Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
e
Segurança Interna
Luís Fiães Fernandes
Intelligence
e
Segurança Interna
Lisboa | 2014
Intelligence
e
Segurança Interna
Autor
Luís Fiães Fernandes
Edição
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna
Pré-impressão, impressão e acabamento
Sersilito-Empresa Gráfica, Lda.
Depósito legal
382377/14
ISBN
978-972-8630-12-6
Índice geral
Índice de Quadros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Índice de Gráficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Índice de Figuras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Capítulo 2 – A Inteligência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
2.1. A inteligência como organização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
2.1.1. Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) . . . . . . . . . . 83
2.1.2. As informações militares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
2.2. A inteligência como actividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
2.3. A inteligência como resultado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
2.3.1. Uma taxonomia dos produtos de inteligência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
2.3.2. Uma taxonomia das categorias de inteligência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
Capítulo 1
Uma Análise Diacrónica da Segurança Interna
A Europa, desde finais dos anos 1960 e até meados dos anos 1980, foi
transformada por vários grupos terroristas no palco privilegiado das acções
destinadas a dar visibilidade à causa palestiniana e à luta ideológica entre o
ocidente e o leste. Ao mesmo tempo, a Espanha e o Reino Unido eram con-
frontados com o terrorismo de natureza independentista. Uma breve análise
das acções terroristas ocorridas na europa ocidental apoia tal afirmação (a
fonte dos dados do gráfico seguinte é National Consortium for the Study of
Terrorism and Responses to Terrorism (START), 2012):
Gráfico 9.
Número de acções
terroristas na
Europa ocidental
(1970 – 1990)
cionais/gc10/programa-do-governo/programa-do-x-governo-constitucional.
aspx, página consultada em 11 de Janeiro de 2014):
“Impõe-se no respeito pela Ordem Constitucional, assegurar, de forma
permanente, a autoridade democrática do Estado. Para tanto, o Governo
reconhece como fundamentais as tarefas a desempenhar pelas forças e serviços
de segurança na defesa das instituições e da segurança individual e colectiva
dos cidadãos.
No desempenho de tão importantes funções assume especial relevo o combate
a todas as espécies de criminalidade, designadamente a violenta, cujos índices
assumem expressão preocupante. Indispensável se torna dotar as forças e
serviços de segurança de meios humanos e materiais que lhe permitam prevenir
e quando necessário reprimir eficazmente todas as acções que, revestindo
natureza criminosa, põem em causa valores essenciais ao desenvolvimento
da vida em comunidade
(...)
O desenvolvimento desta política impõe a adopção de diversas medidas, desig-
nadamente a apresentação à Assembleia da República de uma Proposta de Lei
sobre Segurança Interna, instrumento indispensável à adequada articulação
e coordenação da actividade desenvolvida pelas diversas autoridades policiais
com vista a um mais eficaz combate e repressão da criminalidade. Com o
objectivo de garantir uma maior eficácia no domínio da prevenção e repressão
da criminalidade bem como da eliminação de factores que, manifestando-se à
margem da lei se revelem geradores de delinquência, o Governo assegurará a
efectiva coordenação das acções a desenvolver pelas forças e serviços de segurança.
Com este objectivo, mas especialmente vocacionado para a prevenção e
repressão da criminalidade violenta e organizada, será implementado o
Serviço de Informações de Segurança.”
Ribeiro Teles e Rui Oliveira e Costa, e com os votos contra do PCP, MDP/
CDE e da deputada independente Maria Santos e a abstenção do deputado
Vasco da Gama Fernandes (PSD). A proposta é posteriormente publicada
como Lei n.º 20/87, de 12 de Junho, Lei de Segurança Interna. Esta Lei
estará em vigor mais de vinte anos.
1
Político Italiano, várias vezes primeiro-ministro, foi raptado pelas Brigadas Vermelhas
(grupo terrorista italiano) em 16 de Março de 1978 e executado após 55 dias de cativeiro.
Capítulo 1. Uma Análise Diacrónica da Segurança Interna 77