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Para os Antigos, cinco Planetas eram conhecidos, além dos luminares do Sol e da
Lua. Os Planetas, como os Signos Zodiacais, possuem um grupo de características
associadas a cada um deles. Cada Planeta governa um ou mais dos Signos. A energia de
um Planeta é forte no/s Signo/s que ele governa (o Signo da dignidade do Planeta).
Adicionalmente, cada Planeta possui também um Signo, além daquele que ele
governa, onde ele se expressa num padrão compatível (o Signo da exaltação do Planeta).
Quando um Planeta está no Signo diretamente oposto àquele que ele governa, ele
está então no Signo de seu detrimento. Também, quando um Planeta está no Signo
oposto à sua exaltação, ele está no Signo de sua queda. Assim, a dignidade de um Planeta
e sua exaltação são harmoniosas com sua energia, enquanto que seu detrimento e sua
queda são contrários à energia do Planeta. Para se ter uma melhor ideia das energias e
associações de cada Planeta, as seguintes explanações são fornecidas. Notai que os
Planetas são descritos aqui de acordo com sua velocidade, enquanto que em outros textos
Golden Dawn, eles são dados numa ordem reversa, de acordo com sua atribuição aos
Sephirot descendentes na Árvore da Vida.
LUNA (A Lua)
Governa: Câncer
Exaltação: Touro
Detrimento: Capricórnio
Queda: Escorpião
Representa: doméstico, nutridor, impulso
MERCÚRIO
Governa: Gêmeos e Virgem
Exaltação: Aquário
Detrimento: Sagitário, Peixes
Queda: Leão
Representa: impulso, expressivo, intelectual
Palavra Chave: PODERES DE RACIOCÍNIO
Mercúrio recebeu este nome do deus Romano, o mensageiro com asas nos pés, portador
do caduceu. Mercúrio governa a comunicação, a razão, intelecto, racionalização,
consciência, percepções, presteza e agilidade, opiniões, transmissão, palavras, a fala, a
escrita, correios e mensagens, meios de expressão. Além disso, Mercúrio lida com
família, viagem e transporte. A ação deste planeta é rápida, imprevisível e explosiva.
VÊNUS
Governa: Touro, Libra
Exaltação: Peixes
Detrimento: Escorpião, Áries
Queda: Virgem
Representa: impulso social, valores
Palavra Chave: AFEIÇÃO
Vênus, o Planeta do Amor, recebeu seu nome da deusa Romana. Nos tempos antigos,
era chamado de o Benéfico Menor. Ele governa o prazer, amor natural, sensualidade,
sociabilidade, atração, interação, arte, música, poesia, drama, canções, beleza, cultura,
posses, joalheria, confeitos, sentimentos, cores, casamento e uniões. Sua ação é amena e
harmoniosa.
MARTE
Governa: Áries (co-governa Escorpião)
Exaltação: Capricórnio
Detrimento: Libra (Touro)
Queda: Câncer
Representa: Impulso agressivo, iniciativa, ação
Palavra Chave: ENERGIA
O Planeta Marte recebeu o nome do deus Romano da guerra, sendo chamado pelos
Antigos como o Maléfico Menor. Ele governa desejos, energias sexuais, energias
focalizadas, ação dinâmica, natureza animal, força, poder, esforço, pelejas, tensão,
adversidade, trabalho, atingimento, competição e morte. Marte também governa as
armas, guerra, acidentes, violência, cirurgia, ferramentas, ferro e aço. A ação do Planeta é
repentina, contundente e perturbadora. A energia de Marte pode ser violenta e destrutiva
ou com valor e fortaleza.
SATURNO
Governa: Capricórnio (sub-governa Aquário)
Exaltação: Libra
Detrimento: Câncer (Leão)
Queda: Áries
Representa: segurança, impulso pela segurança
Palavra Chave: O PROFESSOR
Saturno recebe o nome do deus Romano da agricultura, sendo chamado de o Grande
Maléfico nos tempos antigos. Este Planeta é conhecido como o mestre de obras do
horóscopo. Governa a organização, disciplina, responsabilidade, estrutura, objetivos,
oportunidades de carreira, limites, conservadorismo, foco cristalizado, restrições,
demoras, teorias, ortodoxia, tradição, profundidade, tempo, paciência, verdade,
sabedoria, envelhecimento e solidificação. A ação de Saturno é lenta e duradoura.
Os Antigos também designaram certos valores Planetários ao Nodos Norte e Sul da Lua,
ou seja, os pontos na longitude celestial onde a Lua cruza sobre a eclíptica ou caminho do
Sol. O Nodo Norte da Lua é listado por sua posição nas efemérides e o Nodo Sul é
sempre seu exato oposto, tendo o mesmo número de graus e minutos, mas do Signo
converso. Os Nodos da Lua são chamados de:
Por causa disto, os Planetas exteriores raramente serão mencionados nestes estudos. São
mencionados aqui porque é importante que o estudante moderno tenha um fundamento abrangente
nas bases da Astrologia moderna.
URANO
Exaltação: Escorpião
Detrimento: Leão
Queda: Touro
Representa: Impulso de Liberdade ("divino descontente")
Urano era o deus do céu estrelado, o progenitor dos deuses. O Planeta Urano governa a ciência,
eletricidade, relâmpago, o golpe de gênio, subitaneidade, magia, o oculto, Astrologia, raios-x,
invenções, descobertas, originalidade e psicologia. É intelectual, progressivo, futurista, humanitário,
egotista, rebelde, excêntrico, não ortodoxo, inconvencional e utópico. Este Planeta governa
mudanças súbitas, individualismo, independência, autonomia e desastres naturais. É considerado ser
a oitava superior de Mercúrio. A ação de Urano é repentina, imprevista e usualmente violenta.
O Planeta Netuno recebe o nome do deus do mar dos Romanos. Ele governa os líquidos, todas as
atividades marinhas, glamour, o palco, filmes e televisão, o fantástico, sonhos, poderes psíquicos,
intuição, ilusão, delusão, mística, espiritualidade, ideais, coisas que temos por garantidas, neblina,
mistério, intangíveis, imaterialidade, fragrâncias, transes, drogas, vícios, hipnose e sonambulismo.
Netuno se diz ser a oitava superior de Vênus. Sua ação é sutil e imperceptível, embora algumas
vezes insidiosa.
PLUTÃO
Governa: Escorpião (com o co-governador Marte)
Exaltação: não tem
Detrimento: Touro
Queda: não tem
O Planeta Plutão recebeu o nome do deus do Submundo. Ele governa todas as coisas que são
secretas ou escondidas da vista, tais como a mente subconsciente. Plutão também governa
replicação, concepção, geração, regeneração, degeneração, nascimento e morte, começos e fins,
bactérias, vírus, crescimento lento, turbulência, rejuvenescimento, transfiguração, reorganização,
fobias, obsessões, subversão, poder atômico, crime, exposição, isolamento, perspectiva, consciência
de massas, atividades encobertas e aquilo que é exclusivo. Muitos consideram que ele é a oitava
superior de Marte. A ação de Plutão é lenta, pesada e inescapável.
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PLANETA DIA EM INGLÊS EM ESPANHOL
Sol Domingo Sunday - Dia do Sol. Domingo - do latim dominicus dies, dia do
Senhor (por associação entre o Deus cristão e os
cultos solares pagãos).
Lua Segunda-feira Monday - Dia da Lua. Lunes - do latim lunae dies, dia da Lua.
Marte Terça-feira Tuesday - por referência ao deus escandinavo das Martes - do latim martis dies, dia de Marte.
batalhas Tyr ou Tiw, de sentido marcial.
Mercúrio Quarta-feira Wednesday - Dia de Odin ou Woden, deus Miércoles - do latim mercuri dies, dia de
escandinavo senhor da ciência, das runas, do Mercúrio.
conhecimento (parcialmente análogo a Mercúrio).
Júpiter Quinta-feira Thursday - Dia de Thor, deus escandinavo do Jueves - do latim jovis dies, dia de Júpiter.
trovão e dos céus, simbolizando a fertilidade, a lei
e a ordem.
Vênus Sexta-feira Friday - Dia de Frigg, deusa escandinava esposa Viernes - do latim veneris dies, dia de Vênus.
de Odin.
Saturno Sábado Saturday - Dia de Saturno. Sábado - do hebreu sabbath, que significa
descanso.
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Qabala é um termo Hebraico que significa "tradição". Deriva da palavra raiz qibel,
que significa "receber", referindo-se ao antigo costume de entregar conhecimentos
esotéricos por meio de transmissão oral. Empregamos o termo Qabala para referir à
tradição da Cabala Hermética. Os mais tradicionalistas e puristas empregam a grafia
Kabbala.
O que a palavra "Qabala" abrange é um inteiro corpo de antigos princípios
místicos Hebraicos que são a pedra angular e foco das principais correntes da Tradição
Esotérica Ocidental (TEO). Virtualmente todos os sistemas espirituais Ocidentais podem
traçar suas raízes à Árvore da Vida da Qabala. As tradições Celtas e Nórdicas, por
exemplo, embora desfrutem de um crescente revival, não são tão pesquisadas quanto o
modelo da Árvore da Vida, cuja aceitação pelos povos do Ocidente, em sua maioria
Cristãos, tem sido mais notória e tradicional.
As origens exatas da Qabala não são claras, mas ela certamente possui vestígios de
influências Egípcias, Babilônicas, Gregas e Caldaicas. Por sua natureza, o misticismo é
um conhecimento que não pode ser comunicado diretamente, mas pode ser expresso
apenas através de simbolismo e metáfora.
Como outros sistemas esotéricos, Qabala também se baseia na apreensão, por
parte do místico, da transcendência da eterna deidade. Um outro elemento da Qabala é
que ela busca revelar os mistérios ocultos do Divino assim como a conexão entre a vida
divina e a vida dos humanos. O objetivo do Qabalista é descobrir e inventar chaves para
o entendimento de símbolos arcanos que refletem os mistérios eternos.
Israel Regardie declarou que, "Qabala é um guia confiável, levando à
compreensão do universo e de seu próprio eu." É tudo isso e mais. Esta "Tradição" nunca
foi restrita a instrução na senda mística apenas; ela também inclui ideias sobre as origens
do universo, das hierarquias Angélicas e a prática da magia.
Qabala é a fundação sobre a qual as principais formas da magia Ocidental se
apoiam. A magia foi definida por Aleister Crowley como a "ciência e arte de causar
mudanças em conformidade com a Vontade." A isto Dion Fortune acrescentou
"mudanças na consciência."
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A Qabala, que Dion Fortune chamou de "a Yoga do Ocidente", revela a natureza
de certos fenômenos físicos e psicológicos. Uma vez que estes sejam corretamente
compreendidos, o estudante poderá empregar os princípios da magia para exercer
controle sobre as condições e circunstâncias de sua vida. A magia fornece a aplicação
prática das teorias transmitidas pela Qabala.
Assim como existe nos dias de hoje, a Qabala é uma filosofia vibrante, viva e
dinâmica que inclui ideias sobre a origem de todo o Cosmos, a mente eterna de Deus e o
desenvolvimento espiritual da humanidade. É um sistema místico preciso, que descreve
leis universais e nos mostra como utilizar princípios espirituais na vida cotidiana.
Fixando firmemente na mente símbolos Qabalísticos tais como a Árvore da Vida,
o aspirante tem acesso a um grupo equilibrado de arquétipos com os quais o Self Interior
pode mais facilmente lidar, tornando assim o crescimento espiritual mais prontamente
atingível.
Conforme um estudante Hermético começa a contemplar e vivenciar as energias
das Sephirot (as dez emanações da Árvore da Vida Qabalística) ele ou ela descobrirá que
elas se desenvolvem em genuínas Forças que se tornam animadas dentro da psiquê. Estas
Forças recém despertadas iniciarão um processo de reorganização na mente do
estudante, reunindo os elementos dispersos dos Poderes Divinos que residem
adormecidos na pessoa comum.
Elas começarão a se estruturar em concordância com as Sephirot (esferas,
mundos ou estados de vida dentro da Árvore da Vida), permitindo ao magista acessar
uma fonte previamente desconhecida de Inspiração Divina, que é mantida viva e prolífica
através de meditação e trabalho ritual ativo.
A Qabala tem sido chamada frequentemente de a "Escadaria de Luzes", porque
ela não só retrata a geração Cósmica, que é a descida ou manifestação do Divino até o
plano físico, mas também define como o indivíduo pode empregá-la para a ascensão
espiritual por meio da purificação de corpo e mente através de cerimonias, contemplação
e oração, até que afinal a pessoa atinja aquele pristino estado de consciência que é
necessário para alcançar união com o Mais Elevado Self, que é o emissário do Self
Divino representado pela primeira Sephira, Kether.
Algumas pessoas que tenham apenas um breve encontro com a Qabala podem
ter a ideia de que esta é uma filosofia puramente patriarcal ou orientada pelo princípio
masculino, apenas por causa de suas origens Hebraicas. Nada poderia ser mais distante
da verdade. Tome por exemplo uma palavra que é comum em todos os ensinamentos
Qabalísticos, "Elohim." Esta é uma palavra formada de um substantivo feminino, "Eloah"
e um plural masculino "im". Você tem assim uma palavra que tem ambas características,
feminina e masculina e que literalmente significa "deuses" - o princípio criativo formado
da perfeita e igual união dos princípios divinos masculino e feminino.
Lidas neste contexto, as origens Qabalísticas dos primeiros cinco livros do Antigo
Testamento (o Pentateuco) dão um significado inteiramente novo. A primeira sentença
do Gênesis, que em Hebreu começa como "Berashith bara Elohim Aih-ha-Shamaim
w'Ath ha-Aretz," pode ser interpretada como “No princípio, os deuses (os aspectos
Macho e Fêmea do Divino unidos) criaram os Céus e a Terra.”
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Esta ideia da igualdade dos princípios divinos masculino e feminino, embora
reprimida por séculos de sociedades dominadas por homens, está cuidadosamente
ocultada na doutrina Qabalística onde, no entanto, às vezes ela surgia imprevisivelmente
em quase todas as tradições do Pentateuco, tal como em Genesis 1:26 e 1:27: “E Deus
disse, criemos nós (plural) o homem em nossa imagem, de acordo com nossa
semelhança.” “E Deus procedeu a criar o homem em sua imagem, à imagem de Deus ele
o criou; macho e fêmea ele os criou.”
Outro exemplo é a palavra Sephirot, que é usada para descrever as dez
emanações do Divino. Aqui temos um substantivo feminino Sephira unindo-se a um
plural feminino "oth." Isto novamente aponta para a importância do feminino na Qabala.
As Sephirot em si são geralmente consideradas femininas porque elas estruturam e dão
forma às emanações da deidade. Assim, qualquer um que estude seriamente a Qabala
por um tempo verá que é um sistema muito equilibrado para o crescimento espiritual.
A Qabala é normalmente classificada sob quatro divisões que, em certas vertentes,
se sobrepõe umas às outras:
1- Qabala Dogmática - o estudo de antigos textos da Kabbala tais como a Torah escrita
(também chamada de Pentateuco), o Zohar (Livro do Esplendor), o Bahir e o Sepher
Yetzirah (Livro da Formação).
2- Qabala Prática - lida com a construção de talismãs usados em magia cerimonial.
3- Qabala Literal - lida com Gematria; os relacionamentos entre números e letras do
alfabeto Hebreu, o que revela muitos significados ocultos nas palavras e letras Hebraicas.
4- Qabala Não Escrita - refere-se ao correto conhecimento do símbolo sagrado conhecido
como a Árvore da Vida (Otz Chaim). Este é o único ramo da Qabala que o Neófito deste
curso precisará conhecer por enquanto.
Não descreveremos neste momento toda a longa história e evolução da Qabala conforme
elucidada por vários professores. Fazer isto seria colocar um peso desnecessário sobre o
ombro do estudante. Recomendamos a leitura de Kabbalah, de Gerson Scholem,
excelente e detalhado relato das várias escolas do pensamento Qabalista.
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Os Três Pilares e a Posição das Esferas:
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A seguir, o diagrama da Árvore da Vida, com os graus da Golden Dawn atribuídos às Sephirot (esferas),
cartas do Tarot atribuídas aos Caminhos que ligam as esferas, as esferas em si etc. Estude cuidadosamente
este gráfico...
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Ocultistas da Ordem da Aurora Dourada empregam a Árvore da Vida como uma
matriz para a comparação de imagens arquetípicas de diferentes mitologias, as quais
poderiam ser adaptadas para a Magia cerimonial. Por exemplo, o Pai Misericordioso
(Chesed) possui paralelos em outros panteões, como Odin (Escandinávia), Zeus (Grécia),
Júpiter (Roma) e Ra (Egito). Este sistema de comparação tornou-se conhecido como
correspondências mitológicas. Tornou-se comum nas tradições ocultas ligar as Dez
Sephirot da Árvore com os 22 Caminhos que ligam as Sephirot. Estes 22 Caminhos são,
cada um deles, atribuídos a uma carta dos Arcanos Maiores do Tarot.
DEFINIÇÕES:
QBL: palavra Hebraica que significa "da boca ao ouvido", portanto implicando uma
tradição oral secreta. É o significado de Qabala.
Ain Soph Aur: expressão Hebraica que significa a "luz sem limites". É o nada que é tudo.
O Supremo Deus Transcendente e inconcebível.
Sephirot: As dez esferas ou emanações na Árvore da Vida da Qabala, um símbolo que
retrata a divina energia da criação procedendo como um relâmpago através de dez
diferentes estágios, culminando na manifestação física. As sephirot representam níveis de
realidade espiritual no cosmos e nas pessoas porque a Árvore, metaforicamente, é o
corpo de Deus, e as pessoas são criadas à imagem de Deus. A Árvore é algumas vezes
mostrada sobreposta sobre o corpo de Adão Kadmon, o homem arquetípico.
Árvore da Vida: A Árvore consiste de dez esferas, ou sephirot, através das quais, de
acordo com a tradição mística, a criação do mundo foi efetuada. As sephirot são
alinhadas em três colunas encabeçadas pelas Supernas (Kether, Chokmah e Binah) e
juntas simbolizam o processo pelo qual a luz ilimitada (Ain Soph Aur) torna-se manifesta
no Universo. Por debaixo das Supernas, estão os "Sete Dias da Criação": Chesed,
Geburah, Tipharet, Netzach, Hod, Yesod, Malkuth. Considerada como um todo, a
Árvore da Vida é também um símbolo do homem arquetípico, Adão Kadmon, e as
sephirot têm um papel semelhante àquele dos chacras no yoga. O caminho místico do
autoconhecimento implica a redescoberta de todos os níveis do seu ser, que se estende
de Malkuth, a realidade física, até a fonte infinita. Com isto em mente, os Qabalistas
medievais dividiram a Árvore da Vida em três seções da alma: Nephesh (a alma animal),
correspondendo à sephira Yesod; Ruach (a alma intermediária), correspondendo às
sephirot de Hod a Chesed e Neschamah (alma espiritual) correspondendo às Supernas,
especialmente Binah. Praticantes da Aurora Dourada que usam a Árvore da Vida como
um glifo para a mente subconsciente, algumas vezes distinguem o Caminho Mágico, que
abrange todas as dez sephirot, do Caminho Místico do Pilar do Meio, que é uma
ascensão de Malkuth através de Yesod e Tipheret até Kether no pilar central da Árvore.
Existem inúmeros outros detalhes e atribuições e muita informação sobre Yechida,
Neschamah, Chiah, Ruach e outros componentes da Qabalah que serão abordados em
mais profundidade em outras lições. Igualmente, muito é deixado à pesquisa pessoal dos
estudantes.
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Zohar: O Livro do Esplendor, o principal livro da Qabalah. Acredita-se ter sido escrito
por Moses de Leon e começou a circular por volta de 1280-1290 D.C., em Guadalajara,
Espanha. Ele incluía comentários sobre a Torah.
Gnosticismo: Gnosis é um termo Grego que significa conhecimento. O termo Gnosis
aplica-se a certas seitas religiosas que emergiram durante os anos de formação da
Cristandade, que acreditavam num conhecimento espiritual oculto. O principal fator que
os diferenciava da Cristandade comum era sua ênfase no conhecimento direto da
realidade espiritual, não na fé. Foram perseguidos pela "versão oficial" do Cristianismo,
imposta à força aos povos da época.
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Kether: A Primeira emanação na Árvore da Vida. Os
ocultistas identificam Kether como um estado de
consciência onde a criação se funde com os véus da não-
existência (ou existência negativa). Kether reside no Pilar
do Meio e transcende a dualidade de Chokmah (macho) e
Binah (fêmea), que são encontradas imediatamente abaixo
na Árvore. É, portanto, simbolizada na tradição mística
pelo andrógino celestial (macho e fêmea unidos em um) e
representa um estado de transcendência mística e união
com o Supremo. É comparado ao Satori e ao Nirvana.
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utilidade ter se esgotado. Geburah é refletida no Arcano VII do Tarot, aquele que pilota
a Carruagem da Vitória.
Yesod: a nona emanação na Árvore da Vida, Yesod é associada com a Lua e o elemento
Água. Considerada como uma esfera feminina, é o assento do instinto sexuale
corresponde ao chacra genital no homem arquetípico, Adão Kadmon. Na Árvore da
Vida, Yesod tem a função de canalizar as energias do Mais Alto até o plano da terra
abaixo, Malkuth. Os ocultistas associam Yesod com o plano Astral porque, se as sephirot
acima de Malkuth são consideradas como um mapa da psiquê inconsciente, Yesod é a
área mais acessível da mente. Yesod é a esfera da fertilidade e imaginário lunar. É
identificada com a bruxaria (no sentido de religião, não no pejorativo) e adoração da
Deusa (divino feminino). É, também, a assim chamada "alma animal" conhecida pelos
Qabalistas como Nephesh.
Malkuth: A décima emanação na Árvore da Vida, Malkuth está associada aos deuses e
deusas da terra, especialmente Perséfone, Proserpina e Geb. Malkuth é o domínio do
universo manifesto, o ambiente imediato, o plano da realidade física. Como
consequência, todas as jornadas internas da consciência começam simbolicamente em
Malkuth. É particularmente apropriado, por exemplo, que o mito da violação de
Perséfone confirme-a como rainha do submundo e também como uma deusa lunar.
Desde um ponto de vista oculto, o submundo equivale à mente subconsciente mais
profunda, e a Lua, representada pela esfera de Yesod, é a primeira esfera atingida pelo
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místico na jornada mística interior para cima na Árvore da Vida. Malkuth é estreitamente
associada com a carta o Universo (ou O Mundo). O Caminho da Espada Flamejante é o
caminho da criação. De acordo com os primeiros Qabalistas, quando Lucifer foi lançado
fora do céu por Michael, a Espada Flamejante bloqueou seu retorno. O caminho mostra
a ordem das sephirot de acordo como foram criadas, desde as Supernas ou triângulo
Celestial de Kether, Chokmah e Binah até o triângulo Moral de Chesed, Geburah e
Tipheret. Então, finalmente o triângulo Mundano de Netzach, Hod e Yesod. De Yesod
veio Malkuth, ou o mundo físico.
Gradualmente, teremos oportunidade de nos aprofundar nos estudos Qabalísticos em
nossas monografias. Sugerimos ao estudante a pesquisa pessoal. Existem excelentes
livros, mas o Qabala Mística, de Dion Fortune, é considerado como leitura obrigatória.
O que é vibração e por que é tão importante? Bem, todos nós escutamos ou
lemos nos contos de fadas sobre os famosos poderes que bruxos, bruxas e magos
manejavam acenando uma vara mágica, fazendo uns gestos e recitando algumas palavras
mágicas.
Bem, algumas histórias não são tão fictícias em alguns de seus conceitos. Na magia
cerimonial, aprendemos a chamar certas energias usando as ferramentas corretas e
invocações, incorporadas com o tom adequado na voz. Há muito tempo existe um
conceito mágico escondido que afirma que tudo na matéria é feito de vibração. Hoje a
ciência moderna denomina este mesmo conceito de Teoria das Ondas ou, em outras
palavras, frequência. Ela declara que a matéria, mesmo em sua forma mais densa, está
constantemente movendo-se. Isto quer dizer que a estrutura molecular da matéria move-
se num fluxo constante.
Como magistas, nós entendemos que mesmo a matéria é energia, e que tal
energia pode ser controlada num determinado ambiente por meio da aplicação de forças
ou condições corretas, mais uma vez revelando o que Crowley ensina: "magia é mudança
em conformidade com a vontade".
Se isto é verdade, podemos dizer que não só a matéria é feita de energia, mas
assim também os pensamentos e emoções. Além disso, podemos também dizer que
palavras em si contém poderes que são ativados por uma força maior ou igual ao esforço.
Tais palavras de poder são consideradas importantes fatores em rituais porque elas
auxiliam na direção da energia.
No grau de Neófito, tais lições como o Ritual Menor de Banimento do
Pentagrama (RMBP) implicam a realização numa maneira que envolve vibração. Isto
quer dizer que rituais são simplesmente sem vida, caso não façam uso de vibração. Seria
como uma orquestra sem som.
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Outro conceito que é algumas vezes mencionado é Ressonância Harmônica. Ele
declara que se um objeto vibra forte o bastante, ele pode afetar a vibração de um segundo
objeto, com a condição de que o primeiro objeto ressoe (vibre) numa frequência igual ou
maior do que a do segundo objeto.
Como um Neófito, o primeiro objeto que aprenderá a vibrar é você mesmo/a.
Manter certa vibração dentro de ti é afetar uma força ou energia no Microcosmo. "Assim
como em cima, também embaixo."
No RMBP as energias invocadas são os aspectos da Deidade, por meio dos
Nomes de Deus. Ao alcançar a nota correta e usando a força adequada para dar suporte,
uma pessoa torna-se capaz de efetivamente convocar estas energias para serem usadas
ocultamente conforme seu intento.
Seguem-se algumas técnicas de vibração. Tenha em mente que nem todos os
procedimentos são adequados a todos os tipos humanos. Encontre aquele que melhor se
ajuste a você e pratique diariamente até tornar-se segunda natureza.
Procedimento A
Passo 1
Realize o Ritual de Relaxamento já ensinado
Passo 2
Comece a visualizar a esfera de Kether acima de sua cabeça e dela, puxe luz para dentro
do plexo solar (Tipheret, o reflexo de Kether) e forme ali uma esfera brilhante.
Passo 3
Conforme começa a vibração de Adonai, por exemplo, inspire pelo nariz enquanto
visualiza o nome a ser vibrado dentro da esfera de Tipheret.
Passo 4
Conforme exala, vibre o nome, vendo o fluxo de energia sendo lançado desde o coração,
pelos braços e então pelas mãos. Escute o nome ecoando através dos confins do
Universo.
Procedimento B
Esteja ciente de todos os sentimentos que lhe dão força e motivação (excitação, amor,
sentimentos agressivos). Aprenda a fazê-los surgir e controle-os isolando cada um deles e
meditando sobre cada um, individualmente. Tome, por exemplo, excitação. Pense numa
situação onde você ficou muito entusiasmado, excitado. Uma vez que tenha estabilizado
esta sensação, tente aumentar isso, intensifique o sentimento ou sensação. Então segure
ele! Após uns momentos, libere a sensação ou sentimento. Vá para outro sentimento ou
sensação e faça o mesmo. Esta técnica requer prática. Quando sentir que pegou o jeito,
incorpore todos os sentimentos e:
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Passo 1
Realize o Ritual de Relaxamento
Passo 2
Visualize a esfera de Kether
Passo 3
Conforme inala, desperte todos os sentimentos escolhidos simultaneamente.
Passo 4
Exale. Ao fazer isto, vibre o nome de Deus apropriado enquanto visualiza as energias
correndo por teus braços e saindo pelas mãos, escutando as palavras ecoar através dos
confins do Universo. Se realizado corretamente, poderá sentir uma ligeira vertigem.
Procedimento C
Passo 1
Realize Ritual de Relaxamento
Passo 2
Forme a esfera de Kether
Passo 3
Mantendo um ritmo monótono, vibre no Dó central, escutando as palavras ecoarem
através dos confins do universo.
Passo 4
Continue vibrando em repetição de 3 a 5 vezes, até sentir-se confortável com o tom.
Procedimento D
Misture os procedimentos e encontre uma combinação que sinta ser melhor para você.
Jamais exclua o Ritual de Relaxamento ou a importância de elevar sua consciência até a
esfera de Kether. Pois sem a última, você pode atrair energias inferiores.
Vibração não é facilmente atingível e usualmente necessita um bocado de prática diária e
incorporação nos rituais cotidianos. Omitir a vibração pode fazer com que você não atinja
os resultados desejados, ou seja, resultará em falha. Lembro-me de quando, muitos anos
atrás, comecei a praticar... Certo dia, nos planos interiores, percebi lucidamente estar
num lugar bem escuro, praticando os Nomes de Deus. Eles realmente ecoavam até os
confins do Universo!
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Este exercício envolve um método para ajudar o ocultista em
treinamento a ser capaz de tornar-se familiar e ciente das energias
arquetípicas encontradas no Tarot místico. Ele permite a uma pessoa
abrir-se ao simbolismo bem como aos poderes ocultos que o baralho
permite manejar. No uso diário, este simples método ajuda a
desenvolver a visualização e habilidades básicas de scrying (visão
"astral"). Meditar com os Arcanos Maiores pode trazer muitas energias
benéficas para a vida da pessoa. Esta meditação é também útil em que
ela é um pré-requisito para o pathworking (trabalho com os caminhos
da árvore e outras viagens aos mundos internos).
Primeiro Passo
Comece realizando a Respiração Quádrupla enquanto relaxa todos os músculos em teu
corpo. Se quiser, tome um Banho de Purificação com óleos essenciais ou sal.
Segundo Passo
Realize o RMBP
Terceiro Passo
Embaralhe as cartas dos Arcanos Maiores e escolha uma carta ao acaso, ou trabalhe com
elas sistematicamente, uma de cada vez. Deixe de lado o resto das cartas.
Quarto Passo
Volte à Respiração Quádrupla, acalmando a mente e permitindo que ela se torne
esvaziada de pensamentos.
Quinto Passo
Agora olhe a carta selecionada. Não projete sua consciência na carta. Simplesmente tome
nota de cada detalhe na carta em si.
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Sexto Passo
Feche os olhos e tente ver a carta com todos os seus detalhes com o olho da mente.
Lentamente tente desmantelar a carta, pedaço por pedaço como um jogo de quebra-
cabeças, até que sua mente se torne uma tela branca.
Sétimo Passo
Quando sua mente estiver limpa de sua voz interna e pensamentos, ou seja, esvaziada de
conteúdo, mantenha este vácuo por tanto tempo quanto possa. Caso sua voz interior (o
tagarela interno, também conhecida como voz do ego) tenha sido verdadeiramente
silenciada, então alguma importante informação espiritual pode chegar a você...
Oitavo Passo
Encerre com o RMBP.
Esta é uma maravilhosa meditação. O Neófito da Ordem desenvolverá numa velocidade
acelerada por praticar esta meditação pelo menos três vezes por semana. Uma ideia que
você pode tentar usar é realizar o RMBP, tomar um banho quente e então realizar a
meditação enquanto descansa na água da banheira. É extremamente relaxante e possui a
tendência de induzir profundos efeitos mentais.
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Procure ler A Qabala Mística, de Dion Fortune
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