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1. Lei Complementar 001/91 - Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos do Município de Salvador/BA (regime estatutário,
regime disciplinar e estágio probatório)

2. Deveres e proibições dos servidores públicos da Administração Municipal

3. Lei Orgânica do Município de Salvador.

1143
Seção I
Das Disposições Gerais

www.LeisMunicipais.com.br Arts. 6º A 9º
Versão consolidada, com alterações até o dia 30/08/2023

Art. 6º São requisitos para ingresso no serviço público do Município:


LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 15 DE MARÇO DE 1991.
I - nacionalidade brasileira ou equiparada;
(Vide Decretos nº 35063/2021, nº 35924/2022, nº 36.532/2022 e nº 36.594/2023, Lei Complementar nº
67/2017)
II - gozo dos direitos políticos;
(Vide revogação dada pela Lei Complementar nº 75/2020)
(Regulamentada pelo Decreto nº 9585/1992)
III - quitação com as obrigações militares;

IV - nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;


INSTITUI O REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES
PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DO SALVADOR. V - idade mínima de 18 (dezoito) anos completos;

VI - habilitação legal para o exercício do cargo;


O PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, CAPITAL DO ESTADO DA BAHIA, Faço saber que a CÂMARA
MUNICIPAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: VII - boa saúde física e mental;

VIII - não estar incompatibilizado para o serviço público em razão de penalidade sofrida.

TÍTULO I
§ 1º A natureza do cargo, suas atribuições e as condições do serviço poder justificar a exigência de
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
outros requisitos essenciais, estabelecidos em lei.

CAPÍTULO ÚNICO § 2º As pessoas portadoras de deficiência que não seja incompatível com o exercício do cargo é
assegurado o direito de se inscreverem em concurso público, reservando-se lhes até 20% (vinte por cento)
das vagas oferecidas no concurso, conforme dispuser o edital.
Art. 1º O regime jurídico único dos servidores públicos da administração direta, das autarquias e das
fundações públicas do Município do Salvador, de ambos os seus Poderes, instituído por esta Lei § 3º Às pessoas que cumpriram pena em presídio, reformatórios, colônias penais e outros
Complementar, tem natureza de direito público. estabelecimentos similares e assegurado o direito de se inscreverem em concurso público, cujo edital
reservará até 10% (dez por cento) das vagas dos cargos para essa finalidade.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público.
§ 4º Aos afrodescendentes que se inscreverem em concursos públicos para preenchimento de cargo
Art. 3ºCargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades específicas, criado por lei, em de provimento efetivo do quadro de pessoal da Administração Pública Municipal, serão assegurados até
número certo, denominação própria e pagamento pelos cofres do Município. 30% (por cento) das vagas, na forma a ser definida no Edital. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 54/2011) (§ 4º Regulamentado pelo Decreto nº 24.846/2014)
Art. 4º Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos exigidos em
lei. § 4º Aos negros que se inscreverem em concursos públicos para preenchimento de cargo de
provimento efetivo do quadro de pessoal da Administração Pública Municipal serão assegurados até 30%
Art. 5º É vedado atribuir ao servidor público outras atribuições além das inerentes ao cargo de que seja (por cento) das vagas, na forma a ser definida no Edital. (Redação dada pela Lei Complementar nº
titular, salvo para o exercício de cargo em comissão ou grupos de trabalho. 69/2017)

Art. 7º O provimento de cargo público far-se-á por ato do Chefe do Poder Executivo, do Presidente da

TÍTULO II Câmara Municipal e do dirigente superior autarquia e fundação pública, conforme o caso.
DO PROVIMENTO, DA VACÂNCIA, DA MOVIMENTAÇÃO E DA SUBSTITUIÇÃO
Art. 8º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse, completando-se com o exercício.

CAPÍTULO I Art. 9º OS cargos públicos são providos por:


DO PROVIMENTO
I - nomeação;
em jornal diário de grande circulação do Estado da Bahia.
II - ascensão;
§ 1º O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização, os critérios de classificação e o
III - readaptação; procedimento recursal cabível serão fixados em Edital, que será publicado no Diário Oficial do Município
e, na forma de resumo, em jornal de grande circulação do Estado da Bahia. (Redação dada pela Lei
IV - aproveitamento; Complementar nº 35/2004)

V - reintegração; § 2º Durante o prazo de validade do concurso público, previsto no edital de convocação, e enquanto
tiver candidatos aprovados, não se poderá realizar novo concurso, sob pena de nulidade.
VI - recondução;
Art. 15 Concluído o concurso público e homologados os seus resultados, terão direito subjetivo à
VII - reversão. nomeação os candidatos aprovados, dentro do limite de vagas dos cargos estabelecido em edital,
obedecida a ordem de classificação, ficando os demais candidatos mantidos em cadastro de reserva de
concursados.
Seção II
Art. 15 Concluído o concurso público e homologados os resultados, os candidatos aprovados serão
Da Nomeação
chamados, dentro do limite das vagas estabelecidas no edital e na ordem de classificação, para, no prazo
de 30 (trinta) dias, se submeterem a inspeção médica oficial do Município e apresentarem a
documentação necessária à nomeação, ficando os demais candidatos mantidos em cadastro de reserva
de concursados.
Art. 10 A nomeação far-se-á:

Parágrafo Único. Declarados aptos, física e mentalmente, para o exercício do cargo, na inspeção
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira;
médica, e atendidas as demais condições estabelecidas no edital, os candidatos habilitados serão
nomeados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
II - em comissão, para cargos declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Parágrafo Único. Na nomeação para cargo em comissão dar-se-á preferência aos servidores
integrantes de cargos das carreiras técnicas ou profissionais do Município. Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 11 A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas, ou
de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de validade.

Art. 11 A nomeação para cargo efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou Art. 16 Posse é a aceitação formal, pelo servidor, das atribuições, dos deveres e das responsabilidades
de provas e títulos e de ter o candidato satisfeito os requisitos previstos no edital do concurso, obedecido inerentes ao cargo público, concretizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo
o seu prazo de validade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003) empossando.

§ 1º Só haverá posse no caso de provimento inicial do cargo, por nomeação.


Seção III
§ 2º No ato da posse o servidor público apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores
Do Concurso Público
que constituem seu patrimônio e declaração sobre exercício ou não de outro cargo, emprego ou função
pública.

Art. 17 A posse ocorrerá no prazo e 30 (trinta) contados da publicação do ato de provimento,


Art. 12 Concurso público é o processo de recrutamento e seleção, de natureza competitiva,
prorrogável por mais de 30 (trinta) dias, a pedido do interessado e a critério da autoridade competente.
classificatória e eliminatória, aberto ao público em geral, atendidos os requisitos de inscrição
Parágrafo Único. Quando o servidor estiver afastado em gozo de férias ou em licença, salvo para
estabelecidos em edital.
tratar de interesses particulares, o prazo será contado do término do afastamento, não podendo,
entretanto, ultrapassar aquele estabelecido para a validade do concurso.
Art. 13 O concurso público será de provas, ou de provas e títulos, compreendendo uma ou mais etapas,
Art. 17 A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento,
conforme dispuser o seu regulamento.
prorrogável por mais 30 (trinta) dias, a pedido do interessado e a critério da autoridade competente.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
Art. 14 O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma vez por igual
Parágrafo Único. Quando o servidor estiver afastado em gozo de férias ou em licença, salvo para
período.
tratar de interesses particulares, o prazo será contado do término do afastamento, observado em
qualquer hipótese o prazo de validade do concurso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
§ 1º O prazo de validade do concurso, as condições de sua realização, os critérios de classificação e o
procedimento recursal cabível serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial do Município e
Art. 17 A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de provimento,
prorrogável por mais 15 (quinze) dias, a pedido do interessado e a critério da autoridade competente. de força maior.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
§ 1º A prorrogação de que trata o "caput" deste artigo, não poderá ultrapassar a jornada básica
Art. 18 Poderá haver posse por procuração, com poderes especiais. semanal nem exceder o limite máximo de 10 (dez) horas diárias, salvo nos casos de jornada especial e em
regime de turnos.
Art. 19 Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção médica oficial do Município, for julgado apto,
física e mentalmente para o exercício do cargo. (Revogado pela Lei Complementar nº 34/2003) § 2º As horas que excederem a jornada básica serão remuneradas ou compensadas pela
correspondente diminuição em outro dia, a pedido do servidor e por conveniência da Administração.
Art. 20 Será tornado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo previsto no Art. 17
e seu parágrafo único desta Lei, ou se for julgado inapto para o exercício do cargo. § 3º Na hipótese de compensação, a jornada de trabalho não poderá exceder a normal fixada para a
semana, nem ultrapassar o limite máximo de 10 (dez) horas diárias.
Art. 20 Será tomado sem efeito o ato de nomeação se a posse não ocorrer no prazo previsto no art. 17.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003) Art. 26 Atendida a conveniência do serviço, ao servidor que seja estudante será concedido horário
especial de trabalho, sem prejuízo de sua remuneração e demais vantagens, observadas as seguintes
Art. 21 São competentes para dar posse as autoridades indicadas no Art. 7º desta Lei, salvo delegação de condições:
competência.
I - comprovação da incompatibilidade dos horários das aulas e do serviço, mediante atestado
Art. 22 Exercício é o efetivo desempenho, pelo servidor, das atribuições do cargo público. fornecido pela instituição de ensino, onde está matriculado;

§ 1º É de 30 (trinta) dias corridos o prazo para o servidor público entrar em exercício, contados da II - apresentação de atestado de frequência mensal, fornecido pela instituição de ensino.
data da posse.
Parágrafo Único. Ao estudante matriculado em cursos noturnos de formação educacional será
§ 1º É de 10 (dez) dias corridos o prazo para o servidor público entrar em exercício, contados da data facultado ausentar-se da sua função 1 (uma) hora antes do término do expediente, para possibilitar sua
da posse. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003) locomoção e preparação das atividades educacionais, observando-se o que determinam os incisos I e II,
deste artigo.
§ 2º Os efeitos financeiros da nomeação somente terão vigência a partir do início do efetivo
exercício. Art. 27 Não haverá trabalho nas repartições públicas municipais aos sábados e domingos, considerados
como de descanso semanal remunerado, salvo em órgãos ou entidades cujos serviços, pela sua natureza,
§ 3º Compete à autoridade do órgão ou entidade para onde for indicado o servidor dar-lhe exercício. exijam a execução nestes dias.

Art. 23 O início, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do Parágrafo Único. Poderá ser compensado o trabalho desenvolvido aos sábados e domingos, com o
servidor. correspondente descanso em dias úteis da semana, garantindo-se, pelo menos, o descanso em um
domingo ao mês.
Parágrafo Único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará ao Órgão competente os elementos
necessários ao seu assentamento individual, à regularização de sua inscrição no Órgão previdenciário do Art. 28 A frequência dos servidores será apurada através de registro, a ser definido pela Administração,
Município e ao cadastramento no PIS/PASEP. pelo qual se verificarão, diariamente, as entradas e saídas.

Art. 29 Compete ao chefe imediato do servidor o controle e a fiscalização da sua frequência, sob pena
de responsabilidade funcional e perda de confiança, passível de exoneração ou dispensa.
Seção V
Da Jornada de Trabalho e da Frequência ao Serviço
Parágrafo Único. A falta de registro de frequência ou a prática de ações que visem a sua burla, pelo
servidor, implicará na adoção obrigatória, pela chefia imediata, das providências necessárias à aplicação
de pena disciplinar.
Art. 24 A jornada normal de trabalho do servidor público municipal será definida nos respectivos Planos
de Carreira e Vencimentos, não podendo ultrapassar 44 (quarenta e quatro) horas semanais nem 8 (oito)
horas diárias, excetuado o regime de turnos, facultada a compensação de horário e a redução da jornada, Seção VI
mediante acordo ou negociação coletiva. Do Estágio Probatório

Parágrafo Único. Além do cumprimento da jornada normal de trabalho, o exercício de cargo em


comissão ou função de confiança exigirá do seu ocupante dedicação integral ao serviço, podendo ser Art. 30 Ao entrar em exercício, o servidor público nomeado para cargo de provimento efetivo ficará
convocado sempre que houver interesse da Administração, sem direito ao pagamento de adicional pela sujeito ao estágio probatório, por período de 2 (dois) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade serão
prestação de serviços extraordinários. objeto de avaliação obrigatória para o desempenho do cargo.
Parágrafo Único. O servidor público municipal já estável ficará sujeito ao estágio probatório quando
Art. 25 Poderá haver prorrogação da duração normal do trabalho, por necessidade do serviço ou motivo nomeado ou ascendido para outro cargo, por período de 6 (seis) meses, durante o qual o cargo de origem
não poderá ser provido.
Art. 32 Compete ao chefe imediato fazer o acompanhamento do servidor em estágio probatório,
Art. 30 Ao entrar em exercício, o servidor público, nomeado para cargo de provimento efetivo, ficará devendo, sob pena de destituição do cargo em comissão ou da função de confiança, pronunciar-se sobre
sujeito ao estágio probatório, por período de 3 (três) anos, durante o qual sua aptidão e capacidade para o atendimento dos requisitos, nos períodos definidos no regulamento.
o desempenho do cargo ocupado serão aferidas através de Avaliação Especial de Desempenho. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 34/2003) § 1º A avaliação final do servidor será promovida no 18º mês do estágio, em se tratando de primeira
investidura em cargo público municipal, ou no 4º mês, em se tratando de estagiário já servidor estável,
§ 1º A aquisição da estabilidade pelo servidor dependerá do resultado de sua Avaliação Especial de pela chefia imediata, que a submeterá à sua chefia mediata.
Desempenho, durante o período do estágio probatório, por Comissão Especial, que terá na sua
composição um representante da entidade de classe dos servidores municipais, instituída para esta § 1º A avaliação final do servidor será promovida em mês a ser definido em regulamento específico.
finalidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003) (Redação dada pela Lei Complementar nº 35/2004)

§ 1º A aquisição da estabilidade pelo servidor dependerá do resultado de sua Avaliação Especial de § 2º As conclusões das chefias imediata e imediata serão apreciadas em caráter final por um Comitê
Desempenho, durante o período de Estágio Probatório, por Comissão Especial, instituída para esta Técnico, criado especialmente para esse fim.
finalidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 35/2004)
§ 2º As conclusões das chefias imediata e mediata serão apreciadas em caráter final por uma
§ 2º A Avaliação Especial de Desempenho, obrigatória e periódica, bem como o funcionamento da Comissão de Avaliação Especial de Desempenho, criada especialmente para esse fim. (Redação dada pela
Comissão Especial de Desempenho para os servidores em estágio probatório, serão regulamentados por Lei Complementar nº 35/2004)
ato do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
§ 3º Caso as conclusões das chefias sejam pela exoneração do servidor, o Comitê Técnico, antes do
Art. 31 Durante o período de estágio probatório serão observados o cumprimento, pelo servidor, dos seu pronunciamento final, concederá ao servidor um prazo de 15 (quinze) dias para a apresentação de sua
seguintes requisitos: defesa.
I - idoneidade moral;
II - assiduidade; § 3º Pronunciando-se pela exoneração do servidor, a Comissão de Avaliação Especial de Desempenho
III - disciplina; encaminhará o processo á autoridade competente, conforme dispuser o regulamento. (Redação dada
IV - eficiência; pela Lei Complementar nº 35/2004)
V - responsabilidade.
§ 1º Os requisitos do estágio probatório serão aferidos em instrumento próprio, a ser preenchido § 4º Pronunciando-se pela exoneração do servidor, o Comitê Técnico encaminhará o processo à
pela chefia imediata do servidor, conforme dispuser o regulamento. autoridade competente, no máximo até 30 (trinta) dias antes do findar o prazo do estágio probatório,
§ 2º Na hipótese de acumulação legal, o estágio probatório deverá ser cumprido em relação a cada para a edição do ato correspondente.
cargo para o qual o servidor tenha sido nomeado ou ascendido. (Revogado pela Lei Complementar nº
34/2003) § 5º É assegurada a participação das entidades ou sindicatos representativos dos diversos segmentos
de servidores no Comitê Técnico, conforme dispuser o regulamento. (Revogado pela Lei Complementar nº
Art. 31 - Durante o período do Estágio Probatório, serão observados o cumprimento, pelo servidor, no 34/2003) (Art. 32 revigorado, conforme Art. 2º da Lei Complementar nº 37/2005)
mínimo, dos seguintes requisitos:
Art. 33 Se após a avaliação final prevista no parágrafo 1º, do artigo anterior, e antes de completar o
I - pontualidade; período do estágio fixado no Art. 30, desta Lei, o servidor, deixar de atender a alguns dos requisitos
estabelecidos no Art. 31 desta Lei, a chefia imediata, em relatório circunstanciado, denunciará o fato
II - assiduidade; diretamente ao Comitê Técnico para, em processo sumário, promover a averiguação. (Revogado pela Lei
Complementar nº 34/2003)
III - disciplina;
Art. 33 Se, após a avaliação periódica, o servidor for considerado não apto, fica a chefia imediata
IV - responsabilidade; obrigada a realizar relatório circunstanciado e informar o fato à Comissão de Avaliação Especial de
Desempenho, para, em processo sumário, proceder á averiguação e se for o caso, solicitar a abertura de
V - produtividade; Processo Administrativo Disciplinar, através do qual o servidor poderá ser exonerado. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 35/2004)
VI - ética.
Art. 34 Durante o período de cumprimento do estágio probatório, o servidor não poderá afastar- se do
§ 1º Os requisitos do Estágio Probatório serão aferidos em instrumento próprio, conforme dispuser o cargo para qualquer fim, salvo para gozo de licença para tratamento de saúde e por acidente em serviço,
regulamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 35/2004) licença à gestante, lactante e adotante e licença paternidade. (Revogado pela Lei Complementar nº
34/2003)
§ 2º Na hipótese de acumulação legal, o estágio probatório deverá ser cumprido em relação a cada
cargo para o qual o servidor tenha sido nomeado ou ascendido. (§ 2º revigorado, conforme Art. 2º da Lei Art. 34 Durante o período de cumprimento do Estágio Probatório, o servidor não poderá afastar-se do
Complementar nº 37/2005) cargo para qualquer fim, salvo para gozo das licenças, conforme dispuser o regulamento. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 35/2004) § 2º A readaptação não acarretará nem decesso nem aumento do vencimento do servidor público,
ressalvadas as exceções previstas em lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007)

Seção VII
Da Estabilidade Seção X
Do Aproveitamento

Art. 35 O servidor habilitado em concurso público e investido em cargo de carreira adquirirá estabilidade
no serviço público ao completar 2 (dois) anos de exercício.
Art. 39 Aproveitamento é o retorno do servidor estável em disponibilidade, ao exercício de cargo
Art. 35O servidor habilitado em concurso público e investido em cargo efetivo adquirirá estabilidade no público.
serviço público ao completar 3 (três) anos de exercício. (Redação dada pela Lei Complementar nº
34/2003) § 1º O aproveitamento dar-se-á no cargo anteriormente ocupado ou em cargo de atribuições e
vencimento compatíveis com o exercido anteriormente, respeitadas a escolaridade e a habilitação legal
Parágrafo Único. Para fins de aquisição de estabilidade somente será computado o tempo de serviço exigidas.
prestado em cargo de provimento efetivo do Município do Salvador.
§ 2º O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade há mais de 12 (doze) meses
O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
Art. 36 dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial do
mediante processo administrativo, em que lhe seja assegurada ampla defesa. Município.

§ 3º Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de 10 (dez) dias, contados da
publicação do ato de aproveitamento.
Seção VIII
Da Ascensão (excluída Pela Lei Complementar nº 34/2003)
§ 4º Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado.

§ 5º Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade, mediante processo


Art. 37 Ascensão é a passagem do servidor público da última classe de um cargo ou de classe única para
administrativo, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo caso de doença comprovada
a primeira do cargo imediatamente superior, dentro da mesma carreira, obedecidos os requisitos
em inspeção por junta médica oficial do Município.
estabelecidos nas leis que instituírem as diretrizes do sistema de carreira e os planos de carreira e
vencimentos.
Art. 40 Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo em
§ 1º A ascensão dependerá de habilitação em concurso interno que observará os mesmos critérios
disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço público municipal.
fixados para o concurso público.
§ 2º Das vagas existentes e fixadas no edital de concurso publico, até 50% (cinquenta por cento)
Art. 41 Na ocorrência de vaga, o aproveitamento do servidor será obrigatório.
serão reservadas para o concurso interno e destinadas aos servidores públicos da carreira em que se
promove a ascensão, que terão classificação distinta da dos demais concorrentes.
§ 3º Se não houver o preenchimento das vagas reservadas por ascensão, no todo ou em parte, em
virtude da inexistência ou inabilitação de candidatos, poderão ser elas preenchidas por candidatos Seção XI
aprovados em concurso público. (Excluído pela Lei Complementar nº 34/2003) Da Reintegração

Seção IX
Art. 42 Reintegração é o reingresso do servidor público estável no cargo anteriormente ocupado ou no
Da Readaptação
resultante de sua transformação, quando invalidada a demissão por decisão administrativa ou judicial,
com ressarcimento do vencimento e demais vantagens do cargo.

§ 1º Não sendo possível promover a reintegração na forma prevista no "caput" deste artigo, o
Art. 38 Readaptação é a investidura do servidor público, estável, em cargo de atribuições e
servidor será posto em disponibilidade remunerada no cargo que exercia.
responsabilidades compatíveis com as limitações que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
verificada em inspeção médica oficial do Município.
§ 2º O servidor reintegrado será submetido a inspeção pela junta médica oficial do Município;
verificada a sua incapacidade, será aposentado no cargo em que houver sido reintegrado.
§ 1º A readaptação somente ocorrerá quando não se configurar a incapacidade para o serviço, caso
em que o servidor será aposentado.
Art. 43 Estando provido o cargo, o seu eventual ocupante ser, pela ordem:
§ 2º A readaptação não acarretará nem decesso nem aumento de vencimento do servidor público.
I - reconduzido ao cargo de origem, se houver vaga, sem direito a indenização;
VIII - perda do cargo por decisão judicial.
II - aproveitado em outro cargo, obedecidas as regras do Art. 39 e seu parágrafo 1º desta Lei;
Art. 47 A exoneração de cargo de provimento efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.
III - posto em disponibilidade remunerada.
Parágrafo Único. A exoneração de oficio será aplicada:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;


Seção XII
Da Recondução
II - quando, por decorrência de prazo, ficar extinta a punibilidade para demissão por abandono de
cargo;

III - quando o servidor não entrar no exercício do cargo no prazo estabelecido.


Art. 44 Recondução é o retorno do servidor público estável ao cargo anteriormente ocupado, correlato
ou transformado, decorrente de sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou por
Art. 48 A exoneração de cargo de provimento em comissão dar-se-á a pedido do próprio servidor ou a
reintegração do anterior ocupante.
juízo da autoridade competente.
Parágrafo Único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em cargo de
Art. 49 O servidor público que solicitar exoneração deverá permanecer em exercício durante 15 (quinze)
atribuições e vencimento compatíveis, ou posto em disponibilidade remunerada.
dias após a apresentação do requerimento.

Parágrafo Único. Não havendo prejuízo para o serviço, a permanência do servidor público poderá ser
Seção XIII dispensada.
Da Reversão
Art. 50 São competentes para exonerar as mesmas autoridades competentes para nomear, de acordo
com o disposto no Art. 7º desta Lei, salvo delegação de competência.

Art. 45 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado, quando insubsistentes os motivos


determinantes de sua aposentadoria por invalidez, verificados em inspeção médica oficial do Município.
CAPÍTULO III
DA MOVIMENTAÇÃO
§ 1º A reversão será a pedido ou "ex-offício" no mesmo cargo.

§ 2º O aposentado não poderá reverter à atividade se contar tempo de serviço para a aposentadoria Seção I
voluntária com proventos integrais ou se tiver idade igual ou superior a 70 (setenta) anos. Da Remoção

CAPÍTULO II
Art. 51 Remoção é a movimentação do servidor publico no âmbito de um mesmo órgão ou entidade, de
DA VACÂNCIA
ofício ou a pedido, observado o interesse do serviço.

Art. 46 A vacância do cargo público decorrerá de:


Seção II
I - exoneração; Da Redistribuição

II - demissão;
Art. 52 Redistribuição é a movimentação do servidor público, com o respectivo cargo, para quadro de
III - ascensão; pessoal de outro órgão ou entidade, cujos planos de carreira e vencimentos e carga horária sejam
idênticos.
IV - readaptação;
Art. 52 Redistribuição é a movimentação do servidor público, com o respectivo cargo, para quadro de
V - recondução; pessoal de outro órgão ou entidade, cujos planos de carreira e vencimentos sejam idênticos. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 65/2017)
VI - aposentadoria;
§ 1º A redistribuição será promovida exclusivamente para atender as necessidades de serviço, nos
VII - falecimento; casos de reorganização, criação ou extinção de órgãos ou entidade.
§ 1º A redistribuição será promovida exclusivamente para atender às necessidades de serviço, nos
casos de reorganização, criação ou extinção de órgão ou entidade ou para atender a carência de pessoal § 4º Cessada a investidura do cargo em comissão ou a designação da função de confiança, o servidor
dos órgãos ou entidades abrangidos pelo art. 1º desta Lei, devidamente comprovada perante o órgão deverá se apresentar ao órgão ou entidade de origem no dia útil imediato à sua exoneração ou dispensa,
responsável pela administração da política de pessoal do Município. (Redação dada pela Lei independentemente de qualquer outra formalidade legal.
Complementar nº 65/2017)
§ 5º Estando o servidor em exercício em outro Município, o prazo a que se refere o parágrafo
§ 2º Nos casos de extinção de órgãos ou entidade, os servidores estáveis que não puderem ser anterior poderá ser prorrogado, desde que não ultrapasse 10 (dez) dias, a contar de sua exoneração ou
distribuídos serão colocados em disponibilidade remunerada, até o seu aproveitamento na forma prevista dispensa.
no art. 39 desta Lei.
Art. 54 O ato de cessão para órgão ou entidade estranha ao Município do Salvador ou de um para outro
§ 3º Excetua-se do disposto no caput deste artigo, a redistribuição do servidor público para atender a Poder do Município, é de competência do Prefeito ou do Presidente da Câmara Municipal, de acordo com
carência de pessoal dos órgãos ou entidades abrangidos pelo Art. 1º desta Lei, devidamente comprovada a lotação do servidor, ouvido, se for o caso, o dirigente superior de autarquia ou fundação.
perante o órgão responsável pela administração da política de pessoal do Município, hipótese em que
poderá ser autorizada a alteração da carga horária do servidor e do respectivo vencimento, de modo a Parágrafo Único. Ressalvada a competência da Câmara Municipal, a cessão de servidor para órgão ou
compatibilizá-los com o previsto no plano de carreira e vencimentos correspondente. (Redação acrescida entidade do próprio Município será feita através de ato do titular do Órgão responsável pela
pela Lei Complementar nº 7/1992) (Revogado pela Lei Complementar nº 65/2017) administração de pessoal do Município.

Seção III CAPÍTULO IV


Da Cessão DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 55 Substituição é o exercício temporário de cargo em comissão ou de função de confiança nos


Art. 53Cessão é o afastamento do servidor público para ter exercício em outro órgão ou entidade do casos de impedimento legal ou afastamento do titular.
poder público, inclusive do próprio Município, exclusivamente para o desempenho de cargo em comissão
ou função de confiança. § 1º A substituição é automática ou depende de ato da autoridade competente, na forma prevista no
regulamento de cada órgão ou entidade.
§ 1º A cessão de servidor público para órgão ou entidade de outro Município, do Estado, do Distrito
Federal ou da União dar-se-á, sempre, sem ônus para o órgão ou entidade cedente. § 2º O substituto fará jus à remuneração do cargo em comissão ou da função de confiança, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, quando esta for igual ou superior a 30 (trinta) dias
§ 2º Na hipótese de cessão para órgão ou entidade do próprio Município, o servidor público, quando consecutivos.
nomeado para exercer cargo em comissão, fará jus:
I - ao pagamento da remuneração do seu cargo efetivo pelo Órgão ou entidade cedente e da § 2º O substituto fará jus à remuneração do cargo em comissão ou da função de confiança, paga na
gratificação pelo exercício do cargo em comissão pelo cessionário; ou proporção dos dias de efetiva substituição, quando esta for igual ou superior a 10 (dez) dias consecutivos.
II - o vencimento do cargo em comissão, ou valor correspondente, pelo órgão ou entidade (Redação dada pela Lei Complementar nº 24/1998)
cessionário, sendo excluído da folha de pagamento do órgão ou entidade cedente.
§ 3º Caso a substituição seja remunerada, aplica-se ao substituto o disposto no Art. 79 desta Lei.
§ 2º Na hipótese de cessão para órgão ou entidade do próprio Município, o servidor público, quando
nomeado para exercer cargo em comissão, fará jus ao pagamento, pelo órgão ou entidade cessionário,
da remuneração do seu cargo efetivo, acrescida da gratificação pelo exercício do cargo em comissão ou
TÍTULO III
do vencimento do cargo em comissão ou valor equivalente, observado o disposto no art. 79, ficando
DOS DIREITOS E VANTAGENS
suspenso da folha de pagamento do órgão ou entidade cedente enquanto durar a cessão. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 59/2013)
CAPÍTULO I
§ 3º Na cessão para órgão ou entidade do próprio Município, o servidor público, quando designado DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
para exercer função de confiança, fará jus ao pagamento da remuneração do seu cargo efetivo pelo
órgão ou entidade cedente e da gratificação pelo exercício de função de confiança pelo órgão ou
entidade cessionário. Art. 56 Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao servidor público pelo efetivo exercício do cargo,
com valor fixado em lei.
§ 3º Na cessão para órgão ou entidade do próprio Município, o servidor público, quando designado
para exercer função de confiança, fará jus ao pagamento, pelo órgão ou entidade cessionário, da Art. 57 Provento é a retribuição pecuniária paga ao servidor público aposentado ou em disponibilidade.
remuneração de seu cargo efetivo, acrescida da gratificação pelo exercício de função de confiança,
ficando suspenso da folha de pagamento do órgão ou entidade cedente enquanto durar a cessão. Parágrafo Único. O provento é irredutível, observado o limite estabelecido no Art. 61 desta Lei.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 59/2013)
Art. 58 Remuneração é o vencimento ou o provento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias, de III - adicional de férias; (Revogado pela Lei Complementar nº 46/2007)
caráter permanente ou temporário, estabelecidas em lei. IV - estabilidade econômica;
V - adicional pela prestação de serviços extraordinários;
Art. 58 Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias, de caráter VI - vantagens previstas nos arts. 83, 84 e 85, desta Lei, percebidos por Auditor Fiscal e Auditor de
permanente ou temporário, estabelecidas em Lei. (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992) Tributos e Rendas Municipais, ambos quando em atividade;
VI - vantagens previstas nos artigos 83, 84 e 85, desta Lei, percebidas por Auditor Fiscal, Auditor de
Art. 59 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. Tributos e Rendas Municipais e Auditor Interno, todos quando em atividade. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 45/2007)
Parágrafo Único. Os vencimentos dos cargos constantes dos Planos de Carreira e Vencimentos dos VI - vantagens previstas nos arts. 83, 84 e 85, desta Lei, quando percebidas por Auditor Fiscal, Auditor
servidores públicos municipais serão reajustados periodicamente, de modo a manter o poder aquisitivo. de Tributos e Rendas Municipais, Auditor Interno, Analista Fazendário e Agente Fazendário, todos quando
em atividade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2007)
Art. 60 É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados da VI - vantagens previstas nos artigos 83, 84 e 85 desta Lei quando percebidas por Auditor Fiscal,
administração direta do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, Auditor de Tributos e Rendas Municipais, Auditor Interno, Agente Fazendário, Analista Fazendário e
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho e observado Analista de Processos Organizacionais no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda, todos quando em
o disposto no inciso XII do Art. 37 da Constituição Federal. atividades. (Redação dada pela Lei Complementar nº 56/2012)
VII - a parcela do valor do vencimento do cargo em comissão que ultrapassar o limite fixado no
Art. 61 Ressalvados os casos de acumulação lícita, os servidores municipais não poderão perceber, caput deste artigo;
mensalmente, importância superior a 52% (cinquenta e dois por cento) da remuneração total atribuída ao VIII - Gratificação de produção, percebida pelo Procurador Municipal em atividade; (Redação
Prefeito Municipal. acrescida pela Lei Complementar nº 33/2002)
§ 1º Ficam excluídas do limite estabelecido neste artigo as seguintes parcelas: IX - Gratificação de Incentivo à Produtividade e Qualidade. (Redação acrescida pela Lei
I - salário-família; Complementar nº 33/2002)
II - décimo-terceiro salário; (Revogado pela Lei Complementar nº 7/1992) X - Prêmio por Desempenho Fazendário recepcionado pela Lei Complementar nº 46, de 16 de agosto
III - adicional por tempo de serviço; de 2006. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 58/2012)
IV - adicional de férias; § 2º Aplicam-se ao décimo-terceiro salário os limites impostos no caput e § 1º deste artigo.
V - estabilidade econômica; (Revogado pela Lei Complementar nº 46/2007)
VI - participação no produto da arrecadação fiscal, de servidores em atividade; § 3º Ficam excluídos dos limites previstos no caput e § 1º deste artigo, os honorários advocatícios
VI - vantagens decorrentes da participação no produto de arrecadação de autos de infração, pagos por contribuintes, a que faz jus o Procurador do Município em atividade, decorrentes da cobrança
percebidas por servidores em atividade; (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992) judicial da divida ativa. (Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999) (Revogado pela Lei
VI - vantagens previstas nos arts. 83, 84 e 85 percebidas por Auditor Fiscal e Auditor de Tributos e Complementar nº 59/2013)
Rendas Municipais, ambos quando em atividade e que, somadas aos vencimentos e demais vantagens,
não ultrapassem o limite de remuneração previsto no inciso XI, do art. 37, da Constituição Federal; Art. 62 O maior vencimento atribuído aos cargos de carreira não poderá ultrapassar a 30 (trinta) vezes o
(Redação dada pela Lei Complementar nº 23/1997) menor vencimento estabelecido na administração direta, autárquica ou fundacional.
VII - adicional pela prestação de serviços extraordinários;
VIII - diárias; Art. 63 A remuneração do servidor público não sofrerá desconto além do previsto em lei, ou por força de
IX - a parcela do valor do vencimento do cargo em comissão que ultrapassar o limite fixado no mandato judicial, salvo em virtude de indenização ou restituição à fazenda pública municipal, inclusive
artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 24/1998) autarquias e fundações públicas, nem serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto o caso de
§ 2º Ficam, também, excluídos do limite previsto no "caput" deste artigo os honorários advocatícios prestação de alimentos resultante de homologação ou decisão judicial.
pagos por particulares, a que faz jus o Procurador do Município em atividade, decorrentes de cobrança da
dívida ativa e de decisão judicial. (Parágrafo Único transformado em § 2º pela Lei Complementar nº Parágrafo Único. A indenização ou a restituição será descontada em parcelas mensais não
7/1992) excedentes à décima parte do valor da remuneração bruta.
§ 3º O valor de décimo-terceiro salário fica sujeito ao limite de remuneração fixado pelo "caput"
deste artigo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992) Art. 64 O servidor em débito com a fazenda pública, inclusive autarquias e fundações públicas, que for
demitido, exonerado ou que tiver cassada a sua disponibilidade, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para
Art. 61 Ressalvados os casos de acumulação legal, os servidores municipais não poderão perceber, quitá-lo.
mensalmente, importância superior a 52% (cinquenta e dois por cento) da remuneração total atribuída ao
Prefeito Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999) § 1º Quando o débito é originado de comprovada má-fé, o servidor deve quitá-lo em 30 (trinta) dias, a
contar do fato, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
Art. 61 Ressalvados os casos de acumulação legal, os servidores municipais não poderão perceber,
mensalmente, importância superior a 26,34 % (vinte e seis inteiros e trinta e quatro centésimos por cento) § 2º A não quitação do débito no prazo previsto neste artigo implicará em sua inscrição na dívida
da remuneração total atribuída ao Prefeito Municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 58/2012) ativa do Município.
§ 1º Ficam excluídos do limite estabelecido neste artigo e incluídos no limite mensal correspondente
ao valor da remuneração total atribuída ao Prefeito Municipal, as seguintes parcelas: Art. 65 Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
I - salário família; terceiros, a critério da administração e com reposição dos custos de operação, na forma definida em
II - adicional por tempo de serviço; regulamento.
vantagens ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.
Parágrafo Único. A soma das consignações compulsórias e facultativas não poderá exceder a 70%
(setenta por cento) do vencimento ou provento do servidor.
Seção II
Art. 66 O servidor perderá:
Das Indenizações

I - a remuneração dos dias que faltar injustificadamente ao serviço;

II - parcela da remuneração diária, proporcionalmente aos atrasos acima de tolerância, ausências


Art. 69 As indenizações ao servidor compreendem:
eventuais e saldas antecipadas, quando não autorizadas pela chefia imediata, conforme disposto no
regulamento;
I - diárias;

III - um terço da remuneração, durante os afastamentos por motivo de prisão em flagrante ou


II - transporte.
decisão judicial provisória, com direito à diferença, se absolvido.
Art. 70 Os valores e as condições para a concessão das indenizações serão estabelecidos em
§ 1º O servidor que for afastado em virtude de condenação por sentença definitiva, à pena que não
regulamento.
resulte em demissão ou perda do cargo, terá suspensa a sua remuneração e seus dependentes passarão a
perceber auxílio-reclusão, na forma definida na Lei de Seguridade Social dos Servidores Públicos do
Município.
Subseção I
§ 2º No caso de falta injustificada ao serviço nos dias imediatamente anterior e posterior ao repouso Das Diárias
remunerado ou feriado, ou ainda em dia ou dias compreendidos entre feriado e repouso remunerado, ou
vice-versa, serão estes dias também computados para efeito do desconto. (Regulamentada pelo Decreto nº 11.102/1995 nº 14.214/2003 nº 21.876/2011)

§ 3º Na hipótese de não comparecimento do servidor ao serviço ou escala de plantão, o número total Art. 71 O servidor que, a serviço, se deslocar do Município do Salvador, em caráter eventual e transitório,

de faltas abrangerá, para todos os efeitos legais, o período destinado ao descanso. para outro Município desta ou de outra unidade da Federação, fará jus a diárias compensatórias das
despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana.

Art. 71 O Servidor que, a serviço, se deslocar do Município de Salvador, em caráter eventual e transitório,
CAPÍTULO II
para outro Município desta ou de outra unidade da Federação, fará jus a diárias compensatórias das
DAS VANTAGENS PECUNIÁRIAS
despesas com pousada e alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 33/2002)

Seção I § 1º A diária será concedida integralmente por dia de afastamento, e proporcionalmente na forma
Da Especificação prevista em regulamento, quando o deslocamento não exigir pernoite fora do Município.

§ 2º No caso de afastamento de servidor do Município, a serviço ou em treinamento, por mais de 30


(trinta) dias, será estabelecido, em regulamento, valor diferenciado da diária normal, que será sempre
Art. 67 Vantagens pecuniárias são acréscimos ao vencimento do servidor público. inferior ao desta.

Art. 68 São vantagens do servidor: § 3º O servidor que receber diárias e não se afastar, por qualquer motivo, ou retornar antes do prazo
previsto, fica obrigado a restituí-las integralmente ou o seu excesso, no prazo de 5 (cinco) dias.
I - indenizações;
§ 4º É considerado falta grave conceder diárias com o objetivo de remunerar serviços ou encargos
II - auxílios; não previstos no "caput" deste artigo.

III - gratificações e adicionais.


Subseção II
§ 1º As indenizações e os auxílios não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
Da Indenização de Transporte
efeito, nem servirão de base para cálculo de outras vantagens.

§ 2º AS gratificações e os adicionais poderão ser incorporados ao vencimento ou proventos nos casos


Art. 72 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de
e condições fixados em lei.
meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições do cargo, na
forma e condições estabelecidas em regulamento, cujo valor não poderá, em qualquer hipótese, ser
§ 3º AS vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para fins de concessão de
superior a 25% (vinte e cinco por cento) do vencimento do servidor.
§ 2º Farão jus ao auxílio-educação os servidores regularmente matriculados em curso de formação
Art. 72 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de técnica ou superior, exigido em cargo da mesma carreira em que se encontre.
meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, próprio de locomoção para a
execução de serviços externos, por força das atribuições do cargo, na forma e condições estabelecidas Art. 75 O valor e as condições de concessão do auxílio-educação serão fixados em regulamento, não
em regulamento, cujo valor não poderá, em qualquer hipótese, ser superior a 25% (vinte e cinco por podendo o seu custo final ultrapassar a 0,5% (meio por cento) da folha de pagamento do pessoal da
cento) do valor correspondente à referência mediana das faixas de vencimento do cargo ocupado pelo administração direta, de cada autarquia ou de cada fundação pública.
servidor. (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
Art. 75 O valor e as condições de concessão do auxílio-educação serão fixadas em regulamento não
Art. 72Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de podendo o seu custo final ultrapassar a 0,8 (oito décimos por cento) da folha de pagamento do pessoal da
meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições do cargo, na Administração Direta, de cada Antarquia ou de cada Fundação Pública. (Redação dada pela Lei
forma e condições estabelecidas em regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 33/2002) Complementar nº 18/1996)
(Regulamentado pelo Decreto nº 15.603/2005 nº 22.426/2011)
Art. 75. O valor e as condições de concessão do auxílio-educação serão fixados em regulamento não
podendo o seu custo final ultrapassar a 1,0 % (um por cento) da soma total das folhas de pagamento do
pessoal da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas. (Redação dada pela Lei
Seção III
Complementar nº 81/2022)
Dos Auxílios Pecuniários

Parágrafo Único. Os valores do auxílio-educação a serem pagos aos servidores e aos seus
dependentes serão fixados, anualmente, pelo Chefe do Poder Executivo e pelo Presidente da Câmara
Municipal, no âmbito de suas competências, em função do número de solicitações, respeitando-se,
Art. 73 São concedidos ao servidor público os seguintes auxílios pecuniários:
sempre, o limite de que trata o "caput" deste artigo.
I - auxílio-educação;

II - vale-transporte; Subseção II
do Vale-transporte
II - auxílio transporte; (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007)
DO AUXÍLIO TRANSPORTE (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007, Decreto nº 10.787/1994)
III - vale-refeição.
Art. 76 O vale-transporte será devido ao servidor em atividade que optar pelo seu recebimento, e
III - Auxílio Alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003) destinar-se-á a custear os deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa, na forma
estabelecida em regulamento.
IV - auxílio-uniforme. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 68/2017) (Regulamentado pelo § 1º O vale-transporte será concedido, mensalmente, podendo ser por antecipação, pela utilização
Decreto nº 29.482/2018) do sistema de transporte coletivo público e urbano, vedado o uso de transportes seletivos e especiais.
§ 2º O vale-transporte será custeado pelo servidor e pela administração direta, autárquica ou
fundacional, nas seguintes condições:
I - 2,5% (dois e meio por cento) incidente sobre o vencimento do servidor, desde que este
Subseção I
corresponda a valor igual ou inferior e 02 (duas) vezes o menor vencimento pago na administração direta,
Do Auxílio-educação
autárquica ou fundacional do Município, pelo respectivo órgão ou entidade de sua lotação, no que
exceder, para uma quantidade fixa de 50 (cinquenta) vales por mês;
II - 6,0% (seis por cento) incidente sobre o vencimento do servidor que perceba além do patamar
mencionado no inciso anterior ou que, mesmo percebendo valor igual ou inferior a 02 (duas) - vezes o
Art. 74 O auxílio-educação será devido ao servidor e aos seus dependentes, na forma a ser definida em
menor vencimento pago pela administração direta, autárquica ou fundacional, deseje adquirir quantidade
regulamento.
superior a 50 (cinquenta) vales/mês, sujeitas, em ambos os casos, à comprovação da necessidade de
deslocamentos em razão da localização da residência e do local de trabalho, e pelo órgão ou entidade de
§ 1º A concessão do auxilio-educação aos servidores e seus dependentes ocorrerá exclusivamente
sua lotação, no que exceder.
para aqueles que estiverem cursando até a 8ª série do 1º grau, em estabelecimento da rede pública ou
§ 3º Os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional que proporcionem, por meios
privada de ensino. (§ 1º Regulamentado pelo Decreto nº 24.507/2013) (§ 1º Regulamentado pelo Decreto
próprios ou contratados, o deslocamento integral de seus servidores, ficam dispensados de conceder o
nº 25596/2014 nº 26.758/2015)
vale-transporte, assegurando-se lhe, ainda, a cobrança da participação do benefício, na forma
estabelecida no parágrafo anterior.
§ 1º A concessão do auxílio-educação aos servidores e seus dependentes ocorrerá exclusivamente
para aqueles que estiverem cursando até o terceiro ano do Ensino Médio, em estabelecimento da rede
Art. 76 - O auxílio transporte será devido ao servidor municipal em atividade e destinar-se-á a cobrir
privada de ensino. (Redação dada pela Lei Complementar nº 66/2017) (Regulamentado pelo Decreto nº
despesas com transportes nos deslocamentos da residência para o trabalho e vice-versa. (Redação dada
29.128/2017 nº 34791/2021)
pela Lei Complementar nº 45/2007)
§ 1º O auxílio transporte, de natureza indenizatória, será concedido mensalmente ao servidor Art. 77 O auxílio alimentação é um benefício concedido, mensalmente, por dia trabalhado, ao servidor
municipal ocupante de cargo efetivo ou de cargo em comissão da administração direta, autárquica e municipal ocupante de cargo efetivo e de cargo em comissão da Administração Direta, Autárquica e
fundacional, em pecúnia, através de folha de pagamento, sendo custeado com recursos do órgão ou Fundacional em regime de 08 (oito) horas diárias, mediante opção individual, com a finalidade de auxiliar
entidade de origem do servidor. (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007) seus gastos com alimentação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)

§ 2º O auxílio transporte não será incorporado ao vencimento, remuneração, provento ou pensão do § 1º A concessão do auxílio alimentação será feita em pecúnia, através da folha de pagamento e terá
servidor para nenhum efeito, não será configurado como rendimento tributável e não terá incidência de natureza indenizatória. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
contribuição para o Plano de Seguridade Social, assim como não será caracterizado como salário utilidade
ou prestação salarial in natura. (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007) § 2º O auxílio alimentação não será:

§ 3º Excluem-se do benefício do auxílio transporte os servidores lotados em órgãos ou entidades da a) incorporado ao vencimento, remuneração, provento ou pensão;
administração direta, autárquica e fundacional que proporcionem, por meios próprios ou contratados, o b) configurado como rendimento tributável e nem sofrerá incidência de contribuição para o Plano de
deslocamento integral de seus servidores. (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007) Seguridade Social do servidor municipal;
c) caracterizado como salário utilidade ou prestação salarial in natura. (Redação dada pela Lei
§ 4º O valor do auxílio transporte será: Complementar nº 34/2003)

I - o decorrente da diferença entre o valor de 50 (cinquenta) tarifas e o que exceder a: (Redação dada § 3º O auxílio alimentação será custeado com recursos do Órgão ou Entidade de origem do servidor.
pela Lei Complementar nº 45/2007) (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)

I - o decorrente da diferença entre o resultado do produto de 2 (duas) tarifas e a quantidade dos dias § 4º O valor do auxílio alimentação será o decorrente da diferença entre o valor da cartela com 22
úteis do mês, e o que exceder a: (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017) (vinte e dois) vales refeição e o valor do percentual de desconto referente á participação do servidor no
custo do referido benefício, na forma percebida na data de publicação desta Lei Complementar, devendo
a) 2,5% (dois vírgula cinco por cento) do vencimento do servidor, desde que este corresponda a valor sua revisão ocorrer através de ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar
igual ou inferior a 2 (duas) vezes o menor vencimento pago na administração direta, autárquica e nº 34/2003)
fundacional do Município;
b) 6% (seis por cento) do vencimento do servidor que perceba além do patamar mencionado na alínea § 5º O servidor que acumule cargo ou emprego na forma da Constituição Federal fará jus á percepção
anterior; (Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007) de um único auxílio alimentação, mediante opção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)

II - o decorrente da diferença entre o valor de 90 (noventa) tarifas e o que exceder 6% (seis por cento) § 6º Não fará jus ao auxílio alimentação o servidor:
do vencimento do servidor, quando em razão da localização da residência e do local de trabalho,
devidamente comprovada, seja necessário utilizar mais de 2 (dois) transportes/dia. (Redação dada pela a) em licença para tratar de interesses particulares;
Lei Complementar nº 45/2007) b) em gozo de licença prêmio;
c) afastado por doença em pessoa da família por um período superior a 30 (trinta) dias;
II - o decorrente da diferença entre o resultado do produto de 4 (quatro) tarifas e a quantidade dos d) afastado por doença por mais de 30(trinta) dias;
dias úteis do mês e o que exceder a 6% (seis por cento) do vencimento do servidor; e quando, em razão e) em licença gestante ou adotante. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
da localização da residência e do local de trabalho, devidamente comprovada, seja necessário utilizar
mais de 2 (dois) transportes/dia. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017) § 7º A concessão do auxílio alimentação dar-se-á conforme o disposto em regulamento, que
estabelecerá, ainda, o prazo máximo para a substituição do vale refeição na forma até então concedida
pelo auxílio alimentação em pecúnia, condicionado seu pagamento inicial à apresentação do termo de
opção declarada pelo servidor. (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
Subseção III
do Vale-refeição
§ 8º Fica assegurada a concessão de auxílio-alimentação aos servidores ocupantes do cargo de
Profissional de Atendimento Integrado, nas áreas de qualificações de Médico e Enfermeiro, e do cargo de
DO AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO (Redação dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
Técnico em Serviços de Saúde, na área de qualificação de Técnico de Enfermagem, quando atuando no
(Regulamentada pelo Decreto nº 9869/1992 nº 10.252/1993 nº 14.404/2003) (Vide Decreto nº
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em regime de plantão, nos termos do regulamento. (Redação
10.703/1994)
acrescida pela Lei Complementar nº 66/2017)
Art. 77 O vale-refeição será devido ao servidor em atividade que trabalhe em 02 (dois) turnos diários e
§ 8º Fica assegurada a concessão de auxílio-alimentação aos servidores públicos municipais quando
que optar pelo seu recebimento.
atuando no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Unidade de Pronto Atendimento, em regime de
§ 1º O vale-refeição será concedido mensalmente, por antecipação.
plantão, nos termos do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017) (Regulamentado
§ 2º O vale-refeição será custeado pelo servidor, em percentual variável segundo o seu nível de
pelo Decreto nº 28.562/2017 nº 37.372/2023)
remuneração, e pelo Município, de modo a estabelecer-se uma participação média no custo global do
benefício de 30% (trinta por cento) e 70% (setenta por cento), respectivamente.
§ 3º A forma e condições de concessão do vale-refeição serão definidas em regulamento.
Seção IV XVIII - gratificação de Incentivo à Produtividade e Qualidade; (Redação dada pela Lei Complementar
Das Gratificações e Dos Adicionais nº 29/2001)

XIX - gratificação pela participação em operações especiais; (Redação acrescida pela Lei
Art. 78 Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, os servidores públicos poderão fazer jus Complementar nº 30/2001) (Vide Decreto nº 13.608/2002)
às seguintes gratificações e adicionais:
XX - Gratificação da Produção, percebida pelo Procurador Municipal, conforme definida no inciso II,
Art. 78.Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, os servidores públicos poderão fazer jus do art. 26 da Lei Complementar nº 3/91; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 33/2002)
às seguintes gratificações e adicionais: (Redação dada pela Lei Complementar nº 78/2021)
XXI - Gratificação de Incentivo ao Desempenho Gerencial; (Redação acrescida pela Lei Complementar
I - gratificação pelo exercício de cargo em comissão; nº 33/2002) (Regulamentado pelo Decreto nº 32.984/2020)

II - gratificação pelo exercício de função de confiança; XXII - Gratificação por Atividades de Instrutoria; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
33/2002)
III - gratificação de produção;
XXIII - Gratificação por Avanço de Competências. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
IV - participação no produto da arrecadação fiscal; 33/2002)

IV - Gratificação de Produtividade Fiscal; (Redação dada pela Lei Complementar nº 28/2000) (Vide XXIV - Gratificação de Risco; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 40/2005)
regulamentação dada pelo Decreto nº 37.233/2023)
XXIV - Gratificação de Risco; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 42/2005) (Vide extinção
V - gratificação suplementar; dada pela Lei nº 9640/2022)

VI - gratificação de periferia ou local de difícil acesso; (Regulamentada pelo Decreto nº 18.310/2008) XXV - Gratificação de Dedicação Exclusiva. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 40/2005)

VII - décimo-terceiro salário; XXV - Gratificação pelo exercício de atividades na Defesa Civil. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 42/2005)
VIII - adicional pela prestação de serviços extraordinários;
XXVI - Gratificação pelo exercício de atividades de apoio às ações de defesa civil. (Redação acrescida
IX - adicional noturno; pela Lei Complementar nº 45/2007)

X - adicional de férias; XXVII - Gratificação por Atividades Especiais de Motociclista. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 47/2009) (Gratificação regulamentada pelo Decreto nº 20.585/2010)
XI - adicional por tempo de serviço;
XXVIII - Gratificação por Desempenho de Funções Especiais. (Redação acrescida pela Lei
XII - adicional de periculosidade; Complementar nº 53/2011)

XIII - adicional de insalubridade; XXIX - gratificação de plantão; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 59/2013)

XIV - adicional pelo exercício de atividades penosas; XXX - adicional de incentivo à prevenção e educação no trânsito. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 59/2013)
XV - Gratificação de Incentivo e Qualidade e Produtividade dos Serviços de Saúde; (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 7/1992) XXXI - Gratificação por Exercício de Atividade Sistêmica de Gestão; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 69/2017)
XVI - Adicional por Hora/Plantão; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992) (Revogado
pela Lei Complementar nº 59/2013) XXXII - Gratificação de Produtividade dos Serviços de Assistência Social; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 69/2017)
XVII - Participação no Produto de Arrecadação decorrente da Fiscalização nas Áreas de Controle e
Ordenamento do Uso do Solo, Vigilância Sanitária, Meio Ambiente, Serviços Públicos ou Transportes XXXIII - Gratificação por Desempenho de Funções Médico-Periciais e de Saúde e Segurança
Públicos; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992) Ocupacional. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 69/2017)

XVIII - Gratificação de Incentivo à Melhoria da Qualidade e Produtividade dos Empreendimentos e XXXIV - Gratificação de Estímulo à Participação em Projetos Urbanísticos de Arquitetura e de
Obras Públicas. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992) Engenharia. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 70/2018) (Regulamentado pelo Decreto nº
31.340/2019) alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, psicose epiléptica, paralisia irreversível e
incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,
XXXV - gratificação pela participação em Grupamento de Operações Especiais; (Redação acrescida estado avançado do mal de Paget (osteíte deformante), síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS),
pela Lei Complementar nº 72/2019) mal de Alzheimer, esclerose múltipla, hepatite "C" ou outras doenças que a lei indicar, com base na
medicina especializada;
XXXVI - gratificação pela participação no Grupamento de Ações Rápidas de Trânsito. (Redação b) a inspeção médica, feita obrigatoriamente por uma junta médica, não concluir pela necessidade
acrescida pela Lei Complementar nº 72/2019) imediata de aposentadoria. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 78/2021)

§ 1º A Gratificação por Desempenho de Funções Médico-Periciais e de Saúde e Segurança § 8º As gratificações e os adicionais previstos neste artigo serão mantidos pelo período que durarem
Ocupacional é devida ao servidor público municipal ocupante de cargo efetivo de Analista em Saúde as licenças previstas nos incisos II e III do art. 110 desta Lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar
Ocupacional e Perícia Médica, lotado e em exercício na área da Secretaria Municipal de Gestão, nº 78/2021)
responsável pela formulação e controle da execução da política de previdência e assistência médica,
social e saúde ocupacional do servidor público municipal. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº § 9º Os adicionais dos incisos XII, XIII e XXX deste artigo serão mantidos quando o servidor estiver em
69/2017) gozo da licença prevista no inciso IX do art. 110 desta Lei, apenas pelo período de até 30 (trinta) dias.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 78/2021)
§ 2º A gratificação estabelecida no § 1º deste artigo corresponderá ao valor resultante da aplicação
do percentual de 80% (oitenta por cento) sobre o valor percebido a título de vencimento pelo servidor
municipal. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 69/2017)
Subseção I
Da Gratificação Pelo Exercício de Cargo em Comissão
§ 3º Deixando o servidor de exercer sua atividade funcional em área da Secretaria Municipal de
Gestão, responsável pela formulação e controle da execução da política de previdência e assistência
médica, social e saúde ocupacional do servidor público municipal, prevista no § 1º deste artigo, cessará,
automaticamente, o pagamento da respectiva gratificação. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
Art. 79 O servidor ocupante de cargo em comissão fará jus, independentemente de opção, ao maior
69/2017)
valor entre o vencimento atribuído a este cargo, exclusivamente, ou à remuneração do seu cargo efetivo
ou emprego público acrescida de 50% (cinquenta por cento) do valor do vencimento do respectivo cargo
§ 4º Não fará jus à percepção da Gratificação por Desempenho de Funções Médico-Periciais e de
em comissão, a título de gratificação pelo exercício de cargo em comissão, ressalvados os casos previstos
Saúde e Segurança Ocupacional o servidor que:
no Art. 104 desta Lei.

I - tiver sofrido penalidade disciplinar de suspensão por tempo superior a 10 (dez) dias;
§ 1º Poderá o servidor optar, expressamente, pela remuneração do seu cargo efetivo ou emprego
público acrescida da diferença entre o valor do vencimento do cargo em comissão e esta remuneração, a
II - afastado por motivo das licenças previstas nos incisos IV, V, VI, VII, VIII, IX do art. 110 da Lei
título, também, de gratificação pelo exercício de cargo em comissão.
Complementar nº 1/91 e suas alterações posteriores;
§ 2º A opção de que trata o parágrafo anterior terá vigência a partir do primeiro dia do mês
III - que tenha no mês quantidade de faltas superior às facultadas pela Lei Complementar nº 01/91,
subsequente ao seu deferimento.
art. 135. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 69/2017)
Art. 80 O empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista do Município ou servidor de
§ 5º A gratificação a que se refere o § 1º deste artigo não se incorpora ao vencimento nem integrará
órgão ou entidade da União, do Estado ou de outro Município, nomeado para cargo em comissão fará jus
o provento de aposentadoria do servidor. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 70/2018)
à gratificação prevista na forma do artigo anterior.

§ 6º O valor da Gratificação por Desempenho de Funções Médico-Periciais e de Saúde e Segurança


Art. 80. O empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista do Município ou servidor de
Ocupacional somente integrará a remuneração do servidor para efeito de pagamento do adicional de
órgão ou entidade da União, do Estado ou de outro Município, nomeado para cargo em comissão fará jus
férias e 13º salário, proporcionalmente aos meses de sua percepção, durante o exercício. (Redação
à gratificação prevista na forma do artigo anterior, exceto quando se tratar de subsídio, hipótese em que
acrescida pela Lei Complementar nº 70/2018)
fará jus à gratificação integral. (Redação dada pela Lei Complementar nº 81/2022)

§ 7º As gratificações e os adicionais previstos nos incisos VI, XV, XVIII, XXIV, XXV, XXVI, XXVII, XXVIII,
§ 1º Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista do Município ou servidor
XXX, XXXI, XXXV, XXXVI deste artigo:
de órgão ou entidade da União do Estado ou de outro Município que, na forma dos respectivos regimes
jurídicos, já tenha incorporado vantagem pessoal pelo exercício de cargo em comissão ou função de
I - serão mantidos pelo período que durar a licença prevista no inciso I do art. 110 desta Lei, quando o
confiança, ao ser novamente nomeado para cargo ou função de confiança será assegurada, sem prejuízo
afastamento for exclusivamente por acidente em serviço;
da vantagem pessoal, a percepção do equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do valor da gratificação
do novo cargo, ou 50% (cinquenta por cento) da nova função, conforme o caso. (Redação acrescida pela
II - serão mantidos durante a licença para tratamento de saúde de que trata o inciso I do art. 110
Lei Complementar nº 45/2007)
desta Lei, quando, cumulativamente:
§ 2º Caso o valor resultante do somatório do valor de 25% (vinte e cinco por cento) da gratificação
a) o servidor, após ingresso no serviço público do Município, for acometido de tuberculose ativa,
do novo cargo ou de 50% (cinquenta por cento) da nova função, acrescido da parcela correspondente à
vantagem pessoal seja inferior ao valor da gratificação pelo exercício do cargo em comissão ou função de Fazendário, com atribuições específicas de informação de processo de avaliação e revisão de imóveis.
confiança que o empregado público esteja ocupando, será assegurada a diferença entre o valor desta (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
última e o daquele somatório a título de complementação da gratificação. (Redação acrescida pela Lei § 1º Fica vedada a concessão da gratificação referida neste artigo nos casos em que o servidor seja o
Complementar nº 45/2007) próprio interessado ou autuante do processo, quando no exercício de cargo em comissão ou função de
confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal de Contribuintes.
§ 3º No caso de nomeação ou designação para o mesmo cargo em comissão ou função de confiança, § 2º O valor da gratificação a que se refere este artigo será fixado com base na Unidade Fiscal
no qual se deu a incorporação de vantagem pessoal, o empregado municipal somente fará jus à Padrão - UFP, de acordo com os critérios a serem estabelecidos pelo Poder Executivo.
gratificação correspondente se decorridos, no mínimo, 12 (doze) meses entre a data da nova nomeação
ou designação e aquela em que tenha sido exonerado ou dispensado do mesmo cargo em comissão ou
função de confiança. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 45/2007) Art. 83 A gratificação de produção é devida ao servidor integrante do Grupo Ocupacional Fisco ou
Técnico Administrativo Fazendário, lotado em unidade com atribuição específica de formular diretrizes
Art. 81 Durante o período em que o empregado ou servidor referido no artigo anterior, estiver em técnicas e normativas, dirigir, coordenar, supervisionar, controlar e avaliar os serviços de tributação e
exercício do cargo de provimento em comissão, fica sujeito às normas estabelecidas nesta Lei, salvo fiscalização, bem como de arrecadar recursos financeiros. (Redação dada pela Lei Complementar nº
naquilo que for incompatível com o regime jurídico a que estiver submetido no sou órgão ou entidade de 9/1992)
origem.

Art. 83 A Gratificação de Produção devida ao servidor integrante do Grupo Ocupacional Fisco, Técnico
Administrativo Fazendário e Auditor Interno, lotado em unidade com atribuição específica de formular
Subseção II
diretrizes técnicas e normativas, dirigir, coordenar, supervisionar, controlar e avaliar os serviços de
Da Gratificação Pelo Exercício de Função de Confiança
tributação e fiscalização, bem como de arrecadar recursos financeiros e controlar os gastos públicos.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 45/2007)

Art. 83 A Gratificação de Produção é devida ao servidor integrante do Grupo Fisco, lotado em unidades
Art. 82 A gratificação pelo exercício de função de confiança será percebida exclusivamente pelo servidor
com atribuições específicas de formular diretrizes técnicas e normativas, dirigir, coordenar, supervisionar,
público municipal, da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de função de confiança,
executar, controlar e avaliar os serviços de administração fazendária, controle interno e correição.
cumulativamente com o vencimento e vantagens do seu cargo.
(Redação dada pela Lei nº 61/2014) (Regulamentado pelo Decreto nº 30.452/2018)
§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o exercício de funções de confiança que sejam privativas de
§ 1º Fica vedada a concessão da gratificação referida neste artigo nos casos em que o servidor esteja
profissionais de saúde, cuja designação poderá recair em servidor público federal, estadual ou de outro
no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal
município. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992)
de Contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 9/1992)
§ 1º Para os ocupantes do cargo de Auditor Fiscal ou de Auditor de Tributos e Rendas Municipais, o
§ 1º Excetua-se do disposto neste artigo o exercício de funções de confiança que sejam privativas de
valor da gratificação será fixado com base em pontuação por atividades, com limite em 100 (cem) pontos,
profissionais de saúde, bem como daquelas vinculadas às Coordenadorias de Distritos Sanitários, e demais
definidos em ato do Chefe do Poder Executivo, vedado o pagamento àqueles que se encontrem no
unidades integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS, cuja designação poderá recair em servidor público
exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal de
federal, estadual ou de outro Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999)
Contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 28/2000)
§ 1º Para os ocupantes do cargo de Auditor Fiscal ou de Auditor de Tributos e Rendas Municipais, o
§ 2º Os valores da gratificação referida neste artigo serão estabelecidos em lei, respeitada a ordem
valor da gratificação será fixado com base em pontuação por atividades, com limite em 200 (duzentos)
hierárquica organizacional a que corresponda a função. (Parágrafo Único transformado em § 2º pela Lei
pontos, definidos em ato do Chefe do Poder Executivo, vedado o pagamento àqueles que se encontrem
Complementar nº 7/1992)
no exercício de cargo em comissão, função de confiança ou quando integrante do Conselho Municipal de
Contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 35/2004)
§ 1º Para os ocupantes do cargo de Auditor Fiscal ou de Auditor de Tributos e Rendas Municipais, em
Subseção III extinção, o valor da gratificação será fixado com base em pontuação por atividades realizadas ou por
Da Gratificação de Produção exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal de
Tributos, com limite em 250 (duzentos e cinquenta) pontos, definidos em Ato do Chefe do Poder
(Regulamento aprovado pelo Decreto nº 9925/1992 nº 11.433/1996 nº 12.598/2000) Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017)

Art. 83 A gratificação de produção é devida aos servidores integrantes do Grupo Ocupacional Fisco, com § 1º Para os ocupantes do cargo de Auditor Fiscal ou de Auditor de Tributos e Rendas Municipais, em
atribuições específicas de instrução, diligência, informação de processo administrativo-tributário e perícia extinção, o valor da gratificação será fixado com base em pontuação por atividades realizadas ou por
fisco-contábil. exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal de
Tributos, com limite em até 290 (duzentos e noventa) pontos, na forma do regulamento. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 71/2018)
Art. 83 A gratificação de produção é devida aos servidores integrantes do Grupo Ocupacional Fisco, com
atribuições específicas de instrução, diligência, informação de processo administrativo-tributário e perícia § 2º O valor da gratificação a que se refere este artigo será fixado com base nos critérios de rateio do
fisco-contábil, bem como aos servidores integrantes do Grupo Ocupacional Técnico Administrativo montante resultante da multiplicação do índice correspondente a 0,8% (oito décimos por cento) pelo
total da arrecadação dos tributos intitulados IPTU, ITIV, ISS, TLT, IVVC, na forma e condições a serem
definidas através de ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 9/1992) § 4º Para os ocupantes do cargo de Analista Fazendário, o valor da gratificação será fixado com base
§ 2º O Valor da gratificação a que se refere este artigo será ficado com base nos critérios de rateio do em pontuação por atividades realizadas ou por exercício de cargo em comissão e função de confiança, ou
montante resultante da multiplicação do índice correspondente a até 1% (um por cento) pelo total da quando integrante do Conselho Municipal de Tributos, com limite em até 230 (duzentos e trinta) pontos,
arrecadação dos tributos intitulados IPTU, ITIV, ISS, IVVC, na forma e condição a serem definidas através na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 71/2018)
de ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 18/1996)
§ 2º Para os ocupantes dos cargos de Técnico Fazendário, Auxiliar de Tributação e Assistente
Fazendário, o valor da gratificação será fixado com base nos critérios de rateio do montante resultante
Subseção IV
da multiplicação do índice correspondente a até 0,55 % (cinquenta e cinco centésimos por cento) pelo
Da Participação no Produto da Arrecadação Fiscal
total da arrecadação dos impostos de competência do Município, na forma e condição a serem
estabelecidas em ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 28/2000)
§ 2º Para os ocupantes do cargo de Agente Fazendário o valor da gratificação será fixado com base
Art. 84 O servidor integrante do Grupo Ocupacional Fisco, com atribuições específicas de fiscalização de
nos critérios de rateio do montante resultante da multiplicação do índice correspondente a até 0,60 %
tributos e rendas municipais, terá direito a 15% (quinze por cento) sobre o produto da arrecadação
(sessenta centésimos por cento) pelo total da arrecadação dos impostos de competência do Município,
decorrente dos autos de infração por ele lavrados, inclusive os inscritos na dívida ativa, desde que
na forma e condição a serem estabelecidas em ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei
efetivamente pagos.
Complementar nº 46/2007) (Regulamentado pelo Decreto nº 18.276/2008)
Parágrafo Único. Nos casos de auto de infração lavrados por mais de um servidor, o valor resultante
§ 2º Para os ocupantes do cargo de Agente Fazendário o valor da gratificação será fixado com base
do percentual a que se refere este artigo deverá ser rateado entre os mesmos. (§ 1º transformado em
nos critérios de rateio do montante resultante da multiplicação do índice correspondente a até 0,60%
Parágrafo Único Lei Complementar nº 7/1992)
(sessenta centésimos por cento) pelo total da arrecadação dos impostos de competência do Município,
§ 2º Ressalva-se do disposto no "caput" deste artigo, especificamente em relação à exigência de
na forma e condição a serem estabelecidas em ato do Chefe do Poder Executivo, vedado o pagamento
efetivo recolhimento ao erário municipal, a possibilidade de concessão de adiantamento de parcela dessa
àqueles que se encontrem no exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou quando integrante
vantagem ao servidor autuante, por ocasião da inscrição do crédito tributário na dívida ativa, na forma
do Conselho Municipal de Contribuintes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 53/2011)
definida em legislação específica. (Revogado pela Lei Complementar nº 7/1992)

§ 2º Para os ocupantes do cargo de Agente Fazendário, o valor da gratificação será fixado com base
Art. 84 O servidor ocupante do cargo de Auditor Fiscal ou de Auditor de Tributos e Rendas Municipais,
em pontuação, por atividades realizadas ou por exercício de cargo em comissão e função de confiança,
integrantes do Grupo Ocupacional Fisco, terá direito a uma Gratificação de Produtividade Fiscal
com limite em até 165 (cento e sessenta e cinco) pontos, na forma do regulamento, não se configurando,
equivalente a 10% (dez por cento) do produto da arrecadação decorrente de notificação fiscal ou auto de
para tanto, a instituição de nova espécie de gratificação. (Redação dada pela Lei Complementar nº
infração resultante da ação direta do servidor fiscal e por ele lavrado, inclusive os inscritos na dívida ativa,
71/2018)
desde que efetivamente pago.

§ 3º Para os ocupantes do cargo de Auditor Interno, o valor da gratificação será fixado com base em
Parágrafo Único. No caso de notificação fiscal ou auto de infração lavrado por mais de um servidor, o
pontuação, com limite em 200 pontos, definidos em ato do Chefe do Poder Executivo, vedado o
valor resultante do percentual a que se refere este artigo deverá ser rateado entre os mesmos, em igual
pagamento àqueles que se encontrem no exercício de cargo em comissão, função de confiança ou
proporção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 28/2000)
quando integrantes do Conselho Municipal de Contribuintes. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 45/2007) (Regulamentado pelo Decreto nº 18.275/2008 nº 19.345/2009)
§ 3º Para os ocupantes do cargo de Auditor Interno, o valor da gratificação será fixado com base em
pontuação, por atividades realizadas ou por exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou Subseção V
quando integrante do Conselho Municipal de Tributos, com limite em 200 (duzentos) pontos, definidos em Da Gratificação Suplementar
Ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017)
(Vide regulamentação dada pelo Decreto nº 11.924/1998 nº 22.167/2011)
§ 3º Para os ocupantes do cargo de Auditor Interno, o valor da gratificação será fixado com base em
pontuação, por atividades realizadas ou por exercício de cargo em comissão e função de confiança, ou Art. 85 A gratificação suplementar é devida ao ocupante do cargo de Auditor Fiscal e de Auditor de

quando integrante do Conselho Municipal de Tributos, com limite em até 230 (duzentos e trinta) pontos, Tributos e Rendas Municipais, quando no exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, no
na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 71/2018) (Regulamentado pelo âmbito da Coordenadoria de Administração Tributária, da Secretaria Municipal da Fazenda, ou quando
Decreto nº 30.454/2018) designado para integrar o Conselho Municipal de Contribuintes, na forma da Lei.

§ 4º Para os ocupantes do cargo de Analista Fazendário o valor da gratificação será fixado com base
em pontuação por atividades, com limite em 200 (duzentos) pontos, definidos em ato do Chefe do Poder Art. 85 A gratificação suplementar é devida aos ocupantes dos cargos de Auditor Fiscal, de Auditor de

Executivo, vedado o pagamento àqueles que se encontrem no exercício de cargo em comissão, função de Tributos e Rendas Municipais e Técnico Fazendário, quando no exercício de cargo em comissão ou função
confiança, ou quando integrante do Conselho Municipal de Contribuintes. (Redação acrescida pela Lei de confiança, no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda, ou em virtude de designação para integrar o
Complementar nº 46/2007) (Regulamentado pelo Decreto nº 18.277/2008) Conselho Municipal de Contribuintes, tudo de acordo com normas e critérios a serem estabelecidos por
§ 4º Para os ocupantes do cargo de Analista Fazendário o valor da gratificação será fixado com base ato do Chefe do Poder Executivo.
em pontuação por atividades realizadas ou por exercício de cargo em comissão, função de confiança, ou Parágrafo Único. A gratificação a que se refere o artigo poderá, também, ser atribuída ao Auditor
quando integrante/ do Conselho Municipal de Tributos, com limite em 200 (duzentos) pontos, definidos Fiscal e ao Auditor de Tributos e Rendas Municipais quando convocados, em número não excedente a 10
em Ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017) (dez), para desenvolver atividades de natureza tributário-fiscal ou fazendária, de duração temporária,
consideradas, a juízo do titular daquela Secretaria, como de relevante interesse para a Fazenda Municipal, Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 61/2014) (Vide Decreto nº
de acordo com critérios a serem estabelecidos pelo Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei 22.746/2012 nº 25.291/2014 nº 26.022/2015)
Complementar nº 23/1997)
Parágrafo Único. A gratificação a que se refere este artigo poderá, também, ser atribuída ao Auditor
Fiscal e ao Auditor de Tributos e Rendas Municipais, quando convocados em número não excedente a 20
Art. 85 A gratificação suplementar é devida aos ocupantes dos cargos de Auditor Fiscal, de Auditor de (vinte), para desenvolver atividades de natureza tributário-fiscal ou fazendária consideradas, a juízo do
Tributos e Rendas Municipais, de Analista Fazendário e de Auditor Interno, quando no exercício de cargo titular da Secretaria Municipal da Fazenda, como de relevante interesse da Fazenda Municipal. (Redação
em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda, ou em virtude de dada pela Lei Complementar nº 34/2003)
designação para integrar o Conselho Municipal de Contribuintes, tudo de acordo com normas e critérios a
serem estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo. Art. 85-A Gratificação Suplementar é devida aos servidores municipais ocupantes dos cargos de Auditor
Fiscal; de Auditor de Tributos e Rendas Municipais; de Analista Fazendário; de Auditor Interno; de Agente
Fazendário; de Analista de Gestão Pública Municipal; de Analista de Planejamento, Infraestrutura e Obras
Art. 85 A gratificação suplementar é devida aos ocupantes dos cargos de Auditor Fiscal, de Auditor de Públicas Municipais, e de Agente de Suporte Operacional; estes três últimos desde que tenham sido
Tributos e Rendas Municipais, de Analista Fazendário e de Auditor Interno, quando no exercício de cargo redistribuídos para a Secretaria Municipal da Fazenda até a data de publicação da Lei Complementar nº
em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda ou em virtude de 56/2012, quando no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria
designação para integrar o Conselho Municipal de Contribuintes, assim como na hipótese de serem Municipal da Fazenda (SEFAZ) e da Controladoria Geral do Município (CGM), ou em virtude de designação
cedidos para ocupar cargo de provimento em comissão de Diretor Geral de Planejamento, Tecnologia e para integrar o Conselho Municipal de Tributos, conforme normas e critérios a serem estabelecidos por
Inovação da Gestão e cargos de provimento em comissão na Diretoria Central de Planejamento Ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 65/2017)
Orçamentário, tudo de acordo com normas e critérios a serem estabelecidos por ato do Chefe do Poder
Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 48/2009) Art. 85-A Gratificação Suplementar é devida aos servidores municipais ocupantes dos cargos de Auditor
Fiscal, de Auditor de Tributos e Rendas Municipais, de Analista Fazendário, de Auditor Interno, de Agente
Fazendário, de Analista de Gestão Pública Municipal, de Analista de Planejamento, Infraestrutura e Obras
Art. 85 A gratificação suplementar é devida aos ocupantes dos cargos de Auditor Fiscal, de Auditor de Públicas Municipais e de Agente de Suporte Operacional; estes três últimos desde que tenham sido
Tributos e Rendas Municipais, de Analista Fazendário, de Auditor Interno e de Agente Fazendário, quando redistribuídos para a Secretaria Municipal da Fazenda até a data de publicação da Lei Complementar nº
no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria Municipal da 65/2017, quando no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria
Fazenda, ou em virtude de designação para integrar o Conselho Municipal de Contribuintes, assim como Municipal da Fazenda (SEFAZ), da Controladoria Geral do Município (CGM), da Diretoria de Previdência da
na hipótese de serem cedidos para ocupar cargo de provimento em comissão de Diretor Geral de Secretaria Municipal de Gestão (SEMGE) e da Procuradoria Geral do Município, ou em virtude de
Planejamento, Tecnologia e Inovação da Gestão e cargos de provimento em comissão na Diretoria designação para integrar o Conselho Municipal de Tributos, conforme normas e critérios a serem
Central de Planejamento Orçamentário, no âmbito da Secretaria Municipal de Planejamento, Tecnologia e estabelecidos por Ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017)
Gestão, tudo de acordo com normas e critérios a serem estabelecidos por ato do Chefe do Poder
Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 53/2011) (Vide Decreto nº 22.167/2011)
Subseção VI
Da Gratificação de Periferia ou Local de Difícil Acesso
Art. 85 A gratificação suplementar é devida aos ocupantes dos cargos de Auditor Fiscal, de Auditor de
Tributos e Rendas Municipais, de Analista Fazendário, de Auditor Interno, de Agente Fazendário e de
(Regulamentada pelo Decreto nº 11.410/1996)
Analistas de Processos Organizacionais, estes últimos desde que redistribuídos para a Secretaria Municipal
da Fazenda até a publicação desta Lei, quando no exercício de cargo em comissão ou função de
confiança, no âmbito da Secretaria Municipal da Fazenda, ou em virtude de designação para integrar o
Art. 86 O servidor municipal em exercício em unidade de saúde situada em zona de periferia ou em local
Conselho Municipal de Contribuintes, assim como na hipótese de serem cedidos para ocupar cargo de
de difícil acesso, poderá fazer jus à percepção de uma gratificação no valor correspondente à 10% (dez
provimento em comissão de Diretor Geral de Planejamento, Tecnologia e Inovação da Gestão e cargos de
por cento) do seu vencimento, na forma e condições a serem estabelecidas em regulamento.
provimento em comissão na Diretoria Central de Planejamento Orçamentário, no âmbito da Secretaria
Municipal de Planejamento, Tecnologia e Gestão, tudo de acordo com normas e critérios a serem
§ 1º A caracterização das zonas de periferia e dos locais, de difícil acesso, para efeito de concessão
estabelecidos por ato do Chefe do Poder Executivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 56/2012)
da referida, gratificação, será feita com base em estudos desenvolvidos pelo órgão de planejamento
urbano do Município.
Art. 85 A Gratificação Suplementar é devida aos servidores municipais ocupantes dos cargos de Auditor
Fiscal; de Auditor de Tributos e Rendas Municipais; de Analista Fazendário; de Auditor Interno; de Agente
§ 2º Não fará jus à gratificação referida no artigo, o servidor:
Fazendário; de Analista de Gestão Pública Municipal; de Analista de Planejamento, Infraestrutura e Obras
Públicas Municipais; e de Agente de Suporte Operacional, estes três últimos desde que tenham sido
I - nomeado em virtude de concurso público regionalizado e cujo exercício tenha ocorrido em unidade
redistribuídos para a Secretaria Municipal da Fazenda até a data de publicação da Lei Complementar nº
de saúde para a qual tenha feito opção, no ato da inscrição;
56/2012, quando no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, no âmbito da Secretaria
Municipal da Fazenda (SEFAZ) e da Controladoria Geral do Município (CGM), ou em virtude de designação
II - que more próximo ao local de trabalho.
para integrar o Conselho Municipal de Contribuintes, assim como na hipótese de serem cedidos para
ocupar cargo de provimento em comissão da Diretoria-Geral de Orçamento, no âmbito da Secretaria
§ 3º A gratificação referida no artigo não se incorpora ao vencimento ou provento, para qualquer
Municipal de Gestão (SEMGE), tudo de acordo com normas e critérios a serem estabelecidos por Ato do
efeito, nem servirá de base para cálculo de outras vantagens.
Subseção VIII
Do Adicional Pela Prestação de Serviços Extraordinários

Subseção VII
Do Décimo Terceiro Salário

Art. 90 A remuneração do serviço extraordinário será superior a da hora normal, em 50% (cinquenta por
cento) dos dias úteis.
Art. 87 O décimo terceiro salário corresponderá a 1/12 (um doze avos) do Vencimento e vantagens de
caráter permanente devidos em dezembro, por mês de efetivo exercício no serviço público municipal, no
§ 1º os serviços extraordinários prestados em horário compreendido entre as 22 (vinte e duas) horas
respectivo ano.
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte, bem como aos sábados, domingos e feriados, serão
remunerados com o acréscimo de 100% (cem por cento) sobre a hora normal diurna.
Art. 87 O décimo terceiro salário corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor
fizer jus no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício no serviço público municipal, no respectivo
§ 2º Somente será permitido o serviço extraordinário para atender situações excepcionais e
ano. (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas diárias.
§ 1º A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho, será havida como mês integral.
§ 3º A prestação de serviços extraordinários somente será possível quando previamente autorizada
pela autoridade competente, e não poderá, em qualquer hipótese, ultrapassar 240 (duzentos e quarenta)
§ 2º No caso de remuneração composta de vantagem de caráter temporário, cujo valor seja variável,
horas no ano.
deverá ser considerada a média aritmética dos valores percebidos sob tal título, no respectivo exercício.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992)
§ 3º A prestação de serviços extraordinários somente será possível quando previamente autorizada
pela autoridade competente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 7/1992)
§ 3º É extensivo ao inativo o décimo terceiro salário, que será pago no mês de dezembro, tomando-
se como base o valor do provento devido neste mês. (§ 2º transformado em § 3º pela Lei Complementar
§ 4º O adicional pela prestação de serviço extraordinário em nenhuma hipótese será incorporado ao
nº 7/1992)
vencimento, nem integrará o provento de aposentadoria do servidor.
§ 4º Na hipótese do § 3º, o custeio do pagamento será realizado proporcionalmente pelo Tesouro até
o último mês em atividade, passando a ser custeado pelo FUMPRES a partir da migração para folha de
pagamento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 72/2019) Subseção IX
Do Adicional Noturno
Art. 88 O décimo terceiro salário será pago até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano.

Parágrafo Único. Juntamente com o pagamento do mês de junho, o servidor receberá, a título de
adiantamento do décimo terceiro salário, metade da remuneração definida no "caput" do Art. 87 desta Art. 91 A hora noturna de trabalho prestada entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas
Lei, a que faça jus neste mês, importância que será compensada quando do pagamento da referida do dia seguinte, terá a remuneração acrescida de 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora normal
vantagem no mês de dezembro. diurna, à título de adicional noturno.

Parágrafo Único. Juntamente com o pagamento do mês de junho ou do mês de seu aniversário, o Parágrafo Único. O serviço extraordinário realizado na jornada noturna será remunerado na forma do
servidor receberá, a título de adiantamento do décimo terceiro salário, metade da remuneração líquida a Art. 90, sem prejuízo do adicional noturno.
que faria jus no mês requerido, calculada na forma definida no caput do art. 87 desta Lei Complementar,
por cada mês de efetivo exercício, importância que será compensada quando do pagamento da referida
vantagem no mês de dezembro, na forma do regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº
Subseção X
43/2007)
Do Adicional de Férias

Art. 89 O servidor ocupante de cargo de provimento efetivo, quando exonerado, perceberá o décimo
terceiro salário proporcionalmente aos meses de efetivo exercício, calculado sobre o vencimento e
vantagens de caráter permanente do último mês trabalhado no Município.
Art. 92 O servidor municipal ao entrar em gozo de férias, fará jus a 50% (cinquenta por cento) do valor,
resultante da soma do seu vencimento e do respectivo adicional por tempo de serviço, ou a 1/3 (um
Parágrafo Único. Não fará jus ao décimo terceiro salário o servidor demitido ou exonerado de ofício.
terço) do valor do seu vencimento e vantagens pecuniárias habitualmente percebidas, de acordo com o
que lhe for mais vantajoso, como adicional de férias, pago juntamente com a remuneração do mês
Parágrafo Único. Fará jus ao décimo terceiro salário proporcional o servidor demitido ou exonerado
imediatamente anterior.
de ofício, após um ano do exercício da função. (Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999)
§ 1º O adicional de férias será devido apenas uma vez em cada período aquisitivo, no caso de
servidores públicos com o direito a mais de um período de férias anuais.
servidor, segundo se classifique nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei
§ 2º O servidor público em regime de acumulação lícita perceberá o adicional de férias calculado na Complementar nº 12/1994)
forma do "caput" deste artigo, para cada cargo.
Parágrafo Único. Cessará o pagamento do adicional de insalubridade sempre que o servidor deixar de
exercer atividade ou operação insalubre, ou quando eliminadas ou neutralizadas as causas da
insalubridade.
Subseção XI
Do Adicional Por Tempo de Serviço
Art. 97 São consideradas atividades ou operações insalubres, aquelas que por sua natureza, condições ou
método de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos à saúde, acima da tolerância fixada, em
razão da natureza e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 93 O adicional por tempo de serviço é devido ao servidor à razão de 3% (três por cento) por biênio
Art. 98 O regulamento definirá as atividades e operações insalubres, os limites de tolerância aos agentes
de efetivo exercício na administração direta, autárquica ou fundacional, de ambos os Poderes do
nocivos, os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do servidor a esses agentes, conforme
Município, incidente, exclusivamente, sobre o vencimento do seu cargo efetivo, até o limite de 51%
legislação específica.
(cinquenta e um por cento), observando-se o disposto no § 3º do art. 68 desta Lei.

Art. 99 Os servidores que no exercício de suas atribuições, operem, direta e permanentemente, cora raio
Parágrafo Único. O adicional de que trata este artigo será devido a partir do mês imediato aquele em
X e substâncias radioativas, próximas às fontes de irradiação, farão jus ao adicional de insalubridade à
que o servidor completar o biênio e será pago automaticamente.
razão de 40% (quarenta por cento) incidente sobre o vencimento do seu cargo efetivo.

Art. 100 A percepção do adicional de insalubridade é incompatível com a dos adicionais de


Subseção XII periculosidade e pelo exercício de atividades penosas, aplicando-se, na hipótese, o disposto no parágrafo
Do Adicional de Periculosidade 2º do Art. 94, desta Lei.

(Vide Decreto nº 9703/1992)

Subseção XIV
Do Adicional Pelo Exercício de Atividades Penosas
Art. 94 O Servidor que habitualmente exercer atividades consideradas perigosas ou permanecer em área
de risco fará jus a um adicional de 30% (trinta por cento) incidente sobre o vencimento do seu cargo
efetivo.

Art. 101 O servidor que habitualmente exercer atividades consideradas anormalmente cansativas ou
§ 1º As atividades perigosas e áreas de risco, para efeito de concessão do adicional de periculosidade,
desgastantes fará jus a um adicional de 10% (dez por cento), incidente sobre o menor vencimento do
serão definidas em regulamento, conforme legislação específica.
Quadro de Pessoal da Administração Direta do Poder Executivo Municipal.
§ 2º A percepção do adicional de periculosidade é incompatível com a do adicional de insalubridade e
§ 1º As atividades penosas, para efeito de concessão do adicional de que trata este artigo, serão
com a do adicional pelo exercício de atividades penosas, prevalecendo aquele que for mais vantajoso ao
definidas em regulamento, conforme legislação específica.
servidor.

§ 2º O pagamento do adicional cessará, automaticamente, quando o servidor deixar de exercer as


§ 3º Deixando o servidor de exercer atividade perigosa, ou eliminado seu risco, cessará,
atividades penosas, provisória ou definitivamente.
automaticamente, o pagamento do adicional de periculosidade.

§ 3º A percepção do adicional pelo exercício de atividades penosas é incompatível com a dos


Art. 95 É vedado o trabalho da servidora gestante ou lactante em atividades ou operações consideradas
adicionais de periculosidade e de insalubridade, aplicando-se na hipótese, o disposto no § 2º, do Art. 94,
perigosas.
combinado com o Art. 100, desta Lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 30/2001)

Art. 102 A percepção do adicional pelo exercício de atividades penosas é incompatível com a dos
Subseção XIII adicionais de periculosidade e de insalubridade, aplicando-se, na hipótese, o disposto no parágrafo 2º, do
Do Adicional de Insalubridade Art. 94, combinado com o Art. 100, desta Lei.

(Vide Decreto nº 9703/1992)


Subseção XV
Da Gratificação Pela Participação em Operações Especiais (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
30/2001)
Art. 96 O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecida em
regulamento, assegurará ao servidor a percepção de adicional de insalubridade, respectivamente de 40%
(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) sobre o menor vencimento do Quadro
Art. 102 A gratificação pela participação em operações especiais será percebida pelo servidor público
de Pessoal da Administração Direta do Poder Executivo Municipal sobre o vencimento base de cada
municipal, da administração direta, autárquica e fundacional, que vier a ser designado para atuar em servidor estiver enquadrado, tendo como referência a tabela de vencimentos do cargo de provimento
operações assim definidas por Decreto, para atender necessidades transitórias ou circunstanciais; efetivo do Agente de Trânsito e Transporte, na área de qualificação de Agente de Trânsito e Transporte;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 30/2001) (Vide Decretos nº 35.073/2022 e nº 35.677/2022)
II - a partir de setembro de 2022, à base de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o nível
§ 1º O Decreto definirá o objetivo e a duração da operação especial, indicando o limite de gastos por correspondente ao que o servidor estiver enquadrado, tendo como referência a tabela de vencimentos do
Secretaria e Entidade envolvidas, cabendo ao Chefe do Poder Executivo autorizar as tabelas de funções e cargo de provimento efetivo do Agente de Trânsito e Transporte, na área de qualificação de Agente de
os valores das respectivas gratificações. (Redação dada pela Lei Complementar nº 30/2001) Trânsito e Transporte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 81/2022)

§ 2º As listas dos servidores indicados de acordo com as respectivas qualificações e capacidades para § 2º O servidor não fará jus à percepção da vantagem de que trata este artigo nas seguintes
atender às atividades previstas no Decreto serão elaboradas pelas Secretarias nas quais estejam lotados e hipóteses:
encaminhadas para a Secretaria Municipal da Administração, que implementará o pagamento da I - quando obtiver mais de 3 (três) faltas injustificadas no mês;
gratificação. (Redação dada pela Lei Complementar nº 30/2001) II - quando sofrer sanção disciplinar;
III - quando estiver em gozo das licenças previstas nos incisos V, VI, VII, VIII e IX do art. 110 desta Lei
§ 3º A gratificação pela participação em operações especiais é vantagem temporária, que não se Complementar.
incorpora ao vencimento, nem serve de base para recolhimento de contribuição Previdenciária. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 30/2001) § 2º Os servidores ocupantes de cargos em comissão, contemplados no caput desse artigo, que não
pertençam ao quadro de servidores efetivos da Prefeitura Municipal de Salvador, farão jus ao Adicional de
§ 4º A gratificação de que trata este artigo será estendida aos servidores de órgãos e entidades de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito, tendo como base o maior nível ocupado na tabela de
outras unidades da Federação cedidos ou postos à disposição do Município e aos servidores temporários, vencimentos do cargo de provimento efetivo do Agente de Trânsito e Transporte, na área de qualificação
contratados sob Regime Especial de Direito Administrativo, quando designados para atuar nas operações de Agente de Trânsito e Transporte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 81/2022)
especiais definidas por ato do Poder Executivo Municipal. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
59/2013) § 3º O adicional de incentivo à prevenção e educação no trânsito não se incorpora ao vencimento do
servidor para nenhum efeito, bem como para cálculo de qualquer vantagem, exceto adicional de férias e
décimo terceiro salário.
Subseção XVI
Do Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito (Redação acrescida pela Lei Complementar
§ 3º O servidor não fará jus à percepção da vantagem de que trata este artigo nas seguintes
nº 59/2013)
hipóteses:

I - quando obtiver mais de 3 (três) faltas injustificadas no mês;


Art. 102-A O adicional de incentivo à prevenção e educação no trânsito é devido ao servidor municipal em
II - quando sofrer sanção disciplinar;
exercício na Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador - TRANSALVADOR, e tem por
finalidade o incentivo às ações de prevenção a sinistros e educação para o trânsito do cidadão usuário da
III - quando estiver em gozo das licenças previstas nos incisos V, VI, VII e VIII do art. 110 desta Lei
via pública e do transporte urbano, visando sempre o trânsito seguro.
Complementar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 81/2022)
Art. 102-A O Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito é devido ao servidor municipal
§ 4º O adicional de incentivo à prevenção e educação no trânsito será regulamentado por ato do
lotado e em exercício na Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) e na Diretoria-Geral de
Chefe do Poder Executivo, que poderá definir critérios que assegurem a efetividade das ações previstas
Transporte da Secretaria Municipal de Mobilidade (SEMOB), tendo por finalidade o incentivo às ações de
no caput. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 59/2013)
prevenção a sinistros e educação para o trânsito do cidadão usuário da via pública e do transporte
urbano, visando sempre ao trânsito seguro. (Redação dada pela Lei Complementar nº 61/2014)
§ 4º O Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito não se incorpora ao vencimento do
servidor para nenhum efeito, nem para cálculo de qualquer vantagem, exceto adicional de férias e décimo
§ 1º O adicional de incentivo à prevenção e educação no trânsito será concedido mensalmente em valor
terceiro salário. (Redação dada pela Lei Complementar nº 81/2022)
único para todos os servidores indicados no caput, e será calculado à base de 13% (treze por cento) sobre
o primeiro nível de vencimento do cargo de agente de fiscalização, na área de qualificação de agente de
§ 5º O Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito será regulamentado por ato do
fiscalização do trânsito e transporte.
Chefe do Poder Executivo, que poderá definir critérios que assegurem a efetividade das ações previstas
no caput. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 81/2022)
§ 1º O Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito será concedido mensalmente em
valor único para todos os servidores indicados no caput, e será calculado à base de 20% (vinte por cento)
sobre o primeiro nível de vencimento do cargo de Agente de Trânsito e Transporte, na área de
qualificação de Agente de Trânsito e Transporte. (Redação dada pela Lei Complementar nº 62/2014) CAPÍTULO III
DA ESTABILIDADE ECONÔMICA
§ 1º O Adicional de Incentivo à Prevenção e Educação no Trânsito será concedido mensalmente para (Vide Emenda Constitucional nº 103/2019 e o Art. 39, §9º, CF/1988)
todos os servidores indicados no caput, e será calculado:
Art. 103 O servidor público municipal, efetivo, após completar 10 (dez) anos consecutivos ou
I - até agosto de 2022, à base de 20% (vinte por cento) sobre o nível correspondente ao que o intermitentes, de exercício de cargo em comissão ou função de confiança, terá direito a continuar a
perceber, quando exonerado ou dispensado, a gratificação pelo exercício do cargo em comissão ou da
função de confiança, correspondente ao cargo ou função de maior hierarquia que tenha exercido § 4º A estabilidade econômica ocorrerá obedecendo ao valor do símbolo do cargo ou função,
ininterruptamente por, no mínimo, 2 (dois) anos, a título de estabilidade econômica. previsto na Lei nº 6149/2000 (Plano de Cargos e Vencimentos) que mais se aproxime do nível hierárquico
do cargo em comissão ou da função de confiança, exercidos na respectiva empresa pública ou sociedade
Art. 103 O servidor público municipal, efetivo, após completar 10 (dez) anos, consecutivos ou de economia mista, ou no Poder Legislativo, não podendo exceder o valor do símbolo correspondente ao
intermitentes, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, terá direito a perceber, cargo de maior hierarquia na administração direta, conforme tabela de correlação disponibilizada pelo
quando exonerado ou dispensado, a título de estabilidade econômica, valor correspondente a 50% Sistema Integrado de Recursos Humanos - SIR/SEAD. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2007)
(cinquenta por cento) do vencimento do cargo em comissão ou 100% (cem por cento) da gratificação
pelo exercício da função de confiança, em qualquer caso, de maior hierarquia, que tenha exercido, Art. 104 Se após a aquisição da estabilidade econômica, o servidor for nomeado ou designado para o
initerruptamente, no período estabelecido por no mínimo, 02 (dois) anos. (Redação dada pela Lei mesmo ou para outro cargo em comissão ou função de confiança, ser-lhe-á assegurada, sem prejuízo da
Complementar nº 7/1992) vantagem da estabilidade econômica, a percepção de gratificação pelo exercício de cargo em comissão
ou função de confiança, conforme o caso, nos seguintes percentuais:
§ 1º Será computado, para efeito de estabilidade econômica, o tempo de serviço prestado por
servidor municipal no exercício do Cargo de Secretário do Município ou de Procurador Geral do Município Art. 104 Se após a aquisição da estabilidade económica o servidor for nomeado para outro cargo em
do Salvador. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 26/1999) comissão ou função de confiança, ser-lhe-á assegurada, sem prejuízo da vantagem da estabilidade
econômica, a percepção de gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança,
§ 1º Será computado, para efeito de estabilidade econômica, o tempo de serviço prestado por conforme o caso, nos seguintes percentuais; (Redação dada pela Lei Complementar nº 35/2004)
servidor municipal no exercício do Cargo de Secretário do Município ou de Procurador Geral do Município
do Salvador, desde que exercido por no mínimo 12 (doze) meses ininterruptos. (Redação dada pela Lei I - 25% (vinte cinco por cento) incidente sobre o valor do vencimento do cargo em comissão que
Complementar nº 46/2007) esteja exercendo;

§ 1º Será computado, para efeito de estabilidade econômica o tempo de serviço prestado por II - 50% (cinquenta por cento) incidente sobre o valor da gratificação da função de confiança que
servidor público municipal no exercício dos Cargos de Secretário do Município, Procurador Geral do esteja exercendo.
Município do Salvador, Subsecretário Municipal, Subprocurador Geral do Município e Controlador Geral do
Município do Salvador, desde que exercido por, no mínimo, 12 (doze) meses ininterruptos. (Redação dada § 1º No caso de nomeação ou designação para o mesmo cargo em comissão ou função de confiança
pela Lei Complementar nº 53/2011) em relação ao qual se deu a estabilidade econômica, o servidor somente fará jus à gratificação referida
nos incisos I e II do artigo, conforme o caso, se decorridos, no mínimo, 12 (doze) meses entre a data da
§ 2º O valor da estabilidade econômica, nos casos em que o servidor municipal tenha exercido, no nova nomeação ou designação e aquela em que tenha sido exonerado ou dispensado do mesmo cargo
decênio, pelo período mínimo de 02 (dois) anos o Cargo de Secretário do Município ou de Procurador em comissão ou função de confiança.
Geral do Município, corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do vencimento do Cargo em Comissão de
Subsecretário do Município ou de Subprocurador Geral do Município, respectivamente. (Redação § 1º Havendo interesse da Administração Municipal na permanência do servidor no cargo em
acrescida pela Lei Complementar nº 26/1999) comissão ou função de confiança ocupado á data da aquisição do direito á estabilidade econômica, fica
dispensada a exoneração ou dispensa referida no art. 103, com direito á percepção do valor
§ 2º O valor da estabilidade econômica, nos casos em que o servidor municipal tenha exercido, no correspondente a estabilidade econômica a partir da data de publicação do ato de seu reconhecimento e
decênio, pelo período mínimo de 12 (doze) meses ininterruptos o Cargo de Secretário do Município ou de da gratificação prevista nos incisos I e II deste artigo, conforme o caso. (Redação dada pela Lei
Procurador Geral do Município, corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do vencimento dos Complementar nº 35/2004)
respectivos cargos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2007)
§ 2º Ao servidor em atividade que tenha estabilidade econômica e que vier a exercer, por mais de 02
§ 3º O tempo de serviço prestado por servidor efetivo, cedido para exercer cargo em comissão ou (dois) anos ininterruptos, cargo em comissão ou função de confiança de nível de vencimento ou de
função de confiança em empresa pública ou sociedade de economia mista do Município do Salvador, será gratificação mais elevado, fica assegurado o direito de alterar para este, o nível de situação de sua
computado para efeito de estabilidade econômica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº estabilidade, quando exonerado ou dispensado do respectivo cargo ou função.
45/2007)
§ 2º Ao servidor em atividade que tenha estabilidade econômica e que vier a exercer, por mais de 02
§ 3º O tempo de serviço prestado por servidor público municipal em cargo de comissão ou função de (dois) anos ininterruptos, cargo em comissão ou função de confiança de nível de vencimento ou de
confiança em empresa pública ou sociedade de economia mista do Município do Salvador, ou no Poder gratificação mais elevado, fica assegurado o direito de alterar para este o nível de situação de sua
Legislativo, será computado para efeito de estabilidade econômica e revisão da estabilidade econômica, estabilidade. (Redação dada pela Lei Complementar nº 37/2005)
conforme o caso. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2007)
§ 3º No caso de haver adquirido Estabilidade Econômica em cargo ou função de nível
§ 4º A estabilidade ocorrerá obedecendo ao valor do símbolo do cargo ou função previsto na Lei nº hierarquicamente inferior ao de cargo ou função para a qual venha a ser nomeado ou consignado, e
6149/2000 (Plano de Cargos e Vencimentos) que mais se aproxime do nível hierárquico do cargo em desde que o valor resultante do somatório da parcela correspondente à vantagem prevista no Art. 103
comissão ou da função de confiança exercidos na respectiva empresa pública ou sociedade de economia desta Lei e o da gratificação a que aludem os incisos I e II deste artigo, conforme o caso, seja inferior ao
mista, não podendo exceder o valor do símbolo correspondente ao cargo de maior hierarquia na valor da gratificação pelo exercício de cargo em comissão ou função de confiança que esteja ocupado,
administração direta, conforme tabela de correlação disponibilizada pelo Sistema Integrado de Recursos será assegurada ao servi dor a diferença entre o valor desta última e o daquele somatório, a título de
Humanos - SIRH/SEAD. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 45/2007) complementação da gratificação de que trata os Arts. 79 e 82 desta Lei, enquanto perdurar tal situação.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992)

§ 4º A parcela de que cuida o inciso I deste artigo será incorporada à remuneração do servidor
público municipal, para todos os efeitos legais, após 02 (dois) anos consecutivos de exercício do cargo em Art. 110 Conceder-se-á ao servidor público licença:
comissão no qual se deu a estabilidade econômica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
51/2010) I - para tratamento de saúde e por acidente em serviço;

§ 5º Adquirida a estabilidade econômica, o servidor que tiver optado pelo recebimento do valor II - à gestante, lactante e adotante;
integral do cargo de provimento em comissão poderá incorporar este valor, se continuar no exercício do
cargo por, pelo menos, mais 03 (três) anos. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 53/2011) III - em decorrência de paternidade;

IV - por motivo de doença em pessoa da família;


CAPÍTULO IV
V - para o serviço militar;
DAS FÉRIAS

VI - para concorrer a cargo eletivo;


Art. 105 O servidor público fará jus, anualmente, ao gozo de 30 (trinta) dias de férias.
VII - para desempenho de mandato classista;
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.
VIII - para tratar de interesses particulares;
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.
IX - prêmio ou especial.
§ 3º As férias serão programadas e concedidas, atendida a conveniência do serviço, pela autoridade
§ 1º As licenças previstas nos incisos VII e VIII, deste artigo, não se aplicam ao ocupante de cargo em
competente.
comissão ou de função de confiança.
§ 4º Nenhuma unidade administrativa poderá ter mais de 1/3 (um terço) de servidores em gozo de
§ 2º O servidor não integrante do quadro de pessoal de órgão ou entidade do Município, que esteja
férias, salvo nas hipóteses de férias coletivas, observando-se, sempre, o interesse do serviço.
no exercício de cargo em comissão, não terá direito ao gozo das licenças previstas nos incisos V, VI, VII e
VIII deste artigo.
Art. 106 O servidor público que opere direta e permanentemente aparelhos de Raio X ou com substâncias
radioativas gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade
§ 3º As licenças para tratamento de saúde e por acidente em serviço, à gestante, lactante e adotante
profissional, proibida, em qualquer hipótese, acumulação.
e por motivo de doença em pessoa da família serão precedidas de inspeção médica oficial do Município.
Art. 107 Quando razões de interesse público o exigirem, a autoridade competente poderá suspender a
Art. 111 AS licenças de que tratam os incisos I e IV do artigo anterior, serão concedidas por período de
concessão do gozo de férias, que deverá ser reprogramada para época oportuna.
duração máxima de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis tantas vezes quantas necessárias.
Art. 108 Em nenhuma hipótese o servidor poderá permanecer em serviço, sem gozo de férias, por
§ 1º Findo o prazo da licença para tratamento de saúde e por acidente em serviço, o servidor
período superior a 23 (vinte e três) meses.
retornará automaticamente ao exercício do seu cargo ou poderá submeter-se a nova perícia, cujo laudo
médico concluirá pela sua volta ao serviço, pela prorrogação da licença, pela readaptação ou pela
Parágrafo Único. Alcançado o período de 23 (vinte e três) meses sem gozo de férias, o servidor se
aposentadoria.
afastará do exercício das funções do seu cargo, comunicando o fato, por escrito, à autoridade
competente. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992)
§ 2º A licença para tratamento de saúde e por acidente em serviço poderá ser prorrogada a pedido ou
de ofício.
Art. 109 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna ou surto epidêmico, garantindo-se o reinicio imediato do seu gozo, tão logo cesse o motivo
§ 3º O pedido de prorrogação deve ser apresentado até 48 (quarenta e oito) horas antes de findo o
determinante da interrupção.
prazo da licença; se indeferido contar-se-á como de licença o período compreendido entre o dia de seu
término e o do conhecimento oficial do despacho denegatório.

CAPÍTULO V § 4º Quando o pedido de prorrogação for apresentado depois de findo o prazo da licença, o período
DAS LICENÇAS compreendido entre o dia de seu término e o do conhecimento oficial do despacho será considerado
como de falta injustificada.
Seção I
Das Disposições Gerais Art. 112 O servidor que se encontrar licenciado nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III, IV, VI e VII, do
Art. 110, desta Lei, não poderá durante o período, dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena
de cassação imediata da licença, com perda total da remuneração, até que reassuma o exercício do julgado inválido para o serviço público e se não puder ser readaptado. O tempo necessário à inspeção
cargo, sem prejuízo de outras penalidades disciplinares. médica será, excepcionalmente, considerado como de prorrogação da licença.

§ 1º Em se tratando de licença para tratamento de saúde de ocupante de dois cargos públicos, em § 2º O servidor poderá ser imediatamente aposentado por invalidez, caso a perícia efetuada por uma
regime de acumulação legal, a licença poderá ser concedida em apenas um deles, quando o motivo junta médica oficial de, no mínimo, 3 (três) médicos, concluir pela irrecuperabilidade de seu estado de
prender-se, exclusivamente, ao exercício de um dos cargos. saúde, e pela impossibilidade de permanecer em atividade.

§ 2º O servidor em licença para trato de interesses particulares não poderá exercer atividade Art. 117 No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observado o devido sigilo sobre
remunerada em outros órgãos ou entidades da administração do próprio Município, salvo a hipótese de os laudos e atestados médicos, em consonância com o que estabelece o código de ética médica, sem
acumulação legal, sob pena de cassação imediata da licença. prejuízo do acesso às informações básicas para efeito de controle estatístico das licenças e para
instrução de sindicâncias ou inquéritos administrativos.
§ 3º Na hipótese de acumulação legal prevista no parágrafo anterior, o servidor em licença para trato
de interesses particulares não poderá ter aumentada a sua carga horária normal no órgão ou entidade em Art. 117 No processamento das licenças para tratamento de saúde, será observado o devido sigilo sobre
que permaneça em exercício. os laudos e atestados médicos, em consonância com o que estabelece o código de ética médica, sem
prejuízo do acesso às informações básicas para efeito de controle estatístico das licenças e para
Art. 113 O servidor em licença médica não será obrigado a interrompê-la em decorrência dos atos de instrução de sindicâncias ou inquéritos administrativos.
provimento de que trata o Art. 92 desta Lei.
Parágrafo único. Para fins de concessão de benefícios previdenciários, nos laudos médicos emitidos
constará a identificação do CID e a causa da incapacidade, resguardado o sigilo do processo
administrativo, sob pena de responsabilização funcional do servidor que descumprir seu dever de sigilo.
Seção II
(Redação dada pela Lei Complementar nº 70/2018)
Da Licença Para Tratamento de Saúde e Por Acidente em Serviço

Art. 118 Considerado apto, em perícia médica, o servidor reassumirá imediatamente o exercício do seu
cargo, computando-se como faltas injustificadas os dias de ausência ao serviço.
Art. 114 Será concedida ao servidor público licença para tratamento de saúde e por acidente em serviço,
Art. 119 No curso da licença poderá o servidor requerer nova perícia, caso se julgue em condições de
a pedido ou de ofício, com base em perícia médica.
reassumir o exercício ou com direito à aposentadoria.
Parágrafo Único. Durante os primeiros 30 (trinta) dias de licença o servidor será remunerado pelos
Parágrafo Único. A qualquer tempo, no curso da licença, a perícia médica poderá, de ofício, reavaliar
cofres do Município; após esse prazo passará a perceber auxílio-doença a ser pago pelo órgão
o servidor.
previdenciário do Município, nas condições e valores determinados pela Lei de Seguridade Social do
servidor municipal suspendendo-se, automaticamente, o pagamento pelo órgão de origem. (Revogado
Parágrafo Único. A qualquer tempo, a perícia médica poderá, de ofício, proceder á reavaliação do
pela Lei Complementar nº 34/2003)
servidor, independentemente de estar ou não licenciado. (Redação dada pela Lei Complementar nº
34/2003)
Art. 114-A A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser
dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento. (Redação acrescida pela Lei
Art. 120 Ao servidor acometido de turbeculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
Complementar nº 78/2021)
hansenismo, psicose epiléptica, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado do mal de Paget (osteiste
Art. 115 A perícia a que se refere o artigo anterior será feita por médico do órgão oficial de inspeção do
deformante), síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) ou outras doenças que a lei indicar, com base
Município, na forma que dispuser o regulamento, inclusive para fins da concessão do auxílio-doença.
na medicina especializada, será concedida licença quando a inspeção médica, feita obrigatoriamente por
uma junta, não concluir pela necessidade imediata da aposentadoria.
Art. 115. A perícia a que se refere o artigo anterior será feita por médico do órgão oficial de inspeção do
Município ou por execução indireta, na forma que dispuser o regulamento, inclusive para fins da
Art. 120 Ao servidor acometido de tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira,
concessão do auxílio - doença. (Redação dada pela Lei Complementar nº 78/2021)
hansenismo, psicose epiléptica, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado do mal de Paget (osteíte
§ 1º Sempre que for necessária, a inspeção médica será feita na própria residência do servidor ou no
deformante), síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), mal de Alzheimer, esclerose múltipla,
estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
hepatite "C" ou outras doenças que a lei indicar, com base na medicina especializada, será concedida
licença quando a inspeção médica, feita obrigatoriamente por uma junta, não concluir pela necessidade
§ 2º A concessão de licença por prazo superior a 30 (trinta) dias dependerá de inspeção por junta
imediata da aposentadoria. (Redação dada pela Lei Complementar nº 46/2007)
médica oficial do Município.

Parágrafo Único. Em decorrência de qualquer das doenças previstas neste artigo, e que tenham sido
Art. 116 O servidor não poderá permanecer em licença para tratamento de saúde por prazo superior a 24
adquiridas após o SEU ingresso no serviço público do Município, será garantida ao servidor a percepção
(vinte e quatro) meses, exceto nos casos considerados recuperáveis, a critério da junta médica oficial.
de proventos integrais.
§ 1º Expirado o prazo previsto neste artigo, o servidor será submetido a nova perícia e aposentado, se
Art. 121 Para fins de concessão de licença, considera-se acidente em serviço o dano físico ou mental § 6º Será considerado falta grave o exercício de qualquer atividade remunerada e/ou o fato de a
sofrido pelo servidor, que se relacione direta ou indiretamente com o exercício das atribuições inerentes servidora manter a criança em creche ou organização similar, durante o período da licença. (Redação
ao cargo. acrescida pela Lei Complementar nº 47/2009)

§ 1º Equipara-se ao acidente em serviço o dano: § 6º A licença gestante de servidora temporária, contratada através do Regime Especial de Direito
Administrativo, e de servidora ocupante de cargo em comissão, ambas vinculadas ao Regime Geral de
a) decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício de suas atribuições; Previdência Social, será estendida por mais 60 (sessenta) dias consecutivos, sem prejuízo de sua
b) sofrido no percurso da sua residência para o trabalho ou vice-versa; remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 69/2017)
c) sofrido no percurso para o local de refeição ou de volta dele, no intervalo do trabalho.
§ 7º Apenas a extensão prevista no parágrafo anterior será custeada pelo Município do Salvador.
§ 2º O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao acidente sofrido pelo servidor que, por (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 69/2017)
interesse pessoal, tenha interrompido ou alterado o seu percurso.
§ 8º Nos casos de natimorto e aborto não criminoso, quando tratar de servidora mencionada na
Art. 122 A prova do acidente será feita em processo regular, devidamente instruído, inclusive hipótese do § 6º deste artigo, deverão ser observadas as regras estabelecidas pelo Regime Geral de
acompanhado de declaração das testemunhas do evento, cabendo à perícia médica do Município Previdência Social. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 69/2017)
descrever o estado geral do acidentado, mencionando as lesões produzidas, bem como as possíveis
consequências que poderão advir do acidente. Art. 124 Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a servidora lactante terá direito,
durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos, de meia hora cada. (Revogado pela Lei
Parágrafo Único. Cabe ao chefe imediato do servidor adotar as providências necessárias para o início Complementar nº 47/2009)
do processo regular de que trata este artigo, no prazo de 10 (dez) dias, contados do evento.
Art. 125 A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança com até 15 (quinze) dias de
nascimento terá direito a licença remunerada de 120 (cento e vinte) dias, para ajustamento do adotado
ao novo lar.
Seção III
Parágrafo Único. A partir do 15º dia de nascimento, a licença será concedida na seguinte proporção:
Da Licença à Gestante, à Lactente e à Adotante
a) Do 16º dia do nascimento até o 120º 90 (noventa) dias de licença;
b) Acima de 120 dias do nascimento até o limite máximo de 5 (cinco) anos - 30 (trinta) dias de
licença.
Art. 123 Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, a partir do
nascimento, sem prejuízo de sua remuneração.
Art. 125 A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, será concedida
licença maternidade visando o ajustamento do adotado no novo lar.
Art. 123Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, a partir do
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano, o período de licença será de
oitavo mês de gestação, de acordo com a sua conveniência ou por recomendação do órgão oficial de
120 (cento e vinte) dias.
inspeção médica do Município, sem prejuízo de sua remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar
§ 2º No caso de adoção ou guarda de criança a partir de 1 (um) ano e até 8 (oito) anos de idade, a
nº 7/1992)
licença maternidade será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º A licença maternidade só será concedida mediante apresentação do Termo Judicial de Guarda á
Art. 123 Será concedida licença á servidora gestante por 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, a partir
adotante ou guardiã. (Redação dada pela Lei Complementar nº 35/2004)
do oitavo mês de gestação, de acordo com a sua conveniência ou por recomendação do órgão oficial de
inspeção médica do Município, sem prejuízo de sua remuneração. (Redação dada pela Lei Complementar
Art. 125 O servidor que adotar ou obtiver guarda judicial de criança com até 1 (um) ano de idade terá
nº 47/2009)
direito à licença remunerada de 180 (cento e oitenta) dias para ajustamento do adotado ao novo lar. RE
778.889, rel. min. Roberto Barroso, julgamento em 10-3-2016, DJE de 1º-8-2016. (Informativo 817,
§ 1º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia imediato ao parto.
Plenário, Repercussão Geral)
§ 2º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de crianças a partir de 1 (um) ano até 8 (oito) anos de
médico e, se julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
idade, a licença será de 90 (noventa) dias.
§ 3º No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial ou particular, a servidora terá
§ 2º A licença adotante só será concedida mediante apresentação do Termo Judicial de Guarda á
direito a 30 (trinta) dias de licença para repouso.
adotante ou guardiã.
§ 4º À servidora gestante, durante o período de gravidez, e exclusivamente por recomendação do
§ 3º Em caso de adoção por cônjuges ou companheiros, ambos servidores públicos, a licença de que
Órgão oficial de inspeção médica do Município, é assegurado o desempenho de funções compatíveis com
trata o caput deste artigo será concedida na forma seguinte:
a sua capacidade laborativa, sem prejuízo de seu vencimento e demais vantagens.

a) ao servidor adotante que assim a requerer, nos prazos estabelecidos no caput e § 1º do artigo
§ 5º A licença quando requerida após o parto será concedida a partir da data do nascimento,
supra;
mediante a apresentação do registro civil. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 47/2009)
b) 05 (cinco) dias ao servidor, cônjuge ou companheiro adotante, que assim o requerer. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 47/2009)

Art. 129 O servidor terá direito à licença remunerada a partir do registro de sua candidatura e até o dia
Seção IV
seguinte ao da eleição, para a promoção de sua campanha a mandato eletivo, na forma da legislação
Da Licença Paternidade
eleitoral, sem prejuízo da percepção do seu vencimento e das vantagens de caráter permanente.

Parágrafo Único. Para a obtenção da licença a que se refere este artigo, é suficiente a apresentação
da certidão do registro da candidatura, fornecida pelo cartório eleitoral.
Art. 126 A licença-paternidade será concedida ao servidor pelo parto de sua esposa ou companheira,
para fins de dar-lhe assistência, durante o período de 5 (cinco) dias consecutivos, a contar do nascimento
do filho.
Seção VIII
Da Licença Para o Desempenho de Mandato Classista
Seção V
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 130 É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato em confederação,
associação ou sindicato representativo da sua categoria, sem prejuízo de seu vencimento e das vantagens
de caráter permanente.
Art. 127 O servidor poderá obter licença por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, pais, filhos e
Art. 130 É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato em confederação,
enteados mediante comprovação médica, desde que prove ser indispensável a sua assistência pessoal e
federação, associação de classe de âmbito nacional ou sindicato representativo da categoria, sem
que esta não poderá ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
prejuízo de seu vencimento e das vantagens de caráter permanente. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 7/1992)
§ 1º A comprovação da necessidade do acompanhamento do doente pelo servidor será feita através
da assistência social do Município.
§ 1º Ao ocupante de cargo em comissão ou exercente de função de confiança não se concederá a
licença de que trata este artigo.
§ 2º A licença será concedida, com vencimento e vantagens de caráter permanente até 6 (seis) meses,
consecutivos ou não, no período de 1 (um) ano, a contar do seu início; excedendo esse prazo, a licença
§ 1º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição.
será com 2/3 (dois terços) do vencimento e vantagens de caráter permanente até 12 (doze) meses,
(Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999)
quando cessa o direito a este tipo de licença, pela mesma causa.

§ 2º As entidades referidas no "caput" deste artigo terão que representar, exclusivamente, servidores
§ 3º Não se considera assistência pessoal ao doente a representação, pelo servidor, dos seus
públicos. (Suprimido pela Lei Complementar nº 11/1993)
interesses econômicos ou comerciais.

§ 2º As entidades referidas no caput deste artigo terão que representar, exclusivamente, servidores
públicos. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 26/1999)
Seção VI
Da Licença Para o Serviço Militar § 2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição. (§ 3º
transformado em § 2º pela Lei Complementar nº 11/1993)

§ 3º Ao ocupante de cargo em comissão ou exercente de função de confiança não se concederá a


Art. 128 Ao servidor que for convocado para o serviço militar obrigatório ou para outros encargos de licença de que trata este artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 26/1999)
segurança nacional, será concedida licença com vencimento e vantagens de caráter permanente, salvo se
optar pela remuneração do serviço militar.

Seção IX
§ 1º A licença será concedida à vista do documento que comprove a incorporação.
Da Licença Para Tratar de Interesses Particulares
§ 2º Concluído o serviço militar, o servidor terá o prazo de 10 (dez) dias para reassumir o exercício ao
cargo, findo o qual os dias de ausência serão considerados como de faltas injustificadas.

Art. 131 A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para tratar de
interesses particulares, sem remuneração, pelo prazo de até 2 (dois) anos consecutivos, não se
Seção VII computando, o tempo de licença para nenhum efeito.
Da Licença Para Concorrer a Cargo Eletivo
§ 1º Não será concedida licença para tratar de interesses particulares quanto tal concessão implicar
em reposição de servidor, seja a que título for. cômputo em dobro do tempo da licença, para efeito de aposentadoria. (Revogado pela Lei
Complementar nº 34/2003)
§ 2º O servidor aguardará em exercício a concessão da licença.

§ 3º Não se concederá nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, seja
CAPÍTULO VI
qual for o período da concessão inicial.
DO ABONO DE FALTAS

§ 4º A licença prevista neste artigo não será concedida ao servidor nomeado, antes de completar 2
(dois) anos de exercício, nem ao servidor que esteja respondendo a processo administrativo ou que esteja
Art. 135 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço.
obrigado à devolução ou indenização aos cofres públicos, a qualquer título.
I - por dois dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue,
Art. 132 A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor, na hipótese prevista
devidamente comprovada, e, por um dia, para apresentação obrigatória em órgão militar;
no § 2º do Art. 112 desta Lei, ou pela Administração, nos casos de calamidade pública, comoção interna
ou surto epidêmico.
I - Por 03 (três) dias em cada 06 (seis) meses de trabalho, e, caso de doação voluntária de sangue,
devidamente comprovada, e, por 01 (um) dia, para apresentação obrigatória em órgão militar; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 21/1997)
Seção X
Da Licença Prêmio ou Especial I - Por 03 (três) dias a cada 06 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue,
devidamente comprovada; e, por 01 (um) dia, para apresentação obrigatória em órgão militar. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 59/2013)

Art. 133 Após cada quinquênio de efetivo exercício no serviço público, contados na forma do Art. 140 I - por 01 (um) dia, a cada 06 (seis) meses de trabalho, no dia do evento, em caso de doação
desta Lei, o servidor fará jus a 3 (três) meses de licença-prêmio ou especial, como incentivo à assiduidade, voluntária de sangue, devidamente comprovada, e, por 01 (um) dia, para apresentação obrigatória em
com direito à percepção do seu vencimento e vantagens de caráter permanente. órgão militar. (Redação dada pela Lei Complementar nº 72/2019)

§ 1º Não se concederá licença prêmio ou especial se o servidor houver, em cada quinquênio: II - até 7 (sete) dias consecutivos, por motivo de:

I - sofrido pena de prisão, mediante sentença judicial; a) casamento;


b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados, menores
II - afastado por licença. sob sua guarda ou tutela e irmãos.

§ 2º Ressalvam-se do disposto no inciso II, do parágrafo anterior, as licenças prêmio ou especial, para
tratamento de saúde ou por acidente em serviço, à gestante, lactante e adotante, paternidade, para
CAPÍTULO VII
concorrer a cargo eletivo e para desempenho de mandato classista, cujos afastamentos, à exceção da
DO TEMPO DE SERVIÇO
licença prêmio ou especial, suspenderão a contagem do tempo para o período aquisitivo.

§ 2º Ressalvam-se do disposto no inciso II, do parágrafo anterior, as licenças prêmio ou especial; para
Art. 136 É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado à administração direta, às
tratamento de saúde ou por acidente sem serviço; à gestante, lactante e adotante; paternidade; por
autarquias e às fundações públicas do Município do Salvador, desde que remunerado.
motivo de doença em pessoa da família, quando remunerada; para concorrer a cargo eletivo e para
desempenhos de mandato classista, cujos afastamentos, à exceção da licença prêmio ou especial,
Art. 137 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, convertidos em anos, à razão de 365
suspenderão a contagem do tempo para o período aquisitivo. (Redação dada pela Lei Complementar nº
(trezentos e sessenta e cinco) dias por ano, salvo quando bissexto.
7/1992)
§ 1º Serão computados os dias de efetivo exercício à vista de registros próprios que comprovem a
§ 3º As faltas injustificadas ao serviço, bem como as decorrentes de penalidades disciplinares de
frequência do servidor.
suspensão, retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de 10 (dez) dias para
cada falta.
§ 2º Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão computados,
arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria. (Vide
§ 4º O gozo da licença prêmio ou especial ficará condicionado à conveniência do serviço, devendo,
decisão do STF - ADIN 609/DF)
entretanto, ser concedida em um período máximo de 18 (dezoito) meses, a contar da aquisição do direito.
Art. 138 Além das ausências ao serviço previstas no Art. 135 desta Lei, são consideradas como de efetivo
§ 5º O número de servidores em gozo simultâneo de licença prêmio ou especial não poderá ser
exercício, salvo nos casos expressamente definidos em lei específica, os afastamentos em virtude de:
superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.
I - férias;
Art. 134 O servidor que não desejar gozar do benefício da licença prêmio ou especial, terá direito ao
remunerada; (Revogado pela Lei Complementar nº 7/1992)
II - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
II - o tempo de serviço prestado a instituição de caráter privado que tiver sido transformada em
III - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, exceto para progressões entidade ou órgão do serviço público do Município;
horizontais e vertical;
III - o afastamento por aposentadoria ou disponibilidade;
IV - licença para o serviço militar;
IV - o período de cessão do servidor para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança
V - licença prêmio OU especial; na administração pública da União, do Distrito Federal, dos Territórios, dos Estados ou dos Municípios.

VI - licença à gestante, lactante e à adotante; Parágrafo Único. Será computado exclusivamente para aposentadoria o tempo de serviço prestado
pelo servidor em atividade privada, submetida ao regime previdenciário federal, hipótese em que os
VII - licença-paternidade; sistemas previdenciários se compensarão financeiramente.

VIII - licença para tratamento de saúde ou por acidente em serviço; Art. 142 É vedada a contagem cumulativa do tempo de serviço prestado, simultaneamente, em dois ou
mais cargos, funções ou empregos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios, dos
IX - licença para o desempenho de mandato classista, exceto para progressões horizontal e vertical; Municípios e às suas autarquias e fundações públicas.

IX - licença para o desempenho de mandato classista; (Redação dada pela Lei Complementar nº
78/2021)
CAPÍTULO VIII
DA DISPONIBILIDADE
X - licença para concorrer a cargo eletivo;

XI - participação em programa de treinamento regularmente instituído, inclusive em programa de


Art. 143 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
formação inicial que se constitui em segunda etapa do concurso público, bem como em caso de
remunerada, até o seu adequado aproveitamento em outro cargo.
aperfeiçoamento e especialização, desde que seja de interesse do serviço público e vinculado ao exercício
do cargo, quando devidamente autorizado o afastamento;
Art. 144 Restabelecido o cargo, ainda que modificada a sua denominação, nele será obrigatoriamente
aproveitado o servidor público posto em disponibilidade.
XII - participação em congressos ou em outros certames culturais, técnicos e científicos, quando
autorizado o afastamento.
Art. 145 O servidor público em disponibilidade que se tornar inválido será aposentado,
independentemente do tempo de serviço prestado.
XIII - interregna entre a exoneração de um cargo, dispensa ou rescisão de contrato com órgão público
do Município e o exercício em outro cargo público municipal, quando se constituir de dias não úteis.

XIV - afastamento preventivo, se inocentado ao final; CAPÍTULO IX


DO DIREITO DE PETIÇÃO
XV - prisão por ordem judicial quando vier a ser considerado inocente;

XVI - licença por motivo de doença em pessoa da família, no período em que for remunerada. Art. 146 Ao servidor público é assegurado o direito de:
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992)
I - requerer, para defesa de direito ou de interesse legítimo;
Parágrafo Único. Nas hipóteses dos afastamentos indicados nos incisos VI, VII, VIII, IX e X, deste
artigo, observar-se-á o disposto no § 2º do Art. 133 desta Lei. II - representar contra abuso ou desvio de poder e para preservar o princípio da legalidade,
moralidade, publicidade e impessoalidade dos atos administrativos;
Art. 139 O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para
os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade. III - pedir reconsideração do ato ou decisão;

Art. 140 Contar-se-á, para fins de percepção do adicional por tempo de serviço e gozo de licença prêmio, IV - recorrer a instância superior contra decisões de sua chefia.
o tempo de serviço prestado a órgãos ou entidades da administração direta, autárquica e fundacional do
Município. Parágrafo Único. O sindicato tem legitimidade para requerer, representar, pedir reconsideração ou
recorrer de decisões, para defesa dos direitos e interesses, coletivos, ou individuais da categoria de
Art. 141 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. servidores que representa.

I - o período de licença por motivo de doença em pessoa da família, no período em que for Art. 147 O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidir, em razão da matéria, e por
intermédio daquela a que o servidor estiver imediatamente subordinado. § 2º Suspensa a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante do prazo original, no dia em
que cessar a suspensão.
Art. 148 A representação será obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual
é interposta. Art. 155 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada por nenhuma autoridade.

Art. 149 O pedido de reconsideração será dirigido à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a Art. 156 O ingresso em juízo não determina a suspensão, na instância administrativa, do pleito formulado
primeira decisão, não podendo ser renovado. pelo servidor, salvo se assim o recomendar a Procuradoria Geral do Município.

Parágrafo Único. É de 15 (quinze) dias, contados a partir da ciência do ato ou da decisão, o prazo para Art. 157 Para o exercício do direito do petição, é assegurado ao servidor vista do processo administrativo
apresentação de pedido de reconsideração. ou documento, na unidade administrativa.

Art. 150 O requerimento ou o pedido de reconsideração deve ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias e Parágrafo Único. Ao advogado do servidor faculta-se vista do processo, nos termos da legislação
decidido dentro de 30 (trinta) dias. federal.

Art. 151 Cabe recurso: Art. 158 A administração pode rever seus atos e anulá-los, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.
I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
Art. 159 São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior,
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. devidamente justificado e provado.

§ 1º O recurso é dirigido à autoridade imediatamente superior àquela que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão recorrida e, sucessivamente em escala ascendente, às demais autoridades,
TÍTULO IV
considerado o Prefeito Municipal ou o Presidente da Câmara Municipal, conforme o caso, como instância
DO REGIME DISCIPLINAR
final.

§ 2º O recurso será encaminhado através da autoridade recorrida, que poderá reconsiderar a decisão CAPÍTULO I
ou mantendo-a, encaminhá-lo à autoridade superior. DOS DEVERES

§ 3º É de 30 (trinta) dias o prazo para interposição do recurso, a contar da publicação ou ciência, pelo
interessado, da decisão recorrida. Art. 160 Além do exercício das atribuições do cargo, são deveres do servidor público:

§ 4º O recurso será decidido no prazo de 30 (trinta) dias de sua interposição. I - lealdade às instituições constitucionais e administrativas a que servir;

Art. 152 O pedido de reconsideração ou o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da II - observância das normas legais e regulamentares;
autoridade recorrida, em despacho fundamentado.
III - cumprimento das ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
Parágrafo Único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da
decisão retroagirão à data do ato ou decisão impugnada. IV - atendimento, com presteza e correção:

Art. 153 O direito de pleitear na esfera administrativa prescreve: a) ao público em geral;


b) à expedição de certidão requerida para a defesa de direito e esclarecimento de situações;
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou c) às requisições para a defesa da fazenda pública.
aos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;
V - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do
II - em 2 (dois) anos, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalha, contados da data da cargo;
exoneração ou demissão;
VI - zelar pela economia e conservação do patrimônio público que lhe for confiado;
III - em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei;
VII - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
Art. 154 O prazo da prescrição contar-se-á da data da publicação oficial do ato impugnado ou da data da
ciência pelo interessado, com prevalência da que primeiro ocorrer. VIII - ser assíduo e pontual ao serviço;

§ 1º O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a prescrição. IX - proceder com urbanidade;
X - providenciar para que esteja sempre em ordem, no assentamento funcional, a sua declaração de o horário de trabalho.
família;

XI - representar contra ilegalidade, abuso ou desvio de poder.


CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES Art. 162 Ressalvados os casos previstos na Constituição Federal, é vedada a acumulação remunerada de
cargos, empregos ou funções públicas.

Art. 161 Ao servidor público é proibido: § 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados,
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização; dos Territórios e dos Municípios.

II - retirar, sem previa anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade
repartição; de horários.

III - recusar fé a documentos públicos; Art. 163 O servidor que acumular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, a menos que um deles apresente
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo de execução de serviço; em relação ao cargo comissionado o requisito de compatibilidade de horários, hipótese em que se
manterá afastado apenas de um cargo efetivo.
V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades e atos da administração pública,
em informação, parecer ou despacho, admitindo-se, porém, a crítica sob o ponto de vista doutrinário ou Art. 164 Verificada, em processo administrativo, a acumulação proibida, e provada a boa fé, o servidor
da organização do serviço, em trabalho assinado; optará por um dos cargos, empregos ou funções.

VI - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de § 1º Provada a má-fé, o servidor perderá os cargos, empregos ou funções que venha exercendo e
emergência e transitórias; restituirá aos cofres públicos o que tiver percebido indevidamente.

VII - obrigar outro servidor a filiar-se à associação profissional ou sindical, ou a partido político; § 2º Na hipótese do parágrafo anterior, e sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido em
outro órgão ou entidade, fora do âmbito do Município, a demissão será comunicada ao órgão ou
VIII - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; entidade para as providências necessárias.

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem;


CAPÍTULO IV
X - participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil ou exercer
DAS RESPONSABILIDADES
comércio, e nessa qualidade, transacionar com o Município;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de
Art. 165 O servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
benefícios previdenciários ou assistenciais de parente até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
atribuições.

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas
Art. 166 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte
atribuições;
em prejuízo à fazenda pública, inclusive autarquias ou fundações públicas ou a terceiros.

XIII - praticar usura, sob qualquer de suas formas;


§ 1º A indenização de prejuízo causado à fazenda pública, inclusive autarquias ou fundações públicas,
salvo no caso de dolo ou falta grave, poderá ser feita na forma prevista no parágrafo único do Art. 63
XIV - proceder de forma desidiosa;
desta Lei.

XV - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda pública,
encargo que seja da sua competência ou de seu subordinado;
inclusive autarquias e fundações públicas, em ação regressiva.

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;


§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores do servidor e contra eles será
executada até o limite do valor da herança recebida.
XVII - exercer qualquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com
Art. 167 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor, nessa
qualidade. I - crime contra a administração pública;

Art. 168 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no II - abandono de cargo;
desempenho do cargo ou função.
III - inassiduidade habitual;
Art. 169 As sanções civis, penais e disciplinares poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes
entre si. IV - improbidade administrativa;

Art. 170 A absolvição criminal só afasta a responsabilidade civil ou administrativa do servidor se concluir V - incontinência pública, conduta escandalosa e embriaguez habitual;
pela inexistência do fato ou lhe negar autoria.
VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviços a servidor ou a particular salvo em legítima defesa própria ou de
CAPÍTULO V
outrem;
DAS PENALIDADES

VIII - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;


Art. 171 São penas disciplinares:
IX - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio público municipal;
I - advertência;
X - corrupção;
II - suspensão;
XI - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, quando comprovada a má fé;
III - demissão;
XII - transgressão a qualquer dos incisos IX, XII, XV e XVII, do Art. 161, desta Lei.
IV - cassação de disponibilidade ou aposentadoria;
Art. 177 A demissão, nos casos dos incisos IV, IX e X, do artigo anterior, implicará na indisponibilidade dos
bens e no ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.
V - destituição de cargo em comissão ou função de confiança.

Art. 178 Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço, por mais de 30
Art. 172 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
(trinta) dias consecutivos.
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes o os antecedentes funcionais do servidor.
Art. 179 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 (sessenta)
dias, interpoladamente, durante o período de 12 (doze) meses.
Art. 173 A advertência será aplicada, por escrito, nos casos de violação de proibição constante dos
incisos I a VIII, do Art. 161 desta Lei, de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou
Art. 180 O ato de imposição de penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção
norma interna, e nos de desobediência a ordem superior, exceto quando manifestamente ilegal, que não
disciplinar.
justifique imposição de penalidade mais grave.

Parágrafo Único. A demissão será aplicada com a nota "a bem do serviço público" quando decorrente
Art. 174 A suspensão será aplicada em caso de reincidência específica das faltas punidas com
da transgressão de qualquer dos incisos I, IV, IX e X do Art. 176, ou quando houver circunstância agravante
advertência e em caso de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a pena de
prevista no Art. 184 desta Lei.
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Art. 181 Será cassada a disponibilidade ou aposentadoria do servidor que houver praticado, na atividade,
Parágrafo Único. Será punido com suspensão de 15 (quinze) dias, o servidor que injustificadamente,
falta punível com a demissão, ou que no prazo legal não entre em exercício do cargo em que tenha
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade, competente, cessando os
revertido ou sido aproveitado, uma vez provada, em processo disciplinar, a inexistência de motivo justo.
efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Art. 182 Será destituído o ocupante de cargo em comissão ou função de confiança que pratique infração
Art. 175 As penalidades de advertência de suspensão terão seus registros cancelados após decurso de 3
disciplinar punível com suspensão ou demissão.
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar.
Art. 183 A demissão incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público, dependendo
das circunstâncias atenuantes ou agravantes, pelo período de:
Parágrafo Único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos para a auferição de
quaisquer direitos ou vantagens.
I - 5 (cinco) a 10 (dez) anos, quando for qualificada;
Art. 176 A demissão será aplicada ao servidor nos seguintes casos:
II - 2 (dois) a 4 (quatro) anos, quando for simples.
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
Art. 184 São circunstâncias agravantes da pena:
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
I - a premeditação;
§ 1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
II - a reincidência;
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas
III - o conluio; também como crime.

IV - a continuação; § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo administrativo disciplinar suspende a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
V - o cometimento do ilícito;
§ 4º Suspenso o curso da prescrição, este recomeçará a correr, pelo prazo restante, a partir do dia em
a) mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte o processo disciplinar; que cessar a suspensão.
b) com abuso de autoridade;
c) durante o cumprimento da pena;
d) em público.
TÍTULO V
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 185 São circunstâncias atenuantes da pena:

I - tenha sido mínima a cooperação do servidor no cometimento da infração; CAPÍTULO I


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
II - tenha o servidor:

a) procurado, espontaneamente e, com eficiência, logo após o cometimento da infração, evitar-lhe Art. 188 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua

ou minorar-lhe as consequências ou ter, antes do julgamento, reparado o dano civil; apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado
b) cometido a infração sob coação de superior hierárquico a quem não tenha podido resistir, ou sob ampla defesa.
influência de emoção violenta, provocada por ato injusto de terceiros;
c) confessado espontaneamente a autoria da infração ignorada ou imputada a outrem; Art. 189 As denúncias sobre irregularidade serão objeto de apuração, desde que confirmada a

d) mais de 5 (cinco) anos de serviço com bom comportamento, antes da infração. autenticidade.

Art. 186 As penas disciplinares serão aplicadas: Parágrafo Único. Quando o fato narrado não configurar infração disciplinar ou ilícito penal, a
denúncia será arquivada, por falta de objeto.
I - pelo Prefeito Municipal, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo dirigente superior de
autarquia ou fundação pública, quando se tratar de demissão de servidor, vinculado ao respectivo Poder Art. 190 A apuração da irregularidade poderá ser efetuada:
ou entidade;
I - de modo sumário, se o caso configurado for passível de aplicação da penalidade prevista no inciso
II - pelo secretário municipal ou autoridade equivalente, quando se tratar de suspensão superior a I, do Art. 171 desta Lei, quando a falta for confessada, documentalmente provada ou manifestamente
trinta dias; comprovada;

III - pelo chefe da repartição e outras autoridades, na forma dos respectivos regimentos ou II - através de sindicância, como condição preliminar a instauração de processo administrativo, em
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão por até 30 (trinta) dias; caráter obrigatório, nos casos cujo enquadramento ocorra nos incisos II a V, do Art. 171 desta Lei;

IV - pela autoridade que houver feito a nomeação ou designação, quando se tratar de demissão de III - por meio de processo administrativo, sem preliminar, quando a falta enquadrada em um dos
cargo em comissão ou destituição de função de confiança; dispositivos aludidos no inciso anterior for confessada, documentalmente provada ou manifestamente
comprovada.
V - pela autoridade competente para nomear ou aposentar, quando se tratar de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade.
CAPÍTULO II
Art. 187 A ação disciplinar prescreverá: DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou


disponibilidade e destituição de cargo em comissão ou de função de confiança; Art. 191 Decorrido o prazo previsto nos Arts. 196 e 202, desta Lei, sem que seja apresentado o relatório
correspondente, a autoridade competente deverá promover a responsabilização dos membros da dias, a partir da data do recebimento do relatório.
comissão respectiva. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992, e alterada a numeração dos
artigos subsequentes)

CAPÍTULO IV
Art. 192 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
irregularidade, a autoridade instauradora do processo administrativo disciplinar poderá ordenar o seu
afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
Art. 200 O processo administrativo disciplinar será instaurado por determinação do secretário municipal
Parágrafo Único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus
ou autoridade equivalente, da autoridade competente da Câmara Municipal ou do dirigente superior das
efeitos, ainda que não concluído o processo.
autarquias e fundações públicas.

Parágrafo Único. O processo precederá a aplicação das penas previstas no Art. 171, ressalvado o
CAPÍTULO III disposto no inciso I, do Art. 190 desta Lei.
DA SINDICÂNCIA
Art. 201 Promoverá o processo uma comissão designada pela autoridade que houver determinado a sua
instauração, e que será composta por 3 (três) servidores estáveis, de reconhecida experiência
Art. 193 A sindicância será instaurada por ordem do chefe da unidade administrativa a que estiver administrativa e funcional, vedada a designação do chefe imediato do servidor para essa finalidade.
subordinado o servidor, podendo constituir-se em peça ou fase do processo administrativo respectivo.
§ 1º Do ato de designação constará a indicação do membro da comissão que deverá presidi-la.
Promoverá a sindicância uma comissão designada pela autoridade que a houver determinado,
Art. 194
composta de 3 (três) servidores estáveis, de reconhecida experiência administrativa e funcional. § 2º A comissão será secretariada por um servidor estável, designado pelo presidente da comissão.

§ 1º Ao designar a comissão, a autoridade indicará, dentre os seus membros, o respectivo presidente. § 3º A comissão, sempre que necessário, dedicará todo o tempo do expediente aos trabalhos do
processo administrativo.
§ 2º O presidente da comissão designará um dos membros para secretariá-la, sem prejuízo do direito
de voto. Art. 202 O processo administrativo deverá ser iniciado dentro de 3 (três) dias, contados da publicação do
ato designatório dos membros da comissão, no diário oficial do Município, e deverá estar concluído no
Art. 195 A comissão, sempre que necessário, dedicará todo tempo do expediente aos trabalhos da prazo de 60 (sessenta) dias, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o
sindicância. exigirem.

Art. 196 A sindicância administrativa deverá ser iniciada dentro de 3 (três) dias, contados da ciência do Parágrafo Único. As reuniões da comissão serão registradas em atas, que deverão detalhar as
ato designatório dos membros da comissão, e será concluída no prazo de até 30 (trinta) dias, deliberações adotadas.
improrrogáveis.
Art. 203 Na fase do processo, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,
Art. 197 A comissão deverá ouvir as pessoas que tenham conhecimento ou que possam prestar investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a
esclarecimentos a respeito do fato, bem como proceder a todas as diligências que julgar convenientes à técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.
sua elucidação.
Art. 204 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio
Art. 198 Ultimada a sindicância, remeterá a comissão, à autoridade que a instaurou, relatório que de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e formular quesitos, quando se tratar de
configure o fato, indicando o seguinte: prova pericial, inclusive indicando assistente técnico.

I - se há irregularidade cometida ou não; § 1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
II - caso haja, quais os dispositivos legais violados e se há presunção de autoria.
§ 2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independa de
Parágrafo Único. O relatório não deverá propor qualquer medida, excetuada a de abertura de conhecimento especial de perito.
processo administrativo, limitando-se a responder aos quesitos deste artigo.
Art. 205 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo presidente da
Art. 198 Decorrido o prazo previsto no Art. 195 desta Lei, sem que seja apresentado o relatório, a comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
autoridade competente deverá promover a responsabilidade dos membros da comissão. (Excluído deste
Capítulo, e transferido para o Capítulo I, em forma de Art. 191, pela Lei Complementar nº 7/1992) Parágrafo Único. Se a testemunha for servidor público, o mandado será feito através do chefe da
repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquirição.
Art. 199 A autoridade competente deverá pronunciar-se sobre a sindicância no prazo máximo de 10 (dez)
Art. 206 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha
trazê-lo por escrito. § 2º Para defender o indiciado revel, o presidente da comissão designará um servidor estável para
atuar como defensor dativo, de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.
§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
Art. 213 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais
§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á a acareação entre dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
os depoentes.
§ 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§ 3º A reinquirição das testemunhas pelo procurador do acusado somente poderá ser feita por
intermédio do presidente da comissão. § 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou
regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.
Art. 207 Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado,
observados os procedimentos previstos nos Arts. 205 e 206 desta Lei. Art. 214 O processo disciplinar, com o relatório da comissão será remetido à autoridade que determinou
sua instauração, para julgamento.
§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.
CAPÍTULO V
§ 2º O procurador do acusado poderá assistir ao seu interrogatório, sendo-lhe vedado interferir nas
DO JULGAMENTO
perguntas e respostas.

Art. 208 Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
Art. 215 No prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento do processo a autoridade julgadora
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial do Município, da qual participará,
proferirá a sua decisão.
pelo menos, um médico psiquiatra.
§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade que determinou a instauração do
Parágrafo Único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apensado ao
processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
processo principal, após a expedição do laudo pericial.
§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade
Art. 209 Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com especificação dos
competente para a imposição da pena mais grave.
fatos a ele imputados e das respectivas provas.
§ 3º Se a penalidade prevista for a de demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o
§ 1º O indiciado será citado, por mandado expedido pelo presidente da comissão, para apresentar
julgamento caberá ao Prefeito Municipal, ao Presidente da Câmara ou ao dirigente superior da autarquia
defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição, observando
ou fundação pública.
o disposto no Art. 157 e seu parágrafo desta Lei.
Art. 216 A autoridade julgadora deverá acatar o relatório da comissão, salvo quando contrário à prova
§ 2º O prazo de defesa poderá ser prorrogado, pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
dos autos.

§ 3º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa
Parágrafo Único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade
contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação ou por
julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor
quem for designado para tal providência.
público de responsabilidade.

Art. 210 O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá
Art. 217 Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou
ser encontrado.
parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.

Art. 211 Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no diário
Parágrafo Único. A autoridade julgadora designará nova comissão se considerar que os fatos não
oficial do Município, por 03 (três) vezes consecutivas e 01 (uma) vez em jornal de grande circulação, para
foram devidamente apurados, reabrindo-se, em consequência, todos os prazos do processo
apresentar defesa.
administrativo.

Parágrafo Único. Na hipótese deste artigo o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias, a partir da
Art. 218 O julgamento fora do prazo não implica em nulidade do processo.
última publicação do edital.
Art. 219 Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
Art. 212 Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo
assentamentos individuais do servidor público.
legal.
Art. 220 Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo administrativo disciplinar será
§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando traslado na repartição.
Art. 221 O servidor que responde a processo administrativo disciplinar somente poderá ser exonerado do
cargo, a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e cumprimento da § 2º Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da penalidade imposta.
penalidade aplicada, se for o caso, e se esta não importar em demissão.

Art. 222 As decisões proferidas em processos administrativos serão, obrigatoriamente, publicadas no


TÍTULO VI
diário oficial do Município.
DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
DA REVISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Art. 232 O Município manterá, através de órgão próprio, Plano de Previdência e Assistência Social para o
Art. 223 O processo administrativo disciplinar poderá ser revisto, a pedido ou de ofício, observada a
servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, submetido ao regime jurídico de que
prescrição prevista no Art. 187 desta Lei, quando forem aduzidos fatos ou circunstâncias susceptíveis de
trata esta Lei, e para os seus dependentes.
justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da penalidade aplicada.
§ 1º O Plano de Previdência o Assistência Social visa dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o
Parágrafo Único. Tratando-se de servidor falecido, desaparecido ou incapacitado para requerer, a
servidor e seus dependentes, assegurando os meios indispensáveis à sua manutenção, por motivo de
revisão poderá ser solicitada por qualquer pessoa, que comprove legítimo interesse.
incapacidade, acidente em serviço, idade avançada, tempo de serviço, doenças, encargos familiares e
prisão ou morte daquele de quem dependiam economicamente.
Art. 224 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.
§ 2º O Plano de que trata este artigo será definido na Lei de Seguridade Social dos Servidores Públicos
Art. 225 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão, que
do Município, que conterá os benefícios, de caráter pecuniário, e os serviços, de caráter assistencial, a
requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.
seguir discriminados:

Art. 226 O requerimento de revisão, devidamente instruído, será dirigido ao Chefe do Poder competente,
I - quanto ao servidor:
que decidirá sobre o pedido.
a) aposentadoria;
§ 1º Deferida a revisão, o Chefe do Poder competente despachará o requerimento ao órgão ou
b) amparo à invalidez;
entidade onde se originou o processo, para a constituição da comissão, na forma prevista no Art. 201
c) amparo à velhice;
desta Lei.
d) auxílio-natalidade;
e) salário-família;
§ 2º É impedido de funcionar na revisão quem integrou a comissão do processo administrativo.
f) auxílio-doença;

Art. 227 A revisão correrá em apenso ao processo originário.


II - quanto aos dependentes:

Art. 228 A comissão revisora terá o prazo de até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos,
a) pensão;
prorrogável por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
b) pecúlio;
c) auxílio-funeral;
Art. 229 Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e os procedimentos
d) auxílio-reclusão;
próprios da comissão do processo administrativo.

III - quanto ao servidor e aos seus dependentes:


Art. 230 O julgamento da revisão caberá ao Chefe do Poder que a deferiu, e será feito no prazo de 30
(trinta) dias, do recebimento do processo.
a) assistência médico-hospitalar;
b) assistência odontológica;
Parágrafo Único. Antes do julgamento, poderá a autoridade determinar a realização de diligências,
c) assistência social;
com a interrupção do prazo fixado no "caput" deste artigo, que começará a correr pelo seu início, quando
d) assistência financeira.
concluídas as diligências.
§ 3º Durante o período em que o servidor estiver auferindo o auxílio-doença, o seu afastamento
Art. 231 Julgada procedente a revisão, a autoridade competente poderá alterar a classificação da falta
funcional rege-se, para todos os efeitos, pelas normas estabelecidas nesta Lei.
disciplinar, modificando a pena, absolver o servidor ou anular o processo.
§ 4º Os serviços indicados no inciso III, deste artigo, poderão ser prestados diretamente pelo órgão
§ 1º A absolvição implicará no restabelecimento de todos os direitos perdidos pelo servidor em
previdenciário do Município, ou através de convênio, na forma estabelecida em regulamento.
virtude da penalidade aplicada, exceto em relação à destituição de cargo em comissão ou de função de
confiança, hipótese em que ocorrerá apenas a conversão da penalidade em exoneração.
Art. 233 Todos os servidores, submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, são segurados ato.
obrigatórios da Previdência Social do Município, mediante contribuição.
Parágrafo Único. Na hipótese de aposentadoria com base no inciso III, alíneas "a" e "b", do Art. 234
Parágrafo Único. O servidor cedido, nos termos dos Art. 53 e 54, continuará contribuindo para o desta Lei, o servidor que a requerer, juntando certidão do tempo de serviço, expedida pelo órgão
regime de previdência de que trata esta Lei. competente, será afastado do exercício de suas funções a partir da protocolização do pedido,
considerando-se como de licença remunerada o período compreendido entre o afastamento e a
publicação do respectivo ato.
CAPÍTULO II
Parágrafo Único - Na hipótese de aposentadoria com base no inciso III, alíneas "a" e "b" do art. 234
DA APOSENTADORIA
desta Lei, o servidor interessado, juntando certidões de tempo de serviço e de contribuição, expedidas
pelo órgão competente, será afastado do serviço, mediante requerimento, sem prejuízo da renumeração,
até a publicação do respectivo ato aposentador, desde que observadas uma das seguintes condições:
Art. 234 O servidor público será aposentado:

I - quando submetido o processo instruído para análise da Procuradoria Geral do Município de


I - por invalidez permanente, com proventos integrais, quando motivada por acidente em serviço,
Salvador, o competente parecer jurídico não for emitido no prazo de 90 (noventa) dias, hipótese em que
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas no Art. 120, desta Lei, e,
ficará o servidor sujeito ao ressarcimento ao erário se o direito à aposentadoria não for reconhecido;
proporcionais, nos demais casos;

II - quando, depois de emitido o parecer de que trata o inciso I, o ato aposentador não for expedido
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
em até 60 (sessenta) dias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 68/2017)
serviço;

Art. 237 Os proventos da aposentadoria serão fixados de acordo com a legislação previdenciária do
III - voluntariamente:
Município, obedecido o limite máximo de remuneração estabelecida no Art. 61 desta Lei.
a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta), se mulher, com proventos
Art. 238 Os critérios de revisão dos proventos ou rendas mensais na inatividade, na forma da Lei,
integrais;
obedecerão, além do disposto no parágrafo único do Art. 57 desta Lei, aos seguintes princípios:
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em função de magistério, se professor, e aos 25 (vinte e
cinco), se professora, com proventos integrais;
I - os reajustamentos dos proventos ou rendas mensais na inactividade dar-se-ão na mesma data e na
c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
mesma proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em actividade, em relação a
proporcionais ao tempo de serviço;
todos quantos, em igualdade de condições, estiverem situados encargos iguais, transformados ou
d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos
reclassificados;
proporcionais ao tempo da serviço.

II - extensão aos inativos de quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos


§ 1º Nos casos de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, Lei
servidores em atividade.
Complementar Federal poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas "a" e "c", deste
artigo.

§ 2º O ocupante de cargo de provimento em comissão será aposentado quando invalidado em TÍTULO VII
serviço, em virtude de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
incurável, especificadas no Art. 120, desta Lei.
CAPÍTULO ÚNICO
§ 3º O servidor que tenha estado investido em cargo de provimento em comissão durante 35 (trinta e
cinco) anos, mesmo interrompidos, se do sexo masculino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo feminino, fará jus
à aposentadoria.
Art. 239 O dia do servidor público será comemorado a 28 de outubro.

§ 4º Os proventos da aposentadoria a que se referem os §§ 2º e 3º deste artigo, serão definidos na


Art. 240 Podem ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, das autarquias e das
Lei de Seguridade Social do Município e terão por base o vencimento do cargo em comissão ou a
fundações públicas do Município, além dos previstos nos respectivos planos de carreira e vencimentos, os
gratificação prevista no Art. 79, desta Lei.
seguintes incentivos funcionais:

Art. 235 A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a partir do dia
I - prêmios pela apresentação do ideias, inventos ou trabalhos que favoreçam o aumento da
imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.
produtividade e a redução de custos operacionais;

Parágrafo Único. O servidor não poderá, sob qualquer pretexto, permanecer no serviço ativo a partir
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecorações e elogios a servidores que
do dia imediato em que completar 70 (setenta) anos de idade.
se tenham destacado por relevantes serviços prestados à administração pública;

Art. 236 A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo
III - Acréscimo Salarial (AS) atribuído aos Servidores do Poder Legislativo, obedecidos os critérios e Art. 248 A movimentação dos saldos das contas dos servidores optantes pelo Fundo de Garantia por
limites definidos no Decreto Legislativo nº 440/91. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 4/1991) Tempo de Serviço, bem assim a das contas dos servidores não-optantes, obedecerá ao que dispuser a
legislação federal, inclusive no tocante aos recolhimentos das contribuições pertinentes e demais
Art. 241 Os prazos previstos nesta Lei são contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e obrigações do Município.
incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido no
dia em que não haja expediente. Art. 249 Os servidores que antes do advento desta Lei não eram segurados da Previdência Social do
Município passam a contribuir para o IPS na forma e percentuais atualmente estabelecidos, até a edição
Art. 242 Por motivo de crença religiosa ou convicção política ou filosófica, nenhum servidor poderá ser da nova Lei de Seguridade Social dos Servidores Públicos do Município.
privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do
cumprimento de seus deveres. Art. 250 O servidor regido pela Consolidação das Leis do Trabalho, da administração direta, autárquica ou
fundacional do Município, aposentado antes da vigência desta Lei, continuará submetido ao regime geral
Art. 243 É assegurado ao servidor público o direito à livre associação sindical. da previdência social a que se vinculava, para todos os efeitos legais.

Art. 244 O direito de greve será exercido nos termos e limites definidos em Lei Complementar Federal. Art. 251 Até o advento da nova Lei de Seguridade Social a que se refere o § 2º, do Art. 232 desta Lei, os
benefícios previdenciários e os serviços assistenciais dos servidores municipais continuarão regidos pela
Art. 245 Considera-se família do servidor, além do cônjuge e filhos, pessoas que vivam às suas expensas, LEI Nº 2456, de 15 de janeiro de 1973, com as alterações posteriores.
quando devidamente comprovado.
Parágrafo Único. O salário família, até a edição da nova Lei de Seguridade Social, será pago na forma
Parágrafo Único. Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro que comprove união e condições estabelecidas nos planos de carreira e vencimentos.
estável como entidade familiar.
Art. 252 Aos servidores integrantes do Grupo Magistério aplicam-se, subsidiária e complementarmente,
as disposições desta Lei.
TÍTULO VIII
Parágrafo Único. Dentro de 120 (cento e vinte) dias, a contar da vigência desta Lei, o Chefe de Poder
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Executivo encaminhará a Câmara Municipal Projetos de Lei instituindo um novo Estatuto e Plano de
Carreira e Vencimentos dos servidores do Grupo Magistério.
CAPÍTULO ÚNICO
Art. 253 Os adicionais e as gratificações atualmente atribuídos aos servidores, e não previstos no Art. 78
desta Lei, serão automaticamente extintos, quando da implantação do Plano de Carreira e Vencimentos
Art. 246 Os atuais servidores, regidos pela Lei nº 403, de 18 de agosto de 1953, ou pela Consolidação das dos servidores da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo, observados os
Leis do Trabalho, da administração direta, das autarquias ou das fundações públicas do Município, ficam princípios estabelecidos no parágrafo único do Art. 57 e no Art. 59, desta Lei.
submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei.
Parágrafo Único. Excetuam-se do disposto neste artigo as gratificações e os adicionais inerentes aos
§ 1º Excluem-se do disposto neste artigo os contratados por prazo determinado, os bolsistas, os servidores do Grupo Magistério, até a implantação do respectivo Plano de Carreira e Vencimentos.
estagiários, os credenciados, os prestadores de serviço e os ocupantes de outras funções temporárias.
Art. 254 Dentro de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da vigência desta Lei, deverá ser apresentado
§ 2º OS contratos de trabalho dos servidores referidos no "caput" deste artigo ficam Projeto de Decreto Legislativo dispondo sobre o Plano de Carreira e Vencimentos dos servidores da
automaticamente extintos. Câmara Municipal do Salvador.

§ 3º Os empregos dos servidores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho ficam transformados Parágrafo Único. Os adicionais e as gratificações atualmente atribuídos aos servidores da Câmara
em cargos públicos e os seus atuais ocupantes ficam nos mesmos enquadrados. Municipal do Salvador, e não previstos no Art. 78 desta Lei, serão automaticamente extintos, quando da
implantação do Plano de Carreira e Vencimentos a que alude o "caput" deste artigo.
§ 4º Os servidores integrantes do Grupo Magistério, cujos empregos foram transformados em cargos
públicos na forma do § 3º deste artigo, passam a ser regidos pela Lei nº 3594, de 19 de dezembro de 1985 Art. 255 Ao servidor público municipal que se encontra no exercício de cargo em comissão ou função de
e legislação posterior. confiança, com data anterior a 31.12.90, e que, até o final de 1991, vier a completar o tempo do
permanência requerida, até a data de publicação desta Lei, para auferição da estabilidade econômica em
§ 5º O tempo de serviço do servidor público municipal em exercício de cargo em comissão ou função cargo ou função, fica assegurado o direito à percepção da vantagem prevista no Art. 103 desta Lei,
de confiança, anterior à publicação desta Lei, será contado para fins de obtenção do direito à estabilidade segundo os critérios e condições até então vigentes.
econômica, prevista nos Arts. 103 e 104 desta Lei, ficando a sua concessão condicionada à exoneração
ou dispensa verificada após a data da sua vigência. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 7/1992) Art. 256 O Chefe do Poder Executivo e o Presidente da Câmara Municipal, no âmbito de suas respectivas
competências, expedirão os atos necessários à plena execução das disposições desta Lei.
Art. 247 Os cargos em comissão e as funções de confiança existentes nos órgãos ou entidades referidas
no "caput" do artigo anterior, passam a ser regidos por esta Lei. Parágrafo Único. Até que sejam expedidos os atos de que trata este artigo, continua em vigor a
regulamentação existente, excluídas as disposições que conflitem com as da presente Lei, modifiquem-na
ou, de qualquer modo, impeçam o seu integral cumprimento. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DO SALVADOR, em 15 de março de 1991.

Art. 257 Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista do Município que ROMÁRIO DE OLIVEIRA BATISTA
estejam exercendo funções de confiança na administração direta, autárquica ou fundacional, privativas Secretário Municipal de Administração
de servidor destes órgãos ou entidades, continuarão a exercê-las até a sua dispensa, vedada nova
designação a partir da vigência desta Lei. FERNANDO PEDREIRA CARRERA ESCARIZ
Secretário Municipal de Comunicação Social
Art. 258 O servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional que se encontre à
disposição de empresa pública ou de sociedade de economia mista do Município, deverá retornar ao DIRLENE MATOS MENDONÇA
órgão ou entidade de erigem, no prazo de 90 (noventa) dias, à contar da publicação desta Lei, com o Secretária Municipal de Educação
vencimento e vantagens previstas no Art. 78 desta Lei e nos Planos de Carreira e Vencimentos, salvo se
estiver exercendo cargo em comissão ou função de confiança, hipótese em que se aplica o Art. 53 e ELÁDIO GOMES DA SILVA
parágrafos, desta Lei. Secretário Municipal de Transportes Urbanos

§ 1º O servidor referido neste artigo poderá optar pela sua permanência definitiva na empresa pública ENEIDE CERQUEIRA CAZAES
ou sociedade de economia mista em que se encontre, passando a integrar o quadro de pessoal Secretária Municipal da Educação em exercício
respectivo, com submissão ao regime jurídico da CLT, mediante pedido de exoneração ou dispensa do
cargo efetivo de que seja titular no órgão ou entidade de origem, contando-se o seu tempo de serviço ANTÔNIO ROBERTO SILVA DANTAS
para fins dos benefícios previstos no regulamento da entidade cessionária. Secretário Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil

§ 2º A exoneração prevista no parágrafo anterior somente será efetivada se houver concordância da GERALDO ASSUNÇÃO TAVARES
empresa pública ou sociedade de economia mista na admissão do servidor em seus quadros. Secretário Municipal da Terra e Habitação

§ 3º Não havendo a concordância referida no parágrafo anterior, o servidor deverá retornar ao órgão CLEBER ISAAC SOUZA SOARES
de origem no prazo improrrogável previsto no "caput" deste artigo. Secretário Municipal de Infra Estrutura Urbana

§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo ao servidor que, embora mantenha vínculo de trabalho com a MARIA DEL CARMEN FIDALGO
administração direta, autárquica ou fundacional, seja contratado por empresa pública ou sociedade de Secretária Municipal de Ação Social
economia mista do Município, salvo no caso de acumulação legal.
ANTÔNIO CARLOS DE CAMPOS BARBOSA
Art. 259 O empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista que esteja à disposição da Secretário Municipal de Serviços Públicos
administração direta, autárquica ou fundacional, à data de promulgação, desta Lei, poderá permanecer na
situação em que se encontra, vedado o pagamento pelo Órgão ou entidade cessionário, de
complementação salarial ou qualquer outro título, salvo em decorrência de exercício de cargo em
comissão ou função de confiança, observadas as disposições constantes do Decreto Municipal nº 8629,
de 26 de junho de 1990. Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Art. 260 O servidor público da administração direta do Poder Executivo ou de suas autarquias e
Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 04/09/2023
fundações públicas que se encontra à disposição da Câmara Municipal do Salvador, com data anterior a
17 de dezembro de 1990, inclusive no exercício de cargo em comissão ou função de confiança, poderá
fazer opção, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação da Lei que instituir o Plano de Carreira
e Vencimentos do Poder Executivo, pelo seu enquadramento definitivo no quadro de pessoal do Poder
Legislativo, em cargo de atribuições iguais ou assemelhados. (Suprimido pela Lei Complementar nº
10/1993)

Art. 261 As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta das verbas próprias do
orçamento do exercício de 1991, ficando o Chefe do Poder Executivo autorizado a abrir os créditos
adicionais necessários.

Art. 262 Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 263 Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 403, de 18 de agosto de 1953,
com as suas alterações posteriores.
VI - a preservação dos valores e da história da população, fundamentada no reconhecimento e
assimilação da pluralidade étnica, cultural e religiosa, peculiares à sua formação;

www.LeisMunicipais.com.br VII - a probidade na administração.


Versão consolidada, com alterações até o dia 31/05/2000

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
LEI ORGÂNICA
(Atualizada até a Emenda nº 34) Art. 7º Ao Município do Salvador compete:

I - dispor sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e a estadual no que
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SALVADOR/BA. couber;

II - elaborar o orçamento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento


TÍTULO I adequado, observando a divisão do Município em regiões administrativas na forma da lei;
DO MUNICÍPIO
III - instituir e arrecadar tributos, fixar tarifas, estabelecer e cobrar preços e aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES IV - criar, organizar e suprimir unidades administrativas regionais, observada a legislação pertinente;

Art. 1º O Município de Salvador, Capital do Estado da Bahia, reger-se-á por esta Lei Orgânica e pelas leis V - dispor, mediante plebiscito popular, sobre qualquer alteração territorial, na forma de lei estadual,
que adotar, respeitados os princípios constitucionais. preservando sempre a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano;

Parágrafo Único - Ninguém será discriminado, prejudicado ou privilegiado em razão de nascimento, VI - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos
idade, etnia, raça, cor, sexo, estado civil, orientação sexual, atividade profissional, religião, convicção de interesse local;
política, filosófica, deficiência física, mental, sensorial, aparência pessoal, ou qualquer singularidade ou
condição social, ou ainda por ter cumprido pena. VII - estabelecer as servidões administrativas necessárias aos seus serviços;

Art. 2º O Município do Salvador dividir-se-á, na forma da lei, em unidades regionalizadas, objetivando a VIII - dispor sobre a administração, utilização e alienação dos seus bens, cabendo-lhe:
descentralização administrativa e a otimização da execução de obras e prestação dos serviços de
interesse local. a) adquirir bens, inclusive através de desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou interesse
social;
Art. 3º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo. b) aceitar legados e doações;
c) dispor sobre concessão, permissão, cessão e autorização de uso dos seus bens;
Art. 4º A sede do Município é a Cidade de Salvador.
IX - regulamentar a utilização de logradouros públicos, especialmente no perímetro urbano:
Art. 5º São símbolos do Município os atualmente em vigor e os que forem adotados por lei.
a) prover sobre transporte coletivo urbano, que poderá ser operado através de concessão ou
Art. 6º São princípios que fundamentam a organização do Município: permissão;
b) prover sobre os serviços de táxis;
I - o pleno exercício da autonomia municipal; c) fixar locais para estacionamento de veículos, inclusive em áreas de interesse turístico e de lazer;
d) fixar e sinalizar os limites das zonas de silêncio, de trânsito e de tráfego em condições especiais;
II - a cooperação articulada com os demais níveis de governo, com outros municípios e com e) disciplinar os serviços de carga e descarga, fixar os tipos, dimensões e tonelagem máxima permitida
entidades regionais que o Município integre ou venha a integrar; a veículos que circulem em vias públicas municipais;
f) prover sobre a denominação, numeração e emplacamento de logradouros públicos, vedada a
III - o exercício da soberania e a participação popular na administração municipal e no controle de utilização de nome, sobrenome ou cognomes de pessoas vivas;
seus atos;
X - sinalizar as vias urbanas e estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua utilização;
IV - a garantia de acesso de todos os munícipes, de forma justa e igualitária, aos bens e serviços
públicos que assegurem as condições essenciais de existência digna; XI - prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos, coleta, remoção, destino e
aproveitamento do lixo;
V - a defesa e a preservação do território, dos recursos naturais e do meio ambiente;
XII - prover sobre o fornecimento de iluminação das vias e logradouros do Município e galerias de
águas pluviais; XXVII - dispor sobre as áreas verdes e reservas ecológicas e unidades de lazer do Município;

XIII - estabelecer normas sobre prevenção e combate de incêndios; XXVIII - criar e manter estabelecimentos para o ensino nos variados graus, observada a prioridade
para o ensino fundamental;
XIV - regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes, anúncios, faixas e emblemas, bem
como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de XXIX - promover a prática desportiva;
polícia municipal;
XXX - dispor sobre o regime jurídico único de seus servidores;
XV - dispor sobre o depósito e venda de animais, mercadorias e coisas móveis apreendidas em
decorrências de transgressão da legislação municipal; XXXI - amparar a maternidade, a infância, a adolescência, os idosos, os deficientes e os desvalidos,
coordenando e orientando os serviços sociais no âmbito do Município;
XVI - dispor sobre o registro, vacinação e captura de animais;
XXXII - proteger a infância e a juventude contra toda a exploração e fatores que possam conduzí-la ao
XVII - disciplinar e fiscalizar as atividades relacionadas com a exploração de mercados e matadouros abandono físico, moral e intelectual, promovendo os meios de assistência em todos os níveis, aos
e manter e fiscalizar feiras livres em todos os bairros de Salvador; menores abandonados;

XVIII - regulamentar e fiscalizar jogos esportivos, espetáculos e divertimentos públicos, observadas as XXXIII - promover as ações necessárias para restringir a mortalidade e morbidez infantis, bem como
prescrições legais; medidas de higiene social que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;

XIX - dispor sobre o serviço funerário e de cemitério, sua administração e fiscalização, cabendo-lhe, XXXIV - promover a construção e manutenção de creches, especialmente nos bairros populosos e
também, conforme vier a dispor lei específica, promover, a suas expensas, todas as condições necessárias carentes da cidade;
ao sepultamento de corpos, dos quais os parentes ou responsáveis sejam pessoas evidentemente
necessitadas; XXXV - incentivar e apoiar a pesquisa e aplicação de tecnologia alternativa no âmbito da atividade
humana, objetivando a redução de custos administrativos e a satisfação das necessidades básicas das
XX - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento de comunidades carentes;
estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, cabendo-lhe, inclusive:
XXXVI - incentivar e apoiar a criação de cooperativas de educação, de produção de alimentos, saúde,
a) conceder, renovar ou revogar alvará de licença para localização e funcionamento; habitação popular, consumo e outras formas de organização da população que tenham por objetivo a
b) conceder licença para o exercício do comércio eventual e ambulante; realização de programas que promovam o ser humano em toda a sua dimensão;
c) fiscalizar as condições sanitárias e de higiene dos estabelecimentos, a qualidade das mercadorias,
bem como dos veículos destinados ao transporte de produtos de origem animal ou vegetal e da XXXVII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;
distribuição de alimentos.
XXXVIII - exercitar o poder de polícia administrativa, bem como organizar e manter os serviços de
XXI - fiscalizar as instalações sanitárias, as de máquinas e motores, de gás e elétricas, inclusive fiscalização necessários ao seu exercício;
domiciliares, bem como regulamentar e fiscalizar as instalações e funcionamento de ascensores;
XXXIX - celebrar convênios para execução de suas leis e serviços.
XXII - elaborar e aprovar, por lei, o Plano Diretor do Município;
Art. 8º Compete ao Município, em comum com a União, o Estado e o Distrito Federal, observadas as
XXIII - estabelecer normas de edificação, loteamento, desmembramento, arruamento, saneamento normas de cooperação fixadas em lei complementar:
urbano e planos urbanísticos específicos, bem como as limitações urbanísticas convenientes ao
ordenamento e ocupação de seu território; I - zelar pela guarda da Constituição, das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

XXIV - interditar edifícios, construções ou obras em ruína, em condições de insalubridade ou de II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
insegurança e, diretamente, demolir, restaurar ou reparar quaisquer construções que ameacem a saúde deficiência;
ou a incolumidade da população;
III - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
XXV - fiscalizar os quintais e terrenos baldios, notificando os proprietários a mantê-los asseados,
murados e com as calçadas correspondentes a suas testadas devidamente construídas, sob pena de IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens e
execução direta pela administração e, sem prejuízo de sanções previstas em lei, cobrança do custo edificações de valor histórico, artístico e cultural;
respectivo ao proprietário omisso;
V - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
XXVI - tombar bens, documentos, obras e locais de valor artístico e histórico, as paisagens naturais, monumentos, as edificações, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
bem como cultivar a tradição de festas populares e as de caráter cívico;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; Parágrafo Único - Lei especial estabelecerá outros requisitos e condições para efetivação das
doações.
VII - proteger a fauna e a flora, em especial as espécies ameaçadas de extinção;
Art. 13 Para efeito de alienação ou concessão do direito real de uso de bens imóveis municipais, a
VIII - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de avaliação administrativa será processada tomando-se por base os preços vigentes no mercado
saneamento básico; imobiliário. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

IX - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social Parágrafo Único - A Lei poderá estabelecer condições facilitadas de pagamento, na hipótese de
dos setores desfavorecidos; alienação ou concessão de direito real de uso de terrenos integrantes de programas habitacionais para
populações de baixa renda.
X - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios. Art. 14 O Município poderá conceder direito real de uso de seus bens imóveis, mediante prévia avaliação,
autorização legislativa e processo licitatório. (Redação dada pelas Emendas à Lei Orgânica nº 16 e nº 21)
CAPÍTULO III
§ 1º A concessão de direito real de uso mediante remuneração ou imposição de encargo, terá por
DOS BENS MUNICIPAIS
objeto, apenas, terrenos para fins específicos de urbanização, edificação, cultivo de terra ou outra
utilização de interesse manifestamente social.
Art. 9º Constitui patrimônio do Município seus direitos, ações, bens móveis e imóveis e as rendas
provenientes do exercício das atividades de sua competência e da prestação dos seus serviços.
§ 2º Na hipótese de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de
programas habitacionais de interesse social ou de regulação fundiária de interesse social, desenvolvidos
Art. 10 A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público devidamente
por órgãos ou entidades da administração pública, a concessão de direito real de uso para fins de moradia
justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá as seguintes normas:
poderá ser outorgada de forma gratuita, dispensada a autorização legislativa e a licitação para imóveis de
área ou fração ideal de terreno não superior a 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) (Redação
I - quando imóveis, será precedida de autorização legislativa, dispensada a concorrência nos casos de
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21)
doação, permuta, investidura, dação em pagamento e integralização ao capital da empresa pública ou
sociedade de economia mista de que o Município seja majoritário;
§ 3º Na hipótese de fração ideal de terrenos ou bens imóveis construídos e efetivamente utilizados
como locais de realização de quaisquer cultos religiosos, a concessão de direito real de uso será
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos casos de permuta, doação e ações
outorgada de forma gratuita, dispensada a autorização legislativa e a licitação para áreas de terreno não
que serão vendidas em bolsa, após autorização legislativa;
superior a 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados), nos imóveis situados em áreas objeto de
programas públicos de regularização fundiária social. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 26)
III - será também dispensada de autorização legislativa e concorrência a alienação de área ou lote até
120.00m² destinada a habitação de pessoa comprovadamente pobre se atendido o preço mínimo fixado
Art. 15 O uso dos bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante cessão, permissão e
em avaliação administrativa, não sendo permitida a alienação de mais de uma área ou lote à mesma
autorização, conforme o caso, desde que atendido o interesse público.
pessoa.

§ 1º A cessão de uso será feita sempre a prazo determinado, através de:


Art. 11 O Município, observado o interesse público, promoverá, através de investidura, a alienação aos
proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultado de obras públicas ou modificações
I - contrato administrativo, mediante concorrência, com remuneração ou imposição de encargos,
de alinhamentos, dispensadas a autorização legislativa para áreas de até 300.00m² e a concorrência
quando pessoa jurídica de direito privado. A concorrência poderá ser dispensada quando o uso se destinar
quando atendido o preço mínimo fixado em avaliação administrativa.
a concessionária de serviço público, a entidades assistenciais, ou verificar-se relevante interesse público,
devidamente justificado;
§ 1º Quando a área remanescente, por sua localização, interessar a mais de uma propriedade
limítrofe, será exigida a concorrência, salvo se houver renúncia expressa dos demais interessados.
II - ato administrativo, gratuitamente ou em condições especiais, independente de concorrência,
quando pessoa jurídica de direito público, autarquias municipais, empresa pública e sociedade de
§ 2º Caso o proprietário lindeiro não manifeste interesse pela aquisição da área remanescente, o
economia mista de que o Municipal seja majoritário.
Município proibirá o seu uso.

§ 2º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita sempre a título
§ 3º Para efeitos do estabelecido nos parágrafos anteriores, o Executivo identificará as áreas
precário, por ato administrativo, mediante remuneração ou com imposição de encargos.
remanescentes e desenvolverá as ações que se fizerem necessárias à sua alienação.

§ 3º A autorização de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário
Art. 12 Os bens do Município somente poderão ser doados a entidades de direito público, a instituições
mediante remuneração ou com imposição de encargos, por ato administrativo e para atividade ou uso
de assistência social e sociedades cooperativas de interesse social, ainda assim mediante autorização
específico, em caráter eventual.
legislativa e estabelecimento de cláusula de reversão, para os casos de desvio de finalidade ou de não
realização, dentro do prazo de 2 (dois) anos contados a partir da efetivação da doação, das obras
Art. 16 Atendido o interesse público, o uso de qualquer bem público municipal por associação
necessárias ao cumprimento de sua finalidade.
representativa de bairro será gratuito desde que devidamente autorizado pelo Legislativo e aprovado pelo
Executivo. i) conceder licença ao prefeito para ausentar-se do Município por mais de trinta dias;
j) designar Comissão de Vereadores para proceder a inquérito sobre fatos determinados e do
§ 1º Somente poderão ser beneficiadas as associações sem fins lucrativos, devidamente registradas, interesse do Município, sempre que o requerer a maioria absoluta de seus membros;
reconhecidas de utilidade pública e com, no mínimo, um ano de fundação. k) julgar o prefeito e os vereadores, nos casos previstos em lei;
l) apreciar vetos, somente podendo rejeitá-los através decisão da maioria absoluta dos seus
§ 2º Lei específica regulará os prazos e condições gerais de uso de bens municipais pelas associações membros;
referidas neste artigo. m) representar perante os poderes públicos do Estado ou da União;
n) representar contra o prefeito;
Art. 17 Os bens objeto de concessão, permissão, cessão e autorização de uso terão atualizadas, o) apresentar votos de pesar, congratulações, indicações e requerimentos a autoridades e
permanentemente, suas condições contratuais, de sorte que reflitam, objetivamente, remuneração ou personalidade diversas;
encargo compatível com os resultados econômicos auferidos pelos respectivos beneficiários. p) conceder honrarias a pessoas que, reconhecida e comprovadamente, tenham prestado relevantes
serviços ao Município;
Art. 18 É vedado ao Município a constituição de enfiteuse, subordinando-se às existentes, até sua q) preservar sua competência legislativa, denunciando os atos normativos do Executivo excedentes
extinção, às disposições da legislação federal pertinente, inclusive no tocante ao direito de resgate do do poder regulamentar;
aforamento. r) autorizar mediante pronunciamento favorável da maioria absoluta dos seus membros, consulta
plebiscitária requerida pelo Executivo, por qualquer dos vereadores da Câmara ou por dois por cento do
Art. 19 O Município, considerado o interesse público, poderá admitir à iniciativa privada, a título oneroso, eleitorado do Município;
conforme o caso, o uso do subsolo ou do espaço aéreo de logradouros públicos para a construção de s) fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, inclusive os da administração indireta e fundações
passagens ou equipamentos destinados a segurança ou conforto dos transeuntes e usuários ou para públicas, acompanhando sua gestão e avaliando seu resultado operacional, com auxílio do Tribunal de
outros fins de interesse urbanístico. Contas dos Municípios;
t) autorizar o Poder Executivo Municipal a celebrar convênios, acordos e consórcios com a União, o
Art. 20 O Executivo Municipal manterá atualizado cadastro de bens imóveis municipais de domínio pleno, Estado, outros municípios e entidades privadas em geral;
aforados, arrendados ou submetidos a contratos de concessão, permissão, cessão, autorização de uso, u) autorizar o prefeito, por deliberação da maioria absoluta dos seus membros, a contrair
devidamente documentado, devendo uma cópia desse cadastro ficar permanentemente à disposição da empréstimos, regulando-lhes as condições e respectiva aplicação.
Câmara de Vereadores.
§ 1º A Câmara Municipal, pelo seu presidente ou qualquer de suas Comissões, pode convocar
secretário municipal, procurador geral ou titulares de entidades autárquicas, fundações, empresas
TÍTULO II
públicas e sociedade de economia mista para, no prazo de oito dias, prestar pessoalmente, ou de 30
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS
(trinta) dias, por escrito, informações sobre assuntos previamente determinados, importando crime
contra administração pública a ausência sem justificação adequada ou prestação de informações falsas.
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO § 2º Constituem honrarias previstas na letra "p" do presente artigo:

Seção I a) Título de Cidadão da Cidade de Salvador àqueles que tenham relevantes serviços prestados à
Da Câmara Municipal Cidade de Salvador, mas nela não tenham nascido;
b) Medalha Thomé de Souza, concedida àqueles nascidos ou não no Município de Salvador, que
tenham relevantes serviços prestados à esta cidade;
Art. 21 Compete à Câmara: c) Comenda Maria Quitéria, concedida às mulheres que tenham prestado serviços relevantes à Cidade
de Salvador.
I - privativamente: d) Medalha Zumbi dos Palmares, outorgada às pessoas que tenham prestado relevantes serviços à
Cidade de Salvador e ao Estado da Bahia, no combate ao racismo, discriminação e intolerância de
a) eleger a Mesa, bem como destituí-la na forma regimental; qualquer gênero;(Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 23)
b) decretar estado de calamidade pública, por um prazo de trinta dias se assim o requerer 2/3 (dois
terços) de seus membros; II - Com a sanção do prefeito, aprovar e deliberar especialmente sobre:
c) elaborar o Regimento Interno;
d) deliberar, através de Resoluções, sobre assuntos de sua economia interna, e, por meio de Decretos a) orçamento e abertura de créditos adicionais;
Legislativos, nos casos que criem, alterem ou extingam cargos dos seus servidores, fixem respectivos b) sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
vencimentos, bem assim nos demais casos de sua competência; c) criação e extinção de cargos públicos e fixação dos respectivos vencimentos e vantagens inerentes
e) prorrogar as sessões; ao Executivo Municipal;
f) conceder licença aos vereadores, e declarar, nos casos previsto nesta lei, a perda dos respectivos d) planos gerais e programas financeiros;
mandatos; e) alienação de bens imóveis e concessão de direito real de uso;
g) tomar e julgar as contas do prefeito; f) o Plano Diretor do Município;
h) fixar os subsídios dos vereadores, do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários e do procurador g) isenções de tributos e de outros benefícios fiscais;
geral, observando os limites previstos em lei; h) divisão territorial do município;
i) alteração da estrutura organizacional da administração municipal; e) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou municipal;
j) aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação ou legados sem encargos; f) integrar Conselhos Municipais.
k) denominação de vias e logradouros públicos.
Art. 25 A infringência de qualquer das proibições do artigo anterior importará na perda do mandato, a ser
decretada pela Câmara através de voto de 2/3 dos seus membros, por iniciativa do prefeito, da Mesa da
Seção II
Câmara, de qualquer vereador ou, ainda pelo Judiciário.
Dos Vereadores

Art. 26 O vereador que, sem justo motivo, deixar de comparecer à sessão do dia ou ausentar-se no
momento de votação das matérias da Ordem do Dia, deixará de perceber um trinta-avos do subsídio e da
Art. 22 O mandato de vereador é remunerado dentro dos limites e critérios fixados em lei, observadas as
representação.
normas constitucionais aplicáveis. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14)

Art. 27 Perderá o mandato o vereador que deixar de comparecer, em cada período legislativo anual, à
§ 1º O mandato do vereador será remunerado, na forma fixada pela Câmara Municipal, em cada
terça parte das sessões ordinárias da Câmara Municipal, salvo por motivo de doença comprovada, licença
legislatura, para a subsequente, estabelecido como limite máximo, o valor percebido como remuneração
ou missão autorizada pela edilidade, ou ainda, deixar de comparecer a cinco sessões extraordinárias,
em espécie pelo prefeito.
convocadas pelo prefeito, por escrito, mediante prova de recebimento para apreciação de matéria
urgente, assegurada ampla defesa, em ambos os casos.
§ 2º A ajuda de custo, correspondente ao valor do subsídio, é devida ao Vereador no inicio e no fim de
cada sessão legislativa, não sendo devida, por mais de uma vez, ao suplente reconvocado na mesma
Art. 28 Nos casos de morte, renúncia ou nos demais previstos em lei, a extinção de mandato de vereador
sessão legislativa.
será declarada pelo presidente da Câmara, na primeira sessão após a comprovação do ato extintivo,
cabendo ao suplente com direito à vaga, obtê-la do Judiciário, se ocorrer omissão do presidente:
Art. 23 Os vereadores têm imunidade parlamentar na jurisdição do Município, sendo invioláveis por suas
opiniões, palavras e votos.
Art. 29 Suspender-se-á o exercício do mandato do vereador:
§ 1º Desde a expedição do diploma, os vereadores não poderão ser presos, salvo flagrante delito de
I - em razão de sentença definitiva transitada em julgado;
crime inafiançável, ser processados criminalmente sem prévia licença da Câmara Municipal.

II - pela decretação de prisão preventiva.


§ 2º O indeferimento de pedido de licença ou ausência de deliberação suspende a prescrição,
enquanto durar o mandato.
Art. 30 A Câmara poderá cassar o mandato do vereador que:
§ 3º No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de 24 horas à
I - proceder de modo incompatível com o decoro parlamentar;
Câmara Municipal, para que, pelo voto secreto da maioria dos seus membros, resolva sobre a prisão e
autoria, ou não, à formação de culpa.
II - utilizar-se do mandato para prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa;
§ 4º O vereador não será obrigado a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas, em
III - incidir em qualquer das proibições do artigo 27.
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhe confiaram tais informações, podendo ter
acesso a documentos ou diligenciar em qualquer secretaria ou entidade da administração indireta.
§ 1º O processo de cassação do mandato do vereador deverá obedecer o estabelecido em lei federal.
Art. 24 Ao vereador é vedado: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 13)
§ 2º O presidente da Câmara afastará de suas funções o vereador acusado, desde que a denúncia seja
recebida pela maioria absoluta da Câmara.
I - desde a diplomação:

Art. 31 O Vereador poderá licenciar-se:


a) celebrar contrato com pessoa de direito público, entidade autárquica, sociedade de economia
mista, empresa pública ou concessionária de serviço público local, salvo quando obedecer a normas
I - para desempenhar funções de Ministro de Estado, Secretário de Estado, Secretário do Município da
uniformes;
Cidade de Salvador, Superintendente, Diretor Presidente e Presidente de autarquias, empresas públicas e
b) aceitar cargo, emprego ou função da administração pública municipal, direta ou descentralizada,
de sociedade de economia mista da União, dos Estados e do Município da Cidade de Salvador, incluindo a
salvo em decorrência de concurso público.
assunção de cargos eletivos de suplência e/ou por decisão judicial provisória, enquanto perdurar esta
condição;
II - desde a posse:

II - a licença de que trata este artigo estende-se aos cargos de superintendências regionais da União e
a) ser proprietário ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato, ou pessoa
aos cargos, inclusive regionais, de Presidente, Superintendente, Diretor Executivo, Diretor-Superintendente
jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
e
b) ocupar, na área municipal, cargo, função ou emprego de que seja demissível "ad nutum";
Diretor-Geral das entidades parestatais criadas por lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 34)
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alínea "a" do
inciso I deste artigo;
Art. 32 A renúncia de vereador far-se-á por comunicação escrita, com firma reconhecida, dirigida à
d) estabelecer domicílio fora do município durante o exercício do mandato;
Câmara, tornando-se efetiva com a sua transcrição na ata da sessão em que for lida.
V - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, pôr em disponibilidade, exonerar,
Parágrafo Único - Opor-se-á a renúncia tácita ao mandato quando o vereador ou o suplente não demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da Secretaria da Câmara Municipal, nos termos da
prestar compromisso dentro de trinta dias da instalação da legislatura, ou, em igual prazo, não atender à lei;
convocação da Mesa, salvo a hipótese de prorrogação concedida pela Câmara.
VI - declarar a perda do mandato de Vereador, de ofício, ou por provocação de qualquer de seus
Art. 33Convocar-se-á o suplente nos casos de renúncia ou morte, investidura na função de prefeito ou membros, ou por partido político representado na Câmara, nas hipóteses previstas em lei, assegurado
de secretário do Município ou quando licenciado por período igual ou superior a cento e vinte dias por pleno direito de defesa;
motivo de doença, ou para, sem remuneração, tratar de interesses particulares.
VII - outras atividades previstas no Regimento da Câmara.
Art. 34No ato da posse, bem como ao término do mandato, o vereador deverá apresentar declaração
do seu patrimônio, a ser transcrita em livro próprio, constando de ata o seu resumo. § 4º A eleição para a renovação da Mesa Executiva será regulada pelo Regimento Interno da Câmara
Municipal.
Seção III
§ 5º O primeiro período de cada Sessão Legislativa não será interrompido sem a aprovação do
Da Instalação e do Funcionamento
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, e o segundo período não será interrompido sem a
aprovação do Projeto de
Lei do Orçamento Anual -LOA (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 33)
Art. 35 A Legislatura terá a duração de 04 (quatro) anos, devendo a Câmara reunir-se, anualmente, em
dois períodos, em cada Sessão Legislativa Ordinária, nas mesmas datas fixadas pela Constituição da
Art. 36 Na composição das Comissões Permanentes atender-se-á tanto quanto possível, à representação
República Federativa do Brasil para as reuniões do Congresso Nacional.
proporcional dos partidos políticos.
§ 1º Independentemente de convocação, no primeiro dia útil subsequente à data do mês de fevereiro
§ 1º Nenhum vereador poderá fazer parte de mais de 03 (três) comissões;
de cada ano, fixada constitucionalmente para início do primeiro período da Sessão Legislativa Ordinária
do Congresso
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
Nacional, instalar-se-á a Sessão Legislativa Ordinária da Câmara Municipal de Salvador, quando, então, o
Prefeito fará a leitura da Mensagem.
I - opinar sobre projeto de lei, na forma do Regimento;
§ 2º A Câmara elegerá, a 02 de janeiro do primeiro ano da Legislatura, a Mesa Executiva, constituída
II - discutir e aprovar iniciativas do Executivo que dependam de autorização da Câmara;
de 01 (um) Presidente, 03 (três) VicePresidentes, 04 (quatro) Secretários, 01 (um) Corregedor, 01(um)
Ouvidor e 01
III - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
(um) Ouvidor Substituto para o mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na
eleição imediatamente subsequente, observando-se:
IV - acompanhar, junto ao governo, os atos de regulamentação, zelando por sua completa
adequação;
I - a eleição da Mesa será realizada em primeira convocação com a presença de, pelo menos, 2/3
(dois terços) dos Vereadores que compõem a Câmara;
V - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
II - no caso de empate na votação para cargos da Mesa, proceder-se-á a novo escrutínio, e,
permanecendo inalterada a situação entre os postulantes aos referidos cargos, será proclamado eleito o
VI - solicitar depoimento e informações de qualquer agente da administração.
candidato mais votado no último pleito municipal em que se elegeu.

Art. 37 As sessões da Câmara serão públicas, salvo quando ocorrer motivo relevante, reconhecido pelo
§ 3º À Mesa, dentre outras atribuições, compete:
voto de 2/3 (dois terços) dos seus membros. Quando a votação for secreta, fica assegurado o direito de
declaração de voto.
I - propor Projetos de Lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos;
Parágrafo Único - Será secreta a votação, nos seguintes casos:
II - elaborar e expedir, mediante ato, a discriminação analítica das dotações orçamentárias da
I - julgamento do prefeito e vereadores;
Câmara, bem como alterá-las quando necessário;

II - deliberação sobre projetos vetados e contas do prefeito;


III - apresentar Projetos de Lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou especiais,
através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;
III - eleição da Mesa.
IV - suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite da
Art. 38 As sessões serão realizadas no Paço Municipal nos dias úteis estabelecidos no Regimento Interno
autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para sua cobertura sejam provenientes
da Câmara, só podendo ser instaladas com a presença de no mínimo 1/3 (um terço) do colegiado.
de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;
§ 1º Reputar-se-á nula a sessão que se realizar em desacordo com as exigências deste artigo. II - Leis complementares;

§ 2º As deliberações da Câmara, excetuando os casos previstos nesta lei, serão tomadas por voto III - Leis ordinárias;
majoritário, presente a maioria absoluta dos vereadores.
IV - Decretos Legislativos;
§ 3º Os atos da Câmara Municipal de Salvador serão publicados no órgão oficial do Município ou do
Estado ou, em caso de urgência, em qualquer jornal de circulação diária do Município de Salvador. V - Resoluções.

Art. 39 Somente pelo voto de, no mínimo, 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara, consideram-se Art. 45 Esta Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:
aprovados as deliberações sobre:
I - de um terço do número de vereadores;
I - destituição de componentes da Mesa;
II - do chefe do Executivo;
II - aquisição de bens por doação ou legados, ambos se com encargos ou ônus para o município;
III - dos munícipes que representem, no mínimo, 5% do eleitorado.
III - suspensão, extinção ou exclusão de crédito tributário;
§ 1º A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício mínimo de 10 dias,
IV - isenção de impostos municipais; considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos vereadores.

V - mudança de local de funcionamento da Câmara, comprovado o impedimento de acesso ao § 2º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara de Vereadores, com o
recinto do Paço Municipal; respectivo número de ordem.

VI - modificação territorial do Município; § 3º A matéria constante da proposta da emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser
objeto de nova proposta no mesmo período legislativo.
VII - cassação do mandato de vereador;
Seção V
VIII - alteração desta lei;
Das Leis

IX - alienação de bens imóveis;


Art. 46 A iniciativa das leis complementares e ordinárias, salvo os casos de competência privativa, cabe
X - rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas.
ao vereador, Comissão da Câmara Municipal, ao prefeito e por proposta de 5% do eleitorado, no mínimo.

Art. 40 O presidente da Câmara exercerá o direito de voto quando a votação for secreta ou se ocorrer
Art. 47 O prefeito poderá enviar à Câmara Municipal projetos de lei sobre qualquer matéria, os quais se o
empate na votação da matéria submetida à apreciação do plenário.
solicitar serão apreciados em regime de urgência, dentro de 45 dias a contar do seu recebimento.

Art. 41 O presidente, com aprovação do plenário, poderá requisitar policiamento que deverá ficar à sua
§ 1º A solicitação do prazo mencionado neste artigo poderá ser feita depois da remessa do projeto e
disposição para garantir a ordem no recinto das sessões.
em qualquer fase de seu andamento.

Art. 42 Dependerá de proposta escrita qualquer alteração ao Regimento Interno, em 2 (duas) discussões,
§ 2º Na falta, será incluído na pauta, automaticamente, nas 10 (dez) sessões subsequentes ao final
com interstício de 2 (dois) dias, considerando- se a matéria aprovada pelo voto da maioria absoluta da
das quais, não tendo sido apreciado, será sobrestada a deliberação quanto as demais proposições para
Câmara.
que ultime a votação na próxima sessão subsequente.

Art. 43 A Câmara poderá ser convocada, extraordinariamente, pelo seu presidente, nos casos de
§ 3º O prazo fixado neste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara.
decretação de estado de sítio, estado de emergência e de intervenção federal, ou a requerimento de 2/3
(dois terços) de seus membros, ou ainda por solicitação do chefe do Poder Executivo Municipal.
Art. 48 Nenhum projeto será submetido a discussão sem audiência e parecer da Comissão competente,
salvo quando da sua própria iniciativa.
Seção IV
Do Processo Legislativo § 1º Os projetos de lei, de decreto legislativo ou de resolução, além de constarem da Ordem do Dia,
deverão ser publicados com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas de sua discussão, exceto nos
casos de urgência concedida por membros da Câmara.
Art. 44 O Processo Legislativo compreende a elaboração de:
§ 2º Os projetos de lei e de resolução serão submetidos a 03 (três) discussões, os oriundos de
I - Emenda à Lei Orgânica; comissões ou do Executivo, a 02 (duas) discussões; os decretos legislativos, indicações, requerimentos e
moções, a discussão única. Do Prefeito

§ 3º Projeto encaminhado às comissões será incluído em pauta por determinação do presidente, ou a


requerimento de qualquer vereador, se o parecer não for apresentado até 10 (dez) sessões ordinárias da Art. 52 O Poder Executivo é exercido pelo prefeito, competindo-lhe:
Câmara.
I - representar o Município em juízo ou fora dele;
§ 4º O projeto de lei encaminhado por iniciativa popular será apresentado na Ordem do Dia da
Câmara e deverá ser apreciado no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar do seu II - apresentar projetos de lei à Câmara;
recebimento pela Câmara Municipal. Decorrido esse prazo, o projeto irá automaticamente à votação
sobrestada as demais, independente de pareceres. III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, e expedir regulamento para sua fiel execução;

§ 5º Não tendo sido votado projeto de lei de iniciativa popular quando do encerramento da sessão, IV - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei aprovados pela Câmara;
será considerado reinscrito, de pleno direito, na sessão seguinte da mesma legislatura, ou na primeira
sessão da legislatura subsequente. V - baixar decretos e demais atos administrativos fazendo-os publicar em órgãos oficiais;

§ 6º O Regimento Interno da Câmara deverá prever, forma que assegure a defesa da proposta de VI - enviar à Câmara, até 30 de setembro de cada ano, projeto de lei do orçamento anual;
emenda ou projeto de lei de iniciativa popular, em Comissão ou Plenário, por um dos seus signatários.
VII - nomear seus auxiliares diretos e, em cada unidade funcional, os ordenadores de empenho,
Art. 49Aprovado em redação final, será o projeto enviado ao prefeito que, aquiescendo, o sancionará despesa e liquidação;
no prazo de 15 (quinze) dias úteis, determinando a sua publicação.
VIII - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal, em caso de urgência ou relevante interesse
§ 1º Se o prefeito considerar o projeto inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse público, opor- público;
lhe-á veto total ou parcial, dentro de 15 (quinze) dias, encaminhando ao presidente da Câmara os motivos
do veto. IX - decretar desapropriação e intervenção em empresas concessionárias de serviço público;

§ 2º Decorrida a quinzena, o silêncio do prefeito, importará em sanção ao projeto, cumprindo ao X - contrair empréstimos e oferecer garantias;
presidente da Câmara promulgá- lo e determinar sua publicação no caso do Poder Executivo não o
sancionar dentro do prazo de 48 horas. XI - observar e fazer cumprir as leis, resoluções e regulamentos administrativos;

§ 3º Se vetado, com a indispensável justificativa, será o projeto encaminhado à Câmara, onde, em XII - apresentar anualmente à Câmara, na abertura do período legislativo ordinário, relatório das
discussão única, com ou sem parecer, será votado dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a atividades;
partir do recebimento, somente podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores.
XIII - prestar contas relativas ao exercício anterior na forma da lei;
§ 4º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, sem deliberação, o veto será incluído na Ordem do Dia
da sessão imediata subsequente, sobrestadas as demais proposições até a votação final. XIV - pronunciar-se sobre os requerimentos da Câmara, em até 15 (quinze) dias do recebimento da
solicitação;
§ 5º Rejeitado o veto, o projeto vetado, no todo ou em parte será promulgado pelo presidente da
Câmara que promoverá sua publicação, no caso do Poder Executivo não o sancionar dentro do prazo de XV - dirigir, superintender e fiscalizar serviços de obras municipais;
48 horas.
XVI - promover a arrecadação dos tributos, preços públicos e tarifas devidos ao Município, dando-lhes
Art. 50 Não poderão ser renovados, no mesmo período legislativo anual, projetos rejeitados pela a publicação adequada;
Câmara, bem como aqueles cujos vetos tenham sido aceitos.
XVII - administrar os bens municipais, promover a alienação, deferir permissão, cessão, ou
Parágrafo Único - Excetuam-se do disposto neste artigo os projetos que no mesmo período legislativo autorização de uso, observadas as prescrições legais;
forem de iniciativa da maioria absoluta dos membros da Câmara ou do prefeito municipal.
XVIII - permitir, conceder ou autorizar a execução dos serviços públicos por terceiros quando não
Os projetos de lei não poderão tratar de matéria estranha ao enunciado da respectiva ementa, e
Art. 51 possível ou conveniente ao interesse público a exploração direta pelo Município;
quando da iniciativa do prefeito, serão acompanhados de mensagem fundamentada.
XIX - autorizar despesas e pagamentos de conformidade com as dotações votadas pela Câmara;
CAPÍTULO II
XX - decidir sobre requerimentos, reclamações e representações;
DO PODER EXECUTIVO

XXI - prover os cargos públicos, contratar, exonerar, demitir, aposentar, colocar em disponibilidade e
Seção I praticar os demais atos relativos à situação funcional dos seus servidores, respeitado o Estatuto do
Funcionário Público e as prescrições legais; Art. 53 Substituirá o prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Prefeito.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7)
XXII - requisitar às autoridades do Estado o concurso de força policial para cumprimento de suas
determinações estabelecidas na lei; § 1º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas em lei, auxiliará o Prefeito
sempre que for por ele convocado para missões especiais.
XXIII - celebrar convênios, acordos e consórcios com a União, o Estado, outros Municípios e
entidades privadas; § 2º Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos,
serão sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do Poder Executivo o Presidente da Câmara e o
XXIV - promover, com prévia autorização da Câmara, a emissão de títulos de dívida pública; Vereador mais idoso.

XXV - promover o tombamento dos bens do Município; § 3º Vagando os cargos do Prefeito, do Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa) dias depois de
aberta a última vaga.
XXVI - transigir com terceiros, em juízo, inclusive nos casos de responsabilidade civil, e celebrar
acordos com devedores, ou credores do Município, ou transações preventivas ou extintivas de litígio, se § 4º Ocorrendo a vacância nos últimos 2 (dois) anos de mandato, a eleição para ambos os cargos será
comprovada, em processo regular, manifesta vantagem para o Município; feita 30 (trinta) dias depois de aberta a última vaga pela Câmara Municipal, na forma da Lei.

XXVII - abrir créditos suplementares e especiais com autorização legislativa; Art. 54 O prefeito perderá o cargo nos seguintes casos:

XXVIII - abrir créditos extraordinários, mediante decreto, nos casos em que a lei indicar; I - por extinção quando:

XXIX - promover processo por infração das leis e regulamentos municipais e impor as sanções a) perder os direitos políticos;
respectivas; b) não prestar contas de sua administração, nos termos da lei.

XXX - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e contas exigidas em lei; II - por cassação através do voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal quando:

XXXI - providenciar, obedecidas as normas urbanísticas vigentes, o emplacamento de vias e a) incidir em infração político-administrativa, nos termos do art. 56;
logradouros públicos;
III - por renúncia.
XXXII - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como relevá-los quando impostos
irregularmente; Parágrafo Único - O prefeito terá assegurada ampla defesa, na hipótese do inciso II.

XXXIII - colocar à disposição, da Câmara os recursos correspondentes às suas dotações Art. 55 O prefeito e seus auxiliares incorrerão em crime de responsabilidade quando atentarem contra as
orçamentárias e a ela destinados na forma prevista nesta Lei; Constituições Federal ou Estadual, a Lei Orgânica do Município, o livre exercício dos outros poderes,
inclusive os direitos políticos, sociais e individuais, a probidade na administração, a Lei Orçamentária,
XXXIV - delegar competência aos seus auxiliares imediatos; ficando sujeito à suspensão do exercício de suas funções, à destituição e perda de mandato e a outras
decisões judiciais.
XXXV - decretar a intervenção e requisição de bens e serviços;
Seção II
XXXVI - fixar os preços dos serviços prestados pelo Município e os relativos à concessão, cessão,
Dos Secretários Municipais
permissão ou autorização de uso de seus bens e serviços;

XXXVII - fixar tarifas dos serviços públicos de sua competência;


Art. 56 Junto ao prefeito, funcionará como órgão de coordenação e representação uma secretaria, a
cujo secretário compete:
XXXVIII - dispor sobre a estrutura e organização dos órgãos da administração municipal, mediante
autorização da Câmara Municipal;
I - assessorar direta e imediatamente o prefeito no desempenho de suas atribuições e, em especial,
nos assuntos referentes à administração em geral;
XXXIX - solicitar à Câmara licença para ausentar-se do Município por tempo superior a 30 (trinta) dias;
II - promover a divulgação dos atos e atividades da administração municipal;
XL - aceitar e receber legados e doações salvo quando se tratar de encargos, que dependerá de
autorização da Câmara;
III - acompanhar a tramitação de projetos de lei na Câmara com a participação das secretarias e
demais órgãos da administração no que se refere aos projetos de lei submetidos à sanção do prefeito;
XLI - praticar quaisquer atos de interesse do Município que não estejam reservados à competência
privativa da Câmara Municipal.
IV - referendar os atos do prefeito.
Art. 57 Os secretários do Município são auxiliares diretos de confiança do prefeito, sendo responsáveis
pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo. Art. 65 Ao procurador geral compete, dentre outras atribuições:

Art. 58 Poderão exercer os cargos indicados no artigo anterior os brasileiros no gozo de seus direitos I - defender e representar, em juízo ou fora dele, o Município;
civis e políticos, que farão declaração pública de bens, no ato de posse e no término do exercício do
cargo. II - dirigir e supervisionar os serviços da Procuradoria Geral e supervisionar as Procuradorias Fiscal e
do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras e demais procuradorias especializadas;
Art. 59 Ficam sujeitos a punição os secretários e dirigentes de órgãos públicos que violarem os direitos
constitucionais ou cometerem crimes administrativos, ou corrupção, tráfico de influência ou omissão III - emitir parecer sobre questões jurídicas em processo submetido a seu exame;
dolosa. O crime não prescreve com o afastamento ou demissão do cargo.
IV - prestar assistência jurídica ao Executivo Municipal nas áreas de sua competência;
Art. 60 Compete aos secretários:
V - avocar a defesa da Fazenda Municipal em qualquer ação ou processo, ou atribuí-la a procurador
I - supervisionar, coordenar, orientar, dirigir e fazer executar os serviços de sua Secretaria, de acordo especialmente designado;
com o planejamento geral da administração;
VI - dirigir, supervisionar e orientar os serviços de assistência jurídica das autarquias, fundações,
II - expedir instruções para execução das leis e regulamentos; empresas públicas e sociedades de economia mista municipais, nas áreas de sua competência.

III - apresentar proposta parcial para elaboração da lei do Orçamento e, até o dia 31 de janeiro, Art. 66 Ao procurador chefe da Procuradoria Fiscal compete:
relatório dos serviços de sua Secretaria;
I - a representação judicial do Município e a sua defesa extrajudicial, bem como assessoramento
IV - Comparecer à Câmara, dentro de 08 (oito) dias, quando convocado para pessoalmente prestar jurídico dos órgãos da administração, em matéria fiscal tributária e não tributária;
informações;
II - dirigir e supervisionar os serviços da Procuradoria Fiscal;
V - delegar atribuições aos seus subordinados;
III - avocar a defesa da Fazenda Municipal em qualquer ação ou processo, ou atribuí-la a procurador
VI - referendar os atos do prefeito. especialmente designado;

IV - dirigir, supervisionar e orientar os serviços de anuência jurídica das autarquias, fundações,


Seção III
empresas públicas e sociedades de economia mista municipais, nas áreas de sua competência.
Da Procuradoria

V - apresentar semestralmente relatório circunstanciado de suas atividades ao procurador geral do


Município.
Art. 61 A Procuradoria Geral do Município é a instituição que representa o município, judicial ou
extrajudicial, cabendo-lhe, ainda, exercer as atividades de consultoria e assessoramento do Poder
Art. 67 Ao procurador chefe da Procuradoria do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras
Executivo e, privativamente, administrar e executar a dívida ativa.
compete:
Parágrafo único. A Procuradoria Geral do Município tem por Chefe o Procurador-Geral do Município,
I - a representação judicial do Município e a sua defesa extrajudicial, bem como o assessoramento
auxiliar direto da confiança do Prefeito, por ele nomeado dentre os integrantes da carreira de Procurador
jurídico dos órgãos da administração, em matéria relativa ao meio ambiente, sua proteção e utilização;
do Município, de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada. (Redação dada pela Emenda à Lei
ao patrimônio, urbanismo, planejamento, ordenamento urbano, ocupação e uso do solo e obras do
Orgânica nº 25)
Município;
Art. 62 A Procuradoria Fiscal do Município é órgão da estrutura da Procuradoria Geral, competindo-lhe a
II - dirigir e supervisionar os serviços da Procuradoria;
representação judicial ou extrajudicial, a consultoria e o assessoramento jurídico ao Município, em
matéria tributária e não tributária, de sua competência.
III - avocar a defesa do Município em qualquer ação ou processo, ou atribuí-la a procurador
especialmente designado;
Art. 63A Procuradoria do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras é também órgão integrante da
estrutura da Procuradoria Geral do Município, competindo-lhe a representação judicial e extrajudicial do
IV - dirigir, supervisionar e orientar os serviços de assistência jurídica das autarquias, fundações,
Município, bem como a consultoria e o assessoramento jurídico nas áreas de meio ambiente, patrimônio,
empresas públicas e sociedades de economia mista municipais, nas áreas de sua competência;
urbanismo e obra de sua competência, cabendo-lhe ainda, a consultoria e assessoramento do Poder
Executivo e privativamente a orientação do exercício do poder de polícia na área de sua competência.
V - apresentar, semestralmente, relatório circunstanciado de suas atividades, ao procurador geral do
Município.
Art. 64 As Procuradorias Fiscal e do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras do Município serão
dirigidas por procuradores integrantes da carreira de procurador do Município, de reconhecido saber
Art. 68 A consultoria e o assessoramento jurídico das autarquias, fundações empresas públicas e
jurídico e reputação ilibada, indicados pelo prefeito.
sociedades de economia mista competem às respectivas procuradorias. d) prevenção da especulação imobiliária;
e) adequação do direito de construir às normas urbanísticas;
Art. 69 A carreira de procurador, a organização e o funcionamento das procuradorias serão disciplinados
em lei, dependendo o respectivo ingresso de classificação em concurso público de provas e títulos. XI - controle do uso do solo visando evitar:

Art. 70 Os vencimentos dos cargos de procurador de 1ª e 2ª classes corresponderão, sempre, a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
respectivamente, a 50% (cinqüenta por cento) e 45% (quarenta e cinco por cento) da remuneração b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
mensal atribuída ao cargo de procurador geral, devendo ser procedidos os reajustamentos, para efeito de c) adensamentos inadequados à infra-estrutura e aos equipamentos urbanos e comunitários
observância dessa correspondência, automática e coincidentemente, nas épocas dos aumentos dos existentes ou previstos;
servidores municipais. d) a ociosidade do solo urbano edificável;
e) a deterioração das áreas urbanizadas;
f) a ocorrência de desastres naturais especialmente nas encostas;
TÍTULO III
g) a deterioração da imagem ambiental, natural ou construída.
A ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

XII - adequação da política fiscal e financeira aos objetivos do desenvolvimento urbano;


CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO URBANO E HABITAÇÃO XIII - recuperação dos investimentos públicos municipais, mediante contribuição de melhoria e outras
cobranças que o Plano Diretor determinar, pagos diretamente ao Município pelos proprietários dos
Seção I imóveis beneficiados;
Do Planejamento Urbano
XIV - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente e do patrimônio cultural, de modo a
privilegiar os investimentos geradores do bem-estar geral e a fruição de bens pelos diferentes segmentos
Art. 71 O Município, atendendo às peculiaridades locais e às diretrizes estaduais e federais, promoverá o sociais;
desenvolvimento urbano através de um processo de planejamento, levado a efeito pelo sistema de
planejamento municipal, visando aos seguintes objetivos: XV - adequação dos investimentos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, notadamente
quanto ao sistema viário, transporte, habitação e saneamento;
I - promoção das medidas necessárias à cooperação e articulação de atuação municipal com a dos
demais níveis de governo; XVI - proteção, preservação e recuperação do patrimônio histórico, artístico, arqueológico,
paisagístico e ecológico;
II - criação das condições necessárias a adequada distribuição espacial da população e das atividades
sócio-econômicas e culturais, em especial a de baixa renda; XVII - estímulo à participação da iniciativa privada na urbanização e no processo de desenvolvimento
urbano;
III - estímulo e garantia de participação da comunidade em todas as fases do processo de
planejamento, desenvolvimento e organização territorial e espacial do Município; XVIII - promoção do turismo como fator de desenvolvimento econômico;

IV - ordenação da expansão dos núcleos urbanos; XIX - incentivo à participação popular no processo de desenvolvimento urbano.

V - estruturação do crescimento urbano; Parágrafo Único - Como sistema de planejamento, compreende-se o conjunto de órgãos, normas,
recursos humanos e técnicos, à coordenação da ação planejada da administração municipal.
VI - integração e complementariedade de atividades urbanas e rurais, públicas e privadas;
Seção II
VII - garantia a qualquer cidadão de acesso aos serviços básicos de infra- estrutura e equipamentos Do Plano Diretor
urbanos e comunitários adequados;

VIII - otimização e atribuição de finalidade aos imóveis municipais; Art. 72 As ações do Poder Público Municipal relativas ao processo de planejamento permanente,
deverão ser desenvolvidas de acordo com a seguinte orientação coordenada:
IX - otimização dos equipamentos e infra-estrutura urbana, evitando deseconomias no processo de
urbanização; I - avaliação da realidade presente e análise dos planos, programas e projetos existentes para
caracterização de problemas e identificação das necessidades prioritárias de intervenção pública;
X - cumprimento da função social da propriedade imobiliária urbana:
II - fornecimento de subsídios necessários para a criação de alternativas e definição de diretrizes
a) oportunidade de acesso à propriedade imobiliária urbana e à moradia; gerais da política de desenvolvimento urbano;
b) justa distribuição dos benefícios e ônus do processo de urbanização;
c) prevenção e correção das distorções de valorização da propriedade urbana; III - estabelecimento dos meios para operacionalização e compatibilização entre si dessas diretrizes;
IV - elaboração de programas e projetos executivos, controle de sua implantação e avaliação dos Seção III
resultados, reiniciando o ciclo. Do Desenvolvimento Urbano

Art. 73 O Município terá aprovado por lei o seu Plano Diretor de Desenvolvimento e de Expansão
Urbana, peça fundamental da gestão municipal que conterá as diretrizes gerais, objetivando ordenar o Art. 81 A política de desenvolvimento urbano a ser formulada pelo Município, fica vinculada ao
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar e a melhoria da qualidade de atendimento das funções sociais da cidade e da propriedade e ao bem-estar de seus habitantes.
vida de seus habitantes.
§ 1º Para efeito do desenvolvimento urbano, o Município poderá se utilizar dos seguintes
Art. 74 A elaboração do Plano Diretor, bem como sua revisão, atualização, complementação e instrumentos:
ajustamento são da iniciativa e atribuição do Executivo, por intermédio de seus órgãos de planejamento,
e dele deverá constar, como conteúdo básico: I - de caráter tributário e financeiro, entre estes:

I - análise e diagnóstico dos sistemas urbanos do município; a) imposto predial e territorial, progressivo no tempo e diferenciado por zonas e outros critérios de
ocupação e uso do solo;
II - projeções relativas à demanda real de equipamentos, infra-estrutura, serviços urbanos e b) taxas e tarifas diferenciadas em função de projetos de interesse social e serviços públicos
atividades econômicas em geral para os horizontes estudados; oferecidos;
c) contribuição de melhoria;
III - diretrizes relativas à estrutura urbana, uso e ocupação do solo, zoneamento, áreas de interesse d) fundos destinados ao desenvolvimento urbano;
social e especial infra-estrutura urbana, além das diretrizes sócio-econômicas, financeiras e
administrativas. V - incentivos e benefícios fiscais a programas e empreendimentos de notório alcance social;

Art. 75 O Executivo Municipal deverá promover a revisão e atualização do Plano Diretor a cada decurso II - de caráter jurídico:
de oito anos após a sua aprovação pela Câmara Municipal, podendo o mesmo sofrer complementações e
ajustamentos antes do prazo estabelecido neste artigo, sem prejuízo da revisão e atualização prevista a) desapropriação, por interesse social ou utilidade pública, em especial a destinada à urbanização e
nesta lei. reurbanização;
b) servidão administrativa;
Art. 76 Os planos específicos, programas e projetos urbanísticos criados ou implantados pelo Município c) limitação administrativa;
deverão observar as diretrizes gerais estabelecidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. d) inventários, registros e tombamentos de imóveis;
e) concessão do direito real de uso;
Art. 77 O Município elaborará as normas a serem observadas no planejamento urbano, no ordenamento f) transferência do direito de construir;
do uso e da ocupação do solo, as quais deverão guardar harmonia com as diretrizes gerais previstas no g) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e se constituirão no seu instrumento de operacionalização. h) concessão, através da aprovação de planos ou programas urbanísticos especiais, de índices e
parâmetros urbanísticos mais permissivos que os estabelecidos, mediante contraprestação;
Art. 78 Os órgãos e entidades federais e estaduais deverão compatibilizar sua atuação no Município com i) direito de preempção ou preferências, caso institucionalizado por lei federal e regulamentado por
as diretrizes e prioridades estabelecidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. lei municipal;
j) discriminação de terras públicas;
Art. 79 O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano será elaborado pelo órgão de planejamento l) declaração de área de preservação ou proteção ambiental;
municipal, cabendo-lhe para esse efeito, a coordenação dos procedimentos de todos os órgãos da m) usucapião especial nos termos do artigo 183 da Constituição Federal;
administração direta e indireta, que serão co-responsáveis pela sua preparação, cabendo-lhe ainda, o n) usucapião coletivo nos termos do parágrafo 3º do artigo 169 da Constituição Estadual;
controle de sua implementação e a avaliação de seus resultados. o) concessão de uso especial para fins de moradia. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

Art. 80 Quando da elaboração e/ou atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e dos § 2º A utilização dos instrumentos de caráter tributário e financeiro se fará na forma da lei.
planos específicos, o órgão de planejamento municipal deverá assegurar, durante todo o processo, a
participação da comunidade, pela Câmara Municipal, e dos setores públicos, que poderão se manifestar Art. 82 A desapropriação, a servidão administrativa, a limitação administrativa, o tombamento de bens e
de acordo com a regulamentação a ser fixada, devendo ser representados: o direito real de concessão de uso regem-se pela legislação federal que lhes é própria.

I - a comunidade, pelas entidades representativas de qualquer segmento da sociedade; § 1º As desapropriações poderão abranger as áreas contíguas necessárias ao desenvolvimento da
obra a que se destina e as zonas que se valorizarem extraordinariamente em conseqüência da realização
II - a Câmara Municipal, pelos seus membros, no Conselho de Desenvolvimento Urbano, e, através de do serviço, devendo a declaração de utilidade pública compreendê-las, mencionando quais as
representantes de sua comissões permanentes; indispensáveis à realização das obras e as que se destinam a posterior revenda.

III - o setor público, pelos órgãos da administração direta e indireta municipal, estadual e federal. § 2º Nas desapropriações específicas para urbanização e reurbanização, o valor de revenda das áreas
remanescentes não poderá ser superior ao do custo das obras para o Município, acrescidos dos custos da
desapropriação. Dar-se-á, nos casos de reurbanização, prioridade à manutenção no mesmo local dos
moradores expropriados, ficando-lhes assegurada a preferência para aquisição dos imóveis resultantes do Art. 85 O Município facultará aos proprietários de terrenos contidos em planos urbanísticos que definam
programa. parâmetros mais permissivos, propostas para utilização dos mesmos mediante contraprestação em
espécie. (Regulamentado pelo Decreto nº 10.772/1994)
Art. 83 O proprietário de terreno considerado pelo poder público como de interesse do patrimônio
histórico, artístico, arqueológico ou paisagístico, poderá exercer em outro local, ou alienar a terceiros o Art. 86 Os recursos a que se refere o artigo anterior, exigidos em contraprestação, corresponderão ao
direito de construir previsto na legislação de uso do solo do Município e ainda não utilizado, desde que incremento econômico gerado pela utilização dos novos parâmetros, apurados e definidos o valor e a
transfira, sem ônus, ao poder público, a área considerada como de interesse público. forma de pagamento segundo critérios estabelecidos pelo Executivo. (Regulamentado pelo Decreto nº
10.772/1994)
§ 1º A mesma faculdade poderá ser concedida ao proprietário que doar ao poder público imóvel seu
ou parte dele, para fins de implantação de infra-estrutura urbana, equipamentos urbanos ou Art. 87 As alterações supervenientes a esta lei, de índices ou parâmetros urbanísticos que importem
comunitários, ou utilização pelo próprio Município. utilização mais permissiva do solo que a atualmente permitida, seja em decorrência da alteração de leis
urbanísticas, seja em razão da aprovação de novos planos urbanísticos, importará, sempre, no pagamento
§ 2º As indenizações devidas pelo poder público em razão de desapropriação de imóveis para de contraprestação ao Município pelo proprietário para que este possa beneficiar-se dos novos índices ou
implantação de infra-estrutura ou equipamentos urbanos ou comunitários, poderão ser satisfeitas através parâmetros, assegurado o seu direito de usar ou ocupar, sem ônus, o seu terreno, segundo os índices ou
da concessão ao proprietário, da faculdade prevista neste artigo. parâmetros vigentes na data da alteração ou aprovação das novas leis ou planos
urbanísticos. (Regulamentado pelo Decreto nº 10.772/1994)
§ 3º Para efeito de transferência do direito de construir considerar-se-ão sempre os valores de
avaliação do imóvel a ser doado à Prefeitura e o valor de avaliação do terreno para o qual o aludido Art. 88 As disposições constantes das leis que regulam o uso e a ocupação do solo prevalecem sobre as
direito de construir será transferido. normas urbanísticas convencionais, inclusive as constantes de termo de acordo e compromisso firmado
com o Município.
§ 4º A área construída a ser transferida será diretamente proporcional ao valor do metro quadrado
do terreno a ser doado e inversamente proporcional ao valor do metro quadrado do terreno para o qual Art. 89 Os recursos obtidos através da utilização dos instrumentos de desenvolvimento urbano referidos
será transferido o direito de construir. Existindo construções, acessões ou benfeitorias no terreno doado, nesta lei serão destinados à recuperação de centros históricos, à construção de habitações populares, à
o valor dessas será considerado para apuração do valor do seu metro quadrado. regularização de situação fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda, à preservação de
encostas ou à realização de obras de infra-estrutura que favoreçam à população de baixa renda,
§ 5º A avaliação será dispensada quando a transferência se referir a imóveis situados na mesma zona mediante a construção ou contribuição, se for o caso a fundos específicos.
ou região de concentração de uso e de ocupação do solo.
Art. 90 Não será admitida urbanização que impeça o acesso público às praias e ao mar.
§ 6º Dependerá de prévia autorização da Câmara Municipal a aplicação pelo Executivo do
instrumento previsto neste artigo sempre que resultar em modificação: Art. 91 Observada a legislação federal, nos parcelamentos de solo, o Executivo poderá, em substituição à
doação no local, das áreas institucionais previstas em lei, admitir a doação em outro local, desde que:
I - que importe no dobro do índice de utilização da zona;
I - a área entregue em substituição seja segundo avaliação administrativa de valor, no mínimo
II - do número de pavimentos ou cota, previstos para a zona; equivalente àquela inserida no parcelamento do solo que seria objeto da doação;

III - da taxa de ocupação prevista para a zona. II - as áreas entregues em substituição correspondam a, no mínimo, três vezes mais que aquela que
seria objeto da doação;
§ 7º O Executivo, na aplicação do instrumento referido neste artigo, observará, ainda, em qualquer
hipótese: III - a manutenção na área objeto do parcelamento de, no mínimo, metade do percentual de áreas
verdes previsto na lei de ocupação e uso do solo;
I - a largura dos logradouros públicos decorrentes da instalação da atividade;
IV - a área a ser entregue em substituição àquela objeto de doação, sirva à construção de habitações
II - a preservação do patrimônio histórico, artístico, paisagístico, ecológico e do meio ambiente; populares, equipamentos públicos e comunitários, preservação do meio ambiente, de interesse do
patrimônio histórico, cultural, paisagístico e ecológico.
III - o impacto urbanístico da implantação do empreendimento no tocante à saturação da capacidade
viária do contorno, à qualidade ambiental e à paisagem urbana; Art. 92 Na elaboração de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano, o Município, sem
prejuízo de outras formas de participação, assegurará a participação da comunidade através do Conselho
IV - os usos previstos na legislação urbanística. de Desenvolvimento Urbano - CONDURB, que será constituído com a representação de órgãos públicos,
entidades profissionais, associações de classe e 1 (um) membro do Conselho de Meio Ambiente na forma
Art. 84 Para assegurar o aproveitamento dos equipamentos urbanos existentes e o efetivo cumprimento da lei.
da função social da propriedade, lei municipal definirá o conceito de solo urbano não utilizado e
determinará os procedimentos e prazo para o parcelamento, edificação ou utilização compulsória e as Parágrafo Único - O CONDURB contará na sua composição com dois representantes titulares e dois
sanções cabíveis para a hipótese de desacolhimento.
suplentes do Poder Legislativo, havendo substituição de titulares de seis em seis meses, sendo que a
escolha dos mesmos será feita em plenário. IV - cessão de uso de bens imóveis municipais.

Parágrafo Único - Nenhuma obra pública já iniciada poderá deixar de ser concluída sem que haja
Seção IV
prévia aprovação do Poder Legislativo e ampla ciência à comunidade das razões que justificarem seu
Da Habitação
abandono.

Art. 101 O Município, na forma da lei, criará mecanismos que assegurem aos portadores de deficiência
Art. 93O Município promoverá e dará apoio à criação de cooperativas, associações e outras formas de
física acesso adequado aos logradouros públicos, edifícios e praias, bem como aos próprios particulares
organização da população que tenham por objetivo a construção de habitações e equipamentos
abertos à população em geral, com mecanismos especializados.
comunitários, colaborando mediante assistência técnica e financeira.

Art. 102 Lei municipal disciplinará que os empreendimentos e edificações de luxo contenham obra de
Art. 94 O Município estimulará a implantação de loteamentos e empreendimentos habitacionais
arte de autor de comprovada habilidade profissional.
destinados à população de baixa renda, estabelecendo incentivos à iniciativa privada entre estes:

I - elaboração gratuita de projetos; CAPÍTULO III


DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
II - implantação de infra-estrutura simplificada.
Seção I
Art. 95O Município desenvolverá uma política habitacional voltada para o atendimento da população de
Dos Atos Administrativos
baixa renda, promovendo a urbanização e a implantação de empreendimentos habitacionais destinados a
esta população, assegurado:
Art. 103 A administração pública direta, indireta ou fundacional na prática de atos administrativos,
I - a redução do preço final das unidades imobiliárias;
observará as prescrições constitucionais, o disposto nesta lei e demais normas pertinentes e atenderá aos
princípios básicos de legalidade, moralidade, finalidade e publicidade.
II - destinação exclusiva àqueles que não sejam proprietários de outro imóvel residencial.
Art. 104 Os atos administrativos externos deverão ser publicados no órgão oficial do Município para que
Art. 96 O Município desenvolverá ações no sentido de promover a regularização de loteamentos ou
produzam os seus efeitos regulares. A publicação dos atos normativos poderá ser resumida.
parcelamentos de solo irregulares, observando, para tanto, as normas constantes da legislação federal.
Art. 105 A lei fixará prazos para a prática dos atos administrativos e estabelecerá os recursos adequados
CAPÍTULO II à sua revisão, indicando seus efeitos e a forma de processamento.
DAS EDIFICAÇÕES E OBRAS PÚBLICAS
Art. 106 O Município terá os livros que forem necessários ao registro de seu expediente.
Art. 97 O Município terá o seu código de edificações que regulará o exercício das atividades de
construção. Art. 107 O Município assegurará a todos os cidadãos o direito de:

Art. 98 Nas edificações e parcelamentos de solo deverão ser observadas as normas de ordenação, I - receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou
ocupação e uso do solo, cabendo ao Município fiscalizar a sua adequação às aludidas normas e ao geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
atendimento dos requisitos da técnica, estética, segurança, salubridade e solidez, observadas as
disposições constantes do Código de Edificações e da Lei de Ordenamento e Ocupação do Uso do Solo. II - obter nas repartições públicas, independentemente do pagamento de taxas, certidão de atos,
contratos, decisões e pareceres, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse
Art. 99 A execução de obras públicas será precedida sempre do respectivo projeto básico elaborado e pessoal;
aprovado segundo normas técnicas adequadas, sob pena de suspensão de sua despesa ou de invalidade
de sua contratação, ressalvadas as situações prevista em lei. III - peticionar aos poderes públicos, independentemente do pagamento de taxas, em defesa de
direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 100 É facultado ao Município nas licitações e contratos administrativos para construção e realização
de obras públicas satisfazer o preço ajustado através de: Art. 108 As informações, esclarecimentos ou certidões a que se refere o artigo anterior serão fornecidos
pela administração no prazo máximo de vinte dias úteis, sob pena de responsabilidade da autoridade ou
I - exploração via concessão da obra por prazo determinado e sob fiscalização do Poder Público; servidor que negar ou retardar a prestação ou expedição.

II - transferência de propriedade das áreas remanescentes ou especialmente destinadas à Parágrafo Único - No mesmo prazo a administração deverá atender às requisições judiciais, se outro
incorporação; não for fixado pela autoridade judiciária.

III - dação em pagamento de bens imóveis municipais; Art. 109 O Município poderá emitir títulos de divida pública, mediante autorização legislativa e
observadas as disposições estabelecidas pela legislação federal.

Art. 110 O Município, na forma da lei, instituirá mecanismos que assegurem a participação da Art. 117 Incumbe ao Município, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, a prestação de
comunidade na administração municipal e no controle de seus atos, através de conselhos, colegiados, serviço público.
entidades, representantes de classe, prevendo, dentre outros os seguintes:
§ 1º O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que
I - audiências públicas; executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que se revelarem
insuficientes para o atendimento ao usuário.
II - fiscalização da execução orçamentária e das contas públicas;
§ 2º A permissão, cessão de uso e a concessão do direito real de uso de bens municipais para
III - recursos administrativos coletivos; execução de serviços públicos, reger-se-ão pelas normas contidas na presente Lei.

IV - plebiscito; Art. 118 A concessão, contratada mediante concorrência pública, ou a permissão de serviço público ou
outorgada por ato administrativo, com vistas à plena satisfação dos usuários, obedecerá os seguintes
V - iniciativa de projetos de lei. princípios:

Art. 111 A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas, feitas pelos órgãos públicos I - obrigação de manter serviço adequado;
municipais, deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. II - fixação e revisão periódica de tarifas que permitam o melhoramento e a expansão dos serviços e
assegurem o equilíbrio econômico e financeiro do contrato;
Art. 112 A administração pública tem o dever de anular seus próprios atos, quando ilegais e a faculdade
de revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, visando ao interesse público, resguardados o III - fiscalização permanente dos serviços;
direito adquirido e o devido processo legal.
IV - intervenção imediata na empresa, quando devidamente comprovada a má prestação do serviço;
Art. 113A autoridade ou servidor público que, ciente de vício invalidador de ato administrativo, deixar de
saná-lo ou de adotar providências para que o órgão ou agente competente o faça, incorrerá nas V - direitos e reclamação dos usuários.
penalidades administrativas de lei, por sua omissão, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal.
Art. 119 A concessão ou permissão para a exploração do transporte coletivo urbano poderá ser atribuída
Art. 114 Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos públicos, a perda em caráter de exclusividade, quando assim for tecnicamente recomendável.
da função pública, a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Art. 120 Somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades de economia
mista, autarquias ou fundações públicas.
Seção II
Parágrafo Único - Depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
Das Licitações e Contratos Municipais
entidades mencionadas neste artigo, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada.

Art. 121 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadores de serviços públicos
Art. 115 Observadas as normas gerais estabelecidas pela União, lei municipal disciplinará o regime de
responderão pelos danos que seus agentes ou prepostos, nessa qualidade, causarem a terceiros,
licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienação.
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
§ 1º Nas licitações a cargo da administração direta e indireta municipal, observar-se-ão, sob pena de
Art. 122 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante convênio com o
nulidade, os princípios da isonomia, publicidade, moralidade, vinculação ao instrumento convocatório e
Estado, a União ou entidades de direito público ou privado, ou mediante consórcio com outros
julgamento objetivo.
municípios, com autorização prévia da Câmara Municipal.
§ 2º Nos contratos administrativos celebrados pelo Município manter-se-á, sempre, a relação que as
partes pactuarem inicialmente, entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a CAPÍTULO IV
justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do seu inicial equilíbrio DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
econômico e financeiro.
Art. 123 O Município estabelecerá em lei o Regime Jurídico Único de seus servidores, atendendo às
Art. 116 A execução de obras públicas será sempre precedida do respectivo projeto básico e previsão dos disposições, aos princípios, aos direitos que lhes são aplicáveis pela Constituição Federal e pelo Estatuto
recursos, sob pena de nulidade, ressalvadas as situações previstas em lei. do Funcionário Público Municipal, a ser aprovado.

Art. 124 São direitos dos servidores públicos, além dos previsto na Constituição Federal: (Redação dada
Seção III
pela Emenda à Lei Orgânica nº 1)
Dos Serviços Municipais
I - o piso salarial da Prefeitura Municipal será de um salário mínimo e meio;
XXII - afastamento imediato de suas funções, do servidor que juntando certidão de tempo de serviço
II - irredutibilidade do salário ou vencimento; expedido pelo órgão competente, requerer aposentadoria com proventos integrais;

III - licença não remunerada para tratamento de interesse particular; XXIII - isenção de contribuição para o Instituto de Previdência dos servidores aposentados e
pensionistas, na forma da lei;
IV - licença remunerada à gestante, nos termos da Constituição Federal, extensiva à servidora que vier
a adotar criança, perdurando o benefício até que se completem cento e vinte dias do nascimento; XXIV - aperfeiçoamento pessoal e funcional, mediante cursos, treinamento e reciclagem, para melhor
desempenho das funções, vinculando essas ações aos planos de cargos, salários e sistemas de carreira;
V - licença paternidade, nos termos fixados em lei;
XXV - garantia de que nenhum servidor público sofrerá punição disciplinar sem que seja ouvido
VI - licença para tratamento de saúde; através de sindicância ou processo administrativo, sendo-lhe assegurado direito de defesa;

VII - licença especial, na forma da lei; XXVI - proteção do mercado de trabalho da mulher nos termos da lei;

VIII - adicional por tempo de serviço correspondente a 3% (três por cento) por biênio de efetivo XXVII - assistência médica e previdenciária, compreendendo:
exercício na administração direta, autárquica, fundacional e na Câmara de Vereadores deste Município,
incidente sobre o vencimento do cargo de provimento efetivo, até o limite de 51% (cinqüenta e um por a) amparo a invalidez;
cento); b) amparo a velhice;
c) pensão;
IX - contagem, para fins de percepção de adicional por tempo de serviço e gozo de licença prêmio ou d) auxílio reclusão;
especial, de todo o tempo de serviço prestado a órgãos ou entidades da administração direta, autárquica e) auxílio natalidade;
ou fundacional deste Município; f) pecúlio;
g) assistência social;
X - salário-família por dependente;
XXVIII - garantia ao homem, à mulher e seus dependentes do direito de usufruir dos benefícios
XI - readaptação, na forma da lei; previdenciários decorrentes de contribuição do cônjuge ou companheiro;

XII - contagem em dobro dos períodos de licença-prêmio não gozadas, para efeito de aposentadoria; XXIX - estabilidade econômica definida em lei;

XIII - garantia de licença parental para o atendimento de cônjuge, filho, pai ou mãe doente, mediante XXX - auxílio doença na forma da lei;
comprovação da necessidade, conforme indicação médica;
XXXI - auxílio educação extensivo aos dependentes;
XIV - garantia de salário nunca inferior ao piso, para os que percebem remuneração variável;
XXXII - participação na gerência de fundos e entidades para as quais contribuem, na forma da lei;
XV - décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
XXXIII - reajuste salarial mensal nunca inferior aos índices oficiais para correção de salários;
XVI - gozo de férias anuais remuneradas com 50% (cinqüenta por cento) a mais do valor do
vencimento e do adicional por tempo de serviço, ou, se maior, 1/3 (um terço) a mais do vencimento e das XXXIV - garantia a todos os servidores de formação universitária atingir o último nível funcional da
vantagens habitualmente percebidas pelo servidor, com adiconal de férias; tabela específica, assegurado o salário mínimo profissional;

XVII - disponibilidade remunerada, com vencimento integral em caso de extinção ou declaração de XXXV - garantia de adaptação funcional à gestante nos casos em que houver recomendação médica,
desnecessidade do cargo até o aproveitamento em cargo equivalente; sem prejuízo dos seus vencimentos e demais vantagens do cargo;

XVIII - licença-prêmio de três meses por quinquênio de serviços prestados à administração direta, XXXVI - os valores incorporados por cargos em comissão ou função gratificada de funcionários
autarquias e fundações, assegurado o recebimento integral das gratificações percebidas, municipais já estabilizados, correspondem respectivamente, aos valores atribuídos aos ocupantes dos
ininterruptamente, há mais de dois anos; respectivos cargos e funções;

XIX - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXXVII - ascensão nos quadros de carreira definidos no Plano de Cargos e Salários, dos servidores que
preencham os requisitos de promoção, independente de restrição de vagas, sem que implique no
XX - proibição de diferença de salário e de critérios de admissão por motivo de sexo, idade, cor, aumento total das vagas existentes na função;
estado civil, convicção política ou religiosa;
XXXVIII - é assegurado aos servidores públicos e às suas entidades representativas o direito de
XXI - adicional de remuneração às atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; reunião nos locais de trabalho em comum acordo com a administração;
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em
XXXIX - remuneração de jornada extraordinária, a no mínimo 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e
da hora normal e de no mínimo 100% (cem por cento) para a jornada noturna, sábados, domingos e proporcionais, nos demais casos;
feriados.
II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de
Art. 125 É garantido o direito à livre associação sindical. O direito de greve será exercido nos termos e serviço;
limites definidos em lei própria.
III - voluntariamente:
Parágrafo Único - É garantida a disponibilidade do servidor para o exercício de mandato eletivo em
diretoria de entidades sindicais representativas da categoria, sem prejuízo da remuneração do cargo, a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30 (trinta) anos, se mulher, com proventos
emprego ou função pública nos Poderes Executivo e Legislativo, na forma da lei. integrais;
b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e 25 (vinte e
Art. 126 A lei assegurará ao servidor público municipal que comprovadamente não for proprietário de cinco), se professora, com proventos integrais;
bem imóvel no município de Salvador, a isenção do pagamento do Imposto Sobre a Transmissão e Venda c) aos 30 (trinta) anos de serviço se homem, e aos 25 (vinte e cinco), se mulher, com proventos
de Bem Imóvel que se destina à sua residência ou de sua família. proporcionais a esse tempo.

Art. 127 A investidura em cargo ou emprego público na administração direta e indireta, dependerá de § 1º A lei estabelecerá critérios para aposentadoria especial, no caso de exercício de atividades
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para consideradas penosas, insalubres ou perigosas;
cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
§ 2º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.
§ 1º o prazo de validade do concurso público será de 2 (dois) anos, a partir da homologação,
prorrogável por uma vez, por igual período. § 3º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para os
efeitos de aposentadoria e disponibilidade.
§ 2º enquanto o concurso se encontrar dentro do prazo de validade e tenha candidatos a serem
chamados, não se realizará novo concurso público, sob pena de nulidade. § 4º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade e estendidos aos inativos quaisquer
Art. 128 São estáveis, após 2 (dois) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando
concurso público. decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial ou mediante § 5º O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou proventos do
processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. servidor falecido, reajustável nas mesmas proporções e datas em que ocorra atualização da remuneração
dos servidores em atividade, observado o disposto no parágrafo anterior, ficando estipulado que
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado e o eventual nenhuma pensão será inferior ao piso salarial.
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade. Art. 134 A revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á sempre na mesma data e com
os mesmos índices.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade
remunerada até seu adequado aproveitamento. Art. 135 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade
de horários:
Art. 129 Não será admitido vinculação ou equiparação de qualquer natureza para efeito de contribuição
do pessoal de serviço público, respeitado o princípio da isonomia para os cargos que tenham idênticas I - a de dois cargos de professor;
prerrogativas e equivalência de atribuições.
II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
Art. 130 O Município observará os limites de remuneração estabelecidos em lei para os seus servidores,
na conformidade do artigo 37, inciso XI da Constituição Federal, excluídas as vantagens de caráter III - a de dois cargos privativos de médico.
individual.
Parágrafo Único - A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
Art. 131 Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 22) empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.

Art. 132 Lei específica reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras Art. 136 Os acréscimos pecuniários percebidos pelo servidor público não serão computados nem
de deficiência física e definirá os critérios de sua admissão que se dará mediante concurso público. acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Art. 133 O servidor será aposentado:
Art. 137 A lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de vencimento entre cargos de
atribuições iguais ou assemelhados do mesmo poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e
Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de Art. 150 Compete ao Município instituir:
trabalho.
I - os impostos de sua competência;
Art. 138Os cargos públicos serão criados por lei que fixará sua denominação, padrão de vencimento,
condições de provimento e indicará os recursos pelos quais serão pagos seus ocupantes. II - taxas em razão do poder de polícia, ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
de sua atribuição, específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
Parágrafo Único - A criação e extinção dos cargos da Câmara, bem como a fixação e alteração de
seus vencimentos, dependerão de Projeto de Decreto Legislativo. III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;

Art. 139 O servidor municipal será responsável civil, criminal e administrativamente pelos atos que IV - contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, de sistemas de
praticar no exercício de cargo ou função ou a pretexto de exercê-lo. previdência e assistência social, observado o disposto no art. 149 da Constituição Federal.

Art. 140 O servidor municipal poderá exercer mandato eletivo, obedecidas as disposições legais vigentes. § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
Art. 141 Os titulares de órgãos da administração da Prefeitura deverão atender convocação da Câmara efetivamente a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
Municipal para prestar esclarecimentos sobre assuntos de sua competência. patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Art. 142 O Município estabelecerá, por lei, o regime previdenciário de seus servidores. § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 143 A atribuição de vantagens ao servidor que decorram do exercício da função ou cargo para o qual
Seção II
foi transferido, somente prevalecerá, para fins de aposentadoria, caso a transferência se tenha verificado
Das Limitações do Poder de Tributar
a, no mínimo, dois anos antes da referida aposentadoria.

Art. 144 Os funcionários dos Poderes Executivo e Legislativo, ao passarem para um regime jurídico único,
Art. 151 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Município: (Redação
por força da Constituição Federal, serão efetivados com mais de 5 (cinco) anos e, se admitidos por
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 03)
concurso público, com dois anos de serviço.
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
Art. 145 A lei reservará percentual de cargos e empregos públicos municipais para as pessoas que
cumpriram pena em presídios, reformatórios, colônias penais e outros estabelecimentos similares,
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situações equivalentes,
definindo critérios de recrutamento, seleção e admissão, mediante concurso público.
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
Art. 146 Fica garantida a participação dos sindicatos de trabalhadores nas ações de vigilância sanitária
nos locais de trabalho dos órgãos municipais.
III - cobrar tributos:

TÍTULO IV a) em relação a fatos gerados ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA TRIBUTÁRIO aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
CAPÍTULO I
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

V - instituir impostos sobre:


Seção I
Dos Princípios Gerais a) patrimônio, renda ou serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
Art. 147 Aplica-se ao sistema tributário municipal os princípios e normas gerais da Constituição Federal, sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, dos
da Constituição Estadual, desta Lei Orgânica, das leis complementares e das demais leis que deva clubes sociais e esportivos, considerados de utilidade pública, atendidos os requisitos da lei e devidamente
observar. registrados na respectiva federação estadual;
d) livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão;
Art. 148 A receita pública municipal será constituída por tributos, preços e outros ingressos.
VI - Respeitado o disposto no Art. 150 da Constituição Federal, bem assim na legislação
Art. 149 Os preços públicos serão fixados pelo Executivo, observadas as normas gerais de Direito complementar específica, instituir tributo que não seja uniforme em todo o seu território, admitida a
Financeiro e aprovados pela Câmara Municipal. concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico
entre as diferentes regiões do Município;

§ 1º A proibição do inciso V, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas ou mantidas pelo Art. 154 Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido,
poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados aos seus fins especiais anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei
ou deles decorrentes. especifica, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas, aprovadas por, no mínimo, dois
terços dos membros da Câmara, observado o disposto em Lei Complementar a que se refere a
§ 2º As proibições do inciso V, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18)
aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo § 1º A concessão ou ampliação de incentivo ou beneficio a que se refere o caput que implicar em
usuário. renúncia fiscal deverá:

§ 3º As proibições expressas no inciso V, alíneas, "b" e "c", compreendem somente o patrimônio e os I - ser acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva
serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. iniciar sua vigência e nos dois seguintes;

Art. 152 É vedada a cobrança de taxas: II - atender ao disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

I - pelo exercício do direito de petição ao poder público em defesa de direitos ou contra ilegalidade III - atender a, pelo menos, uma das seguintes condições:
ou abuso de poder;
a) demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da Lei
II - para a obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimentos Orçamentária e não afetará as metas de resultados fiscais previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
de interesse pessoal. ou
b) estar acompanhada de medidas de compensação no período mencionado no inciso I, por meio de
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de calculo, majoração ou
Seção III
criação de tributos ou contribuição.
Dos Tributos Municipais

§ 2º A concessão ou ampliação do incentivo que decorrer da condição a que se refere a alínea "b" do
inciso III, só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas.
Art. 153 Compete ao Município instituir impostos sobre:

§ 3º Não se considera renúncia de receita:


I - a propriedade predial e territorial urbana;

I - o cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao do respectivo custo de cobrança;


II - transmissão "intervivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, situados em seu território, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
II - o incentivo fiscal concedido em caráter geral ou por prazo certo visando ao interesse público.
como cessão de direitos à sua aquisição;

§ 4º A concessão de incentivo fiscal não gera direito adquirido e será revogada de ofício sempre que
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
se apure que o beneficiário:
IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, I, "b" da Constituição Federal,
I - não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições exigidas por Lei; ou
definidos em lei complementar;

II - não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos legais para a sua concessão.


§ 1º o imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da lei, de forma a assegurar o
cumprimento da função social da propriedade.
Art. 155 O Município não concederá, em nenhuma hipótese, qualquer dos benefícios ou incentivos
mencionados no art. 154: (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18)
§ 2º o imposto previsto no inciso II:

I - que não visem ao interesse público e social da comunidade; (Redação dada pela Emenda à Lei
a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica
Orgânica nº 18)
em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do
II - em caráter pessoal;
adquirente foi a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento
mercantil;
III - de taxas de serviços públicos ou de contribuição de melhoria;
b) incide sobre as operações referidas, em relação aos imóveis situados neste Município.

IV - a pessoas em débito com a Fazenda Pública Municipal;


Seção IV
Das Isenções, Anistia e Remissão de Tributos V - sem que seja fixado prazo, que não poderá ser superior a 10 (dez) anos. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 18) I - o plano plurianual;

Parágrafo Único - O Município dispensará às microempresas e às empresas de pequeno porte, II - as diretrizes orçamentárias;
constituídas sob as leis brasileiras, assim definidas por critérios estabelecidos em regulamento municipal,
tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela simplificação, eliminação ou redução de suas III - os orçamentos anuais.
obrigações administrativas ou tributárias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 18)
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá por regiões administrativas, bairros ou distritos,
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública municipal para as despesas de capital e outras
Seção V
dela decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Da Repartição Das Receitas Tributárias

§ 2º A proposta orçamentária será acompanhada de demonstrativos do efeito sobre receitas e


despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões e benefícios outros de natureza financeira e
Art. 156 Fica o Poder Executivo autorizado a acompanhar o cálculo das cotas e a liberação de sua
tributária.
participação nas receitas tributárias a serem repartidas pela União e pelo Estado, nos termos da lei
complementar.
§ 3º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública
municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que orientará a
Art. 157 O Poder Executivo divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, o
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
montante de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos, os valores de origem tributária
a política de fomento.
entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio do fundo de participação.

§ 4º O Poder Executivo e a Câmara Municipal publicarão, até trinta dias após o encerramento de cada
Art. 158 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias destinadas aos órgãos do Poder
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária da receita e da despesa.
Legislativo serão entregues até o dia 20 de cada mês, na forma como estabelecido na Lei das Diretrizes
Orçamentárias.
§ 5º Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e setoriais previstos nesta Lei
Orgânica serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal,
CAPÍTULO II após discussão com entidades da comunidade.
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
§ 6º A lei orçamentária anual compreenderá:
Art. 159 A administração financeira e patrimonial do Município, inclusive a arrecadação de tributos e
rendas, será exercida pelo Poder Executivo, através de seus órgãos de controle interno, criados por lei. I - o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e entidades
instituídas e mantidas pelo poder público;
Art. 160 As importâncias pagas em atraso pela administração pública direta ou indireta, fundações e
empresas sob o controle do Município e suas subsidiárias, terão seus valores corrigidos monetariamente, II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou indiretamente,
"pró-rata tempore", a partir dos respectivos vencimentos, até a data do efetivo pagamento, sem prejuízo detenha a maioria do capital social com direito a voto;
das demais cominações previstas em lei ou contrato.
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculadas da
§ 1º Havendo pagamento de qualquer importância sem o acréscimo imposto neste artigo, a diferença administração direta e indireta.
devida continuará a ser atualizada monetariamente até a sua integral e efetiva liquidação.
§ 7º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão e à fixação da despesa, não
§ 2º Os contratos vigentes e celebrados até a data da promulgação desta lei, terão suas cláusulas e se incluindo na proibição, a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
condições revisadas para a sua adequação ao disposto neste artigo; operações de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da lei.

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, às medições relativas a obras e serviços executados, Art. 162 Obedecerá às disposições da lei complementar federal especifica a legislação municipal
pendentes de pagamento até a data da promulgação desta lei. referente a:

§ 4º As despesas dos órgãos da administração direta e das entidades da administração indireta, I - exercício financeiro;
inclusive fundações, deverão ser discriminadas com clareza e alocadas segundo as regiões
administrativas. II - vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias
e da lei orçamentária anual;
§ 5º No que diz respeito à receita proveniente do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a
proposta orçamentária deverá vir acompanhada de demonstrativos que indiquem sua arrecadação nas III - normas de gestão financeira e patrimonial de funcionamento da administração direta e indireta,
regiões administrativas. bem como instituição de fundos.

Art. 161 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: Art. 163 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, à proposta do
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal na forma do
Regimento Interno, respeitados os dispositivos deste artigo.
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
§ 1º Caberá à Comissão Permanente de Finanças:
II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e propostas referidos neste artigo e sobre as contas orçamentários ou adicionais;
apresentadas anualmente pelo prefeito;
III - a concessão de aval ou garantias para operações de crédito realizados por empresas ou
II - examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais, distritais, de bairros, regionais e entidades não controladas pelo Município, salvo caso de aprovação específica pela Câmara Municipal;
setoriais previstos nesta Lei Orgânica e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões da Câmara Municipal criadas de acordo com o artigo. IV - a vinculação da receita de impostos a órgãos, fundos ou despesas, ressalvados os casos previstos
na Constituição Federal;
§ 2º As emendas só serão apresentadas perante a Comissão de Finanças, que sobre elas emitirá
parecer escrito, sendo apreciadas pelo Plenário da Câmara, na forma regimental. V - a abertura de crédito adicional suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
§ 3º As emendas à proposta do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem, somente podem
ser aprovadas caso: VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
VII - a utilização, em qualquer hipótese, de recursos do orçamento anual para suprir necessidades ou
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, cobrir "déficit" de entidades da administração descentralizada ou de fundos sem autorização legislativa
excluídas as que incidam sobre: específica;

a) dotações para pessoal e seus encargos; VIII - concessão ou utilização de créditos ilimitados;
b) serviço da dívida municipal;
IX - a instituição de fundo de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
III - sejam relacionadas:
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
a) com a correção de erros ou omissões; prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
b) com os dispositivos do texto da proposta ou do projeto de lei. responsabilidade.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
incompatíveis com o plano plurianual. autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício,
caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, incorporados ao orçamento de exercício financeiro
§ 5º O prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor modificações dos projetos subsequente.
e propostas a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na comissão, da parte cuja
alteração é proposta. § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitido para atender as despesas
imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidade pública, pelo prefeito.
§ 6º Os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes e do orçamento anual, serão enviados pelo
prefeito à Câmara Municipal, obedecendo os seguintes prazos: Art. 165 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município, não poderá exceder aos limites
estabelecidos em lei complementar.
I - o do plano plurianual, na forma da lei complementar;
Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
II - o de diretrizes orçamentárias, até o dia 15 de maio para o exercício subsequente; cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal a qualquer título, pelos
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações mantidas pelo Poder Público
III - o do orçamento anual, até o dia 30 de setembro, para o exercício do ano seguinte. Municipal, só poderão ser feitas:

§ 7º Aplicam-se aos projetos e propostas mencionadas neste artigo, no que não contrariar o disposto I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de despesas de
nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo. pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição da proposta anual, ficarem sem II - se houver autorização específica na Lei das Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as empresas
despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou públicas e as sociedades de economia mista.
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
CAPÍTULO III
Art. 164 São vedados:
DA FAZENDA PÚBLICA
subsequente, sobrestadas as demais proposições.
Art. 166 A Fazenda Pública compreende e será representada em juízo ou fora dele, pelas Procuradoria
Geral, Procuradoria Fiscal e Procuradoria do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras, nas áreas de § 6º Somente pela decisão de dois terços dos Membros da Câmara Municipal deixará de prevalecer o
suas competências. Parecer Prévio do Tribunal de Contas.

Art. 167 A dívida ativa será cobrada e supervisionada pela Procuradoria Fiscal. Art. 173 A Comissão Permanente de Fiscalização, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda
que sob forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados ou tomando
Art. 168 As Procuradorias Geral, Fiscal e do Meio Ambiente, Patrimônio, Urbanismo e Obras, poderão, no conhecimento de irregularidade ou ilegalidade, poderá solicitar da autoridade responsável que no prazo
interesse do Município e mediante autorização do chefe do Executivo Municipal, celebrar transação de cinco dias preste os esclarecimentos necessários.
preventiva ou extintiva de lide.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão Permanente
Art. 169 Até quando encerrado o exercício financeiro, os devedores do crédito tributário não recebidos de Fiscalização solicitará ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, em caráter
serão inscritos em dívida ativa, que será encaminhada nos trinta dias subsequentes à Procuradoria Fiscal, de urgência.
a quem compete a coordenação dos trabalhos de cobrança amigável e execução.
§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa ou o ato ilegal, a Comissão Permanente de
Parágrafo Único - Inscrito o crédito tributário em dívida ativa só será permitido o seu recebimento Fiscalização se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
mediante guia expedida pela Procuradoria Fiscal, ou pelo cartório de execução, devidamente visada por proporá à Câmara Municipal a sua sustação.
um dos procuradores fiscais.
Art. 174 Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, na esfera de suas respectivas competências,
Art. 170 Sempre que o interesse público exigir, ouvindo a Procuradoria correspondente, o prefeito poderá sistema de controle interno com a finalidade de:
determinar a contratação de serviços jurídicos especializados para cobrança do crédito tributário e da
dívida ativa, além de pareceres e serviços de especialistas nos variados ramos do direito. I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Município;
CAPÍTULO IV
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, ORÇAMENTÁRIA FINANCEIRA E PATRIMONIAL
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem como da
aplicação de recursos públicos municipais por entidades de direito privado;
Art. 171 A fiscalização contábil, orçamentária, financeira e patrimonial do Município e das entidades da
administração indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias bem como dos direitos e haveres
renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo pelo sistema de
do Município;
controle interno de cada poder.

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.


Parágrafo Único - Prestará contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre, dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda ou
Art. 175 Constará do Orçamento do Município, dotação para pagamento da dívida municipal, no que se
que, em nome deste assuma obrigações de natureza pecuniária.
refere ao pagamento dos precatórios na forma estipulada na Constituição.
Art. 172 O controle externo da Câmara Municipal será exercido com auxílio do Tribunal de Contas dos
Municípios, através de parecer prévio sobre as contas que o prefeito e a Mesa da Câmara deverão prestar TÍTULO V
anualmente, e de inspeções e auditorias em órgãos e entidades públicas. (Redação dada pela Emenda à DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Lei Orgânica nº 09)
CAPÍTULO I
§ 1º As contas deverão ser apresentadas até noventa dias do encerramento do exercício financeiro.
PRINCÍPIOS GERAIS

§ 2º Apresentadas as contas, o presidente da Câmara as colocará pelo prazo de sessenta dias à


Art. 176 O Município, em conformidade com os princípios constitucionais, atuará no sentido da
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar- lhes a
promoção do desenvolvimento econômico e social, que assegure a elevação do nível de vida e bem-estar
legitimidade, na forma da lei.
da população, conciliando a liberdade de iniciativa com os ditames da justiça social, cabendo-lhe:

§ 3º Vencido o prazo do parágrafo anterior, as contas e as questões levantadas serão enviadas ao


I - conceder especial atenção ao trabalho como fator principal da produção de riquezas e atuar no
Tribunal de Contas, para emissão do parecer prévio.
sentido de garantir o direito ao emprego e justa remuneração;

§ 4º Recebido o Parecer Prévio, a Comissão Permanente de Fiscalização sobre ele e sobre as contas
II - exercer, como agente normativo e regulador da atividade econômica, as funções de planejamento,
dará seu parecer em 30 (trinta) dias, excluídos os períodos de recesso parlamentar.
fiscalização, controle e incentivo, sendo livre a iniciativa privada;

§ 5º Findo o prazo do parágrafo anterior sem deliberação da Comissão Permanente, o Parecer Prévio
III - dispensar às micro-empresas e às empresas de pequeno porte, tratamento jurídico diferenciado,
emitido pelo Tribunal de Contas dos Municípios será incluído na Ordem do Dia da Sessão imediatamente
visando a incentivá-las pela simplificação, redução ou eliminação de suas obrigações administrativas, VII - o incentivo à criação e manutenção de creches comunitárias, especialmente voltadas à
tributárias, previdenciárias e creditícias, na forma da lei; população carente;

IV - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico; VIII - o acolhimento e a guarda de crianças e adolescentes órfãos ou abandonadas, em regime
familiar.
V - promover a defesa do consumidor;
Parágrafo Único - O Município criará, na forma da lei, o Conselho Municipal de Promoção dos Direitos
VI - assegurar o respeito à propriedade privada e atribuição de função social da propriedade urbana; e Defesa da Criança e Adolescente, responsável pela implementação da prioridade absoluta dos direitos
da criança e do adolescente.
VII - a defesa do meio ambiente;
Art. 178 O Município, na forma da lei, assegurará à mulher qualidade de vida compatível com a dignidade
VIII - a redução das desigualdades sociais. humana e o seu acesso à educação, profissionalização, mercado de trabalho, comunicação, saúde,
esporte e lazer, competindo-lhe:
§ 1º É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independente de
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previsto em lei. I - adotar mecanismos para coibir a violência e a discriminação sexual ou social contra mulher;

§ 2º O planejamento governamental terá caráter determinante para o setor público e será indicativo II - a assistência ao pré-natal, parto e puerpério, incentivo ao aleitamento, além de assistência clínica
para o setor privado. ginecológica, controle de prevenção do câncer ginecológico e doenças sexualmente transmissíveis;

§ 3º A exploração de atividade econômica pelo Município não será permitida, salvo quando motivada III - a assistência, em caso de aborto previsto em lei ou seqüelas de abortamento;
por relevante interesse coletivo, na forma da lei.
IV - a fiscalização da produção, distribuição e comercialização de processos químicos ou hormonais e
§ 4º Na aquisição de bens e serviços, o poder público municipal dará tratamento preferencial, na artefatos de contracepção, proibindo a comercialização daqueles em fase de experimentação;
forma da lei, a empresas brasileiras de capital nacional, principalmente às de médio e pequeno porte.
V - a assistência médica, saúde e psicológica e a criação de abrigos para mulheres vítimas de violência
§ 5º O Município de Salvador, na forma que a lei estipular, manterá serviços de orientação e ajuda aos sexual, prioritariamente as carentes.
migrantes desempregados, sem endereço certo, garantindo-lhes acolhimento, abrigo noturno digno,
saúde e alimentação durante sua estada no Município, o que poderá ser feito em albergues destinados a Parágrafo Único - É vedada, a qualquer título, a exigência de atestado de esterilização, testes de
esse fim. gravidez ou quaisquer outras imposições que atentem contra os preceitos constitucionais concernentes
aos direitos individuais, ao princípio de igualdade entre os sexos e a proteção à maternidade.
Art. 177 A família, como base da sociedade, tem especial proteção do Município, que manterá programas
destinados a assegurar: Art. 179 Compete ao Município, a família e a sociedade, o dever de amparar as pessoas idosas,
assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o
I - o planejamento familiar, como livre decisão do casal, fundado nos princípios da dignidade da direito à vida.
pessoa humana e da paternidade responsável, competindo ao Município propiciar recursos educacionais
e científicos para o exercício desse direito, vedada, qualquer forma coercitiva por parte de instituições § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente nos seus lares;
oficiais ou privadas;
§ 2º O Município instituirá programas de preparação para a aposentadoria, especialmente dos seus
II - a orientação psico-social às famílias de baixa renda; servidores, e criará centros de lazer e amparo à velhice.

III - os mecanismos para coibir, com prioridade absoluta, a violência no âmbito das relações Art. 180 É dever do Município assegurar aos deficientes físicos a plena inserção na vida econômica e
familiares, e toda a forma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão da criança e social, criando mecanismos para o total desenvolvimento de suas potencialidades, inclusive, mediante:
do adolescente;
I - incentivo a empresas públicas e privadas a absorverem mão-de-obra de pessoas portadoras de
IV - o reconhecimento da maternidade e paternidade como relevantes funções sociais, e aos pais os deficiência;
meios necessários ao acesso a creches e ao provimento da educação, profissionalização, saúde,
alimentação, segurança e lazer dos seus filhos; II - programas de prevenção, atendimento especializado e treinamento para o trabalho e a
convivência;
V - o reconhecimento da família como espaço preferencial para o atendimento da criança, do
adolescente e do idoso, incentivando a valorização dos vínculos familiares e comunitários; III - facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos com a eliminação de preconceitos e
obstáculos arquitetônicos.
VI - o cumprimento da legislação referente ao direito à creche, estabelecendo formas de fiscalização
da qualidade do atendimento às crianças e de sanções para os casos de inadimplemento; Art. 181 Compete ao Município valorizar a presença da comunidade afro- brasileira em seu território,
coibindo a prática do racismo.
III - participação facultativa quando realizados fora do período letivo.
Parágrafo Único - A rede municipal de ensino e os cursos de formação e aperfeiçoamento do servidor
público municipal, incluirão, nos seus programas, conteúdos que valorizem a participação do negro na § 11 O Município recenseará bienalmente a população escolarizável do Município, com a finalidade
formação histórica da cidade e da sociedade brasileira. de orientar a política de expansão da rede pública e a elaboração do plano municipal de educação.

§ 12 Os estabelecimentos municipais de ensino observarão os limites pedagógicos na composição de


CAPÍTULO II
suas turmas.
DA EDUCAÇÃO

§ 13 As unidades municipais de ensino adotarão, obrigatoriamente, livros didáticos que não sejam
Art. 182 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada pelo
descartáveis, incentivando o reaproveitamento dos mesmos.
Município, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
§ 14 O Município promoverá o desporto educacional na sua rede de ensino, regulamentando a prática
da disciplina Educação Física Escolar.
Art. 183 Compete ao Município, em conjunto com os poderes públicos federal e estadual, assegurar o
ensino público gratuito e de qualidade, em todos os níveis, acessível a todos sem nenhum tipo de
§ 15 O poder público municipal promoverá a implementação de escola de tempo integral com áreas
discriminação por motivos econômicos, ideológicos, culturais, sociais e religiosos e deficiência física,
de esporte, lazer e estudos, priorizando os setores da população de baixa renda, estendendo- se,
mental ou sensorial. (Redação dada pelas Emendas à Lei Orgânica nº 02 e nº 05)
progressivamente, a toda a rede municipal.
§ 1º O Município atuará, prioritariamente, no ensino fundamental, não podendo atuar no ensino
Art. 184 O ensino no Município tem como base o conhecimento e o processo científico universal, que
superior enquanto não estiverem atendidas noventa por cento das necessidades dos graus anteriores, sob
assegurará uma educação pluralista e oferecerá aos educandos condições de acesso às diferentes
pena de responsabilidade.
concepções filosóficas, sociais e econômicas.
§ 2º O Município assegurará, com o apoio técnico financeiro dos poderes públicos federal e estadual,
Art. 185 O sistema de ensino do Município integrado ao Sistema Nacional de Educação tendo como
vagas suficientes para atender toda a demanda de creches, ensino pré-escolar e educação infantil e de
fundamento a unidade escolar, será organizado com observância das diretrizes comuns estabelecidas nas
primeiro grau.
legislações federal, estadual e municipal e as peculiaridades locais.
§ 3º O ensino da religião será de livre opção dos educandos ou de seus responsáveis legais.
Art. 186 A gestão do ensino público municipal será exercida de forma democrática, garantindo-se a
representação de todos os segmentos envolvidos na ação educativa, na concepção, execução de controle
§ 4º O Município incluirá no currículo escolar da rede oficial de ensino, as disciplinas Iniciação
e avaliação dos processos administrativos e pedagógicos.
Musical, Artes Cênicas e Educação Artística, objetivando desenvolver a sensibilidade, a capacidade
criadora do educando e a habilidade para o trabalho em grupo.
Parágrafo Único - A organização e funcionamento de órgãos colegiados, eleições diretas para
diretores e vice de unidades escolares devem ser asseguradas, garantindo a gestão democrática e a
§ 5º É obrigatório o fornecimento da merenda escolar em todos os estabelecimentos da rede
autonomia da unidade escolar, a partir de eleições diretas para diretores e vice-diretores.
municipal de ensino fundamental, inclusive no turno noturno e pelos estabelecimentos conveniados.

Art. 187 As funções normativas, deliberativas e consultivas, referentes à educação, na área de


§ 6º É vedada a adoção de livro didático que dissemine qualquer forma de discriminação ou
competência do Município, serão exercidas pelo Conselho Municipal de Educação.
preconceito.

Art. 188 Os Conselhos Regionais de Ensino, criados em cada região administrativa, serão compostos de
§ 7º Será garantido aos jovens e adultos acesso ao ensino fundamental público gratuito, cabendo ao
oito membros, cada, como órgão de natureza colegiada e representativa da sociedade com atribuições
Município prover e garantir o oferecimento do ensino noturno regular, adequado às condições de vida e
consultivas e fiscalizadora, com atuação regionalizada, nas seguintes proporções:
trabalho desta população.

I - 1/4 (um quarto) indicado pelo Executivo Municipal;


§ 8º Na rede municipal de ensino é vedada a cobrança de taxas ou contribuições de qualquer
natureza, sob pena de responsabilidade.
II - 1/4 (um quarto) indicado pelo Legislativo Municipal;
§ 9º O Executivo Municipal, através da Secretaria de Educação, promoverá anualmente campanhas
III - 2/4 (dois quartos) indicados, proporcionalmente, pelas entidades representativas dos
com vistas à erradicação do analfabetismo.
trabalhadores em educação, dos estudantes e dos pais da região.
§ 10 O Município planejará e realizará periodicamente cursos de reciclagem e atualização do corpo
Art. 189 Os Conselhos terão estruturas definidas em regimentos próprios aprovados pelo Executivo
docente e dos especialistas da rede municipal de ensino, obedecendo aos seguintes critérios:
Municipal.
I - integração destes cursos às diretrizes do planejamento em execução;
Art. 190 Os diretores e vice-diretores das escolas públicas municipais de 1º grau serão escolhidos através
de eleições diretas pela comunidade escolar.
II - obrigatoriedade de participação quando realizados no período letivo;
Art. 191 Fica criado o Fundo Municipal de Educação, sendo-lhe destinados os recursos previstos na
Constituição Federal e os provenientes de outras fontes definidas em lei. § 3º A política municipal de educação deverá ser elaborada para um período não inferior a 4 (quatro)
anos, Plano Quadrienal de Educação.
§ 1º As verbas públicas destinadas à educação municipal nunca serão inferiores a 25% da receita de
impostos, compreendidas neste percentual as verbas provenientes de transferências. Esses recursos Art. 199 Será garantido, na forma da lei, um plano único de carreira para todos os trabalhadores em
devem voltar-se para garantir a plena satisfação da demanda de vagas e o desenvolvimento do ensino. Educação de modo a garantir a valorização da qualificação e da titulação do profissional do magistério,
independente do nível escolar em que atua, assegurando-se:
§ 2º Às escolas filantrópicas, confessionais ou comunitárias, comprovadamente sem fins lucrativos e
que ofereçam ensino gratuito, poderá ser destinado um percentual máximo de três por cento dos I - piso salarial;
recursos de que trata este artigo, quando a oferta de vagas na rede pública oficial for insuficiente.
(Regulamentado pela Lei nº 4608/1992) II - incentivos financeiros por titulação, qualificação, dedicação exclusiva, tempo de serviço e local de
trabalho;
§ 3º É vedada a transferência de recursos públicos municipais às escolas de iniciativa privada.
III - garantia ao trabalhador em Educação do acesso às condições necessárias a sua reciclagem e
Art. 192A matrícula na rede municipal será efetuada exclusivamente quando do ingresso do aluno na 1ª atualização;
série e depois na 5ª, prevalecendo a mesma para as 4ª séries iniciais e 4ª séries finais do 1º grau,
respectivamente. IV - liberação de percentual de carga horária semanal do professor para atividades extra-classe.

Art. 193 O servidor público municipal é obrigado a apresentar duas vezes por ano atestado de que os Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo são considerados profissionais do magistério os
filhos menores de 15 anos estão matriculados e estudando. professores e os especialistas em educação.

Art. 194 O Poder Público Municipal deve garantir o funcionamento de bibliotecas públicas Art. 200 O Município manterá programa para erradicação do analfabetismo, coordenado pela Secretaria
descentralizadas e com acervo em número suficiente para atender à demanda dos educandos. Municipal de Educação.

Art. 195 O Município garantirá a educação não diferenciada para ambos os sexos, eliminando do seu Art. 201 Aos servidores públicos municipais matriculados em cursos noturnos de formação educacional e,
conteúdo práticas discriminatórias, não só nos currículos escolares, como no material didático utilizado. de comprovada freqüência, será facultado ausentar-se da sua função uma hora antes do término do
expediente para possibilitar sua locomoção e preparação das atividades educacionais, sem prejuízo de
Art. 196 É dever do Município garantir o atendimento das crianças de zero a seis anos em creches e pré- sua remuneração e demais vantagens.
escolar.
Art. 202 Nos 10 (dez) primeiros anos de promulgação desta Lei Orgânica, o Município desenvolverá
Parágrafo Único - Entende-se por creche um equipamento social com função educacional e de esforços com a mobilização de todos os setores organizados da sociedade e com a aplicação de pelo
guarda, assistência, alimentação, saúde e higiene, atendida por equipe de formação interdisciplinar. menos 50% dos recursos a que se refere o art. 212 da Constituição Federal para eliminar o analfabetismo
e universalizar o ensino fundamental.
Art. 197 O Município manterá atualizado o Arquivo Municipal.
Art. 203 O planejamento do ensino será de caráter permanente e envolverá necessariamente, em todas
Art. 198Fica criada a Conferência Municipal de Educação, que reunir-se-á bienalmente com a finalidade as suas fases, os segmentos responsáveis por sua aplicação e avaliação, em especial docentes e
de apreciar o Plano Municipal de Educação. especialistas, independente de estarem lotados no órgão central de educação ou nas unidades escolares.

§ 1º O Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, será elaborado em consonância com os


CAPÍTULO III
planos nacional e estadual, visando à articulação e ao desenvolvimento de ensino e a integração das
DA SAÚDE
ações desenvolvidas pelo Poder Público, que conduzam à:
Art. 204 A saúde é direito de todos e dever do Município que integra com a União e o Estado o Sistema
I - erradicação do analfabetismo;
Único Descentralizado de Saúde, cujas ações e serviços públicos, na sua circunscrição territorial, são por
ele dirigidos, objetivando:
II - universalização do atendimento escolar;
I - o bem-estar físico, mental e social do indivíduo e da coletividade e a eliminação ou redução do
III - melhoria da qualidade do ensino;
risco de doenças ou outros agravos à saúde;

IV - orientação para o trabalho;


II - o acesso universal e igualitário às ações e serviços, para a promoção, proteção e recuperação e
reabilitação da saúde, observadas as necessidades específicas dos diversos segmentos da população;
V - promoção humanística, cultural, artística, científica e tecnológica.

III - o atendimento integral, com prioridade para ações preventivas sem prejuízo dos serviços
§ 2º A Conferência Municipal de Educação deverá ser convocada pelo Conselho Municipal de
assistenciais;
Educação e terá a participação de todos os segmentos envolvidos com a educação.
IV - assegurar condições dignas de trabalho, saneamento, habitação, alimentação, educação,
transporte e lazer; CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA AGRÍCOLA E ABASTECIMENTO ALIMENTAR
V - proteger o meio ambiente e controle da poluição ambiental;
Art. 217 A política agrícola e de abastecimento alimentar do Município será planejada e executada na
VI - assegurar o atendimento integral a saúde da mulher, incluindo o planejamento familiar. forma da lei, com a participação efetiva dos setores de produção, comercialização, armazenamento e de
transporte, observada a competência federal e estadual sobre a matéria.
Art. 205 As ações de saúde são de natureza pública, devendo sua execução ser feita preferencialmente
através de serviços oficiais. Art. 218 São objetivos da política agrícola e do abastecimento alimentar do Município: (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 04)
Art. 206 O volume mínimo dos recursos destinados à saúde pelo município corresponderá, anualmente, a
quinze por cento da respectiva receita. I - dinamizar e expandir a economia, através do aumento da oferta de alimentos, incorporando ao
processo produtivo terras inexploradas e melhorando a produtividade de mão-de-obra e das terras já
Art. 207 O Município promoverá, quando necessário, reciclagem e aperfeiçoamento profissional, em trabalhadas;
todos os níveis, para os seus servidores.
II - criação de novas oportunidades de trabalho, de forma a ampliar o mercado interno e reduzir o
Art. 208 O Município manterá o Conselho Municipal de Saúde, órgão deliberativo e fiscalizador da nível de pobreza absoluta;
política de saúde municipal, constituído proporcionalmente de: (Vide regimento interno aprovado pelo
Decreto nº 12.677/2000) III - estimular o uso da propriedade como bem de produção;

I - gestores do sistema; IV - integrar as áreas de produção de alimentos com as do mercado consumidor, envolvendo,
prioritariamente, o extrato de pequenos produtores com as organizações de mercadores de bairros;
II - sindicato de trabalhadores;
V - oferecer assistência técnica aos pequenos produtores, especialmente de hortigranjeiros;
III - associações comunitárias;
VI - incentivo a implantação e manutenção de hortas comunitárias e criação de animais de pequeno
IV - entidades representativas das classes empregadoras; porte;

V - entidades representativas de profissionais de saúde. VII - fiscalizar o abate de animais e a comercialização de alimentos;

Art. 209 Compete ao Município fiscalizar e supervisionar alimentos de qualquer natureza desde a sua VIII - desenvolver ações voltadas para o combate à fome e o atingimento de condições plenas de
origem até o seu consumo. segurança alimentar.

Art. 210 O Sistema Municipal de Saúde será financiado com recursos do orçamento da seguridade social Art. 219 O Município, mediante Lei, instituirá o Conselho Municipal de Abastecimento, Agricultura e
do Município, do Estado, da União e outros. Segurança Alimentar com competência para elaborar planos anuais que visem o desenvolvimento e
expansão da produção agropecuária, a organização do abastecimento alimentar e o desenvolvimento de
Art. 211 Cabe ao Município integrar-se com as ações de vigilância sanitária, com as demais esferas do ações voltadas para o combate à fome. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 04)
governo, garantindo a participação dos sindicatos de trabalhadores nessas ações, nos locais de trabalho.
CAPÍTULO V
Art. 212 Fica criada a Conferência Municipal de Saúde a ser convocada pelo Conselho Municipal de
DO MEIO AMBIENTE
Saúde.
Art. 220 Ao Município compete proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas
Art. 213A Secretaria de Saúde e Assistência Social manterá um sistema de unidades móveis de saúde,
formas, de modo a assegurar o direito de todos ao meio ambiente ecológico equilibrado, bem de uso
com serviços médicos e odontológicos.
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações.

Art. 214 A assistência à saúde é livre a iniciativa privada, obedecidos os requisitos da lei e as diretrizes da
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito incumbe ao Município:
política de saúde.
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies
Art. 215 Os postos de saúde do Município estarão equipados para o fornecimento gratuito de carteira de
e ecossistemas; definir espaços territoriais do Município e seus componentes a serem especialmente
saúde à população.
protegidos, e a forma da permissão para alteração e supressão, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; controlar a produção, a
Art. 216 As instituições privadas poderão participar de forma supletiva do SUS segundo diretrizes,
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
mediante contrato de direito público ou convênios, tendo preferência as entidades filantrópicas de
qualidade de vida e o meio ambiente;
utilidade pública e sem fins lucrativos.
II - promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a conscientização da comunidade para a IX - o estabelecimento de critérios, identificação das áreas de risco geológico, especialmente nos
preservação do meio ambiente; perímetros urbanos e a recuperação de áreas degradadas;

III - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua X - a promoção das medidas judiciais e administrativas, responsabilizando os causadores de poluição
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam animais a crueldade; ou de degradação ambiental, podendo punir ou interditar temporária ou definitivamente a instituição
causadora de danos ao meio ambiente;
IV - estimular ações de educação sanitária e ambiental para a comunidade;
XI - o estabelecimento, na forma da lei de tributação das atividades que utilizem recursos ambientais
V - combater a poluição urbana, em todas as suas formas, inclusive a visual e sonora. e que impliquem potencial ou efetiva degradação;

§ 2º É assegurada a participação popular em todas as decisões relacionadas ao meio ambiente e o XII - a arborização urbana, utilizando, preferencialmente, essenciais nativas regionais e espécies
direito à informação sobre essa matéria através de entidades ligadas a questão ambiental, na forma da frutíferas;
lei.
XIII - o controle e a fiscalização da produção, estocagem, transporte, comercialização e utilização de
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a substâncias que comportem risco efetivo ou potencial para a vida e o meio ambiente, incluindo materiais
sanções, na forma da lei, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. geneticamente alteráveis pela ação humana e fontes de radioatividade;

Art. 221 O Município instalará, na forma da lei, o Conselho Municipal de Meio Ambiente, em prazo XIV - a fiscalização das concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
máximo de seis meses após promulgada esta Lei, órgão superior de administração de qualidade minerais em seu território;
ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos
naturais, para organizar, coordenar e integrar as ações de organismos da administração pública e da XV - o estímulo à utilização de tecnologias economizadoras, bem como de fontes energéticas
iniciativa privada. alternativas que possibilitem a redução das emissões de poluentes;

Art. 222 O Município, na forma da lei, formulará um Plano Municipal de Meio Ambiente e através de seus XVI - requisitar a realização periódica de auditorias no sistema de controle da poluição e prevenção
órgãos de administração direta e indireta promoverá: de riscos de acidentes, nas instalações e atividades de significativo potencial poluidor, incluindo a
avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física, química e biológica dos
I - a conscientização pública para a proteção do meio ambiente, estabelecendo programa sistemático recursos ambientais, bem como sobre a saúde dos trabalhadores e da população afetada;
de educação ambiental em todos os níveis de ensino e nos meios de comunicação de massa;
XVII - implementar política setorial visando à coleta, transporte, tratamento e disposição final de
II - o amplo acesso da comunidade informando sobre as fontes e causas da poluição e degradação resíduos sólidos, líquidos e gasosos, urbanos e industriais, com ênfase nos processos que envolvam sua
ambiental e qualidade do meio ambiente, os níveis de poluição, a presença de substâncias potencialmente reciclagem;
danosas à saúde nos alimentos, água, ar e solo e as situações de riscos de acidente;
XVIII - estimular e promover, na forma da lei, o reflorestamento ecológico em áreas degradadas,
III - o estabelecimento e controle dos padrões de qualidade ambiental; objetivando especialmente a proteção de encostas e dos recursos hídricos, a fixação de índices mínimos
de cobertura vegetal.
IV - a exigência, na forma da lei, para instalação de obras ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará Art. 223 São áreas de preservação permanente, como definidas em lei:
publicidade;
I - os manguesais;
V - a preservação, a diversidade e a integridade do patrimônio biológico e genético, fiscalizando as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; II - as áreas estuarinas;

VI - a definição de espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, III - os recifes de corais;
representativos de todos os ecossistemas originais do Município, vedada a utilização que comprometa a
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - as dunas e restingas;

VII - a proteção da fauna e da flora, em especial, as espécies ameaçadas de extinção, fiscalizando a V - as áreas de proteção das nascentes e margens dos rios;
extração, captura, produção, transporte, comercialização e consumo de seus espécimes e subprodutos,
vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem sua VI - as áreas que abriguem exemplares da fauna, da flora e de espécies ameaçadas de extinção bem
extinção ou submetam os animais à crueldade; como aquelas que sirvam como local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;

VIII - a fiscalização e o controle sobre veículos, que devem manter sua emissões dentro dos padrões VII - as reservas de flora apícola, compreendendo suas espécies vegetais e enxames silvestres;
definidos por lei;
VIII - as cavidades naturais subterrâneas e cavernas;
residenciais, capazes de produzir danos à saúde ou ao meio ambiente, que deverão ser estimuladas ou
IX - as encostas sujeitas a erosão e deslizamento. obrigadas a se transferir para local melhor adequado no prazo de cinco anos;

Art. 224 Constituem patrimônio municipal e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições II - a identificação de hospitais, indústrias e esgotos residenciais que lançam, sem tratamento,
que assegurem o manejo adequado do meio ambiente, inclusive quanto ao uso de seus recursos naturais, resíduos e dejetos diretamente em praias, rios, lagos e demais cursos d`água, os quais passarão a sofrer
históricos e culturais: controle e avaliação pelo Município e serão ratificados, para a adoção das providências necessárias ao
saneamento das irregularidades.
I - o Centro Histórico de Salvador;
Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo, o Executivo Municipal buscará o desenvolvimento de
II - as praias; ações conjuntas com o Estado, especialmente no que tange à cobrança e exigibilidade das penalidades
definidas na legislação estadual de proteção ambiental para as hipóteses de ações predatórias ao meio
III - os Parques de Pituaçu, Pirajá e São Bartolomeu, Abaeté, Dunas, o Dique do Tororó e o Parque da ambiente.
Cidade, e outros sítios históricos.
Art. 228 O Município elaborará e operará um Plano Diretor de Áreas Verdes de Lazer, que deverá
Art. 225 O Poder Público Municipal, na forma da lei, estabelecerá planos que visem à preservação de corresponder aos padrões de distribuição e estratificação da população, de acordo com o Plano Diretor
diques, lagos e lagoas existentes no Município, não permitindo, sob qualquer hipótese, aterramento e de Desenvolvimento Urbano, o qual deverá integrar as massas vegetais e vazios aproveitáveis para tais
esgotamento sanitários no seu interior, observadas as determinações da lei. finalidades, adotando-se quanto possível um sistema unitário e contínuo.

§ 1º A exploração comercial desses locais somente será permitida se obedecer a padrões explícitos § 1º O Plano Diretor de Áreas Verdes, espaço aberto à recreação, será de iniciativa do Executivo e
que assegurem a harmonia da paisagem e a manutenção do usufruto público. aprovado pela Câmara Municipal.

§ 2º O direito ao ambiente saudável inclui o ambiente de trabalho, ficando o Município obrigado a § 2º O Município, em seguida a aprovação do Plano Diretor de Áreas Verdes e Lazer, aprovará a
garantir e proteger o trabalhador contra toda e qualquer condição nociva à saúde física e mental. legislação pertinente a áreas verdes com base nas diretrizes gerais fixadas neste plano, consolidando-o,
complementando-o, se for o caso.
Art. 226 É vedado, no território do Município:
§ 3º O Município buscará integrar os esforços da comunidade, na organização e manutenção das
I - a fabricação, comercialização e utilização de substâncias que emanem cloro-flúor-carbono; áreas verdes, bem como na arborização dos logradouros.

II - a fabricação, comercialização, transporte e utilização de equipamentos e artefatos bélicos § 4º O Município poderá conceder incentivos para os empreendimentos que propiciem a manutenção
nucleares; de áreas arborizadas, ou de valor ecológico notável.

III - o depósito de resíduos nucleares ou radioativos, gerados fora dele; § 5º O Município envidará os esforços necessários, junto a todas as esferas de governo, objetivando
extinguir todos os lançamentos, "in natura", de esgotos domiciliares, dejetos industriais, lixo urbano e
IV - a localização, em zona urbana, de atividades industriais capazes de produzir danos à saúde e ao resíduos de embarcações marítimas na Baía de Todos os Santos e no Litoral Atlântico especialmente os
meio ambiente. Em desacordo com o disposto neste inciso, deverão transferir-se para áreas apropriadas, resíduos de petróleo provenientes de transbordos ou lavagens de tanques, aplicando-se sanções aos
no prazo máximo de 5 anos; causadores de prejuízos ambientais.

V - o lançamento de resíduos hospitalares, industriais e de esgotos residenciais, sem tratamento, Art. 229 O Poder Executivo elaborará e operará um Plano Diretor de Saneamento, a ser aprovado pela
diretamente em praias, rios, lagos e demais cursos d`água, devendo os expurgos e dejetos, após Câmara Municipal e obrigatório para as empresas concessionárias ou permissionárias dos serviços
conveniente tratamento, sofrer controle e avaliação de órgãos técnicos governamentais quanto aos públicos, que o deverão atender rigorosamente, não sendo permitida a renovação da concessão ou
teores de poluição; permissão nos casos de infrações.

VI - a implantação e construção de indústrias que produzem resíduos poluentes, de qualquer natureza, Art. 230 A criação de unidades ou parques de conservação por parte do Poder Público, com finalidade de
em todo o litoral do Município, compreendendo a faixa de terra que vai de preamar até cinco mil metros preservar a integridade de exemplares dos ecossistemas, será imediatamente seguida de desapropriação
para o interior; e dos procedimentos necessários à regularização fundiária, bem como da implantação de estruturas e
fiscalização adequada.
VII - a incineração de lixo a céu aberto, em especial de resíduos hospitalares;
Art. 231 A administração municipal e concessionárias de serviço público, publicarão relatório semestral
VIII - a fabricação, comercialização ou utilização em seu território, de novos combustíveis, sem de monitoragem da qualidade da água distribuída à população.
aprovação prévia da Câmara Municipal.
Art. 232 É vedada a instalação de aterro sanitário, usina de reaproveitamento e depósito de lixo, em
Art. 227 Para os efeitos do estabelecido no artigo anterior, o Município através do Executivo, promoverá: locais inadequados que não estejam de acordo com pareceres técnicos competentes, inclusive em rotas
de tráfego, evitando-se acidentes.
I - a identificação de atividades industriais situadas nas zonas urbanas predominantemente
Parágrafo Único - Para os efeitos do estabelecido neste artigo, o Município, no prazo de 180 dias a
partir da publicação desta lei, através do Executivo, promoverá a desativação do aterro sanitário e IV - a observância de normas relativas ao conforto, á saúde e à segurança dos passageiros e
depósito de lixo, no qual se deverá instalar usina de reaproveitamento para local que se adeque às operadores dos veículos.
exigências desta lei, cujo espaço aéreo não sirva de rotas de aviação.
Art. 242 O ônus dos custos dos serviços de transportes coletivos deverá ser assumido por todos que
Art. 233 O Município elaborará o Código de Defesa do Meio Ambiente. usufruem do benefício mesmo que de forma indireta como o comércio, a indústria, os governo federal,
estadual e municipal, na forma que a legislação complementar determinar.
§ 1º O código referido no "caput" deste artigo será de iniciativa do Conselho Municipal de Meio
Ambiente e aprovado pela Câmara Municipal. Art. 243 O Município promoverá programas de educação para o trânsito.

§ 2º O código definirá as penalidades decorrentes de sua violação. Art. 244 Fica o Poder Executivo obrigado a encaminhar à Câmara Municipal a planilha de custos antes de
decretar qualquer aumento de tarifa.
Art. 234 A lei definirá os critérios e métodos de recomposição ambiental bem como as penalidades
impositivas aos infratores, independente da obrigação que lhe incumbirá de arcar com todas as despesas Art. 245 Fica mantida a Empresa Municipal de Transporte Coletivo como reguladora e operadora do
necessárias à integral recuperação dessas áreas. sistema coletivo de transporte.

Art. 235 O Município deverá consultar o Conselho Municipal do Meio Ambiente quando da concessão de Art. 246 As cargas de alto risco somente poderão ser transportadas na zona urbana após vistoria e
licenças para obras e atividades com potencial de impacto ambiental, nos casos não apreciados pelos licença da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e observadas as medidas de segurança estabelecidas
órgãos congêneres do Estado e União. por lei e resoluções dos órgãos técnicos.

Art. 236 Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de esgotos sanitários Art. 247 Fica assegurada a gratuidade nos transportes coletivos urbanos: (Redação dada pela Emenda à
deverão ser precedidos no mínimo de tratamento primário completo na forma da lei. Lei Orgânica nº 06)

§ 1º Fica vedada a implantação de sistemas de coleta conjunta, e águas pluviais e esgotos domésticos I - aos maiores de sessenta e cinco anos, mediante apresentação de documento oficial de
ou industriais. identificação;

§ 2º As atividades poluidoras deverão dispor de bacias próprias de contenção para as águas de II - aos policiais militares, quando fardados, limitados a dois por veículo;
drenagem, na forma da lei.
III - aos deficientes, visual, mental e físico de coordenação motora, comprovadamente carentes,
previamente autorizados pelo Conselho Municipal de Deficientes e o Órgão Gestor dos Transportes
CAPÍTULO VI
Urbanos.
DO TRANSPORTE

Parágrafo Único - Fica mantida a meia passagem para os estudantes regularmente matriculados nos
Art. 237 Compete ao Município o planejamento e controle dos serviços de transporte coletivo, cuja
estabelecimentos das redes pública e privada, devidamente reconhecidos.
execução poderá ser efetuada diretamente ou por concessão ou permissão, observadas as prescrições
contidas nesta lei.
Art. 248 O Município promoverá a substituição gradativa de combustíveis poluentes por fontes
energéticas não poluentes - gás natural - , dos veículos das empresas de transporte coletivo urbano. (Vide
Art. 238 O transporte coletivo deverá ter uma tarifa condizente com o poder aquisitivo da população e
regulamentação dada pelo Decreto nº 8803/1990)
que assegure a justa remuneração do capital, permitindo o melhoramento, a expansão e a qualidade dos
serviços e propicie o equilíbrio econômico financeiro do contrato respectivo.
Art. 249 Lei municipal disporá sobre o percentual da frota do sistema de transporte coletivo, que será
progressivo à demanda real dos usuários portadores de deficiências.
Art. 239 O transporte coletivo é um serviço público essencial a que todo cidadão tem direito, sendo de
responsabilidade do Poder Público Municipal o planejamento, o gerenciamento, e a operação do mesmo.
Parágrafo Único - A elaboração desta lei deverá ser precedida de ampla consulta ao conjunto da
sociedade organizada, especialmente às entidades de deficientes e aos organismos de apoio aos mesmos.
Art. 240O Município estabelecerá Plano Diretor de Transportes Urbanos, definindo normas e diretrizes
de planejamento e execução do sistema de transporte coletivo, conforme o Plano Diretor de
Art. 250 Fica mantido o Conselho Municipal de Transporte, com caráter consultivo, fiscalizador e
Desenvolvimento Urbano.
deliberativo da política de transporte e será composto com número de membros definidos em lei, da
seguinte forma: (Regimento Interno aprovado pelo Decreto nº 11.173/1995)
Art. 241 Os planos de transportes devem priorizar:

I - 1/4 indicado pelo Executivo Municipal;


I - o atendimento à população de baixa renda;

II - 1/4 indicado pelo Legislativo Municipal;


II - a observância dos padrões de segurança e manutenção dos veículos;

III - 2/4 indicados proporcionalmente pelas entidades representativas dos trabalhadores e da


III - a observância das normas de proteção ambiental, relativas a poluição sonora e atmosférica;
sociedade civil. DA CULTURA

§ 1º De dois em dois anos cessará o mandato de metade dos membros do Conselho, permitida a Art. 257 O Município criará, na forma da lei, o Conselho Municipal de Cultura, órgão deliberativo,
recondução por uma só vez. normativo e fiscalizador das ações culturais no âmbito do Município, composto por representantes dos
Poderes Executivo e Legislativo e majoritariamente por representantes de entidades culturais,
§ 2º A lei definirá as competências e formas de funcionamento do Conselho. profissionais da área cultural e outros segmentos da sociedade civil.

Art. 258 Na política de revitalização dos seus sítios históricos, o município observará os seguintes pontos
CAPÍTULO VII
como prioridade básica, dentre outros, para elaboração e execução de qualquer projeto ou atividade:
DA SEGURANÇA

I - o compromisso com o desenvolvimento e promoção social das comunidades locais;


Art. 251 A segurança do cidadão e da sociedade é de vital interesse para o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e bem-estar dos seus habitantes.
II - o estímulo à permanência e locação de grupos que desenvolvem atividades culturais, comerciais,
artesanais e outras, concernentes com as tradições da cultura local.
Art. 252 Fica criada a guarda municipal destinada à:

Art. 259 A gestão do Carnaval será exercida de forma democrática, garantindo-se a representação de
I - proteção dos bens do Município;
todos os segmentos envolvidos na concepção, controle e avaliação dos processos administrativos e
financeiros.
II - disciplina do trânsito;

Art. 260 O Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares será um órgão de natureza
III - proteção ao meio ambiente, à propriedade e equipamentos urbanos;
colegiada e representativa das entidades, órgãos públicos e da sociedade, com atribuições normativa,
fiscalizadora e deliberativa. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29)
IV - colaboração com o cidadão, objetivando desenvolver o convívio social, civilizado e fraterno.

Art. 261. O Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares será composto democraticamente
Art. 253A atividade policial não poderá subordinar-se a interesse de facção político-partidária, devendo
nas seguintes proporções:
o seu comando ser exercido por oficial da Polícia Militar do Estado de patente compatível com a função.

I – 01 (um) representante do Executivo Municipal;


Art. 254 O Município, em colaboração com o Estado e a União, criará mecanismo para garantir a
execução de uma política de combate e prevenção da violência contra a mulher e o menor, nos limites da
II – 01 (um) representante da Empresa Salvador Turismo – Saltur;
sua competência.

III – 01 (um) representante da Fundação Gregório de Mattos;


Art. 255 A atividade do salva-vidas, por seus meios, processos e técnicas, constitui-se em fator básico
para a segurança coletiva e individual no âmbito marítimo, fluvial, lacustre, desportivo e recreativo,
IV – 01(um) representante da Secretaria Municipal de Saúde;
cabendo ao Município, na forma da lei, regulamentar o exercício da profissão do salva-vidas.

V – 01(um) representante do Poder Legislativo;


Art. 256 O Município criará, na forma da lei, o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana, com a finalidade de investigar as denúncias de violação dos direitos humanos no território do
VI - 01(um) representante da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia;
Município, encaminhando-as aos órgãos pertinentes e propondo soluções gerais compatíveis.

VII - 01(um) representante da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia;


§ 1º No exercício de suas funções e a fim de bem cumprir sua finalidade, o Conselho de Defesa dos
Direitos da Pessoa Humana deve ordenar perícias.
VIII - 01(um) representante da Polícia Militar;
§ 2º O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana será composto por oito conselheiros,
IX - 01(um) representante da Empresa de Turismo da Bahia – Bahiatursa;
nomeados pelo chefe do Poder Executivo pelo prazo de dois anos, sendo:

X - 01(um) representante do Juizado de Menores;


I - dois indicados pelo Executivo;

XI - 01(um) representante da Federação dos Clubes Carnavalescos da Bahia;


II - dois indicados pela Câmara;

XII - 01 (um) representante da Associação dos Blocos de Salvador;


III - dois indicados pela OAB;

XIII - 01 (um) representante da Associação dos Blocos de Trios;


IV - dois indicados pelas entidades gerais da sociedade civil.

XIV - 01 (um) representante dos Blocos Afros;


CAPÍTULO VIII
XV - 01(um) representante dos Afoxés; tradicionais e contemporâneas;

XVI - 01 (um) representante dos Blocos de Percussão; V - o intercâmbio cultural e artístico com outros municípios e Estados;

XVII – 01(um) representante dos Blocos de Índios e Travestidos; VI - a criação e manutenção de incentivos, inclusive fiscais, objetivando o investimento privado na
área do Centro Histórico e seu beneficiamento;
XVIII - 01(um) representante da União das Entidades de Samba da Bahia;
VII - a ação cultural e educativa permanente, visando prevenir e combater a discriminação e
XIX – 01(um) representante da Associação dos Blocos Alternativos; preconceitos.

XX - 01(um) representante da Associação Baiana de Trios Independentes; Art. 263 O Município deverá criar e manter, em cada região administrativa, espaços públicos devidamente
equipados e acessíveis para as diversas manifestações culturais da população.
XXI - 01(um) representante da Associação Carnavalesca das Entidades de Sopro e Percussão;
Parágrafo Único - É vedada a extinção de espaço cultural público, sem a criação, na mesma região
XXII - 01(um) representante da Associação Baiana dos Camarotes; administrativa, de outro equivalente.

XXIII - 01 (um) representante do Sindicato dos Músicos; Art. 264 O Município, através de seus órgãos e pesquisadores, fica obrigado a manter viva a história da
Cidade, de suas instituições e tradições.
XXIV - 01 (um) representante da Associação dos Barraqueiros de Festas Populares;
Art. 265 É assegurada a preservação e autonomia da produção cultural independente.
XXV - 01 (um) representante do Sindicato dos Vendedores Ambulantes e Feirantes de Salvador;
Art. 266 Ficam sob proteção do Município os conjuntos e sítios históricos paisagísticos, artísticos,
XXVI - 01 (um) representante da Associação dos Proprietários de Equipamentos de som, iluminação e arqueológicos, paleontológicos, ecológicos e científicos tombados pelo Poder Público Municipal.
infraestrutura;
Art. 267 O Município preservará a integridade, a respeitabilidade e a permanência dos valores culturais e
XXVII - 01 (um) representante da Associação Baiana de Imprensa; artísticos afro-brasileiros.

XXVIII - 01 (um) representante da Associação dos Artistas Plásticos Modernos da Bahia;


CAPÍTULO IX
DO ESPORTE E LAZER
XXIX - 01 (um) representante do Conselho Baiano de Turismo;
Art. 268 Cabe ao Município apoiar e incrementar as práticas desportivas na comunidade.
XXX - 01 (um) representante da Associação Brasileira de Entretenimento – Seção Bahia;
Art. 269 O Município promoverá a construção de equipamentos de parques infantis, centros de juventude
XXXI- 01 (um) representante da Associação Baiana do Mercado Publicitário;
e de idosos com locais de lazer, notadamente em bairros populares.

XXXII - 01 (um) representante dos Conselhos Comunitários Regionais.


Art. 270 Os serviços municipais de esportes e recreação se integrarão com as atividades culturais do
Município, visando à implantação e ao desenvolvimento do turismo.
Parágrafo único. A Coordenação Executiva do Carnaval será composta de 03 (três) coordenadores,
sendo 01 (um) eleito pelo Conselho do Carnaval e Outras Festas Populares, 01 (um) indicado pelo
Art. 271 O Município incentivará o lazer como forma de promoção e integração social. (Redação dada
Governador do Estado e 01 (um) pelo Prefeito Municipal, não sendo permitida a recondução do primeiro.
pela Emenda à Lei Orgânica nº 10)
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 29)
Parágrafo Único - Aos estudantes regularmente matriculados em estabelecimentos de ensino,
Art. 262O Município garantirá a todos pleno acesso às fontes de cultura, apoiando e incentivando a
reconhecidos oficialmente, mediante apresentação de identidade estudantil e aos deficientes físicos,
produção, valorização e difusão das manifestações culturais, assegurando:
mediante identificação fornecida pelo Conselho Municipal de Deficientes, fica assegurado abatimento de
50% em casas de diversões, espetáculos, praças esportivas e similares, exceto clubes sociais.
I - as manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos formadores da comunidade
soteropolitana, vedada qualquer forma de discriminação;
Art. 272 É vedado ao Município custear, a qualquer título, o esporte profissional.

II - a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de


Art. 273 O Município, na forma da lei, adotará mecanismos que assegurem o pleno acesso dos
censura;
portadores de deficiências ao esporte, cultura e lazer.

III - a dinamização, criação e conservação de espaços culturais, especialmente em bairros carentes;


CAPÍTULO X
IV - os meios para condução pelas próprias comunidades das manifestações culturais populares, DA SEGURIDADE E ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 280 A gratificação natalina é assegurada aos aposentados e pensionistas e terá por base o valor dos
Art. 274A Seguridade Social compreende o conjunto integrado de ações de iniciativa do Poder Público proventos do mês de dezembro de cada ano.
Municipal e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência
social. CAPÍTULO XI
DO NEGRO (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15)
Art. 275 O Município promoverá, com recursos da seguridade social, observadas as normas gerais da
União, os programas governamentais de assistência social. Art. 281 Salvador é a Capital mais negra do País e historicamente marcada pela presença da comunidade
Afro-Brasileira, constituindo a prática do racismo crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de
§ 1º As entidades beneficentes e de assistência social sediadas no território do Município poderão reclusão, nos termos da Constituição Federal.
integrar os programas referidos neste artigo.
Art. 282 A rede municipal de ensino incluirá em seus programas, conteúdo de valorização e participação
§ 2º A comunidade, por meio de suas organizações representativas, participará da formulação de do negro na formação histórica da sociedade brasileira.
política e no controle das ações, em todos os níveis.
Art. 283 Caberá ao Município dar apoio às pesquisas sobre a cultura afro- brasileira.
Art. 276 Os servidores da administração direta, autarquias, fundações municipais e Câmara Municipal,
terão, para efeito de aposentadoria, computados o tempo de serviço prestado na administração pública Art. 284 Sempre que for veiculada publicidade institucional no âmbito deste Município com mais de duas
estadual e federal e na atividade privada, rural e urbana. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº pessoas participando, será assegurada a inclusão de uma da raça negra.
08)
Art. 285 É vedada a utilização de termos que caracterizem discriminação, em anúncios de classificados
Parágrafo Único - O tempo de serviço a que se refere o artigo anterior será contado e computado de de emprego neste Município.
acordo com a legislação federal pertinente, não sendo admitida:
Art. 286 As escolas da rede pública municipal destinarão os turnos de suas aulas, no dia 20 de novembro
I - contagem em dobro ou em outras condições especiais; de cada ano, para o desenvolvimento de palestras, estudos e trabalhos sobre a importância da
Consciência Negra.
II - acumulação de tempo de serviço público com o de atividades privadas quando concomitante.
ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 277Os proventos de aposentadoria serão revistos sempre na mesma proporção e data em que se
modificar a remuneração dos servidores ativos, sendo também estendidos aos inativos quaisquer Art. 1º O prefeito da Cidade de Salvador e os membros da Câmara Municipal prestarão o compromisso
benefícios ou vantagens concedidas posteriormente aos servidores em atividade, inclusive quando de manter, defender e cumprir esta Lei Orgânica, no ato e na data de sua promulgação.
decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se tiver dado a
aposentadoria, na forma da lei. Art. 2º A Câmara Municipal de Salvador, compor-se-á de 41 (quarenta e um) vereadores eleitos pelo
sufrágio direto e universal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 17)
Parágrafo Único - O reajustamento dos proventos e renda mensal do servidor aposentado ou que
venha a se aposentar, obedecerá ao seguinte critério: Art. 3º O Município comemorará a data da fundação da Cidade, 29 (vinte e nove) de março.

I - as parcelas integrantes dos proventos e renda mensal na inatividade, relativas a vencimento ou Art. 4º O Município implantará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da promulgação desta
salário, deverão ser de igual valor econômico do vencimento ou salário do cargo ou função que o servidor Lei, as suas regiões administrativas.
ocupava quando da aposentadoria, observado o disposto no "caput" deste artigo;
Art. 5º Os equipamentos comunitários e prédios públicos deverão apresentar a seguinte denominação:
II - as parcelas referentes à estabilidade econômica, à complementação salarial, à gratificação de "PROPRIEDADE DO POVO DA CIDADE DE SALVADOR".
função pelo exercício de cargo ou função de confiança, devem guardar correspondência aos valores do
vencimento do cargo em comissão ou da gratificação atribuída à função de confiança a que sejam Art. 6º A lei criará o Centro Administrativo Municipal - CAM.
relacionadas;
Art. 7º O Município promoverá a informatização dos seus serviços, aproveitando sempre o material
III - as demais parcelas não expressamente contempladas serão sempre atualizadas de modo que seja humano já vinculado em suas respectivas áreas.
mantida, sempre, a proporcionalidade registrada no momento da aposentação, entre o valor de cada uma
delas e a do vencimento do cargo no qual se aposentar ou que venha a se aposentar. Art. 8º Os servidores públicos sujeitos ao Regime Jurídico Único de pessoal serão regidos pelo Estatuto
dos Servidores Públicos Municipais.
Art. 278 A lei assegurará pensão por morte do segurado homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, reajustável na mesma proporção e datas da atualização dos aposentados. Art. 9º Os tributos municipais pagos por pessoas jurídicas, deverão ser efetuados, quando possível, com a
emissão de apenas um documento.
Art. 279 Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. Art. 10 Os servidores públicos municipais da administração direta e autárquica e das fundações públicas,
em exercício na data da promulgação desta Lei Orgânica, há pelo menos cinco anos continuados, não
admitidos na forma regulada pelo art. 37 da Constituição Federal, são considerados estáveis no serviço
público. Art. 22 No prazo de cento e oitenta dias, contados da promulgação desta Lei, o Município definirá a
estrutura, o funcionamento, composição e recursos destinados ao funcionamento do Conselho Municipal
Art. 11 Fica assegurado aos servidores municipais da administração centralizada, com mais de cinco anos de Promoção dos Direitos e Defesa da Criança e do Adolescente.
de efetivo exercício municipal, bacharéis em Direito, que tenham exercido em órgão colegiado, como
membros titulares, atribuições de natureza jurídica tributária, até a data da instalação dos trabalhos da Art. 23 Serão consideradas consolidadas e dados os respectivos títulos de posse às invasões urbanizadas
Lei Orgânica Municipal, isonomia de remuneração e vantagens com os atuais titulares. com mais de 10 (dez) anos de existência.

Art. 12 Até que seja aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias, trinta por cento, no mínimo, do Art. 24 A primeira atualização a que se refere o art. 21 da presente lei deverá estar efetivada no prazo
orçamento da seguridade social, excluído o seguro- desemprego, serão destinados ao setor de saúde. máximo de 24 (vinte e quatro) meses, contados de sua promulgação.

Art. 13 Dentro de cento e oitenta dias, a contar da promulgação desta Lei, o Município promoverá a Art. 25 Até que lei municipal regule sobre a matéria, somente entrarão em circulação novos
revisão dos direitos dos servidores públicos inativos e pensionistas e a atualização dos proventos e equipamentos de transporte coletivo quando, pelo menos, o percentual mínimo de 5% (cinco por cento)
pensões a eles devidos, a fim de ajustá-los ao disposto nesta Lei e na Constituição Federal. da frota, que circulará em áreas prioritárias definidas pelo Executivo, esteja adaptado ao livre acesso e
circulação de pessoas portadoras de deficiência, inclusive paraplégicos.
Art. 14 O prazo para fixação de proventos não ultrapassará a sessenta dias, contados do ato da
aposentadoria. Art. 26 Fica criado o Conselho Municipal de Entorpecentes, que será regulamentado por lei.

§ 1º Durante o lapso de tempo entre o ato da aposentadoria e a fixação dos proventos, a provisão do Art. 27 O Município promoverá a criação de Guarda Mirim Municipal.
segurado nunca será inferior a sessenta por cento do seu maior rendimento, nos últimos doze meses.
Art. 28 Os estabelecimentos de ensino municipal de Salvador, terão obrigatoriamente que ter um plano
§ 2º O disposto neste artigo aplicar-se-á no caso de fixação de pensão. de educação especial para deficientes que requeiram este tipo de educação.

Art. 15 Ficam equiparados a função de professor, para os efeitos do art. 133, III, b, desta Lei, os Parágrafo Único - Ao deficiente que não requerer atendimento ao plano citado no artigo anterior e
instrutores e docentes das escolas profissionais e de ensino artesanal. que tenha que estudar em local, não possível, tecnicamente, de adaptação, serão dadas todas as
possibilidades de acesso à sala de aula, devendo esta ser colocada em andar inferior, em caso de
Art. 16 O Município celebrará, através do seu órgão previdenciário, convênio com entidades públicas de existência de mais de um andar.
financiamento para a construção de habitações destinadas a servidores que não possuem casa própria,
observada a política nacional de habitação. Art. 29 Esta Lei Orgânica fica submetida a um processo de revisão geral a cada quatro anos, a contar da
data de sua promulgação.
Art. 17 A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos. Art. 30 Considera-se adaptada à presente Lei toda a legislação ordinária vigente no Município, ficando
revogados os dispositivos legais incompatíveis e aqueles em relação aos quais esta Lei tenha atribuído
Art. 18 Os benefícios de prestação continuada, mantidos pelo Instituto de Previdência de Salvador na novo tratamento.
data da promulgação desta Lei Orgânica, terão seus valores revistos, a fim de que seja restabelecido o
poder aquisitivo, expresso em cota percentual igual a que tinham na data de sua concessão, obedecendo- Art. 31 Aquele que, até 30 de junho de 2001, possui como seu, por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e
se a esse critério de atualização no artigo seguinte. sem oposição, até 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) de imóvel público situado em área
urbana, utilizando-o para sua moradia ou da sua família, tem direito à concessão de uso especial para fins
Parágrafo Único - As prestações mensais dos benefícios atualizados de acordo com este artigo serão de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
devidas e pagas a partir do sétimo mês a contar da promulgação desta Lei. qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

Art. 19 Os projetos de lei relativos à organização da seguridade social, os planos de custeio e de § 1º A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma gratuita ao homem ou
benefício serão apresentados, no prazo máximo de 06 (seis) meses da promulgação desta Lei Orgânica à à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
Câmara Municipal, que os apreciará, também, no prazo de 06 (seis) meses.
§ 2º O direito que trata este artigo não será reconhecido ao concessionário mais de uma vez.
Parágrafo Único - Os planos serão implantados, progressivamente, nos doze meses seguintes.
§ 3º Para efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua de pleno direito, na posse de seu
Art. 20 O Poder Executivo no prazo de doze meses, a contar da promulgação desta Lei, cadastrará antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.
logradouros, prédios e equipamentos públicos, e atribuirá nova designação em caso de multiplicidade,
prevalecendo o critério da tradição e da importância para o sistema viário da cidade. § 4º O direito de concessão de uso especial para fins de moradia é transferível por ato inter vivos e
causa mortis. A transferência por atos inter vivos somente considerar-se-á operada mediante a prévia e
Art. 21 O Município, até o prazo de 06 (seis) meses, contados da promulgação desta Lei, criará condições expressa anuência do município.
para que todos os estabelecimentos da rede municipal de ensino estejam aptos para o recebimento da
merenda escolar, de acordo com as condições exigidas pelo órgão federal pertinente. Art. 32 Nos imóveis públicos municipais de que trata o art. 31, com mais de 250m² (duzentos e cinqüenta
metros quadrados), que até 30 de junho de 2001, estavam ocupados, por 05 (cinco) anos, vida e à saúde dos ocupantes.
ininterruptamente e sem oposição, por população de baixa renda para sua moradia, quando não for
possível identificar os terrenos ocupados por possuidores individuais, a concessão de uso especial para Art. 36 As isenções de tributos concedidas por leis específicas, vigorarão pelo prazo de 10 (dez) anos,
fins de moradia será conferido de forma coletiva, desde que estes não sejam proprietários ou contado da data em que, respectivamente, entraram em vigor. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
concessionários, qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural neste município. (Redação dada pela nº 18)
Emenda à Lei Orgânica nº 16)
Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.
§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo e pelo anterior,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, desde que ambas sejam contínuas.
Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 14/03/2022
§ 2º Na concessão de uso especial para fins de moradia será atribuída fração ideal de terreno a cada
possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo
escrito entre os ocupantes, estabelecendo frações ideais diferenciadas.

§ 3º A fração ideal atribuída a cada possuidor não poderá ser superior a 250m² (duzentos e cinqüenta
metros quadrados).

§ 4º Aplica-se o disposto nos parágrafos do art. 31 à hipótese de concessão de uso especial de que
trata este artigo.

Art. 33 O Poder Executivo, mediante decreto, definirá o conceito de população de baixa renda. (Redação
dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

Art. 34 O título de concessão de uso especial para fins de moradia será obtido pela via administrativa,
perante o órgão competente da Administração Pública ou, em caso de recusa ou omissão deste, pela via
judicial. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

Parágrafo Único - O direito de concessão de uso especial, para fins de moradia, extingue-se no caso
de o concessionário dar ao imóvel destinação diversa da moradia, para si ou sua família.

Art. 35 É facultado ao Poder Executivo dar autorização de uso àquele que, até 30 de junho de 2001,
possui como seu, por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, até 250m² (duzentos e
cinqüenta metros quadrados) de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para fins comerciais
ou misto, observado os critérios definidos em Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 16)

§ 1º A autorização de uso de que trata este artigo, será concedida de forma gratuita para as pequenas
e micro empresas e de forma onerosa para as empresas de médio e grande porte.

§ 2º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo, acrescentar sua posse à
de seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas.

§ 3º É facultado ao Poder Executivo assegurar o exercício do direito de que trata o caput deste artigo
em outro local na hipótese do imóvel ocupado ser:

I - de uso comum do povo;

II - destinado a projeto de urbanização

III - de interesse de defesa nacional, da preservação ambiental e de proteção dos ecossistemas


naturais;

IV - situado em via de comunicação;

V - situado em local que possa acarretar, consoante parecer do órgão técnico competente, risco à

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