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Coordenação-Geral de Ensino
Ana Claudia Bernardes Vilarinho de Oliveira
Coordenação Pedagógica
Joyce Cristine da Silva Carvalho
Gerente de Curso
Maria Derli Silva dos Santos
Luciana Costa Jatahy de Castro
Conteudistas
Juliana Teixeira de Souza Martins
Nedson Moreira Gonçalves
Rômulo Reis de Almeida
Revisão Técnica
Franciane Aparecida da Silva
Revisão Pedagógica
Ardmon dos Santos Barbosa
Evania Santos Assunção Motta
Revisão Textual
Wener Vieira dos Santos
Programação e Edição
Renato Antunes dos Santos
Fábio Nevis dos Santos
Design Instrucional
Anne Caroline Bogarin Manzolli Schumacher
Sumário
APRESENTAÇÃO DO CURSO......................................................................................... 6
2. OBJETIVO DO CURSO........................................................................................... 9
2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 9
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 9
3. ESTRUTURA DO CURSO ..................................................................................... 10
MÓDULO I – O MUNICÍPIO E A SEGURANÇA PÚBLICA: COMPETÊNCIAS E DESAFIOS ... 11
Apresentação ................................................................................................................. 11
Objetivos do módulo ..................................................................................................... 13
Estrutura do módulo ...................................................................................................... 13
AULA 1 - VIOLÊNCIA URBANA E PREVENÇÃO ................................................................ 14
1.1 Violência urbana como fenômeno social ............................................................ 14
1.2 Tendências recentes da criminalidade urbana no Brasil ..................................... 17
1.3 Violência urbana e prevenção ............................................................................. 27
AULA 2 – O PAPEL DO MUNICÍPIO NA SEGURANÇA PÚBLICA ....................................... 35
2.1 Histórico da participação dos municípios na segurança pública ......................... 35
2.2. Conselhos Municipais de Segurança Pública ...................................................... 38
2.3. Gabinetes de Gestão Integrada Municipal (GGIMs) ........................................... 40
2.4. Observatórios de Segurança Municipais ............................................................ 42
2.5. Por que o município deve atuar na gestão de segurança pública? .................... 43
2.7. O município como agente estratégico na segurança pública ............................. 44
2.3 Indicadores de engajamento dos municípios na segurança pública ................... 48
AULA 3 – GESTÃO DA SEGURANÇA EM ÂMBITO MUNICIPAL ........................................ 51
3.1 Tipos de políticas de segurança cidadã ............................................................... 51
3.2 Exemplos de políticas e ações municipais ........................................................... 52
3.3 Dificuldades na execução de políticas municipais de segurança ........................ 69
MÓDULO II – AS GUARDAS MUNICIPAIS NO SISTEMA ÚNICO DE SEGURANÇA PÚBLICA
72
Apresentação do módulo .............................................................................................. 72
Objetivo do módulo ....................................................................................................... 73
Estrutura do módulo ...................................................................................................... 74
AULA 1 – COMPETÊNCIAS DAS GUARDAS MUNICIPAIS (LEI Nº 13.022/2014) .............. 75
1.1 Introdução ao tema ............................................................................................. 75
1.2 Abordagem legal das competências das Guardas Municipais............................. 78
1.3 Atuação preventiva das guardas como polícias cidadãs e comunitárias em espaços
de desordem social .................................................................................................... 85
Aula 2 – Introdução ao Sistema Único de Segurança Pública ....................................... 92
2.1 O que é o Susp? ................................................................................................... 94
2.2 Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) ...................... 95
2.3 Objetivos do Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Pessoal (PNSP) ..... 95
Aula 3 - O papel das Guardas Municipais no Susp ........................................................ 97
3.1 Aspectos introdutórios: Preparação das Guardas para integrar o Susp ............. 97
3.2 O papel das Guardas Municipais no Susp: Propostas de Políticas Públicas
Municipais.................................................................................................................. 98
3.3 Preparação das Guardas Municipais para integrar o Susp ................................ 100
3.4 Ordem Pública ................................................................................................... 104
3.5 Cadastrar junto à Secretaria Nacional de Segurança Pública - SENASP. ............ 106
Aula 4 - O Plano Nacional de Segurança Pública ......................................................... 108
4.1 Ciclos de implementação previstos no Plano Nacional de Segurança Pública
(PNSP) – ciclo 2021/2030: ....................................................................................... 108
4.2 Objetivos do PNSPDS 2021-2030:...................................................................... 109
4.3 Fontes de dados e informações do PNSPDS 2021-2030:................................... 109
4.4 Metas de resultado ............................................................................................ 110
4.5 Ações estratégicas ............................................................................................. 111
4.6 Indicadores ........................................................................................................ 113
MÓDULO III – ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO PARA AS GUARDAS MUNICIPAIS .............. 117
Apresentação do módulo ............................................................................................ 117
Objetivos do módulo ................................................................................................... 118
Estrutura do módulo .................................................................................................... 118
AULA 1 – O PODER DE POLÍCIA E A GUARDA MUNICIPAL ........................................... 119
1.1 Aspectos introdutórios: Municípios e Segurança Pública ................................. 119
1.2 O Conceito de Poder de Polícia ......................................................................... 122
1.3 Poder de Polícia na Segurança Pública .............................................................. 125
1.4 A Guarda Municipal com Poder de Polícia Preventivo ...................................... 128
AULA 2 – AS NORMAS DE DIREITOS HUMANOS APLICADAS À FUNÇÃO DA GUARDA
MUNICIPAL ................................................................................................................... 131
2.1 O Uso da Força pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei .......... 131
2.2 A Guarda Municipal e o Uso da Força ............................................................... 133
2.3 Princípios Reguladores do Uso da Força pelos Funcionários Responsáveis pela
Aplicação da Lei (FRAL) ............................................................................................ 136
2.4 O uso de Arma de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei
(FRAL) ....................................................................................................................... 141
AULA 3 – A TECNOLOGIA NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA .......................................... 146
3.1 Introdução à tecnologia na Segurança Pública .................................................. 146
3.2 Aplicações da Tecnologia na Prevenção do Crime ............................................. 149
3.3 Tecnologia na Segurança Pública: privacidade e proteção de dados ................ 159
AULA 4 – BOAS PRÁTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA MUNICIPAL ............................... 161
4.1 A Inteligência Artificial na predição de infrações em Belo Horizonte: Crime NABI
................................................................................................................................. 162
4.2 Protocolos Operacionais Padrão (POP): segurança jurídica para o FRAL .......... 163
4.3 Integração entre Academia, Planejamento Operacional e Controle ................. 165
Interno/Corregedoria: prevenindo violações de Direitos Humanos ...................... 165
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 170
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 6
APRESENTAÇÃO DO CURSO
2. OBJETIVO DO CURSO
3. ESTRUTURA DO CURSO
Apresentação
VAMOS REFLETIR
Objetivos do módulo
Estrutura do módulo
Aula 1 - Violência urbana e prevenção
Aula 2 - O papel do município na Segurança Pública
Aula 3 - Gestão da segurança em âmbito municipal
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 14
A violência é parte das relações que compõem uma sociedade. Como apontou
Roberto DaMatta (1982), sua condição de “normalidade” se mostra como algo, em nossa
sociedade, a ser reprimido e evitado – ou seja, sua existência expressa um estado dado
de coisas. Nas sociedades primitivas, a violência era usada como meio de promoção dos
mais aptos à liderança dos grupos. Nas sociedades atuais, integra dinâmicas de poder,
sobretudo aquelas que se desenvolvem à margem da lei, pela ação de associações
criminosas. A visão do senso comum ou popular entende a violência como o resultado da
experiência das pessoas, de seres envolvidos em embates morais e materiais, mas ela
também tem uma dimensão social que deve ser considerada. Ela varia de acordo com as
relações sociais em diferentes grupos e sociedades.
A violência é, portanto, um fenômeno inerente a qualquer tipo de sociedade,
que reflete o tipo de sociedade da qual faz parte, que significado essa violência tem no
contexto social no qual está inserido e, ao mesmo tempo, é algo que depende de
estímulos desse grupo social (GULLO, 1998).
SAIBA MAIS!
O estudo da História já identificou, por exemplo, desde sociedades
rurais do passado, o fenômeno do “banditismo social”, de criminosos como
Lampião no Brasil no início do século 20, associados a imagens de rebeldes
paladinos da justiça, construídas por ações em represália a poderes
econômicos e políticos.
II proscritas ou ilegais;
IV ocupacional e riqueza.
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 16
SAIBA MAIS!
Figura 4: Elementos que contribuíram para a elevação na criminalidade urbana no Brasil, década de 70
Fonte: do Conteudista.
SAIBA MAIS!
Em 1950, a população brasileira se dividia em 36% no meio urbano
e 63% no meio rural. Em 2010, a população urbana já representava
84% da população total. Rápido e profundo, o crescimento das cidades
deixou grandes carências sociais. Em 2010, por exemplo, as 20 regiões
metropolitanas brasileiras à época concentravam 88% dos domicílios
nos chamados aglomerados subnormais (assentamentos irregulares
ou favelas) (BRITO, 2006; ALVES, 2020).
Figura 8: Evolução da taxa de homicídios por 100 mil habitantes no Brasil, 1980/2019
Fonte: Ipea.
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 22
SAIBA MAIS!
Para aprofundamento no tema, assista ao vídeo sobre homicídios no
Brasil e suas dinâmicas. Um debate promovido em 2023 pelo Fórum
Brasileiro de Segurança Pública com os pesquisadores Mateus Rennó
(USF), Tulio Kahn (FBSP e IPEA) e Daniel Cerqueira (IPEA e UVV),
moderado por Ludmila Ribeiro (UFMG e FBSP) e Arthur Trindade (FBSP
e UnB).
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=JGTl57_5BbM
SAIBA MAIS!
Pesquise o dossiê publicado pela Revista USP em 2021 sobre o
fenômeno da violência urbana. A publicação procura explicar de
maneira qualitativa e traz reflexões sobre formas de reverter a
fragilização do monopólio da força pelo Estado.
Acesse: https://jornal.usp.br/cultura/revista-usp-faz-radiografia-
daviolencia-urbana-no-brasil/
SAIBA MAIS!
Leia a reportagem da EBC sobre estudo do Ipea e do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública que abordou o fenômeno da concentração
espacial dos homicídios no Brasil e a migração da violência letal para
cidades menores.
Acesse: https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-
humanos/noticia/201806/metade-dos-homicidios-em-2016-
ocorreram-em-apenas-2-dosmunicipios
VAMOS REFLETIR
SAIBA MAIS!
Políticas preventivas
Tendem a priorizar a dissuasão e a atuação com foco na redução dos fatores de risco e no
fortalecimento de fatores de proteção, sejam eles de natureza individual, situacional ou
social.
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 30
Prevenção primária
Abordagens que buscam prevenir a violência antes de sua manifestação.
Exemplos:
• investimentos em educação e moradia;
• recuperação e reordenação de espaços urbanos.
Prevenção secundária
Abordagens que procuram dar respostas imediatas à violência.
Exemplos:
• cursos profissionalizantes e oficinas para jovens em situação de vulnerabilidade;
• videomonitoramento de pontos críticos de criminalidade;
• serviços de emergência ou tratamento para doenças sexualmente transmissíveis
decorrentes de um estupro.
Prevenção terciária
Abordagens que se concentram em cuidados de longo prazo frente à violência, como
reabilitação e reintegração e tentativas de diminuir traumas e reduzir deficiências de
longo prazo associadas com violência.
Exemplos:
• ações de reinserção social de egressos do sistema prisional;
• cadastro de membros de torcidas organizadas de futebol.
SAIBA MAIS!
Pesquise a publicação “Podemos Prevenir a Violência: Teorias e
Práticas”, de Elza Machado de Melo, editada em 2010 pela
Organização Panamericana de Saúde (Opas) e pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Acesse:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/podemos_prevenir_violencia.pdf
✓ agir sobre os fatores culturais, sociais e econômicos mais amplos que contribuem
para a violência e agir para mudá-los, incluindo medidas para reduzir o abismo
entre os ricos e pobres e para garantir acesso igualitário a bens, serviços e
oportunidades.
No caso das cidades brasileiras, que não contam com organizações policiais,
apenas guardas municipais, os governos municipais têm capacidades mais compatíveis
com o desenvolvimento de políticas baseadas em prevenção. O desenvolvimento de
políticas centradas em estratégias repressivas depende necessariamente de uma
integração com outras instituições e níveis de governo.
SAIBA MAIS!
Palavra do Especialista
pagamento de efetivo policial e custeio das polícias. Apesar de avanços nos últimos 20
anos, políticas municipais de segurança no Brasil continuam marcadas pela
descontinuidade das ações. Municípios que em algum momento se destacaram
nacionalmente passam por interrupções, mudanças de prioridade e reduções de
investimento em seus programas. Segundo Risso (2016), isso se deve a fatores como
mudanças políticas e ausência de recursos para manutenção e expansão dos programas.
A consolidação dos municípios como vetores de políticas de segurança pública depende
da cristalização de uma compreensão ampliada sobre o sentido de segurança pública no
país. Existem políticas e programas de prevenção da violência que não demandam a
aplicação da lei nem o emprego da força, e que revelam um campo amplo para que
municípios criem políticas e participem da segurança pública, com foco em ações de
prevenção. Como aponta Miki (2008), compreender o papel do município na segurança é
caminhar rumo ao entendimento da segurança pública como um direito:
políticas para o setor e a abertura de um canal propício para que população e organizações
da sociedade civil participem do levantamento de prioridades e demandas locais, bem
como do desenho e da implementação de políticas públicas para o setor, inclusive em
relação à alocação de recursos.
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 40
SAIBA MAIS!
Atibaia (SP)
https://www.atibaia.sp.gov.br/noticias/seguranca-publica/atibaia-
nomeia-membros-do-conselho-municipal-de-seguranca-publica3165
SAIBA MAIS!
SAIBA MAIS!
Palavra do Especialista
Figura 15: Organograma de ações para construção de um plano municipal de segurança pública
II. A partir desse diagnóstico foi elaborado um plano de segurança municipal? Esse
plano envolve um amplo processo social de pactuação e coalizão em torno de
regras de convivência e de relações sociais?
VII. É constante a interação entre autoridades locais e sociedade civil? Essa interação
é baseada em mecanismos de participação e controle social institucionalizados?
IX. Existem estratégias focadas nos grupos sociais mais vulneráveis, como jovens,
mulheres e crianças?
XIII. Existe uma articulação intersetorial (saúde, educação, urbanismo, trânsito, por
exemplo)? As intervenções planejadas são integradas e territorializadas?
XIV. Qual é a prioridade política e institucional dada pelo gestor local a ações
focalizadas? Qual a prioridade das políticas de prevenção e redução da violência
em seu município?
PARA REFLETIR
este tipo de política dificulta a cooperação entre município e Estado na área da segurança
pública.
Diadema (SP)
Diadema é um município de 393.237 habitantes (censo 2022) na
região metropolitana de São Paulo. A cidade tem localização geográfica
privilegiada, entre a capital do Estado, São Paulo, e o porto de Santos, e por
ela passam importantes rodovias de ligação entre a capital e o litoral. O
processo de industrialização da cidade nos anos 1950 e 1960 desencadeou um
crescimento desordenado da população, gerando sobrecarga nos serviços
municipais e o surgimento de mais de 200 favelas em seu território.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 53
Mapeamento da criminalidade
Georreferenciamento dos dados criminais com identificação
precisa de locais das ocorrências e cruzamento das
informações com mapas de vulnerabilidade e desigualdade
social. Convênio com o governo do Estado permitiu acesso
online a informações criminais da cidade e da região.
Policiamento comunitário
Rondas preventivas da Guarda Municipal, realizadas a pé, de
bicicleta, moto e com apoio de bases móveis.
Ricardo e Caruso (2007) apontam que entre 1999 e 2005 a taxa de homicídios
em Diadema sofreu uma queda acentuada, indicando que as ações implementadas na
cidade contribuíram para a redução da violência. As autoras dizem não ser possível avaliar
a contribuição de cada ação para a queda e o impacto de outras ações (como o
investimento em aperfeiçoamento profissional das polícias) nessa redução. Afirmam,
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 57
porém, que o conjunto de ações levadas a cabo em Diadema contribuiu para a melhoria
da segurança pública no município e que entre as causas desse sucesso estão a
continuidade da política, a divulgação do trabalho dentro da própria cidade, a centralidade
do tema e a liderança governamental na implantação da política.
SAIBA MAIS!
Canoas (RS)
Canoas é um município de 347.657 habitantes (censo 2022) na
região metropolitana de Porto Alegre. Um dos municípios mais populosos do
Rio Grande do Sul, atravessado por importantes rodovias de acesso ao interior
e à capital, Canoas historicamente esteve entre aqueles com maiores
incidências criminais do Estado. A cidade vivenciou um aumento da taxa de
homicídios nos anos 2000 e buscou inspiração em políticas municipais de
prevenção adotadas em Diadema (SP) para projetos implementados no
processo de consolidação de sua política para o setor.
Canoas foi um exemplo de município beneficiado à época por
aportes técnicos e financeiros do governo federal durante a institucionalização
de suas políticas de segurança. Um estudo de 2013 do Ministério da Justiça
reconheceu a parceria com a União como essencial para a implantação das
políticas de segurança no município, que seguiram quatro objetivos
estratégicos, veja logo abaixo.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 58
Segundo
Emprego de novas tecnologias de prevenção e
monitoramento.
Terceiro
Prevenção das violências em comunidades marcadas pela
vulnerabilidade social.
Quarto
Acesso à Justiça e mediação de conflitos.
SAIBA MAIS!
Leia o capítulo 4 do volume 3 da coleção Pensando a Segurança
Pública, publicação de 2013 do Ministério da Justiça que analisou,
entre outras questões, as políticas de segurança pública municipais em
Canoas (RS) e Jaboatão dos Guararapes (PE).
Acesse:
https://bibliotecadigital.economia.gov.br/bitstream/123456789/258/
3/Pensando%20a%20Seguran%C3%A7a%20-%20vol3.pdf
Recife (PE)
Recife é um município de 1.488.920 habitantes (censo 2022),
capital do Estado de Pernambuco. Em 2000, a cidade tinha a maior taxa de
homicídios entre as capitais brasileiras, de 95,8 homicídios por 100 mil
habitantes. O desenvolvimento de uma política de prevenção da violência na
cidade partiu de uma orientação da prefeitura, que passou a organizar seus
programas sociais em torno dessa demanda, e de uma articulação em nível
metropolitano. Um primeiro plano metropolitano de prevenção da violência,
elaborado em 2004, teve oito metas: reorganização institucional; integração
intersetorial e intergovernamental; gestão do conhecimento e da informação
sobre política de defesa social na região metropolitana; programa de
capacitação integrado no âmbito da prevenção da violência; promoção e
garantia dos direitos humanos; participação e controle social; segurança
comunitária; prevenção dirigida à adolescência e juventude; valorização da
vida e respeito às diferenças sociais.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 61
Prevenção primária
Intervenções de médio e longo prazo, visando melhorias na
qualidade de vida da população de áreas urbanas
precarizadas, com ações em educação, habitação, trabalho
e cultura.
Prevenção secundária
Intervenções de curto e médio prazo, visando grupos e
territórios com maior vulnerabilidade à violência.
Prevenção terciária
Intervenções de curto prazo, voltadas a egressos dos
sistemas prisional e socioeducativo, com objetivo de coibir a
formação de gangues e redes criminosas.
Segundo eixo
O eixo prevenção social do crime e da violência incluiu
ações focadas na juventude Mediação de conflitos e acesso
à Justiça, políticas para mulheres e fortalecimento de canais
entre a prefeitura e populações historicamente
marginalizadas, como pessoas idosas, negras, com
deficiência e LGBTQIA+.
Terceiro eixo
O eixo recuperação de situações de risco procurou trabalhar
aspectos como a reinserção social de egressos do sistema
prisional e socioeducativo, atendimento a dependentes
químicos e a vítimas de violência.
Quarto eixo
O eixo participação social e cultura cidadã previu a criação
de novos espaços e processos de convivência social e
cidadania ativa na cidade.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 63
SAIBA MAIS!
Teresina (PI)
Teresina é um município de 866.320 habitantes (censo 2022),
capital do Estado do Piauí. Em 2017, a cidade deu início a uma iniciativa
que procurou articular diferentes setores da gestão municipal em torno de
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 64
Fonte: do Conteudista.
Segunda Ação
Ações integradas de combate à violência contra a mulher;
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 66
Terceira Ação
Ocupação pública de um parque local para atividades
familiares aos finais de semana;
Quarta Ação
Capacitação de agentes públicos em temas correlatos à
violência.
O programa tinha duas frentes principais de ação. Uma frente preventiva que
contemplava os três níveis de prevenção – primária, secundária e terciária, e uma voltada
à proteção, com ações articuladas nos níveis municipal, estadual e federal.
Prevenção
A frente de prevenção, com sete projetos, previa ações
integradas de identificação de fatores de risco e fatores
protetivos e o atendimento de indivíduos em situação de
vulnerabilidade e risco social.
A ação de prevenção secundária consistia na ação da escola
para identificar adolescentes em situação de vulnerabilidade
à violência, para que pudessem ser encaminhados a uma
equipe técnica para elaboração de um projeto de
“redirecionamento da trajetória de vida do adolescente”. A
responsável por receber e monitorar esse projeto pelo
período de um ano seria a Guarda Civil Municipal.
Proteção
A frente de proteção tinha 18 metas e 16 ações previstas,
sendo dois projetos de fiscalização de condutas em parcerias
com outros órgãos da segurança: Teresina Protege
(fiscalização de bares e postos de conveniência) e Blitz
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 67
SAIBA MAIS!
Campinas (SP)
Em Campinas (SP), a prefeitura criou um programa para
minimizar danos sociais causados pela violência sexual e doméstica, com
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 68
Betim (MG)
Em Betim (MG), uma ação definida pelo GGI-M (Gabinete de
Gestão Integrada Municipal) viabilizou a atuação integrada das polícias e
da Receita Estadual para combate à receptação de celulares furtados. A
medida foi acompanhada por uma campanha de comunicação sobre o
tema.
mais vulneráveis à violência. Em 2017, a taxa de homicídios na cidade foi de 24 por 100
mil habitantes. (HIDALGO et al. 2021, FBSP, 2016).
FINALIZANDO....
Apresentação do módulo
Reflita sobre o tema abordado na citação acima através das seguintes questões:
Objetivo do módulo
Estrutura do módulo
Para Refletir
Fonte: https://jus.com.br/artigos/71114/ciclo-completo-de-policia
Imagem: Anna-Karin Nilsson. Disponível em: https://polistidningen.se/2022/06/nyckeln-till-att-passa-in- som-polis/
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 78
Assim se verifica que os “bens de uso comum” são aqueles que são
destinados ao uso coletivo, sendo acessíveis e disponíveis para todas as
pessoas em uma comunidade ou sociedade. Esses bens são geralmente
mantidos e administrados pelo poder público ou por entidades coletivas,
visando o benefício e o interesse comum.
Ruas e avenidas
As vias públicas, como ruas e avenidas, são bens de uso
comum, pois são utilizadas por todos os cidadãos para o
deslocamento e transporte.
Calçadas e passeios
As calçadas são espaços públicos destinados à circulação de
pedestres e são consideradas bens de uso comum,
garantindo a acessibilidade e a mobilidade urbana.
Praças e parques
Áreas públicas abertas, como praças, parques e jardins, são
consideradas bens de uso comum, pois estão disponíveis
para o lazer, recreação e convívio social de todos.
Praias
São consideradas bens de uso comum, permitindo que as
pessoas desfrutem da costa e das águas do mar.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 80
Esses são apenas alguns exemplos de bens de uso comum, mas a noção de
bens de uso comum pode abranger uma ampla variedade de recursos e espaços que são
compartilhados pela sociedade como um todo.
Patrulhamento e segurança
As guardas municipais realizam patrulhamento preventivo nos bens de uso comum, como
nos logradouros públicos municipais, praças, parques e praias, garantindo a segurança dos
frequentadores e prevenindo a ocorrência de crimes.
Apoio em emergências
Em caso de emergências médicas, acidentes ou situações de risco nos bens de uso
comum, as guardas municipais podem atuar prontamente, prestando os primeiros
socorros, solicitando apoio de equipes especializadas e garantindo a segurança do local e
das pessoas envolvidas.
Como pode ser percebido, a regulamentação das Guardas Municipais fez com
que estas corporações se tornassem de extrema importância na preservação dos direitos
dos cidadãos e no apoio aos demais órgãos de segurança pública. Suas atribuições foram
delineadas para uma atuação focada em atividades comunitárias de segurança urbana.
II. prevenir e inibir, pela presença e vigilância, bem como coibir, infrações penais ou
administrativas e atos infracionais que atentem contra os bens, serviços e
instalações municipais;
VI. exercer as competências de trânsito que lhes forem conferidas, nas vias e
logradouros municipais, nos termos da Lei nº 9.50/97 (Código de Trânsito
Brasileiro), ou de forma concorrente, mediante convênio celebrado com órgão de
trânsito estadual ou municipal;
IX. interagir com a sociedade civil para discussão de soluções de problemas e projetos
locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades;
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 84
XVIII. atuar mediante ações preventivas na segurança escolar, zelando pelo entorno e
participando de ações educativas com o corpo discente e docente das unidades de
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 85
SAIBA MAIS!
1.3 Atuação preventiva das guardas como polícias cidadãs e comunitárias em espaços de
desordem social
Para Bayley (2017) essa relação vai além da mera identificação, ela implica em
uma pedagogia peculiar, pois “uma vez que os policiais são a encarnação do governo, eles
são os professores mais permanentes dos valores cívicos na sociedade” (Bayley, 2017, p.
212 apud OLIVEIRA, 2019):
Agindo como professores, os policiais devem construir uma relação de
autoridade com o público. Essa relação de autoridade não é mais uma
imposição simples, mas deriva de uma construção que se manifesta no
consentimento do público (BONDARUK; SOUZA, 2004 apud OLIVEIRA, 2019).
Oliveira (2019) entende que a maior parte das demandas apresentadas pela
sociedade às agências policiais não são de natureza criminal, pois são de natureza
preventivas, contudo, podem evoluir e se transformar em caso de polícia se não forem
prevenidas:
A maior parte das demandas que a sociedade faz à polícia não é de natureza
criminal (perturbação do sossego, mediação de conflitos, acidentes de
trânsito), mas pode evoluir nessa direção, sendo sua resolução uma questão
preventiva. (BAYLEY, 2017, et al, apud, OLIVEIRA, 2019)
o que parece ser o caso das guardas municipais em sua relação com as polícias militares.
Com o trabalho de Monjardet é possível entender que ambas são complementares, uma
é polícia de ordem, que faz policiamento ocasional de proximidade, com foco na
preservação e continuidade do Estado, e que outra é polícia urbana, com foco na paz social
da comunidade por meio de um policiamento permanente de proximidade e comunitário.
A atuação preventiva das guardas como polícias cidadãs e comunitárias em
espaços de desordem social passa pelo que sustenta Carneiro (2012), ao defender que ao
se explorar a relação entre a desordem e o crime é possível abrir novos caminhos para a
participação da administração pública local na gestão das políticas de segurança pública.
Carneiro (2012) sustenta que a investigação sobre os mecanismos que relacionam
desordem e crime torna possível articular uma resposta à criminalidade que vai além do
recurso ao sistema de justiça criminal e, em particular, que vai além da adoção de leis
penais. Há ainda outro argumento a favor de se definir a desordem como um alvo
privilegiado para as intervenções na área de segurança, conforme sustenta Garófolo
(1987):
de qualquer ação que tenha como objetivo a manutenção da ordem. Para tanto, se verifica
na atuação das guardas municipais um papel essencial de manutenção da ordem e o
reforço dos mecanismos informais de controle na sociedade:
SAIBA MAIS!
PARA REFLETIR
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 94
O Sistema Único de Segurança Pública (Susp) foi instituído pela Lei nº 13.675,
sancionada em 11 de junho de 2018. Ele cria uma arquitetura uniforme para a segurança
pública em âmbito nacional, a partir de ações de compartilhamento de dados, operações
integradas e colaborações nas estruturas de segurança pública federal, estadual e
municipal. A segurança pública continua sendo uma atribuição de estados e municípios.
A União fica responsável pela criação de diretrizes que serão compartilhadas em todo o
país. (Fonte: https://www.gov.br/mj/ )
O Plano conta com 13 metas principais que incluem a redução dos índices de
mortes violentas, da violência contra mulher e priorizam a atenção aos profissionais de
segurança pública. Também foram definidas prioridades para sua execução, por meio de
12 ações estratégicas. Essas ações vão desde a otimização da gestão dos órgãos de
segurança pública e defesa social até o combate à corrupção, narcotráfico e organizações
criminosas, passando pela melhoria no atendimento a grupos vulneráveis vitimizados e
implemento da qualidade de vida dos agentes da segurança pública. (Fonte:
https://www.gov.br/mj/ )
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 97
SAIBA MAIS!
3.2 O papel das Guardas Municipais no Susp: Propostas de Políticas Públicas Municipais
Veja as ÁREAS TEMÁTICAS nas quais podem ser formuladas políticas públicas de
prevenção à violência e criminalidade no município:
Violência Doméstica
O enfrentamento da violência doméstica, que afeta sobretudo mulheres,
crianças e idosos, é uma agenda importante para a atuação da Guarda Municipal.
Aproveitando os princípios da polícia de proximidade, a Guarda Municipal deve
desempenhar ações voltadas a este enfrentamento, incluindo a implementação de
programas de acompanhamento das medidas protetivas, como as patrulhas Maria da
Penha, visitas cidadãs e participação em reuniões comunitárias.
Mediação de Conflitos
As Guardas Civis Municipais podem desempenhar um importante papel de
mediação de conflitos, em complementação ao trabalho das polícias, priorizando um
modelo voltado ao atendimento do cidadão. Para tanto, é importante que sejam
fortalecidas as capacitações de seus profissionais em mediação de conflitos e práticas
restaurativas e também estruturados equipamentos e serviços de gestão de conflitos
interpessoais, inclusive em parceria com o Judiciário.
Uso de Tecnologias
Há experiências importantes de modernização da atuação das Guardas Civis
Municipais por meio do uso de tecnologias para a gestão de dados e informações e
criação, por exemplo, de registro eletrônico dos atendimentos prestados. Tais informações
são fundamentais para orientar a atividade de patrulhamento municipal preventivo sobre
as áreas de maior incidência e maior concentração de grupos vulneráveis.
Conselhos
Reconhecidamente, as Guardas Municipais reúnem talentos da gestão pública
municipal, ou seja, profissionais que conhecem as leis do município, suas características,
suas lideranças, os territórios e suas populações. Por essa razão, é fundamental que seus
profissionais cooperem com a formação e funcionamento de organizações comunitárias
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 100
SAIBA MAIS!
Antes de prosseguir, assista ao vídeo: Webinário "Municípios e
Segurança Pública", do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=xM6ej5pG3II
3.3.1. Guarda Municipal criada por Lei Municipal (art. 9º, Lei nº 13022/2014)
Corregedoria
As Corregedorias são instituídas para proteger a sociedade do desvio de
conduta do agente de segurança, portanto, exercem função corretiva. Na prática, as
Corregedorias auxiliam no controle da disciplina interna das corporações e, não raras
vezes, investigam e opinam sobre questões eminentemente técnicas, pelo que é difícil
para profissionais, que não seguiram a carreira adquirir conhecimento suficiente para
garantir julgamentos imparciais.
Ouvidorias
Diferentemente da corregedoria, as Ouvidorias podem ser integradas por
outros profissionais, pois sua missão precípua é harmonizar a instituição com aquilo que
a Sociedade espera dela. A existência e o funcionamento de ambas é requisito
imprescindível para consideração da regularidade da Guarda Municipal.
Curso de Formação
As Guardas Civis Municipais deverão observar a Matriz Curricular estabelecida
pela SENASP. O curso de formação deverá ser conduzido em estabelecimento destinado
para este fim, em estabelecimento próprio ou organizado temporariamente para tal.
Recomenda-se, quando não há uma escola vocacionada para este fim, designar um
coordenador de curso, para que possa arregimentar os colaboradores e cumprir os
objetivos da Matriz.
Consórcios municipais são interessantes e recomendados, por permitirem o
emprego racional de recursos públicos, além da sinergia necessária para a tarefa
importante da Formação do Guarda Municipal, ou seja, o conteúdo que o profissional
levará para a vida toda.
A capacitação visa manter o Guarda Municipal sempre atualizado com leis e
normas essenciais ao desempenho de suas tarefas, reavaliar sua capacidade técnica
operacional, além de habilitá-lo para novas técnicas, acompanhando a evolução da
sociedade local e da inovação tecnológica.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 103
Formação Complementar
Dada a importância da capacitação, sugere-se o atendimento da formação
complementar, considerando a capacidade técnica e administrativa dos municípios, com
curso de formação com, no mínimo, 1.200 horas/aula, sendo 600 horas/aula de curso
presencial e 600 horas/aula de atividade prática e aplicação do conhecimento teórico.
O objetivo deste preceito é permitir a formação do Tecnólogo em Segurança Pública, o
que, no futuro, permitirá a disponibilização de profissionais para os quadros municipais
que trabalham na área.
A meta é factível de ser alcançada, porque há as 476 horas previstas em
Matriz Curricular, complementadas por outras a cargo do próprio Município, até 600 h, e
pela avaliação continuada, ou estágio posterior à formação, ao fim do qual receberá a
certificação técnica equivalente.
pública, por Diogo de Figueiredo Moreira Neto, associada à leitura da Declaração dos Direitos do Homem e
estaduais e federais. Permite, ainda, a integração dos esforços com outras forças,
conforme a Lei do Susp.
***Entende-se pelo conceito de patrimônio imaterial aquilo que é intangível segundo o aspecto concreto de
ser, a exemplo de convicções, ideais, costumes, percepções, tradição, dentre outros, seja de indivíduos ou de
grupos.
Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites
senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos
direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
Assim, reforça-se a ideia de que a Guarda Municipal deve fiscalizar as posturas
municipais, proporcionando a convivência harmoniosa entre os variados grupos sociais
que compõem a população local, assegurando o livre acesso aos serviços públicos
essenciais e preservando a integridade daqueles que mais precisam de alguém para
protegê-los.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 106
SAIBA MAIS!
Antes de prosseguir,
Assista ao vídeo produzido pelo Ministério da Justiça e Segurança
Pública, que esclarece sobre o fluxo do processo de adesão ao
sistema de gestão de identidade funcional padrão nacional.
Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=oZGQtqcOa4A&t=6s
ATENÇÃO!!!!
Para acessar os FORMULÁRIO DE CADASTRO, clique logo abaixo:
✓ Diagnóstico - Guardas Municipais:
<https://formularios.mj.gov.br/limesurvey/index.php/887772?lang=pt-BR>
✓ Pré-cadastro Sinesp:
<https://seguranca.sinesp.gov.br/sinesp-cadastros/public/precadastro_envio_link.jsf>
✓ Manual de Pré-cadastro do Sinesp:
<https://sinespdrive.mj.gov.br/index.php/s/pre-cadastro#pdfviewer>
Fonte: do Conteudista.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 109
O cumprimento das metas do PNSPDS 2021-2030 será avaliado ano a ano (Art.
8º) e a aferição será realizada por meio das seguintes fontes de dados e informações (Art.
5º):
SINESP
Sistema Nacional de Informações de Segurança
Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas
e Munições, de Material Genético, de Digitais e
de Drogas.
SISDEPEN
Sistema de Informações do Departamento
Penitenciário Nacional.
RENAEST
Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de
Trânsito da Secretaria Nacional de Trânsito do
Ministério da Infraestrutura.
de Informações do Departamento Penitenciário Nacional) e por meio dos dados obtidos do SNT
(Sistema Nacional de Trânsito) e de outros sistemas de interesse da segurança pública e defesa
social, com o uso de ferramentas de aprendizado de máquina (machine learning) para
categorização e análise.
Ação estratégica 10: Aperfeiçoar as atividades de segurança pública e defesa social por
meio da melhoria da capacitação e da valorização dos profissionais, do ensino e da
pesquisa em temas finalísticos e correlatos.
Ação estratégica 12: Desenvolver e apoiar ações articuladas com outros setores, públicos
e privados, destinadas à prevenção e à repressão à violência e à criminalidade
relacionadas às mulheres, aos jovens e a outros grupos vulneráveis, bem como ao
desaparecimento e ao tráfico de pessoas.
4.6 Indicadores
INDICADORES E METAS
✓ Quantitativo de vítimas de homicídio - Meta 1
✓ Taxa de homicídios - Meta 1
✓ Quantitativo de vítimas de lesão corporal seguida de morte - Meta 2
✓ Taxa de lesão corporal seguida de morte - Meta 2
✓ Quantitativo de vítimas de latrocínio - Meta 3
✓ Taxa de latrocínio - Meta 3
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 114
SAIBA MAIS!
FINALIZANDO
✓ A atuação das Guardas Municipais está alinhada com o que se entende de polícia
cidadã e comunitária, e que atuam desde sua criação de forma a interagir com a
sociedade civil buscando a solução de problemas e a implantação de projetos
locais voltados à melhoria das condições de segurança das comunidades.
Apresentação do módulo
Reflita sobre o tema abordado na citação acima através das seguintes questões:
Objetivos do módulo
Estrutura do módulo
SAIBA MAIS!
PARA REFLETIR
PARA REFLETIR
Cartilha da SENASP
De acordo com a SENASP, na cartilha Atuação Policial na Proteção dos Direitos
Humanos de Pessoas em Situação de Vulnerabilidade, o poder de polícia em segurança
pública:
É o mecanismo de que dispõe a Administração
Pública para conter os abusos do direito individual.
Por ele, o Estado limita os direitos individuais em
benefício do interesse coletivo, restringe a atividade
individual que se revelar contrária, nociva ou
inconveniente ao bem-estar social. (SENASP, 2013)
Auto executoriedade
O Estado pode executar as suas decisões de forma direta,
sem necessidade de chancela ou autorização de outro
poder.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 124
Discricionariedade
O Estado dispõe de liberdade de atuação, de acordo com os
princípios da conveniência e da oportunidade, prevalecendo
o interesse público.
Coercibilidade
As decisões administrativas podem ser impostas pelo
Estado, inclusive através da força quando necessário, para
execução do ato.
SAIBA MAIS!
As Forças de Segurança, portanto, não poderiam exercer o seu dever sem que
o Estado revestisse a sua atuação do poder de polícia, que por sua vez não é exclusivo dos
agentes públicos com atribuição policial.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 126
Polícia Preventiva
✓ Manutenção da Ordem Pública e prevenção de delitos;
✓ Incide sobre pessoas, bens direitos e atividades particulares, com atribuições de
presença e de vigilância;
✓ Pode também exercer atividade repressiva ao impor, por exemplo, multas,
advertências, ou ao realizar capturas em caso de flagrante delito.
Polícia Repressiva
✓ Longa manus do Poder Judiciário;
✓ Incide sobre pessoas, podendo haver ação imediata de dispersão ou prisão em
flagrante;
✓ Promove a investigação e auxilia a repressão dos crimes.
***Longa manus – É uma expressão que designa o executor de ordens! É normalmente utilizada em
referência ao Oficial de Justiça - que é o executor das ordens judiciais, ou seja, "a mão estendida do juiz na
rua"!
Há nessa hipótese uma atuação mista, onde apenas com a ocorrência do ilícito
penal a atuação preventiva se transforma em repressiva, através do poder/dever da
Administração Pública no exercício do Poder de Polícia, no território das respectivas
competências e limites legais de cada órgão.
PARA REFLETIR
SAIBA MAIS!
I. Capturar e deter;
IMPORTANTE!
O Estado tem a responsabilidade de manter a lei, a ordem e a paz
social, garantindo que a aplicação da lei respeite os Direitos
Humanos. O Direito Internacional dos Direitos Humanos é o ramo do
Direito Internacional que deve ser observado pelas estruturas defini
das pelo Estado para aplicação da lei.
SAIBA MAIS!
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0592.htm
2.3 Princípios Reguladores do Uso da Força pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação
da Lei (FRAL)
Fonte: do Conteudista.
IMPORTANTE!
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei devem
respeitar e proteger os direitos humanos e as liberdades
fundamentais, principalmente quando estiverem considerando a
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 138
Princípio da Legalidade
Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei poderão recorrer ao uso da
força apenas para alcançar objetivos legítimos de aplicação da lei e de acordo com as
circunstâncias especificadas na legislação nacional. Em outras palavras, o agente somente
deve recorrer ao uso da força para aplicar a lei.
Segundo as Normas Internacionais de Direitos Humanos temos que:
Artigo 1º Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei devem cumprir, a todo o momento, o
dever que a lei lhes impõe, servindo a comunidade e
protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, em
conformidade com o elevado grau de
responsabilidade que a sua profissão requer.
(CCFRAL, 1979)
PBUFAF nº 01: Os Governos e os organismos de
aplicação da lei devem adotar e aplicar regras sobre
a utilização da força e de armas de fogo contra as
pessoas, por parte dos funcionários responsáveis
pela aplicação da lei. Ao elaborarem essas regras, os
Governos e os organismos de aplicação da lei devem
manter sob permanente avaliação as questões éticas
ligadas à utilização da força e de armas de fogo.
(PBUFAF, 1990)
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 139
Princípio da Necessidade
A força somente será utilizada se for fundamental para fazer cessar a conduta
ilegal ou a injusta agressão, quando todos os outros meios de resolução do conflito
tenham falhado ou não surtam o efeito desejado. Determinado nível de força só pode ser
empregado quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os
objetivos legais pretendidos, na medida estritamente necessária para o exercício do dever.
Art. 3° Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a força
quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o cumprimento
do seu dever. (CCFRAL, 1979)
PBUFAF nº 04: Os funcionários responsáveis pela
aplicação da lei deverão, no exercício das suas
funções, recorrer tanto quanto possível a meios não
violentos antes da utilização da força ou de armas de
fogo. Só poderão utilizar a força ou armas de fogo se
os outros meios se revelarem ineficazes ou não
pareçam, de forma alguma, capazes de permitir
alcançar o resultado pretendido. (PBUFAF, 1990)
Princípio da Proporcionalidade
O nível da força utilizado deve sempre ser compatível com a gravidade da
ameaça representada pela ação do opositor e com os objetivos estabelecidos na aplicação
da lei e de acordo com as circunstâncias específicas da legislação nacional pelo FRAL. É o
uso da força com moderação, e com ação proporcional à gravidade da infração.
Art. 3° Os funcionários responsáveis pela aplicação
da lei só podem empregar a força quando tal se
afigure estritamente necessário e na medida exigida
para o cumprimento do seu dever. (CCFRAL, 1979)
PBUFAF nº 05: Sempre que o uso legítimo da força ou
de armas de fogo seja indispensável, os funcionários
responsáveis pela aplicação da lei devem:
a) Utilizá-las com moderação e a sua ação deve ser
proporcional à gravidade da infração e ao objetivo
legítimo a alcançar; (PBUFAF, 1990)
Princípio da Precaução
As operações de aplicação da lei devem ser cuidadosamente planejadas,
observando-se o contexto a fim de minimizar o uso da força contra quaisquer pessoas,
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 140
Princípio da Responsabilização
O funcionário responsável pela aplicação da lei deve responder por seus atos
quando recorrer ao uso da força. A responsabilidade pode recair de forma direta ao
agente que utilizar a força de maneira arbitrária. No entanto, não só o agente, mas todos
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 141
2.4 O uso de Arma de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei (FRAL)
PARA REFLETIR!
O funcionário responsável pela
aplicação da lei deve usar armas de fogo contra
pessoas, no cumprimento do dever?
SAIBA MAIS!
Diretriz 2
O uso da força por agentes de segurança pública deverá
obedecer aos princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência.
Diretriz 3
Os agentes de segurança pública não deverão disparar
armas de fogo contra pessoas, exceto em casos de legítima
defesa própria ou de terceiro contra perigo iminente de
morte ou lesão grave.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 144
Diretriz 4:
Não é legítimo o uso de armas de fogo contra pessoa em
fuga que esteja desarmada ou que, mesmo na posse de
algum tipo de arma, não represente risco imediato de morte
ou de lesão grave aos agentes de segurança pública ou
terceiros.
Diretriz 5
Não é legítimo o uso de armas de fogo contra veículo que
desrespeite bloqueio policial em via pública, a não ser que o
ato represente um risco imediato de morte ou lesão grave
aos agentes de segurança pública ou terceiros.
Diretriz 6
Os chamados "disparos de advertência" não são
considerados prática aceitável, por não atenderem aos
princípios elencados na Diretriz n.º 2 e em razão da
imprevisibilidade de seus efeitos.
Diretriz 7
O ato de apontar arma de fogo contra pessoas durante os
procedimentos de abordagem não deverá ser uma prática
rotineira e indiscriminada.
Diretriz 8
Todo agente de segurança pública que, em razão da sua
função, possa vir a se envolver em situações de uso da força,
deverá portar no mínimo 2 (dois) instrumentos de menor
potencial ofensivo e equipamentos de proteção necessários
à atuação específica, independentemente de portar ou não
arma de fogo.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 145
IMPORTANTE!!
O objetivo de toda atividade de segurança pública é proteger vidas, e isso
não deve ser esquecido.
SAIBA MAIS!
IMPORTANTE!
A tecnologia supera-se todos os dias, com inovações de toda ordem,
particularmente com as relacionadas ao cotidiano da vida moderna,
como a comunicação. Por óbvio, quem vive à margem da lei, quase
invariavelmente apropria-se dessas novidades para o cometimento
de crimes. Em resumo, para assumirem verdadeiramente o seu papel
legal de instituição preventiva, as Guardas Municipais devem envidar
todos os esforços para ocupar pioneiramente os clusters de inovação
em seu município, com vistas aos fatos portadores de futuro que, no
presente, indicam a realidade adiante do tempo. (Livro Azul das
Guardas Municipais, MJSP, 2019)
PARA REFLETIR!
A sua cidade possui políticas de segurança pública onde
há o emprego da tecnologia?
Essa ação tem impacto significativo na sensação de
segurança da população?
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 149
Curitiba – PR
Em Curitiba, capital do Estado do Paraná, todos os sistemas de
videomonitoramento de segurança da cidade, totalizando 1.400 câmeras, foram
interligados em uma só central denominada “Muralha Digital”. Dados de 2022 apontam
redução de até 40% na ocorrência de crimes em pontos monitorados pelas câmeras, e no
Carnaval de 2023 houve uma redução de 77% em comparação aos dados do mesmo
período em 2020, antes do início da pandemia da COVID-19.
O Projeto Muralha Digital, coordenado pela Secretaria Municipal da Defesa
Social de Curitiba, foi criado pelo Decreto 12.821/2018. O objetivo do projeto está exposto
no artigo 2°, se propondo a
“melhorar a segurança e a qualidade de vida da população,
por meio da implementação de serviços de monitoramento,
informação e comunicação, adequação de infraestrutura
tecnológica, equipamentos e ferramentas de gestão, nas
áreas de segurança integrada e trânsito, otimizando os
recursos para cumprir a melhoria do atendimento ao
interesse público”.
municipais-de-curitiba/66335
• https://www.youtube.com/shorts/qpiixDCb8mg
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 152
• https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/pontosmonitorados-pela-muralhadigital-tem-reducao-de-
crimes-em-ate-40/64851
• https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/comefetivo-robusto-e-muralhadigital-numero-de-
ocorrencias-no-carnaval-decuritiba-diminui-77/67407
Erechim – RS
Outra ação exitosa envolvendo poder público e iniciativa privada pode ser
encontrada no município de Erechim, no Estado do Rio Grande do Sul. Por meio de uma
parceria público-privada foi implementado em 2017 o sistema “Sentinela de
Videomonitoramento”, sendo instaladas 30 câmeras modelo Speed Dome PTZ nas
principais vias e pontos de vulnerabilidade.
O Sistema, operado pelo 13° Batalhão de Polícia Militar, passou por ampliação
e, em 2022, já contava com mais de 250 câmeras de monitoramento e 30 câmeras de
leitura de placas veiculares (OCRs), monitoradas por central funcionando 24 horas. Esta
tecnologia, além de representar uma ação contundente de repressão contra crimes
patrimoniais, ainda possibilita a identificação dos envolvidos e a recuperação do veículo
que porventura tenha sido furtado ou roubado.
Considerando o período de 2016, ano que antecedeu o início do projeto, até
2021, o 13º BPM da Brigada Militar em Erechim apresentou dados que demonstram
redução significativa nos indicadores criminais:
Fonte: https://gestao.rs.gov.br/ibmcognos/bi/?perspective=home
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 153
Fonte: https://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/17058426.jpeg
Drone
É o termo utilizado de forma coloquial e popular para se
referir aos equipamentos remotamente pilotados. Drone,
cuja tradução significa “zangão”, foi oriundo do tipo de ruído
que esses equipamentos costumam produzir em voo, que
lembra o som emitido por um zangão.
VANT
É a sigla de Veículo Aéreo Não Tripulado (tradução do termo
UAV – Unmanned Aerial Vehicle), e é o termo utilizado para
se referir a todo e qualquer equipamento que acesse o
espaço aéreo sem que haja a presença de um ser humano a
bordo. O termo VANT é considerado obsoleto pela
Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), conforme
a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) em
entendimento expresso no Doc 10019, Manual On RPAS.
RPAS
Sigla de Remotely Piloted Aircraft System (Sistema de
Aeronave Remotamente Pilotada), é o termo técnico e
padronizado internacionalmente pela OACI para se referir
aos sistemas de aeronaves remotamente pilotadas
utilizados com propósitos não recreativos.
UAS
Sigla de Unmanned Aircraft System (Sistema de Aeronave
não Tripulada), pode ser usado como sinônimo de RPAS,
sendo preferível o uso deste último (DECEA, 2023).
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 155
SAIBA MAIS!
Figura 31: Mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP) em serviço e fora, PM e PC, no Estado de
São Paulo
Figura 33: Policiais Militares da PMESP mortos em serviço e fora de serviço (2013-2022)
O termo “boa prática” deriva do inglês “best practice”, que é definido pelo
Dicionário de Cambridge como “um método de trabalho ou conjunto de métodos de
trabalho que é oficialmente aceito como sendo o melhor para usar em um determinado
negócio ou indústria, geralmente descrito formalmente e em detalhes”. As boas práticas
são atividades, ações ou experiências que resultem em melhoria no processo do trabalho,
satisfação do público-alvo ou alcance de metas estratégicas (TJCE, 2016).
PARA REFLETIR
SAIBA MAIS!
PLAN - Planejar
Antes de se executar o processo é preciso planejar as
atividades, definir a meta e os métodos.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 166
DO - Implementar/executar
CHECK - Verificar
É a fase de monitoramento, medição e avaliação. Os
resultados da execução são comparados ao planejamento e
os problemas são registrados. Se os resultados forem
favoráveis, as tarefas são mantidas, se ocorrer problema,
deve-se:
ACT - Agir
Fase em que se apontam soluções para os problemas
encontrados.
Figura 34: Método PDCA aplicado à integração Corregedoria / Academia / Planejamento Operacional
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANSO, B.P; ZILLI, L. F.. Apresentação - quanto mais homicídios, mais frágil a
democracia. Revista USP. São Paulo, n.129, p. 9-14, abr.-maio-jun.2021. MESQUITA NETO,
Paulo de. Políticas municipais de segurança cidadã: problemas e soluções. Análises e
propostas, FES, 2006.
SAPORI, Luís Flávio. Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro,
Editora FGV, 2007.
SHERMAN, Lawrence. Preventing crime: what works, what doesn’t, what’s promising.
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SILVA, L.A.M. ‘Violência urbana’, segurança pública e favelas – o caso do Rio de Janeiro.
Caderno CRH, Salvador, v. 23, n. 59, p. 283-300, maio-ago. 2010. SPANIOL, Marlene Inês.
Políticas municipais de prevenção à violência no Brasil: desafios e experiências no campo
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BASTOS, Almeida. Dicionário da Língua Inglesa. 5. ed. São Paulo: Cosmos, 1990. v. 8.
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da Informação: 2000/2003. Rio de Janeiro: Pacto, 2000. 90 p.
BELO HORIZONTE (MG). Seminário: Guarda Municipal Frente aos Novos Desafios -
Proteção Municipal Preventiva. YouTube, 09 de junho de 2021. Ministrado pelo ex-
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Brisolla Balestreri. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=50o0_UvFdrY.
Acesso em: 10 jun 2023.
COSTA, Leandro Dos Santos. Ciclo completo de polícia. 2018. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/71114/ciclo-completo-de-policia. Acesso em: 17 jun.
2023.
OLIVEIRA, Isaias Gonçalves de. Guardas Municipais: modelos de polícia cidadã. Revista
Brasileira de Segurança Pública, v. 13, n. 1, p. 171-188, 2019.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 176
BRASIL. LEI nº 13.022, DE 08 DE AGOSTO DE 2014. Dispõe sobre o Estatuto Geral das
Guardas Municipais. Presidência da República Federativa do Brasil.
Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2014/Lei/L13022.htm.
MARTINS, Juliana. Guardas Civis Municipais: limites e possibilidades para uma atuação
em direitos humanos. Tese (Doutorado - Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Escolar e Desenvolvimento Humano). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo,
2018.
MARTINS, Juliana; BARROSO, Juliana. A formação dos guardas civis municipais do Grande
ABC. Revista Brasileira de Segurança Pública. Dossiê. São Paulo, v. 10, n. 2, 104117,
Ago/Set 2016.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e de Armas
de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, 1990. Disponível
em: http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/ajus/prev20.htm. Acesso em: 9
jun. 2023.
_______. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, 1966. Disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/pacto-internacional-sobre-direitos-civis-epoliticos. Acesso
em: 9 jun. 2023.
Os Municípios e a Prevenção da Violência: o papel da Guarda Municipal 180
UNODC - Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime, Secretaria de Segurança
Pública - Estado do Rio Grande do Sul. Manual sobre o uso da força e armas de fogo por
agentes da Segurança Pública. Porto Alegre, 2021. Disponível em:
https://www.unodc.org/documents/justiceandprisonreform/Manual_Uso_da_Forca_onl
ine2.pdf. Acesso em 25 jun 2023.