíduos, sempre acompanhados pelo MIR (Manifesto
Interno de Resíduos) devidamente preenchido, bem como demais documentos
necessários ao transporte interno das áreas geradoras da TERNIUM até a
Central de Armazenamento Temporário de Resíduos.
 Descarregamento dos resíduos dos veículos de transporte interno,
direcionando-os para a etapas de valoração ou armazenamento.

2– Valoração:
 Prensagem de sucatas Separação de plásticos
 Prensagem e acondicionamento de resíduos plásticos de forma segregada,
 Descaracterização de resíduos com a logomarca da TERNIUM.

3– Armazenamento:
 Disposição adequada dos resíduos nas baias da Central de Armazenamento
Temporário de Resíduos, de acordo com os Procedimentos Internos para
Gerenciamento de Resíduos.

4 – Carregamento:
 Acompanhamento e inspeção do carregamento dos veículos a serem
utilizados para transporte e liberação dos resíduos para a destinação final,
acompanhado do FEC - Formulário de Expedição de Carga preenchido.

5 – Atividades administrativas:
 Gerenciamento da rastreabilidade e controle dos documentos de
movimentação de resíduos que inclui no mínimo os documentos abaixo:
 MIR – Manifesto Interno de Resíduo;

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 23 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 FEC – Formulário de Expedição de Carga;
 MTR – Manifesto de Transporte de Resíduos;
 CDF – Certificado de Destinação Final.
 Controle permanente do estoque de resíduos dispostos na Central de
Armazenamento Temporário de Resíduos.
 Controle da disponibilidade de áreas específicas para o armazenamento dos
diferentes resíduos e informação aos responsáveis da TERNIUM sobre a
necessidade de comercialização e destinação de resíduos visando assim
manter uma capacidade mínima de armazenamento na Central de
Armazenamento Temporário de Resíduos.
 Revisão periódica dos Procedimentos Internos para Gerenciamento de
Resíduos.
 Arquivamento na empresa terceirizada da TERNIUM de todos os registros e
documentos das operações realizadas na Central de Armazenamento
Temporário de Resíduos.

 As atividades a serem realizadas na Central de Armazenamento Temporário de


Resíduos, incluindo os itens acima, são realizadas em conformidade com
procedimentos operacionais da empresa contratada para Gerenciamento de
Resíduos, que inclui descrições detalhadas dessas atividades.
 A manutenção da Central de Armazenamento Temporário de Resíduos é realizada
de acordo com procedimentos de inspeção e manutenção elaborados pela empresa
contratada para Gerenciamento de Resíduos. Nesses procedimentos são também
especificados os itens a serem inspecionados para verificar questões ambientais
potencialmente associadas à operação da Central de Armazenamento Temporário de
Resíduos.
 A manutenção da Central de Armazenamento Temporário de Resíduos inclui as
seguintes atividades:
 Manutenção da organização e da limpeza na Central de Armazenamento
Temporário de Resíduos;
 Inspeção e manutenção preventiva / corretiva dos equipamentos da Central
de Armazenamento Temporário de Resíduos.

 Em relação à segurança das operações realizadas na Central de Armazenamento


Temporário de Resíduos, as seguintes medidas adotadas:
 Central de Armazenamento Temporário de Resíduos é dotada de uma rede
de combate a incêndio abrangendo toda sua área de influência;
 Mapa de Riscos para a Central de Armazenamento Temporário de Resíduos;

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 24 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Plano de Emergência para a Central de Armazenamento Temporário de
Resíduos;
 Treinamento periódico de todo o corpo operacional envolvido nas atividades
a serem realizadas na Central de Armazenamento Temporário de Resíduos,
incluindo os itens especificados no plano de emergência e nos demais
procedimentos operacionais.

 A Central de Armazenamento Temporário de Resíduos consiste de uma unidade


para segregação e acondicionamento de resíduos sólidos, líquidos e pastosos para
reciclagem, reuso, tratamento em ETE, destruição térmica em fornos de cimenteiras,
incineradores e disposição em aterro e/ou outras tecnologias licenciadas.
 A unidade é constituída de um galpão com aproximadamente 2.000 m², com piso em
concreto, protegido com manta de PEAD, contido, para evitar possíveis infiltrações
de chorumes ou escorrimentos de frações oleosas para o subsolo dotado de baias,
área cercada para armazenagem de tambores, depósito de lâmpadas queimadas
(fluorescentes, vapor de sódio, vapor de mercúrio).
 Toda a movimentação das cargas dentro da Central de Armazenamento Temporário
de Resíduos será feita com equipamentos adequados.

Para dimensionamento do sistema de segregação e acondicionamento foi considerada a


operação de recebimento de resíduos das áreas 24 h/dia e a segregação apenas em turno
administrativo. Tal capacidade está adequada para suprir a demanda mensal da
TERNIUM.

 EQUIPAMENTOS

Na Tabela abaixo são apresentados como exemplos os equipamentos utilizados para o


gerenciamento de resíduos dentro da usina da TERNIUM.

EQUIPAMENTOS
Equipamentos de Coleta (com motorista / operador)
Caminhão roll on roll of
Caminhão poliguindaste
Retro-escavadeira
Empilhadeira
Caminhão munck
Veículo utilitário (fiscalização)
Caminhão caçamba

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 25 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


Veículo utilitário (coleta de amostras)
Caixas poliguindates de 5m³
Caixas roll on roll of de 17 m³
Caixas roll on roll of de 30 m³

 RESÍDUOS DOS PROCESSOS PRODUTIVOS (COPRODUTOS)

Alguns resíduos de processo que são gerados na operação da Usina da CSA, como por
exemplo: alguns dos pós coletados nos sistemas de despoeiramento da Aciaria e do Alto
Forno, as carepas e os resíduos com frações metálicas e não metálicas gerados no Alto-
Forno e Aciaria serão submetidas a processamento antes de serem enviados para suas
destinações finais, conforme exemplo apresentado abaixo. Os demais resíduos de processo
são armazenados temporariamente na usina e então são encaminhados para a
reutilização/reciclagem interna/externa, venda e/ou aterro.
Alguns exemplos dos Coprodutos que são submetidos a processamento:
 Pós coletados em sistemas de despoeiramento da Aciaria e do Alto-Forno: alguns são
misturados entre si para homogeneização do material (blendagem), e em seguida são
reciclados no processo de produção de sínter na área operacional da Sinterização.

 Coprodutos contendo frações metálicas e não metálicas, gerados nas áreas


operacionais do Alto Forno e Aciaria, são enviados para o Pátio de Escória, onde
serão submetidos à separação da fração metálica. As frações metálicas e não
metálicas são destinados internamente e /ou comercializadas.

 Escória de Aciaria (Agregado Siderúrgico): é submetida às seguintes etapas:


 Transporte para o Pátio de Escória utilizando caminhões;
 Resfriamento através da aspersão de água, de forma a acelerar o processo de
resfriamento visando facilitar a etapa seguinte de processamento. O excesso
de água é coletado e recirculado no processo de resfriamento;
 Beneficiamento no Pátio de Processamento:
 Separação da fração metálica:
 Quebra do material com equipamentos;
 Separação da fração metálica com separadores magnéticos. A parte
metálica é transportada por caminhão para a Aciaria ou para o Alto
Forno, onde é reciclada, ou destinada para comercialização.
 Armazenamento temporário:

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 26 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Armazenamento da escória em pilhas, identificadas, de forma a controlar o
período de expansão;
 Expansão do agregado siderúrgico: aspersão de água por um período
adequado para a estabilização volumétrica compatível com a aplicação
desejada. O excesso de água resultante da aspersão é direcionado para uma
bacia de sedimentação para a retenção de sólidos e é encaminhado para
correção de pH e posterior lançamento no canal de drenagem superficial.
5.14 Acondicionamento

 RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS


Os resíduos comuns (papel, plásticos, vidros, metais, alumínio) e rejeitos são coletados
segundo práticas de Coleta Seletiva e segregados na fonte geradora, conforme o item 6.8
deste programa.
 RESÍDUOS PERIGOSOS
 Os resíduos perigosos líquidos e pastosos (óleo contaminado, solvente contaminado,
borras, produtos químicos, etc.) são acondicionados em tambores, caçambas,
tanques e/ou bombonas devidamente fechados e identificados, contendo informações
do resíduo e do gerador e com sistemas de contenção.
 Os resíduos perigosos sólidos gerados na usina da TERNIUM são acondicionados
em coletores/caçambas/bigbag´s e a granel de acordo com a sua tipologia
devidamente identificada, contendo informações do resíduo.
 Em caso de utilização de recipientes que anteriormente continham matéria-prima /
insumos (óleos, solventes, materiais contaminados etc.), qualquer tipo de rótulo ou
pintura deverá ser removida ou apagada e avaliada a compatibilidade de conteúdo
existente para a reutilização do recipiente.
 Durante o acondicionamento não será permitida a mistura de resíduos não
compatíveis em um mesmo tambor.
 Os materiais perfurantes e/ou contaminados com agentes patogênicos (seringas,
agulhas, ampolas) serão depositados em recipiente rígido (caixa de papelão tipo
descartex) com tampa e quando tiverem preenchido até 2/3 da sua capacidade, serão
colocados dentro de um saco plástico branco leitoso, conforme preconizado em
norma técnica específica. Material de curativo (gaze, algodão, esparadrapo,
ataduras) também será armazenado em saco plástico branco leitoso. Os
medicamentos vencidos deverão ser descartados também em recipiente rígido ou
mesmo diretamente no coletor de lixo ambulatorial.
 Os pós coletados em sistemas de despoeiramento são transportados para locais de
estocagem intermediária temporária.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 27 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Os óleos resultantes de sistemas de tratamento de efluentes (separação água e óleo)
são armazenados em tanques e/ou tambores apropriados dotados de bacias de
contenção.

5.15 Expedição e transporte de resíduos


 O transporte externo de resíduos, assim com a sua disposição final, apresentado
abaixo, é administrado pela empresa contratada para Gerenciamento dos Resíduos.
 Nesta etapa, os trabalhos são desenvolvidos por equipe especializada e capacitada
para este tipo de serviço, a carga do resíduo é preparada previamente para ser
submetida ao transporte.
 Para o transporte de resíduos perigosos são elaborados rotogramas contendo as
principais vias de acesso e cidades por onde passará o transporte.
 Todos os veículos a serem utilizados para o transporte externo de resíduos atenderão
à legislação vigente e normas técnicas aplicáveis.
 Poderão ser sugeridas rotas de transporte considerando-se aspectos importantes de
otimização e redução de custos, bem como a minimização de potenciais impactos
ambientais e viabilidade de controles de segurança e de situações emergenciais.
Dentre os aspectos que nortearão a definição das rotas a serem operacionalizadas,
destacam-se:
 Destino de cada resíduo (se o mesmo será tratado, disposto e/ou reciclado);
 Condições de infraestrutura das vias rodoviárias;
 Proximidade de áreas de conglomerados urbanos e áreas ambientalmente
sensíveis.

5.16 Destinação Final de Resíduos

 Através dos dados obtidos com a caracterização dos resíduos, são realizadas
avaliações das alternativas de tratamento e destinação existentes, levando-se em
consideração os aspectos técnicos, legais, econômico-financeiros e ambientais.
 A destinação final dos resíduos é realizada de acordo com as características e
classificação, podendo ser objeto de tratamento (reaproveitamento, reciclagem,
descontaminação, incorporação, coprocessamento, rerrefino, incineração) ou
disposição em aterros (sanitário ou industrial).
 Todo envio de resíduo será controlado mediante a emissão de Nota Fiscal por parte
da TERNIUM e MTR e/ou recibo de coleta emitido pela empresa contratada para
esse fim.
 Tipos de destinação:

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 28 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


Aterro;
Incineração;
Coprocessamento;
Encapsulamento;
Compostagem;
Reciclagem;
Reaproveitamento interno;
Incorporação em outros processos industriais;
Outras aplicações e/ou tratamentos (tratamento externo de efluentes,
solidificação de resíduos líquidos, valorização energética, blend´s de resíduos,
dentre outros).
 A definição do tratamento/destinação final dos resíduos gerados na usina da
TERNIUMé subsidiada pelas leis, normas e procedimentos vigentes.
 Os resíduos são destinados somente para empresas licenciadas. Após a conclusão do
ciclo completo dos resíduos, são emitidos os certificados de destinação final para os
resíduos, nos quais constará o número do documento de envio, a quantidade e a
destinação final aplicada.

5.17 Homologação das empresas envolvidas no gerenciamento de resíduos

São realizadas avaliações das licenças ambientais cabíveis das empresas transportadoras e
receptores de resíduos, conforme instrução de trabalho - Homologação de Transportadores
e Receptores de Resíduos (DOC ID NIMBUS 4647). Após aprovadas, as transportadoras e
receptoras entram na lista de empresas homologas.

5.18 Treinamento, Conscientização e Competência

Todos os colaboradores da TERNIUM devem ser treinados no PGRS com o objetivo de


adquirir a competência técnica necessária para conduzir os processos.
O treinamento básico para os colaboradores envolvidos com o manuseio dos resíduos deve
conter no mínimo:
 Informações quanto às características e os riscos inerentes ao trato de cada tipo de
resíduo;
 Orientação quanto à execução das tarefas de coleta, transporte e armazenamento;
 Utilização adequada de equipamentos de proteção individual – EPI necessários às
suas atividades;
 Procedimentos de emergência em caso de contato ou contaminação com o resíduo,
tanto individual quanto ambiental.

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 29 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium

5.19 Documentação do PGRS

Todos os procedimentos que envolvam a operação e manutenção do PGRS deverão estar


padronizados e arquivados em locais de fácil acesso aos colaboradores, para que possam
consultar em caso de dúvidas com objetivo de evitar situações adversas.

5.20 Inspeções, auditoria internas e externas

Periodicamente, o departamento de Meio Ambiente realiza inspeções nas áreas, a fim de


verificar o atendimento ao Programa de Gerenciamento de Resíduos, assim como auditorias
externas realizadas por empresas terceiras, que são as responsáveis por verificar o
atendimento aos requisitos legais ambientais aplicáveis e os subscritos pela TERNIUM.

5.21 Ações Preventivas e Corretivas a serem executadas em situações de ocorrências


ambientais

A identificação das situações de risco envolvendo os resíduos sólidos gerados estão listadas
no Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais (LAIA) de cada área, nos relatórios de
inspeções das áreas realizadas pelo departamento de Meio Ambiente e nos relatórios
conclusivos das auditorias externas.
Os procedimentos para situações de emergência envolvendo os resíduos sólidos gerados
estão descritos no Plano de Resposta à Emergências (PRE). A área de Coprodutos, durante a
coleta e gerenciamento dos resíduos, identifica as situações de ações corretivas e preventivas
e realiza a comunicação e direcionamento para áreas geradoras, assim como a área de Meio
Ambiente durante as inspeções ambientais de rotina.

5.22 Registros

Todos os documentos relativos aos resíduos devem ser armazenados por períodos de acordo
com a legislação vigente. Para cada resíduo destinado para fora da TERNIUM, deve-se
providenciar também:
 Nota Fiscal emitida pela TERNIUM,
 MTR (Manifesto de Transporte de Resíduo), documento com 4 vias, sendo que a 1ª
via fica com o gerador datada e assinada pelo transportador e deve ser retida na saída
pela portaria da TERNIUMe a 4ª via após carimbada pelo receptor deve retornar aos
cuidados do gerador, salvo para resíduos de óleo usado que tem o Certificado de Coleta
de Óleo Usado, conforme legislação fazendária específica;

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 30 de 31
PL – Política
Área: Meio Ambiente
Depto: -
Doc ID: 3449
Versão: 1.02

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ternium


 Certificado de Destinação Final de Resíduos Industriais, documento que o receptor
deve enviar para o gerador informando o tratamento do resíduo.
 Para destinação de resíduos para fora do Estado do Rio de Janeiro, o receptor deverá
solicitar ao órgão ambiental competente anuência para recebimento de resíduos quando
aplicável e deverá ser encaminhada para o setor de Meio Ambiente da TERNIUM para
avaliação.

5.23 Análise Crítica

O PGR é analisado criticamente dentro das atividades do sistema de gestão para verificar e
garantir o atendimento dos requisitos legais e outros requisitos aplicáveis e as oportunidades
de melhoria fazendo as devidas alterações com o intuito de buscar melhorias ambientais. A
periodicidade de revisão deste programa é bienal ou em menor periodicidade de acordo com
as necessidades.

5.24 Metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos à


reutilização e reciclagem
Anualmente, a TERNIUM define objetivos e metas dentro do contexto do Sistema de
Gestão Ambiental com intuito, conforme requisito da NBR ISO 14001 – Sistema de Gestão
Ambiental, e, entre eles, são definidas metas da gestão de resíduos e coprodutos, visando a
redução da geração, reutilização e reciclagem. Esses objetivos e metas são gerenciados pela
área de Meio Ambiente, em conjunto com a área de Coprodutos, e se encontram disponíveis
para consulta junto à área de Meio Ambiente.

VERSÃO DATA ITEM DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1.02 16.10.2017 Geral Atualização para o template da Ternium

Cópias impressas não são controladas – Utilização somente como referência Página 31 de 31

Você também pode gostar