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Conteúdos:

1. Matemática Básica;

2. Conjuntos numéricos: Números Naturais, Inteiros, Racionais, Reais e Complexos (forma algébrica e forma trigonométrica). Operações,
propriedades e aplicações. Sequências numéricas, progressão aritmética e progressão geométrica;

3. Álgebra: Expressões algébricas. Polinômios: operações e propriedades. Equações polinomiais e inequações relacionadas;

4. Funções: generalidades. Funções elementares: 1º grau, 2º grau, modular, exponencial e logarítmica, gráficos Propriedades;

5. Sistemas lineares, Matrizes e Determinantes: Propriedades, aplicações;

6. Análise Combinatória: Arranjos, Permutações e Combinações simples, Binômio de Newton e Probabilidade em espaços amostrais
finitos;

7. Geometria e Medidas: Geometria plana: figuras geométricas, congruência, semelhança, perímetro e área. Geometria espacial:
paralelismo, perpendicularismo entre retas e planos, áreas e volumes dos sólidos geométricos: prisma, pirâmide, cilindro, cone e
esfera. Geometria analítica no plano: retas, circunferência e distâncias;

8. Trigonometria: razões trigonométricas, funções, fórmulas de transformações trigonométricas, equações e triângulos;

9. Proporcionalidade e Finanças: Grandezas proporcionais: Porcentagem. Acréscimos e descontos. Juros: Capitalização simples e
Capitalização composta;

10. Tratamento da Informação: Estatística: Estatística descritiva, resolução de problemas, tabelas, medidas de tendência central e medidas
de dispersão. Gráficos estatísticos usuais;

11. Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com números, com figuras, de palavras).
Propriedades da Subtração:
Adição
M (minuendo) +S (subtraendo) +R (resto) = 2M- é o dobro do minuendo
Elementos:
EX¹: 7-2= 5 Formula: M+S+R=2M
7+2+5=14(2.7)
EX²: Descubra o valor do minuendo, onde a soma dos termos figuram numa
subtração é igual a 60.
Propriedades da Adição: M+S+R=60
2M=60
M=60/2 M=30

Regras dos Sinais (Adição e Subtração- números inteiros)

Subtração
Elementos:
Multiplicação Divisão
Elementos: Elementos:

Propriedades da multiplicação: Propriedades da divisão:


1- D=d.Q+R
2- Maior resto possível = Divisor – 1

Regras dos Sinais (multiplicação e divisão)


MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

45. Quadrado perfeito em matemática, sobretudo na NÚMEROS NATURAIS O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos O resultado da multiplicação é denominado produto
aritmética e na teoria dos números, é um número inteiro números naturais pares. Embora uma sequência real seja e os números dados que geraram o produto, são chama‐
não negativo que pode ser expresso como o quadrado de O conjunto dos números naturais é representado pela outro objeto matemático denominado função, algumas dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
um outro número inteiro. Ex: 1, 4, 9... letra maiúscula N e estes números são construídos com os vezes utilizaremos a denominação sequência dos números multiplicação.
No exercício 2 elevado a 2 = 4 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são co‐ naturais pares para representar o conjunto dos números
nhecidos como algarismos indo-arábicos. No século VII, os naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...} Propriedades da multiplicação
árabes invadiram a Índia, difundindo o seu sistema numéri‐ O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos
co. Embora o zero não seja um número natural no sentido números naturais ímpares, às vezes também chamados, a - Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto
que tenha sido proveniente de objetos de contagens na‐ sequência dos números ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...} N dos números naturais, pois realizando o produto de dois
turais, iremos considerá-lo como um número natural uma Operações com Números Naturais ou mais números naturais, o resultado estará em N. O fato
vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que que a operação de multiplicação é fechada em N é conhe‐
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos Na sequência, estudaremos as duas principais opera‐ cido na literatura do assunto como: A multiplicação é uma
hindus na montagem do sistema posicional de numeração ções possíveis no conjunto dos números naturais. Pratica‐ lei de composição interna no conjunto N.
para suprir a deficiência de algo nulo. mente, toda a Matemática é construída a partir dessas duas - Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou
46. Observe que: Na sequência consideraremos que os naturais têm operações: adição e multiplicação. mais fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o
início com o número zero e escreveremos este conjunto primeiro fator com o segundo e depois multiplicarmos por
como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} A adição de números naturais um terceiro número natural, teremos o mesmo resultado
3 6 18 72 360 2160 15120 Representaremos o conjunto dos números naturais que multiplicar o terceiro pelo produto do primeiro pelo
x2 x3 x4 x5 x6 x7 com a letra N. As reticências (três pontos) indicam que este A primeira operação fundamental da Aritmética tem segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → (3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60
Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120 conjunto não tem fim. N é um conjunto com infinitos nú‐ por finalidade reunir em um só número, todas as unidades - Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais
x 8 = 120.960 meros. de dois ou mais números. Antes de surgir os algarismos existe um elemento neutro para a multiplicação que é o 1.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o indo-arábicos, as adições podiam ser realizadas por meio Qualquer que seja o número natural n, tem-se que: 1 . n =
47. conjunto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, de tábuas de calcular, com o auxílio de pedras ou por meio n.1=n→1.7=7.1=7
9, 10, ...} de ábacos. - Comutativa: Quando multiplicamos dois números na‐
turais quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto,
Propriedades da Adição ou seja, multiplicando o primeiro elemento pelo segundo
A construção dos Números Naturais
- Fechamento: A adição no conjunto dos números na‐ elemento teremos o mesmo resultado que multiplicando o
segundo elemento pelo primeiro elemento. m . n = n . m
- Todo número natural dado tem um sucessor (número turais é fechada, pois a soma de dois números naturais é
→ 3 . 4 = 4 . 3 = 12
que vem depois do número dado), considerando também ainda um número natural. O fato que a operação de adição
48. o zero. é fechada em N é conhecido na literatura do assunto como:
Propriedade Distributiva
Exemplos: Seja m um número natural. A adição é uma lei de composição interna no conjunto N.
a) O sucessor de m é m+1. - Associativa: A adição no conjunto dos números na‐
Multiplicando um número natural pela soma de dois
b) O sucessor de 0 é 1. turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce‐
números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
c) O sucessor de 1 é 2. las de números naturais quaisquer é possível associar as cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
d) O sucessor de 19 é 20. parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 +
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta‐ 6 x 3 = 30 + 18 = 48
- Se um número natural é sucessor de outro, então os do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado
dois números juntos são chamados números consecutivos. que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e Divisão de Números Naturais
49. Exemplos: o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
a) 1 e 2 são números consecutivos. - Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
b) 5 e 6 são números consecutivos. existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando um saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro.
c) 50 e 51 são números consecutivos. número natural qualquer e somando com o elemento neu‐ O primeiro número que é o maior é denominado dividendo
tro (zero), o resultado será o próprio número natural. e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da
- Vários números formam uma coleção de números na‐ - Comutativa: No conjunto dos números naturais, a divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor
turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera pelo quociente obteremos o dividendo.
o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun‐ No conjunto dos números naturais, a divisão não é
terceiro e assim sucessivamente. da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
Exemplos: segunda parcela com a primeira parcela. natural por outro número natural e na ocorrência disto a
50. a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. divisão não é exata.
b) 5, 6 e 7 são consecutivos. Multiplicação de Números Naturais
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos. Relações essenciais numa divisão de números naturais
É a operação que tem por finalidade adicionar o pri‐ - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan‐ deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
antecessor (número que vem antes do número dado). tas vezes quantas são as unidades do segundo número - Em uma divisão exata de números naturais, o dividen‐
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente denominadas multiplicador. do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
de zero. - A divisão de um número natural n por zero não é pos‐
a) O antecessor do número m é m-1. Exemplo sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
b) O antecessor de 2 é 1. poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0
c) O antecessor de 56 é 55. 4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não
d) O antecessor de 10 é 9. + 9 + 9 + 9 = 36 tem sentido ou ainda é dita impossível.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Potenciação de Números Naturais 6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura A) 26.007
de uma determinada cidade que possui apenas duas zonas B) 26.070
Para dois números naturais m e n, a expressão m é um
n eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleito‐ C) 206.070
produto de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m ral divulgou a seguinte tabela com os resultados da eleição. A D) 260.007
. m . m ... m . m → m aparece n vezes quantidade de eleitores desta cidade é: E) 260.070
O número que se repete como fator é denominado 1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral Respostas
base que neste caso é m. O número de vezes que a base se
João 1750 2245 1 - RESPOSTA: “B”.
repete é denominado expoente que neste caso é n. O re‐
sultado é denominado potência. Esta operação não passa Maria 850 2320 crédito: 40+30+35+15=120
de uma multiplicação com fatores iguais, como por exem‐ Nulos 150 217 débito: 27+33+42+25=127
plo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64 120-127=-7
No final do mês, Enzo observou que tinha Brancos 18 25 Ele tem um débito de R$ 7,00.
A) crédito de R$ 7,00. Abstenções 183 175
Propriedades da Potenciação
B) débito de R$ 7,00. 2 - RESPOSTA: “B”.
C) crédito de R$ 5,00. A) 3995 2000-200=1800-35=1765
- Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente na‐ D) débito de R$ 5,00.
tural é n, denotada por 1n, será sempre igual a 1. B) 7165 O salário líquido de José é R$1765,00.
E) empatado suas despesas e seus créditos. C) 7532
Exemplos:
D) 7575 3 - RESPOSTA: “E”.
a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1 2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS E) 7933 D= dividendo
b- 13 = 1×1×1 = 1 - PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa‐ d= divisor
c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1 lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem 7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIO‐ Q = quociente = 10
o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. NAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para promover a R= resto = 0 (divisão exata)
- Se n é um número natural não nulo, então temos que Qual o salário líquido de José? limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente Equacionando:
no=1. Por exemplo: A) R$ 1800,00 divididos entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo assim, cada D= d.Q + R
B) R$ 1765,00 região contou com um número de voluntários igual a: D= d.10 + 0 → D= 10d
- (a) nº = 1 C) R$ 1675,00 A) 2500
- (b) 5º = 1 D) R$ 1665,00 B) 3200 Pela nova divisão temos:
- (c) 49º = 1 C) 1500
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois D) 3000
- A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por E) 2000
cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da
carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental.
nova divisão será: 8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA‐
A) 2 CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o paga‐ Isolando Q temos:
- Qualquer que seja a potência em que a base é o nú‐ B) 5 mento de um computador pode ser feito sem entrada, em
mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é C) 25 12 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte
igual ao próprio n. Por exemplo: D) 50 por essa forma de pagamento deverá pagar pelo computa‐
E) 100 dor um total de:
- (a) n¹ = n A) R$ 2500,00
- (b) 5¹ = 5 4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ‐ B) R$ 3000,00 4 - RESPOSTA: “B”.
- (c) 64¹ = 64 QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as C) R$1900,00
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes D) R$ 3300,00
- Toda potência 10n é o número formado pelo algaris‐ sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ E) R$ 2700,00
mo 1 seguido de n zeros. 2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
Exemplos: A) R$ 150,00. 9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su‐ Cada prestação será de R$175,00
B) R$ 175,00. cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo
a- 103 = 1000
C) R$ 200,00. determinado número somado a 1 e, depois, dobrado será 5 - RESPOSTA: “A”.
b- 108 = 100.000.000 igual a
D) R$ 225,00. 345-67=278
c- 10o = 1 A) 24. Depois ganhou 90
5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA‐ B) 22. 278+90=368
CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas C) 20.
QUESTÕES D) 18.
de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um 6 - RESPOSTA: “E”.
campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas E) 16. Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 =
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo‐ 2951
março, uma cantina escolar adotou um sistema de rece‐ 10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA‐ 2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982
linhas que tenho agora, depois de participar do campeo‐
bimento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como DE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cinco
nato? Somando os dois: 2951+4982 = 7933
uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi‐ unidades produtivas num mesmo país. No último ano, cada
A) 368
tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma uma dessas unidades produziu 364.098 automóveis. Toda
B) 270 7 - RESPOSTA: “D”.
lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no a produção foi igualmente distribuída entre os mercados
C) 365
cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o D) 290 consumidores de sete países. O número de automóveis
seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela: E) 376 que cada país recebeu foi
Cada região terá 3000 voluntários.

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8 - RESPOSTA: “B”. No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a Considere as seguintes situações: Propriedades da multiplicação de números intei-
250∙12=3000 é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a
O computador custa R$3000,00. próprio zero. 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião multiplicação de dois números inteiros ainda é um número
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da inteiro.
9 - RESPOSTA: “A”. Adição de Números Inteiros temperatura?
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) Associativa: Para todos a,b,c em Z:
o número é 11. Para melhor entendimento desta operação, associare‐ – (+3) = +3 a x (b x c) = (a x b) x c
(11+1) → 2=24 mos aos números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos 2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7
números inteiros negativos a idéia de perder. 2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran‐
10 - RESPOSTA: “E”. Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de Comutativa: Para todos a,b em Z:
364098 → 5=1820490 automóveis Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) 3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça- axb=bxa
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) feira? 3x7=7x3
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3) Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
(–3) = +3 Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispen‐ Se compararmos as duas igualdades, verificamos que todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
sado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode (+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3). zx1=z
NÚMEROS INTEIROS – Z ser dispensado. 7x1=7
Temos:
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re‐ Propriedades da adição de números inteiros: O con‐ (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de
união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3 zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o números inteiros ainda é um número inteiro. (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 z x z–1 = z x (1/z) = 1
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme‐ 9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {..., Associativa: Para todos a,b,c em Z: Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} a + (b + c) = (a + b) + c é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se‐ Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
O conjunto dos números inteiros possui alguns sub‐ 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 gundo. a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
conjuntos notáveis: 3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)
Comutativa: Para todos a,b em Z: Multiplicação de Números Inteiros
- O conjunto dos números inteiros não nulos: a+b=b+a Divisão de Números Inteiros
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}; 3+7=7+3 A multiplicação funciona como uma forma simplificada
Z* = Z – {0} de uma adição quando os números são repetidos. Podería‐ Dividendo divisor dividendo:
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan‐ Divisor = quociente 0
- O conjunto dos números inteiros não negativos: cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é: do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, Quociente . divisor = dividendo
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...} z+0=z ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N 7+0=7 30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x,
isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
- O conjunto dos números inteiros positivos: Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...} tal que + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
z + (–z) = 0 Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
- O conjunto dos números inteiros não positivos: 9 + (–9) = 0 (–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di‐
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0} Observamos que a multiplicação é um caso particular visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
Subtração de Números Inteiros da adição onde os valores são repetidos. (–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4)
- O conjunto dos números inteiros negativos: Na multiplicação o produto dos números a e b, pode Logo: (–20) : (+5) = - 4
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} A subtração é empregada quando: ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida‐ entre as letras. Considerando os exemplos dados, concluímos que,
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a de; Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve‐ para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou‐
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta - Temos duas quantidades e queremos saber quanto mos obedecer à seguinte regra de sinais: tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. uma delas tem a mais que a outra; (+1) x (+1) = (+1) do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 - Temos duas quantidades e queremos saber quanto (+1) x (-1) = (-1) - Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 falta a uma delas para atingir a outra. (-1) x (+1) = (-1) quociente é um número inteiro positivo.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9 (-1) x (-1) = (+1) - Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de A subtração é a operação inversa da adição. o quociente é um número inteiro negativo.
zero, é sempre positivo. Com o uso das regras acima, podemos concluir que: - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9 Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos diferença não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
Sinais dos números Resultado do produto
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as‐ subtraendo número inteiro.
sim, os pontos que os representam distam igualmente da minuendo Iguais Positivo - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as‐
origem. sociativa e não tem a propriedade da existência do ele‐
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 Diferentes Negativo mento neutro.
é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0 1- Não existe divisão por zero.

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Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido
um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. é a operação que resulta em outro número inteiro não ne- será de:
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a. A) R$ 84,00
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro B) R$ 74,00
por zero é igual a zero. Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme‐ C) R$ 36,00
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. D) R$ 26,00
=0 E) R$ 16,00
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di‐
Potenciação de Números Inteiros dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen‐ 3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Analise as operações a seguir:
to de:
A potência an do número inteiro a, é definida como um √9 = ±3 I abac=ax
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a mas isto está errado. O certo é:
base e o número n é o expoente. √9 = +3
an = a x a x a x a x ... x a
a é multiplicado por a n vezes Observamos que não existe um número inteiro não II
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27 número negativo.
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado
III
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
nossos cálculos somente aos números não negativos. A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
- Toda potência de base positiva é um número inteiro B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
positivo. Exemplos C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8. E) x=2b, y=2c e z=c+2.
- Toda potência de base negativa e expoente par é 3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
(b) 4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 que 8 pelo menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27. A) - 72
B) - 63
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é 3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27.
(d) C) - 56
um número inteiro negativo. D) - 49
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o E) – 42
produto de números inteiros, concluímos que:
Propriedades da Potenciação: (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número 5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla
inteiro negativo. e Mateus obtiveram os seguintes resultados:
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 de qualquer número inteiro.
= (–7)9
QUESTÕES
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser‐
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = 1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
(+13)8 – 6 = (+13)2 operação λ é definida por:
wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli‐ Com base nessa definição, é correto afirmar que a
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10 soma 2λ + (1λ) λ é igual a Ao término dessas quatro partidas,
A) −20. A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 B) −15. B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
= +9 (–13)1 = –13 C) −12. C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) 15. D) Carla e Mateus empataram.
Potência de expoente zero e base diferente de zero: E) 20.
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1 6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) é um número inteiro?
Radiciação de Números Inteiros Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é Verificou o preço de alguns produtos: A) 0
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- TV: R$ 562,00 B) 1
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O DVD: R$ 399,00 C) 2
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o Micro-ondas: R$ 429,00 D) 3
radicando (que fica sob o sinal do radical). Geladeira: R$ 1.213,00 E) 4

21 22
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o nú‐ 4 - RESPOSTA: “D”. 2 = 0,4 Exemplo 1
mero de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com Maior inteiro menor que 8 é o 7 5 Seja a dízima 0, 333... .
duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os Menor inteiro maior que -8 é o -7.
números indicam a quantidade de passageiros que subi‐ Portanto: 7⋅(-7)=-49 1 = 0,25 Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os
ram no avião e os negativos, a quantidade dos que desce‐ 4 membros por 10: 10x = 0,333
ram em cada cidade. 5 - RESPOSTA: “C”. Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade
Carla: 520-220-485+635=450 pontos 35 = 8,75 da segunda:
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos 4 10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
Curtiba +240
Diferença: 575-450=125 pontos
Rio de Janeiro
-194 153 = 3,06 Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
+158 6 - RESPOSTA:“C”. 50 9
-108 Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con‐ Exemplo 2
Brasília juntos do inteiros positivos temos:
+94 2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se Seja a dízima 5, 1717...
O número de passageiros que chegou a Belém foi: x=0 ; x=1 periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
A) 362 Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
B) 280
1
= 0,333... Subtraindo membro a membro, temos:
C) 240
3 99x = 512 ⇒ x = 512/99
D) 190
1 = 0,04545... Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 .
E) 135 99
, logo os únicos números que sa‐ 22
tisfazem a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas. Exemplo 3
RESPOSTAS
167 = 2,53030...
7 - RESPOSTA:“D”. 66 Seja a dízima 1, 23434...
1 - RESPOSTA:“E”. 240- 194 +158 -108 +94 = 190
Pela definição: Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x =
Fazendo w=2 Representação Fracionária dos Números Decimais
1234,34... .
NÚMEROS RACIONAIS – Q Trata-se do problema inverso: estando o número Subtraindo membro a membro, temos:
racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo 990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x
= 1222/990
m Um número racional é o que pode ser escrito na forma na forma de fração. Temos dois casos:
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da
n
ser diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para 1º) Transformamos o número em uma fração cujo
significar a divisão de m por n. dízima 1, 23434... 495
numerador é o número decimal sem a vírgula e o
Como podemos observar, números racionais podem denominador é composto pelo numeral 1, seguido de
ser obtidos através da razão entre dois números inteiros, tantos zeros quantas forem as casas decimais do número Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
razão pela qual, o conjunto de todos os números racionais decimal dado: representa esse número ao ponto de abscissa zero.
é denotado por Q. Assim, é comum encontrarmos na lite‐
2 - RESPOSTA: “D”. ratura a notação: 0,9 = 9
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = 10 Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3
m 2 2
2041 Q={ : m e n em Z, n diferente de zero} 2 2
n 57
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 = 5,7 =
2204, extrapola o orçamento 10
3
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos: Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 =
2 2 2 2
quantidade gasta possível dentro do orçamento. 0,76 = 76
Troco:2200-2174=26 reais - Q* = conjunto dos racionais não nulos; 100
- Q+ = conjunto dos racionais não negativos; Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números
- Q*+ = conjunto dos racionais positivos; 3,48 = 348 racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
3 - RESPOSTA: “B”.
- Q _ = conjunto dos racionais não positivos; 100 do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
2 2
- Q*_ = conjunto dos racionais negativos. da reta são iguais.
I da propriedade das potências, temos: Representação Decimal das Frações 0,005 = 5 = 1
1000 200 Soma (Adição) de Números Racionais
Tomemos um número racional , tal que p não seja
p
q
múltiplo de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta 2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; Como todo número racional é uma fração ou pode ser
II efetuar a divisão do numerador pelo denominador. escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre
para tanto, vamos apresentar o procedimento através de a c
Nessa divisão podem ocorrer dois casos: alguns exemplos: os números racionais e , da mesma forma que a
III soma de frações, atravésb de: d
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
a ad + bc
um número finito de algarismos. Decimais Exatos: + c =
b d bd

23 24
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Propriedades da Adição de Números Racionais Divisão de Números Racionais ‘- Produto de potências de mesma base. Para reduzir Um número racional positivo só tem raiz quadrada no
um produto de potências de mesma base a uma só conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto A divisão de dois números racionais p e q é a própria potência, conservamos a base e somamos os expoentes. perfeito.
é, a soma de dois números racionais ainda é um número operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, 2
racional. isto é: p ÷ q = 2 3 2+3 5 O número 3 não tem raiz quadrada em Q, pois não
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ . ⎟⎠ .⎜⎝ . . ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ =⎜ ⎟
⎝ 5⎠
a+b)+c Potenciação de Números Racionais 5 5 5 5 5 5 5 5 3
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a Questões
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a A potência qn do número racional q é um produto de - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q n fatores iguais. O número q é denominado a base e o um quociente de potências de mesma base a uma só 1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, número n é o expoente. potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes. RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo,
tal que q + (–q) = 0 qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) ¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa‐
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais
Subtração de Números Racionais Exemplos:
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre‐
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita?
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
A subtração de dois números racionais p e q é a própria a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125 A) 1/4
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
B) 3/10
p – q = p + (–q) - Potência de Potência. Para reduzir uma potência de C) 2/9
potência a uma potência de um só expoente, conservamos D) 4/5
Multiplicação (Produto) de Números Racionais b) a base e multiplicamos os expoentes E) 3/2
Como todo número racional é uma fração ou pode ser 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25
escrito na forma de uma fração, definimos o produto de Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma
dois números racionais
a
e c , da mesma forma que o delas. Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um des‐
b d
produto de frações, através de: d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25 conto de 10 centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?
A) R$ 40,00
Radiciação de Números Racionais
a
x
c
=
ac Propriedades da Potenciação: Toda potência com B) R$ 42,00
Se um número representa um produto de dois ou mais
b d bd expoente 0 é igual a 1. C) R$ 44,00
fatores iguais, então cada fator é chamado raiz do número.
O produto dos números racionais a e b também pode D) R$ 46,00
Vejamos alguns exemplos:
0
⎛ 2⎞ = 1
ser indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum + E) R$ 48,00
⎝⎜ 5 ⎠⎟
sinal entre as letras. Exemplo 1
Para realizar a multiplicação de números racionais, 3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz
devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em - Toda potência com expoente 1 é igual à própria base. CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos,
quadrada de 4. Indica-se √4= 2.
toda a Matemática: ⎛ 9⎞
1
9 2/5 estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espa‐
(+1) × (+1) = (+1) ⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4 nhol e o restante estuda alemão. O número de candidatos
4 Exemplo 2
(+1) × (-1) = (-1) 1 1 1
Representa o produto 3 . 3 ou ⎛ 1⎞
2
. Logo,
1
é a raiz que estuda alemão é:
(-1) × (+1) = (-1) 9 ⎝⎜ 3 ⎠⎟ 3
A) 6.
quadrada de 19 .Indica-se 1 = 3
1
(-1) × (-1) = (+1) - Toda potência com expoente negativo de um número 9 B) 7.
Podemos assim concluir que o produto de dois racional diferente de zero é igual a outra potência que tem C) 8.
a base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual Exemplo 3
números com o mesmo sinal é positivo, mas o produto de D) 9.
ao oposto do expoente anterior. 0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3.
dois números com sinais diferentes é negativo. E) 10.
−2 2 Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6.
⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
Propriedades da Multiplicação de Números ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ = Assim, podemos construir o diagrama: 4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
Racionais 5 3 9
CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, Agente de Apoio Operacional tem um salário mensal de:
o produto de dois números racionais ainda é um número - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
sinal da base. salário­base R$ 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No
racional. N Z Q
mês passado, ele fez 8 horas extras a R$ 8,50 cada hora,
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = (
mas precisou faltar um dia e foi descontado em R$ 28,40.
a×b)×c 3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8 No mês passado, seu salário totalizou
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a ⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ = A) R$ 810,81.
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por 3 3 3 3 27
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá B) R$ 821,31.
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q
- Elemento inverso: Para todo q = a em Q, q diferente - Toda potência com expoente par é um número o número zero ou um número racional positivo. Logo, os C) R$ 838,51.
de zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 b= 1 a x positivo. números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. D) R$ 841,91.
b =1 a b 2 E) R$ 870,31.
⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1 O número
-100
não tem raiz quadrada em Q, pois 5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
a - Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( ⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ = 9
a×b)+(a×c) 5 5 5 25 tanto -10 como +10 , quando elevados ao quadrado, dão
100 3
. 3 Obtém-se :
9

25 26
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

A) ½ Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli‐ 5 - RESPOSTA: “B”. 10 - RESPOSTA: “C”.
B) 1 cial?
C) 3/2 A) 145 1,3333= 12/9 = 4/3
D) 2 B) 185 1,5 = 15/10 = 3/2
E) 3 C) 220
D) 260
6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo E) 120 NÚMEROS REAIS
matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados
com um número, sendo que todos os jogadores recebem 10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS O conjunto dos números reais R é uma expansão
os mesmos números. Após todos os jogadores receberem OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta‐ do conjunto dos números racionais que engloba não só
seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática 6 - RESPOSTA: “D”. os inteiros e os fracionários, positivos e negativos, mas
tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir respondeu: também todos os números irracionais.
a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era “O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha Os números reais são números usados para representar
colocar os números marcados nos cartões em ordem cres‐ idade!”. uma quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos).
cente, venceu o jogador que apresentou a sequência Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem: Pode-se pensar num número real como uma fração decimal
A) 40 anos. possivelmente infinita, como 3,141592(...). Os números
B) 35 anos. reais têm uma correspondência biunívoca com os pontos
C) 45 anos. de uma reta.
D) 30 anos. A ordem crescente é : Denomina-se corpo dos números reais a coleção
E) 42 anos. dos elementos pertencentes à conclusão dos racionais,
7 - RESPOSTA: “B”. formado pelo corpo de frações associado aos inteiros
Respostas x=0,181818... temos então pela transformação na fra‐ (números racionais) e a norma associada ao infinito.
ção geratriz: 18/99 = 2/11, substituindo: Existem também outras conclusões dos racionais, uma
1 - RESPOSTA: “B”. para cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O
Somando português e matemática: corpo dos números p-ádicos é formado pelos racionais e a
norma associada a p!

Propriedade

7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818..., O que resta gosta de ciências: O conjunto dos números reais com as operações
então o valor numérico da expressão: 8 - RESPOSTA: “A”. binárias de soma e produto e com a relação natural de
ordem formam um corpo ordenado. Além das propriedades
de um corpo ordenado, R tem a seguinte propriedade:
Se R for dividido em dois conjuntos (uma partição) A e
2 - RESPOSTA: “B”. B, de modo que todo elemento de A é menor que todo
A) 34/39 elemento de B, então existe um elemento x que separa os
B) 103/147 dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento
C) 104/147 Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa‐ de A e menor ou igual a todo elemento de B.
D) 35/49 gou 58 reais
E) 106/147 Troco:100-58=42 reais

8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu 3 - RESPOSTA: “C”. Mariana totalizou R$ 62,20.
seu cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas 9 - RESPOSTA: “A”.
− 50 centavos: 1/3 das moedas Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos
− 25 centavos: 2/5 das moedas Mmc(3,5,9)=45 números Racionais chamamos de conjunto dos números
− 10 centavos: as restantes Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais com
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em o conjunto dos números Racionais, formando o conjunto
A) R$ 62,20. dos números Reais, todas as distâncias representadas
B) R$ 52,20. O restante estuda alemão: 2/45 por eles sobre uma reta preenchem-na por completo;
C) R$ 50,20. Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é
D) R$ 56,20. denominada reta Real.
E) R$ 66,20.
4 - RESPOSTA: “D”. ou 800-600=200 mulheres
9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pes‐
soas, verificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e
1/5 deles foram detidos. Já entre as mulheres abordadas,
1/8 foram detidas. Salário foi R$ 841,91. Total de pessoas detidas: 120+25=145

27 28
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Expressão aproximada dos números Reais - Em geral, para obter uma aproximação de n casas Questões
decimais, devemos trabalhar com números Reais
aproximados, isto é, com n + 1 casas decimais. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer‐
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os
fazer as quatro operações indicadas: adição, subtração, produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos
multiplicação e divisão com dois números Irracionais. com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total
de unidades compradas será distribuída igualmente entre
essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um
número de unidades, desses produtos, igual a
A) 40
B) 50
Valor Absoluto C) 100
D) 160
E) 250
Os números Irracionais possuem infinitos algarismos Como vimos, o erro pode ser:
decimais não-periódicos. As operações com esta classe - Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
de números sempre produzem erros quando não se - Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo. INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total
utilizam todos os algarismos decimais. Por outro lado, é Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das
impossível utilizar todos eles nos cálculos. Por isso, somos em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu‐
obrigados a usar aproximações, isto é, cortamos o decimal designado por |a| e coincide com o número positivo, se for blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
em algum lugar e desprezamos os algarismos restantes. Os positivo, e com seu oposto, se for negativo. são da Editora A e nem são antigas?
algarismos escolhidos serão uma aproximação do número Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com A) 320
Real. Observe como tomamos a aproximação de e do uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o B) 290
número nas tabelas. vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, C) 435
se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos. D) 145
Podemos concluir que na representação dos números Aproximação por
Reais sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a 3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRA-
cada ponto da reta corresponde um número Real e a cada Falta Excesso TIVA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um
número Real corresponde um ponto na reta. Erro menor que π π catador de cocos (a água do coco já havia sido retirada).
Ele só pegava cocos inteiros e agia da seguinte maneira:
1 unidade 1 3 2 4 o primeiro coco ele coloca inteiro de um lado; o segundo
ele dividia ao meio e colocava as metades em outro lado;
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
o terceiro coco ele dividia em três partes iguais e coloca‐
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15 va os terços de coco em um terceiro lugar, diferente dos
1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142 outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar
1 décimo de diferente dos outros lugares. No quinto coco agia como
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
milésimo se fosse o primeiro coco e colocava inteiro de um lado, o
Ordenação dos números Reais seguinte dividia ao meio, o seguinte em três partes iguais,
Operações com números Reais o seguinte em quatro partes iguais e seguia na sequência:
Operando com as aproximações, obtemos uma inteiro, meios, três partes iguais, quatro partes iguais. Fez
A representação dos números Reais permite definir uma
sucessão de intervalos fixos que determinam um número isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse ao
relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
Real. É assim que vamos trabalhar as operações adição, catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e
maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos
subtração, multiplicação e divisão. Relacionamos, em metade dos seus quartos de coco. O catador consentiu e
a relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois deu para a pessoa
seguida, uma série de recomendações úteis para operar
números Reais a e b, A) 52 pedaços de coco.
com números Reais:
a≤b↔b–a≥0 B) 55 pedaços de coco.
- Vamos tomar a aproximação por falta.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido, C) 59 pedaços de coco.
Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0 D) 98 pedaços de coco.
escolhemos o mesmo número de casas decimais em ambos
5 + 15 ≥ 0 E) 101 pedaços de coco.
os números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a
Propriedades da relação de ordem 4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
aproximação máxima admitida pela máquina (o maior
número de casas decimais). A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, to‐
- Reflexiva: a ≤ a dos de mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼
- Quando operamos com números Reais, devemos
- Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c do bolo. O Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼
fazer constar o erro de aproximação ou o número de casas
- Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b do bolo. Quantos pedaços de bolo sobraram?
decimais.
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b A) 4
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação
B) 6
em função da necessidade. Por exemplo, para desenhar o C) 8
projeto de uma casa, basta tomar medidas com um erro de D) 10
centésimo. E) 12

29 30
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- 5 - RESPOSTA: “B”. 10 - RESPOSTA: “E”.
Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa‐ GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des‐ R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti‐ Aluguel: de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
restam? filho. E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
A) R$ 120,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi‐ Outras despesas: R$ 0,10=R$ 0,40.
B) R$ 150,00 lhos de Gilberto é de, no máximo, A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
C) R$ 180,00 A) R$ 0,45 Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o
D) R$ 210,00 B) R$ 0,90 maior valor possível – o menor valor.
E) R$ 240,00 C) R$ 1,10 Restam :1000-850=R$150,00
D) R$ 1,15
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN- E) R$ 1,35 NÚMEROS COMPLEXOS,
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu
6 - RESPOSTA: “D”.
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac)
Respostas Primeiro balde:
litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 na resolução da equação do 2º grau, nos deparamos com
de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos
o terceiro, com um volume correspondente à média dos 1 - RESPOSTA: “E”.
ser impossível a raiz no universo considerado (normalmente
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
no conjunto dos reais- R). A partir daí, vários matemáticos
água nos três baldes, em litros, é Segundo balde: estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os
A) 27. unidades em cada prateleira. que realmente conseguiram expor uma interpretação
B) 27,5. geométrica num outro conjunto de números, chamado de
C) 28. números complexos, que representamos por C.
D) 28,5. 2 - RESPOSTA: “B”. Terceiro balde:
E) 29. editora A: 870/2=435 revistas Números Complexos
publicações antigas: 435/3=145 revistas Chama-se conjunto dos números complexos, e
7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS – representa-se por C, o conjunto de pares ordenados, ou
UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros seja:
normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e, z = (x,y)
assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da O número de exemplares que não são da Editora A e onde x pertence a R e y pertence a R.
caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A nem são antigas são 290. 7 - RESPOSTA: “C”. Então, por definição, se z = (x,y) = (x,0) + (y,0)(0,1) onde
caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 mi‐ i=(0,1), podemos escrever que:
após 55 minutos do início. 3 - RESPOSTA: “B”. nutos, então 7 minutos ao total. z=(x,y)=x+yi
O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos:
foi: Exemplos:
A) 6 minutos (5,3)=5+3i
B) 10 minutos 14 vezes iguais (2,1)=2+i
C) 15 minutos Coco inteiro: 14 Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos (-1,3)=-1+3i
D) 20 minutos Metades:14.2=28 +2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Terça parte:14.3=42 Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minutos Dessa forma, todo o números complexo z=(x,y) pode
8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. Quarta parte:14.4=56 ser escrito na forma z=x+yi, conhecido como forma
IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é algébrica, onde temos:
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte
CORRETO dizer: x=Re(z, parte real de z
Quantidade total 8 - RESPOSTA: “D”.
A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú‐ y=Im(z), parte imaginária de z
Coco inteiro: 14+1=15 A) errada - O conjunto dos números reais tem os con‐
meros racionais.
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. Metades: 28+2=30 juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Igualdade entre números complexos: Dois números
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não Terça parte:42+3=45 B) errada – R* são os reais sem o zero.
complexos são iguais se, e somente se, apresentam
são números reais. Quarta parte :56 C) errada - -1 e 0 são números reais. simultaneamente iguais a parte real e a parte imaginária.
D) As dízimas não periódicas são números reais. Assim, se z1=a+bi e z2=c+di, temos que:
z1=z2<==> a=c e b=d
9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AUXI- 9 - RESPOSTA: “C”.
LIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar as 1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml Adição de números complexos: Para somarmos dois
páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada 4 - RESPOSTA “B”. De 10 a 99, temos que saber quantos números tem. números complexos basta somarmos, separadamente,
algarismo impresso. Por exemplo, para numerar as páginas 99-10+1=90. as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se
7, 58 e 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri‐ z=a+bi e z2=c+di, temos que:
0,003 mL de tinta. O total de tinta que será gasto para nume‐ meiro número. z1+z2=(a+c) + (b+d)
rar da página 1 até a página 1 000 de um livro, em mL, será 90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml
A) 1,111. Sobrou 1/4 do bolo. De 100 a 999 Subtração de números complexos: Para subtrairmos
B) 2,003. 999-100+1=900 números dois números complexos basta subtrairmos, separadamente,
C) 2,893. 900⋅0,003=2,7ml as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se
D) 1,003. 1000=0,004ml z=a+bi e z2=c+di, temos que:
E) 2,561. Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893 z1-z2=(a-c) + (b-d)

31 32
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Potências de i Forma polar dos números complexos: Da Resolução 02. - Sequência dos algarismos do sistema decimal de
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então: interpretação geométrica, temos que: Efetuando a multiplicação, temos que: numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é
i0 = 1 z = x + (x+2)i + 2i2 uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 =
i1 = i z= (x-2) + (x+2)i 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10 = 9.
i2 = -1 Para z ser imaginário puro é necessário que (x-2)=0,
i3 = i2.i = -1.i = -i logo x=2 1. Igualdade
i4 = i2.i2=-1.-1=1 As sequências são apresentadas com os seus termos
i5 = i4. 1=1.i= i Resolução 03. entre parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões
i6 = i5. i =i.i=i2=-1 que é conhecida como forma polar ou trigonométrica Efetuando a divisão, temos que: que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente
i7 = i6. i =(-1).i=-i ...... de um número complexo. z = (2+i) / (7-3i) . (7+3i) / (7+3i) = (11 + 3i) / 58 serão consideradas sucessões diferentes.
Observamos que no desenvolvimento de in (n O conjugado de Z seria, então z- = 11/58 - 13i/58 Duas sequências só poderão ser consideradas iguais
pertencente a N, com n variando, os valores repetem-se Operações na forma polar: Sejam z1=ro1(cos t11) e se, e somente se, apresentarem os mesmos termos, na
de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta z2=ro1(cos t1+i sent1). Então, temos que: Resolução 04. mesma ordem.
calcularmos ir onde r é o resto da divisão de n por 4. Então, |z1= (x2 + 20)1/2 = |z2 = [(x-2)2 + 36}1/2
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63=i3=-i a)Multiplicação Em decorrência, Exemplo
x2 + 20 = x2 - 4x + 4 + 36 A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à
Multiplicação de números complexos: Para 20 = -4x + 40 sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x = 5; y = 8; z =
multiplicarmos dois números complexos basta efetuarmos 4x = 20, logo x=5
a multiplicação de dois binômios, observando os valores Divisão 15; e t = 17.
das potência de i. Assim, se z1=a+bi e z2=c+di, temos que: Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3,
Resolução 05. 2, 1) são diferentes, pois, embora apresentem os mesmos
z1.z2 = a.c + adi + bci + bdi2 Efetuando-se a divisão, temos:
z1.z2= a.c + bdi2 = adi + bci elementos, eles estão em ordem diferente.
z = [(1+i). -i] / -i2 = (-i -i2) = 1 – i
z1.z2= (ac - bd) + (ad + bc)i Para a forma trigonométrica, temos que:
Observar que : i2= -1 2. Formula Termo Geral
r = (1 + 1)1/2 = 21/2 Podemos apresentar uma sequência através de uma
Potenciação sen t = -1/21/2 = - 21/2 / 2
Conjugado de um número complexo: Dado z=a+bi, determina o valor de cada termo an em função do valor de
cos t = 1 / 21/2 = 21/2 / 2
define-se como conjugado de z (representa-se por z-) ==> n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta formula
Pelos valores do seno e cosseno, verificamos que t =
z = a-bi
- que determina o valor do termo an e chamada formula do
315º
Exemplo: Radiciação termo geral da sucessão.
Lembrando que a forma trigonométrica é dada por:
z=3 - 5i ==> z- = 3 + 5i
z = r(cos t + i sen t), temos que:
z = 7i ==> z- = - 7i Exemplos
z = 21/2 (cos 315º + i sen 315º)
z = 3 ==> z- = 3 - Determinar os cincos primeiros termos da sequência
cujo termo geral e igual a:
Progressão Aritmética (PA)
Divisão de números complexos: Para dividirmos dois para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1 an = n – 2n,com n € N* a
números complexos basta multiplicarmos o numerador e o Teremos:
denominador pelo conjugado do denominador. Assim, se Exercícios Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas se‐
quências como, por exemplo, a sucessão de cidades que A1 = 12 – 2 . 1 a a1 = 1
z1= a + bi e z2= c + di, temos que: A2 = 22 – 2 . 2 a a2 = 0
z1 / z2 = [z1.z2-] / [z2z2-] = [ (a+bi)(c-di) ] / [ (c+di)(c-di) ] 1 - Sejam os complexos z1=(2x+1) + yi e z2=-y + 2i. temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Pau‐
lo ou a sucessão das datas de aniversário dos alunos de A3 = 32 – 2 . 3 a a3 = 3
Determine x e y de modo que z1 + z2 = 0 A4 = 42 – 4 . 2 a a4 = 8
Módulo de um número complexo: Dado z = a+bi, uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma A5 = 55 – 5 . 2 a a5 = 15
chama-se módulo de z ==> | z | = (a2+b2)1/2, conhecido 2 - Determine x, de modo que z = (x+2i)(1+i) seja
como ro imaginário puro. ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2
para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que - Determinar os cinco primeiros termos da seqüência
o termo an é também chamado termo geral das sequências, cujo termo geral é igual a:
Interpretação geométrica: Como dissemos, no início, 3 - Qual é o conjugado de z = (2+i) / (7-3i)?
em que n é um número natural diferente de zero. Eviden‐ an = 3 . n + 2, com n € N*.
a interpretação geométrica dos números complexos é que
temente, daremos atenção ao estudo das sequências nu‐ a1 = 3 . 1 + 2 a a1 = 5
deu o impulso para o seu estudo. Assim, representamos o 4 - Os módulos de z1 = x + 201/2i e z2= (x-2) + 6i são
méricas. a2 = 3 . 2 + 2 a a2 = 8
complexo z = a+bi da seguinte maneira iguais, qual o valor de x?
As sequências podem ser finitas, quando apresentam a3 = 3 . 3 + 2 a a3 = 11
5 - Escreva na forma trigonométrica o complexo z = um último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um a4 = 3 . 4 + 2 a a4 = 14
(1+i) / i último termo. As sequências infinitas são indicadas por re‐ a5 = 3 . 5 + 2 a a5 = 17
ticências no final.
Respostas - Determinar os termos a12 e a23 da sequência cujo
Exemplos: termo geral é igual a:
Resolução 01. - Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, an = 45 – 4 + n, com n € N*.
Temos que: 7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência
z1 + z2 = (2x + 1 -y) + (y +2) = 0 infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc. Teremos:
logo, é preciso que: - Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, a12 = 45 – 4 . 12 a a12 = -3
2x+1 - y =0 e y+2 = 0 9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a23 = 45 – 4 . 23 a a23 = -47
Resolvendo, temos que y = -2 e x = -3/2 a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

3. Lei de Recorrências Exemplo Propriedade Calculo de a60:


Uma sequência pode ser definida quando oferecemos A60 = a1 + 59r → a60 = 2 + 59 . 3
o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma formula) - Determinar os números a, b e c cuja soma é, igual a Numa PA com n termos, a soma de dois termos a60 = 2 + 177
que permite a determinação de cada termo conhecendo- 15, o produto é igual a 105 e formam uma PA crescente. equidistantes dos extremos é igual à soma destes extremos. a60 = 179
se o seu antecedente. Essa forma de apresentação de uma
sucessão é dita de recorrências. Teremos: Exemplo Calculo da soma:
Fazendo a = (b – r) e c = (b + r) e sendo a + b + c =
Exemplos 15, teremos: Sejam, numa PA de n termos, ap e ak termos equidistantes ]
(a1 + an )n (a + a ).60
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência (b – r) + b + (b + r) = 15 → 3b = 15 → b = 5. dos extremos. Sn = → S60 = 1 60
em que: 2 2
a1 = 3 e an+1 = 2 . an - 4, em que n € N*. Assim, um dos números, o termo médio da PA, já é Teremos, então:
I - ap = a1 + (p – 1) . r a ap = a1 + p . r – r (2 + 179).60
conhecido. S60 =
Teremos: Dessa forma a sequência passa a ser: II - ak = a1 + (k – 1) . r a ak = a1 + k . r – r 2
a1 = 3 (5 – r), 5 e ( 5 + r ), cujo produto é igual a 105, ou seja: Fazendo I + II, teremos:
a2 = 2 . a1 – 4 a a2 = 2 . 3 – 4 a a2 = 2 Ap + ak = a1 + p . r – r + a1 + k . r – r S60 = 5430
a3 = 2 . a2 – 4 a a3 = 2 . 2 - 4 a a3 = 0 (5 – r) .5 . (5 + r) = 105 → 52 – r2 = 21 Ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) . r
a4 = 2 . a3 – 4 a a4 = 2 . 0 - 4 a a4 = -4 r2 = 4 → 2 ou r = -2. Resposta: 5430
a5 = 2 . a4 – 4 a a5 = 2 .(-4) – 4 a a5 = -12 Sendo a PA crescente, ficaremos apenas com r= 2. Considerando que p + k = n + 1, ficamos com:
Finalmente, teremos a = 3, b = 5 e c= 7. ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1) . r Progressão Geométrica (PG)
- Determinar o termo a5 de uma sequência em que: ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) . r
a1 = 12 e an+ 1 = an – 2, em que n € N*. 5. Propriedades ap + ak = a1 + an PG é uma sequência numérica onde cada termo, a partir
do segundo, é o anterior multiplicado por uma constante q
P1: para três termos consecutivos de uma PA, o termo Portanto numa PA com n termos, em que n é um chamada razão da PG.
a2 = a1 – 2 → a2 = 12 – 2 → a2=10
médio é a media aritmética dos outros dois termos. numero ímpar, o termo médios (am) é a media aritmética an+1 = an . q
a3 = a2 – 2 → a3 = 10 – 2 → a3 = 8
dos extremos. Com a1 conhecido e n € N*
a4 = a3 – 2 → a4 = 8 – 2 → a4 = 6 a1 + an
a5 = a4 – 2 → a5 = 6 – 2 → a5 = 4 Exemplo Am =
2 Exemplos
Observação 1 Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA:
7. Soma dos n Primeiros Termos de uma PA - (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a1 =
an-1, an e an+1. Podemos afirmar que:
3 e razão q = 2.
Devemos observar que a apresentação de uma se‐ I - an = an-1 + r
Vamos considerar a PA (a1, a2, a3,…,an-2, an-1,an ) e
quência através do termo geral é mais pratica, visto que II - an = an+ 1 –r
representar por Sn a soma dos seus n termos, ou seja: - (-36, -18, -9, −9 , −9 ,...) é uma PG de primeiro termo
podemos determinar um termo no “meio” da sequência Sn = a1 + a2 + a3 + …+ an-2 + an-1 + an a1= -36 e razão q =2 1 . 4
sem a necessidade de determinarmos os termos interme‐ Fazendo I + II, obteremos: (igualdade I) 2
diários, como ocorre na apresentação da sequência através 2an = an-1 + r + an +1 - r - (15, 5, 5 , 5 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15
da lei de recorrências. 2an = an -1+ an + 1 Podemos escrever também: e razão q = 13 . 9
an + 1 Sn = an + an-1 + an-2 + ...+ a3 + a2 + a1 3
Observação 2 Logo: an = an-1 + (igualdade II) - (-2, -6, -18, -54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 =
2
-2 e razão q = 3.
Algumas sequências não podem, pela sua forma “de‐ Portanto, para três termos consecutivos de uma PA o Somando-se I e II, temos: - (1, -3, 9, -27, 81, -243, ...) é uma PG de primeiro termo
sorganizada” de se apresentarem, ser definidas nem pela termo médio é a media aritmética dos outros dois termos. 2Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + (a3 + an-2) + …+ (an-2 + a3) + a1 = 1 e razão q = -3.
lei das recorrências, nem pela formula do termo geral. Um 6. Termos Equidistantes dos Extremos (an-1 + a2) + (an + a1) - (5, 5, 5, 5, 5, 5,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5
exemplo de uma sequência como esta é a sucessão de nú‐ Considerando que todas estas parcelas, colocadas e razão q = 1.
meros naturais primos que já “destruiu” todas as tentativas Numa sequência finita, dizemos que dois termos são entre parênteses, são formadas por termos equidistantes - (7, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7
de se encontrar uma formula geral para seus termos. equidistantes dos extremos se a quantidade de termos que dos extremos e que a soma destes termos é igual à soma e razão q = 0.
precederem o primeiro deles for igual à quantidade de ter‐ dos extremos, temos: - (0, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0
4. Artifícios de Resolução mos que sucederem ao outro termo. Assim, na sucessão: e razão q qualquer.
2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) +
Em diversas situações, quando fazemos uso de apenas (a1, a2, a3, a4,..., ap,..., ak,..., an-3, an-2, an-1, an), temos: +… + (a1 + an) → 2Sn = ( a1 + an) . n Observação: Para determinar a razão de uma PG, basta
alguns elementos da PA, é possível, através de artifícios de efetuar o quociente entre dois termos consecutivos: o
resolução, tornar o procedimento mais simples: a2 e an-1 são termos equidistantes dos extremos; E, assim, finalmente: posterior dividido pelo anterior.
PA com três termos: (a – r), a e (a + r), razão igual a r. a3 e an-2 são termos equidistantes dos extremos; (a1 + an ).n an + 1
PA com quatro termos: (a – 3r), (a – r), (a + r) e (a + 3r), a4 an-3 são termos equidistantes dos extremos. Sn = q= (an ≠ 0)
razão igual a 2r. 2 an
PA com cinco termos: (a – 2r), (a – r), a, (a + r) e (a + 2r), Notemos que sempre que dois termos são equidistantes Exemplo Classificação
razão igual a r. dos extremos, a soma dos seus índices é igual ao valor de - Ache a soma dos sessenta primeiros termos da PA (2
n + 1. Assim sendo, podemos generalizar que, se os termos , 5, 8,...). As classificações geométricas são classificadas assim:
ap e ak são equidistantes dos extremos, então: p + k = n+1. - Crescente: Quando cada termo é maior que o ante‐
Dados: a1 = 2 rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
r=5–2=3 0 < q < 1.

35 36
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an‐ Artifícios de Resolução Observação: Se a PG for positive, o termo médio será a Se tivéssemos efetuado a subtração das equações em
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 media geométrica dos outros dois: ordem inversa, a fórmula da soma dos termos da PG ficaria:
< 0 e q > 1. Em diversas situações, quando fazemos uso de apenas an = √an-1 . an+1 a1 .(1+ q n )
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con‐ alguns elementos da PG, é possível através de alguns Sn =
1− q
trario ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0. elementos de resolução, tornar o procedimento mais P2: Numa PG, com n termos, o produto de dois termos
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto simples. equidistantes dos extremos é igual ao produto destes Evidentemente que por qualquer um dos “caminhos”
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA extremos. o resultado final é o mesmo. É somente uma questão de
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG PG com três termos: forma de apresentação.
estacionaria. Exemplo
a a; aq
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto Sejam, numa PG de n termos, ap e ak dois termos Observação: Para q = 1, teremos sn = n . a1
ocorre quando a1 = 0 ou q = 0. q equidistantes dos extremos.
Série Convergente – PG Convergente
Formula do Termo Geral PG com quatro termos: Teremos, então: Dada a sequência ( a1, a2, a3, a4, a5,..., an-2, an-1, an),
a q I – ap = a1 . qp-1 chamamos de serie a sequência S1, S2, S3, S4, S5,..., Sn-2, sn-1,
A definição de PG está sendo apresentada por meio de ; ; aq; aq3 II – ak = a1 . qk-1 sn,tal que:
q3 q
uma lei de recorrências, e nos já aprendemos nos módu‐ S1 = a1
los anteriores que a formula do termo geral é mais pratica. Multiplicando I por II, ficaremos com: S2 = a1 + a2
Por isso, estaremos, neste item, procurando estabelecer, a PG com cinco termos: ap . ak = a1 . qp-1 . a1 . qk-1 S3 = a1 + a2 + a3
partir da lei de recorrências, a fórmula do termo geral da a q ; a; aq; aq2 ap . ak = a1 . a1 . qp-1+k-1 S4 = a1 + a2 + a3 + a4
progressão geométrica. ; S5 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5
q2 q Considerando que p + k = n + 1, ficamos com: .
Vamos considerar uma PG de primeiro termo a1 e ap . ak = a1 . an .
razão q. Assim, teremos: Exemplo Portanto, numa PG, com n termos, o produto de dois Sn-2 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2
a2 = a1 . q Considere uma PG crescente formada de três números. termos equidistantes dos extremos é igual ao produto Sn-1 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1
Determine esta PG sabendo que a soma destes números é
a3 = a2 . q = a1 . q2 destes extremos. Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1 + an
13 e o produto é 27.
a4 = a3 . q = a1 . q3 Observação: Numa PG positiva, com n termos, onde
Vamos considerar a PG em questão formada pelos
a5 = a4 . q = a1 . q4 n é um numero impar, o termo médio (am) é a media Vamos observar como exemplo, numa PG com primeiro
termos a, b e c, onde a = e c = b . q.
. . geométrica dos extremos ou de 2 termos equidistantes dos termo a1 = 4 e razão q = , à série que ela vai gerar.
Assim,
. . extremos.
. . b . b . bq = 27 → b3 = 27 → b = 3. Os termos que vão determinar a progressão geométrica
an= a1 . qn-1 q am = √a1 . an são: (4, 2, 1, 1 , 1, 1, 1, 1, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 1 1 1
, ,
...) 2 128 256 512
Exemplos Temos: Soma dos termos de uma PG
E, portanto, a série correspondente será:
- Numa PG de primeiro termo a1 = 2 e razão q = 3, 3
+ 3 +3q = 13 → 3q2 – 10q + 3 = 0 a Soma dos n Primeiros Termos de uma PG
temos o termo geral na igual a: q Vamos considerar a PG (a1, a2, a3, ..., an-2, an-1, an), com S1 = 4
q diferente de 1 e representar por Sn a soma dos seus n S2 = 4 + 2 = 6
an = a1 . q → an = 2 . 3
n-1 n-1
q = 3 ou q = 1 termos, ou seja: S3 = 4 + 2 + 1 = 7
Assim, se quisermos determinar o termo a5 desta PG, 3 1 15
faremos: Sendo a PG crescente, consideramos apenas q = 3. E, Sn = a1 + a2 + a3 + ...+an-2 + an-1 + an S4 = 4 + 2 + 1 + = = 7, 5
A5 = 2 . 34 → a5 = 162 assim, a nossa PG é dada pelos números: 1, 3 e 9. ( igualdade I) 2 2
1 1 31
Propriedades Podemos escrever, multiplicando-se, membro a S5 = 4 + 2 + 1 + + = = 7, 75
- Numa PG de termo a1 = 15 e razão q = , temos o membro, a igualdade ( I ) por q:
2 4 4
P1: Para três termos consecutivos de uma PG, o
termo geral na igual a: quadrado do termo médio é igual ao produto dos outros 1 1 1 63
an = a1 . qn-1 → an = 15 . n-1 dois. q . Sn = q . a1 + q . a2 + q . a3 + ...+ q . an-2 + S6 = 4 + 2 + 1 + + + = = 7, 875
+ q . an-1 + q . an 2 4 8 8
Assim, se quisermos determinar o termo a6 desta PG, Exemplo 1 1 1 1 127
faremos: Vamos considerar três termos consecutivos de uma PG: Utilizando a formula do termo geral da PG, ou seja, an S7 = 4 + 2 + 1 + + + + = = 7, 9375
5 an-1, an e an+1. Podemos afirmar que: = a1 . qn-1, teremos: 2 4 8 16 16
(1).5
A6 = 15 . → a6 = q . Sn = a2 + a3 + ... + an-2 + an-1 + an + a1 . qn
1 1 1 1 1 255
2 81 I – an = an-1 . q e (igualdade II) S8 = 4 + 2 + 1 + + + + + = = 7, 96875
- Numa PG de primeiro termo a1 = 1 e razão = -3 temos II – an = an+1 2 4 8 16 32 32
o termo geral na igual a: q Subtraindo-se a equação I da equação II, teremos: 1 1 1 1 1 1 511
an = a1 . qn-1 → an = 1 . (-3)n-1 S9 = 4 + 2 + 1 + + + + + + =
2 4 8 16 32 64 64 = 7,
Fazendo I . II, obteremos: q . Sn – Sn = a1 . qn – a1 → sn . (q – 1) = 984375
Assim, se quisermos determinar o termo a4 desta PG, an+1 = a1 . (qn – 1)
faremos: (an)2 = (an-1 . q). ( ) a (an )2 = an-1 . an+1
E assim: S = a1 .(q − 1)
n 1 1 1 1 1 1 1 1023
A4 = 1 . (-3)3 → a4 = -27 q S10 = 4 + 2 + 1 + + + + + + + =
Logo: (an)2 = an-1 . an+1 q −1 = 7, 9921875 2 4 8 16 32 64 128 128
n

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Devemos notar que a cada novo termo calculado, na Solução: 07. Resposta “E”.
PG, o seu valor numérico cada vez mais se aproxima de
zero. Dizemos que esta é uma progressão geométrica A B 2. CONJUNTOS NUMÉRICOS: NÚMEROS
convergente. NATURAIS, INTEIROS, RACIONAIS, REAIS
E COMPLEXOS (FORMA ALGÉBRICA E
110
Por outro lado, na serie, é cada vez menor a parcela 80 20 130 + FORMA TRIGONOMÉTRICA). OPERAÇÕES,
que se acrescenta. Desta forma, o ultimo termos da serie PROPRIEDADES E APLICAÇÕES. SEQUÊNCIAS
vai tendendo a um valor que parece ser o limite para a série NUMÉRICAS, PROGRESSÃO ARITMÉTICA E
em estudo. No exemplo numérico, estudado anteriormente, PROGRESSÃO GEOMÉTRICA.
nota-se claramente que este valor limite é o numero 8. Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos
gostam de ler os dois.
Bem, vamos dar a esta discussão um caráter matemático. Leem somente A: 100 – 20 = 80
É claro que, para a PG ser convergente, é necessário Leem somente B: 150 – 20 = 130 “Caro Candidato, o tópico acima foi abordado na
que cada termo seja, um valor absoluto, inferior ao anterior Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas. íntegra em: 1. Resolução de problemas envolvendo
a ele. Assim, temos que: 08. Resposta “D”. frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com
Temos: perímetro do 1º triangulo = 30 números, com figuras, de palavras).”
PG convergente → | q | < 1 perímetro do 2º triangulo = 15 A B
perímetro do 3º triangulo = 15
ou 2
1200 320 480 3. ÁLGEBRA: EXPRESSÕES ALGÉBRICAS.
PG convergente → -1 < 1 Logo, devemos calcular a soma dos termos da PG POLINÔMIOS: OPERAÇÕES E PROPRIEDADES.
infinita 30, 15, 15 ,... na qual a1 = 30 e q =. 1 EQUAÇÕES POLINOMIAIS E INEQUAÇÕES
Resta estabelecermos o limite da serie, que é o Sn para Somente B: 800 – 320 = 480
2 2 RELACIONADAS.
quando n tende ao infinito, ou seja, estabelecermos a soma 30 30 Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520.
dos infinitos termos da PG convergente. S = a1 → s = 1− q = 1 = 60.
1− 09. Resposta “C”.
2
Vamos partir da soma dos n primeiros termos da PG: Polinômios
A B
a .(1+ q n ) Exercícios Para polinômios podemos encontrar várias definições
Sn = 1 +
1− q 26 14 21 59 diferentes como:
1. Uma progressão aritmética e uma progressão geo‐ Polinômio é uma expressão algébrica com todos os
Estando q entre os números -1e 1 e, sendo n um métrica têm, ambas, o primeiro termo igual a 4, sendo que termos semelhantes reduzidos. Polinômio é um ou mais
expoente que tende a um valor muito grande, pois estamos os seus terceiros termos são estritamente positivos e coin‐ monômios separados por operações.
somando os infinitos termos desta PG, é fácil deduzir que qn cidem. Sabe-se ainda que o segundo termo da progressão Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A = 40 As duas podem ser aceitas, pois se pegarmos um
vai apresentando um valor cada vez mais próximo de zero. aritmética excede o segundo termo da progressão geomé‐ – 14 = 26 e somente B = 35 – 14 = 21. polinômio encontraremos nele uma expressão algébrica e
Para valores extremamente grandes de n não constitui erro trica em 2. Então, o terceiro termo das progressões é: Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 – monômios separados por operações.
considerar que qn é igual a zero. E, assim, teremos: a) 10 61 = 59 pessoas.
b) 12 - 3xy é monômio, mas também considerado polinômio,
a1 c) 14 10. Resposta “A”. assim podemos dividir os polinômios em monômios
S= d) 16 - Jornal A → 0,8 – x (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e
1− q e) 18 - Jornal B → 0,6 – x trinômio (três monômios).
- Intersecção → x
Observação: Quando a PG é não singular (sequência 2. O valor de n que torna a sequência (2 + 3n; –5n; 1 – - 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.
com termos não nulos) e a razão q é de tal forma que q | ≥ 4n) uma progressão aritmética pertence ao intervalo: Então fica:
1, a serie é divergente. Séries divergentes não apresentam a) [– 2, –1] Como os monômios, os polinômios também possuem
soma finita. b) [– 1, 0] (0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1 grau e é assim que eles são separados. Para identificar o
c) [0, 1] - x + 1,4 = 1 seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse
Exemplos d) [1, 2] - x = - 0,4 será o grau do polinômio.
e) [2, 3] x = 0,4. Com os polinômios podemos efetuar todas as
- A medida do lado de um triângulo equilátero é 10. 3. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) operações: adição, subtração, divisão, multiplicação,
Unindo-se os pontos médios de seus lados, obtém-se o obedecem a uma lei de formação. Se an, em que n pertence Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”. potenciação.
segundo triângulo equilátero. Unindo-se os pontos médios a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + O procedimento utilizado na adição e subtração
dos lados deste novo triangulo equilátero, obtém-se um a55 é igual a: de polinômios envolve técnicas de redução de termos
terceiro, e assim por diante, indefinidamente. Calcule a a) 58 semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais
soma dos perímetros de todos esses triângulos. b) 59 iguais e sinais diferentes. Observe os exemplos a seguir:
c) 60
d) 61
e) 62

39 64
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Adição Exemplo 3 Multiplicação de número natural Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)

Exemplo 1 Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B - Se multiplicarmos 3 por (2x + x + 5), teremos:
2
O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois
= 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x + 20. Calcule: 3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva. monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio,
Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6. a) A + B + C 3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5 irá dividir cada um deles, veja:
(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo (6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² 6x2 + 3x + 15. (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
parênteses através do jogo de sinal. + 9x + 20)
+(–3x2) = –3x2 6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.
+(+8x) = +8x 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + Multiplicação de polinômio com polinômio Assim, transformamos a divisão de polinômio por
+(–6) = –6 monômio em duas divisões de monômio por monômio.
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes. 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45 - Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2) Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva. coeficiente por coeficiente e parte literal por parte literal.
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45 3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
–2x2 + 5x – 7 15x3 + 6x – 5x2 – 2
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7
b) A – B – C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2
Exemplo 2 - Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
+ 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x (2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos: – 20 2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses 6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
utilizando o jogo de sinal. – 20 10x3+ x2 + 3x – 2
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes. 6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12 3x³ + 4x² – 8x – 15 Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2
ou
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7 A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15 Divisão
Portanto, (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) = 5a2b + 4
Exemplo: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) : (3x2y)
Subtração A multiplicação com polinômio (com dois ou mais A compreensão de como funciona a divisão de
monômios) pode ser realizada de três formas: polinômio por monômio irá depender de algumas O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três
Exemplo 1 definições e conhecimentos. Será preciso saber o que é monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um monômio
Multiplicação de monômio com polinômio.
um monômio, um polinômio e como resolver a divisão de irá dividir cada um deles, veja:
Multiplicação de número natural com polinômio.
monômio por monômio. Dessa forma, veja a seguir uma
Subtraindo –3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8. Multiplicação de polinômio com polinômio.
breve explicação sobre esses assuntos.
(5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses As multiplicações serão efetuadas utilizando as
utilizando o jogo de sinal. seguintes propriedades:
• Polinômio é uma expressão algébrica racional e Assim, transformamos a divisão de polinômio por
– (–3x2) = +3x2 - Propriedade da base igual e expoente diferente: an .
inteira, por exemplo: monômio em três divisões de monômio por monômio.
– (+10x) = –10x am = a n + m
x2y Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir
– (–6) = +6 - Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que 3x – 2y
multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com coeficiente por coeficiente e parte literal por parte literal.
x + y5 + ab
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos coeficiente. • Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas
semelhantes. um termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6 Multiplicação de monômio com polinômio literal. Por exemplo:
8x2 – 19x – 2 a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos: 3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2
3x . (5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva. -5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal. Portanto,
3x . 5x2 + 3x . 3x + 3x . (-1) • Divisão de monômio por monômio
Exemplo 2
15x3 + 9x2 – 3x
Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x divisor são monômios devemos seguir a regra: dividimos
teremos: - Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos: coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Exercícios
(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando -2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva. Exemplos: 6x3 : 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
os parênteses através do jogo de sinais. -2x2 . 5x – 2x2 . (-1) 1. Um Caderno custa y reais. Gláucia comprou 4
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de - 10x3 + 2x2                  cadernos, Cristina comprou 6, e Karina comprou 3. Qual é
termos semelhantes. o monômio que expressa a quantia que as três gastaram
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5 Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2 Observação: ao dividirmos as partes literais temos juntas?
0x³ – 6x² + x + 16 que estar atentos à propriedade que diz que base igual na
– 6x² + x + 16 divisão, repete a base e subtrai os expoentes. 2. Suponha que a medida do lado de um quadrado
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² Depois de relembrar essas definições veja alguns seja expressa por 6x², em que x representa um número real
+ x + 16 exemplos de como resolver divisões de polinômio por positivo. Qual o monômio que vai expressar a área desse
monômio. quadrado?

65 66
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

3. Um caderno de 200 folhas custa x reais, e um = 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos 2˚ Maneira: Exemplos:
caderno de 100 folhas custa y reais. Se Noêmia comprar 7 semelhantes 3x – 2y 1) a ( x+y ) = ax + ay
cadernos de 200 folhas e 3 cadernos de 100 folhas, qual é x 2x + y 2) (a+b)(x+y) = ax + ay + bx + by
a expressão algébrica que irá expressar a quantia que ela Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do ------------------- 3) x ( x ² + y ) = x³ + xy
irá gastar? polinômio dado. 6x² – 4xy
+ 3xy – 2y² Para multiplicarmos potências de mesma base, conser‐
4. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy + 5) Resposta “5x + 2xy – 4y”. --------------------- vamos a base e somamos os expoentes.
1,8y + 2x – y + 3,4xy. 6x² – xy – 2y² Na divisão de potências devemos conservar a base e
Solução: 1˚ Modo:
subtrair os expoentes
(7x – 2xy – 5y) + (–2x + 4xy + y) =
5. Calcule de dois modos (7x – 2xy – 5y) + (-2x + 4xy 10) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”. Exemplos:
= 7x – 2xy – 5y – 2x + 4xy + y =
+ y) Solução: 1) 4x² : 2 x = 2 x
= 7x – 2x – 2xy + 4xy – 5y + y = (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) = 2) ( 6 x³ - 8 x ) : 2 x = 3 x² - 4
6. Determine P1 + P2 – P3, dados os Polinômios: = 5x + 2xy – 4y = (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) = 3) (x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2) :(x2 - 2x + 1) = x2 - 3x +2
2˚ Modo: = 3a b – 5a³b² + 12a²b³
4

7x – 2xy – 5y Resolução:
P1 = 3x² + x²y² - 7y²
P2 = 2x² + 8x²y² + 3y² – 2x + 4xy + y Cálculos Algébricos x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2 x2 - 2x + 1
P3 = 5x² + 7x²y² - 9y² ------------------------- -x4 + 2x3 - x2 x2 - 3x + 2
5x + 2xy – 4y Expressões Algébricas são aquelas que contêm nú‐ -3x3 + 8x2 -7x
7. Qual é o polinômio P que, adicionado ao polinômio meros e letras. 3x3 - 6x2 -3x
2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3, dá como resultado o polinômio 3y5 6) Resposta “–3x² + 2x²y² + 5y²”. Ex: 2ax²+bx 2x2 - 4x + 2
– 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1? Solução: -2x2 + 4x - 2
(3x² + x²y² - 7y²) + (x² + 8x²y² + 3y²) – (5x² + 7x²y² - Variáveis são as letras das expressões algébricas que 0
8. Qual é a forma mais simples de se escrever o 9y²) = representam um número real e que de princípio não pos‐
polinômio expresso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)? = 3x² + x²y² – 7y² – x² + 8x²y² + 3y² – 5x² – 7x²y² + 9y² = suem um valor definido. Para iniciarmos as operações devemos saber o que são
= 3x² – x² – 5x² + x²y² + 8x²y² – 7x²y² – 7y² + 3y² + 9y² = Valor numérico de uma expressão algébrica é o nú‐ termos semelhantes.
9. Qual a maneira para se calcular a multiplicação do = –3x² + 2x²y² + 5y² mero que obtemos substituindo as variáveis por números Dizemos que um termo é semelhante do outro quando
seguinte polinômio: (2x + y)(3x – 2y)? e efetuamos suas operações. suas partes literais são idênticas.
Logo, P1 + P2 – P3 = –3x² + 2x²y² + 5y².
10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab). Ex: Sendo x =1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) Veja:
7) Resposta “y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2”. da expressão: 5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2
Solução: x² + y » 1² + 2 =3 Portando o valor numérico da e x, as letras são iguais, mas o expoente não, então esses
Respostas P + (2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3) = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y expressão é 3. termos não são semelhantes.
7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab2
+ 1). Daí:
1) Resposta “13y reais”. Monômio: os números e letras estão ligados apenas e ab2, observamos que elas são idênticas, então podemos
P = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1) – (2y5 – 3y4 + y² – 5y
Solução: 4y + 6y + 3y = por produtos. dizer que são semelhantes.
+ 3) =
= (4 + 6 + 3)y = Ex : 4x
= 3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1 – 2y5 + 3y4 – y² + 5y – 3 = Adição e subtração de monômios
= 13y = 3y5 – 2y5 – 2y4 + 3y4 – 2y3 + 2y² – y² – 4y + 5y + 1 – 3 =
Logo, as três juntas gastaram 13y reais. Polinômio: é a soma ou subtração de monômios. Só podemos efetuar a adição e subtração de
= y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2. Ex: 4x+2y monômios entre termos semelhantes. E quando os termos
2) Resposta “36x4”. envolvidos na operação de adição ou subtração não forem
Logo, o polinômio P procurado é y5 + y4 – 2y3 + y² + Termos semelhantes: são aqueles que possuem par‐ semelhantes, deixamos apenas a operação indicada.
Solução: y – 2.
Área: (6x²)² = (6)² . (x)² = 36x4 tes literais iguais ( variáveis ) Veja:
Logo, a área é expressa por 36x4. Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z » são termos semelhantes pois Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são
8)Resposta “5ax – 7x² – a²”. possuem a mesma parte literal. semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles.
Solução: 5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e
3) Resposta “7x + 3y”.
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) = Adição e Subtração de expressões algébricas conservar a parte literal.
Solução:
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² = Para determinarmos a soma ou subtração de expres‐ 25 xy2
7 cadernos a x reais cada um: 7x reais
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² = sões algébricas, basta somar ou subtrair os termos seme‐ 5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e
3 cadernos a y reais cada um: 3y reais.
Portanto, a quantia que Noêmia gastará na compra dos = 5ax – 7x² – a² lhantes. conservar a parte literal.
cadernos é expressa por: Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 2 x³ y² z - 3x³ - 15 xy2
7x + 3y → uma expressão algébrica que indica a adição 9) Resposta “6x² – xy – 2y²”. y² z = -x³ y² z
de monômios. Solução: Nesse caso podemos resolve de duas Veja alguns exemplos:
maneiras: Convém lembrar dos jogos de sinais. - x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos
4) Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”. 1˚ Maneira: (2x + y)(3x – 2y) = Na expressão ( x³ + 2 y² + 1 ) – ( y ² - 2 ) = x³ +2 y² + tirar o mmc de 6 e 9.
Solução: = 2x . 3x – 2x . 2y + y . 3x – y . 2y = 1 – y² + 2 = x³ + y² +3
0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy = = 6x² – 4xy + 3xy – 2y² = 3x2 - 4 x2 + 18 x2
= 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade = 6x² – xy – 2y² Multiplicação e Divisão de expressões algébricas             18
comutativa Na multiplicação e divisão de expressões algébricas, 17x2
devemos usar a propriedade distributiva. 18

67 68
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos -20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3 Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fór‐ 5) Solução:
semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma 5 x2 – 1 y3 – 3 mula do termo geral e efetuamos os cálculos indicados. (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
e a subtração. 5x1y0 Temos então: 3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
-5y3 – x2 como os dois termos restantes não são 5x T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 × (1)6 = 9! ×(2x)3×1= x² + 6x + 1
semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação [(9-6)! x6!]
9.8.7.6!
dos monômios. Potenciação de monômios = ×8x³=672x³ 6) Solução:
3.2.1.6!
(2x+3).(4x+1)
Reduza os termos semelhantes na expressão 4x – 5x 2
Na potenciação de monômios devemos novamente Portanto o sétimo termo procurado é 672x3. 8x² + 2x + 12x + 3 =
-3x + 2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. utilizar uma propriedade da potenciação: 8x² + 14x + 3
4x – 5x - 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 +
2
2) Resposta “90720x4y4”.
2x2 – 5x - 3x (I) (a . b)m = am . bm Solução: Temos: 7) a - Solução:
6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar (II) (am)n = am . n a = 2x (x - y).(x² - xy + y²)
o valor numérico dessa expressão. Veja alguns exemplos: b = 3y x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
Para calcularmos o valor numérico de uma expressão (-5x2b6)2 aplicando a propriedade n=8 x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =
devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9
exercício é a letra x. (I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os b - Solução:
Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar (II) 25 . x4 . b12 25x4b12 termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio (3x - y).(3x + y).(2x - y)
do x o -2 termos: (termo médio) será o T5 (quinto termo). (3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
Exercícios Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. (3x - y).(6x² - xy - y²) =
6x2 - 8x Para isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e 18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
6 . (-2)2 – 8 . (-2) = 1. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desen‐ efetuar os cálculos decorrentes. Teremos: 18x³ - 9x²y - 2xy² + y³
6 . 4 + 16 = volvido segundo as potências decrescentes de x.
24 + 16 T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = 8! . (2x)4 . (3y)4 = 8) Resposta “-0,88”.
40 2. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + [(8-4)! .4!] Solução:
3y)8? = 8.7.6.5.4! . 16x4 . 81y4 bc – b2 =
Multiplicação de monômios (4!.4.3.2.1 2,2 . 1,8 – 2,22 = (Substituímos as letras pelos valores
3. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um Fazendo as contas vem:  passados no enunciado)
Para multiplicarmos monômios não é necessário que polinômio de 16 termos. Qual o valor de n? 3,96 – 4,84 =
eles sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio -0,88.
com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo 4. Determine o termo independente de x no desenvol‐ procurado. Portanto, o valor procurado é 0,88.
que quando multiplicamos as partes literais devemos usar vimento de (x + 1/x )6.
a propriedade da potência que diz: am . an = am + n (bases 3) Resposta “5”. 9) Resposta “-14”.
iguais na multiplicação repetimos a base e somamos os 5. Calcule: (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2). Solução: Ora, se o desenvolvimento do binômio possui Solução:
expoentes). 16 termos, então o expoente do binômio é igual a 15. 2x3 – 10y =
6. Efetue e simplifique o seguinte calculo algébrico: Logo, 2.(-3)² - 10.(-4) = (Substituímos as letras pelos valores
(3a2b) . (- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, (2x+3).(4x+1). 3n = 15 de onde se conclui que n = 5. do enunciado da questão)
devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal 2.(27) – 10.(-4) =
multiplicamos as que têm mesma base para que possamos 7. Efetue e simplifique os seguintes cálculos algébricos: 4) Resposta “20”. (-54) – (-40) =
usar a propriedade am . an = am + n. a) (x - y).(x² - xy + y²) Solução: Sabemos que o termo independente de x é -54 + 40 = -14.
b) (3x - y).(3x + y).(2x - y) aquele que não depende de x, ou seja, aquele que não pos‐ Portanto -14 é o valor procurado na questão.
3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3 sui x.
-15 a2 +1 b1 + 3 8. Dada a expressão algébrica bc – b2, determine o seu Temos no problema dado: 10) Resposta “13y reais”.
-15 a3b4 valor numérico quando b = 2,2 e c = 1,8. a=x Solução: Como Gláucia gastou 4y reais, Cristina 6y reais
e Karina 3y reais, podemos expressar essas quantias juntas
1
Divisão de monômios 9. Calcule o valor numérico da expressão 2x3 – 10y, b= por:
quando x = -3 e y = -4. x
Para dividirmos os monômios não é necessário que 10. Um caderno curta y reais. Gláucia comprou 4 ca‐ n = 6. 4y + 6y + 3y =
eles sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente dernos, Cristina comprou 6 cadernos, e Karina comprou 3. Pela fórmula do termo geral, podemos escrever: (4 + 6 + 3)y =
com coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo Qual é o monômio que expressa a quantia que as três gas‐ 13y
que quando dividirmos as partes literais devemos usar a taram juntas? Tp+1 = C6,p . x6-p . ( 1 )p = C6,p . x6-p . x-p = C6,p . x6-2p.
propriedade da potência que diz: am : an = am - n (bases iguais x Importante: Numa expressão algébrica, se todos os
na divisão repetimos a base e diminuímos os expoentes), Respostas Ora, para que o termo seja independente de x, o ex‐ monômios ou termos são semelhantes, podemos tornar
sendo que a ≠ 0. poente desta variável deve ser zero, pois x0 = 1. mais simples a expressão somando algebricamente os coe‐
1) Resposta “672x3”. Logo, fazendo 6 - 2p = 0, obtemos p = 3. Substituindo ficientes numéricos e mantendo a parte literal.
(-20x2y3) : (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, Solução: Primeiro temos que aplicar a fórmula do ter‐ então p por 6, teremos o termo procurado. Temos então:
devemos dividir os coeficientes -20 e - 4 e na parte literal mo geral de (a + b)n, onde: T3+1 = T4 = C6,3 . x0 = C6,3 = 6! = 6.5.4.3! =20
dividirmos as que têm mesma base para que possamos a = 2x [(6-3)!.3!] 3!.2.1
usar a propriedade am : an = am – n. b=1 Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo)
n=9 que é igual a 20.

69 70
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Função constante: A função f(x), num determinado


4. FUNÇÕES: GENERALIDADES. FUNÇÕES intervalo, é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos
ELEMENTARES: 1º GRAU, 2º GRAU, f(x1) = f(x2).
MODULAR, EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA,
GRÁFICOS. PROPRIEDADES.

Função do 1˚ Grau
f: A → B
Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função é y = f(x) = x + 1
uma relação binária de A em B de tal maneira que todo
f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora
elemento x, pertencente ao conjunto A, tem para si um Tipos de Função
(não interceptou o gráfico)
único correspondente y, pertencente ao conjunto B, que é
chamado de imagem de x. Injetora: Quando para ela elementos distintos do
Bijetora: Quando apresentar as características de
domínio apresentam imagens também distintas no
função injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou
contradomínio. Gráficos de uma Função
seja, elementos distintos têm sempre imagens distintas
A apresentação de uma função por meio de seu gráfico
e todos os elementos do contradomínio são imagens de
é muito importante, não só na Matemática como nos
pelo menos um elemento do domínio.
diversos ramos dos estudos científicos.

Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos
construir uma tabela fornecendo valores para x e, por meio
da sentença f(x), obteremos as imagens y correspondentes.
Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos
A e B, nesta ordem, representarem uma função é preciso Reconhecemos, graficamente, uma função injetora
que: quando, uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar x y = 2x – 1
o gráfico da função, uma única vez.
- Todo elemento do conjunto A tenha algum –2 –5
Função crescente: A função f(x), num determinado
correspondente (imagem) no conjunto B; –1 –3
intervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes
- Para cada elemento do conjunto A exista um único 0 –1
a este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2).
correspondente (imagem) no conjunto B.
1 1
Assim como em relação, usamos para as funções, que 2 3
são relações especiais, a seguinte linguagem: 3 5
Domínio: Conjunto dos elementos que possuem
imagem. Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A. Transportados os pares ordenados para o plano
f(x) é injetora g(x) não é injetora
(interceptou o gráfico mais cartesiano, vamos obter o gráfico correspondente à função
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se f(x).
de uma vez)
colocam à disposição para serem ou não imagem dos
elementos de A. Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B.
Sobrejetora: Quando todos os elementos do x1<x2 → f(x1)<f(x2)
contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento
Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B
do domínio. Função decrescente: Função f(x), num determinado
formado por todos os elementos que são imagens dos
intervalo, é decrescente se, para quaisquer x1 e x2
elementos do conjunto A, ou seja, no exemplo anterior: Im
pertencente a este intervalo, com x1 < x2, tivermos f(x1)>f(x2).
= {a, b, c}.

Exemplo

Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0,


1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}.

Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1.


Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
Tomamos um elemento do conjunto A, representado
quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar
por x, substituímos este elemento na sentença f(x),
o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos
efetuamos as operações indicadas e o resultado será a
uma vez o gráfico da função. x1<x2 → f(x1)>f(x2)
imagem do elemento x, representada por y.

71 72
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo para a > 0 Zeros da Função do 1º grau: b) Quais valores de x tornam positiva a função? Portanto, quando tivermos para outra equipe a
Consideremos f(x) = 2x – 1. Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + y>0 informação de que a sua situação é (2, -8) entenderemos,
b o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para 2x – 4 > 0 que esta equipe apresenta 2 pontos ganhos e saldo de gols
x f(x) que y seja igual à zero. 2x > 4 -8. Note que é importante a ordem em que se apresenta
-1 -3 Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta este par de números, pois a situação (3, 5) é totalmente
resolver a equação ax + b = 0. x> 4 diferente da situação (5,3). Fica, assim, estabelecida a
0 -1 2
idéia de par ordenado: um par de valores cuja ordem de
1 1 Exemplo x>2 apresentação é importante.
2 3 Determinar o zero da função: Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b
y = 2x – 4. A função é positiva para todo x real maior que 2. =d
2x – 4 = 0 (a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b
2x = 4 c) Quais valores de x tornam negativa a função?
Produto Cartesiano
x= 4 y<0
2 Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto
2x – 4 < 0
cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis pares
x=2 2x < 4
ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao
O zero da função y = 2x – 4 é 2.
4 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença ao 2º conjunto
x<
No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é 2 (B).
Exemplo para a < 0 representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o x<2
Consideremos f(x) = –x + 1. eixo x. A x B= {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B}
A função é negativa para todo x real menor que 2.
x f(x) x y (x,y) Quando o produto cartesiano for efetuado entre o
-1 2 1 -2 (1, -2) Podemos também estudar o sinal da função por meio conjunto A e o conjunto A, podemos representar A x A =
de seu gráfico: A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de
0 1 3 2 (3,2) apresentação do produto cartesiano.
1 0
2 -1 Exemplo

Sejam A = {1, 4, 9} e B = {2, 3}. Podemos efetuar o


produto cartesiano A x B, também chamado A cartesiano B,
e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Observe que a reta y = 2x – 4 intercepta o eixo x no Apresentamos o produto cartesiano por meio da
ponto (2,0), ou seja, no ponto de abscissa 2, que é o zero listagem, quando escrevemos todos os pares ordenados
da função. que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado,
Conhecido o zero de uma função do 1º grau e teremos:
lembrando a inclinação que a reta pode ter, podemos A e B = {(1, 2),(1, 3),(4, 2),(4, 3),(9, 2),(9, 3)}
esboçar o gráfico da função. - Para x = 2 temos y = 0;
Consideremos a função f(x) = ax + b com a ≠ 0, em que Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar
- Para x > 2 temos y > 0; o produto B e A (B cartesiano A): B x A = {(2, 1),(2, 4),(2, 9),(3,
x0 é a raiz da função f(x). Estudo do sinal da função do 1º grau: - Para x < 2 temos y < 0.
Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é 1),(3, 4),(3, 9)}.
a>0 a<0 determinar os valores reais de x para que: Relação Binária
- A função se anule (y = 0); Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto
- A função seja positiva (y > 0); Par Ordenado cartesiano não tem o privilégio da propriedade comutativa,
- A função seja negativa (y < 0). Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A
estamos, na verdade, representando o mesmo conjunto. x B = B x A quando A e B forem conjuntos iguais.
Exemplo Porém, em alguns casos, é conveniente distinguir a ordem Observação: Considerando que para cada elemento do
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0). dos elementos. conjunto A o número de pares ordenados obtidos é igual
a) Qual o valor de x que anula a função? Para isso, usamos a idéia de par ordenado. A princípio, ao número de elementos do conjunto B, teremos: n(A x B)
y=0 trataremos o par ordenado como um conceito primitivo = n(A) x n(B).
2x – 4 = 0 e vamos utilizar um exemplo para melhor entendê-
x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0 2x = 4 lo. Consideremos um campeonato de futebol e que b) Diagrama de flechas
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0 4 desejamos apresentar, de cada equipe, o total de pontos Apresentamos o produto cartesiano por meio do
x= ganhos e o saldo de gols. Assim, para uma equipe com 12 diagrama de flechas, quando representamos cada um
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0 2
pontos ganhos e saldo de gols igual a 18, podemos fazer a dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares
x=2 indicação (12, 18), já tendo combinado, previamente, que o ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento do
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma
primeiro número se refere ao número de pontos ganhos, e par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento
reta crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0. A função se anula para x = 2. o segundo número, ao saldo de gols. do par ordenado (no 2º conjunto).

73 74
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, 2n


1ª y= √f(x) f(x)≥(n∈N*) 4. Sejam f e g funções definidas em R por f(x)=2x-1 e 2) Resposta “100”.
o produto cartesiano A x B fica assim representado no g(x)=x-3. O valor de g(f(3)) é: Solução:
diagrama de flechas: 2ª y= 1 ⇒ f(x)≠0 a) -1 n + n/2 = 150
f(x( b) 1 2n/2 + n/2 = 300/2
Vejamos alguns exemplos de determinação de domínio c) 2 2n + n = 300
de uma função real. d) 3 3n = 300
e) 4 n = 300/3
Exemplos n = 100.
Determine o domínio das seguintes funções reais. 5. Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor
é 500 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais 3. Resposta “C”.
- f(x)=3x2 + 7x – 8 por produto vendido. Solução : Com a função dada f(x + 1) = 3f(x) – 2
D=R a) Escreva uma equação que expresse o ganho men- substituímos o valor de x por x = 0:
sal y desse vendedor, em função do número x de pro- f(0 + 1) = 3f (0) – 2
- f(x)=√x+7 duto vendido. f(1) = 3f(0) - 2
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7 b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4
c) Plano cartesiano D = {x∈R/x ≥ 7} produtos? É dito que f(1) = 4, portanto:
Apresentamos o produto cartesiano, no plano 3 c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês 4 = 3f(0) - 2
cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num eixo - f(x)= √x+1 recebeu 1000 reais? Isolando f(0):
horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma D=R 4+2 = 3f(0)
origem e, por meio de pontos, marcamos os elementos 6. Considere a função dada pela equação y = x + 1, 6 = 3f(0)
Observação: Devemos notar que, para raiz de índice
desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam determine a raiz desta função. f(0) = 6/3 = 2.
impar, o radicando pode assumir qualquer valor real,
os elementos passamos retas (horizontais ou verticais). Nos
inclusive o valor negativo.
cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão 7. Determine a raiz da função y = - x + 1 e esboce 4) Resposta “E”.
representando, no plano cartesiano, cada um dos pares - f(x)=
3 o gráfico. Solução: Começamos encontrando f(3):
ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A). √x+8 f(3) = 2.(3) + 1, ou seja, f(3) = 7
x + 8 > 0 → x > -8 8. Determine o intervalo das seguintes funções para Se está pedindo g[f(3)] então está pedindo g(7):
D = {x∈R/x > -8} que f(x) > 0 e f(x) < 0. g(7) = 7 - 3 = 4
a) y = f(x) = x + 1 Logo, a resposta certa, letra “E”.
- f(x)= √x+5 b) y = f(x) = -x + 1
x-8 5) Solução
x–5≥0→x≥5 9. Determine o conjunto imagem da função: a) y = salário fixo + comissão
x–8≥0→x≠8 D(f) = {1, 2, 3} y = 500 + 50x
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8} y = f(x) = x + 1
b) y = 500 + 50x , onde x = 4
Exercícios 10. Determine o conjunto imagem da função: y = 500 + 50 . 4 = 500 + 200 = 700
D(f) = {1, 3, 5}
1. Determine o domínio das funções reais y = f(x) = x² c) y = 500 + 50x , onde y = 1000
apresentadas abaixo. 1000 = 500 + 50x
Domínio de uma Função Real a) f(x) = 3x2 + 7x – 8 Respostas 50x = 1000 – 500
3 50x = 500
Para uma função de R em R, ou seja, com elementos b) f(x)= 1) Solução: x = 10.
3x-6
no conjunto dos números reais e imagens também no a) D = R
conjunto dos números reais, será necessária, apenas, a c) f(x)= √x+2 6) Solução: Basta determinar o valor de x para termos
apresentação da sentença que faz a “ligação” entre o 3 b) 3x – 6 ≠ 0 y=0
elemento e a sua imagem. d) f(x)= √2x+1 x≠2 x+1=0
Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais 4x D = R –{2} x = -1
e) f(x)=
não apresentam imagem real. √7x+5
Por exemplo, na função f(x) = √(x-1) , o número real 0 c) x + 2 ≥ 0 Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função.
não apresenta imagem real e, portanto, f(x) características x ≥ -2
2. Um número mais a sua metade é igual a 150.
de função, precisamos limitar o conjunto de partida, Qual é esse número? D = {x ∈ R/ x ≥ -2}
eliminando do conjunto dos números reais os elementos
que, para essa sentença, não apresentam imagem. Nesse 3. Considere a função f, de domínio N, definida por d) D = R
caso, bastaria estabelecermos como domínio da função f(x) f(1) = 4 e f(x+1) = 3f(x)-2. O valor de f(0) é: Devemos observar que o radicando deve ser maior ou
o conjunto D = {x∈R/x ≥ 1}. a) 0 igual a zero para raízes de índice par.
Para determinarmos o domínio de uma função, b) 1
portanto, basta garantirmos que as operações indicadas na c) 2 e) Temos uma raiz de índice par no denominado, assim:
sentença são possíveis de serem executadas. Dessa forma, d) 3 7x + 5 > 0
apenas algumas situações nos causam preocupação e elas e) 4 x > - 7/5
serão estudadas a seguir. D = {x ∈ R/ x > -5/7}.

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Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará Função do 2º Grau O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta
(cortará) o eixo x em -1, que é a raiz da função. chamada parábola.
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática O ponto V indicado na figura chama-se vértice da
7) Solução: Fazendo y = 0, temos: toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º parábola.
0 = -x + 1 grau da forma f(x) = ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com
x=1 a, b e c reais e a ≠ 0. Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter
Gráfico: Exemplo sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para
baixo (a < 0).
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
Zeros da Função do 2º grau
Representação gráfica da Função do 2º grau
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx
Exemplo + c são os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as
soluções da equação do 2º grau.
Se a função f de R em R definida pela equação y =
x2 – 2x – 3. Atribuindo à variável x qualquer valor real, a>0 a<0 ax2 + bx + c = 0
obteremos em correspondência os valores de y:
Note que o gráfico da função y = -x + 1, interceptará Podemos por meio do gráfico de uma função, A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o
(cortará) o eixo x em 1, que é a raiz da função. Para x = –2 temos y = (–2)2 – 2(–2) –3 = 4 + 4 – 3 = 5 reconhecer o seu domínio e o conjunto imagem. auxílio da chamada “fórmula de Bhaskara”.
Para x = –1 temos y = (–1)2 – 2(–1) –3 = 1 + 2 – 3 = 0
8) Solução: Para x = 0 temos y = (0)2 – 2(0) –3 = – 3 Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R. -b +- √
Δ
x=
a) y = f(x) = x + 1 Para x = 1 temos y = (1)2 – 2(1) –3 = 1 – 2 – 3 = –4 2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c
x+1>0 Para x = 2 temos y = (2)2 – 2(2) –3 = 4 – 4 – 3 = –3
x > -1 Para x = 3 temos y = (3)2 – 2(3) –3 = 9 – 6 – 3 = 0 As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção
Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1 Para x = 4 temos y = (4)2 – 2(4) –3 = 16 – 8 – 3 = 5 com o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço
x+1<0 do gráfico de uma função do 2º grau.
x < -1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1 f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0
b) y = f(x) = -x + 1 Δ>0 Δ=0 Δ<0
* -x + 1 > 0 a>0
-x > -1
x<1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1

-x + 1 < 0
-x < -1 Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no a<0
x>1 eixo x. Assim, D = [a, b] = A
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigual‐
dade).

9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2 Coordenadas do vértice da parábola
f(2) = 2 + 1 = 3
f(3) = 3 + 1 = 4 A parábola que representa graficamente a função do
x y (x,y)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}. 2º grau apresenta como eixo de simetria uma reta vertical
–2 5 (–2,5) que intercepta o gráfico num ponto chamado de vértice.
10) Solução: –1 0 (–1,0)
f(1) = 1² = 1 As coordenadas do vértice são:
0 –3 (0, –3)
f(3) = 3² = 9 -b -Δ
f(5) = 5² = 25 1 –4 (1, –4) xv = e xv =
2a 4a
Logo: Im(f) = {1, 9, 25} 2 –3 (2, –3)
3 0 (3,0) Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da
função no eixo y. Assim, Im = [c, d].
4 5 (4,5)

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Estudos do sinal da função do 2º grau Respostas


    Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar
os valores reais de x que tornam a função positiva, negativa 1) Resposta “3”.
ou nula. Solução: Sendo x o número de filhos de Pedro, temos
Vértice (V)
que 3x2 equivale ao triplo do quadrado do número de filhos
Exemplo e que 63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de
y = x2 – 6x + 8 filhos. Montando a sentença matemática temos:
3x2 = 63 - 12x
Zeros da função: Esboço do Gráfico
y = x2 – 6x + 8 Que pode ser expressa como:
Δ = (–6)2 – 4(1)(8) 3x2 + 12x - 63 = 0
O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está Construção do gráfico da função do 2º grau Δ = 36 – 32 = 4
associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do - Determinamos as coordenadas do vértice; √Δ= √4 = 2 Temos agora uma sentença matemática reduzida à
vértice (yv). - Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do
calculamos os correspondentes valores de y; Estudo do Sinal: 2° grau. Vamos então encontrar as raízes da equação, que
- Construímos assim uma tabela de valores; será a solução do nosso problema:
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano; Primeiramente calculemos o valor de Δ:
- Traçamos a curva. 6+2 8
= =4 Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0 Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900
6±2 2 2
x= Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
2
Exemplo 6−2 4
= =2 Para 2 < x < 4 temos y < 0 Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que
y = x2 – 4x + 3 2 2 a equação possui duas raízes reais distintas. Vamos calcu‐
lá-las:
Coordenadas do vértice: Exercícios
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒
-(-4)
xv = -b = = 4 =2 V (2, –1) 1. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro 2.3
2(1) 2
Exemplo 2a é igual a 63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1 filhos Pedro tem? -12 + √900 18
x1 = ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x1 = ⇒ x1 = 3
Vamos determinar as coordenadas do vértice da 6 6 6
parábola da seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15. Tabela: 2. Uma tela retangular com área de 9600cm2 tem de
-12 - √900 -42
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3 largura uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimensões x2 = ⇒x1 = -12 - 30 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7
6 6 6
Cálculo da abscissa do vértice: Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0 desta tela?
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
-(-8)
xv= -b = = 8 =4 Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3 3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número de
2a 2(1) 2 tinha 20 anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho filhos de uma pessoa não pode ser negativo, descartamos
x y (x,y) agora? então a raiz -7.
Cálculo da ordenada do vértice: Portanto, Pedro tem 3 filhos.
Substituindo x por 4 na função dada: 0 3 (0,3) 4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De outro
1 0 (1,0) tipo de lanche, com o mesmo preço unitário, a quantidade 2) Resposta “80cm; 120 cm”.
yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1 2 –1 (2,–1)Vértice comprada foi igual ao valor unitário de cada lanche. Paguei Solução: Se chamarmos de x altura da tela, temos
com duas notas de cem reais e recebi R$ 8,00 de troco. que 1,5x será a sua largura. Sabemos que a área de uma
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V 3 0 (3,0) Qual o preço unitário de cada produto? figura geométrica retangular
(4, –1). 4 3 (4,3) é calculada multiplicando-se a medida da sua largura,
5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é pela medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na for‐
Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau Gráfico: igual a 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos ma de uma sentença matemática temos:
anos tem cada um deles? x . 1,5x = 9600
- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem Que pode ser expressa como:
ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto 6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15 1,5x2 - 9600 = 0
de mínimo e a ordenada do vértice é chamada valor vezes estes números. Quais números são estes? Note que temos uma equação do 2° grau incompleta,
mínimo da função; que como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação
7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0? que ocorre sempre que o coeficiente b é igual a zero. Va‐
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem mos aos cálculos:
ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de 8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é
9600
máximo e a ordenada do vértice é chamada valor máximo zero. Qual é a sua nota final? 1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 =
da função. 1,5
9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 ⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80
= 0.
As raízes reais encontradas são -80 e 80, no entanto
10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 como uma tela não pode ter dimensões negativas, deve‐
- 576 = 0. mos desconsiderar a raiz -80.

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Como 1,5x representa a largura da tela, temos então 5) Resposta “22; 17”. Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 = x1 = √49 ⇒ x1 = 7
que ela será de 1,5 . 80 = 120. Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos 14 e 6 . 8 = 48.
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altu‐ que x - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades Segundo as relações de Albert Girard, que você encon‐ x2 = 49 ⇒ x ±√49 ⇒
x2 = - √49 ⇒ x2 = -7
ra, por 120cm de largura. é igual a 374, temos que x . (x - 5) = 374. tra em detalhes em outra página deste site, estas são as
3) Resposta “45”. Esta sentença matemática também pode ser expressa raízes da referida equação.
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir como: Para simples conferência, vamos solucioná-la também Para y2 temos:
do enunciado podemos montar a seguinte equação: através da fórmula de Bhaskara: x3 = √64 ⇒ x3 = 8
x2 - (x - 20) = 2000 x.(x - 5) = 374 ⇒ x - 5x = 374 ⇒ x - 5x - 374 = 0
2 2
-(-14) ± √(-14)2 - 4 . 1 . 48 x2 = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
Ou ainda: x - 14x + 48 = 0 ⇒ x =
2
x4 = - √64 ⇒ x4 = -8
2.1
x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980 Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos
=0 solucionar a equação: ⇒ x = 14 ± √4
2 Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4 +
-(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374) 14 ± 2 113x2 - 3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8.
A solução desta equação do 2° grau completa nós dará x2 - 5x - 374 = 0 ⇒ 2.1 ⇒x =
2
a resposta deste problema. Vejamos: 5 ± √1521
⇒x= 10) Resposta “-6; 6”.
2 14 + 2
-(-1) ± √(-1)2 - 4 . 1 . (-1980) 5 + 39 x1 = ⇒ x1 = 8
x2 - x - 1980 = ⇒ x = x1 = ⇒ x1 = 22 2
2.1 2 ⇒ Solução: Iremos substituir x4 por y2 e x2 e y, obtendo
1 ± √7921 5 ± 39 14 - 2 uma equação do segundo grau:
⇒x= ⇒ x= ⇒ 5 - 39 x2 = ⇒ x2 = 6
2 2 x2 = ⇒ x2 = -17 2 y2 - 20y - 576 = 0
2
1 + 89 Ao resolvermos a mesma temos:
x1 = ⇒ x1 = 45
1 ± 89 2
⇒x= ⇒ As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser nega‐ 8) Resposta “0”. −20 ± (−20)2 − 4.1.(−576)
2 x2 =
1 - 89
⇒ x2 = -44 tiva, a raiz -17 deve ser descartada. Solução: Sendo x a nota final, matematicamente temos: y2 - 20y - 576 = 0 ⇒
2 Logo a idade de Pedro é de 22 anos. 2x2 = 0
2.3
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem 20 + 2704 20 + 52 72
então 17 anos. Podemos identificar esta sentença matemática como y1= ⇒y1= ⇒y1= ⇒y1=36
As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não 2 2 2
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos. sendo uma equação do segundo grau incompleta, cujos
posso ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
coeficientes b e c são iguais a zero.
Logo, agora eu tenho 45 anos. −32
6) Resposta “0; 5”. Conforme já estudamos este tipo de equação sempre 20 − 2704 20 − 52
4) Resposta “12”. y2= ⇒y2= ⇒y2= 2 ⇒y2=-16
Solução: Em notação matemática, definindo a incóg‐ terá como raiz real o número zero. Apenas para verificação
Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lan‐ 2 2
nita como x, podemos escrever esta sentença da seguinte vejamos:
che têm o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então
forma:
de x. 0 Substituindo os valores de y na expressão x2 = y obte‐
3x2 = 15x 2x2 = 0 ⇒ x2 = ⇒ x2 = 0 ⇒ x ±√0 ⇒ x =0
Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu Ou ainda como: 2 mos as raízes da equação biquadrada:
comprei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades. 3x2 - 15x = 0 9) Resposta “-8; -7; 7 e 8”.
Sabendo-se que recebi R$ 8,00 de troco ao pa‐ A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara Solução: Substituindo na equação x4 por y2 e tam‐ Para y1 temos:
gar R$ 200,00 pela mercadoria, temos as informações ne‐ pode ser utilizada na resolução desta equação, mas por se bém x2 e y temos:
cessárias para montarmos a seguinte equação: tratar de uma equação incompleta, podemos solucioná-la -y2 + 113y - 3136 = 0 x1 = √36 ⇒ x1= 6
4 . x + x . x + 8 = 200 x2 = 36 ⇒ x = ±√36 ⇒
de outra forma. Resolvendo teremos:
Ou então: Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos x2 = -√36 ⇒ x2= -6
4.x + x . x + 8 = 200 ⇒ 4x + x2 + 8 = 200 ⇒ x2 + 4x - −113 ± 1132 − 4.(−1).(−3136)
que esta equação possui duas raízes reais. Uma é igual aze‐ -y2 + 113y - 3136 = 0 ⇒ y =
192=0 ro e a outra é dada pelo oposto do coeficiente b dividido
2 + (−1) Para y2, como não existe raiz quadrada real de um nú‐
pelo coeficiente a. Resumindo podemos dizer que: −113 + 225 -113 + 15 mero negativo, o valor de -16 não será considerado.
Como x representa o valor unitário de cada lanche, va‐ y1 = ⇒ y1 = Desta forma, as raízes da equação biquadrada x4 -
−2 -2
mos solucionar a equação para descobrimos que valor é x1 = 0 ⇒ 20x2 - 576 = 0 são somente: -6 e 6.
este: ax2 + bx = 0 ⇒ −113 − 225
b y2 = ⇒ y2 = -113 - 15
x2 = - −2 -2 Função Exponencial
-4 ± √4 - 4 . 1 . (-192)
2
a
x + 4x - 192 = 0 ⇒ x =
2
2.1
Temos então: -98 Uma função é uma maneira de associar a cada valor do
-4 ± √784 y1 = ⇒ y1 = 49
⇒x= -2 argumento x um único valor da função f(x). Isto pode ser
2 b -15 feito especificando através de uma fórmula um relaciona‐
-4 + 28 x=- ⇒x= ⇒x=5 ⇒
x1 = ⇒ x1 = 12 a 3
2 mento gráfico entre diagramas representando os dois con‐
-4 ± 28 y2 = -128 ⇒ y2 = 64 juntos, e/ou uma regra de associação, mesmo uma tabela
⇒x= ⇒ -4 - 89 -2
2 x2 = ⇒ x2 = -16 de correspondência pode ser construída; entre conjuntos
2 7) Resposta “6; 8”.
numéricos é comum representarmos funções por seus grá‐
As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente Substituindo os valores de y na expressão x2 = y temos: ficos, cada par de elementos relacionados pela função de‐
não pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada. respondendo esta pergunta: termina um ponto nesta representação, a restrição de uni‐
Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00. Quais são os dois números que somados totalizam 14 Para y1 temos: cidade da imagem implica em um único ponto da função
e que multiplicados resultam em 48? em cada linha de chamada do valor independente x.

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Como um termo matemático, “função” foi introduzido Definição Este número é denotado por e em homenagem ao ma‐ Que nos leva aos seguintes valores de x:
por Leibniz em 1694, para descrever quantidades relacio‐ temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei‐ ⎧ x = −10
nadas a uma curva; tais como a inclinação da curva ou um A função exponencial é a definida como sendo a inver‐ ros a estudar as propriedades desse número. x 2 = 100 ⇒ x = ± 100 ⇒ ⎨
ponto específico da dita curva. Funções relacionadas à cur‐ sa da função logarítmica natural, isto é: O valor deste número expresso com 40 dígitos deci‐ ⎩ x = 10
vas são atualmente chamadas funções diferenciáveis e são mais, é:
ainda o tipo de funções mais encontrado por não-matemá‐ logab = x ⇔ ax = b Note que x = -10 não pode ser solução desta equação,
ticos. Para este tipo de funções, pode-se falar em limites e e = 2,718281828459045235360287471352662497757 pois este valor de x não satisfaz a condição de existência, já
derivadas; ambos sendo medida da mudança nos valores de Podemos concluir, então, que a função exponencial é que -10 é um número negativo.
saída associados à variação dos valores de entrada, forman‐ definida por: Se x é um número real, a função exponencial exp(.) Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação,
do a base do cálculo infinitesimal. pode ser escrita como a potência de base e com expoente pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a condição de
A palavra função foi posteriormente usada por Euler em y= ax , com 1 ≠ a > 0 existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.
x, isto é:
meados do século XVIII para descrever uma expressão en‐ ex = exp(x) 7log5 625x = 42
volvendo vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a defi‐ Gráficos da Função Exponencial
nição de funções, os matemáticos foram capazes de estudar Neste caso temos a seguinte condição de existência:
Função Logarítmica 0
“estranhos” objetos matemáticos tais como funções que não 625x > 0 ⇒ x > ⇒x>0
são diferenciáveis em qualquer de seus pontos. Tais funções, 625
Toda equação que contém a incógnita na base ou no Voltando à equação temos:
inicialmente tidas como puramente imaginárias e chamadas
logaritmando de um logaritmo é denominada equação 42
genericamente de “monstros”, foram já no final do século XX, 7 log 5 625x = 42 ⇒ log 5 625x = ⇒ log 5 625x = 6
logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações
identificadas como importantes para a construção de mode‐ 7
los físicos de fenômenos tais como o movimento Browniano. logarítmicas:
Durante o Século XIX, os matemáticos começaram a for‐ log 2 x = 3 Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos
malizar todos os diferentes ramos da matemática. Weiers‐ log x = 100 = 2 casos anteriores e desenvolvendo os cálculos temos: Como
trass defendia que se construisse o cálculo infinitesimal 25 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o
7 log 5 = 625x = 42 conjunto solução da equação. Se quisermos recorrer a ou‐
sobre a Aritmética ao invés de sobre a Geometria, o que
favorecia a definição de Euler em relação à de Leibniz (veja 3log 2 x 64 = 9 tras propriedades dos logaritmos também podemos resol‐
aritmetização da análise). Mais para o final do século, os ma‐ ver este exercício assim:
log −6−x 2x = 1
temáticos começaram a tentar formalizar toda a Matemáti‐ ⇒ log5 x=2 ⇔ 52 = x ⇒ x = 25
ca usando Teoria dos conjuntos, e eles conseguiram obter
definições de todos os objetos matemáticos em termos do Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se Lembre-se que logb(M.N) = logb M + logb N e que log5
conceito de conjunto. Foi Dirichlet quem criou a definição ou no logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para 625 = 4, pois 54 = 625.
“formal” de função moderna. solucionarmos equações logarítmicas recorremos a mui‐ 3log2x64 = 9
tas das propriedades dos logaritmos.
Função Exponencial Neste caso a condição de existência em função da base
Solucionando Equações Logarítmicas do logaritmo é um pouco mais complexa:
Conta a lenda que um rei solicitou aos seus súditos que 0
Propriedades da Função Exponencial 2x > 0 ⇒ x > ⇒x>0
lhe inventassem um novo jogo, a fim de diminuir o seu tédio. Vamos solucionar cada uma das equações acima, co‐ 2
O melhor jogo teria direito a realizar qualquer desejo. Um meçando pela primeira: log2 x = 3
dos seus súditos inventou, então, o jogo de xadrez. O Rei Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um E, além disto, temos também a seguinte condição:
ficou maravilhado com o jogo e viu-se obrigado a cumprir número racional, então:
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: 1
a sua promessa. Chamou, então, o inventor do jogo e disse - ax ay= ax + y 2x ≠ 1 ⇒ x ≠
log2 x = 3 ⇔ 23 = x
que ele poderia pedir o que desejasse. O astuto inventor pe‐ - ax / ay= ax - y 2
diu então que as 64 casas do tabuleiro do jogo de xadrez fos‐ - (ax) y= ax.y ⎧1 ⎫
Logo x é igual a 8:23 = x ⇒ X = 2.2.2 ⇒ x= 8
sem preenchidas com moedas de ouro, seguindo a seguinte - (a b)x = ax bx Portanto a condição de existência é: x ∈R+ − ⎨ ⎬
*

condição: na primeira casa seria colocada uma moeda e em - (a / b)x = ax / bx ⎩2 ⎭


De acordo com a definição de logaritmo o logarit- Agora podemos proceder de forma semelhante ao
cada casa seguinte seria colocado o dobro de moedas que - a-x = 1 / ax
mando deve ser um número real positivo e já que 8 é um exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de exis‐
havia na casa anterior. O Rei considerou o pedido fácil de Estas relações também são válidas para exponenciais
número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da tência da equação logarítmica, então 2 é solução da equa‐
ser atendido e ordenou que providenciassem o pagamen‐ de base e (e = número de Euller = 2,718...)
to. Tal foi sua surpresa quando os tesoureiros do reino lhe equação. A esta restrição damos o nome de condição de ção. Assim como no exercício anterior, este também pode
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
apresentaram a suposta conta, pois apenas na última casa o existência. ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos lo‐
- ln(ex) =x
total de moedas era de 263, o que corresponde a aproxima‐ - ex+y= ex.ey garitmos: log-6-x 2x = 1
damente 9 223 300 000 000 000 000 = 9,2233.1018. Não se logx 100 = 2
- ex-y = ex/ey
pode esquecer ainda que o valor entregue ao inventor seria - ex.k = (ex)k Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro
a soma de todas as moedas contidas em todas as casas. O Pela definição de logaritmo a base deve ser um núme‐ vamos solucionar a equação e depois vamos verificar quais
rei estava falido! ro real e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa são as condições de existência: Então x = -2 é um valor
A Constante de Euler
A lenda nos apresenta uma aplicação de funções expo‐ condição de existência da equação acima é que: candidato à solução da equação. Vamos analisar as condi‐
Existe uma importantíssima constante matemática de‐
nenciais, especialmente da função y = 2x. ções de existência da base -6 - x:
finida por x ∈R+* − {1}
As funções exponenciais são aquelas que crescem ou Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portan‐
e = exp(1)
decrescem muito rapidamente. Elas desempenham papéis to x = -2 não satisfaz a condição de existência e não pode
O número e é um número irracional e positivo e em
fundamentais na Matemática e nas ciências envolvidas com Em relação a esta segunda equação nós podemos es‐ ser solução da equação. Embora não seja necessário, va‐
função da definição da função exponencial, temos que:
ela, como: Física, Química, Engenharia, Astronomia, Econo‐ crever a seguinte sentença: logx 100 = 2 ⇔ x2 = 100 mos analisar a condição de existência do logaritmando 2x:
Ln(e) = 1
mia, Biologia, Psicologia e outras. 2x > 0 ⇒ x > 0

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Como x = -2, então x também não satisfaz esta con‐ Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções lo‐ Função Logarítmica Decrescente
dição de existência, mas não é isto que eu quero que você garítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o coe‐
veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto ficiente a não é zero, examinando as transformações do
uma condição diz que x < -6, a outra diz que x > 0. Qual gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x, quando
é o número real que além de ser menor que -6 é também fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.
maior que 0? ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k.
Como não existe um número real negativo, que sendo
menor que -6, também seja positivo para que seja maior Analisemos o que aconteceu:
que zero, então sem solucionarmos a equação nós po‐ - em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação
demos perceber que a mesma não possui solução, já que horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que
nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simul‐ x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudan‐
taneamente. O conjunto solução da equação é portanto S
ça de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual
= {}, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça
àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multi‐
as condições de existência da equação. plicada pelo coeficiente a; Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma
Função Logarítmica qual localizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decres-
translação vertical de k unidades, pois, para cada abscissa,
A função logaritmo natural mais simples é a função y=‐ os interligamos através da curva da função: Veja que para cente em todo o domínio da função. Neste outro gráfico
as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k fica‐
f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a valores de y < 0,01 os pontos estão quase sobre o eixo podemos observar que à medida que x aumenta, y dimi‐
ram acrescidas de k, quando comparadas às ordenadas dos
ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa. pontos do gráfico de y=a.ln(x+m). das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note nui. Graficamente observamos que a curva da função é de-
também que neste tipo de função uma grande variação no crescente. No gráfico também observamos que para dois
O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. valores de x (x1 e x2), que log a x2 < log a x1 ⇔ x2 > x1 , isto
na resolução de equações ou inequações, pois as opera‐ Por exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É
ções algébricas a serem realizadas adquirem um signifi‐ variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque: importante frisar que independentemente de a função ser
cado que é visível nos gráficos das funções esboçados no crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre cruza
mesmo referencial cartesiano. ⎧ f (100) = log100 = 2 o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar
⎨ o eixo das ordenadas e que o log a x2 = log a x1 ⇔ x2 = x1 ,
Função logarítmica de base a é toda função ⎩ f (1000000) = log1000000 = 6 isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.
f : *+ →  , definida por f (x) = log a x com a ∈ + e a ≠ 1 .
*

Podemos observar neste tipo de função que a variável Função Crescente e Decrescente Função Polinomial
independente x é um logaritmando, por isto a denomina‐ Assim como no caso das funções exponenciais, as fun-
mos função logarítmica. Observe que a base a é um valor ções logarítmicas também podem ser classificadas como Um polinômio (função polinomial) com coeficientes
real constante, não é uma variável, mas sim um número função crescente ou função decrescente. Isto se dará em reais na variável x é uma função matemática f: R R
real. função da base a ser maior ou menor que 1. Lembre-se que definida por: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn, onde
A função logarítmica de *+ →  é inversa da função segundo a definição da função logarítmica f :  + →  ,
*
ao, a1, a2, ..., an são números reais, denominados coeficientes
exponencial de  →  + e vice-versa, pois:
*
definida por f(x) = Loga x, temos que e a > 0 e a ≠ 1 do polinômio. O coeficiente ao é o termo constante.
Se os coeficientes são números inteiros, o polinômio é
O domínio da função ln é R+ =]0,∞[ e a imagem é o
*
Representação da Função Logarítmica no Plano Função Logarítmica Crescente denominado polinômio inteiro em x.
conjunto R+* =] − ∞,+∞[ . O eixo vertical é uma assíntota ao Cartesiano Uma das funções polinomiais mais importantes é f: R
gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez Podemos representar graficamente uma função lo‐ R definida por:
mais da reta x=0 garítmica da mesma forma que fizemos com a função f(x) = a x² + b x + c
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e
uma função logarítmica natural geral, quando comparado montando uma tabela com os respectivos valores de f(x). O gráfico desta função é a curva plana denominada
ao gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traça‐
parábola, que tem algumas características utilizadas em
por esta função. Consideremos uma função logarítmica mos a curva do gráfico. Vamos representar graficamente a
estudos de Cinemática, radares, antenas parabólicas e
cuja expressão é dada por y=f1(x)=ln x+k, onde k é uma função f(x) = log x e como estamos trabalhando com um
faróis de carros.
constante real. A pergunta natural a ser feita é: qual a ação logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos
escolher para x alguns valores que são potências de 10: O valor numérico de um polinômio p = p(x) em x = a
da constante k no gráfico dessa nova função quando com‐ é obtido pela substituição de x pelo número a, para obter
parado ao gráfico da função inicial y=f0(x)=ln x ? 0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.
p(a).
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que
Temos então a seguinte tabela:
seja dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a é uma cons‐ Exemplo
tante real, a ≠ 0. Observe que se a=0, a função obtida não
será logarítmica, pois será a constante real nula. Uma ques‐ x y = log x Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, O valor numérico de p(x) = 2x² + 7x - 12 para x = 3 é
tão que ainda se coloca é a consideração de funções lo‐ 0,001 y = log 0,001 = -3 qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico da dado por:
garítmicas do tipo y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número 0,01 y = log 0,01 = -2 função ao lado podemos observar que à medida que x au‐ p(3) = 2 × (3)² + 7 × 3 - 12 = 2 × 9 + 21 - 12 = 18 + 9
real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico, menta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos = 27
fazendo os gráficos intermediários, todos num mesmo par 0,1 y = log 0,1 = -1 que a curva da função é crescente. Também podemos ob‐
de eixos. 1 y = log 1 = 0 servar através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2),
y=a.ln(x+m)+k 10 y = log 10 = 1 que log a x2 > log a x1 ⇔ x1 > x2 , isto para x1, x2 e a números
reais positivos, com a > 1.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Grau de um polinômio Soma de polinômio Associativa 9. Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:

Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui Consideremos p e q polinômios em P[x], definidos por: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: 10. Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
um coeficiente não nulo é chamado termo dominante e o p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +... + anxn (p · q) · r = p · (q · r)
coeficiente deste termo é o coeficiente do termo dominante. q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +... + bnxn Respostas
O grau de um polinômio p = p(x) não nulo, é o expoente Comutativa
de seu termo dominante, que aqui será denotado por gr(p). Definimos a soma de p e q, por: 1) Solução: Adição
Acerca do grau de um polinômio, existem várias (p + q)(x) = (ao + bo) + (a1 + b1)x + (a2 + b2)x² +... + (an Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: (–2x² + 5x – 2) + (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
observações importantes: + bn)xn p·q=q·p fazendo o jogo de sinal
- Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não –2x² + 5x – 2 – 3x³ + 2x – 1 → reduzir os termos
possui termo dominante. Em estudos mais avançados, A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto Elemento nulo semelhantes
define-se o grau de um polinômio nulo, mas não o faremos de todos os polinômios com a soma definida acima, possui –2x² + 7x – 3x³ – 3 → ordenar de forma decrescente de
acordo com a potência
aqui. algumas propriedades: Existe um polinômio po(x) = 0 tal que
–3x³ – 2x² + 7x – 3.
- Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio Associativa po · p = po, qualquer que seja p em P[x].
for igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
Subtração
- Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: Elemento Identidade (–2x² + 5x – 2) – (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
potências em ordem crescente ou decrescente. (p + q) + r = p + (q + r) realizando o jogo de sinal
- Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o Existe um polinômio p1(x) = 1 tal que –2x² + 5x – 2 + 3x³ – 2x + 1 → reduzir os termos
polinômio será dito incompleto. Comutativa po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. A unidade semelhantes
- Se o grau de um polinômio incompleto for n, o polinomial é simplesmente denotada por p1 = 1. –2x² + 3x – 1 + 3x³ → ordenar de forma decrescente de
número de termos deste polinômio será menor do que n Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: acordo com a potência
+ 1. p+q=q+p Existe uma propriedade mista ligando a soma e o 3x³ – 2x² + 3x – 1
- Um polinômio será completo quando possuir todas as produto de polinômios:
potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo Elemento neutro 2) Resposta “15x5 + 24x4 – 3x3”.   
constante. Distributiva Solução:
- Se o grau de um polinômio completo for n, o número Existe um polinômio po (x) = 0 tal que: (3x2) x (5x3 + 8x2 – x) → aplicar a propriedade distributiva
de termos deste polinômio será exatamente n + 1. po + p = p, qualquer que seja p em P[x]. Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: da multiplicação
- É comum usar apenas uma letra p para representar a p · (q + r) = p · q + p · r 15x5 + 24x4 – 3x3.
função polinomial p = p(x) e P[x] o conjunto de todos os Elemento oposto
polinômios reais em x. Com as propriedades relacionadas com a soma e o 3) Resposta “x³ + x² – 8x + 6”.
Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = -p em produto, a estrutura matemática (P[x],+,·) é denominada Solução:
Igualdade de polinômios P[x] tal que anel comutativo com identidade. (x – 1) . (x2 + 2x - 6)
p+q=0 x2 . (x – 1) + 2x . (x – 1) – 6 . (x – 1)
Os polinômios p e q em P[x], definidos por: Exercícios (x³ – x²) + (2x² – 2x) – (6x – 6)
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é x³ – x² + 2x² – 2x – 6x + 6 → reduzindo os termos
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn denominada um grupo comutativo. 1. Considerando os polinômios –2x² + 5x – 2 e –3x³ semelhantes.
+ 2x – 1. Efetue a adição e a subtração entre eles. x³ + x² – 8x + 6.
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: Produto de polinômios
ak = bk 2. Transforme o seguinte polinômio em monômio: 4) Resposta “6”.
Solução: Teremos, substituindo a variável x por x =
Sejam p, q em P[x], dados por: (3x2) x (5x3 + 8x2 – x).
-1 → p(-1) = (-1)3 - 5(-1) + 2 = -1 + 5 + 2 = 6
Teorema p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
∴ p(-1) = 6.
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn 3. Efetue a multiplicação de polinômio (x – 1) x
Uma condição necessária e suficiente para que um (x2 + 2x - 6) por polinômio. 5) Resposta “1296”.
polinômio inteiro seja identicamente nulo é que todos os Definimos o produto de p e q, como outro polinômio Solução: Teremos:
seus coeficientes sejam nulos. r em P[x]: 4. Qual o valor numérico do polinômio p(x) = x3 - 5x Para x = 1:
r(x) = p(x) · q(x) = co + c1x + c2x² + c3x³ +...+ cnxn + 2 para x = -1? S = T(1) = (5.1 + 1)4 = 64 = 6 . 6 . 6 . 6 = 1296.
Assim, um polinômio: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+
anxn será nulo se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: Tal que: 5. Qual a soma dos coeficientes do polinômio T(x) 6) Resposta “10”.
a k= 0 ck = aobk + a1bk-1 + a2 bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1 b1 + akbo = (5x + 1)4? Solução: Se 2 é raiz de P(x), então sabemos que P(2) =
0 e se 1 é raiz de Q(x) então Q(1) = 0.
O polinômio nulo é denotado por po= 0 em P[x]. Para cada ck (k = 1, 2, 3,..., m+n). Observamos que para 6. Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que 2 Temos então substituindo x por 1 na expressão dada:
O polinômio unidade (identidade para o produto) p1 = cada termo da soma que gera ck, a soma do índice de a é raiz de P(x) e 1 é raiz de Q(x) , calcule o valor de P(1)
1 em P[x], é o polinômio: com o índice de b sempre fornece o mesmo resultado k. - Q(2). P(1) = Q(1) + 12 + 1 + 1 ∴
A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjunto P(1) = 0 + 1 + 1 + 1 = 3. Então P(1) = 3. Analogamente,
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ + ...+ anx n
de todos os polinômios com o produto definido acima, 7. Qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, poderemos escrever:
tal que ao = 1 e ak = 0, para todo k = 1, 2, 3,..., n. possui várias propriedades: sabendo-se que três de suas raízes são os números 5,   3
+ 2i e   4 - 3i. P(2) = Q(2) + 22 + 2 + 1  0 = Q(2) + 7,
Logo Q(2) = -7.
8. Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos: Conclui-se que P(1) - Q(2) = 3 - (-7) = 3 + 7 = 10.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

7) Resposta “5”. Observando a tabela, podemos tirar conclusões por Observação: O elemento b23, por exemplo, lemos assim: Exemplo
Solução: Pela propriedade P3, os complexos conjugados meio de comparações das informações apresentadas, por “b dois três” {a11, a22, a33, a44} é a diagonal principal da matriz A.
3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, por P1, concluímos exemplo:
que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui → COC/Ribeirão lidera a classificação com 20 pontos De uma forma geral, a matriz A, de ordem m x n, é 3ª) Dada a matriz quadrada de ordem n, chamamos de
no mínimo 5 raízes. juntamente com Tilibra/Bauru representada por: diagonal secundária da matriz ao conjunto dos elementos
→ Essa informação encontra-se na 2ª linha e 3ª coluna. ⎡ a11 a12 a13 ... a1n ⎤ que possuem a soma dos dois índices igual a n + 1.
8) Resposta “10x3 + x2 + 3x – 2”. ⎢ ⎥
Solução: Definições ⎢ a21 a22 a23 ... a2n ⎥ Exemplo
⎢ ⎥
(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva. A=⎢ ⎥ {a14, a23, a32, a41} é a diagonal secundária da matriz A.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2) Chamamos de matriz m x n (m Є N* e n Є N*) qualquer ... a32 a33 ... a3n
⎢ ⎥
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2 tabela formada por m . n elementos (informações) dispostos ⎢ ⎥ 5ª. Matriz Diagonal
10x3 + x2 + 3x – 2. em m linhas e n colunas ⎢⎣ am1 am 2 am 3 ... amn ⎥⎦ É a matriz quadrada que apresenta todos os elementos,
não pertencentes à diagonal principal, iguais a zero.
Exemplos Ou com a notação abreviada: A = (aij)m x n
9) Resposta “6x2 + 3x + 15”.
Solução: Exemplos
1°) Matrizes Especiais
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5 ⎡ 1 0 −2 3 ⎤ ⎡ 2 0 0 ⎤
⎢ ⎥ Apresentamos aqui a nomenclatura de algumas ⎢ ⎥
6x2 + 3x + 15. ⎣ 1 1 3 2 ⎦ é uma matriz 2 x 4 matrizes especiais: 1 )A = ⎢ 0 1 0 ⎥
⎢ ⎥
10) Resposta “- 10x3 + 2x2”. 2º) 1ª. Matriz Linha ⎢⎣ 0 0 3 ⎥⎦
Solução: ⎡ 1 0 1 ⎤ É a matriz que possui uma única linha.
-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva. ⎢ ⎥
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1) ⎢ 2 3 3 ⎥ Exemplos 6ª) Matriz Identidade
- 10x3 + 2x2 ⎢⎣ 1 4 2 ⎥⎦ É a matriz diagonal que apresenta todos os elementos
é uma matriz 3 x 3
- A = [-1, 0] da diagonal principal iguais a 1.
3º) - B = [1 0 0 2]
5. SISTEMAS LINEARES, MATRIZES E 2ª. Matriz Coluna Representamos a matriz identidade de ordem n por In.
⎡⎣ 1 0 3 ⎤⎦ É a matriz que possui uma única coluna. Exemplos
DETERMINANTES: PROPRIEDADES, é uma matriz 1 x 3
⎡ 1 0 0 ⎤
APLICAÇÕES. ⎡ 1 0 ⎤ ⎢ ⎥
4º) Exemplos
⎡ 0 ⎤ 1 )I 2 = ⎢ ⎥ 2 )I 3 = ⎢ 0 1 0 ⎥
⎡ 2 ⎤ ⎡ 2 ⎤ ⎢ ⎥ ⎢⎣ 0 1 ⎥⎦ ⎢ ⎥
⎢ ⎥ −A = ⎢ ⎥ −B = ⎢ −1 ⎥ ⎢⎣ 0 0 1 ⎥⎦
Matriz ⎣ 0 ⎦ é uma matriz 2 x 1 ⎣ 1 ⎦ ⎢⎣ 3 ⎥⎦

A tabela seguinte mostra a situação das equipes no O nome de uma matriz é dado utilizando letras Observação: Para uma matriz identidade In = (aij)n x n
Campeonato Paulista de Basquete masculino. maiúsculas do alfabeto latino, A, por exemplo, enquanto 3ª) Matriz Nula
os elementos da matriz são indicados por letras latinas É a matriz que possui todos os elementos iguais a 7ª. Matriz Transposta
minúsculas, a mesma do nome de matriz, afetadas por dois zero. Dada uma matriz A, chamamos de matriz transposta
Campeonato Paulista – Classificação
índices, que indicam a linha e a coluna que o elemento de A à matriz obtida de A trocando-se “ordenadamente”,
Time Pontos ocupa na matriz. Exemplos suas linhas por colunas. Indicamos a matriz transposta de
1º Tilibra/Copimax/Bauru 20 Assim, um elemento genérico da matriz A é ⎡ 0 0 ⎤ ⎡ 0 0 0 ⎤ A por At.
2º COC/Ribeirão Preto 20 representado por aij. 1 )A = ⎢ ⎥ 2 )B = ⎢ ⎥
3º Unimed/Franca 19 O primeiro índice, i, indica a linha que esse elemento ⎢⎣ 0 0 ⎥⎦ ⎢⎣ 0 0 0 ⎥⎦ Exemplo
4º Hebraica/Blue Life 17 ocupa na matriz, e o segundo índice, j, a coluna desse ⎡ 1 2 ⎤
5º Uniara/Fundesport 16 comando. ⎡ 1 0 3 ⎤ ⎢ ⎥
Pinheiros 16 4ª. Matriz Quadrada A=⎢ ⎥ ,então At = ⎢ 0 1 ⎥
6º A = ⎡⎣ aij ⎤⎦ ← i − ésima ⋅linha É a matriz que possui o número de linhas igual ao
7º São Caetano 16 ⎢⎣ 2 1 4 ⎥⎦ ⎢ ⎥
número de linhas igual ao número de colunas. ⎢⎣ 3 4 ⎥⎦
8º Rio Pardo/Sadia 15 ↑
9º Valtra/UBC 14 Exemplos
j − ésima ⋅ coluna Observação: Se uma matriz A é de ordem m x n, a
10º Unisanta 14
11º Leitor/Casa Branca 14 ⎡ 1 3 ⎤ matriz At, transposta de A, é de ordem n x m.
12º Palmeiras 13 Exemplo 1 )A = ⎢ ⎥
Na matriz B de ordem 2 x 3 temos: ⎢⎣ 2 −1 ⎥⎦ É a matriz quadrada de ordem 2. Igualdade de Matrizes
13º Santo André 13
14º Corinthians 12 ⎡ 1 0 3 ⎤
B=⎢ ⎥ Observações: Quando uma matriz não é quadrada, ela Sendo A e B duas matriz de mesma ordem, dizemos
15º São José 12
⎢⎣ 2 −1 4 ⎥⎦ é chamada de retangular. que um elemento de matriz A é correspondente a um
Dada uma matriz quadrada de ordem n, chamamos de elemento de B quando eles ocupam a mesma posição nas
Fonte: FPB (Federação Paulista de Basquete)
b11 = 1; b12 = 0; b13 = 3; diagonal principal da matriz ao conjunto dos elementos respectivas matrizes.
Folha de S. Paulo – 23/10/01
b21 = 2; b22 = -1; b23 = 4 que possuem índices iguais.

89 90
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Propriedades da Adição Matrizes – Produtos Exemplos 4 − 3


Sendo A, B e C matrizes m x n e O a matriz nula m s n, - Verifique que a matriz B=   é a inversa da matriz
Sendo A e B duas matrizes de ordem 2 x 2, valem as seguintes propriedades. Multiplicação de Matrizes A= 1 3 − 1 1 
1 4 
- A + B = B + A (comutativa) O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)  
⎡ a11 a12 ⎤ ⎡ b11 b12 ⎤
- (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x
A=⎢ ⎥ e B= ⎢ ⎥
- A + O = O + A = A (elemento neutro)
m x p
, de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando- Resolução
⎢ a a ⎥ ⎢ b b ⎥ n
⎣ 21 22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ - A + (-A) = (-A) + A = O (elemento oposto) se ordenadamente os elementos da linha i de A pelos 1 3 4 − 3 1 0
- (A + B)t = At + Bt elementos da coluna j de B, e somando-se os produtos A.B=   .   = 
São elementos correspondentes de A e B, os pares: assim obtidos. Indicamos: 1 4  − 1 1  0 1
a11 e b11; a12 e b12; a21 e b21; a22 e b22. Definição
B= α
B.A= 4 − 3 . 1 3 = 1 0
. A
Consideremos duas matrizes A e B, ambas de mesma
− 1 1  1 4  0 1
Definição ordem m x n. Chamamos de diferença entre A e B (indicamos      
Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, têm a com A – B) a soma de A com a oposta de B. Da definição, decorre que:
mesma ordem e os elementos correspondentes são iguais. - Só existe o produto de uma matriz A por uma matriz Como A.B=B.A=12, a matriz B é a inversa de A, isto é,
Indica-se: A – B = A + (B) B se o número de colunas de A é igual ao número de B=A-1.
A=B linhas de B.
Então: Exemplo - A matriz C, produto de Am x p por BP x n, é do tipo m x Observação: É bom observarmos que, de acordo com a
A = (aij)n x n e B = (bij)p x q Sendo: n. definição, a matriz A também é a inversa de B, isto é, A=B-1,
ou seja, A=(A-1)-1.
Observações: Dada uma matriz A = (aij)m x n , dizemos ⎡ 3 2 ⎤ ⎡ 4 5 ⎤ Propriedades 3 1
que uma matriz B = (bij)m x n é oposta de A quando bij = -aij A=⎢ ⎥ e B=⎢ ⎥ Sendo A uma matriz de ordem m x n, B e C matrizes - Encontre a matriz inversa da matriz A=  , se
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 1 ⎥⎦ , então 2 1
para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n. convenientes e, são válidas as seguintes propriedades. existir.
- ( A . B) . C = A . (B . C) (associativa)
⎡ ⎤ ⎡ 4 5 ⎤
Indicamos que B = -A. 3 2 - C . (A + B) = C . A + C . B (distributiva pela esquerda) Resolução
A− B= ⎢ ⎥−⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 1 ⎥⎦ - (A + B) . C = A . C + B (distributiva pela direita) a b 
Exemplo - A . In = Im . A = A (elemento neutro) Supondo que B=   é a matriz inversa de A, temos:
⎡ 3 2 ⎤ ⎡ −4 −5 ⎤ c d 
- (α . A) . B = A . (α . B ) = . (A . B)
⎡ 3 −1 ⎤ ⎡ −3 1 ⎤ A− B= ⎢ ⎥+⎢ ⎥
⎢⎣ 1 −2 ⎥⎦ ⎢⎣ 2 −1 ⎥⎦ - A . On x p = Om x p e Op x m . A = Op x n 3 1 a b  1 0
A=⎢ ⎥ ⇒ B= ⎢ ⎥
⎢⎣ 2 4 ⎥⎦ ⎢⎣ −2 −4 ⎥⎦ - (A . B)t = Bt . At A.B=  . = 
2 1 c d  0 1
A-B= Observação: Para a multiplicação de matrizes não vale
3a + c 3b + d  1 0
- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é a propriedade comutativa (A . B ≠ B . A). Esta propriedade 2a + c 2b + d  = 0 1
⎡ −1 −3 ⎤
simétrica quando aij = aji para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ só é verdadeira em situações especiais, quando dizemos    
A− B= ⎢ ⎥
j ≤ n. Isto é, A = At. ⎢⎣ 3 −3 ⎥⎦ que as matrizes são comutáveis.
Assim:
- Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é anti- Devemos levar em consideração os fatos seguintes:
simétrica quando aij = -aij para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ Observação: Na prática, para obtermos a subtração de 1º) (A + B) ≠ A2 + 2AB + B2, pois (A + B)2 = (A + B)(A+B) 3a + c = 1 e 3b + d = 0
 
j ≤ n. Isto é, A é anti-simétrica quando At = -A. matrizes de mesma ordem, basta subtrairmos os elementos + A + AB + BA + B2
2
2a + c = 0 2b + d = 1
correspondentes. 2º) (A . B)t ≠ At . Bt, pois, pela 7ª propriedade, devemos
Adição e Subtração de Matrizes ter (A . B)t = Bt . At Resolvendo os sistemas, encontramos:
Multiplicação de Matrizes por um Número Real Matriz Inversa A=1,b=-1,c=-2 e d=3
Definição 1 −1
Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n, Definição No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0, existe Assim, B=  
denominamos soma da matriz A com a matriz B à matriz Consideremos uma matriz A, de ordem m x n, e um um número b, denominado inverso de a, satisfazendo a − 2 3
C, de ordem m x n, cujos elementos são obtidos quando número real. O produto de por A é uma matriz B, de ordem condição: Por outro lado:
somamos os elementos correspondentes das matrizes A e m x n, obtida quando multiplicamos cada elemento de A por.
 1 − 1  3 1 1 0
B. Indicamos: Indicamos: a.b=b.a=1 B.A=  . = 
1 − 2 3 2 1 0 1
B= α . A
C=A+B Normalmente indicamos o inverso de a por a ou a-1.
Analogamente para as matrizes temos o seguinte: Portanto, a matriz A é inversível e sua inversa é a matriz:
Assim: Exemplo 1 −1
Sendo: Definição B=A-1=  
⎡ 1 3 4 ⎤ ⎡ 2 1 1 ⎤ ⎡ 3 4 5 ⎤ − 2 3
⎢ ⎥+⎢ ⎥=⎢ ⎥ Uma matriz A, quadrada de ordem n, diz-se inversível
⎢⎣ 2 1 −2 ⎥⎦ ⎣⎢ 3 2 3 ⎥⎦ ⎢⎣ 5 3 1 ⎥⎦ ⎡ 1 3 ⎤ se, e somente se, existir uma matriz B, quadrada de ordem
A=⎢ ⎥ n, tal que: Observação: Quando uma matriz é inversível, dizemos
⎢⎣ 2 5 ⎥⎦ , temos A.B=B.A=In que ela é uma matriz não-singular; caso a matriz não seja
⎡ 2.1 2.3 ⎤ ⎡ 2 6 ⎤ A matriz B é denominada inversa de A e indicada por inversível, dizemos que ela é uma matriz singular.
2 . A =⎢ ⎥=⎢ ⎥ A-1.
⎢⎣ 2.2 2.5 ⎥⎦ ⎢⎣ 4 10 ⎥⎦

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Propriedades Determinante de uma Matriz de ordem 2 1º) Repetimos a 1º e a 2º colunas às direita da matriz. escrevemos que detA = -detA
Sendo A e B matrizes quadradas de ordem n e a11 a12 a13 a11 a12 Assim: detA = 0
inversíveis, temos as seguintes propriedades: Seja a matriz quadrada de ordem 2: a21 a22 a23 a21 a22
- (A-1)-1=A ⎡ a11 a12 ⎤ a31 a32 a33 a31 a32 Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de
- (A-1)t= At)-1 uma matriz quadrada A, quando multiplicamos uma de sua
A=⎢ ⎥
- (A.B)-1=B-1..A-1 ⎢ a ⎥ 2º) Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços filas (linha ou coluna) por uma constante k, então detB =
a
- Dada A, se existir A-1, então A-1 é única. ⎣ 21 22 ⎦ em diagonal e associando o sinal indicado dos produtos, k.detA
temos:
Exemplo Chamamos de determinante dessa matriz o número: Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um
Sendo A, B e X matrizes inversíveis de ordem n, isolar ⎡ a11 a12 ⎤ determinante, podemos “colocar em evidência”um “fator
X em (X.A)-1‑=B. det A = ⎢ ⎥=a . a −a . a comum” de uma fila (linha ou coluna).
⎢ a a ⎥ 11 22 21 12

Resolução ⎣ 21 22 ⎦ Exemplo
(X.A)-1=B­⇒ A-1.X-1=B
⎡ a b ⎤
Para facilitar a memorização desse número, podemos detA= a11 a22 a33+ a12 a23 a31+a13 a21 a32-a13 a22 a31+ ka kb
= k. ⎢ ⎥
Multiplicando os dois membros à esquerda por A, dizer que o determinante é a diferença entre o produto dos -a11 a23 a32-a12 a21 a33 c d ⎢⎣ c d ⎥⎦
encontramos: elementos da diagonal principal e o produto dos elemen‐
A.A-1.X-1=A.B tos da diagonal secundária. Esquematicamente: Observação: A regra de Sarrus também pode ser - Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz
Como A.A-1=In, então: ⎡ a11 a12 ⎤ utilizada repetindo a 1º e 2º linhas, ao invés de repetirmos k. A é obtida multiplicando todos os elementos de A por
In.X-1=A.B a 1º e 2º colunas. k, então:
det A = ⎢ ⎥=a . a −a . a
Como In é elemento neutro na multiplicação de ⎢ a a ⎥ 11 22 21 12

matrizes, temos: ⎣ 21 22 ⎦ Determinantes – Propriedades - I det(k.A)=kn.detA


X-1=A.B Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que
Elevando os dois membros da igualdade, ao expoente Exemplos visam a simplificar o cálculo dos determinantes: Exemplo
-1, temos: 1 2 ⎡ a b c ⎤ ⎡ ka kb kc ⎤
(X-1)-1=(A.B)-1 - A=   Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
5 3 igual ao de sua transposta At. A = ⎢ d e f ⎥ ⇒ k.A = ⎢ kd ke kf ⎥
Assim, X=(A.B)-1, ou então X=B-1.A-1 det A=1.3-5.2=-7 ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
O sistema obtido está escalonado e é do 2º Exemplo ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ g h i ⎥⎦ ⎢⎣ kg kh ki ⎥⎦
2 − 1 a b a c 
Determinantes - B=  A=  ⇒ At=  
2 3 

c d  b d  ⎡ ka kb kc ⎤ ⎡ a b c ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por det B=2.3-2.(-1)=8 det A = ad − bc  det(k.A) = ⎢ kd ke kf ⎥ = k.k.k ⎢ d e f ⎥
matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz e Seki ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
 ⇒ det A = det A
t

Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para deter‐ Determinante de uma Matriz de Ordem 3 det At = ad − bc  ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣ kg kh ki ⎥⎦ ⎢⎣ g h i ⎥⎦
minar as soluções de um “Sistema linear”, assunto que es‐
tudaremos a seguir. Seja a matriz quadrada de ordem 3: Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma Assim:
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada ⎡ a11 a12 a13 ⎤ matriz quadrada A, quando trocamos entre si a posição de det(k.A)=k3.detA
A, um único número real que denominamos determinante ⎢ ⎥ duas filas paralelas, então:
de A e que indicamos por det A ou colocamos os elementos A = ⎢ a21 a22 a23 ⎥ detB = -detA Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de
da matriz A entre duas barras verticais, como no exemplo ⎢ ⎥ mesma ordem, tais que os elementos correspondentes de
abaixo: ⎢ ⎥ Exemplo A, B e C são iguais entre si, exceto os de uma fila, em que
⎢⎣ a31 a32 a33 ⎥⎦
os elementos de C são iguais às somas dos seus elementos
1 2  12 a b c d  correspondentes de A e B, então.
A=   → det A= Chamamos determinante dessa matriz o numero: A= 
d 
e B=   detC = detA + detB
4 5 45 c a b 
Exemplos:
Definições B foi obtida trocando-se a 1º pela 2º linha de A.
detA=ad-bc a b x a b r a b x + r
Determinante de uma Matriz de Ordem 1 detB=BC-ad=-(ad-bc)=-detA
c d y + c d s = c d y + s
Seja a matriz quadrada de ordem 1: A=[a11] Assim,
Chamamos determinante dessa matriz o número: detB=-detA e f z e f z e f z + t
det A=[ a11]= a11 detA= a11 a22 a33+ a12 a23 a31+a32 a21 a13-a31 a22 a13+
-a12 a21 a33-a32 a23 a11 Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que Propriedades dos Determinantes
Exemplos possui duas filas paralelas “iguais”tem determinante igual
1º) A=[-2] → det A= -2 Para memorizarmos a definição de determinante de a zero. Propriedades 5 (Teorema de Jacobi)
2º) B=[5] → det B=5 ordem 3, usamos a regra prática denominada Regra de Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando O determinante não se altera, quando adicionamos
3º) C=[0] → det C=0 Sarrus: trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna “iguais”, uma fila qualquer com outra fila paralela multiplicada por
é igual a A. Assim, de acordo com a propriedade 2, um número.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1 2


M12= 4 0 =8
abc
1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª coluna A32=(-1)3+2. =3
1 −1
Considere o determinante detA= d e f multiplicada por 3. 2 2
g hi 1 3
8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6 M13= 4 1 =2 A33=(-1)3+3. =-3
Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, 12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6 2 1 1 0
teremos: 5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3 Assim:
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0 Chamamos co-fatorn do elemento aij e indicamos com ⎡ 2 −5 2 ⎤ ⎡ 2 1 −3 ⎤
a b c + ma a b c a b ma Use a regra de Sarrus e verifique. Aij o número (-1)i+j.Mij, em que Mij é o menor complementar ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
de aij. cofA = ⎢ 1 −7 10 ⎥ e adjA = ⎢ −5 −7 3 ⎥
d e f + md (P4) d e f + d ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
e md Propriedade 6 (Teorema de Binet) Exemplo ⎢⎣ −3 3 −3 ⎥⎦ ⎢⎣ 2 10 −3 ⎥⎦
g h i + mg g h i g h mg Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem,
então:  3 −1 4
det(A.B) = detA . detB Sendo A  2 1 3  , temos: Determinante de uma Matriz de Ordem n
a b c + ma a b a − 1 3 0
Exemplo 1 3 Definição.
d e f + md = det A + m d e d A11=(-1)1+1.M11=(-1)2. =-9 Vimos até aqui a definição de determinante para
1 2  3 0
A=   ⇒ detA=3 matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.
g h i + mg g h g  0 3 2 3 Seja A uma matriz quadrada de ordem n.
 4 3 A12=(-1)1+2.M12=(-1)3. − 1 0 =-3
B=   ⇒ detB=-2
 Então:
Igual a zero 2 1 - Para n = 1
3 −1
a b c + ma
8 5  A33=(-1)3+3.M33=(-1)6. =5 A=[a11] ⇒ det A=a­11
A.B=   ⇒ det(A.B)=-6 2 1
d e f + md = det A  6 3 - Para n ≥ 2:
g h i + mg Logo, det(AB)=detA. detB Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n ≥ 2, chamamos ma-
triz co-fatora de A a matriz cujos elementos são os co-fa‐
Consequências: Sendo A uma matriz quadrada e n ∈ tores dos elementos de A; indicamos a matriz co-fatora por a11 a12 .... a1n 
Exemplo N*, temos: cof A. A transposta da matriz co-fatora de A é chamada de a 
 21 a2 ... a2 n
n
 ⇒ det A = a . A
det(An) = (detA)n matriz adjunta de A, que indicamos por adj. A. A= .......................  ∑ 1j 1j

Vamos calcular o determinante D abaixo. Sendo A uma matriz inversível, temos:


j =1
 
Exemplo an1 an 2 ... an 
1
detA-1=  1 3 2
det A Sendo A=  1 0 − 1 , temos: ou seja:
D=8+0+0-60-0-0=-52 Justificativa: Seja A matriz inversível.   detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n
 4 2 1 
A-1.A=I
Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar det(A-1.A)=det I 0 −1 Então, o determinante de uma matriz quadrada de
com a 3ª coluna e calcular: detA-1.detA=det I A11=(-1)1+1. =2 ordem n, n ≥ 2 é a soma dos produtos dos elementos da
2 1
1 primeira linha da matriz pelos respectivos co-fatores.
detA-1= 1 −1
det A A12=(-1)1+2. 4 1 =-5 Exemplos
Uma vez que det I=1, onde i é a matriz identidade. ⎡ a11 a12 ⎤
1 0 1º) Sendo A = ⎢ ⎥ , temos:
⎢ a a22 ⎥
Determinantes – Teorema de Laplace A13=(-1)1+3
. =2 ⎣ ⎦
4 2
21
D1=48+0+0-100-0-0=-52
Observe que D1=D, de acordo com a propriedade. Menor complementar e Co-fator detA=a11.A11+a12.A12, onde:
3 2
Dada uma matriz quadrada A=(aij­)nxn (n ≥ 2), chamamos A21=(-1)2+1. =1 A11=(-1)1+1.|a22|=a22
Consequência menor complementar do elemento aij e indicamos por Mij 2 1 A12=(-1)1+2.|a21|=a21
Quando uma fila de um determinante é igual à soma o determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que se 1 2
de múltiplos de filas paralelas (combinação linear de filas obtém suprimindo a linha i e a coluna j da matriz A. A22=(-1)2+2.
4 1 =-7 Assim:
paralelas), o determinante é igual a zero. detA=a11.a22+a12.(-a21)
Exemplo detA=a11.a22-a21.a12
Exemplo 1 2 3 1 3
4 A23=(-1)2+3. =10 Nota: Observamos que esse valor coincide com a
1 0  4 2
1 2 8 Sendo A=  , temos: definição vista anteriormente.
2 1 2
SejaD = 3 2 12 3 2
A31=(-1)3+1. =-3
1 0 0 −1
4 −1 05 M11= =2
1 2

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⎡ 3 0 ⎤ 0 0 Exemplo  1 2 3 1 2ª) A é triangular inferior Exemplo


⎢ ⎥  0 −1 2 1 
⎢ 1 2 3 2 ⎥ Calcule det A sendo A=  a11 a12 a13 .... a1n  Calcule o determinante:
− Sendo A = ⎢ ⎥ ,temos : −2 3 1 2
   
⎢ 23 5 4 3 ⎥  3 4 6 3 a a22 0 ... a2 n 
⎢ ⎥ A=  21 1 2 4
a31 a32 a33 ... a3n 
⎢⎣ −9 3 0 2 ⎥⎦   det A = 1 4 16
A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de  ... ... ... ... ... 
zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema de Laplace, a 
det A = 3.A11 + 0.A12 + 0.A13 + 0.A14 calcularemos ainda três co-fatores.  n1 an 2 an 3 ... ann  1 7 49
 
zero
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero”em A31=-2 e
 2 3 2 A41=3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando com a 3ª e detA=a11.a22.a33. ... .ann Sabemos que detA=detAt, então:
A11=(-1)1+1. 1 4 3 =-11 multiplicando a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha;
  fazendo isso, teremos: 1 1 1
3 0 2  1 0 0  0
Assim:
 0 1 0 
 0  det At = 2 4 7
 1 2 3 1
 In=  0 0 1  0
0 −1 2 1  1 16 49
detA=3.(-11) ⇒ det A = -33 A=   
 0 7 7 4     
   0 0 0  1
Nota: Observamos que quanto mais “zeros”  0 − 2 − 3 0 Que é um determinante de Vandermonde de ordem
aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é facilitado. 3, então:
Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna: det/n=1 detA=(4-2).(7-2).(7-4)=2.5.3=30
Teorema de Laplace
Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n ⇒ 2, seu  −1 2 1   −1 2 1 Determinante de Vandermonde e Regra de Chió Exercícios
 4  =  7
determinante é a soma dos produtos dos elementos de detA=1.(-1)1+1.  7 7
 7 4 
uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos co-  − 2 − 3 0  − 2 − 3 0 Uma determinante de ordem n ≥ 2 é chamada 1. Escreva a matriz A = (aij)2 x 3 tal que aij = 2i + j.
fatores. determinante de Vandermonde ou determinante das
Aplicamos a regra de Sarrus, potências se, e somente se, na 1ª linha (coluna) os 2. Obtenha o valor de x e y sabendo que a matriz A
Exemplo elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números = é nula.
5 0 1 2 quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e
3 2 1 0  assim sucessivamente. 3. Calcule a soma dos elementos da diagonal
Sendo A=  principal com os elementos da diagonal secundária da
4 1 0 0
  Exemplos matriz .
3 − 2 2 0
Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do 1º) Determinante de Vandermonde de ordem 3
teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos que calcular det A=(0-16-21)-(-14+12+0) 1 1 1 4. Calcule o valor a e b, sabendo que =
apenas um co-fator. detA=0-16-21+14-12-0=-49+14
a b c
detA=-35
Assim: a 2 b2 c2
detA=2.A14+0.A24+0.A34+0.A44 Uma aplicação do Teorema de Laplace
2º) Determinante de Vandermonde de ordem 4 5. Sabendo que a matriz A = é
3 2 1 Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é matriz diagonal, calcule x, y e z.
1 1 1 1
A14=(-1)1+4 4 1 0  =+21 o produto dos elementos da diagonal principal; podemos
  verificar isso desenvolvendo o determinante de A através a b c d
3 − 2 2  da 1ª coluna, se ela for triangular superior, e através da 1ª 6. Sabendo que I2 = calcule x e y.
a2 b2 c2 d 2
detA=2.21=42 linha, se ela for triangular superior, e através da 1ª linha, se
ela for triangular inferior. a 3 b3 c3 d 3 7. Escreva a matriz oposta de A = (aij) 2x 2 sabendo que
Observações Importantes: No cálculo do determinante aij = i + j.
de uma matriz de ordem n, recaímos em determinantes de Assim: Os elementos da 2ª linha são denominados elementos 8. Escreva a matriz transposta A = (aij)3 x 3 dada por
matrizes de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em 1ª) A é triangular superior característicos. aij = i – 2j.
determinantes de ordem n-2, e assim sucessivamente, até
recairmos em determinantes de matrizes de ordem 3, que a11 a12 a13 .... a1n  Propriedade
calculamos com a regra de Sarrus, por exemplo. 0 9. Dada a matriz A = calcule o valor de a
 a22 a23 ... a2 n  Um determinante de Vandermonde é igual ao produto para que A seja simétrica.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando A= 0 0 a33 ... a3n  de todas as diferenças que se obtêm subtraindo-se de
escolhemos uma fila com a maior quantidade de zeros.   cada um dos elementos característicos os elementos 10. Calcule A + B sabendo que A = e
 ... ... ... ... ... 
 0 precedentes, independente da ordem do determinante.
- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema  0 0 ... ann  B=
de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante pelo
teorema de Laplace. detA=a11.a22.a33. ... .ann

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Respostas 8) Solução: Equações Lineares


⎡ a11 a12 a13 ⎤ Equação linear é toda equação do tipo a1x1 + a2x2 +
1) Solução: Sendo a matriz A do tipo 2 x 3, temos: ⎢ ⎥ a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e
⎡ a11 a12 a13 ⎤ A = ⎢ a 21 a22 a23 ⎥ x1, x2, x3,.., xn são as incógnitas.
⎢ ⎥ Os números reais a1, a2, a3,.., an são chamados de
A=⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ a ⎥ coeficientes e b é o termo independente.
a a23 ⎢⎣ a31 a32 a33 ⎥⎦
⎣ 21 22 ⎦
a11 = 1 – 2 . 1 = -1 Exemplos
a11 = 2 . 1 + 1 = 3 a12 = 1 – 2 . 2 = -3 - São equações lineares:
a12 = 2 . 1 + 2 = 4 a13 = 1 – 2 . 3 = -5 x1 - 5x2 + 3x3 = 3
a13 = 2 . 1 + 3 = 5 a21 = 2 – 2 . 1 = 0 2x – y + 2z = 1
a21 = 2 . 2 + 1 = 5 a22 = 2 – 2 . 2 = -2 0x + 0y + 0z = 2
a22 = 2 . 2 + 2 = 6 a23 = 2 – 2 . 3 = -4 0x + 0y + 0z = 0
a23 = 2 . 2 + 3 = 7 a31 = 3 – 2 . 1 = 1 - Não são equações lineares: Equação Linear Homogênea
a32 = 3 – 2 . 2 = -1 x3-2y+z = 3 Uma equação linear é chamada homogênea quando o
Portanto, A = a33 = 3 – 2 . 3 = -3 (x3 é o impedimento) seu termo independente for nulo.
⎡ −1 −3 −5 ⎤ ⎡ −1 0 1 ⎤ 2x1 – 3x1x2 + x3 = -1
2) Solução: Como a matriz A é nula, então todos os ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ (-3x1x2 é o impedimento) Exemplo
seus elementos são nulos. Logo: Portanto, A = ⎢ 0 −2 −4 ⎥ e At = ⎢ −3 −2 −1 ⎥ 2x1 + 3x2 - 4x3 + 5x4 - x5 = 0
. ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ 2x1 – 3 3 + x3 = 0
x + 1 = 0 → x = -1 ⎢⎣ 1 −1 −3 ⎥⎦ ⎢⎣ −5 −4 −3 ⎥⎦ x2
Observação: Toda equação homogênea admite como
y – 2 = 0 → y = -2 ( 3 é o impedimento) solução o conjunto ordenado de “zeros” que chamamos
x2 solução nula ou solução trivial.
3) Solução: Os elementos da diagonal principal são 1, 5 9) Solução: A matriz A será simétrica se At = A. Observação: Uma equação é linear quando os
e 9; logo, 1 + 5 + 9 = 15. expoentes das incógnitas forem iguais a l e em cada termo Exemplo
Os elementos da diagonal secundária são 3, 5 e 7; logo, da equação existir uma única incógnita. (0, 0, 0) é solução de 3x + y - z – 0
3 + 5 + 7 = 15. A =
t
.
Portanto, a soma procurada é 15 + 15, ou seja, 30. Solução de ama Equação Linear Equações Lineares Especiais
Uma solução de uma equação linear a1xl +a2x2 +a3x3+... Dada a equação:
4) Solução: Como as matrizes são iguais, devemos ter: Então devemos ter → a² = 4 anxn = b, é um conjunto ordenado de números reais α1, α2, a1x1 + a2x2 +a3x3+...anxn = b, temos:
a+4=5→a=1 α3,..., αn para o qual a sentença a1{α1) + a2{αa2) + a3(α3) +...
b² = 4 → b = 2 ou b = -2 Portanto, a = 2 ou a = -2. + an(αn) = b é verdadeira. - Se a1 = a2 = a3 =...= na = b = 0, ficamos com:
0x1 + 0x2 +0x3 +...+0xn, e, neste caso, qualquer
5) Solução: Como a matriz A é matriz diagonal, 10) Solução: Exemplos seqüências (α1, α2, α3,..., αn) será solução da equação dada.
devemos ter: - A terna (2, 3, 1) é solução da equação: - Se a1 = a2 = a3 =... = an = 0 e b ≠ 0, ficamos com:
⎡ 1 0 3 ⎤ ⎡ −1 1 2 ⎤
x + 2 = 0 → x = -2 x1 – 2x2 + 3x3 = -1 pois: 0x1 +0x2 + 0x3 +...+0xn= b ≠0, e, neste caso, não existe
A+ B= ⎢ ⎥+⎢ ⎥
y–1=0→y=1 ⎢⎣ −2 4 2 ⎥⎦ ⎢⎣ 3 −2 5 ⎥⎦ (2) – 2.((3) + 3.(1) = -1 seqüências de reais (α1, α2, α3,...,αn) que seja solução da
z – 4 = 0 → z = 4. - A quadra (5, 2, 7, 4) é solução da equação: equação dada.
⎡ 1+ ( −1) 0 + 1 3 + 2 ⎤ ⎡ 0 1 5 ⎤ 0x1 - 0x2 + 0x3 + 0x4 = 0 pois:
Portanto, x = -2, y = 1 e z = 4. =⎢ ⎥=⎢ ⎥ 0.(5) + 0.(2) + 0.(7) + 0.(4) = 0 Sistema Linear 2 x 2
6) Solução: ⎢ ⎥ ⎢ 1 2 7 ⎥ Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de
⎢⎣ −2 + 3 4 + (−2) 2 + 5 ⎥⎦ ⎣ ⎦
Conjunto Solução equações lineares a duas incógnitas, consideradas
Como I2 = , devemos ter x – y = 1 e x + y = 0. Chamamos de conjunto solução de uma equação linear simultaneamente.
Resolvendo o sistema encontramos x = o conjunto formado por todas as suas soluções. Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
Sistema Linear
7) Solução: Observação: Em uma equação linear com 2 incógnitas, a1 x + b1 y = c1

O estudo dos sistemas de equações lineares é de o conjunto solução pode ser representado graficamente a2 + b2 y = c2
⎡ a11 a12 ⎤ fundamental importância em Matemática e nas ciências em pelos pontos de uma reta do plano cartesiano.
A=⎢ ⎥
⎢ a ⎥ → a11 = 1 + 1 = 2, a12 = 1 + 2 = 3, a21 geral. Você provavelmente já resolveu sistemas do primeiro Um par (α1, α2) é solução do sistema linear 2 x 2 se, e
a
⎣ 21 22 ⎦ grau, mais precisamente aqueles com duas equações e Assim, por exemplo, na equação somente se, for solução das duas equações do sistema.
= 2 + 1 = 3, a22 = 2 + 2 = 4. duas incógnitas. 2x + y = 2
Vamos ampliar esse conhecimento desenvolvendo Exemplo
métodos que permitam resolver, quando possível, sistemas Algumas soluções são (1, 0), (2, -2), (3, -4), (4, -6), (0, 2), (3, 4) é solução do sistema
⎡ 2 3 ⎤ ⎡ −2 −3 ⎤ de equações do primeiro grau com qualquer número de (-1,4), etc. ⎧ x − y = −1
Logo, A = ⎢ ⎥e − A = ⎢ ⎥ equações e incógnitas. Esses métodos nos permitirão não Representando todos os pares ordenados que são ⎨
⎢⎣ 3 4 ⎥⎦ ⎢⎣ −3 −4 ⎥⎦ só resolver sistemas, mas também classificá-los quanto ao soluções da equação dada, temos: ⎩2x + y = 10
número de soluções.
pois é solução de suas 2 equações:
(3)-(4) = -l e 2.(3) + (4) = 10

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Resolução de um Sistema 2 x 2 - 16= -16 é uma igualdade verdadeira e existem Classificação Matriz Incompleta
Resolver um sistema linear 2 x 2 significa obter o infinitos pares ordenados que são soluções do sistema. De acordo com o número de soluções, um sistema Chamamos de matriz incompleta do sistema linear a
conjunto solução do sistema. 5 
linear 2x2 pode ser classificado em: matriz formada pelos coeficientes das incógnitas.
 8
Os dois métodos mais utilizados para a resolução de Entre outros, (1, 2), (4, 0),  ,1 e  0,  são soluções - Sistema Impossíveis ou Incompatíveis: são os sistemas
2   3
um sistema linear 2x2 são o método da substituição e o do sistema. que não possuem solução alguma. a a12 a13  a1n 
método da adição. Sendo a, um número real qualquer, dizemos que - Sistemas Possíveis ou compatíveis: são os sistemas  11 
Para exemplificar, vamos resolver o sistema 2 x 2 abaixo ⎛ 8 − 2α ⎞ que apresentam pelo menos uma solução.  
usando os dois métodos citados. ⎝⎜
α, ⎟ é solução do sistema. - Sistemas Possíveis Determinados: se possuem uma a21 a22 a23  a2 n 
3 ⎠  
única solução.
(Obtemos 8 − 2α substituindo x =α na equação (I)). A = a31 a32 a33  a3n 
2x + 3y = 8 - Sistemas Possíveis Indeterminados: se possuem  
 3
x - y = - 1 infinitas soluções. ..................................... 
 
Sistema Linear 2 x 2 com nenhuma solução am1 am 2 am 3  amn 
1. Método da Substituição: Sistema Linear m x n
Chamamos de sistema linear M x n ao conjunto de m  
2x + 3y = 8 (I) Quando duas equações lineares têm os mesmos
 equações a n incógnitas, consideradas simultaneamente, Exemplo
x - y = - 1 (II) coeficientes, porém os termos independentes são
que podem ser escrito na forma: No sistema:
diferentes, dizemos que não existe solução comum para as
Da equação (II), obtemos x = y -1, que substituímos na 
duas equações, pois substituindo uma na outra, obtemos x − y + 2z = 1
equação (I) a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + ... + a1n xn = b1
uma igualdade sempre falsa. 
2(y- 1) +3y = 8  5y = 10  y = 2 a x + a x + a x + ... + a x = b z=0
 21 1 22 2 23 3 2n n 2 x +
Exemplo 
Fazendo y = 2 na equação (I), por exemplo, obtemos: a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 + ... + a3n xn = b3 − x + y = 5
2x+3y=6(I) e 2x+3y=5(II) ......................................................... 
Assim: S = {(1,2)}

Substituindo 2x+3y da equação (I) na equação (II)
2. Método da Adição: am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 + ... + amn xn = bm A matriz incompleta é:
obtemos:
2x + 3y = 8 (I) 6=5 que é uma igualdade falsa. Se num sistema  

2x2 existir um número real que, multiplicado por uma
Onde:  1 −1 2 
x - y = - 1 (II)
X1, x2, x3,…,xn são as incógnitas;  
das equações, resulta uma equação com os mesmos A= 1 0 1
Multiplicamos a equação II por 3 e a adicionamos, aij, com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ n, são os coeficientes das
coeficientes da outra equação do sistema, porém com  
membro a membro, com a equação I. incógnitas; bi, com 1 ≤ i ≤ m, são os termos independentes.  
termos independentes diferentes, dizemos que não existe
 2x + 3y = 8 par ordenado que seja solução do sistema.  − 1 1 0
 3 x − 3 y = −3  

 Exemplos
5x = 5 ⇒ x = 5 = 1 Exemplo
 5 1.
 x + 2 y = 5( I )  x − 2 y + 3z = 5 Forma Matricial
Fazendo x = 1 na equação (I), por exemplo, obtemos:   Consideremos o sistema linear M x n:
2 x + 4 y = 7( II ) x + y − z + 2
Assim: S = {(1,2)}
(sistema 2 x 3) a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 +  + a1n xn = b1
Multiplicando-se equação (I) por 2 obtemos: 
Sistema Linear 2 x 2 com infinitas soluções
2x+4y=10 a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 +  + a2 n xn = b2
Quando uma equação de um sistema linear 2 x 2 2.
puder ser obtida multiplicando-se a outra por um número 
Que tem os mesmo coeficientes da equação (II), porém  x1 + 3 x2 − 2 x3 + x4 = 0 a31 x1 + a32 x2 + a33 x3 +  + a3n xn = b3
real, ao tentarmos resolver esse sistema, chegamos numa  ........................................................
os termos independentes são diferentes.  x1 + 2 x2 − 3 x3 + x4 = 2
igualdade que é sempre verdadeira, independente das 
Se tentarmos resolver o sistema dado pelo método de x − x + x + x = 5
incógnitas. Nesse caso, existem infinitos pares ordenados  1 2 am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 +  + amn xn = bm
substituição, obtemos uma igualdade que é sempre falsa, 3 4

que são soluções do sistema.
independente das incógnitas.
(sistema 3 x 4)
Exemplo  x + 2 y = 5( I ) Sendo A a Matriz incompleta do sistema chamamos,

⎧2x + 3y = 8(I ) 2 x + 4 y = 7( II ) 3. respectivamente, as matrizes
⎨  5− x  x + 2 y = 1
⎩−4x − 6y = −16(II ) Da equação (I), obtemos ,  y = 2  que substituímos   x1   
 
na equação (II) x − y = 4   b1 
Note que multiplicando-se a equação (I) por (-2) 2 x − 3 y = 0 b2 
obtemos a equação (II). 5 − x   x2   
2x- 4.   =7→2x+2(5-x)=7
Resolvendo o sistema pelo método da substituição  2/  X =  x3  e B = b3 
temos: (sistema 3 x 2)    
8 − 2x 2x+10-2x=7→10=7  
Da equação (I), obtemos y = , que substituímos  
na equação (II). 3    
10=7 é uma igualdade falsa e não existe par ordenado  xn  bm 
 8 − 2x  que seja solução do sistema.
-4x-6.  3/ 
 =-16 →-4x-2(8-2x)=-16 de matriz incógnita e matriz termos independentes.
E dizemos que a forma matricial do sistema é A.X=B,
-4x-16+4x=-16→-16=-16 ou seja:

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Resolução Veremos, a seguir, como transformar um sistema linear


a11 a12 a13  a1n      Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas m x n qualquer em um sistema equivalente na “forma a11a12 a13  a1n
   x1  b1  equações (II) e (III), temos: escalonada”.
 x2  b2  0 a22 a23  a2 n
a a22 a23  a2 n     
 21 
   x3  b3  x + 2y – z = -1 → x = -2y + z - 1 Sistemas Lineares Escalonados D = 0 0 a33  a3n = D = a11 .a22 .a33 ..ann ≠ 0
a31 a32 a33  a3n      Dizemos que um sistema linear é um sistema
      Na equação (II) escalonado quando: .................
...................................     
   xn  bm  2(-2y + z - 1) – y + z = 5 →5y + 3z = 7 (IV) - Em cada equação existe pelo menos um coeficiente
0 0 0 ann
a
 m1 a m2 a m3  a mn  não-nulo;
  Na equação (III) - O número de coeficiente nulos, antes do primeiro
(-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V) coeficiente não-nulo, cresce “da esquerda para a direita, de Como D ≠ 0, os sistemas deste tipo são possíveis e
Sistemas Lineares – Escalonamento (I) equação para equação”. determinados e, para obtermos a solução única, partimos da
Resolução de um Sistema por Substituição Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) n-ésima equação que nos dá o valor de xn; por substituição
Resolvemos um sistema linear m x n por substituição, e (V): Exemplos nas equações anteriores, obtemos sucessivamente os
do mesmo modo que fazemos num sistema linear 2 x 2. valores de xn-1,xn-2,…,x3,x2 e x1.
Assim, observemos os exemplos a seguir. ⎧⎪−5y + 3z = 7 (IV ) 2 x + y − z = 3
⎨ 1º)  Exemplo
Exemplos
⎪⎩ y − z = −3 (V )  2 y + 3 z = 2
- Resolver o sistema pelo método da substituição. Resolver o sistema:
 x + 2 y − z = −1 ( I ) Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na 
x + 2 y − 3z = 4
 equação (IV), temos: 2º)  ⎧2x + y − z + t = 5(I )
  ⎪
 y + 2z = 3
2 x − y + z = 5 ( II )
y – z = -3 → y = z - 3  ⎪ y + z + 3t = 9(II )
 ⎨
 x + 3 y − 2 z = −4( III ) -5(z - 3) + 3z = 7 → z = 4  z =1 ⎪ 2z − t = 0(III )
 
⎪ 3t = 6(IV )
Substituindo z = 4 na equação (V) ⎩
x+ y+ z+t =5
Resolução y – 4 = -3 → y = 1 3º) 

Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas  y−t =2 Resolução
equações (II) e (III), temos: Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
x + 2y – z - 1→ x = -2y + z - 1 x + 2(1) - (4) = -1 → x = 1  2 x1 + 3x2 − x3 + x4 = 1 Na equação (IV), temos:
Na equação (II)  3t = 6 → t = 2

2(-2y + z - 1) – y + z = 5 → -5y + 3z = 7 (IV) Assim: 4º)  x 2 + x3 − x 4 = 0 Substituindo t = 2 na equação (III), temos:
Na equação (III) S={(1, 1, 4)}  2z – 2 = 0 → z = 1
 3 x4 = 5
(-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)  Substituindo t = 2 e z = 1 na equação (II), temos:
Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) 2º) Resolver o sistema pelo método da substituição: y + 1 +3 . 2 = 9 → y = 2
e (V): Existem dois tipos de sistemas escalonados: Substituindo t = 2, z = 1 e y = 2, na equação (I), temos:
⎧ x + 3y − z = 1 (I ) 2x + 2 – 1 + 2 = 5 → x = 1

⎪⎧−5y + 3z = 7 (IV ) ⎨ y + 2z = 10 (II ) Tipo: número de equações igual ao número de Assim:
⎨ ⎪ incógnitas. S {(1, 2, 1, 2)}
⎩⎪ y − z = −3 (V ) ⎩ 3z = 12 (III )
Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na Tipo: número de equações menor que o número de
equação (IV), temos: Resolução a11 x1 + a12 x2 + a13 x 3 +  + a1n xn = b1 incógnitas.
y – z = -3 → y = z - 3 Na equação (III), obtemos:  Para resolvermos os sistemas lineares deste tipo,
-5 (z - 3) + 3z = 7→ z = 4 3z = 12 → z = 4  a22 x2 + a23 x3 +  + a2 n xn = b2 devemos transformá-los em sistemas do 1º tipo, do
Substituindo z = 4 na equação (II), obtemos: seguinte modo:

Substituindo z = 4 na equação (V) y + 2 . 4 = 10 → y = 2 
y – 4 = -3 → y = 1 Substituindo z = 4 e y = 2 na equação (I), obtemos:  a33 x33 +  + a3n xn = b3 - As incógnitas que não aparecem no inicio de
Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I) x + 3 . 2 – 4 = 1 → x = -1  nenhuma das equações do sistema, chamadas variáveis
x + 2 (1) - (4) = -1 →x = 1 Assim: ................................................... livres, devem ser “passadas” para os segundos membros
Assim: S{(-1, 2, 4)} das equações. Obtemos, assim, um sistema em que
S={(1, 1, 4)}
 consideramos incógnitas apenas as equações que
 ann xn = bn
Observação: Podemos observar que a resolução “sobraram” nos primeiros membros.
2º) Resolver o sistema pelo método da substituição: de sistemas pelo método da substituição pode ser
demasiadamente longa e trabalhosa, quando os sistemas - Atribuímos às variáveis livres valores literais, na
⎧ x + 3y − z = 1 (I ) não apresentam alguma forma simplificada como no Notamos que os sistemas deste tipo podem ser verdade “valores variáveis”, e resolvemos o sistema por
⎪ primeiro exemplo. No entanto, quando o sistema apresenta analisados pelo método de Cramer, pois são sistemas n x n. substituição.
⎨ y + 2z = 10 (II ) a forma simples do segundo exemplo, que denominamos Assim, sendo D o determinante da matriz dos coeficientes
⎪ “forma escalonada”, a resolução pelo método da (incompleta), temos:
⎩ 3z = 12 (III )
substituição é rápida e fácil.

103 104
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Exemplo Exemplos 3º) Escalonar e classificar o sistema:



Resolver o sistema: x + 3 y = 2 2 x − y = 5 1º) Escalonar e classificar o sistema: 2 x + 5 y + z = 5
(S ) =  ~ ( S1 ) 
 x + 2y − z = 3
 x + y + 2 z = 1
 2y − z = 2
2 x − y = 5 x + 3 y = 2 2 x + y + z = 5 
  4 x + 9 y − z = 8
3 x − y 2 z = −2
- Inverter a ordem em que as incógnitas aparecem nas x + 2 y − z = 1
equações. 
Resolução Resolução
A variável z é uma “variável livre” no sistema. Exemplo Resolução
Então:
 
 x + y = 1 − 2 z x + 2 y + z = 5 2 y + z + x = 5 ⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1
⎪ ⎪ ⎪
 2y = 2 + z   ⎨ 3x − y − 2z = −2 ~ ⎨ 3x − y − 2z = −2 ← −3 ~ ⎨−7y + z = −5
 (S ) =  x + 2 z = 1 ~ ( S1 ) 2z + x = 1 ⎪2x + y + z = 5 ⎪ ⎪
⎩ ⎩ 2x + y + z = 5 ← −2 ⎩−3y + 3z = 3 : −3
 
 3x = 5  3x = 5
Fazendo z = α, temos:
  ⎧ x + 2y − z = −1 ⎧ x + 2y − z = 1 ⎧ x + 2y − z = 1
⎪ ⎪ ⎪
⎪⎧ x + y = 1− 2α - Multiplicar (ou dividir) uma equação por um número ⎨ −7y + z = 5 ~ ⎨ y − z = −1 ~ ⎨ y − z = −1
⎨ real não-nulo. ⎪ y − z = −1 ⎪−7y + z = −5 ← 7 ⎪
⎩⎪ 2y = 2 + α ⎩ ⎩ ⎩ − 6z = −12
2 +α Exemplo O sistema obtido é impossível, pois a terceira equação
2y = 2 + α → y = nunca será verificada para valores reais de y e z.
2
x + 2 y = 3  x + 2 y = 3 O sistema obtido está escalonado e é do 1º tipo (nº
( S ) ~ ( S1 ) de equações igual ao nº de incógnitas), portanto, é um Observação
Substituindo y =
2 + α na 1ª equação, temos: 3 x − y = 1 6 x − 2 y = 3 sistema possível e determinado.
2 Dado um sistema linear, sempre podemos “tentar” o
2 +α
x+ = 1− 2α 2º) Escalonar e classificar o sistema: seu escalonamento. Caso ele seja impossível, isto ficará
2 Multiplicamos a 2ª equação de S por 2, para obtermos evidente pela presença de uma equação que não é satisfeita
Agora para continuar fazemos o mmc de 2, e teremos: S1. 3 x + y − z = 3 por valores reais (exemplo: 0x + 0y = 3). No entanto, se o

- Adicionar a uma equação uma outra equação do 2 x − y + 3 z = 5 sistema é possível, nós sempre conseguimos um sistema
2x + 2α = 2(1-2α) sistema, previamente multiplicada por um número real 8 x + y + z = 11 escalonado equivalente, que terá nº de equações igual ao
2x + 2α = 2 - 4α não-nulo.  nº de incógnitas (possível e determinado), ou então o nº
4α + 2x + 2 + α - 2 = 0 de equações será menor que o nº de incógnitas (possível e
5α + 2x = 0 Exemplo Resolução indeterminado).
2x = -5α Este tratamento dado a um sistema linear para a sua
x = −5α
x + 3 y = 5  x + 3 y = 5 resolução é chamado de método de eliminação de Gauss.
2 (S ) =  ~ ( S1 )
2 x + y = 3  − 5 y = −7 Sistemas Lineares – Discussão (I)
Assim:
⎧⎛ 5α 2 + α ⎞ ⎫ Discutir um sistema linear é determinar; quando ele é:
S = ⎨⎜ , , α ⎟ , α ∈R ⎬ - Possível e determinado (solução única);
⎩⎝ 2 2 ⎠ ⎭ Multiplicamos a 1ª equação do S por -2 e a adicionamos - Possível e indeterminado (infinitas soluções);
à 2ª equação para obtermos s1. - Impossível (nenhuma solução), em função de um ou
Observações: Para cada valor real atribuído a α, mais parâmetros presentes no sistema.
encontramos uma solução do sistema, o que permite Para transformarmos um sistema linear (S) em outro, O sistema obtido está escalonado e é do 2º tipo (nº de Estudaremos as técnicas de discussão de sistemas com
concluir que o sistema é possível e indeterminado. equivalente e escalonado (S1), seguimos os seguintes equações menor que o nº de incógnitas), portanto, é um o auxilio de exemplos.
- A quantidade de variáveis livres que um sistema passos. sistema possível e indeterminado.
apresenta é chamada de grau de liberdade ou grau de
indeterminação do sistema. - Usando os recursos das três primeiras transformações Sistemas com Número de Equações Igual ao
elementares, devemos obter um sistema em que a 1ª (*) A terceira equação foi eliminada do sistema, visto Número de Incógnitas
Sistema Lineares – Escalonamento (II) equação tem a 1ª incógnita com o coeficiente igual a 1. que ela é equivalente à segunda equação. Se nós não
- Usando a quarta transformação elementar, devemos tivéssemos percebido essa equivalência, no passo seguinte Quando o sistema linear apresenta nº de equações
Escalonamento de um Sistema “zerar” todos os coeficientes da 1ª incógnita em todas as obteríamos na terceira equação: 0x+0z=0, que é uma igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema,
Todo sistema linear possível pode ser transformado equações restantes. equação satisfeita para todos os valores reais de x e z. inicialmente calculamos o determinante D da matriz dos
num sistema linear escalonado equivalente, através das - “Abandonamos”a 1ª equação e repetimos os dois coeficientes (incompleta), e:
transformações elementares a seguir. primeiros passos com as equações restantes, e assim por 1º) Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
- Trocar a ordem em que as equações aparecem no diante, até a penúltima equação do sistema. 2º) Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
sistema. impossível.

105 106
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Para identificarmos se o sistema é possível, indeterminado Assim, temos: Exemplos 3 x + 4 y = 0


ou impossível, devemos conseguir um sistema escalonado a≠-3 e a ≠ 2 →SPD 01 – Discutir, em função de m, o sistema: 01 
equivalente pelo método de eliminação de Gauss. a=-3 → SI x − 2 y = 0
a=2 → SPI ⎧x + y = 3

Exemplos ⎨2x + 3y = 8
01 – Discutir, em função de a, o sistema: 03 – Discutir, em função de m e k, o sistema:
x + 2 y + 2z = 0
⎪ x − my = 3 

⎧ x + 3y = 5 ⎧ mx + y = k 02 3 x − y + z = 0
⎨ ⎨ 5 x + 3 y − 7 z = 0
⎩2x + ay = 1 ⎩⎪ x + my = k
2
Resolução 

Resolução Resolução ⎧ x+y= 3 Observe que a dupla (0,0) é solução do sistema 01 e a


m 1
⎪⎪ terna (0,0,0) é solução do sistema 02.
1 3
D= = m2 −1
⎨2z + 3y = 8 → −2 ~ Todo sistema linear homogêneo admite como solução
D= = a−6
1 m
⎪ uma seqüência de zero, chamada solução nula ou solução
2 a ⎪⎩ x − my = 3 → −1
trivial. Observamos também que todo sistema homogênea
D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6 D=0 → m2-1=0→ m=+1 ou m=-1 ⎧ x+y= 3 ⎧x + y = 3 é sempre possível podendo, eventualmente, apresentar
⎪⎪ ⎪ outras soluções além da solução trivial, que são chamadas
Assim, para a≠6, o sistema é possível e determinado. Assim, para m≠+1 e m≠-1, o sistema é possível e ~⎨ y=2 ~ ⎨y = 2 soluções próprias.
Para a≠6, temos: determinado. ⎪ ⎪0y = 2 + 2m
Para m=1, temos: ⎪⎩(−1− m)y = 0 → 1+ m ⎩ Discussão e Resolução
 x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ← −2
~ 2+2m=0→m=-1
 0 x + 0 y = −9  x + y = K x + y = K Lembre-se que: todo sistema linear homogêneo
x + y = K 2 ~
que é um sistema impossível. ← −1 2 Assim, temos: tem ao menos a solução trivial, portanto será sempre
 0 x + 0 y = − K + K
m≠-1→ SI possível.
Assim, temos: m=-1→ SPD
a≠6 → SPD (Sistema possível e determinado) Se –k + k2=0, ou seja, k=0 ou k=1, o sistema é possível Vejamos alguns exemplos:
a=6 → SI (Sistema impossível) e indeterminado. 02 – Discutir, em função de k, o sistema:
02 – Discutir, em função de a, o sistema: 01 – Classifique e resolva o sistema:
Se –K+k2≠0, ou seja, k≠0 ou k≠1, o sistema é impossível. ⎧ x + 2y − z = 5
⎧x + y − z = 1 ⎪ 3 x + y + z = 0
⎪ ⎪2x + 5y + 3z = 12 
⎨2x + 3y + az = 3 Para m=-1, temos: ⎨ x + 5 y − z = 0
⎪ x + ay + 3z = 2
⎩ ⎪ 3x + 7y − 2z = 17 x + 2 y − z = 0

⎪5x + 12y + kz = 29

Resolução Resolução
Se k2+k=0, ou seja, k=0 k=-1, o sistema é possível e Resolução:
1 1−1 indeterminado. 3 1 1
D2 3 1 = 9 + a − 2a + 3 − 6 − a 2
Se k2+k≠0, ou seja, k≠0 k≠-1, o sistema é indeterminado.
D = 1 5 − 1 = −12
1 a 3 Assim, temos: 1 2 −1
m = +1 e k = 0 ou k = 1 ⎫
D=0 → -a2-a+6=0 → a=-3 ou a=2 ⎪ Como D≠0, o sistema é possível e determinado
ou ⎬ ⇒ SPI admitindo só a solução trivial, logo:
Assim, para a≠-3 e a≠2, o sistema é possível e m = −1 e k = 0 ou k = −1⎪⎪
determinado. ⎭ 02 – Classifique e resolva o sistema:
m = +1 e k ≠ 0 ou k ≠ 1 ⎫
Para a=-3, temos: ⎪ a + b + 2c = 0
 
ou ⎬ ⇒ SI 
m = −1 e k ≠ 0 ou k ≠ −1⎪⎪ a − 3b − 2c = 0
x + y − z =1 
 x + y − z = 1 x + y − z = 1 Assim, para ∀k ∈ R , o sistema é possível e

2 x + 3 y − 3 z = 3 ← −2

~  y − z =1

~  y − z =1
⎭ determinado. 2 a − b + c = 0
   
 x − 3 y + 3z = 2 ← −1 − 4 y + 4 z = 1 ←4  y + z = 5 sistema impossível
   Sistemas com Número de Equações Diferente do Sistemas Lineares – Discussão (II)
Número de Incógnitas Resolução
Para a=2, temos: Sistema Linear Homogêneo
1 1 2
Quando o sistema linear apresenta número de equa‐
ções diferente do número de incógnitas, para discuti-lo, Já sabemos que sistema linear homogêneo é todo

x + y − z =1 

x + y − z = 1 x + y − z =1 D = 1− 3 − 2 = 0
devemos obter um sistema escalonado equivalente pelo sistema cujas equações têm todos os termos independentes
 
  
2 x + 3 y + 2 z = 3 ← −2 ~  y + 4z = 1 ~
y + 4z = 1 sistema possível in det er min ado

 x + 2 y + 3 z = 2 ← −1

 y + 4z = 1

método de eliminar de Gauss. iguais a zero. 2 −1 1


São homogêneos os sistemas:

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

3
Como D=0, o sistema homogêneo é indeterminado. 5. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação 2) Resposta “ m ∈ R / m ≠  ”. 4) Resposta “ {m ∈R / m ≠ 3} ”.
Fazendo o escalonamento temos: linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?  2
Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D
 a + b + 2c = 0  a + b + 2c = 0 6. Escreva a solução genérica para a equação linear ≠ 0, em que:
   a + b + 2c = 0 ≠ 0.
   5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado ( ,
a − 3b + −2c = 0 ~ 0 − 4b − 4c = 0 ~ 0 + b + 4c = 0 , ) é solução.
2 3
  0 + 0 + 0 = 0 D= = 2m − 3 Assim:
 2 a − b + c = 0 0 − 3b − 3c = 0 
7. Determine o valor de m de modo que o sistema 1 m 1 2 1
Teremos, então: de equações abaixo, D = 2 − 1 2 = −m + 12 + 2 + 3 − 2 − 4m
2x - my = 10 3
a + b + 2c = 0 3x + 5y = 8, seja impossível. Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠ 3 1 m
 b+c =0 2 D = -5m + 15

8. Se os sistemas: Então, os valores reais de m, para que o sistema seja Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Fazendo c=t, teremos: S1: x + y = 1 e S2: ax – by = 5 possível e determinado, são dados pelos elementos do Então, os valores reais de m, para que o sistema seja
=-c→b=-t X – 2y = -5 ay – bx = -1 conjunto: possível e determinado, são dados pelos elementos do
a-t+2t=0→a=-t São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a: ⎧ 3⎫ conjunto:
a) 1 ⎨ m ∈R / m ≠ ⎬
Portanto: b) 4 ⎩ 2⎭
{m ∈R / m ≠ 3}
c) 5
S = {( −t,−t,t ) ,t ∈R}
d) 9 3) Resposta “ S = {(1, 2, 4)}”. 5) Resposta “14”.
Note que variando t obteremos várias soluções, e) 10 Solução: Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz Solução:
inclusive a trivial para t=0. Teremos por simples substituição, observando que x =
2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.
03 – Determine K de modo que o sistema abaixo tenha 9. Resolva o seguinte sistema usando a regra de
solução diferente da trivial. Cramer: Logo, 12 - 35 + 2p = 5.
x + 3y - 2z = 3
⎧x + y + z = 0 2x - y + z = 12
⎪ Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p =
⎨ x − ky + z = 0 4x + 3y - 5z = 6 14.
⎪ kx − y − z = 0 2 x − y = 7
⎩ 10. Resolver o sistema  . 6) Solução:
 x + 5 y = −2 Podemos escrever: 5 α- 2 β + γ = 14. Daí, tiramos: γ =
Resolução 14 - 5 α + 2 β. Portanto, a solução genérica será o terno
O sistema é homogêneo e, para apresentar soluções ordenado (α,β, 14 - 5 α + 2 β).
diferentes da trivial, devemos ter D=0 Respostas Observe que se arbitrando os valores para α e β, a ter‐
1 1 1 ceira variável ficará determinada em função desses valores.
1) Resposta “S= {(1, 2)}”. Por exemplo, fazendo-se α = 1, β= 3, teremos:
D = 1− k 1 = k 2 + 2k + 1 = (k + 1) 2 = 0 ⇒ k = −1 Solução: Calculemos inicialmente D, Dx e Dy: γ = 14 - 5 α+ 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessi‐
k −1−1 2 3
vamente.
D= = −4 − 9 = −13
3 −2
Resposta: k=-1 Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a
equação linear dada, sendo o terno ordenado (α, β, 14 - 5
Exercícios 8 3
α + 2β) a solução genérica.
Dx = = −16 + 3 = 13
2 x + 3 y = 8 −1 −2
1. Resolver e classificar o sistema:  7) Solução:
3 x − 2 y = −1 Teremos, expressando x em função de m, na primeira
2 8
Dy = = −2 − 24 = −26 equação:
2. Determinar m real, para que o sistema seja 3 −1 Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado x = (10 + my) / 2
possível e determinado: ⎧2x + 3y = 5 e:

⎩ x + my = 2 3 x − y + z = 5 Dx −25 D −50 D 100 Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:
Como D =-13 ≠ 0, o sistema é possível e determinado x= = = 1; y = y = = 2; z = z = =4 3[(10+my) / 2] + 5y = 8
 D −25 D −25 D −25
3. Resolver e classificar o sistema:  x + 3 y = 7 e:
2 x + y − 2 z = −4 Dx −13 −26 Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolven‐
 x= =
D
=1 y = y = =2 Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e do e simplificando, vem:
4. Determinar m real para que o sistema seja D −13 e D −13 determinados. 3(10+my) + 10y = 16
possível e determinado. ⎧ x + 2y + z = 5 30 + 3my + 10y = 16
⎪ Assim: S= {(1, 2)} e o sistema são possíveis e
⎨2x − y + 2z = 5 (3m + 10)y = -14
⎪ 3x + y + mz + 0 determinados. y = -14 / (3m + 10)

109 110
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequên‐ - Princípio fundamental da contagem Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não
cia não exista o valor de x, deveremos ter o denominador 1 3 −2 - Fatorial importa a ordem.
igual a zero, já que , como sabemos, não existe divisão por Δx2 = 2 12 1 = 48 - Arranjos simples
zero. 4 6 −5 - Permutação simples Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, - Combinação 10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
para que o sistema seja impossível, ou seja, não possua - Permutação com elementos repetidos
solução. Portanto, pela regra de Cramer, teremos: ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se
x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5 Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que diferenciam pela natureza de um dos elemento.
8) Resposta “E”. x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2 a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados
Solução: Como os sistemas são equivalentes, eles pos‐ x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4 quantas vezes e as diferentes formas que um acontecimento distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela
suem a mesma solução. Vamos resolver o sistema: Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois estágios ordem dos elementos.
S 1: x + y = 1 2, 4)}. caracterizados como sucessivos e independentes:
x - 2y = -5 Quando os elementos de um determinado conjunto
10) Solução: • O primeiro estágio pode ocorrer de m modos A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) distintos. algarismos pretendemos obter números, neste caso, os
= 1 - (-5). ⎡ 2 −1 ⎤ • O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos. agrupamentos de 13 e 31 são considerados distintos, pois
Logo, 3y = 6 \ y = 2. A=⎢ ⎥ ⇒ det A = 11 indicam números diferentes.
Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = ⎣ 1 5 ⎦ Desse modo, podemos dizer que o número de formas Quando os elementos de um determinado conjunto A
1 \ x = -1. diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pontos
O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}. ⎡ 7 −1 ⎤ ao produto m . n pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos
A1 = ⎢ ⎥ ⇒ det A1 = 33 Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e são iguais, pois indicam a mesma reta.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é ⎣ −2 5 ⎦ inicialmente ela quer se decidir qual o modelo e a cor do
também solução do sistema S2. seu novo veículo. Na concessionária onde Alice foi há 3 Conclusão: Os agrupamentos...
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontra‐ ⎡ 2 7 ⎤ tipos de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e
dos para o sistema S1, vem: A2 = ⎢ ⎥ ⇒ det A2 = −11 Astra, sendo que para cada carro há 5 opções de cores: 1. Em alguns problemas de contagem, quando os
⎣ 1 −2 ⎦ preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um
a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5 de opções que Alice poderá fazer? de seus elementos, os agrupamentos serão considerados
det A1 33
a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1 x= = =3 distintos.
det A 11 Resolução: Segundo o Principio Fundamental da ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados
Multiplicando ambos os membros da primeira equa‐ Contagem, Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela combinações.
det A2 −11
ção por 2, fica: y= = = −1 poderá optar por 15 carros diferentes. Vamos representar
-2 a - 4b = 10 det A 11 as 15 opções na árvore de possibilidades: Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o
Somando membro a membro esta equação obtida problema é saber quantas retas esses pontos determinam.
com a segunda equação, fica: Resposta: S={(3,-1)} 2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela
-3b = 9 \ b = - 3 ordem de seus elementos, os problemas de contagem
Substituindo o valor encontrado para b na equação em serão agrupados e considerados distintos.
vermelho acima (poderia ser também na outra equação em 6. ANÁLISE COMBINATÓRIA: ARRANJOS, ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados
azul), teremos: PERMUTAÇÕES E COMBINAÇÕES SIMPLES, arranjos.
BINÔMIO DE NEWTON E PROBABILIDADE
2 a + (-3) = -1 \ a = 1. Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos
EM ESPAÇOS AMOSTRAIS FINITOS.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10. e o problema é contar os números por eles determinados.

9) Resposta “S = {(5, 2, 4)}”. Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número


Solução: Teremos: Análise Combinatória natural n, representado por n!, é o produto de todos os
inteiros positivos menores ou iguais a n. A notação n! foi
1 3 −2 Análise combinatória é uma parte da matemática que introduzida por Christian Kramp em 1808. A função fatorial
Δ = 2 −1 1 = 24 estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e é normalmente definida por:
4 3 −5 estuda os métodos de contagem que existem em acertar
algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo
nasceu no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo
1 3 −2 Fontana (1500-1557), chamado também de Tartaglia.
Δx1 = 12 −1 1 = 120 Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-
6 3 −5 1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve Por exemplo, 5! = 1 . 2 . 3 . 4 . 5 = 120
métodos que permitem contar, indiretamente, o número
de elementos de um conjunto. Por exemplo, se quiser Note que esta definição implica em particular que 0!
1 3 3 saber quantos números de quatro algarismos são Generalizações: Um acontecimento é formado por k = 1, porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum
Δx3 = 2 −1 12 = 96 formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso estágios sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk número é 1. Deve-se prestar atenção neste valor, pois
4 3 6 aplicar as propriedades da análise combinatória. Veja quais possibilidades para cada. O total de maneiras distintas de este faz com que a função recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1)
propriedades existem: ocorrer este acontecimento é n1, n2, n3, … , nk funcione para n = 0.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Cálculo do número de permutação simples: b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos QUESTÕES
Por exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar distintos.
n objetos distintos numa sequência. (Os arranjos são O número total de permutações simples de n elementos 01. Quantos números de três algarismos distintos
chamados permutações) E o número de opções que podem indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1) Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?
ser escolhidos é dado pelo coeficiente binomial. (n – 2) . … . (n – k + 1), temos:
A n,k 02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1) C n,k = clubes, sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada
Pk
(n – 2) . … .1 = n! clube enfrente o outro no seu campo e no campo deste. O
Lembrando que: número total de jogos a serem realizados é:
Portanto: Pn = n! (A)182
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições (B) 91
em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem Combinações Simples: são agrupamentos formados (C)169
ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um com os elementos de um conjunto que se diferenciam (D)196
conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual somente pela natureza de seus elementos. Considere A Também pode ser escrito assim: (E)160
a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os como um conjunto com n elementos k um natural menor
agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos distintos 03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus sistema, começando por três letras escolhidas entre as cinco
Cálculos do número de arranjos simples: elementos são denominados combinações simples k a k, A, B, C, D e E, seguidas de quatro algarismos escolhidos
dos n elementos de A. Arranjos Completos: Arranjos completos de n entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se entre as letras puder haver repetição,
Na formação de todos os arranjos simples dos n Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com elementos, de k a k são os arranjos de k elementos mas se os algarismos forem todos distintos, o número total
elementos de A, tomados k a k: elementos distintos. Com os elementos de A podemos não necessariamente distintos. Em vista disso, quando de senhas possíveis é:
formar 4 combinações de três elementos cada uma: abc – vamos calcular os arranjos completos, deve-se levar (A) 78.125
n → possibilidades na escolha do 1º elemento. abd – acd – bcd em consideração os arranjos com elementos distintos (B) 7.200
(arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de (C) 15.000
n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas: arranjos completos de n elementos, de k a k, é indicado (D) 6.420
um deles já foi usado. simbolicamente por A*n,k dado por: A*n,k = nk (E) 50
Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos.
04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões
n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois Permutações com elementos repetidos
com todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia
dois deles já foi usado. abc abd acd bcd executou a tarefa considerando as letras A e à como
. Considerando:
acb diferentes, contudo, João queria que elas fossem
n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento,
consideradas como mesma letra. A diferença entre o
pois l-1 deles já foi usado. bac α elementos iguais a a,
número de cartões feitos por Cláudia e o número de
β elementos iguais a b,
bca cartões esperados por João é igual a
No Princípio Fundamental da Contagem (An, k), o γ elementos iguais a c, …, (A) 720
número total de arranjos simples dos n elementos de A cab λ elementos iguais a l, (B) 1.680
(tomados k a k), temos: cba (C) 2.420
Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos. (D) 3.360
An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1) Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações (E) 4.320
(é o produto de k fatores)
obtemos todos os arranjos 3 a 3: Simbolicamente representado por Pnα, β, γ, …, λ o
número de permutações distintas que é possível formarmos 05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra
Multiplicando e dividindo por (n – k)! abc abd acd bcd com os n elementos: PROVA foram listadas em ordem alfabética, como se
fossem palavras de cinco letras em um dicionário. A 73ª
acb adb adc bdc
palavra nessa lista é
bac bad cad cbd (A) PROVA.
bca bda cda cdb (B) VAPOR.
(C) RAPOV.
cab dab dac dbc Combinações Completas: Combinações completas de (D) ROVAP.
Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n! cba dba dca dcb n elementos, de k a k, são combinações de k elementos (E) RAOPV.
não necessariamente distintos. Em vista disso, quando
(4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos vamos calcular as combinações completas devemos levar 06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 diretores,
Podemos também escrever em consideração as combinações com elementos distintos dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para que se
Logo: C4,3 . P3 = A4,3 (combinações simples) e as combinações com elementos analisem as suspeitas, será formada uma comissão especial
repetidos. O total de combinações completas de n com 5 diretores, na qual os suspeitos não sejam maioria. O
Permutações: Considere A como um conjunto com n Cálculo do número de combinações simples: O elementos, de k a k, indicado por C*n,k número de possíveis comissões é:
elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, número total de combinações simples dos n elementos de (A) 66
são denominados permutações simples de n elementos. De A representados por C n,k, tomados k a k, analogicamente (B) 72
acordo com a definição, as permutações têm os mesmos ao exemplo apresentado, temos: (C) 90
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, (D) 120
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. obtemos Pk arranjos distintos. (E) 124

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07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125 09. Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo
possui um banco de questões de matemática composto maneiras. anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto ter‐
de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 . mo, conforme se vê acima.
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode 3 . 2 = 120 maneiras. 10.
montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas, O número total de senhas distintas, portanto, é igual a a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000 Observações:
2 de circunferências e 3 de retas? 125 . 120 = 15.000. b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832 1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um poli‐
(A) 80 c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168 nômio.
(B) 96 04. d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536 2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
(C) 240 I) O número de cartões feitos por Cláudia foi e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464 3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extre‐
(D) 640 Binômio de Newton mos , no desenvolvimento De (a + b)n são iguais .
(E) 1.280 4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre II) O número de cartões esperados por João era
forma (a + b)n , sendo n um número natural .
assistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n
uma eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros, , sendo p um número natural, é dado por
Exemplo:
por serem os mais experientes, nunca são escalados para
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do
trabalharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680 ⎛ n⎞
binômio] ). T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
participa um dos dois enfermeiros mais experientes,
quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA ⎝ p⎠
forem listadas em ordem alfabética, então teremos: Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton
formados? onde
(A) 06 P4 = 24 que começam por A :
(B) 10 P4 = 24 que começam por O ⎛ n⎞ n!
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3 ⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)!
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
começa por R. Ela é RAOPV. d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou
para concorrer a uma gincana. O número de maneiras 06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de Nota:
seja, o número de combinações simples de n elementos
diferentes de formar duas equipes é corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão
Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que de taxa p.
(A) 10 de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
elas possuem uma lei de formação bem definida, senão ve‐ Este número é também conhecido como Número
(B) 15 podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o
jamos: Combinatório.
(C) 20 número de possíveis comissões é
(D) 25 Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos Probabilidade
(E) 30
são iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento
10. Considere os números de quatro algarismos do
sistema decimal de numeração. Calcule: obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil memori‐ Em uma tentativa com um número limitado de
a) quantos são no total; zação: resultados, todos com chances iguais, devemos considerar:
b) quantos não possuem o algarismo 2; Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos
c) em quantos deles o algarismo 2 aparece ao menos 07. C5,3 . C4,2 . C4,3 = 10 . 6 . 4 = 240 dividimos o resultado pela ordem do termo. O resultado resultados possíveis.
uma vez; será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos
d) quantos têm os algarismos distintos; 08. para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) aci‐ resultados possíveis; será representado por S e o número
e) quantos têm pelo menos dois algarismos iguais. I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes ma teríamos: de elementos do espaço amostra por n(S).
e outros 3. 5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo an‐ Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do
Resoluções II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o terior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o espaço amostral; será representado por A e o número de
enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes coeficiente do terceiro termo procurado. elementos do evento por n(A).
01. e 2 entre os 3 restantes. Observe que os expoentes da variável a decrescem de
III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,
os 2 mais experientes é terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a de‐ portanto são eventos.
02. O número total de jogos a serem realizados é A14,2 cresceu de 4 para 3 e o de b cresceu de 1 para 2). Ø = evento impossível.
= 14 . 13 = 182. Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do S = evento certo.
binômio de Newton (a + b)7 será:
03. IV) O número de possibilidades para se escolher 2 (a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 Conceito de Probabilidade
entre 3 restantes é a2b5 + 7 ab6 + b7
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º ter‐ As probabilidades têm a função de mostrar a chance
Algarismos mo (21 a2b5) ? de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multipli‐ um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de
camos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre
V) Assim, o número total de grupos que podem ser resultado pela ordem do termo que é 5. o número de elementos A e o número de elemento S.
Letras formados é 2 . 3 = 6 Representando:

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Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados


de 1 a 6, e observar o lado virado para cima, temos:
- um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3, - As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer
4, 5, 6}. Logo: P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B) entre as n vezes possíveis. O número de maneiras de
- um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2, escolher k vezes o evento A é, portanto Cn,k.
4, 6} C S. Eventos Mutuamente Exclusivos Eventos Independentes - Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que
- o número de elementos do evento número par é Considere dois eventos A e B de um espaço amostral possuem a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a
n(A1) = 3. A S, finito e não vazio. Estes serão independentes somente probabilidade desejada é: Cn,k . pk . (1 – p)n-k
quando:
- a probabilidade do evento número par é 1/2, pois QUESTÕES
P(A/N) = P(A) P(B/A) = P(B)
B 01. A probabilidade de uma bola branca aparecer
S Intersecção de Eventos ao se retirar uma única bola de uma urna que contém,
Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não Considerando A e B como dois eventos de um espaço exatamente, 4 bolas brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é:
Vazio Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão amostral S, finito e não vazio, logo:
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B = (A) (B) (C) (D) (E)
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1. 0, portanto: P(A B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2,
Simbolicamente: P(Ø) = 0 e P(S) = 1. A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre mutuamente
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ exclusivos, nesse caso temos, analogicamente: 02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o
P(A) ≤ 1. Ensino Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + comemorativa. Várias delas haviam se casado e tido filhos.
= 1 - P(A). P(An) A distribuição das mulheres, de acordo com a quantidade
de filhos, é mostrada no gráfico abaixo. Um prêmio
Demonstração das Propriedades Eventos Exaustivos Assim sendo: foi sorteado entre todos os filhos dessas ex-alunas. A
Considerando S como um espaço finito e não vazio, probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a)
temos: Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A) filho(a) único(a) é
em dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
exaustivos se A1 A2 A3 … An = S
Considerando A e B como eventos independentes, logo
P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A)
. P(B). Para saber se os eventos A e B são independentes,
podemos utilizar a definição ou calcular a probabilidade de
A ∩ B. Veja a representação:

A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou


A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B) (A) (B) (C) (D) (E)
Então, logo: Lei Binominal de Probabilidade 03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52
Considere uma experiência sendo realizada diversas cartas, qual a probabilidade de se obter um rei ou uma
vezes, dentro das mesmas condições, de maneira que dama?
os resultados de cada experiência sejam independentes.
Portanto: P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1 Sendo que, em cada tentativa ocorre, obrigatoriamente, 04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces,
um evento A cuja probabilidade é p ou o complemento A numeradas de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das
cuja probabilidade é 1 – p. duas faces voltadas para cima. Calcular a probabilidade
Probabilidade Condicionada Problema: Realizando-se a experiência descrita de serem obtidos dois números ímpares ou dois números
União de Eventos exatamente n vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o iguais?
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, evento A só k vezes?
Considere A e B como dois eventos de um espaço finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é 05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500.
amostral S, finito e não vazio, temos: dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que Resolução: Uma bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade
já ocorreu A. É representada por P(B/A). - Se num total de n experiências, ocorrer somente de que seja escolhida uma bola com um número de três
A k vezes o evento A, nesse caso será necessário ocorrer algarismos ou múltiplo de 10 é
exatamente n – k vezes o evento A. (A) 10%
Veja: - Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do (B) 12%
B
evento A é 1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k (C) 64%
S vezes o evento A e n – k vezes o evento A, ordenadamente, (D) 82%
é: (E) 86%

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) = 07.
bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer
probabilidade de ela ser amarela ou branca? os seguintes eventos: 7. GEOMETRIA E MEDIDAS: GEOMETRIA
(A) “A” acerta e “B” erra; ou PLANA: FIGURAS GEOMÉTRICAS,
07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com (B) “A” erra e “B” acerta. CONGRUÊNCIA, SEMELHANÇA, PERÍMETRO
probabilidade 40% e 30%, respectivamente, de acertar. 04. No lançamento de dois dados de 6 faces, numeradas Assim, temos: E ÁREA. GEOMETRIA ESPACIAL:
Nestas condições, a probabilidade de apenas uma delas de 1 a 6, são 36 casos possíveis. Considerando os eventos P (A B) = P (A) + P (B) PARALELISMO, PERPENDICULARISMO
acertar o alvo é: A (dois números ímpares) e B (dois números iguais), a P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30% ENTRE RETAS E PLANOS, ÁREAS E VOLUMES
(A) 42% probabilidade pedida é: P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30 DOS SÓLIDOS GEOMÉTRICOS: PRISMA,
(B) 45% P (A B) = 0,28 + 0,18 PIRÂMIDE, CILINDRO, CONE E ESFERA.
(C) 46% P (A B) = 0,46 GEOMETRIA ANALÍTICA NO PLANO: RETAS,
(D) 48% P (A B) = 46%
CIRCUNFERÊNCIA E DISTÂNCIAS.
(E) 50%
05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω) 08.
08. Num espaço amostral, dois eventos independentes = 500 Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) .
A e B são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos: GEOMETRIA PLANA
concluir que o valor de P(B) é: A: o número sorteado é formado por 3 algarismos; P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B) A Geometria é a parte da matemática que estuda as
(A) 0,5 A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) = 0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B) figuras e suas propriedades. A geometria estuda figuras
(B) 5/7 401/500 0,7 . (PB) = 0,5 abstratas, de uma perfeição não existente na realidade.
(C) 0,6 P(B) = 5/7. Apesar disso, podemos ter uma boa ideia das figuras
(D) 7/15 B: o número sorteado é múltiplo de 10; geométricas, observando objetos reais, como o aro da
(E) 0,7 B = {10, 20, ..., 500}. 09. Representando por a cesta de basquete que sugere uma circunferência, as portas
probabilidade pedida, temos: e janelas que sugerem retângulos e o dado que sugere um
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo cubo.
pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de geral da P.A., em que =
cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só a1 = 10 Reta, semirreta e segmento de reta
a primeira e a terceira serem brancas é: an = 500 =
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
(A) (B) (C) (D) (E) n = 50

Dessa forma, p(B) = 50/500.


10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores:
laranja, abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são A Ω B: o número tem 3 algarismos e é múltiplo de 10; 10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três
utilizadas 3 laranjas e a probabilidade de um cliente pedir A Ω B = {100, 110, ..., 500}. tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram
esse suco é de 1/3. Se na lanchonete, há 25 laranjas, então De an = a1 + (n – 1) . r, temos: 500 = 100 + (n – 1) . 10 servidos com apenas um desses sucos, então: Definições.
a probabilidade de que, para o décimo cliente, não haja → n = 41 e p(A B) = 41/500 I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é a) Segmentos congruentes.
mais laranjas suficientes para fazer o suco dessa fruta é: possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros Dois segmentos são congruentes se têm a mesma
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas. medida.
(A) 1 (B) (C) (D) (E) Por fim, p(A.B) = II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo
cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito b) Ponto médio de um segmento.
06. tenham pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido Um ponto P é ponto médio do segmento AB se
Respostas Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas outro suco. pertence ao segmento e divide AB em dois segmentos
e V1, V2, V3 as vermelhas. A probabilidade de isso ocorrer é: congruentes.
01. Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4 c) Mediatriz de um segmento.
02. B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2 É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto
A partir da distribuição apresentada no gráfico: médio
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho. Ângulo
06 mulheres com 2 filhos.
02 mulheres com 3 filhos.

Comoas 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a Como A B = , A e B são eventos mutuamente


probabilidade de que a criança premiada tenha sido um(a) exclusivos;
filho(a) único(a) é igual a P = 7/25. Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =

119 120
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Definições. Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha Trapézio


a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura
de mesma origem. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é a bases.
b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos medida da superfície de uma figuras podemos dizer que
congruentes se têm a mesma medida. 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.

c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no


vértice do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos
congruentes.

Perímetro: entendendo o que é perímetro. Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades
de área.
Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados),
comprimento. cm² (centímetros quadrados), e outros.
Quantos metros lineares serão necessários para Se tivermos uma figura do tipo: O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o Em todo trapézio, o segmento que une os pontos
colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m outro, só que representado de forma diferente. O cálculo médios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e
de largura e que nela não se coloca rodapé? da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma: vale a média aritmética dessas bases.
A = 6 . 4 A = 24 cm²
Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma A=b


A conta que faríamos seria somar todos os lados da unidade, então a área aproximada dessa figura será de 4 .h A área do trapézio está relacionada com a área do
sala, menos 1m da largura da porta, ou seja: unidades. triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1 No estudo da matemática calculamos áreas de figuras Quadrado A = b . h (b = base e h = altura).
P = 26 – 1 planas e para cada figura há uma fórmula pra calcular a É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos 2
P = 25 sua área. os ângulos internos a congruentes (90º). Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos
mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua
Retângulo área):

É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos


congruentes e iguais a 90º.

Sua área também é calculada com o produto da base


pela altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

Colocaríamos 25m de rodapé.


A soma de todos os lados da planta baixa se chama No cálculo da área de qualquer retângulo podemos Um trapézio é formado por uma base maior (B), por
Perímetro. seguir o raciocínio: uma base menor (b) e por uma altura (h).
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso
plana. dividi-lo em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
Área
Área é a medida de uma superfície. Como todos os lados são iguais, podemos dizer que
A área do campo de futebol é a medida de sua base é igual a e a altura igual a , então, substituindo na
superfície (gramado). fórmula A = b . h, temos:
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente A= .
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma A= ²
unidade de área:

121 122
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Segundo: o dividimos em dois triângulos: Losango Propriedades dos triângulos Área do triangulo

É o quadrilátero que tem os lados congruentes. 1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3
ângulos internos é 180º.

A área desse trapézio pode ser calculada somando as


áreas dos dois triângulos (∆CFD e ∆CEF). Segmentos proporcionais
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo Em todo losango as diagonais são:
separadamente observamos que eles possuem bases Teorema de Tales.
diferentes e alturas iguais. a) perpendiculares entre si; 2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo
é igual à soma das medidas dos 2 ângulos internos não Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma
Cálculo da área do ∆CEF: b) bissetrizes dos ângulos internos. adjacentes. reta transversal, a razão entre dois segmento quaisquer
de uma transversal é igual à razão entre os segmentos
A∆1 = B . h A área do losango é definida pela seguinte fórmula: correspondentes da outra transversal.
d .D Onde D é a diagonal maior e d é a menor.
2 S=
2
Cálculo da área do ∆CFD:
Triângulo
A∆2 = b . h
2 Figura geométrica plana com três lados.

Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálculo


da área de um trapézio qualquer:
3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3
AT = A∆1 + A∆2 ângulos externos é 360º.
Semelhança de triângulos
AT = B . h + b . h
2 2 Definição.
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos
dois a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi- dois proporcionais.
2
dência, pois é um termo comum aos dois fatores. Definição mais “popular”.
Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer Dois triângulos são semelhantes se um deles é a
polígono convexo é o ângulo formado entre um lado e o redução ou a ampliação do outro.
prolongamento do outro lado. Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
AT = h (B + b) 4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base proporcionalidade se mantém constante para quaisquer
2 Classificação dos triângulos. são congruentes. Observação - A base de um triângulo dois segmentos correspondentes, tais como: lados,
isósceles é o seu lado diferente. medianas, alturas, raios das circunferências inscritas, raios
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer a) quanto aos lados: das circunferências circunscritas, perímetros, etc.
utilizamos a seguinte fórmula: - triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
A = h (B + b) - triângulo escaleno.
2
b) quanto aos ângulos:
h = altura - triângulo retângulo.
B = base maior do trapézio - triângulo obtusângulo.
b = base menor do trapézio - triângulo acutângulo.

Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do


lado oposto.

123 124
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Exercícios 8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à Ângulos


5. 4 6 36
reta valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre = ⇒ PR = =6
1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que PR 9 6 Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir‐ distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD, - gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o para que CÊA=DÊB x 9 colineares.
6.
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação a)3 = ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
entre as áreas dos paralelogramos? b)4 16 x
c)5 =a ) x 12(
= altura ); 2 x 24(comprimento)
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. d)6
Qual é a área deste triângulo equilátero? e)7 b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15

3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas me‐


7.
didas da altura e da base são respectivamente 10 cm e 2 dm?
9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente
4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. 400 peças iguais de cerâmica na forma de um quadrado.
Qual é a medida da sua superfície? Sabendo-se que a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
5. Considerando as informações constantes no triangulo b) o perímetro de cada peça, em metros.
PQR, pode-se concluir que a altura PR desse triângulo mede:
10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se
AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângu‐ Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do
los ABC e CDE é: que 90º.

a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3
8.

a)5 b)6 c)7 d)8


6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao
dobro de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que Respostas
formam, entre si, um ângulo reto (90°). Observe a figura:
1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1
Ângulo Central:
2. Segundo o enunciado temos:
l=5mm - Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro
da circunferência;
Substituindo na fórmula: - Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do
9.
l² 3 5² 3 polígono regular e cujos lados passam por vértices conse‐
=
S ⇒=S = 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8 cutivos do polígono.
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine: h=10
a) as dimensões do cartão; b=20
b) o comprimento do vinco AC
Substituindo na fórmula:
7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e
AB=6. A medida de AE é: = .h 20.10
S b= = 100cm
= ² 2dm²
10.
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4
4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:
d1=10
d2=15

Utilizando na fórmula temos:


d1.d 2 10.15
S= ⇒ = 75cm ²
2 2

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Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per‐ Ângulo Reto: Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos re‐ Exercícios
0
tence à circunferência e os lados são tangentes à ela. plementares se a soma das suas medidas é 360 .
- É o ângulo cuja medida é 90º; 1. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a me‐
- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi‐ dida do ângulo â, nos seguintes casos:
culares.
a)

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su‐
uma circunferência e seus lados são secantes a ela. plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos b)
é 180º.

Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple‐


0
mentares se a soma das suas medidas é 90 .

c)

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º. Poligonal: Linha quebrada, formada por vários seg‐
mentos formando ângulos.
Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a
mesma medida.

2. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?

Ângulo Raso: Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferên‐


cia em 400 partes iguais, a cada arco unitário que corres‐
- É o ângulo cuja medida é 180º; Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são ponde a 1/400 da circunferência denominamos de grado.
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro. Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência
em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a
1/360 da circunferência denominamos de grau.

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3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados: 5. Dois ângulos são complementares tais que o triplo Respostas 4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triân‐
de um deles é igual ao dobro do outro. Determine o suple‐ gulo é 180°.
a) mento do menor. 1) Resposta
a) 55˚ Então, 6x + 4x + 2x = 180°
6. A metade de um ângulo menos a quinta parte de seu b) 74˚ 12x = 180°
complemento mede 38 graus. Qual é esse angulo? c) 33˚ x = 180°/12
x = 15°
7. Cinco semi-retas partem de um mesmo ponto V, for‐ Os ângulos são: 30° 60° e 90°.
mando cinco ângulos que cobrem todo o plano e são pro‐ 2) Resposta “130”.
porcionais aos números 2, 3, 4, 5 e 6. Calcule o maior dos Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, for‐ a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portan‐
ângulos. mando uma linha paralela às retas “a” e “b”. to a soma deles vale 360º.

8. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo Fica então decomposto nos ângulos ê e ô. 5) Resposta “144˚”.
y, mais a metade do ângulo z. Calcule y. Solução:
b) - dois ângulos são complementares, então a + b = 90º
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a
= 2b

É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a =


2b/3, substituímos na primeira equação:

2b/3 + b = 90
5b/3 = 90
c) Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual b = 3/5 * 90
ao complemento de 130° na reta b. b = 54 → a = 90 – 54 = 36º

Logo, î = 80° + 50° = 130°. Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180-


36 = 144º.
3) Solução:
9. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e a) 160° - 3x = x + 100°         6) Resposta “80˚”.
n. 160° - 100° = x + 3x     Solução: (a metade de um ângulo) menos seu a [quinta
60° = 4x      parte] de seu [complemento] mede 38º.
x = 60°/4    
x = 15°   [a/2] – [1/5] [(90-a)] = 38
a/2 – 90/5 + a/5 = 38
d) Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115° a/2 + a/5 = 38 + 90/5
7a/10 = 38 + 18
b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180° a = 10/7 * 56
6x + 2x = 180° -15° - 5° a = 80º
8x = 160°
x = 160°/8 7) Resposta “180˚”.
x = 20° Solução: Seja x a constante de proporcionalidade, te‐
10. Determine o valor de a na figura seguinte: mos para os ângulos: a, b, c, d, e…, a seguinte proporção
Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45°
com os números 2, 3, 4, 5 e 6:
c) Sabemos que a figura tem 90°.
a/2 = x → a = 2x
Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90° b/3 = x → b = 3x
4. Usando uma equação, determine a medida de cada 4x + 50° = 90° c/4 = x → c = 4x
ângulo do triângulo: 4x = 40° d/5 = x → d = 5x
x = 40°/4 e/6 = x → e = 6x
x = 10°
Assim as semi-retas: a + b + c + d + e = 2x + 3x + 4x
d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam + 5x + 6x = 360º
180°, pois são exatamente a metade de um círculo.
Então, 138° + x = 180° Agora a soma das retas: 20x
x = 180° - 138°
x = 42° Então: 20x = 360º → x = 360°/20
x = 18°
Quanto mede a soma dos ângulos de um quadrado? Logo, o ângulo x mede 42°. Agora sabemos que o maior é 6x, então 6 . 18° = 108°.

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8) Resposta “135˚”. Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes Classificação dos triângulos quanto ao número de lados Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto
Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do sobre os mesmos. (90 graus).
ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y. Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas
iguais. m(AB) = m(BC) = m(CA)
Então vale lembrar que:

x + y = 180 então y = 180 – x.

E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z


1. Vértices: A,B,C.
E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta 2. Lados: AB,BC e AC.
parte do ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y. 3. Ângulos internos: a, b e c. Medidas dos Ângulos de um Triângulo
Triângulo Isóscele: Pelo menos dois lados têm medi‐
x = y/6 + z/2 Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um das iguais. m(AB) = m(AC). Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po‐
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice for‐ deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
=z mando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo. ângulos internos desse triângulo. Em alguns locais escre‐
Então: vemos as letras maiúsculas A, B e C para representar os
ângulos.
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
6x – 2x = 180°
4x = 180° Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas
x=180°/4 diferentes.
x=45º

Agora achar y, sabendo que y = 180° - x Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é
y=180º - 45°
médio do lado oposto. BM é uma mediana. sempre igual a 180 graus, isto é: a + b + c = 180º
y=135°.
Exemplo
9) Resposta “11º; 159º”.
Solução:
Classificação dos triângulos quanto às medidas dos Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever
3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vérti‐
ângulos que: 70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º
ce logo são iguais.
- 70º - 60º = 50º.
3m - 12º = m + 10º Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
3m - m = 10º + 12º agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
2m = 22º Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas que 90º.
m = 22º/2 partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste
m = 11º caso Ê = Ô.
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma
entre eles é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC.
(11º + 10º) + n = 180º Como observamos no desenho, em anexo, as letras minús‐
21º + n = 180º culas representam os ângulos internos e as respectivas le‐
n = 180º - 21º tras maiúsculas os ângulos externos.
n = 159º

Resposta: m = 11º e n = 159º. Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo. Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso,
Todo triângulo possui três ângulos internos. isto é, possui um ângulo com medida maior do que 90º.
10) Resposta “45˚”.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos
iguais.

Triângulos
Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma
Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí‐ externo. Assim: A = b+c, B = a+c, C = a+b
gono mais importante que existe. Todo triângulo possui al‐
guns elementos e os principais são: vértices, lados, ângulos, Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân‐
alturas, medianas e bissetrizes. gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).

131 132
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Exemplo LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân‐ os três ângulos são respectivamente congruentes, isto Exemplo
gulo é: A~R, B~S, C~T Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode
No triângulo desenhado: x=50º+80º=130º. Dois triângulos são congruentes quando têm dois la‐ ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos se‐
dos congruentes e os ângulos formados por eles também Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais melhantes e o valor de x será igual a 8.
são congruentes. triângulos possuem lados proporcionais e ângulos con‐
gruentes. Se um lado do primeiro triângulo é proporcio‐
nal a um lado do outro triângulo, então estes dois lados
são ditos homólogos. Nos triângulos acima, todos os lados
proporcionais são homólogos.
Realmente:

AB~RS pois m(AB)/m(RS) = 2


Congruência de Triângulos BC~ST pois m(BC)/m(ST) = 2 Realmente, x pode ser determinado a partir da seme‐
AC~RT pois m(AC)/m(RT) = 2 lhança de triângulos.
A idéia de congruência: Duas figuras planas são con‐ ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e
gruentes quando têm a mesma forma e as mesmas dimen‐ um lado Como as razões acima são todas iguais a 2, este valor Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os
sões, isto é, o mesmo tamanho. Dois triângulos são congruentes quando têm um lado comum é chamado razão de semelhança entre os triângu‐ três lados correspondentes proporcionais, então os triân‐
Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são con‐ e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente, los. Podemos concluir que o triângulo ABC é semelhante gulos são semelhantes.
gruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF congruentes. ao triângulo RST.
Dois triângulos são semelhantes se, têm os 3 ângulos
Para os triângulos das figuras abaixo, existe a con‐ e os 3 lados correspondentes proporcionais, mas existem
gruência entre os lados, tal que: alguns casos interessantes a analisar.
AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e entre os ângulos: A ~ R , B
~S,C~T Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem


dois ângulos correspondentes congruentes, então os triân‐
gulos são semelhantes. Exercícios
LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um 1. Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n:
lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado.
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado,
um ângulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a
Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST, es‐ esse lado respectivamente congruente.
crevemos: ABC ~ RST

Dois triângulos são congruentes, se os seus elementos


correspondentes são ordenadamente congruentes, isto é,
os três lados e os três ângulos de cada triângulo têm res‐
pectivamente as mesmas medidas. Se A~D e C~F então: ABC~DEF 2. Determine os valores literais indicados na figura:
Para verificar se um triângulo é congruente a outro,
não é necessário saber a medida de todos os seis elemen‐ Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois
tos, basta conhecerem três elementos, entre os quais esteja Semelhança de Triângulos lados correspondentes proporcionais e os ângulos forma‐
presente pelo menos um lado. Para facilitar o estudo, indi‐ A idéia de semelhança: Duas figuras são semelhantes dos por esses lados também são congruentes, então os
caremos os lados correspondentes congruentes marcados quando têm a mesma forma, mas não necessariamente o triângulos são semelhantes.
com símbolos gráficos iguais. mesmo tamanho.
Se duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: R~S.
Casos de Congruência de Triângulos
LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos. Exemplo
Dois triângulos são congruentes quando têm, respec‐ As ampliações e as reduções fotográficas são figuras
tivamente, os três lados congruentes. Observe que os ele‐ semelhantes. Para os triângulos:
mentos congruentes têm a mesma marca. 3. Determine os valores literais indicados na figura:

Como m(AB) / m(EF) = m(BC) / m(FG) = 2


Então ABC ~ EFG

133 134
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

4. Determine os valores literais indicados na figura: 8. Determine a diagonal de um quadrado de lado l. 3) Solução: 6) Solução:
52 = 32 + x2 2
25 = 9 + x2 ⎛ 1⎞
l 2 = h2 ⎜ ⎟
x2 = 16 ⎝ 2⎠
x = √16 = 4
12
l 2 = h2 +
3 = 5m
2
4
9 12
m= h =l −
2 2

4
5
5. Determine os valores literais indicados na figura: 4l 2
− l2
9. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da 4 2 = 5n h2 =
figura, sabendo que o segmento BC é igual a 10 m e cos
4
α = 3/5
16 3l 2
n= h =
2
5 4
9 16 3l 2 l 3
h = x
2
h= =
5 5 4 2
144
h =
2

25 7) Solução: O triângulo ABC é equilátero.


144
h= x=
l 3
6. Determine a altura de um triângulo equilátero de 25 2
lado l. 10. Calcule a altura de um triângulo equilátero que
8 3
tem 10 cm de lado. 12 x= =4 3
h= 2
5
8) Solução:
4) Solução: d2 = l2 + 12
d2 = 2l2
AC = 10 → e ← AB = 24 d = √2l2
d = 1√2
(O é o centro da circunferência)
9) Solução:
Solução:
x
cos α =
Respostas (BC) = 10 + 24
2 2 2 10
3 x
=
1) Solução: (BC)2 = 100 + 576 5 10
7. Determine x nas figuras. a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8 5x = 30
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 (BC)2 = 676
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 30
x= =6
BC = 676 = 26 5
2) Solução:
26 10 2 = 6 2 + y 2
13² = 12² + x²
169 = 144 + x²
x= = 13 100 = 36 + y2
x² = 25 2
x=5 y 2 = 100 − 36
5) Solução:
5.12 = 13.y d2 = 52 + 42 y 2 = 64 ⇒ y = 64 = 8
y = 60/13 d2 = 25 + 16
d2 = 41 P = 10 + 6 + 8 = 24m
d = √41

135 136
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10) Solução: Classificação dos Quadriláteros GEOMETRIA ESPACIAL Considere uma região plana limitada por uma curva
suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse pla‐
Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opos‐ Sólidos Geométricos no. Chamamos de cone ao sólido formado pela reunião de
tos paralelos. Num paralelogramo, os ângulos opostos são Para explicar o cálculo do volume de figuras geométri‐ todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em
congruentes. Os paralelogramos mais importantes rece‐ cas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura: P e a outra num ponto qualquer da região.
bem nomes especiais:
- Losango: 4 lados congruentes Elementos do cone
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus) - Base: A base do cone é a região plana contida no
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos. interior da curva, inclusive a própria curva.
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que pos‐
sui centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo
vértice P e pelo centro da base.
10 2 = 5 2 + h 2 - Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extre‐
a) A figura representa a planificação de um prisma reto; midade no vértice do cone e a outra na curva que envolve
h 2 = 100 − 25 b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da a base.
h = 75
2
área da base pela altura do sólido, isto é - Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados - Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a
h = 75 = 5 2.3 = 5 3cm opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapé‐ V = Ab x a reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extre‐
zio (parecido com aquele de um circo). midade em P e a outra na curva que envolve a base.
Quadrilátero c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas; - Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião
d) O volume do cilindro também se pode calcular da da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
Quadriláteros e a sua classificação mesma forma que o volume de um prisma reto. - Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é
Os formulários seguintes, das figuras geométricas são uma região triangular obtida pela interseção do cone com
Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os para calcular da mesma forma que as acima apresentadas: um plano que contem o eixo do mesmo.
principais quadriláteros são: quadrado, retângulo, losango,
trapézio e trapezóide. Figuras Geométricas: Classificação do cone

- AB é paralelo a CD
- BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os triân‐


gulos que têm características semelhantes. Um trapézio Quando observamos a posição relativa do eixo em re‐
pode ser: lação à base, os cones podem ser classificados como retos
No quadrilátero acima, observamos alguns elementos ou oblíquos. Um cone é dito reto quando o eixo é perpen‐
geométricos: - Retângulo: dois ângulos retos dicular ao plano da base e é oblíquo quando não é um
- Os vértices são os pontos: A, B, C e D. - Isósceles: lados não paralelos congruentes cone reto. Ao lado apresentamos um cone oblíquo.
- Os ângulos internos são A, B, C e D. - Escaleno: lados não paralelos diferentes
- Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA. Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais
importantes são os cones retos. Em função das bases, os
Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadri‐ cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é
látero qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico se a
soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo é base é uma região elíptica.
180 graus, concluímos que a soma dos ângulos internos de
um quadrilátero é igual a 360 graus.

O conceito de cone

Observações sobre um cone circular reto


1. Um cone circular reto é chamado cone de revolução
por ser obtido pela rotação (revolução) de um triângulo
retângulo em torno de um de seus catetos

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2. A seção meridiana do cone circular reto é a interse‐ O conceito de esfera Uma notação para a esfera com raio unitário centrada Da forma como está definida, a esfera centrada na ori‐
ção do cone com um plano que contem o eixo do cone. No A esfera no espaço R³ é uma superfície muito impor‐ na origem de R³ é: gem pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo
caso acima, a seção meridiana é a região triangular limitada tante em função de suas aplicações a problemas da vida. S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 } que o centro da mesma venha a coincidir com a origem do
pelo triângulo isósceles VAB. Do ponto de vista matemático, a esfera no espaço R³ é con‐ Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4 sistema cartesiano R³, logo podemos fazer passar os eixos
fundida com o sólido geométrico (disco esférico) envolvido é dada por: OX, OY e OZ, pelo ponto (0,0,0).
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são pela mesma, razão pela quais muitas pessoas calculam o S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz en‐ volume da esfera. Na maioria dos livros elementares sobre
tão, pelo Teorema de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2 Geometria, a esfera é tratada como se fosse um sólido, he‐ Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera?
rança da Geometria Euclidiana. Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada
4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos como a película fina que envolve um sólido esférico. Em
obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da falar palavras que sejam entendidas pela coletividade. De uma melancia esférica, a esfera poderia ser considerada a
base do cone):ALat = Pi R g um ponto de vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é película verde (casca) que envolve a fruta.
um objeto matemático parametrizado por duas dimensões, É comum encontrarmos na literatura básica a definição
5. A Área total de um cone circular reto pode ser ob‐ o que significa que podemos obter medidas de área e de de esfera como sendo o sólido esférico, no entanto não
tida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base comprimento, mas o volume tem medida nula. Há outras se devem confundir estes conceitos. Se houver interesse
do cone): esferas, cada uma definida no seu respectivo espaço n-di‐ em aprofundar os estudos desses detalhes, deve-se tomar
ATotal = Pi R g + Pi R2 mensional. Um caso interessante é a esfera na reta unidi‐ algum bom livro de Geometria Diferencial que é a área da Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0,
mensional: Matemática que trata do detalhamento de tais situações. obteremos duas superfícies semelhantes: o hemisfério
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1} Norte (“boca para baixo”) que é o conjunto de todos os
Por exemplo, a esfera pontos da esfera onde a cota z é não negativa e o hemis‐
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 } fério Sul (“boca para cima”) que é o conjunto de todos os
é conhecida por nós como uma circunferência de raio pontos da esfera onde a cota z não é positiva.
unitário centrada na origem do plano cartesiano. Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano
vertical que passa em (0,0,0), por exemplo, o plano x=0, te‐
Aplicação: volumes de líquidos remos uma circunferência maximal C da esfera que é uma
circunferência contida na esfera cuja medida do raio coin‐
Cones Equiláteros Um problema fundamental para empresas que arma‐ cide com a medida do raio da esfera, construída no plano
zenam líquidos em tanques esféricos, cilíndricos ou esfé‐ YZ e a equação desta circunferência será:
ricos e cilíndricos é a necessidade de realizar cálculos de x=0, y² + z² = R2
volumes de regiões esféricas a partir do conhecimento da sendo que esta circunferência intersecta o eixo OZ nos
altura do líquido colocado na mesma. Por exemplo, quan‐ pontos de coordenadas (0,0,R) e (0,0,-R). Existem infinitas
do um tanque é esférico, ele possui um orifício na parte O disco esférico é o conjunto de todos os pontos do circunferências maximais em uma esfera.
superior (pólo Norte) por onde é introduzida verticalmente espaço que estão localizados na casca e dentro da esfera. Se rodarmos esta circunferência maximal C em torno
uma vara com indicadores de medidas. Ao retirar a vara, Do ponto de vista prático, o disco esférico pode ser pen‐ do eixo OZ, obteremos a esfera através da rotação e por
observa-se o nível de líquido que fica impregnado na vara sado como a reunião da película fina que envolve o sólido este motivo, a esfera é uma superfície de revolução.
Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua e esta medida corresponde à altura de líquido contido na esférico com a região sólida dentro da esfera. Em uma me‐ Se tomarmos um arco contido na circunferência ma‐
seção meridiana é uma região triangular equilátera e neste região esférica. Este não é um problema trivial, como ob‐ lancia esférica, o disco esférico pode ser visto como toda ximal cujas extremidades são os pontos (0,0,R) e (0,p,q) tal
caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro servaremos pelos cálculos realizados na sequência. a fruta. que p²+q²=R² e rodarmos este arco em torno do eixo OZ,
da base. obteremos uma superfície denominada calota esférica.
A área da base do cone é dada por: Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o cen‐
ABase=Pi R2 tro da esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera é dada
por:
Pelo Teorema de Pitágoras temos: x² + y² + z² = R²
(2R)2 = h2 + R2
h2 = 4R2 - R2 = 3R2 e a relação matemática que define o disco esférico é o
conjunto que contém a casca reunido com o interior, isto é:
Assim: x² + y² + z² < R²
h=R Na prática, as pessoas usam o termo calota esférica
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o cen‐ para representar tanto a superfície como o sólido geomé‐
da área da base pela altura, então: tro da esfera pelo ponto (xo,yo,zo), a equação da esfera é trico envolvido pela calota esférica. Para evitar confusões,
dada por: usarei “calota esférica” com aspas para o sólido e sem as‐
V = (1/3) Pi R3 A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos e (x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² = R² pas para a superfície.
Como a área lateral pode ser obtida por: algumas fórmulas para cálculos de áreas na esfera e volu‐ A partir da rotação, construiremos duas calotas em
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2 mes em um sólido esférico. e a relação matemática que define o disco esférico é o uma esfera, de modo que as extremidades dos arcos se‐
então a área total será dada por: conjunto que contém a casca reunido com o interior, isto é, jam (0,0,R) e (0,p,q) com p²+q²=R² no primeiro caso (calota
ATotal = 3 Pi R2 A superfície esférica o conjunto de todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que: Norte) e no segundo caso (calota Sul) as extremidades dos
A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos (x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R² arcos (0,0,-R) e (0,r,-s) com r²+s²=R² e retirarmos estas duas
do espaço que estão localizados a uma mesma distância calotas da esfera, teremos uma superfície de revolução de‐
denominada raio de um ponto fixo chamado centro. nominada zona esférica.

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Volume de uma calota no hemisfério Sul Com a mudança de variável u=R²-m² e du=(-2m)dm Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais
Consideremos a esfera centrada no ponto (0,0,R) com poderemos reescrever: formados por planos adjacentes têm medidas menores do
raio R. R2 que 180 graus. Outra definição: Dados quaisquer dois pon‐
Vc(h) = π {(h − R)R 2 + ∫ u du} tos de um poliedro convexo, o segmento que tem esses
u=0 pontos como extremidades, deverá estar inteiramente con‐
Após alguns cálculos obtemos: tido no poliedro.
VC(h) = Pi (h-R) [R² -(h-R)²] - (2/3)Pi[(R-h)³ - R³]
e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da Poliedros Regulares
calota esférica no hemisfério Sul com a altura h no intervalo
[0,R], dada por: Um poliedro é regular se todas as suas faces são re‐
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3 giões poligonais regulares com n lados, o que significa que
De um ponto de vista prático, consideremos uma me‐ o mesmo número de arestas se encontram em cada vértice.
lancia esférica. Com uma faca, cortamos uma “calota esféri‐ Volume de uma calota no hemisfério Norte
ca” superior e uma “calota esférica” inferior. O que sobra da Se o nível do líquido mostra que a altura h já ultrapas‐ Tetraedro Hexaedro (cubo) Octaedro
melancia é uma região sólida envolvida pela zona esférica, A equação desta esfera será dada por: sou o raio R da região esférica, então a altura h está no
algumas vezes denominada zona esférica. x² + y² + (z-R)² = R² intervalo [R,2R]
Consideremos uma “calota esférica” com altura h1 e A altura da calota será indicada pela letra h e o plano
raio da base r1 e retiremos desta calota uma outra “calota que coincide com o nível do líquido (cota) será indicado
esférica” com altura h2 e raio da base r2, de tal modo que por z=h. A interseção entre a esfera e este plano é dado
os planos das bases de ambas sejam paralelos. A região só‐ pela circunferência
lida determinada pela calota maior menos a calota menor x² + y² = R² - (h-R)²
recebe o nome de segmento esférico com bases paralelas.
Obteremos o volume da calota esférica com a altura
Áreas e Volumes
h menor ou igual ao raio R da esfera, isto é, h pertence ao
intervalo [0,R] e neste caso poderemos explicitar o valor de
z em função de x e y para obter: Poliedro regular Área Volume
Lançaremos mão de uma propriedade de simetria da Tetraedro a2 R[3] (1/12) a³ R[2]
z = R − R − (x + y )
2 2 2
esfera que nos diz que o volume da calota superior assim Hexaedro 6 a2 a³
Para simplificar as operações algébricas, usaremos a como da calota inferior somente depende do raio R da es‐ Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
letra r para indicar: fera e da altura h e não da posição relativa ocupada. Dodecaedro 3a2 R{25+10·R[5]}
(1/4) a³
No que segue, usaremos esfera tanto para o sólido r² = R² - (h-R)² = h(2R-h) Aproveitaremos o resultado do cálculo utilizado para a (15+7·R[5])
como para a superfície, “calota esférica” para o sólido en‐ A região circular S de integração será descrita por calota do hemisfério Sul. Tomaremos a altura tal que: h=2R Icosaedro 5a2 R[3] (5/12) a³ (3+R[5])
volvido pela calota esférica, a letra maiúscula R para en‐ x²+y²<R² ou em coordenadas polares através de: -d, onde d é a altura da região que não contém o líquido.
tender o raio da esfera sobre a qual estamos realizando 0<m<R, 0<t<2Pi Como o volume desta calota vazia é dado por: Nesta tabela, a notação R[z] significa a raiz quadra-
os cálculos, V será o volume, A(lateral) será a área lateral e A integral dupla que representa o volume da calota em da de z>0.
A(total) será a área total. função da altura h é dada por: VC(d) = Pi d²(3R-d)/3
e como h=2R-d, então para h no intervalo [R,2R], po‐ Prisma
Vc(h) = ∫ ∫ s (h − z)dxdy
Algumas fórmulas (relações) para objetos esféricos deremos escrever o volume da calota vazia em função de h:
VC(h) = Pi (2R-h)²(R+h)/3 Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces
Objeto Relações e fórmulas ou seja planas, no qual as bases se situam em planos paralelos.
Para obter o volume ocupado pelo líquido, em função Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem
Volume = (4/3) Pi R³ Vc(h) = ∫ ∫ s (h − R + R − (x + y ))dxdy
2 2 2
Esfera da altura, basta tomar o volume total da região esférica e ser retos ou oblíquos.
A(total) = 4 Pi R²
retirar o volume da calota vazia, para obter:
R² = h (2R-h)
Escrita em Coordenadas Polares, esta integral fica na V(h) = 4Pi R³/3 - Pi (2R-h)²(R+h)/3
Calota esférica (altura h, A(lateral) = 2 Pi R h Prisma reto
forma: que pode ser simplificada para:
raio da base r) A(total) = Pi h (4R-h) 2x R V(h) = Pi h²(3R-h)/3
V=Pi.h²(3R-h)/3=Pi(3R²+h²)/6 Vc(h) = ∫ ∫ (h − R + R − m )mdmdt As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
2 2

R² = a² + [(r1² -r2²-h²)/2h)]² t=0 m=0 Independentemente do fato que a altura h esteja no As arestas laterais são perpendiculares ao plano da
Segmento esférico (altura A(lateral) = 2 Pi R h intervalo [0,R] ou [R,2R] ou de uma forma geral em [0,2R], o base.
h, raios das bases r1>r²) A(total) = Pi(2Rh+r1²+r2²) Após realizar a integral na variável t, podemos separá cálculo do volume ocupado pelo líquido é dado por: As faces laterais são retangulares.
Volume=Pi.h(3r1²+3r2²+h²)/6 -la em duas integrais: V(h) = Pi h²(3R-h)/3
R R
Estas fórmulas podem ser obtidas como aplicações do Vc(h) = 2π { ∫ (h − R)m dm + ∫ R 2 − m 2 mdm} Prisma oblíquo
Poliedro
Cálculo Diferencial e Integral, mas nós nos limitaremos a 0 0 Poliedro é um sólido limitado externamente por planos
apresentar um processo matemático para a obtenção da As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
ou seja: no espaço R³. As regiões planas que limitam este sólido são
fórmula do cálculo do volume da “calota esférica” em fun‐ As arestas laterais são oblíquas ao plano da base.
R as faces do poliedro. As interseções das faces são as ares‐
ção da altura da mesma. Vc(h) = π {(h − R)R 2 − ∫ R 2 − m 2 (−2m)dm} As faces laterais não são retangulares.
tas do poliedro. As interseções das arestas são os vértices
0 do poliedro. Cada face é uma região poligonal contendo
n lados.

143 144
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Bases: regiões poligonais Volume de um prisma - Altura A altura de um cilindro é a distância entre os
congruentes O volume de um prisma é dado por: dois planos paralelos que contêm as bases do “cilindro”. Respostas
Altura: distância entre - Superfície Lateral É o conjunto de todos os pontos
as bases Vprisma = Abase . h do espaço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslo‐ 1) Solução: No cilindro equilátero, a área lateral e a
Arestas laterais camento paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva área total é dada por:
paralelas: mesmas Área lateral de um prisma reto com base poligonal diretriz.
medidas regular - Superfície Total É o conjunto de todos os pontos Alat = 2 r. 2r = 4 r2
Faces laterais: A área lateral de um prisma reto que tem por base uma da superfície lateral reunido com os pontos das bases do Atot = Alat + 2 Abase
paralelogramos região poligonal regular de n lados é dada pela soma das cilindro. Atot = 4 r2 + 2 r2 = 6 r2
áreas das faces laterais. Como neste caso todas as áreas das - Área lateral É a medida da superfície lateral do ci‐ V = Abase h = r2. 2r = 2 r3
Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo
faces laterais são iguais, basta tomar a área lateral como: lindro.
- Área total É a medida da superfície total do cilindro.
Seções de um prisma - Seção meridiana de um cilindro É uma região poli‐
gonal obtida pela interseção de um plano vertical que pas‐
Seção transversal sa pelo centro do cilindro com o cilindro.
É a região poligonal obtida pela interseção do prisma Classificação dos cilindros circulares
com um plano paralelo às bases, sendo que esta região Cilindro circular oblíquo Apresenta as geratrizes oblí‐
poligonal é congruente a cada uma das bases. Cilindros quas em relação aos planos das bases. 2) Solução: Cálculo da Área lateral Alat = 2 r h = 2
Cilindro circular reto As geratrizes são perpendicula‐ 2.3 = 12 cm2
Seção reta (seção normal) res aos planos das bases. Este tipo de cilindro é também Cálculo da Área total Atot = Alat + 2 Abase Atot = 12 + 2
É uma seção determinada por um plano perpendicular chamado de cilindro de revolução, pois é gerado pela rota‐ 22 = 12 + 8 = 20 cm2
às arestas laterais. ção de um retângulo. Cálculo do Volume V = Abase × h = r2 × h V = 22 ×
Princípio de Cavaliere Cilindro equilátero É um cilindro de revolução cuja se‐ 3 = × 4 × 3 = 12 cm33
Consideremos um plano P sobre o qual estão apoiados ção meridiana é um quadrado. 3) Solução:
dois sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de hprisma = 12
ao plano dado interceptar os sólidos com seções de áreas raio r. Tomemos também um segmento de reta PQ que não Volume de um “cilindro” Abase do prisma = Abase do cone = A
iguais, então os volumes dos sólidos também serão iguais. seja paralelo ao plano P e nem esteja contido neste plano Vprisma = 2 Vcone
P. Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área A hprisma = 2(A h)/3
Prisma regular Um cilindro circular é a reunião de todos os segmentos da base pela altura. 12 = 2.h/3
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais congruentes e paralelos a PQ com uma extremidade no V = Abase × h h =18 cm
regulares. círculo. Se a base é um círculo de raio r, então:
Observamos que um cilindro é uma superfície no es‐ V = r2 h 4) Solução:
Exemplos: paço R3, mas muitas vezes vale a pena considerar o cilindro Áreas lateral e total de um cilindro circular reto
Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja com a região sólida contida dentro do cilindro. Quando Quando temos um cilindro circular reto, a área lateral V = Vcilindro - Vcone
base é um triângulo equilátero. nos referirmos ao cilindro como um sólido usaremos aspas, é dada por: V = Abase h - (1/3) Abase h
Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja isto é, “cilindro” e quando for à superfície, simplesmente Alat = 2 r h V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h
base é um quadrado. escreveremos cilindro. onde r é o raio da base e h é a altura do cilindro. V = (2/3) Pi R2 h cm3
A reta que contém o segmento PQ é denominada ge- Atot = Alat + 2 Abase
Planificação do prisma ratriz e a curva que fica no plano do “chão” é a diretriz. Atot = 2 r h + 2 r2
Atot = 2 r(h+r)

Exercícios GEOMETRIA ANALÍTICA

1. Dado o cilindro circular equilátero (h = 2r), calcular a A Geometria Analítica é a parte da Matemática que
área lateral e a área total. trata de resolver problemas cujo enunciado é geométrico,
empregando processos algébricos.
2. Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e al‐ Criada por René Descartes (1596-1650), a Geometria
tura 3cm. Calcular a área lateral, área total e o seu volume. Analítica contribui para a visão moderna da Matemática
Um prisma é um sólido formado por todos os pontos Em função da inclinação do segmento PQ em relação como um todo, substituindo assim a visão parcelada
do espaço localizados dentro dos planos que contêm as fa‐ ao plano do “chão”, o cilindro será chamado reto ou oblí‐ 3. As áreas das bases de um cone circular reto e de um das chamadas “matemáticas”, que colocava em
ces laterais e os planos das bases. As faces laterais e as ba‐ quo, respectivamente, se o segmento PQ for perpendicular prisma quadrangular reto são iguais. O prisma tem altura compartilhamentos separados Geometria, Álgebra e
ses formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma ou oblíquo ao plano que contém a curva diretriz. 12 cm e volume igual ao dobro do volume do cone. Deter‐ Trigonometria.
“superfície” que pode ser planificada no plano cartesiano. minar a altura do cone. Essa integração da Geometria com Álgebra é muito rica
Tal planificação se realiza como se cortássemos com Objetos geométricos em um “cilindro” em seus resultados, propriedades e interpretações. São
uma tesoura esta envoltória exatamente sobre as arestas Num cilindro, podemos identificar vários elementos: 4. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro inúmeras as aplicações da Geometria Analítica nas Ciências
para obter uma região plana formada por áreas congruen‐ - Base É a região plana contendo a curva diretriz e todo de uma lata cilíndrica de mesma base, mesmo raio R e mes‐ e na Técnica.
tes às faces laterais e às bases. o seu interior. Num cilindro existem duas bases. ma altura h da casquinha. Qual é o volume do espaço (va‐
A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas - Eixo É o segmento de reta que liga os centros das zio) compreendido entre a lata e a casquinha de sorvete?
lateral e total. bases do “cilindro”.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

1- Abscissa de um ponto 2- Segmento Orientado Exemplo 4 4- Ponto Médio


Na figura abaixo, os pontos A, B e C estão sobre o eixo
Considere-se uma reta r. Sobre ela, marque-se um Dado um segmento de reta AB, é possível associar a ele x de origem O. Considerem-se os pontos A(XA) e B(XB). Sendo M(XM) o
ponto O arbitrário, que chamaremos de origem, e seja o sentido de A para B ou o sentido de B para A. adotando- A O C B
x
ponto médio de (ou de ), tem-se:
adotada uma unidade (u) de comprimento com a qual se, por exemplo, o sentido de A para B, tem-se o segmento -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
serão medidos os segmentos contidos na reta r. orientado de origem A e extremidade B.
Calcular:
O r a)
A B
u
b)
Tome-se na reta r os pontos P à direita de O e P’ à 3- Medida Algébrica De fato,
esquerda de O, tais que, relativamente a (u), os segmentos XA XB
e tenham a mesma medida m. Considere-se sobre um eixo r um segmento orientado c)
. A B B
P’ O P r
r Resolução
m m
A B
Da figura, tem-se XA = -3, XB = 4 e XC = 2.
O sentido de O para P será considerado positivo e Assim,
indicado por uma ponta de seta. Assim associa-se ao ponto A medida algébrica de , que será indicada por a) = XC – XA = 2 – (-3) = 5
P o número real positivo m e ao ponto P’, o número –m. , é definida pelo número XB – XA, onde XB e XA são
respectivamente as abscissas de B e de A. b) = XO – XB = 0 – 4 = -4 Portanto, a abscissa do ponto médio M do segmento
P’(-m) O P(m) r Assim: (ou de ) é a média aritmética das abscissas de A e
de B.
Dessa forma, associa-se a cada ponto da reta r um = XB – XA c)
único número real, que será denominado abscissa (ou Exemplo 7
coordenada) do ponto; a abscissa é positiva se, a partir Exemplo 2 Determinar o ponto médio M do segmento , nos
da origem, o ponto for marcado no sentido positivo, e é a) A(3)
Exemplo 5 seguintes casos:
negativa em caso contrário. B(10)
= XB – XA = 10 – 3 = 7 Dados os pontos A(1) e B(9), determinar o ponto C tal a) A(1) e B(7)
que .
B O A r b) A(1)
= XB – XA = 1 – 8 = 7 Resolução
-2 3 B(8) Resolução
Seja XC a abscisssa do ponto C:
A(3): ponto A de abscissa 3 Resposta: M(4).
B (-2): ponto B de abscissa -2 Observações
b) A(-3) e B(15)
O conjunto {reta, origem, unidade, sentido} será 1) Quando o sentido de é o mesmo do eixo, a Substituindo-se as coordenadas dos pontos:
chamado eixo. medida algébrica é positiva; em caso contrário, é XC – 1 = 3(9 - XC) → XC = 7 Resolução
negativa. Nessas condições, se tem medida algébrica Resposta: C(7).
Notas positiva, então tem medida algébrica negativa.
Exemplo 6 Resposta: M(6).
1) A abscissa da origem é o número real 0 (zero). 2) O comprimento d de um segmento orientado ,é Dado o ponto A(3), determinar um ponto B que diste 5
2) Cada ponto de um eixo possui uma única abscissa, e o módulo (valor absoluto) da medida algébrica de , ou unidades do ponto A. c) A(-1) e B(-12)
reciprocamente para cada abscissa existe um único ponto seja, .
do eixo. Em símbolos: Resolução Resolução
3) Costuma-se indicar pela letra x a abscissa de um d= = |XB - XA| Seja XB a abscissa de B. Tem-se: = 5, ou seja, |XB -
ponto. XA| = 5

Exemplo 1 Exemplo 3 XB – 3 = 5 → XB = 8 Resposta: M .


Então |XB – 3| = 5 ou
Marcar sobre o eixo x, representado abaixo, os pontos a) O comprimento do segmento orientado , dados XB – 3 = -5 → XB = -2 Exemplo 8
A(2), B(-3) e C . A(2) e B(11) é Dados os pontos A(1) e B(16), obter os pontos que
= |XB - XA| = |11 – 2| = |9| = 9 De fato, existem dois pontos B que distam 5 unidades dividem o segmento em três partes congruentes.
0 1 x de A:
b) O comprimento do segmento orientado , dados Resolução
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
A(3) e B(8) é Considere-se a figura abaixo, onde R e S são os pontos
Resolução = |XB - XA| = |3 - 8| = |-5| = 5 B A B pedidos.
-3 0 ½ 1 2 x 1 16
5 5
B C A
Resposta: B(8) ou B(-2). A R S B

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Como são iguais, pode-se escrever Exemplo 1 2- Propriedades 5) Todo eixo das abscissas tem ordenada nula e
, ou seja, reciprocamente.
XS – XA = 2(XB – XS) Os pontos, no sistema cartesiano abaixo, têm suas 1) Todo ponto P(a, b) do 1º quadrante tem abscissa
XS – 1 = 2(16 – XS) ∴ XS = 11 coordenadas escritas ao lado da figura. positiva (a > 0) e ordenada positiva (b > 0) e reciprocamente. P(a, b) Ox b=0
Sendo R o ponto médio de , vem: A (3, 2)
B (0, 2) P(a, b) 1º Q a>0eb>0 Assim P(3, 0) Ox
C (-3, 2)
D (-3, 0) Assim P(3, 2) 1º Q y
Resposta: R(6) e S(11). E (-3, -2) y
F (0, -2)
Sistema Cartesiano G (3, -2) P
H (3, 0)
2
P x
x
1- Coordenadas de um ponto O (0, 0) y 0 3
0 3

Sejam x e y dois eixos perpendiculares entre si e com 2) Todo ponto P(a, b) do 2º quadrante tem abscissa
origem O comum, conforme a figura abaixo. Nessas C 2
B A negativa (a < 0) e ordenada positiva (B > 0) e reciprocamente.
condições, diz-se que x e y formam um sistema cartesiano 6) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa nula
retangular (ou ortogonal), e o plano por eles determinado -3 -2 -1
1 1 2 3 x P(a, b) 2º Q a<0eb>0 e reciprocamente.
é chamado plano cartesiano.

D 0 H
-1 Assim P(-3, 2) 2º quadrante P(a, b) Oy a=0
Eixo x (ou Ox): eixo das abscissas -2 y
Eixo y (ou Ou): eixo das ordenadas E F G Assim P(0, 3) Oy
O: origem do sistema
Nota
P 2
y x
Neste estudo, será utilizado somente o sistema y
cartesiano retangular, que se chamará simplesmente
-3 0

sistema cartesiano.
3 P
3) Todo ponto P(a, b) do 3º quadrante tem
1 x Observações abscissa negativa (a < 0) e ordenada negativa (b < 0) e
1) Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro reciprocamente.
x
0 1 regiões ou quadrantes (Q), que são numeradas, como na
figura abaixo. P(a, b) 3º Q a<0eb<0 0
y
Assim P(-3, -2) 3º Q
2º Q 1º Q y
A cada ponto P do plano corresponderão dois 7) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes ímpares
números: a (abscissa) e b (ordenada), associados às tem abscissa e ordenada iguais (a = b) e reciprocamente.
projeções ortogonais de P sobre o eixo x e sobre o eixo y, x
x
respectivamente. P(a, b) bi a=b
-3
0 0
Assim, o ponto P tem coordenadas a e b e será indicado P
Assim P(-2, -2) bi
analiticamente pelo par ordenado (a, b).
-2

3º Q 4º Q
y
y
2) Neste curso, a reta suporte das bissetrizes do 1º e 4) Todo ponto P(a, b) do 4º quadrante tem abscissa
• P 3º quadrantes será chamada bissetriz dos quandrantes positiva (a > 0) e ordenada negativa (B < 0) e reciprocamente.
b ímapares e indica-se por bi.a do 2º e 4º quadrantes será
chamado bissetriz dos quadrantes pares e indica-se por bp. P(a, b) 4º Q a>0eb<0
y x
Assim P(3, -2) 4º Q -2 0
x bp
• • y
bi
0 a
x P -2
0 3 x
0

-2
P

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

8) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes pares y ou seja, o ponto G é dado por 5- Distância Entre Dois Pontos
tem abscissa e ordenada opostas (a = -b) e reciprocamente.
Considerem-se dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB,
P(a, b) bp a = -b B’’ (yB) yB), tais que o segmento não seja paralelo a algum dos
eixos coordenados.
Assim P(-2, 2) bp Traçando-se por A e B as retas paralelas aos eixos
M’’ (yM)
coordenados que se interceptam em C, tem-se o triângulo
y ACB, retângulo em C.
y y
A’’ (yA)
C

P x
B
2
0 A’ (yA) M’ (yM) B’ (yB) M
x G d

-2 0 De fato:
Se M é o ponto médio de (ou ), pelo teorema de A
A

C
Tales, para o eixo x pode-se escrever:
B x x

A’(xA) G’(xG) M’(xM) 0


0

A distância entre os pontos A e B qie se indica por d é


Exemplo 2 De fato, considerando a mediana AM, o baricentro G é tal que
Obter a, sabendo-se que o ponto A(4, 3ª -6) está no tal que
eixo das abscissas.

Resolução
A Ox 3a – 6 = 0 ∴ a = 2 Analogicamente, para o eixo y, tem-se Pelo Teorema de Tales, para o eixo x podemos escrever
Portanto:
Resposta: 2.

Portanto, as coordenadas do ponto médio M do


Exemplo 3 segmento (ou ) são respectivamente as médias das Observações
abscissas de A e B e das ordenadas de A e B. e, como , vem
Obter m, sabendo-se que o ponto M(2m – 1, m + 3) 1) Como (xB - xA)2 = (xA - xB)2, a ordem escolhida para a
está na bissetriz dos quadrantes ímpares. Exemplo 4 diferença das abscissas não altera o cálculo de d. O mesmo
ocorre com a diferença das ordenadas.
Resolução Obter o ponto médio M do segmento , sendo dados: ou seja,
A(-1, 3) e B(0, 1). 2) A fórmula para o cálculo da distância continua válida
M bi 2m – 1 = m + 3 ∴ m = 4 Analogamente, para o eixo y, tem-se se o segmento é paralelo a um dos eixos, ou ainda se
Resolução os pontos A e B coincidem, caso em que d = 0.
Resposta: 4. Exemplo 6

3- Ponto Médio Portanto, as coordenadas do baricentro de um triângulo Calcular a distância entre os pontos A e B, nos seguintes
ABC são, respectivamente, as médias aritméticas das casos:
Considerem-se os pontoa A(xA, yA) e B(xB, yB). Sendo abscissas de A, B e C e das ordenadas A, B e C. a) A(1, 8) e B(4, 12)
M(xM, yM) o ponto médio de (ou ), tem-se: Resolução
Resposta: . Exemplo 5
e , ou seja,
Sendo A(1, -1), B(0, 2) e C(11, 5) os vértices de um
4 – Baricentro triângulo, obter o baricentro G desse triângulo. b) A(0, 2) e B(-1, -1)
o ponto médio é dado por:
Seja o triângulo ABC de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, Resolução Resolução
yC). sendo G(xG, yG) o baricentro (ponto de encontro das
medianas) do triângulo ABC, tem-se:

Logo, G(4, 2). Exemplo 7

Qual é o ponto da bissetriz dos quadrantes pares cuja

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

distância ao ponto A(2, 2) é 4? 02- Seja o ponto A(3p – 1, p – 3) um ponto pertencente 03- Resposta: B’(5, 3). 07- Resposta; T1(2, 2) e T2(3, 3).
à bissetriz dos quadrantes ímpares, então a ordenada do
Resolução ponto A é: Resolução Resolução
a) 0 Se A pertence ao eixo das ordenadas, temos que p – 2 T∈ bissetriz dos quadrantes ímpares ⇒ T(x, x).
Seja P o ponto procurado. b) –1 = 0 ⇒ p = 2, logo, B(5, –3). Se T enxerga sob ângulo reto, então o triângulo ATB
Como P pertence à bissetriz dos quadrantes pares (bp), c) –2 Como B’ é o simétrico de B em relação ao eixo das é retângulo em T.
pode-se representá-lo por P(a, -a). abscissas, temos a mesma abscissa e a ordenada oposta,
Sendo 4 a distância entre A e P, tem-se d) logo, B’(5, 3) é o ponto procurado. T

e) –4 04- Resposta: C(3, ).


B
Quadrando 03- O ponto A(p – 2, 2p – 3) pertence ao eixo das Resolução
ordenadas. Obter o ponto B’ simétrico de B(3p – 1, p – 5) Lembrando que a altura do triângulo equilátero mede
(2 – a)2 + (2 + a )2 = 16 em relação ao eixo das abscissas. , temos: .
A
a=2 04- Um triângulo equilátero de lado 6 tem um vértice
4 – 4a + a2 + 4 + 4a + a2 = 16 ∴ a2 = 4 ou no eixo das abscissas. Determine as coordenadas do 3º x
a = -2 vértice, sabendo que ele está no 4º quadrante (faça a A (0, 0) B (6, 0) y
figura).

Assim se a = 2, tem-se o ponto (2, -2) ⇒


se a = -2, tem-se o ponto (-2, 2) 05- A distância entre dois pontos (2, -1) e (-1, 3) é igual Assim:
a: [(x - 2)2 + (x - 1)2] + [(x – 5)2 (x – 2)2] = [(2 – 5)2 + (1 – 2)2]
De fato, existem dois pontos P da bissetriz dos a) zero X2 – 4x + 4 + x2 – 2x + 1 + x2 – 10x + 25 + x2 – 4x + 4 =
quadrantes pares (bp) cuja distância ao ponto A(2, 2) é 4. 9+1
Observe-se a figura: b) 4x2 – 20x + 24 = 0
C (3, ) X2 – 5x + 6 = 0 ⇒ x = 2 ou x = 3.
y
c)
bp d) 5 08- Resposta: C(12, 2).
P 2 A
e) n.d.a.
Resolução
06- Sendo A(3,1), B(4, -4) e C(-2, 2) os vértices de um
triângulo, então esse triângulo é: 05- Resposta: D B (4,2) C(a, b)
0 x
a) retângulo e não isósceles.
-2 2 b) retângulo e isósceles. Resolução
c) equilátero. Δx = 2 – (–1) = 3 e Δy = –1 –3 = –4 M

P d) isósceles e não retângulo.


-2
e) escaleno.
d=5
07- Achar o ponto T da bissetriz dos quadrantes ímpares A (0,0) D (8,0)
Exercícios que enxerga o segmento de extremindades A(2, 1) e B(5, 2) 06- Resposta: D
sob ângulo reto. Resolução
01- Dar as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F e G M é o ponto de encontro das diagonais, portanto ponto
da figura abaixo: 08- O paralelogramo ABCD tem lados , , e médio dos segmentos e . Dados B e D, temos M(6, 1)
. Sendo A(0, 0), B(4, 2) e D(8, 0), determine as coordenadas e agora temos A e M, logo:
do ponto C.
y

Respostas
B ee ⇒
C
01- Resposta: A(5, 1); B(0, 3); C(-3, 2); D(-2, 0); E(-1, -4);
1
A F(0, -2); G(4, -3).
D x

02- Resposta: E. Portanto, o Δ ABC é isósceles e não retângulo.

F Resolução
G Como A pertence à bissetriz dos quadrantes ímapres xA
E = yA ⇒ 3p – 1 = p – 3 ⇒ p = 1.
Logo, o ponto A(-4, -4) tem ordenada igual a -4.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Seno, Co-seno e Tangente de um Ângulo Agudo


8. TRIGONOMETRIA: RAZÕES cotg α = 4
TRIGONOMÉTRICAS, FUNÇÕES, FÓRMULAS A fig. 2 ilustra um triângulo retângulo conhecido como 3
DE TRANSFORMAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS, triângulo pitagórico, classificação devida ao fato de que,
segundo a tradição grega, através dele Pitágoras enunciou sec α = 5
EQUAÇÕES E TRIÂNGULOS.
seu Teorema. 4

cosec α = 5
3
Trigonometria no Triângulo Retângulo

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo Observemos que os ângulos α e β permanecem sendo


os ângulos agudos internos do triângulo recém-construí‐
Definiremos algumas relações e números obtidos a do.
partir dos lados de triângulos retângulos. Antes, porém, Lançando Mao das medidas dos novos lados
precisamos rever algumas de suas propriedades.
A1 B, BC 1eA1C1 (respectivamente 8, 10 e 6 unidades de
De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 unidades de
A fig. 1 apresenta um triângulo onde um de seus ân‐ comprimento) satisfazem a sentença 52 = 32 + 42. comprimento), calculemos, para o ângulo α, os valores de
π
gulos internos é reto (de medida 90º ou rad), o que nos Apesar de nos apoiarmos particularmente no triângulo seno, co-seno e tangente:
permite classificá-lo como um triângulo retângulo. pitagórico, as relações que iremos definir são válidas para Seno, Co-seno, Tangente e Co-tangente de Ângulos
2
8
todo e qualquer triângulo retângulo. Apenas queremos, sen α = = 0,6 Complementares
dessa forma, obter alguns resultados que serão compara‐
10
dos adiante. Já foi visto que em todo triângulo retângulo os ângulos
Definimos seno, co-seno e tangente de um ângulo cos α = 8 = 0,8 agudos são complementares.
agudo de um triângulo retângulo pelas relações apresen‐ 10
tadas no quadro a seguir:
tg α = 6 = 0,75
Seno do ângulo = cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo 8
hipotenusa Nosso intuito, na repetição dessas operações, é mos‐
trar que, não importando se o triângulo PE maior ou me‐
Lembremo-nos de que, qualquer que seja o triângulo, Co-seno do ângulo = cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo nor, as relações definidas como seno, co-seno e tangente
a soma dos seus três ângulos internos vale 180º. Logo, a hipotenusa têm, individualmente, valores constantes, desde que calcu‐
respeito do triângulo ABC apresentado, dizemos que: lados para os mesmo ângulos.
Tangente do ângulo = cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo Em outras palavras, seno, co-seno e tangente são fun‐ α + β = 90
α + β + 90 = 180 ⇒ α + β = 90 cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo ções apenas dos ângulos internos do triângulo, e não de
seus lados.
Com isso, podemos concluir: A partir dessas definições, o cálculo de seno, co-seno Sabemos ainda que:
- Que os ângulos α e β são complementares, isto é, são e tangente do ângulo α, por exemplo, nos fornecerão os Outras Razões Trigonométricas – Co-tangente, Se-
ângulos cujas medidas somam 90º; seguintes valores: cante e Co-secante
b c
- Uma vez que são complementares ambos terão me‐ sen α = sen β =
dida inferior a 90º. sen α = 3 = 0,6 Além das razões com que trabalhamos até aqui, são a a
5 definidas a co-tangente, secante e co-secante de um ângu‐
Portanto, dizemos que todo triângulo retângulo tem lo agudo de triângulo retângulo através de relações entre
seus lados, como definimos no quadro a seguir:
c b
um ângulo interno reto e dois agudos, complementares cos α = 4 = 0,8 cos α = cos β =
entre si. 5 a a
De acordo com a figura, reconhecemos nos lados b e cot do ângulo = cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo
c os catetos do triângulo retângulo e em a sua hipotenusa. tg α = 3 = 0,75 cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo
b c
4 tg α = tg β =
Lembremo-nos de que a hipotenusa será sempre o Ao que acabamos de ver, aliemos um conhecimento c b
lado oposto ao ângulo reto em, ainda, o lado maior do adquirido da Geometria. Ela nos ensina que dois triângulos sec do ângulo = hipotenusa
triângulo. Podemos relacioná-los através do Teorema de de lados proporcionais são semelhantes. cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo
c b
Pitágoras, o qual enuncia que o quadrado sobre a hipo‐ Se multiplicarmos, então, os comprimentos dos lados cotg α = cotg β =
tenusa de um triângulo retângulo é igual à soma dos qua‐ de nosso triângulo pitagórico semelhante, com os novos cosec do ângulo = hipotenusa b c
drados sobre os catetos (sic) ou, em linguajar moderno, “a lados (6, ,8 e 10) igualmente satisfazendo o Teorema de cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo
soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da Pitágoras. Verifica-se facilmente que:
hipotenusa de um triângulo retângulo”.
Aplicado ao nosso triângulo, e escrito em linguagem Na fig. 3, apresentamos o resultado dessa operação, Por exemplo, para um triângulo retângulo de lados 3, sen α = cos β; cos α = sen β;
matemática, o teorema seria expresso como segue: em que mostramos o triângulo ABC, já conhecido na fig. 4 e 5 unidades de comprimento, como exibido na fig. 6, tg α = cotg β; cotg α = tg β.
a2 = b2 + c2 1 e A1BC1. teríamos, para o ângulo α,

155 156
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Identidade em uma ou mais variáveis é toda igualdade


Um triângulo retângulo tem catetos cujas medidas são l 3 verdadeira para quaisquer valores a elas atribuídos, desde
5 cm e 12 cm. Determine o valor de seno, co-seno e tan‐ sen 60 = h = 2 = 3
o
que verifiquem as condições de existência de expressão.
gente dos seus ângulos agudos. l 1 2 2 2x 2 + 4
Por exemplo, a igualdade x+
x
=
2x é uma identidade
l em x, pois é verdadeira para todo x real, desde q x≠0 (divi‐
cos 60o= 2 = l .1 = 1 são por zero é indeterminado ou inexistente).
l 2 l 2

l 3
tg 60o= h 3 2
= 2 = . = 3
l l 2 1
2 2
Resolução Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da
Para respondermos ao que se pede, necessitaremos diagonal do quadrado (identificado na figura 4 por d) e a Seno, Co-seno e Tangente de 45o
do comprimento da hipotenusa do triângulo. Aplicando o altura h, do triângulo equilátero (figura 5).
Teorema de Pitágoras, temos que: Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras são A partir do quadrado representado na figura 4, de lado
triângulos retângulos, podemos aplicar o teorema de Pitá‐ a e diagonal a 2 , podemos calcular: Vamos verificar agora como se relacionam as razões
a2 = b2 + c2 → a2 = 52 + 122 = 169 goras para cada um deles. trigonométricas que já estudamos. Para isso, faremos uso
do triângulo ABC apresentado na figura A, retângulo em A.
a a 1 2 2
Logo, a = 13 cm. Assim, obtemos para seno, co-seno e Para o meio-quadrado, temos que: sen 45o= = = . = Aplicando as medidas de seus lados no teorema de Pi‐
tangente dos ângulos da Figura, os seguintes valores: d a 2 2 2 2 tágoras, obtemos a seguinte igualdade:
D2 =a2 + a2 → d2 = 2 . a2
5 12 5 b2 + c2 = a2
senα = ¥ conα = ¥ tgα = ∴d = a 2 cos 45o=
a
=
a
=
1
.
2
=
2
13 13 12 d a 2 2 2 2 Dividindo os seus membros por a2, não alteraremos a
12 5 12 igualdade. Assim, teremos:
senβ = ¥ conβ = ¥ tgβ = Quanto ao triângulo equilátero, podemos escrever o
13 13 5 seguinte: a
tg 45 o = =1 b2 c2 a2 ⎛ b⎞ ⎛ c⎞
2 2

⎛ 1⎞
2
l2 3l 2 l 3 a + = ⇒⎜ ⎟ +⎜ ⎟ =1
Ângulos Notáveis l = ⎜ ⎟ + h2 ⇒ h2 = l 2 − ⇒ h2 =
2
⇒∴ h = a2 a2 a2 ⎝ a⎠ ⎝ a⎠
⎝ 2⎠ 4 4 2 Os resultados que obtivemos nos permitem definir, a
Seno, Co-seno e Tangente dos Ângulos Notáveis seguir, uma tabela de valores de seno, co-seno e tangente Observemos que as frações entre parênteses podem
Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior dos ângulos notáveis, que nos será extremamente útil. definir, com relação ao nosso triângulo, que:
Uma vez definidos os conceitos de seno, co-seno e do quadrado tem catetos de medida a e hipotenusa a 2
tangente de ângulos agudos internos a um triângulo retân‐ . Para o outro triângulo sombreado, teremos catetos e me‐ 30o 45o 60o sen2α + cos2α = 1 e cos2β + sen2 β = 1
gulo, passaremos a determinar seus valores para ângulos didas 1 e l 3 , enquanto sua hipotenusa tem comprimento l.
de grande utilização em diversas atividades profissionais e 2 2 sen
1 Podemos afirma, portanto, que a soma dos quadrados
2 3
encontrados facilmente em situações cotidianas. Passemos, agora, ao cálculo de seno, co-seno e tan‐ de seno e co-seno de um ângulo x é igual à unidade, ou
Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que o ângulo gente dos ângulos de 30om 45o e 60o. 2 2 2 seja:
de lançamento, tomado com relação à horizontal, para o cos
qual se obtém o máximo alcance com uma mesma veloci‐ Seno, Co-seno e Tangente de 30o e 60o. 3 2 1 Sen2x + cos2x = 1
dade de tiro, é de 45o; uma colméia é constituída, interior‐ 2
mente, de hexágonos regulares, que por sua vez, são divisí‐ Tomando por base o triângulo equilátero da figura 5, e 2 2 Expliquemos o significado da partícula co, que inicia
veis, cada um, em seis triângulos equiláteros, cujos ângulos conhecendo as medidas de seus lados, temos: tg o nome das relações co-seno, cotangente e co-secante.
internos medem 60o; facilmente encontram-se coberturas 3 1
3 Ela foi introduzida por Edmund Gunter, em 1620, queren‐
de casas, de regiões tropicais, onde não há neve, com ân‐ l do indicar a razão trigonométrica do complemento. Por
3
gulo de inclinação definido nos 30o, etc. sen 30o= 2 = 1 .1 = 1 exemplo, co-seno de 22o tem valor idêntico ao seno de 68o
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que l 2 l 2 (complementar de 22o)
possamos delimitar ângulo com as medidas citadas (30o, Identidades Trigonométricas Assim, as relações co-seno, co-tangente e co-secante
45 e 60o). Para isso, passaremos a trabalhar com o quadra‐
o l 3 É comum a necessidade de obtermos uma razão tri‐ de um ângulo indicam, respectivamente, seno, tangente e
do e o triângulo equilátero. cos 30o= h = 2 = 3 gonométrica, para um ângulo, a partir de outra razão cujo secante do complemento desse ângulo.
l l 2 valor seja conhecido, ou mesmo simplificar expressões ex‐ Assim, indicando seno, tangente e secante simples‐
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a diagonal tensas envolvendo várias relações trigonométricas para um mente pelo nome de razão, podemos dizer que:
de um quadrado divide ângulos internos opostos, que são l l mesmo ângulo.
retos, em duas partes de 45 + o+, e que o segmento que tg 30o= 2 l 2 1 3 3 Nesses casos, as identidades trigonométricas que ire‐ co-razão x = razão (90o –x)
= 2 = . . = mos deduzir neste tópico são ferramentas de grande apli‐
define a bissetriz (e altura) de um ângulo interno do triân‐ h 2 l 3= 3 3 3
gulo equilátero permite-nos reconhecer, em qualquer das
l 3 cabilidade. Facilmente podemos concluir, com base no triângulo
metades em que este é dividido, ângulos de medidas 30o
2 Antes de demonstrá-las, é necessário que definamos o apresentado na figura A, que:
e 60o. que vem a ser uma identidade.

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sen α=cos β sen β=cos α 2. Um quadrado e um triângulo equilátero têm o Respostas 3) Solução:
tg α=cotg β tg β=cotg α mesmo perímetro. Sendo h a medida da altura do triângulo
e d a medida da diagonal do quadrado. Determine o valor x2 − 14x + 48 = 0
sec α=cossec β sec β=cossec α 1) Solução:
da razão h/d. 14 ± (−14)2 − 4.148
Façamos outro desenvolvimento. Tomemos um dos
h =5 +2
2 2 2
x=
2.1
ângulos agudos do triângulo ABC, da figura A. Por exem‐ h = 25 + 4
2
plo, α. Dividindo-se sen α por cos α, obtemos: 14 ± 196 − 192
x=
b h 2 = 29 2
sen α a b a b 14 + 2
= = . = = tg α x=
cos β c a c c h = 29 2
a 14 + 2
29 5, 38 x1 = =8
De forma análoga, o leitor obterá o mesmo resultado mediana = = = 2,69 2
se tomar o ângulo β. Dizemos, portanto, que, para um ân‐ 2 2 14 − 2
3. As raízes da equação x² - 14x + 48 = 0 expressam x2 = =6
gulo x, tal que cós x ≠ 0,
em centímetros as medidas dos catetos de um triângu- 2
sen x lo retângulo. Determine a medida da hipotenusa e o h = 62 + 82
2

tg x = perímetro desse triângulo. 2) Solução:


cos x h 2 = 36 + 64
4L 2 = 3L1
4. Seja o triângulo ABC, mostrado na figura, onde h 2 = 100
Podemos observar, também, que a razão b , que re‐ a = 20, b = 10 2 e B = 30. Calcular o raio do círculo 3
L2 = L 1
c
circunscrito e o ângulo C. h = 100
presenta tg α, se invertida (passando a bc ), vem a consti‐ 4
tuir cotg α. Em virtude disso, e aproveitando a identidade d 2 = L2 2 +L2 2 h = 10cm
enunciada anteriormente, podemos dizer que, para todo P = 6 + 8 + 10 = 24cm
ângulo x de seno não-nulo:
d 2 = 2L2 2

1 cos x d = L2 2 4) Solução:
cotg x = = Pela Lei dos senos, b = 2R . sen(B), logo 10 2 = 2R .
3
tg x sen x 5. Os lados adjacentes de um paralelogramo me- d = L1 2 sen(30) e desse modo R = 10 2 .
dem 1388m e 2526m e o ângulo formado entre estes la- 4 Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é
Tais inversões ocorrem também e se tratando das re‐ dos mede 54,42º. Determinar o comprimento da maior 2 igual a 180º, calcularemos o ângulo A.
lações seno, co-seno, secante e co-secante. Vejamos que: diagonal desse quadrilátero.
⎛L ⎞
L1 2 = ⎜ 1 ⎟ + h 2 Pela Lei dos Senos, b . sem (A) = a . sen(B), de onde
⎝ 2⎠ segue que 10 2 . sem(A) = 20 . sen(30), assim, sem (A) =
⎧ a ⎧ c
⎪⎪ sen α = b ⎪⎪cos α = a L1 2 2
E h 2 = L1 2 − 2
⎨ ⎨ 4
⎪cos ec α = a ⎪sec α = a Como A é um dos ângulos do triângulo então A = 45º
⎪⎩ b ⎪⎩ c 4L 2 −L1 2 ou A = 135º.
6. Os lados de um triângulo são 3, 4 e 6. O cosseno h2 = 1 Como B = 30°, da relação A + B + C = 180º, segue que
Teríamos encontrado inversões semelhantes se utili‐ do maior ângulo interno desse triângulo vale: 4
A + C = 150° e temos duas possibilidades:
zássemos o ângulo β. a) 11 / 24 3L 2 1. A = 45º e C = 105º
Dizemos, assim, que, para um dado ângulo x, b) - 11 / 24 h2 = 1
4 2. A = 135º e C = 15º.
c) 3 / 8
sec x = 1 d) - 3 / 8 3L1 2
h= 5) Solução:
e) - 3 / 10
cox x 4 No triângulo ABC, A + C = 54,42º, então: B = 180º -
1 7. Se x e y são dois arcos complementares, então 54,42º = 125,58º
cosec x = h=
L1 3 A lei dos cossenos:
podemos afirmar que A = (cosx - cosy)2 + (senx + seny)2
sen x
é igual a: 2 b² = a² + c² - 2ac cos(B)
a) 0 L1 3
Desde que seja respeitada a condição de os denomi‐ garante que:
b) ½ h L 3 4 4 3 2 4 6 6
nadores dos segundos membros dessas identidades não c) 3/2 = 2 = 1 × = × = = b² = (1388)² + (2526)² - 2(1388)(2526) cos(125,58º)
serem nulos. d) 1 d 3L1 2 2 3L1 2 6 2 2 12 3
e) 2 4 Assim, b = 3519,5433 e então garantimos que a maior
Exercícios diagonal do paralelogramo mede aproximadamente
8. Calcule sen 2x sabendo-se que tg x + cotg x = 3. 3519,54 metros.
1. Sabe-se que, em qualquer triângulo retângulo,
a medida da mediana relativa à hipotenusa é igual à 9. Qual o domínio e o conjunto imagem da função 6) Resposta “B”.
metade da medida da hipotenusa. Se um triângulo re- y = arcsen 4x? Solução: Sabemos que num triângulo, ao maior lado
tângulo tem catetos medindo 5cm e 2cm, calcule a re- opõe-se o maior ângulo. Logo, o maior ângulo será aquele
presentação decimal da medida da mediana relativa a 10. Calcule o triplo do quadrado do coseno de um oposto ao lado de medida 6. Teremos então, aplicando a lei
hipotenusa nesse triângulo. arco cujo quadrado da tangente vale 2. dos cossenos:

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62 = 32 + 42 - 2 . 3 . 4 . cos b \ 36 - 9 - 16 = - 24 . Desejamos calcular 3.cos2x, ou seja, o triplo do quadra‐


cos b \ cos b = - 11 / 24 e, portanto, a alternativa correta do do coseno do arco.
é a letra B. Sabemos da Trigonometria que: 1 + tg2x = sec2x

Lembrete: TC - Teorema dos cossenos: Em todo triân‐ Portanto, substituindo, vem: 1 + 2 = sec2x = 3
gulo, o quadrado de um lado é igual à soma dos quadra‐ Como sabemos que:
dos dos outros dois, menos o dobro do produto desses secx = 1/cosx , quadrando ambos os membros vem:
lados pelo cosseno do angulo que eles formam. sec2x = 1/ cos2x \ cos2x = 1/sec2x = 1/3 \ 3cos2x = 3(1/3)
=1
7) Resposta “E”. Outro caso particular importante é quando o ponto M
Solução: Desenvolvendo os quadrados, vem: Portanto, o triplo do quadrado do coseno do arco cuja está
A = cos2 x - 2 . cosx . cosy + cos2 y + sen2 x + 2 . senx . tangente vale 2, é igual à unidade. sobre o eixo vertical OY e neste caso: cos( /2)=0    e  
seny + sen2 y Resposta: 1 Como antes, existem várias determinações para este sen( /2)=1
ângulo, razão pela qual, escrevemos cos(AM) = cos(a) = A tangente não está definida, pois a reta OM não inter‐
Organizando convenientemente a expressão, vem: cos(a+2k ) = x’ cepta a reta t, pois elas são paralelas.
A = (cos2 x + sen2 x) + (sen2 y + cos2 y) - 2 . cosx . cosy Circunferência Trigonométrica
+ 2 . senx . seny Tangente Ângulos no terceiro quadrante
A = 1 + 1 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny Dada uma circunferência trigonométrica contendo o
A = 2 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny ponto A=(1,0) e um número real x, existe sempre um arco Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante,
Como os arcos são complementares, isto significa que orientado AM sobre esta circunferência, cuja medida algé‐ no ponto A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A o que significa que o ângulo pertence ao intervalo: <a<3
x + y = 90º \ y = 90º - x. brica corresponde a x radianos. reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferên‐ /2. Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M’=(-x,-y) do
Substituindo, vem: Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circun‐ cia intersecta a reta tangente t no ponto T=(1,t’). A ordena‐ primeiro quadrante, em relação à origem do sistema, indi‐
A = 2 - 2 . cosx . cos(90º - x) + 2 . senx . sen(90º - x) ferência trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário. da deste ponto T, é definida como a tangente do arco AM cando que tanto a sua abscissa como a sua ordenada são
Mas, cos(90º - x) = senx e sen(90º - x) = cosx, pois sa‐ Seja M=(x’,y’) um ponto desta circunferência, localizado no correspondente ao ângulo a. negativos. O seno e o cosseno de um ângulo no terceiro
bemos que o seno de um arco é igual ao cosseno do seu primeiro quadrante, este ponto determina um arco AM que quadrante são negativos e a tangente é positiva.
complemento e o cosseno de um arco é igual ao seno do corresponde ao ângulo central a. A projeção ortogonal do
seu complemento. ponto M sobre o eixo OX determina um ponto C=(x’,0) e a
projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY determina
Logo, substituindo, fica: outro ponto B=(0,y’).
A = 2 - 2 . cosx . senx + 2 . senx . cosx A medida do segmento OB coincide com a ordenada
y’ do ponto M e é definida como o seno do arco AM que
A = 2 + (2senxcosx - 2senxcosx) = 2 + 0 = 2 , e portanto
corresponde ao ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a).
a alternativa correta é a letra E.

8) Solução:
Escrevendo a tgx e cotgx em função de senx e cosx ,
Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias
vem:
determinações: tan(AM) = tan(a) = tan(a+k ) = µ(AT) = t’ Em particular, se a= radianos, temos que cos( )=-1,  
senx cos x sen x + cos x
2 2
1 Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), sen( )=0    e    tan( )=0
+ = 3∴ = 3∴ =3 para cada ângulo a do primeiro quadrante. O seno, o cos‐
cos x senx senx cos x senxconx
seno e a tangente de ângulos do primeiro quadrante são Ângulos no quarto quadrante
todos positivos.
Daí, vem: 1 = 3 . senx . cosx \ senx . cosx = 1 / 3. Ora, Um caso particular importante é quando o ponto M O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O
sabemos que sen 2x = 2 . senx . cosx e portanto senx . está sobre o eixo horizontal OX. Neste caso: cos(0)=1, seno de ângulos no quarto quadrante é negativo, o cosse‐
cosx = (sen 2x) / 2 , que substituindo vem: sen(0)=0 e tan(0)=0 no é positivo e a tangente é negativa.
Como temos várias determinações para o mesmo ân‐ Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros
(sen 2x) / 2 = 1 / 3 e, portanto, sen 2x = 2 / 3. gulo, escreveremos sen(AM)=sen(a)=sen(a+2k )=y’ quadrantes
9. Solução: Para simplificar os enunciados e definições seguintes, Ângulos no segundo quadrante
Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem: escreveremos sen(x) para denotar o seno do arco de me‐
Para x: -1 £ 4x £ 1 Þ -1/4 £ x £ 1/4. Portanto, Domínio dida x radianos. Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto
= D = [-1/4, 1/4]. M no segundo quadrante, então o ângulo a entre o eixo
Para y: Da definição vista acima, deveremos ter Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao OX e o segmento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do
-p /2 £ y £ p /2. ângulo a, denotado por cos(AM) ou cos(a), é a medida do mesmo modo que no primeiro quadrante, o cosseno está
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2]. segmento 0C, que coincide com a abscissa x’ do ponto M. relacionado com a abscissa do ponto M e o seno com a or‐
denada deste ponto. Como o ponto M=(x,y) possui abscis‐
10) Solução: sa negativa e ordenada positiva, o sinal do seno do ângulo Quando o ângulo mede 3 /2, a tangente não está
Seja x o arco. Teremos: a no segundo quadrante é positivo, o cosseno do ângulo a definida pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são
tg2x = 2 é negativo e a tangente do ângulo a é negativa. paralelas. Quando a=3 /2, temos: cos(3 /2)=0, sin(3
/2)=-1

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Simetria em relação ao eixo OX Definimos a distância entre A e B, denotando-a por Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|,
d(A,B), como: para todo ângulo a, 0<a<2 com a /2 e a 3 /2
Em uma circunferência trigonométrica, se M é um pon‐ temos
to no primeiro quadrante e M’ o simétrico de M em relação sen(a)
ao eixo OX, estes pontos M e M’ possuem a mesma abscis‐ tan(a) =
sa e as ordenadas possuem sinais opostos. Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cos(a)
cujas coordenadas são indicadas por (cos(a),sen(a)) e a dis‐
tância deste ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando Forma polar dos números complexos
a fórmula da distância, aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(‐
cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2, de onde segue que 1=cos²(a)+‐ Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser re‐
sin²(a). presentado pela sua forma polar:
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo z = r [cos(c) + i sen(c)]
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente
ao arco AM’. Desse modo: onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo
sen(a) = -sen(b) formado entre o segmento Oz e o eixo OX) do número
cos(a) = -cos(b) complexo z.
tan(a) = tan(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis


Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de
ao arco AM’, obtemos: alguns ângulos que aparecem com muita frequência em
sen(a) = -sen(b) exercícios e aplicações, sem necessidade de memorização,
cos(a) = cos(b) é através de simples observação no círculo trigonométrico.
tan(a) = -tan(b) Segunda relação fundamental
A multiplicação de dois números complexos na forma
Simetria em relação ao eixo OY Outra relação fundamental na trigonometria, muitas polar:
vezes tomada como a definição da função tangente, é dada A = |A| [cos(a)+isen(a)]
Seja M um ponto da circunferência trigonométrica lo‐ por: B = |B| [cos(b)+isen(b)]
calizado no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico a M em sen(a)
relação ao eixo OY, estes pontos M e M’ possuem a mesma tan(a) = é dada pela Fórmula de De Moivre:
ordenada e as abscissa são simétricas. cos(a) AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em
Deve ficar claro, que este quociente somente fará sen‐ suas formas trigonométricas, devemos multiplicar os seus
tido quando o denominador não se anular. módulos e somar os seus argumentos.
Se a=0, a= ou a=2 , temos que sen(a)=0, implican‐ Se os números complexos A e B são unitários então
do que tan(a)=0, mas se a= /2 ou a=3 /2, segue que |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
cos(a)=0 e a divisão acima não tem sentido, assim a relação A = cos(a) + i sen(a)
tan(a)=sen(a)/cos(a) não é verdadeira para estes últimos B = cos(b) + i sen(b)
valores de a.
Primeira relação fundamental Para a 0, a ,a 2 ,a /2 e a 3 /2, con‐ Multiplicando A e B, obtemos
sidere novamente a circunferência trigonométrica na figura AB = cos(a+b) + i sen(a+b)
Uma identidade fundamental na trigonometria, que seguinte.
realiza um papel muito importante em todas as áreas da Existe uma importantíssima relação matemática, atri‐
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo Matemática e também das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) = buída a Euler (lê-se “óiler”), garantindo que para todo nú‐
correspondente ao arco AM e b o ângulo correspondente 1 que é verdadeira para todo ângulo a. mero complexo z e também para todo número real z:
ao arco AM’. Desse modo: Necessitaremos do conceito de distância entre dois eiz = cos(z) + i sen(z)
sen(a) = sen(b) pontos no plano cartesiano, que nada mais é do que a re‐
cos(a) = -cos(b) lação de Pitágoras. Sejam dois pontos, A=(x’,y’) e B=(x”,y”). Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso
tan(a) = -tan(b) de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra forma para
representar números complexos unitários A e B, como:
Simetria em relação à origem A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)
Seja M um ponto da circunferência trigonométrica lo‐
calizado no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico de M onde a é o argumento de A e b é o argumento de B.
em relação a origem, estes pontos M e M’ possuem orde‐ Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo: Assim, ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)
nadas e abscissas simétricas.
AT OA
= Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a)+isen(a)]
MN ON [cos(b)+isen(b)]

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

e desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as 10z = 120 000
[cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)] 9. PROPORCIONALIDADE E FINANÇAS: sucessões sejam diretamente proporcionais: z = 12 000
GRANDEZAS PROPORCIONAIS:
Para que dois números complexos sejam iguais, suas PORCENTAGEM. ACRÉSCIMOS E 2 8 y Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$
partes reais e imaginárias devem ser iguais, logo DESCONTOS. JUROS: CAPITALIZAÇÃO 3 x 21 10.800,00 e Toni, R$ 12.000,00.
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
SIMPLES E CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA.
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a) Como as sucessões são diretamente proporcionais, as Números Inversamente Proporcionais
razões são iguais, isto é:
Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas Considere os seguintes dados, referentes à produção
2 8 y
fórmulas da soma NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS = = de sorvete por uma máquina da marca x-5:
cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b) 3 x 21
sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a) Considere a seguinte situação: 8 2 1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min.
2 y
= = 2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60
para obter Joana gosta de queijadinha e por isso resolveu aprender 3 x 3 21 min.
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b) a fazê-las. Adquiriu a receita de uma amiga. Nessa receita, 2x = 3 . 8 3y = 2 . 21 4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b) os ingredientes necessários são: 2x = 24 3y = 42 min.
24 42 6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20
Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença 3 ovos x= y= min.
2
1 lata de leite condensado 3
Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e 1 xícara de leite x=12 y=14 Observe agora as duas sucessões de números:
b com 0£a£2 e 0£b£2 , a>b, então; 2 colheres das de sopa de farinha de trigo
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b) 1 colher das de sobremesa de fermento em pó Logo, x = 12 e y = 14 Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) 1 pacote de coco ralado Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20
1 xícara de queijo ralado Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio,
Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos: 1 colher das de sopa de manteiga César e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$ Nessas sucessões as razões entre cada termo da
24.000,00, César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00. primeira sucessão e o inverso do termo correspondente da
sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b) Veja que: Depois de 6 meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi segunda são iguais:
tan(a + b) = repartido entre eles em partes diretamente proporcionais
cos(a)cos(b) − sen(a)sen(b) - Para se fazerem 2 receitas seriam usados 6 ovos para à quantia investida. Calcular a parte que coube a cada um.
1
=
2
=
4
=
6
= 120
1 1 1 1
4 colheres de farinha; 120 60 30 20
- Para se fazerem 3 receitas seriam usados 9 ovos para Solução:
Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a) 6 colheres de farinha; Representando a parte de Júlio por x, a de César por y,
cos(b), segue a fórmula: - Para se fazerem 4 receitas seriam usados 12 ovos para e a de Toni por z, podemos escrever: Dizemos, então, que:
8 colheres de farinha; - os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente
tan(a) + tan(b) - Observe agora as duas sucessões de números:  x + y + z = 32400


 proporcionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20;
tan(a + b) =  x y z  - o número 120, que é a razão entre cada termo da
1− tan(a)tan(b)  24000 = 27000 = 30000 
Sucessão do número de ovos: 6 primeira sucessão e o inverso do seu correspondente na
9 12 
32400
 segunda, é chamado fator de proporcionalidade.
Como Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 x y z x+ y+z
= = =
sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b) 8 24000 27000 30000 24000
 +
27000
+ 30000
 Observando que
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b) 81000
1 4 é mesmo que
podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, Nessas sucessões as razões entre os termos é o mesmo que 1.120=120
para obter: correspondentes são iguais: Resolvendo as proporções: 1 1
20 30
tan(a) − tan(b) 6 3
= 9 3
=
12 3
= 4.30=120
tan(a − b) = 4 2 6 2 8 2 x
=
32400 4
1+ tan(a)tan(b) 24000 8100010
Assim:
6 9 12 3
= = =
2 é o mesmo que 2.60=120 6 é o mesmo que
10x = 96 000
4 6 8 2 1 1
Dizemos, então, que: x = 9 600 60 20
y 4
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente = 6.20= 120
27000 10
proporcionais aos da sucessão 4, 6, 8;
- o número 2 , que é a razão entre dois termos corres‐
3

pondentes, é chamado fator de proporcionalidade. 10y = 108 000 Podemos dizer que: Duas sucessões de números
Duas sucessões de números não-nulos são diretamen‐ y = 10 800 não-nulos são inversamente proporcionais quando os
te proporcionais quando as razões entre cada termo da produtos de cada termo da primeira sucessão pelo termo
z 4
primeira sucessão e o termo correspondente da segunda = correspondente da segunda sucessão são iguais.
sucessão são iguais. 3000 10

165 166
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as Com base na tabela apresentada observamos que: Observe que, duas a duas, as razões entre os números 2 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
sucessões sejam inversamente proporcionais: que indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões MÁTICA – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00 deve
- duplicando o número de dias, duplicou a que indicam o tempo: ser repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais
4 x 8 produção de açúcar; a suas idades que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho re‐
30 6
20 16 y - triplicando o número de dias, triplicou a produção = inverso da razão 12 ceberá o valor de:
de açúcar, e assim por diante. 60 12 6 A) R$ 420.000,00
Para que as sucessões sejam inversamente B) R$ 250.000,00
30 4
proporcionais, os produtos dos termos correspondentes Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e = inverso da razão 12 C) R$ 360.000,00
deverão ser iguais. Então devemos ter: produção são diretamente proporcionais. 90 12 4 D) R$ 400.000,00
4 . 20 = 16 . x = 8 . y Observe também que, duas a duas, as razões entre o E) R$ 350.000,00
30 3 12
número de dias e o número de sacos de açúcar são iguais: = inverso da razão
120 12 3
16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20 3 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-
60 4 6
16x = 80 8y = 80 = inverso da razão MINISTRATIVO – FCC/2014) Uma empresa foi consti‐
90 6 4
x = 80/16 y = 80/8 tuída por três sócios, que investiram, respectivamente,
x=5 y = 10 R$60.000,00, R$40.000,00 e R$20.000,00. No final do pri‐
60 3
= inverso da razão 6 meiro ano de funcionamento, a empresa obteve um lucro
Logo, x = 5 e y = 10. 120 6 3 de R$18.600,00 para dividir entre os sócios em quantias di‐
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são retamente proporcionais ao que foi investido. O sócio que
Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes diretamente proporcionais quando a razão entre os valores 90 3 inverso da razão 4 menos investiu deverá receber
=
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4. da primeira é igual à razão entre os valores da segunda. 120 6 3 A) R$2.100,00.
B) R$2.800,00.
Representamos os números procurados por x, y e z. E Tomemos agora outro exemplo. Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas C) R$3.400,00.
como as sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz são inversamente proporcionais quando a razão entre os D) R$4.000,00.
proporcionais, escrevemos: 70l de álcool. valores da primeira é igual ao inverso da razão entre os E) R$3.100,00.

104
 De acordo com esses dados podemos supor que: valores da segunda.
x y z x y z x+ y+z Acompanhe o exemplo a seguir:
= = = = = - com o dobro do número de toneladas de cana, a usina 4 - (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO-
1 1 1 1 1 1 1 1 1 produza o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l; Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 dias. VIÁRIA I - FCC/2013) Um mosaico foi construído com
+ +
2 3 4 2 3 4 2 3 4 - com o triplo do número de toneladas de cana, a usina De acordo com esses dados, podemos supor que: triângulos, quadrados e hexágonos. A quantidade de po‐
produza o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l. lígonos de cada tipo é proporcional ao número de lados
- o dobro do número de máquinas realiza o mesmo do próprio polígono. Sabe-se que a quantidade total de
Então concluímos que as grandezas quantidade de cana- trabalho na metade do tempo, isto é, 18 dias; polígonos do mosaico é 351. A quantidade de triângulos e
de-açúcar e número de litros de álcool são diretamente - o triplo do número de máquinas realiza o mesmo quadrados somada supera a quantidade de hexágonos em
Como, vem proporcionais. trabalho na terça parte do tempo, isto é, 12 dias. A) 108.
Então concluímos que as grandezas quantidade de B) 27.
Grandezas Inversamente Proporcionais máquinas e tempo são inversamente proporcionais. C) 35.
D) 162.
Considere uma moto cuja velocidade média e o tempo E) 81.
gasto para percorrer determinada distância encontram-se QUESTÕES
na tabela:
1 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA – 5 - (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
Velocidade Tempo FCC/2013) Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço NESP/2014) Foram construídos dois reservatórios de
Logo, os números procurados são 48, 32 e 24. para sua biblioteca, composto por três salões. Estima-se água. A razão entre os volumes internos do primeiro e do
30 km/h 12 h que, nesse espaço, poderão ser armazenados até 120.000 segundo é de 2 para 5, e a soma desses volumes é 14m³.
Grandezas Diretamente Proporcionais 60 km/h 6h livros, sendo 60.000 no salão maior, 15.000 no menor e os Assim, o valor absoluto da diferença entre as capacidades
demais no intermediário. Como a faculdade conta atual‐ desses dois reservatórios, em litros, é igual a
90 km/h 4h
Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos mente com apenas 44.000 livros, a bibliotecária decidiu co‐ A) 8000.
cinco primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte: 120 km/h 3h locar, em cada salão, uma quantidade de livros diretamente B) 6000.
proporcional à respectiva capacidade máxima de armaze‐ C) 4000.
Com base na tabela apresentada observamos que: namento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de D) 6500.
Dias Sacos de açúcar
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é E) 9000.
1 5 000 - duplicando a velocidade da moto, o número de horas igual a
2 10 000 fica reduzido à metade; A) 17.000.
- triplicando a velocidade, o número de horas fica B) 17.500. 6 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
3 15 000 reduzido à terça parte, e assim por diante. C) 16.500. NISTRATIVO – FCC/2014) Na tabela abaixo, a sequência
4 20 000 D) 18.500. de números da coluna A é inversamente proporcional à se‐
5 25 000 Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e E) 18.000. quência de números da coluna B.
tempo são inversamente proporcionais.

167 168
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

4 - RESPOSTA: “B”. 8 - RESPOSTA “A”.

A letra X representa o número

A) 90.
B) 80.
C) 96.
D) 84.
E) 72.
189-162= 27 382 ➜Somamos os inversos dos números, ou seja: . Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos
7 - (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
SPDM/2012) Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inver‐ com: = . Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde a uma soma. Divi‐
5 - RESPOSTA: “B”.
samente proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos,
Primeiro:2k dindo-se a soma pela soma:
de12 anos, e Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio
será de: Segundo:5k
A) R$ 3.600,00 2k+5k=14
B) R$ 4.800,00 7k=14
C) R$ 7.000,00 K=2 Razão
D) R$ 5.600,00 Primeiro=2.2=4
Segundo=5.2=10 Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
8 - (TRT – FCC) Três técnicos judiciários arquivaram Diferença=10-4=6m³ A razão é representada por um número racional, mas é lida de modo diferente.
um total de 382 processos, em quantidades inversamente
proporcionais as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. 1m³------1000L Exemplos
Nessas condições, é correto afirmar que o número de pro‐ 6--------x
cessos arquivados pelo mais velho foi: X=6000 l 3
A) 112 a) A fração lê-se: “três quintos”.
B) 126 6 - RESPOSTA: “B”. 5
C) 144 3
D) 152 b) A razão lê-se: “3 para 5”.
E) 164 5
Os termos da razão recebem nomes especiais.
RESPOSTAS
O número 3 é numerador
1 - RESPOSTA: “C”. 3
Como é diretamente proporcional, podemos analisar a) Na fração
X=80 5
da seguinte forma: O número 5 é denominador
No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, 7 - RESPOSTA: “B”.
no salão menor é 1/8 dos livros. Marcos: a
O número 3 é antecedente
Então, como tem 44.000 livros, no salão maior ficará
Fábio: b
com 22.000 e no salão menor é 5.500 livros. a) Na razão 3
a+b=8400
22000+5500=27500 5 O número 5 é consequente
b=4800
Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
Exemplo 1
2 - RESPOSTA: “C”.
5x+8x+12x=750.000 A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e 20 é 50 5 .
=
25x=750.000 50 5 20 2
X=30.000
O mais velho receberá:12⋅30000=360.000,00 Exemplo 2

3 - RESPOSTA: “E”. Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. A razão entre o número de rapazes e o número de moças é
20000 :40000 :60000 18 3
1: 2: 3 = , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e o total
24 4
k+2k+3k=18600 de alunos é dada por 18 = 3 , o que equivale a dizer que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”.
6k=18600 42 7
k=3100
O sócio que investiu R$20.000,00 receberá R$3.100,00.

169 170
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Razão entre grandezas de mesma espécie A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de- Exemplo 2 A soma dos antecedentes está para a soma dos con‐
mográfica. sequentes assim como cada antecedente está para o seu
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a consequente.
quociente dos números que expressam as medidas dessas quadrado”) deve acompanhar a razão. seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da
grandezas numa mesma unidade. criança. 12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
Exemplo Exemplo 3 = ⇒⎨ = ⇒ =
Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada 8 2 ⎩ 8+2 8 10 8
Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de por:
dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor‐ ou
área do tapete e a área da sala. ridos pelo número de litros de combustível consumidos, 5gotas x
= → x = 30gotas 12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em teremos o número de quilômetros que esse carro percorre 2kg 12kg = ⇒⎨ = ⇒ =
uma mesma unidade: com um litro de gasolina: 8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2 Por outro lado, se soubermos que foram corretamente
Área do tapete: 384 dm2 83, 76km ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que
≅ 10, 47km / l A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos 8l seu “peso” é 8 kg, pois: consequentes assim como cada antecedente está para o
escrever a razão: seu consequente.
A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé- 5gotas
384dm 2 384 16 = 20gotas / p → p = 8kg
= = dio. 2kg
1800dm 2 1800 75 3 1 ⎧ 3−1
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve = ⇒⎨ =
3

2
=
3
acompanhar a razão. (nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é co‐ 15 5 ⎩15 − 5 15 10 15
Razão entre grandezas de espécies diferentes mumente chamado de regra de três simples.)
Exemplo 4 ou
Exemplo 1 Propriedades da Proporção
Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento 3 1 ⎧ 3−1 1 2 1
= ⇒⎨ = ⇒ =
Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilô‐ é representado num desenho por 20 cm. Qual é a escala O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: 15 5 ⎩15 − 5 5 10 5
metro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro do desenho? essa propriedade possibilita reconhecer quando duas ra‐
170. zões formam ou não uma proporção.
Questões
comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km Escala = = = = ou1: 40 4 12
comprimento i real 8m 800cm 40 e 1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h 3 9 formam uma proporção, pois concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o A razão entre um comprimento no desenho e o corres‐ Produtos dos extremos ← 4.9  → Produtos dos
 = 3.12 total de candidatos participantes do concurso é:
tempo gasto para isso: pondente comprimento real, chama-se Escala. meios. 36 36
A) 2/3
140km Proporção A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro B) 3/5
= 70km / h C) 5/10
2h (ou para o segundo termo) assim como a soma dos dois
A igualdade entre duas razões recebe o nome de pro- últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). D) 2/7
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade mé- porção. E) 6/7
dia. 3 6
Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como 5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
= ⇒⎨ = ⇒ =
Observe que: 6 está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extre‐ 2 4 ⎩ 5 10 5 10 – Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que
- as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas mos, e os números 5 e 6 são chamados meios. tomam café puro e o número de pessoas que tomam café
diferentes; ou com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180
- a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao pro‐ pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo
acompanhar a razão. duto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade fundamen‐ 5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que
= ⇒⎨ = ⇒ =
Exemplo 2 tal das proporções: 2 4 ⎩ 2 4 2 4 o número de pessoas que tomarão café puro será:
A) 72
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de “Em toda proporção, o produto dos meios é igual A diferença entre os dois primeiros termos está para B) 86
Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 ao produto dos extremos”. o primeiro (ou para o segundo termo) assim como a dife‐ C) 94
km e uma população de 66 288 000 habitantes, aproxi‐
2
Exemplo 1 rença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o D) 105
madamente, segundo estimativas projetadas pelo Instituto quarto termo). E) 112
2 6
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
1995. 3 9 4 8 4 − 3 8 − 6 1 2 3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU‐
= ⇒ = ⇒ =
e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16. 3 6  4 8 4 8 RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló‐
Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte‐ 4 16 gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2): ou razão entre o número de anfíbios e répteis. Considerando
que o número de aves, mamíferos e anfíbios são, respecti‐
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
6628000
≅ 71,5hab. / km 2 = ⇒ = ⇒ = vamente, iguais a 39, 57 e 26, quantos répteis existem neste
927286 3 6  3 6 3 6 zoológico?

171 172
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

A) 31 D) 10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú‐
B) 34 Nº de livros Nº de revistas mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
C) 36 determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
D) 38 Antes da compra 200 50 que, no total, o número de usuários atendidos foi
E) 43 Após a compra 300 200 A) 84
B) 100
4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pon‐ E) C) 217
tos E e F dividem o lado AB do retângulo ABCD em seg‐ D) 280
Nº de livros Nº de revistas
mentos de mesma medida. E) 350
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300 Respostas

6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012)


Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bi‐ 1 – Resposta “B”
lhões de reais com 240 lojas em um estado. Considerando
que esse faturamento é proporcional ao número de lojas,
em outro estado em que há 180 lojas, o faturamento anual,
em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15 2 – Resposta “A”
D) 3,35 Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
E) 3,55 número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:

A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do 7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA‐ CP+CL = 180
retângulo é: RUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são
a) 1/8 do sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há de‐ A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:
b) 1/6 zoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo mas‐
c) 1/2 culino?
d) 2/3 A) Doze alunos.
e) 3/4 B) Quatorze alunos.   180.2 = CP.5  CP =  CP = 72
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.
5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na 3 - RESPOSTA: “D”
biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade 8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU‐
de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de NESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico,
novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3. 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo
Assinale a única tabela que está associada corretamen‐ que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atra‐
te a essa situação. so. Sabendo que todos os demais alunos chegaram no ho‐
rário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão
A) entre o número de alunos que chegaram com mais de 30
Nº de livros Nº de revistas minutos de atraso e número de alunos que chegaram no Aplicando-se o produto dos meios pelos extremos temos:
horário, nessa ordem, foi de
Antes da compra 50 200
A) 2:3
Após a compra 200 300 B) 1:3
C) 1:6
B) D) 3:4
Nº de livros Nº de revistas E) 2:5
4 - Resposta “B”
Antes da compra 50 200 9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A
Após a compra 300 200 razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de
5/2. Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do
C) filho hoje é de
Nº de livros Nº de revistas A) 10 anos
B) 12 anos
Antes da compra 200 50 C) 14 anos
Após a compra 200 300 D) 16 anos
E) 18 anos

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

5 - RESPOSTA: “A” 10 - RESPOSTA: “E” Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem Resolução: VA = 1,4 . V
Para cada 1 livro temos 4 revistas Usuários internos: I de duas formas: 3 500 = 1,4 . V
Significa que o número de revistas é 4x o número de Usuários externos : E Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
3500
livros. Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100% V= = 2500
1,4
50 livros: 200 revistas  5I = 3I+420 2I = 420 I = 210
Observação: A mesma análise pode ser feita para o Resposta: R$ 2 500,00
Depois da compra caso de prejuízo.
2 livros :3 revistas I+E = 210+140 = 350 Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
200 livros: 300 revistas Exemplo um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
6 - RESPOSTA: “C” PORCENTAGEM dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida após o primeiro aumento, temos:
É uma fração de denominador centesimal, ou seja, por R$ 800,00. V1 = V . (1 + 1 )
p
é uma fração de denominador 100. Representamos Pede-se: 100

porcentagem pelo símbolo % e lê-se: “por cento”. - o lucro obtido na transação; Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
50 - a porcentagem de lucro sobre o preço de custo;
Deste modo, a fração é uma porcentagem que
240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões 100 - a porcentagem de lucro sobre o preço de venda. V2 = V1 . (1 + p2 )
podemos representar por 50%. 100
7 - RESPOSTA: “A” Resposta:
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculi‐ Forma Decimal: É comum representarmos uma Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00 V2 = V . (1 +
p1
) . (1 + 2 )
p
porcentagem na forma decimal, por exemplo, 35% na 100 100
no(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão: Lc = 300 = 0,60 = 60%
forma decimal seriam representados por 0,35. 500
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
300
75 Lv = = 0,375 = 37,5% sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.
800
 6x = 72  x = 12 75% = = 0,75
100
Aumento Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma V1 = V. (1 – p1 )
8- RESPOSTA: “C” porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial 100
por V. 100 V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor. Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:
Se 2/5 chegaram atrasados p Chamemos de A o valor do aumento e VA o valor após o
P% de V = .V aumento. Então, A = p% de V = p . V V2 = V1 . (1 –
p2
)
100 100
chegaram no horário 100
Exemplo 1 V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
p 100 100
23 VA = V + A = V + .V
23% de 240 = . 240 = 55,2 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá
100 p
tiveram mais de 30 minutos de atraso VA = ( 1 + ).V sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto
Exemplo 2 100
p de p2%.
Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento. Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67% V1 = V . (1+ 1 )
p
de uma amostra assistem a um certo programa de TV. 100
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas Desconto Sendo V2 o valor após o desconto, temos:
assistem ao tal programa? V2 = V1 . (1 – p2 )
67 Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial 100
Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520 V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
100 100 100
Chamemos de D o valor do desconto e VD o valor após o
9 – RESPOSTA: “C” Resposta: 37 520 pessoas. desconto. Então, D = p% de V = p . V Exemplo
100 (VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um
A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva‐ Porcentagem que o lucro representa em relação ao rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig‐ preço de custo e em relação ao preço de venda VD = V – D = V –
p
.V certa modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste
100
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho. banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n
Montando a proporção teremos: Chamamos de lucro em uma transação comercial de VD = (1 –
p
).V anos, o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse
compra e venda a diferença entre o preço de venda e o 100
depósito, são:
preço de custo. n
Lucro = preço de venda – preço de custo p  p 
Em que (1 – ) é o fator de desconto. Resolução: VA = 1 +  .v
Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de 100  100 
prejuízo. Exemplo
VA = 1. 15  .1000
n

Assim, podemos escrever: Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro  100 
Preço de custo + lucro = preço de venda sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a VA = 1 000 . (1,15)n
Preço de custo – prejuízos = preço de venda empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de VA = 1 000 . 1,15n
março, seja R$ 3 500,00, com que salário deve admiti-lo? VA = 1 150,00n

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6 - RESPOSTA: “C”. JUROS SIMPLES Observações: Observe que o crescimento do principal segundo juros
Preço de venda: PV simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo
Preço de compra: 350 Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo 1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma juros compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um
30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um unidade. crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado
valor. devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aquele 2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma graficamente da seguinte forma:
Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço que empresta). decimal.
de compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ 3) Chamamos de montante (M) a soma do capital
0,7PV = 1,2 . 350 - Os juros são representados pela letra j. com os juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
de capital e é representado pela letra C. calcular o 4º valor.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é
representado pela letra t. M=C+ j
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre
O preço de venda deve ser R$600,00.
um capital durante certo tempo. É representado pela letra i
Exemplo
e utilizada para calcular juros.
7 - RESPOSTA: “A”.
Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se Chamamos de simples os juros que são somados ao A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00
tirar uma preta é: capital inicial no final da aplicação. para render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observação:
Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.) Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma investidores particulares costumam reinvestir as quantias
unidade: C = R$ 20.000,00 geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o
Taxa anual --------------------- tempo em anos t = 3 anos emprego mais comum de juros compostos na Economia.
8 - RESPOSTA: “D”. Taxa mensal-------------------- tempo em meses j = R$ 28.800,00 Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em
Tem que ser menina E gostar de maçã. Taxa diária---------------------- tempo em dias i = ? (ao ano) estudos econômicos.
Meninas:100-70=30%
Consideremos, como exemplo, o seguinte problema: j = C.i.t Fórmula para o cálculo de Juros compostos
, simplificando temos ➜ 100 Considere o capital inicial (principal P) $1000,00
P = 0,075 . 100% = 7,5%. Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quan‐ aplicado a uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de
20000..i.3
tia de R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao 28 800 = 10% (i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal
9 - RESPOSTA: “A”. mês. Quanto deverá ser pago de juros? 100 + juros), mês a mês:
28 800 = 600 . i Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1
Resolução: + 0,1)
- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00 i = 28.800 Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1
- Tempo de aplicação (t): 4 meses 600 + 0,1)2
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês) i = 48 Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1
+ 0,1)3
Fazendo o cálculo, mês a mês: Resposta: 48% ao ano. .................................................................................................
- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x
R$ 3.000,00 = R$ 60,00 JUROS COMPOSTOS Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n
60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00
O capital inicial (principal) pode crescer, como já
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$
O lucro de Alexandre foi de R$33,60. sabemos, devido aos juros, segundo duas modalidades, a De uma forma genérica, teremos para um principal
120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00
saber: P, aplicado a uma taxa de juros compostos i durante o
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$
10 - RESPOSTA: “E”. 180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00 Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal período n : S = P (1 + i)n onde S = montante, P = principal,
Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos rende juros. i = taxa de juros e n = número de períodos que o principal
R$28.800-------80% R$ 240,00 de juros. Juros compostos - após cada período, os juros são P (capital inicial) foi aplicado.
x------------------100% incorporados ao principal e passam, por sua vez, a render Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo
Fazendo o cálculo, período a período: juros. Também conhecido como “juros sobre juros”. referentes à taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser
- No final do 1º período, os juros serão: i.C Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C capital através juros simples e juros compostos, com um que não pode ser esquecido! Assim, por exemplo, se a taxa
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C exemplo: Suponha que $100,00 são empregados a uma for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar
----------------------------------------------------------- taxa de 10% a.a. (ao ano) Teremos: 2% ao mês durante 3x12=36 meses.
--
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + Exemplos
Valor total: R$36.000,00+R$1.800,00=R$37.800,00 ... + i.C
1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação,
Portanto, temos: em função do montante S e da taxa de aplicação i por
período.
J=C.i.t

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Solução: 2. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI‐ Descontos Simples e Compostos Resposta:
Temos S = P(1+i)n NISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou R$60.000,00 h = 0.04
Logo, S/P = (1+i)n num fundo de investimento, em regime de juros compos‐ São juros recebidos (devolvidos) ou concedidos quando iB = 0.12 * 3
Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos tos, com taxa de 2% ao mês. Após 3 meses, o montante o pagamento de um título é antecipado. O desconto é a
escrever: que José Luiz poderá sacar é diferença entre o valor nominal (S) de um título na data do AB = N * [1-(iB * h)]
n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal A) R$63.600,00. seu vencimento e o seu valor atual (C) na data em que é 300000 = N * [1-(0.12*3 * 0.04)]
(base 10), vem: B) R$63.672,48. efetuado o pagamento, ou seja: 300000 = N * [1-0.4]
C) R$63.854,58. D=S-C N = 500000
log(S / P) log S − log P D) R$62.425,00.
n= = Vc = 0.04 * N
log(1+ i) log(1+ i) E) R$62.400,00. Os descontos são nomeados simples ou compostos Vc = 0.04 * 500000
em função do cálculo dos mesmos terem sido no regime Vc = 20000
Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) = 3. CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA‐ de juros simples ou compostos, respectivamente. Os
logS – logP TEC/2013) Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago no descontos (simples ou compostos) podem ser divididos Questão 2. O valor atual de um título cujo valor de
prazo de 5 meses, com juros simples de 2,5% a.m. (ao mês). em: vencimento é de R$ 256.000,00, daqui a 7 meses, sendo a
Nesse sentido, o valor da dívida na data do seu vencimento - Desconto comercial, bancário ou por fora;
Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos taxa de juros simples, utilizada para o cálculo, de 4% a.m., é:
será: - Desconto racional ou por dentro.
juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos Resposta:
A) R$6.250,00.
logaritmos. N = 256000
B) R$16.250,00. Descontos Simples
2 – Um capital é aplicado em regime de juros n = 7 meses
C) R$42.650,00.
compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de D) R$56.250,00. i = 0.04 a.m.
quanto tempo este capital estará duplicado? Por Fora (Comercial ou Bancário). O desconto é
E) R$62.250,00. calculado sobre o valor nominal (S) do título, utilizando-se iB = n*i = 7*0.04 = 0.28
taxa de juros simples A = N / (1+iB) = 256000 / 1.28 = 200000
Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital 4. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA‐
inicial estiver duplicado, teremos S = 2P. Df = S.i.t
MA/2013) Teresa pagou uma conta no valor de R$ 400,00 Questão 3. O desconto simples comercial de um título
Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 com seis dias de atraso. Por isso, foi acrescido, sobre o va‐ é de R$ 860,00, a uma taxa de juros de 60% a.a.. O valor
= 2%] É o desconto mais utilizado no sistema financeiro, para
lor da conta, juro de 0,5% em regime simples, para cada dia operações de curto prazo, com pequenas taxas. O valor a do desconto simples racional do mesmo título é de R$
Simplificando, fica: de atraso. Com isso, qual foi o valor total pago por Teresa? 781,82, mantendo-se a taxa de juros e o tempo. Nesse as
ser pago (ou recebido) será o valor atual C = S - Df = S -
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples. A) R$ 420,00. condições, o valor nominal do rótulo é de:
S.i.t , ou seja
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 B) R$ 412,00. Resposta:
C = S.(1- i.t)
/ 0,00860 = 35 C) R$ 410,00. Dc = 860
D) R$ 415,00.
Por Dentro (Racional). O desconto é calculado sobre o Dr = 781.82
Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores E) R$ 422,00.
valor atual (C) do título, utilizando-se taxa de juros simples Usando N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr),
podem ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras
Dd = C.i.t N = (860 * 781.82) / (860 – 781.82) = 672365.2 / 78.18
científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o 5. PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
Polícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca = 8600.22
examinador teria de informar os valores dos logaritmos Como C não é conhecido (mas sim, S) fazemos o
necessários, ou então permitir o uso de calculadora na No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia
de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado seguinte cálculo: Questão 4. O valor atual de uma duplicata é de 5 vezes
prova, o que não é comum no Brasil. C = S - Dd ==> C = S - C.i.t ==> C + C.i.t = S ==>
de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar. o valor de seu desconto comercial simples. Sabendo-se
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses C(1 + i.t) = S
Durante a ação, a polícia autuou 16 condutores. que a taxa de juros adotada é de 60% a.a., o vencimento do
(observe que a taxa de juros do problema é mensal), o que C = S/(1 + i.t)
Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CP‐ título expresso em dias é:
equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses. Tran, 12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e Resposta:
quatro por desobediência à Lei Seca[...]. Este desconto é utilizado para operações de longo i = 60% a.a. → i = 0.6 a.a.
O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e prazo. Note que (1 - i.t) pode ser nulo, mas (1 + i.t) nunca A = N – D (valor atual é o nominal menos o desconto)
EXERCÍCIOS vale zero.
teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por 5D = N – D → N = 6D
um ano. A = N * ( 1 – i*n)
1. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA‐ Descontos Compostos
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada) 5D = 6D ( 1 – 0.6 * n)
DE – FCC/2012) Renato aplicou uma quantia no regime de
Investindo um capital inicial no valor total das quatros 5 = 6 ( 1 – 0.6 * n)
capitalização de juros simples de 1,25% ao mês. Ao final de mulas durante um período de dez meses, com juros de 5% O desconto (Dc) é calculado com taxa de juros
um ano, sacou todo o dinheiro da aplicação, gastou meta‐ 5 = 6 – 3.6 * n
ao mês, no sistema de juros simples, o total de juros obti‐ compostos, considerando n período(s) antecipado(s):
de dele para comprar um imóvel e aplicou o restante, por 3.6 * n = 1
dos será: Dc = S - C
quatro meses, em outro fundo, que rendia juros simples de n = 0.277 (anos)
A) R$2.768,15
1,5% ao mês. Ao final desse período, ele encerrou a aplica‐ onde, de S = C.(1 + i)n, tiramos que C = S/(1 + i)n n = 0.277 * 365 dias
B) R$1.595,27
ção, sacando um total de R$ 95.082,00. A quantia inicial, em n = 101.105 dias
C) R$3.821,08
reais, aplicada por Renato no primeiro investimento foi de D) R$9.552,70 Questão 1. Um banco ao descontar notas promissórias,
A) 154.000,00 E) R$1.910,54 utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de Questão 5. Uma empresa descontou em um banco
B) 156.000,00 12% a.m.. O banco cobra, simultaneamente uma comissão uma duplicata de R$ 600.000,00, recebendo o líquido de
C) 158.000,00 6. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN‐ de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente 516.000,00. Sabendo=se que o banco cobra uma comissão
D) 160.000,00 DEC/2013) Uma aplicação financeira rende mensalmente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao descontar uma de 2% sobre o valor do título, que o regime é de juros
E) 162.000,00 0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00 promissória vencível em três meses. O valor da comissão simples comerciais. Sendo a taxa de juros de 96% a.a., o
renderá: (Considere juros compostos) é de: prazo de desconto da operação foi de:

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Resposta: Questão 9. Um título no valor nominal de R$ 848.58 = 10000 – A Questão 15. O valor nominal de uma dívida é igual a
N = 600000 10.900,00 deve sofrer um desconto comercial simples de A = 10000 – 848.58 5 vezes o desconto racional composto, caso a antecipação
Ab = 516000 R$ 981,00 três meses antes do seu vencimento. Todavia A = 10000 – 848.58 seja de dez meses. Sabendo-se que o valor atual da dívida
h = 0.02 uma negociação levou a troca do desconto comercial por A = 9151.42 (valor de resgate) é de R$ 200.000,00, então o valor nominal
i = 0.96 a.a. um desconto racional simples. Calcule o novo desconto, Questão 12. Um título foi descontado por R$ 840,00, da dívida, sem considerar os centavos é igual a:
Db = Db + N*h considerando a mesma taxa de desconto mensal: quatro meses antes de seu vencimento. Calcule o desconto Resposta:
Ab = N * [1 - (i*n+h)] Resposta: obtido considerando um desconto racional composto a N = 5 * Drc
516000 = 600000 * [1-(0.96*n+0.02)] N = 10900 uma taxa de 3% a.m. n = 10 meses
0.8533 = 1 – 0.96*n – 0.02 Dc = 981 Resposta: A = 200000
0.8533 = 0.98 – 0.96*n n=3 n = 4 meses
0.96 * n = 0.1267 i = 0.03 a.m. Drc = N – A
n = 0.1319 anos ≈ 45 dias Dc = N * i * n A = 840 Drc = 5 * Drc – 200000
981 = 10900 * i * 3 4 * Drc = 200000
Questão 6. O desconto comercial simples de um título 981 = 32700 * i Dcr = N – A Drc = 50000
quatro meses antes do seu vencimento é de R$ 600,00. i = 0.03 (3% a.m.) Dcr = N – 840 Drc = N – A
Considerando uma taxa de 5% a.m., obtenha o valor Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
correspondente no caso de um desconto racional simples: Dr = N * i * n / (1+i*n) (1+0.03)4 = 1.12550881 50000 = N – 200000
Resposta: Dr = 10900 * 0.03 * 3 / (1+0.03*3) (1+0.03)4 -1 = 0.12550881 N = 250000
Dc = 600 Dr = 10900 * 0.09 / 1.09 Dcr = N * 0.12550881 / 1.12550881
i = 0.05 a.m. Dr = 10900 * 0.09 / 1.09 N * 0.12550881 / 1.12550881 = N – 840 Questão 16. Um Commercial paper, com valor de face
n=4 Dr = 900 N * 0.12550881 = 1.12550881 * N – 945.4274004 de US$ 1.000.000,00 e vencimento daqui a três anos deve
outra forma de fazer a questão seria usando: N = 945.4274004 ser resgatado hoje. A uma taxa de juros compostos de 10%
Dc = Dr * (1 + i*n) N = (Dc * Dr) / (Dc – Dr) Dcr = 945.4274004 – 840 a.a. e considerando o desconto racional, obtenha o valor
600 = Dr * (1 + 0.05*4) 10900 = 981 * Dr / (981-Dr) Dcr ≈ 105.43 do resgate.
Dr = 600/1.2 10692900 – 10900 * Dr = 981 * Dr Resposta:
Dr = 500 11881 * Dr = 10692900 N = 1000000
Questão 13. Um título sofre um desconto composto
11881 * Dr = 10692900 n = 3 anos
racional de R$ 6.465,18 quatro meses antes do seu
Dr = 900
Questão 7 – O desconto racional simples de uma vencimento. Indique o valor mais próximo do valor i = 0.1 a.a.
nota promissória, cinco meses antes do vencimento, é descontado do título, considerando que a taxa de desconto
Questão 10. Um título sofre desconto simples
de R$ 800,00, a uma taxa de 4% a.m.. Calcule o desconto é de 5% a.m.: Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n]
comercial de R$ 1.856,00, quatro meses antes do seu
comercial simples correspondente, isto é, considerando o Resposta: (1+i)n = 1.331
vencimento a uma taxa de desconto de 4% a.m.. Calcule
mesmo título, a mesma taxa e o mesmo prazo. Dcr = 6465.18 (1+i)n -1 = 0.331
o valor do desconto correspondente à mesma taxa, caso
Resposta: n = 4 meses Dcr = 1000000 * 0.331 / 1.331
fosse um desconto simples racional:
Dr = 800 i = 0.05 a.m. Dcr = 248,685.20
Resposta:
i = 0.04 a.m. A = N – Drc
Dc = 1856
n = 5 meses n = 4 meses Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] A = 1000000 – 248,685.20
i = 0.04 a.m. (1+i)n = 1.21550625 A = 751,314.80
Dc = Dr * (1 + i*n) (1+i)n – 1 = 0.21550625
Dc = 800 * (1 + 0.04*5) Dc = N * i * n 6465.18 = N * 0.21550625 / 1.21550625 Questão 17. Uma pessoa quer descontar hoje um
Dc = 800 * 1.2 Dr = N * i * n / (1+i*n) N = 36465,14 título de valor nominal de R$ 11.245,54, com vencimento
Dc = 960 Dr = 1856 / (1+0.04*4) para daqui a 60 dias, e tem as seguintes opções:
Dr = 1856 / 1.16 Questão 14. Um título sofre um desconto composto I – desconto simples racional, taxa de 3% a.m.;
Questão 8. Um título sofre um desconto comercial de Dr = 1600 racional de R$ 340,10 seis meses antes do seu vencimento. II – desconto simples comercial, taxa de 2,5% a.m.;
R$ 9.810,00 três meses antes do seu vencimento a uma Calcule o valor descontado do título considerando que a III – desconto composto racional, taxa de 3% a.m.
taxa de deconto simples de 3% a.m.. Indique qual seria Questão 11. Obtenha o valor hoje de um título de R$ taxa de desconto é de 5% a.m. (despreza os centavos):
o desconto à mesma taxa se o desconto fosse simples e 10.000,00 de valor nominal, vencível ao fim de três meses, Resposta: Se ela escolher a opção I, a diferença entre o valor
racional. a uma taxa de juros de 3% a.m., considerando um desconto Dcr = 340.10 líquido que receberá e o que receberia se escolhesse a
Resposta: racional composto e desprezando os centavos. n = 6 meses opção:
Dc = 9810 Resposta: i = 0.05 a.m. Resposta:
n = 3 meses N =10000 Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] N = 11245.54
i = 0.03 a.m. n = 3 meses (1+0.05)6 = 1.340095640625 n = 60 dias = 2 meses
i = 0.03 a.m. (1+i)n – 1 = 0.340095640625 I) Dc = N * i * n
Dc = Dr * (1 + i*n) 340.10 = N * 0.340095640625 / 1.340095640625 Dc = 11245.54 * 0.025 *2
9810 = Dr * (1 + 0.03*3) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] N ≈ 1340.10 Dc = 562.277
9810 = Dr * 1.09 (1+0.03)3 = 1.092727 Dcr = N – A A = N – Dc
Dr = 9810/1.09 Dcr = 10000 * 0.092727 / 1.092727 340.10 = 1340.10 – A A = 11245.54 – 562.277
Dr = 9000 Dcr = 848.58 A = 1000 A = 10683.26
Dcr = N – A

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

II) Dr = (N * i * n) / (1 + i * n) Drc * (1 – 0.12550881 / 1.12550881) = 490.657 Onde: A – Valor atual Onde:


Dr = (11245.54 * 0.03 * 2) / (1 + 0.03 * 2) Drc * 0.888487048 = 490.657 Dc = desconto comercial
Dr = 674.7324 / 1.06 Drc = 552.23 Exemplos para fixação de conteúdo: N = valor nominal do título dado
Dr = 636.54 N = A + Drc i = taxa de desconto
A = N – Dc N = 4400 + 552.23 Qual o valor atual atual (A) de um título de uma t = período de tempo na operação
A = 11245.54 – 636.54 N = 4952.23 empresa no valor de R$ 15.000,00 a 2% a.m, descontado 6 100 = tempo considerado em anos
A = 10609.0 meses antes do prazo do seu vencimento?
Questão 20. Antônio emprestou R$ 100.000,00 a Observações:
III) Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] Carlos, devendo o empréstimo ser pago após 4 meses, Resolvendo:
Dcr = 11245.54 * 0.05740409 acrescido de juros compostos calculados a uma taxa de a) Quando o período de tempo (t) for expresso no
Dcr = 645.54 15% a.m., com capitalização diária. Três meses depois N = 15.000 problema em dias, o tempo considerado na operação
A = N – Dc Carlos decide quitar a dívida, e combina com Antônio I = 2% a.m = 24% a.a. (01 ano = 12 meses) devera ser em dias e utilizado o valor de 36000.
A = 11245.54 – 645.54 uma taxa de desconto racional composto de 30% a.b. (ao T=6
A = 10600 bimestre), com capitalização mensal. Qual a importância b) Quando o período de tempo (t) for expresso em
paga por Carlos a título de quitação do empréstimo. Dc = 15000 x 24 x 6 = 2160000 meses, o tempo considerado deverá ser em meses e
Nenhum item tem uma resposta certa. Mas a diferença Resposta:               1200                 1200 utilizando o valor 1200.
entre o valor atual da escolha II e a III é nove, então se houve N = 100000
um erro na digitação da questão a resposta é a alternativa c. n = 4 meses = 120 dias Dc= 1800 Exemplos para fixação de conteúdo:
i = 15% a.m. = 0.5% a.d. = 0.005 a.d. A = 15000 – 1800 = 13200
Questão 18. Um título deveria sofrer um desconto A = 13200 1) Uma fatura foi paga com 30 dias antes do
comercial simples de R$ 672,00, quatro meses antes do M =C * (1+i)n vencimento do prazo para pagamento. Calcule o valor do
seu vencimento. Todavia, uma negociação levou à troca M =100000 * (1+0.005)120 Observe algumas notações: desconto, com uma taxa de 45% a.a., sabendo-se que o
do desconto comercial simples por um desconto racional M = 181939.67 valor da fatura era no valor de R$ 25.000,00.
composto. Calculo o novo desconto, considerando a A = M / (1+0.3/2) D Desconto realizado sobre o título Resolvendo:
mesma taxa de 3% a.m.. A = 158208.4
Resposta: N Valor nominal de um título Dados do problema
Dc = 672 Questão 21. Calcule o valor nominal de um título A Valor atual de um título
n = 4 meses que, resgatado 1 ano e meio antes do vencimento, sofreu I Taxa de desconto N = 25000
i = 0.03 a.m. desconto racional composto de R$ 25000,00, a uma taxa de i = 45% a.a.
30% a.a., com capitalização semestral. n Número de períodos para o desconto t = 30
Dc = N * i * n Resposta:
672 = N * 0.03 * 4 n = 1.5 anos = 3 semestres Assim: Dc = N . i . t
N = 5600 Drc = 25000         36000
Dcr = N * [1 - (1/(1+i)n)] i = 0.3 a.a. = 0.15 a.s. Como já falado anteriormente, o desconto é a diferença
Dcr = 5600 * [1 - (1/(1+i)n)] entre o valor nominal de um título (futuro) “N” e o valor Dc = 25000 x 45 x 30 = 33750000 = 937,50
(1+i)n = 1.12550881 Dcr = N * [ ((1+i)n - 1) / (1+i)n] atual “A” do título em questão.                  36000              36000
Dcr = 5600 * 0.12550881/1.12550881 (1+i)n = 1.520875
Dcr = 624.47 (1+i)n -1 = 0.520875 D=N-A O valor de desconto é de R$ 937,50.
25000 = N * 0.520875 / 1.520875
Questão 19. Um título é descontado por R$ 4.400,00, N = 25000 * 1.520875 / 0.520875 Fórmula do desconto: Observe o valor 36000 na divisão, pois o tempo é
quatro meses antes do seu vencimento. Obtenha o valor de N = 72996.16 expresso em dias.
face do título, considerando que foi aplicado um desconto Dc = N . i . t
racional composto a uma taxa de 3% a.m. (despreze os Descontos Racional e Comercial            100 2) A que taxa    foi    calculada    o    desconto     simples
centavos, se houver). de R$ 5.000,00 sobre um título de R$ 35.000,00, pago
Resposta: Desconto é o abatimento no valor de um título de Tipos de desconto antecipadamente em 8 meses ?
A = 4400 crédito que pode ser: Letra de câmbio; Fatura; Duplicata; Resolvendo:
n = 4 meses Nota promissória. Este desconto é obtido quando o mesmo Há basicamente dois tipos de descontos:
i = 0.03 a.m. é resgatado antes do vencimento do compromisso. – Desconto comercial (por fora) Dados do problema
O valor do título no dia do vencimento é chamado de: – Desconto racional (por dentro)
A = N – Drc valor nominal e este vêm declarado no mesmo. O valor N = 35000
A + Drc = N do título em uma data anterior ao vencimento da fatura é Desconto comercial: Também chamado de desconto i=?
Drc = N * [1 - (1/(1+i)n)] chamado de : valor atual. O valor atual é menor que o valor por fora, comercial, ou desconto bancário (Dc), pode ser t = 8 meses
(1+i)n = 1.12550881 nominal definido como aquele em que a taxa de desconto incide Dc = 5.000,00
Drc = N * 0.12550881 / 1.12550881 Desta forma, o valor atual de um título qualquer é sobre o valor nominal do título, levando-se em conta o
Drc = (A + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881 a diferença entre o valor nominal (valor do título) e seu capital principal como valor nominal “N”. Assim, de acordo Dc = N . i . t
Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881 respectivo desconto. Observe: com a fórmula dada:           1200
Drc = (4400 + Drc) * 0.12550881 / 1.12550881
Drc = 490.657 + Drc * 0.12550881 / 1.12550881 A = N – Dc ou A = N - Dr Dc = N . i . t i = 1200 . Dc
Drc – Drc * 0.12550881 / 1.12550881 = 490.657            100         N. t

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

I = 1200 x 5000 = 6000000 = 21,43% O valor do desconto é de R$ 905,66. Verificamos que os três capitais têm valores atuais A equivalência de capitais é bastante utilizada na
       35000 x 8         280000 idênticos na data focal considerada (data zero). Podemos, renegociação de dívidas, quando há necessidade de
Taxa de Equivalência portanto, dizer que eles são Equivalentes: tanto faz receber substituir um conjunto de títulos por um outro conjunto,
O valor da taxa é de 21,43% R$ 100,00 hoje, ou R$ 140,00 daqui a 4 meses ou R$ 190,00 equivalente ao original (isto porque o conceito de
A equivalência de capitais é uma das ferramentas daqui a nove meses, se a taxa de juros for de 10% ao mês e equivalência é aplicado não só para dois capitais, mas
Observe o valor 1200 na divisão, pois o tempo é mais poderosas da matemática financeira e tem sido o desconto racional simples. também para grupos de capitais).
expresso em meses. constantemente pedida nas provas de concursos públicos. Vejamos o que acontece se utilizarmos o critério do Às vezes um cliente faz um empréstimo num banco
O desconto comercial pode ser expresso na fórmula Aprendemos a calcular o Montante, em uma Data desconto comercial, em vez do desconto racional, para e se compromete e quitá-lo segundo um determinado
abaixo: Fatura, de um capital que se encontrava na data presente. calcular os valores atuais dos capitais R$ 140,00 e R$ 190,00: plano de pagamento. Todavia, devido a contingências
Relativo a descontos, aprendemos a calcular o Valor Vacs = N (1 – in) nos seus negócios, ele percebe que não terá dinheiro em
Dc = A . i . t Atual, em uma Data Presente, de um valor nominal que se Vacs1 = 140 ( 1 – 0,10 . 4) = 140 (0,6) = 84 caixa para pagar as parcelas do financiamento nas datas
        100 + it encontrava em uma data futura. Vacd2 = 190 (1 – 0,10 . 9) = 190 (0,1) = 19 convencionadas. Então, propõe ao gerente do banco um
Gostaríamos que você notasse que, ao calcular o Mudando-se a modalidade de desconto, portanto, os outro esquema de pagamento, alterando as datas de
Desconto Racional (por dentro): É chamado de montante, estávamos movendo o capital inicial a favor três capitais deixam de ser equivalentes. pagamento e os respectivos valores nominais de forma que
desconto racional o abatimento calculado com a taxa de do eixo dos tempos ou capitalizando-o, enquanto que, E se mudarmos a data de comparação, ou data focal, consiga honrá-los, mas de tal sorte que o novo esquema
desconto incidindo sobre o valor atual do título, temos ao calcularmos o valor atual, estávamos movendo o valor para o mês 2, por exemplo, continuando a utilizar o seja EQUIVALENTE ao plano original.
então: nominal (que também é um capital) contra o eixo dos tempos desconto racional simples? No cálculo do novo esquema de pagamento, a
ou descapitalizando-o, conforme se encontra ilustrado nos Acontecerá o seguinte: visualização do problema fica bastante facilitada com
Dr = A . i .t esquemas a seguir. a construção de um diagrama de fluxo de caixa no qual
          100 O capital R$ 140,00, resgatável na data 4, será representa-se a dívida original na parte superior, e a
Conceito de Equivalência antecipado de 2 meses, ficando com o seguinte valor atual proposta alternativa de pagamento na parte de baixo,
O qual: racional simples: conforme se vê nos problemas a seguir.
Dois ou mais capitais que se encontram em datas Vars1 = 140,00/(1 + 0,10 . 2) = 116,67 Exercícios Resolvidos
Dr = valor do desconto racional na operação diferentes, são chamados de equivalentes quando, levados
A = valor atual do título para uma mesma data, nas mesmas condições, apresentam 1. No refinamento de uma dívida, dois títulos, um para
O capital R$ 190,00, resgatável na data 9, será
i = taxa de desconto o mesmo VALOR nessa data. 6 meses e outro 12 meses, de R$ 2.000,00 e de R$ 3.000,00,
antecipado de 7 meses, ficando com o seguinte valor atual
t = período de tempo na operação Para você entender melhor esse conceito, vamos lhe respectivamente, foram substituídos por dois outros, sendo
racional simples:
100 = tempo considerado em ano propor um problema. Vamos fazer de conta que você o primeiro de R$ 1.000,00, para 9 meses, e o segundo para
Vars2 = 190,00/(1 + 0,10 . 7) = 111,76
ganhou um prêmio em dinheiro no valor de R$ 100,00, que 18 meses. A taxa de desconto comercial simples é de 18%
Como informado no desconto por fora, não se pode se encontra aplicado, em um banco, à taxa de juros simples a.a. O valor do título de 18 meses, em R$, é igual a:
Ao capital R$ 100,00 (resgatável na data zero)
esquecer do tempo em que a taxa é considerada : de 10% a.m. O banco lhe oferece três opções para retirar Resolução:
acrescentar-se-ão dois meses de juros, conforme segue:
o dinheiro: Inicialmente, vamos construir um diagrama de fluxo de
Vars3 = C (1 + in) = 100 (1 + 0,10 . 2) = 120
Ano = 100 1a) você retira R$ 100,00 hoje; caixa utilizando os dados do problema:
Mês = 1200 2a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 140,00 A taxa de juros é anual. Entretanto, como os prazos de
Dias = 36000 dentro de 4 meses; No mês dois, portanto, temos que os capitais nominais pagamento estão expressos em meses, vamos transformá-
3a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 190,00 R$ 140,00; R$ 190,00 e R$ 100,00 estarão valendo, la em mensal:
Relembrando que: em 9 meses. respectivamente, R$ 116,67; R$ 111,76 e R$ 120,00. Na data i = 18% a.a. = 1,5% a.m. = 0,015 a.m.
focal 2, portanto, eles não serão mais equivalentes. A modalidade de desconto é o comercial simples,
A = N – Dr              Substituindo →    Dr = N . i . t Qual delas é a mais vantajosa para você? No regime de capitalização Simples a equivalência mas o problema não mencionou qual a data focal a ser
                                                                      100 + it Para sabermos a resposta, precisamos encontrar um ocorre em apenas uma única data, para uma determinada considerada. Em casos como este, presumimos que a data
jeito de comparar os capitais R$ 100,00, R$ 140,00, e R$ taxa e modalidade de desconto. Ao mudarmos a Data Focal, focal seja a data zero.
Exemplo para fixação de conteúdo: 190,00, que se encontram em datas diferentes. Vamos capitais que antes eram equivalentes podem deixar sê-lo. Vamos, então, calcular o total da dívida na data zero
determinar, então, o valor dos três capitais numa mesma É bom você saber desde já que, no regime de capitalização para cada um dos planos de pagamento, e igualar os
Calcular o valor do desconto por dentro de um título data ou seja, vamos atualizar os seus valores. Escolheremos Composta, isto não acontece: na capitalização composta, resultados, pois os dois esquemas devem ser equivalentes
de R$ 16.000,00 pago 3 meses antes do vencimento com a data de hoje. A Data Comum, também chamada de Data para a mesma taxa, capitais equivalentes para uma para que se possa substituir um pelo outro. Além disso, para
uma taxa de 24% a.a. de Comparação ou Data Focal, portanto, vai ser hoje (= determinada data o são para qualquer outra data. transportarmos os capitais para a data zero, utilizaremos a
Resolvendo: data zero). Podemos então concluir que: fórmula do valor atual do desconto comercial simples:
O capital da primeira opção (R$ 100,00) já se encontra Para juros simples, a equivalência entre dois ou mais Vacs = N (1 – in). Obteremos a seguinte equação:
Dados do problema na data de hoje; portanto, já se encontra atualizado. capitais somente se verifica para uma determinada taxa, 2.000 (1 – 0,015 . 6) + 3.000 (1 – 0,015 .12) = 1.000 (1 –
Calculemos, pois, os valores atuais Va1 e Va2 dos capitais para uma determinada data focal e para uma determinada 0,015 . 9) + x (1 – 0,015 . 18)
N = 16000 futuros R$ 140,00 e R$ 190,00 na data de hoje (data zero). modalidade de desconto. (total da dívida conforme o plano (total da dívida
i = 24% a.a. Esquematizando, a situação seria esta: Podemos, agora, definir equivalência de dois capitais conforme o plano Alternativo Original de pagamento,
t = 3 meses Podemos fazer este cálculo usando desconto de uma mesma maneira mais rigorosa da seguinte forma: proposto, atualizado para a data zero).
comercial simples ou desconto racional simples. Vamos, Dois capitais C1 e C2, localizados nas datas n1 e n2, Calculando o conteúdo dos parênteses, temos:
Dr = N . i . t arbitrariamente, escolher a fórmula do valor atual racional medidas a partir da mesma origem, são ditos equivalentes 2.000 (0,91) + 3.000 (0,82) = 1.000 (0,865) + x (0,73)
       100 + it simples: com relação a uma data focal F, quando os seus respectivos 1.820 + 2.460 = 865 + 0,73x
Vars = N/1 + in valores atuais, Va1 e Va2 , calculados para uma determinada 0,73x = 1.820 + 2.460 – 865
Dr = 16000 x 24 x 3 = 1152000 = 905,66 Vars1 = 140,00/(1 + 0,10 . 4) = 100,00 taxa de juros e modalidade de desconto nessa data focal x = 3.415/0,73 = 4.678,08
         1200 + 24 x 3       1272 Vars2 = 190,00/(1 + 0,10 . 9) = 100,00 F, forem iguais.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Observe que a data focal era anterior à data de Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, 6. resolva a equação de valor; c) Renda Certa Diferida: aquela onde o primeiro
vencimento de todos os capitais. Assim, calculamos o para serem transportados à data doze, o título de 2.420 terá 7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o pagamento acontecerá vários períodos após ser feito o
valor descontado (valor atual) de cada um deles, para que ser capitalizado de três meses, ao passo que o título de valor que você encontrou corresponde ao que o problema empréstimo ou financiamento.
trazê-los à data local. Efetuamos um desconto (comercial, 7.000 terá que ser descapitalizado de 6 meses. Além disso, está pedindo (às vezes, devido à pressa, o candidato se
no caso) ou uma descapitalização (desincorporação dos a taxa de 18% a.a., considerando-se capitalização simples, é perde nos cálculos, encontra um resultado intermediário Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula
juros), porque estávamos transportando os valores para equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos e assinala a alternativa que o contém, colocada ali para é a seguinte:
uma data passada. Mas se a data focal tivesse sido outra, escrever que: induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda uma
por exemplo, a data 9 (vide esquema), e não a data zero, 2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x passo a mais para chegar ao resultado final correto). A = P . ( a[n+x,i] - a[x,i] ), onde:
o capital de R$ 2.000,00, que vencia na data 6, teria que 2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
sofrer uma capitalização (incorporação de juros) para ser 2.528,9 + 6.422,02 = x Desconto e Equivalência A = valor atual da renda certa;
transportado para a data 9 (data futura em relação à data x = 8.950,92 P = valor de cada pagamento da renda certa;
6). A atualização do valor desse capital para a data 9, então, Por fim, gostaríamos de dar uma dica para ajudá-lo a n = número de prestações;
far-se-ia com a utilização da fórmula do montante M = C Equação de Valor perceber quando um problema é de desconto e quando x = número de prestações acrescentadas;
(1 + in), e não com a fórmula do valor descontado (valor é de equivalência. Em linhas gerais, nos problemas i = taxa empregada.
atual). Em síntese, para que um conjunto de títulos de valores de Desconto, alguém quer vender papéis (duplicatas,
nominais N1, N2, N3 …, exigíveis nas datas n1, n2, n3 …, seja promissórias, letras de câmbio, etc.), enquanto que nos 2º Caso: Cálculo do Montante
Conclusão: para transportarmos um capital para equivalente a um outro conjunto de títulos Na , Nb , Nc …, problemas de Equivalência, alguém quer financiar ou
exigíveis nas datas na , nb , nc …, basta impormos que a soma refinanciar uma dívida.
uma data posterior à original, devemos capitalizá-lo; a) Quando o montante é calculado no momento da
dos respectivos valores atuais Va1 , Va2 , Va3 … dos títulos do
para transportarmos um capital para uma data anterior à data do último pagamento:
primeiro conjunto, calculados na data focal considerada, Rendas Uniformes
original, devemos descapitalizá-lo. Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula
seja igual à soma dos valores atuais Vaa , Vab , Vac … dos
títulos do segundo conjunto, calculados para essa mesma é a seguinte:
2. O pagamento do seguro de um carro, conforme Matéria com o mesmo objetivo da Equivalência de
data, isto é: Capitais, mas com títulos apresentando os mesmos valores
contrato, deve ser feito em 3 parcelas quadrimestrais Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + … M = P . s[n,i], onde:
de R$ 500,00. O segurador, para facilitar ao seu cliente, e com vencimentos consecutivos - tornando assim sua
A equação acima é chamada de Equação de Valor. solução mais rápida, através de um método alternativo.
propõe-lhe o pagamento em 4 parcelas trimestrais iguais. M = valor do montante;
Utilizando-se a data focal zero, a taxa de juros de 24% a.a. e Há dois casos: o cálculo do valor atual dos P = valor de cada pagamento da renda certa;
Roteiro para Resolução de Problemas de pagamentos iguais e sucessivos (que seria igual ao valor
o critério de desconto racional simples, o valor das parcelas Equivalência n = número de prestações;
trimestrais será, em R$: do financiamento obtido por uma empresa ou o valor i = taxa empregada.
do empréstimo contraído); e o cálculo do montante, do
Resolução: Ao começar a resolução de problemas que envolvem valor que a empresa obterá se aplicar os pagamentos dos
Fazendo o diagrama dos pagamentos, temos: equivalência de capitais utilize o seguinte roteiro: O fator s[n,i] é normalmente dado nas provas.
clientes em uma data futura às datas dos pagamentos.
i = 24% a.a. = 2% a.m. = 0,02 a.m. 1. leia o problema todo;
Uma vez que o critério é de desconto racional simples, 2. construa, a partir do enunciado do problema, um b) Quando o montante é calculado em um momento
1º Caso: Cálculo do Valor Atual
ao transportarmos os valores para a data zero, teremos que diagrama de fluxo de caixa esquemático, colocando na que não coincide com a data do último pagamento:
utilizar a fórmula do valor atual racional simples parte de cima o plano original de pagamento e na parte
a) Renda Certa Postecipada (Imediata): aquela onde
Vars = N/1 + in . Podemos escrever, então, que: de baixo o plano alternativo proposto, indicando todos os Para calcular o valor do montante nesse caso, a fórmula
o primeiro pagamento acontecerá em UM período após
Total da divida conforme o plano original de pagamento, valores envolvidos, as datas respectivas e as incógnitas a é a seguinte:
serem descobertas – esse diagrama é importante porque contrair o empréstimo ou financiamento.
atualizado racionalmente para a data zero 500/1 + 0,02 . 4 Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula
+ 500/1 + 0,02 . 8 + 500/1 + 0,02 . 12 = x/1 + 0,02 . 3 + x/1 permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e M = P . (s[n+x,i] - s[x,i]), onde:
estabelecer facilmente a equação de valor para resolução é a seguinte:
+ 0,02 . 6 + x/1 + 0,02 . 9 + x/1 + 0,02 . 12 A = P . a[n,i], onde: M = valor do montante;
Total da dívida conforme o plano alternativo proposto, do problema; P = valor de cada pagamento da renda certa;
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e A = valor atual da renda certa;
atualizado racionalmente para a data zero 500/1,08 + P = valor de cada pagamento da renda certa; n = número de prestações;
500/1,16 + 500/1,24 = x/1,06 + x/1,12 + x/1,18 + x/1,24 compromissos estão na mesma unidade de medida de x = número de prestações acrescentadas;
tempo periodicidade da taxa; se não estiverem, faça as n = número de prestações;
1.297,22 = 3,49 . x i = taxa empregada. i = taxa empregada.
x = 1.297,22/3,49 transformações necessárias (ou você expressa a taxa
na unidade de tempo do prazo ou expressa o prazo na
x = 371,68 O fator a[n,i] é normalmente dado nas provas. Rendas Variáveis
unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que
3. A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de
torne os cálculos mais simples);
9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além b) Renda Certa Antecipada: aquela onde o primeiro Ativos de renda variável são aqueles cuja remuneração
4. leve todos os valores para a data escolhida para a
dessa aplicação, existe outra de valor nominal R$ 7.000,00 negociação (data focal), lembrando sempre que capitais pagamento acontecerá no ato do empréstimo ou ou retorno de capital não pode ser dimensionado no
com vencimento a 18 meses. Considerando-se a taxa de exigíveis antes da data focal deverão ser capitalizados financiamento. momento da aplicação, podendo variar positivamente
juros de 18% a.a., o critério de desconto racional e a data através da fórmula do montante M = C (1 + in), dependendo ou negativamente, de acordo com as expectativas do
focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$: da modalidade de desconto utilizada; Para calcular o valor atual dessa renda certa, a fórmula mercado. Os mais comuns são: ações, fundos de renda
5. tendo transportado todos os capitais para a data é a seguinte: variável (fundo de ação, multimercado e outros), quotas ou
Resolução: focal e com base no diagrama de fluxo de caixa que você quinhões de capital, Commodities (ouro, moeda e outros) e
Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da esquematizou, monte a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo A = P . a[n-1,i] + P, onde: os derivativos (contratos negociados nas Bolsas de Valores,
primeira aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, que a soma dos valores dos títulos (transportados para a de mercadorias, de futuros e assemelhadas).
temos que: data focal) da parte de cima do diagrama de fluxo de caixa A = valor atual da renda certa;
N = C (1 + in) seja igual à soma dos valores dos títulos (transportados P = valor de cada pagamento da renda certa;
N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420 para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo n = número de prestações;
de caixa; i = taxa empregada.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Taxa Interna de Retorno A TIR é obtida resolvendo a expressão em ordem a Apesar de uma forte preferência acadêmica pelo a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por
TIR e é geralmente comparada com a taxa de desconto. O VPL, pesquisas indicam que executivos preferem a TIR 12): 12%/12 = 1% a.m.
A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês IRR (Internal valor do TIR é um valor relativo e o seu cálculo é realizado, ao invés do VPL. Aparentemente os gerentes acham b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado
Rate of Return), é a taxa necessária para igualar o valor de recorrendo a computador ou a tabelas próprias Para se intuitivamente mais atraente para avaliar investimentos aos R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual
um investimento (valor presente) com os seus respectivos efetuar o cálculo da TIR, é analisada a série de valores em taxas percentuais ao invés dos valores monetários do aplicada nesse mesmo capital).
retornos futuros ou saldos de caixa. Sendo usada em análise obtida da seguinte forma: 1º valor: o investimento inicial VPL. Contudo, deve-se preferencialmente utilizar mais do Cálculo da taxa equivalente mensal:
de investimentos significa a taxa de retorno de um projeto. (valor negativo) 2º valor: benefícios - custos do 1º período que uma ferramenta de análise de investimento, e todas q
Utilizando uma calculadora financeira, encontramos (valor positivo) 3º valor: benefícios - custos do 2º período as alternativas devem ser consideradas em uma análise, iq = (1 + it ) t − 1
para o projeto P uma Taxa Interna de Retorno de 15% ao (valor positivo) e assim sucessivamente, até ao último pois qualquer alternativa pode parecer valer a pena se for
ano. Esse projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA período a considerar. O período considerado pode ser comparada com as alternativas suficientemente ruins.
menor do que 15% ao ano. A solução dessa equação pode um qualquer desde que seja regular (semana, mensal, Deve-se ter em mente que o método da TIR considera onde:
ser obtida pelo processo iterativo, ou seja “tentativa e erro”, trimestral, semestral, anual, etc.) Nota: recorrendo ao uso que as entradas, ou seja, os vários retornos que o iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero
ou diretamente com o uso de calculadoras eletrônicas ou de uma folha de cálculo é possível obter o valor da TIR. No investimento trará, serão reinvestidos a uma taxa igual a it : taxa para o prazo que eu tenho
planilhas de cálculo. caso do Excel, a fórmula para cálculo do TIR é IRR(gama de taxa de atratividade informada. q : prazo que eu quero
A taxa interna de rentabilidade (TIR) é a taxa de valores). t : prazo que eu tenho
A TIR não deve ser usada como parâmetro em uma Taxa Nominal
atualização do projeto que dá o VAL nulo. A TIR é a taxa
que o investidor obtém em média em cada ano sobre os análise de investimento porque muitas vezes os fluxos não
capitais que se mantêm investidos no projeto, enquanto o são reinvestidor a uma taxa iguais a TIR efetiva. A taxa nominal de juros relativa a uma operação ⇒ = (1,12)0,083333 – 1
Quando a TIR calculada é superior á taxa efetiva de financeira, pode ser calculada pela expressão: iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m.
investimento inicial é recuperado progressivamente. A TIR Taxa nominal = Juros pagos / Valor nominal do
é um critério que atende ao valor de dinheiro no tempo, reinvestimento dos fluxos de caixa intermediários, pode 3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efetiva
sugir, ás vezes de forma significativa, uma expectativa irreal empréstimo mensal
valorizando os cash-flows atuais mais do que os futuros,
constitui com a VAL e o PAYBACK atualizado os três grandes de retorno anual equivalente ao do projeto de investimento. a) pela convenção da taxa proporcional:
Assim, por exemplo, se um empréstimo de $100.000,00, M = c (1 + i)n
critérios de avaliação de projetos. A TIR não é adequada à deve ser quitado ao final de um ano, pelo valor monetário
seleção de projetos de investimento, a não ser quando é Exemplo M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x 1,196147
de $150.000,00, a taxa de juros nominal será dada por: M = 1.196,15
determinada a partir do cash-flow relativo. Juros pagos = Jp = $150.000 – $100.000 = $50.000,00
Considerando-se que o fluxo de caixa é composto
apenas de uma saída no período 0 de R$ 100,00 e uma Taxa nominal = in = $50.000 / $100.000 = 0,50 = 50%
A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode b) pela convenção da taxa equivalente:
entrada no período 1 de R$120,00, onde i corresponde à M = c (1 + i)n
ser: Sem dúvida, se tem um assunto que gera muita
taxa de juros: M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x 1,185296
- Maior do que a Taxa Mínima de Atratividade: significa confusão na Matemática Financeira são os conceitos de
M = 1.185,29
que o investimento é economicamente atrativo. taxa nominal, taxa efetiva e taxa equivalente. Até na esfera
- Igual à Taxa Mínima de Atratividade: o investimento judicial esses assuntos geram muitas dúvidas nos cálculos
NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
está economicamente numa situação de indiferença. de empréstimos, financiamentos, consórcios e etc.
equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
- Menor do que a Taxa Mínima de Atratividade: o Hoje vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na
maioria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no utilizando a taxa anual, neste caso teremos que transformar
investimento não é economicamente atrativo pois seu
Para VPL = 0 temos i = TIR = 0.2 = 20% 18 meses em anos para fazer o cálculo, ou seja : 18: 12 =
retorno é superado pelo retorno de um investimento com mercado, não são apresentados de um maneira clara.
Como uma ferramenta de decisão, a TIR é utilizada Temos a chamada taxa de juros nominal, quando 1,5 ano. Assim:
o mínimo de retorno. para avaliar investimentos alternativos. A alternativa de esta não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos M = c (1 + i)n
investimento com a TIR mais elevada é normalmente juros (é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x 1,185297
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que a preferida; também deve se levar em consideração M = 1.185,29
tiver a maior Taxa Interna de Retorno Matematicamente, a formação e incorporação de juros ao capital inicial) será
de que colocar o investimento em um banco é sempre dada através de uma outra taxa, numa unidade de tempo
Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor uma alternativa. Assim, se nenhuma das alternativas de Conclusões:
presente das entradas de caixa igual ao valor presente das diferente, taxa efetiva.
investimento atingir a taxa de rendimento bancária ou a Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada;
saídas de caixa do projeto de investimento. Taxa Mínima de Atratividade (TMA), este investimento não - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
isto é, a taxa efetiva?
A TIR é a taxa de desconto que faz com que o Valor deve ser realizado. cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
               
Presente Líquido (VPL) do projeto seja zero. Um projeto é Normalmente a TIR não pode ser resolvida sempre ao ano!
Vamos acompanhar através do exemplo:
atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital analiticamente como demonstrado acima, e sim apenas - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00
do projeto. através de iterações, ou seja, através de interpolações com aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
aplicados durante 18 meses, capitalizados mensalmente,
diversas taxas de retorno até chegar àquela que apresente a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é taxa Nominal, ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
Método um VPL igual a zero; contudo as calculadoras financeiras efetiva mensal e equivalente mensal: equivalente mensal (0,949 % a.m.).
e planilhas eletrônicas estão preparadas para encontrar - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar?
Para encontrar o valor da Taxa Interna de Retorno, rapidamente este valor. Respostas e soluções: Em se tratando de concursos públicos a grande maioria
calcular a taxa que satisfaz a seguinte equação: Um defeito crítico do método de cálculo da TIR é que das bancas examinadores utilizam a convenção da taxa
múltiplos valores podem ser encontrados se o fluxo anual 1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser proporcional. Em se tratando do mercado financeiro,
de caixa mudar de sinal mais de uma vez (ir de negativo capitalizado com a taxa anual. utiliza-se a convenção de taxa equivalente.
para positivo e para negativo novamente, ou vice-versa)
durante o período de análise. Para os casos de alteração 2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de duas Resolva as questões abaixo para você verificar se
frequente de sinal deve utilizar-se a (Taxa externa de convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equivalente entendeu os conceitos acima.
retorno - TER). mensal.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

1) Um banco paga juros compostos de 30% ao ano, Exemplo 1. Certa aplicação financeira obteve Como a taxa real foi negativa, podemos afirmar que essa Agora resolva este: $100.000,00 foi emprestado para ser
com capitalização semestral. Qual a taxa anual efetiva? rendimento efetivo de 6% ao ano. Sabendo que a taxa de categoria profissional teve perdas salariais do período, uma quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação
a) 27,75 % inflação no período foi de 4,9%, determine o ganho real vez que o reajuste salarial foi abaixo do índice inflacionário no período foi de 20%, qual a taxa real do empréstimo?
b) 29,50% dessa aplicação. do período.
c) 30 % Solução: A solução do problema consiste em determinar A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto Resposta: 25%
d) 32,25 % o ganho real da aplicação corrigido pelo índice inflacionário interessante sobre as taxas reais de juros é que, elas podem
e) 35 % do período, ou seja, determinar a taxa real de juros dessa ser inclusive, negativas. Vamos encontrar uma relação entre
aplicação financeira. Temos que: as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que 10. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
2) Um empresa solicita um empréstimo ao Banco um determinado capital P é aplicado por um período de NOÇÕES DE ESTATÍSTICA: ESTATÍSTICA
no regime de capitalização composta à base de 44% ao tempo unitário, a uma certa taxa nominal in . DESCRITIVA, RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS,
bimestre. A taxa equivalente composta ao mês de: O montante S1 ao final do período será dado por S1 = TABELAS, MEDIDAS DE TENDÊNCIA
a) 12% P(1 + in). CENTRAL E MEDIDAS DE DISPERSÃO.
b) 20% Consideremos agora que durante o mesmo período,
GRÁFICOS ESTATÍSTICOS USUAIS.
c) 22% a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j.
d) 24% O capital corrigido por esta taxa acarretaria um montante
S2 = P (1 + j).
Aplicando a fórmula que relaciona os três índices,
Respostas: 1) d      2) b A taxa real de juros, indicada por r, será aquela que A estatística é, hoje em dia, um instrumento útil e, em
teremos:
aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. alguns casos, indispensável para tomadas de decisão em
Taxa Real e Taxa Efetiva Poderemos então escrever: S1 = S2 (1 + r) diversos campos: científico, econômico, social, político…
As taxas de juros são índices fundamentais no estudo Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação
da matemática financeira. Os rendimentos financeiros são Substituindo S1 e S2 , vem: para tomadas de decisão, há que proceder a um indispen‐
responsáveis pela correção de capitais investidos perante P(1 + in) = (1+r). P (1 + j) sável trabalho de recolha e organização de dados, sendo
uma determinada taxa de juros. Não importando se a a recolha feita através de recenseamentos (ou censos ou
Daí então, vem que: levantamentos estatísticos) ou sondagens.
capitalização é simples ou composta, existem três tipos de
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde: Existem indícios que há 300 mil anos a.C. já se faziam
taxas: taxa nominal, taxa efetiva e taxa real. No mercado
in = taxa de juros nominal censos na China, Babilônia e no Egito. Censos estes que se
financeiro, muitos negócios não são fechados em virtude
j = taxa de inflação no período destinavam à taxação de impostos.
da confusão gerada pelo desconhecimento do significado
r = taxa real de juros Estatística pode ser pensada como a ciência de apren‐
de cada um dos tipos de taxa. Vamos compreender o
dizagem a partir de dados. No nosso quotidiano, precisa‐
conceito de cada uma delas.
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, mos tomar decisões, muitas vezes decisões rápidas.
Portanto, o ganho real dessa aplicação financeira foi de isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são
Taxa Nominal: A taxa nominal é aquela em que o período
1% ao ano. coincidentes. Veja o exemplo a seguir:
de formação e incorporação dos juros ao capital não Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um
coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos: banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano
Exemplo 2. Certa categoria profissional obteve reajuste
a) Uma taxa de 12% ao ano com capitalização mensal. com $150.000,00. Sendo a inflação durante o período do
salarial de 7% ao ano. Sabendo que a inflação no período
b) 5% ao trimestre com capitalização semestral. empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal
foi de 10%, determine o valor do reajuste real e interprete
c) 15% ao semestre com capitalização bimestral. e real deste empréstimo. Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que au‐
o resultado.
Teremos que a taxa nominal será igual a: xiliam o processo de tomada de decisão através da análise
Taxa Efetiva: A taxa efetiva é aquela que o período de in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = dos dados que possuímos.
formação e incorporação dos juros ao capital coincide com Solução: Temos que
0,25 = 25% Em Estatística, um resultado é significante, portanto,
aquele a que a taxa está referida. Exemplos: tem significância estatística, se for improvável que tenha
a) Uma taxa de 5% ao mês com capitalização mensal. Portanto in = 25% ocorrido por acaso (que em estatística e probabilidade é
b) Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual. tratado pelo conceito de chance), caso uma determinada
c) Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = hipótese nula seja verdadeira, mas não sendo improvável
trimestral. 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem: caso a hipótese base seja falsa. A expressão teste de signifi-
(1 + in) = (1+r). (1 + j) cância foi cunhada por Ronald Fisher.
Taxa Real: A taxa real é aquela que expurga o efeito da Aplicando a fórmula, teremos: (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10) Mais concretamente, no teste de hipóteses com base
inflação no período. Dependendo dos casos, a taxa real 1,25 = (1 + r).1,10 em frequência estatística, a significância de um teste é a
pode assumir valores negativos. Podemos afirmar que a 1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364 probabilidade máxima de rejeitar acidentalmente uma hi‐
taxa real corresponde à taxa efetiva corrigida pelo índice pótese nula verdadeira (uma decisão conhecida como erro
inflacionário do período. Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64% de tipo I). O nível de significância de um resultado é tam‐
Existe uma relação entre a taxa efetiva, a taxa real e o bém chamado de α e não deve ser confundido com o valor
índice de inflação no período. Vejamos: 1+ief=(1+ir)(1+iinf ) Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, p (p-value).
teríamos para a taxa real de juros: Por exemplo, podemos escolher um nível de signifi‐
Onde, (1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30) cância de, digamos, 5%, e calcular um valor crítico de um
ief→é a taxa efetiva 1,25 = (1 + r).1,30 parâmetro (por exemplo a média) de modo que a probabi‐
ir→é a taxa real 1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615 lidade de ela exceder esse valor, dada a verdade da hipó‐
iinf→é a taxa de inflação no período tese nulo, ser 5%. Se o valor estatístico calculado (ou seja,
Seguem alguns exemplos para compreensão do uso da Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto o nível de 5% de significância anteriormente escolhido) ex‐
fórmula. teríamos uma taxa real de juros negativa. ceder o valor crítico, então é significante “ao nível de 5%”.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Se o nível de significância (ex: 5% anteriormente dado) Panorama Geral: Níveis de Mensuração: As variáveis diferem em “quão ções entre variáveis. Assim, o avanço da ciência sempre
é menor, o valor é menos provavelmente um extremo em bem” elas podem ser medidas, isto é, em quanta informa‐ tem que envolver a descoberta de novas relações entre
relação ao valor crítico. Deste modo, um resultado que é Variáveis: São características que são medidas, contro‐ ção seu nível de mensuração pode prover. Há obviamente variáveis. Em pesquisas correlacionais a medida destas
“significante ao nível de 1%” é mais significante do que um ladas ou manipuladas em uma pesquisa. Diferem em mui‐ algum erro em cada medida, o que determina o “montante relações é feita de forma bastante direta, bem como nas
resultado que é significante “ao nível de 5%”. No entanto, tos aspectos, principalmente no papel que a elas é dado de informação” que se pode obter, mas basicamente o fa‐ pesquisas experimentais. Por exemplo, o experimento já
um teste ao nível de 1% é mais susceptível de padecer do em uma pesquisa e na forma como podem ser medidas. tor que determina a quantidade de informação que uma mencionado de comparar WCC em homens e mulheres
erro de tipo II do que um teste de 5% e por isso terá menos variável pode prover é o seu tipo de nível de mensuração. pode ser descrito como procura de uma correlação en‐
poder estatístico. Sob este prisma as variáveis são classificadas como nomi‐ tre 2 variáveis: sexo e WCC. A Estatística nada mais faz
Pesquisa “Correlacional” X Pesquisa “Experimen-
Ao divisar um teste de hipóteses, o técnico deverá nais, ordinais e intervalares. do que auxiliar na avaliação de relações entre variáveis.
tentar maximizar o poder de uma dada significância, mas tal”: A maioria das pesquisas empíricas pertencem cla‐
- Variáveis nominais permitem apenas classificação
ultimamente tem de reconhecer que o melhor resultado ramente a uma dessas duas categorias gerais: em uma Aspectos básicos da relação entre variáveis: As duas
qualitativa. Ou seja, elas podem ser medidas apenas em
que se pode obter é um compromisso entre significância e pesquisa correlacional (Levantamento) o pesquisador não termos de quais itens pertencem a diferentes categorias, propriedades formais mais elementares de qualquer rela‐
poder, em outras palavras, entre os erros de tipo I e tipo II. influencia (ou tenta não influenciar) nenhuma variável, mas mas não se pode quantificar nem mesmo ordenar tais ca‐ ção entre variáveis são a magnitude (“tamanho”) e a con‐
É importante ressaltar que os valores p Fisherianos são apenas as mede e procura por relações (correlações) en‐ tegorias. Por exemplo, pode-se dizer que 2 indivíduos são fiabilidade da relação.
filosoficamente diferentes dos erros de tipo I de Neyman tre elas, como pressão sangüínea e nível de colesterol. Em diferentes em termos da variável A (sexo, por exemplo), - Magnitude é muito mais fácil de entender e medir
-Pearson. Esta confusão é infelizmente propagada por mui‐ uma pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador mas não se pode dizer qual deles “tem mais” da qualidade do que a confiabilidade. Por exemplo, se cada homem em
tos livros de estatística. manipula algumas variáveis e então mede os efeitos des‐ representada pela variável. Exemplos típicos de variáveis nossa amostra tem um WCC maior do que o de qualquer
ta manipulação em outras variáveis; por exemplo, aumen‐ nominais são sexo, raça, cidade, etc. mulher da amostra, poderia-se dizer que a magnitude da
Divisão da Estatística: tar artificialmente a pressão sangüínea e registrar o nível - Variáveis ordinais permitem ordenar os itens medidos relação entre as duas variáveis (sexo e WCC) é muito alta
de colesterol. A análise dos dados em uma pesquisa ex‐ em termos de qual tem menos e qual tem mais da quali‐ em nossa amostra. Em outras palavras, poderia-se prever
- Estatística Descritiva: Média (Aritmética, Geométri‐ perimental também calcula “correlações” entre variáveis, dade representada pela variável, mas ainda não permitem uma baseada na outra (ao menos na amostra em questão).
ca, Harmônica, Ponderada) - Mediana - Moda - Variância que se diga “o quanto mais”. Um exemplo típico de uma - Confiabilidade é um conceito muito menos intuitivo,
especificamente entre aquelas manipuladas e as que fo‐
- Desvio padrão - Coeficiente de variação. variável ordinal é o status sócio-econômico das famílias re‐ mas extremamente importante. Relaciona-se à “represen‐
ram afetadas pela manipulação. Entretanto, os dados ex‐
- Inferência Estatística: Testes de hipóteses - Signi- sidentes em uma localidade: sabe-se que média-alta é mais tatividade” do resultado encontrado em uma amostra es‐
ficância - Potência - Hipótese nula/Hipótese alternativa perimentais podem demonstrar conclusivamente relações pecífica de toda a população. Em outras palavras, diz quão
“alta” do que média, mas não se pode dizer, por exemplo,
- Erro de tipo I - Erro de tipo II - Teste T - Teste Z - Distri‐ causais (causa e efeito) entre variáveis. Por exemplo, se o que é 18% mais alta. A própria distinção entre mensuração provável será encontrar uma relação similar se o experi‐
buição t de Student - Normalização - Valor p - Análise de pesquisador descobrir que sempre que muda a variável A nominal, ordinal e intervalar representa um bom exemplo mento fosse feito com outras amostras retiradas da mesma
variância. então a variável B também muda, então ele poderá concluir de uma variável ordinal: pode-se dizer que uma medida população, lembrando que o maior interesse está na po‐
- Estatística Não-Paramétrica: Teste Binomial - Teste que A “influencia” B. Dados de uma pesquisa correlacional nominal provê menos informação do que uma medida or‐ pulação. O interesse na amostra reside na informação que
Qui-quadrado (uma amostra, duas amostras independen‐ podem ser apenas “interpretados” em termos causais com dinal, mas não se pode dizer “quanto menos” ou como esta ela pode prover sobre a população. Se o estudo atender
tes, k amostras independentes) - Teste Kolmogorov-Smir‐ base em outras teorias (não estatísticas) que o pesquisa‐ diferença se compara à diferença entre mensuração ordinal certos critérios específicos (que serão mencionados pos‐
nov (uma amostra, duas amostras independentes) - Teste dor conheça, mas não podem ser conclusivamente provar e intervalar. teriormente) então a confiabilidade de uma relação obser‐
de McNemar - Teste dos Sinais - Teste de Wilcoxon - Teste causalidade. - Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar vada entre variáveis na amostra pode ser estimada quan‐
de Walsh - Teste Exata de Fisher - Teste Q de Cochran - Tes‐ em postos os itens que estão sendo medidos, mas também titativamente e representada usando uma medida padrão
te de Kruskal-Wallis - Teste de Friedman. Variáveis dependentes e variáveis independentes: quantificar e comparar o tamanho das diferenças entre (chamada tecnicamente de nível-p ou nível de significância
- Análise da Sobrevivência: Função de sobrevivência - eles. Por exemplo, temperatura, medida em graus Celsius estatística).
Variáveis independentes são aquelas que são manipuladas
Kaplan-Meier - Teste log-rank - Taxa de falha - Proportional constitui uma variável intervalar. Pode-se dizer que a tem‐
enquanto que variáveis dependentes são apenas medidas
hazards models. peratura de 40C é maior do que 30C e que um aumento de Significância Estatística (nível-p): A significância es‐
- Amostragem: Amostragem aleatória simples (com ou registradas. Esta distinção confunde muitas pessoas tatística de um resultado é uma medida estimada do grau
20C para 40C é duas vezes maior do que um aumento de
reposição, sem reposição) - Amostragem estratificada - que dizem que “todas variáveis dependem de alguma coi‐ 30C para 40C. em que este resultado é “verdadeiro” (no sentido de que
Amostragem por conglomerados - Amostragem sistemá‐ sa”. Entretanto, uma vez que se esteja acostumado a esta seja realmente o que ocorre na população, ou seja no sen‐
tica - estimador razão - estimador regressão. distinção ela se torna indispensável. Os termos variável Relações entre variáveis: Duas ou mais variáveis tido de “representatividade da população”). Mais tecnica‐
- Distribuição de Probabilidade: Normal - De Pareto dependente e independente aplicam-se principalmente quaisquer estão relacionadas se em uma amostra de ob‐ mente, o valor do nível-p representa um índice decrescen‐
- De Poisson - De Bernoulli - Hipergeométrica - Binomial à pesquisa experimental, onde algumas variáveis são ma‐ servações os valores dessas variáveis são distribuídos de te da confiabilidade de um resultado. Quanto mais alto o
- Binomial negativa - Gama - Beta - t de Student - F-Sne‐ nipuladas, e, neste sentido, são “independentes” dos pa‐ forma consistente. Em outras palavras, as variáveis estão nível-p, menos se pode acreditar que a relação observada
decor. drões de reação inicial, intenções e características dos su‐ relacionadas se seus valores correspondem sistematica‐ entre as variáveis na amostra é um indicador confiável da
- Correlação: Variável de confusão - Coeficiente de jeitos da pesquisa (unidades experimentais).Espera-se que mente uns aos outros para aquela amostra de observações. relação entre as respectivas variáveis na população. Especi‐
correlação de Pearson - Coeficiente de correlação de pos‐ outras variáveis sejam “dependentes” da manipulação ou Por exemplo, sexo e WCC seriam relacionados se a maioria ficamente, o nível-p representa a probabilidade de erro en‐
tos de Spearman - Coeficiente de correlação tau de Ken‐ das condições experimentais. Ou seja, elas dependem “do dos homens tivesse alta WCC e a maioria das mulheres bai‐ volvida em aceitar o resultado observado como válido, isto
dall). que os sujeitos farão” em resposta. Contrariando um pouco xa WCC, ou vice-versa; altura é relacionada ao peso porque é, como “representativo da população”. Por exemplo, um
Regressão: Regressão linear - Regressão não-linear tipicamente indivíduos altos são mais pesados do que indi‐ nível-p de 0,05 (1/20) indica que há 5% de probabilidade
a natureza da distinção, esses termos também são usados
- Regressão logística - Método dos mínimos quadrados víduos baixos; Q.I. está relacionado ao número de erros em de que a relação entre as variáveis, encontrada na amostra,
- Modelos Lineares Generalizados - Modelos para Dados em estudos em que não se manipulam variáveis indepen‐
um teste se pessoas com Q.I.’s mais altos cometem menos seja um “acaso feliz”. Em outras palavras, assumindo que
Longitudinais. dentes, literalmente falando, mas apenas se designam su‐ não haja relação entre aquelas variáveis na população, e o
erros.
- Análise Multivariada: Distribuição normal multiva‐ jeitos a “grupos experimentais” baseados em propriedades experimento de interesse seja repetido várias vezes, pode‐
riada - Componentes principais - Análise fatorial - Análise pré-existentes dos próprios sujeitos. Por exemplo, se em Importância das relações entre variáveis: Geral‐ ria-se esperar que em aproximadamente 20 realizações do
discriminante - Análise de “Cluster” (Análise de agrupa‐ uma pesquisa compara-se a contagem de células brancas mente o objetivo principal de toda pesquisa ou análise experimento haveria apenas uma em que a relação entre as
mento) - Análise de Correspondência. (White Cell Count em inglês, WCC) de homens e mulheres, científica é encontrar relações entre variáveis. A filosofia variáveis em questão seria igual ou mais forte do que a que
- Séries Temporais: Modelos para séries temporais - sexo pode ser chamada de variável independente e WCC da ciência ensina que não há outro meio de representar foi observada naquela amostra anterior. Em muitas áreas
Tendência e sazonalidade - Modelos de suavização expo‐ de variável dependente. “significado” exceto em termos de relações entre quan‐ de pesquisa, o nível-p de 0,05 é costumeiramente tratado
nencial - ARIMA - Modelos sazonais. tidades ou qualidades, e ambos os casos envolvem rela‐ como um “limite aceitável” de erro.

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Como determinar que um resultado é “realmente” Por que a significância de uma relação entre variá- Se uma moeda é ligeiramente viciada, de tal forma que Em uma amostra o índice médio de WCC é igual a 100
significante: Não há meio de evitar arbitrariedade na de‐ veis depende do tamanho da amostra: Se há muito pou‐ quando lançada é ligeiramente mais provável que ocorram em homens e 102 em mulheres. Assim, poderia-se dizer
cisão final de qual nível de significância será tratado como cas observações então há também poucas possibilidades caras do que coroas (por exemplo uma proporção 60% que, em média, o desvio de cada valor da média de ambos
realmente “significante”. Ou seja, a seleção de um nível de de combinação dos valores das variáveis, e então a probabi‐ para 40%). Então dez lançamentos não seriam suficientes (101) contém uma componente devida ao sexo do sujeito,
significância acima do qual os resultados serão rejeitados lidade de obter por acaso uma combinação desses valores para convencer alguém de que a moeda é viciada, mesmo e o tamanho desta componente é 1. Este valor, em certo
como inválidos é arbitrária. Na prática, a decisão final de‐ que indique uma forte relação é relativamente alta. Consi‐ que o resultado obtido (6 caras e 4 coroas) seja perfeita‐ sentido, representa uma medida da relação entre sexo e
pende usualmente de: se o resultado foi previsto a priori ou dere-se o seguinte exemplo: mente representativo do viesamento da moeda. Entretan‐ WCC. Contudo, este valor é uma medida muito pobre, por‐
apenas a posteriori no curso de muitas análises e compara‐ Há interesse em duas variáveis (sexo: homem, mulher; to, dez lançamentos não são suficientes para provar nada? que não diz quão relativamente grande é aquela compo‐
ções efetuadas no conjunto de dados; no total de evidên‐ WCC: alta, baixa) e há apenas quatro sujeitos na amostra Não, se o efeito em questão for grande o bastante, os dez nente em relação à “diferença global” dos valores de WCC.
cias consistentes do conjunto de dados; e nas “tradições” (2 homens e 2 mulheres). A probabilidade de se encontrar, lançamentos serão suficientes. Por exemplo, imagine-se Há duas possibilidades extremas: S
existentes na área particular de pesquisa. Tipicamente, em puramente por acaso, uma relação de 100% entre as duas que a moeda seja tão viciada que não importe como ve‐ - Se todos os valore de WCC de homens são exata‐
muitas ciências resultados que atingem nível-p 0,05 são variáveis pode ser tão alta quanto 1/8. Explicando, há uma nha a ser lançada o resultado será cara. Se tal moeda fos‐ mente iguais a 100 e os das mulheres iguais a 102 então
considerados estatisticamente significantes, mas este nível chance em oito de que os dois homens tenham alta WCC se lançada dez vezes, e cada lançamento produzisse caras, todos os desvios da média conjunta na amostra seriam in‐
ainda envolve uma probabilidade de erro razoável (5%). Re‐ e que as duas mulheres tenham baixa WCC, ou vice-versa, muitas pessoas considerariam isso prova suficiente de que teiramente causados pelo sexo. Poderia-se dizer que nesta
sultados com um nível-p 0,01 são comumente considerados mesmo que tal relação não exista na população. Agora con‐ há “algo errado” com a moeda. Em outras palavras, seria
amostra sexo é perfeitamente correlacionado a WCC, ou
estatisticamente significantes, e com nível-p 0,005 ou nível-p sidere-se a probabilidade de obter tal resultado por acaso considerada prova convincente de que a população teórica
0,001 são freqüentemente chamados “altamente” significan‐ se a amostra consistisse de 100 sujeitos: a probabilidade de seja, 100% das diferenças observadas entre os sujeitos re‐
de um número infinito de lançamentos desta moeda teria
tes. Estas classificações, porém, são convenções arbitrárias obter aquele resultado por acaso seria praticamente zero. lativas a suas WCC’s devem-se a seu sexo.
mais caras do que coroas. Assim, se a relação é grande,
e apenas informalmente baseadas em experiência geral de Observando um exemplo mais geral. Imagine-se uma então poderá ser considerada significante mesmo em uma - Se todos os valores de WCC estão em um intervalo de
pesquisa. Uma conseqüência óbvia é que um resultado con‐ população teórica em que a média de WCC em homens e pequena amostra. 0 a 1000, a mesma diferença (de 2) entre a WCC média de
siderado significante a 0,05, por exemplo, pode não sê-lo a mulheres é exatamente a mesma. Supondo um experimen‐ homens e mulheres encontrada no estudo seria uma par‐
0,01. to em que se retiram pares de amostras (homens e mu‐ Pode uma “relação inexistente” ser um resultado te tão pequena na diferença global dos valores que muito
lheres) de um certo tamanho da população e calcula-se a significante: Quanto menor a relação entre as variáveis provavelmente seria considerada desprezível. Por exemplo,
Significância estatística e o número de análises rea- diferença entre a média de WCC em cada par de amostras maior o tamanho de amostra necessário para prová-la sig‐ um sujeito a mais que fosse considerado poderia mudar,
lizadas: Desnecessário dizer quanto mais análises sejam (supor ainda que o experimento será repetido várias vezes). nificante. Por exemplo, imagine-se quantos lançamentos ou mesmo reverter, a direção da diferença. Portanto, toda
realizadas em um conjunto de dados, mais os resultados Na maioria dos experimento os resultados das diferenças seriam necessários para provar que uma moeda é viciada boa medida das relações entre variáveis tem que levar em
atingirão “por acaso” o nível de significância convenciona‐ serão próximos de zero. Contudo, de vez em quando, um se seu viesamento for de apenas 0,000001 %! Então, o ta‐ conta a diferenciação global dos valores individuais na
do. Por exemplo, ao calcular correlações entre dez variáveis par de amostra apresentará uma diferença entre homens manho mínimo de amostra necessário cresce na mesma amostra e avaliar a relação em termos (relativos) de quanto
(45 diferentes coeficientes de correlação), seria razoável es‐ e mulheres consideravelmente diferente de zero. Com que proporção em que a magnitude do efeito a ser demonstra‐ desta diferenciação se deve à relação em questão.
perar encontrar por acaso que cerca de dois (um em cada freqüência isso acontece? Quanto menor a amostra em do decresce. Quando a magnitude do efeito aproxima-se
20) coeficientes de correlação são significantes ao nível-p cada experimento maior a probabilidade de obter esses re‐ de zero, o tamanho de amostra necessário para prová-lo “Formato geral” de muitos testes estatísticos: Como
0,05, mesmo que os valores das variáveis sejam totalmente sultados errôneos, que, neste caso, indicariam a existência aproxima-se do infinito. Isso quer dizer que, se quase não o objetivo principal de muitos testes estatísticos é avaliar
aleatórios, e aquelas variáveis não se correlacionem na po‐ de uma relação entre sexo e WCC obtida de uma população há relação entre duas variáveis o tamanho da amostra pre‐ relações entre variáveis, muitos desses testes seguem o
pulação. Alguns métodos estatísticos que envolvem muitas em que tal relação não existe. Observe-se mais um exemplo cisa quase ser igual ao tamanho da população, que teorica‐ princípio exposto no item anterior. Tecnicamente, eles re‐
comparações, e portanto uma boa chance para tais erros, (“razão meninos para meninas”, Nisbett et al., 1987): mente é considerado infinitamente grande. A significância presentam uma razão de alguma medida da diferenciação
incluem alguma “correção” ou ajuste para o número total Há dois hospitais: no primeiro nascem 120 bebês a cada estatística representa a probabilidade de que um resultado comum nas variáveis em análise (devido à sua relação) pela
de comparações. Entretanto, muitos métodos estatísticos dia e no outro apenas 12. Em média a razão de meninos similar seja obtido se toda a população fosse testada. As‐ diferenciação global daquelas variáveis. Por exemplo, teria-
(especialmente análises exploratórias simples de dados) não para meninas nascidos a cada dia em cada hospital é de sim, qualquer coisa que fosse encontrada após testar toda se uma razão da parte da diferenciação global dos valores
oferecem nenhum remédio direto para este problema. Cabe 50/50. Contudo, certo dia, em um dos hospitais nasceram a população seria, por definição, significante ao mais alto de WCC que podem se dever ao sexo pela diferenciação
então ao pesquisador avaliar cuidadosamente a confiabili‐ duas vezes mais meninas do que meninos. Em que hospital nível possível, e isso também inclui todos os resultados de global dos valores de WCC. Esta razão é usualmente cha‐
dade de descobertas não esperadas. isso provavelmente aconteceu? A resposta é óbvia para um “relação inexistente”. mada de razão da variação explicada pela variação total.
estatístico, mas não tão óbvia para os leigos: é muito mais
Em estatística o termo variação explicada não implica ne‐
Força X Confiabilidade de uma relação entre variá- provável que tal fato tenha ocorrido no hospital menor. A Como medir a magnitude (força) das relações en-
cessariamente que tal variação é “compreendida concei‐
veis: Foi dito anteriormente que força (magnitude) e confia‐ razão para isso é que a probabilidade de um desvio aleató‐ tre variáveis: Há muitas medidas da magnitude do rela‐
bilidade são dois aspectos diferentes dos relacionamentos rio da média da população aumenta com a diminuição do tualmente”. O termo é usado apenas para denotar a va‐
cionamento entre variáveis que foram desenvolvidas por
entre variáveis. Contudo, eles não são totalmente indepen‐ tamanho da amostra (e diminui com o aumento do tama‐ riação comum às variáveis em questão, ou seja, a parte da
estatísticos: a escolha de uma medida específica em dadas
dentes. Em geral, em uma amostra de um certo tamanho nho da amostra). circunstâncias depende do número de variáveis envolvidas, variação de uma variável que é “explicada” pelos valores
quanto maior a magnitude da relação entre variáveis, mais níveis de mensuração usados, natureza das relações, etc. específicos da outra variável e vice-versa.
confiável a relação. Por que pequenas relações podem ser provadas Quase todas, porém, seguem um princípio geral: elas pro‐
Assumindo que não há relação entre as variáveis na po‐ como significantes apenas por grandes amostras: Os curam avaliar a relação comparando-a de alguma forma Como é calculado o nível de significância estatís-
pulação, o resultado mais provável deveria ser também não exemplos dos parágrafos anteriores indicam que se um com a “máxima relação imaginável” entre aquelas variáveis tico: Assuma-se que já tenha sido calculada uma medida
encontrar relação entre as mesmas variáveis na amostra da relacionamento entre as variáveis em questão (na popula‐ específicas. Tecnicamente, um modo comum de realizar da relação entre duas variáveis (como explicado acima). A
pesquisa. Assim, quanto mais forte a relação encontrada na ção) é pequeno, então não há meio de identificar tal re‐ tais avaliações é observar quão diferenciados são os valo‐ próxima questão é “quão significante é esta relação”? Por
amostra menos provável é a não existência da relação corres‐ lação em um estudo a não ser que a amostra seja corres‐ res das variáveis, e então calcular qual parte desta “diferen‐ exemplo, 40% da variação global ser explicada pela relação
pondente na população. Então a magnitude e a significância pondentemente grande. Mesmo que a amostra seja de fato ça global disponível” seria detectada na ocasião se aquela entre duas variáveis é suficiente para considerar a relação
de uma relação aparentam estar fortemente relacionadas, e “perfeitamente representativa” da população o efeito não diferença fosse “comum” (fosse apenas devida à relação significante? “Depende”. Especificamente, a significância
seria possível calcular a significância a partir da magnitude será estatisticamente significante se a amostra for pequena. entre as variáveis) nas duas (ou mais) variáveis em questão. depende principalmente do tamanho da amostra. Como já
e vice-versa. Entretanto, isso é válido apenas se o tamanho Analogamente, se a relação em questão é muito grande na Falando menos tecnicamente, compara-se “o que é comum foi explicado, em amostras muito grandes mesmo relações
da amostra é mantido constante, porque uma relação de população então poderá ser constatada como altamente naquelas variáveis” com “o que potencialmente poderia muito pequenas entre variáveis serão significantes, en‐
certa força poderia ser tanto altamente significante ou não significante mesmo em um estudo baseado em uma pe‐ haver em comum se as variáveis fossem perfeitamente re‐ quanto que em amostras muito pequenas mesmo relações
significante de todo dependendo do tamanho da amostra. quena amostra. Mais um exemplo: lacionadas”. Outro exemplo: muito grandes não poderão ser consideradas confiáveis

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

(significantes). Assim, para determinar o nível de significân‐ tamanho da amostra é grande o bastante, os resultados análise. Especificamente, os estudos de Monte Carlo foram Cálculo da média aritmética
cia estatística torna-se necessária uma função que repre‐ de tais repetições são “normalmente distribuídos”, e assim, usados extensivamente com testes baseados na distribui‐
sente o relacionamento entre “magnitude” e “significância” conhecendo a forma da curva normal pode-se calcular pre‐ ção normal para determinar quão sensíveis eles eram à vio‐ Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
das relações entre duas variáveis, dependendo do tama‐ cisamente a probabilidade de obter “por acaso” resultados lações da suposição de que as variáveis analisadas tinham numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
nho da amostra. Tal função diria exatamente “quão prová‐ representando vários níveis de desvio da hipotética média distribuição normal na população. A conclusão geral destes
vel é obter uma relação de dada magnitude (ou maior) de populacional 0 (zero). Se tal probabilidade calculada é tão estudos é que as conseqüências de tais violações são me‐
uma amostra de dado tamanho, assumindo que não há tal pequena que satisfaz ao critério previamente aceito de sig‐ nos severas do que se tinha pensado a princípio. Embora
relação entre aquelas variáveis na população”. Em outras nificância estatística, então pode-se concluir que o resul‐ estas conclusões não devam desencorajar ninguém de se n parcelas
palavras, aquela função forneceria o nível de significância tado obtido produz uma melhor aproximação do que está preocupar com a suposição de normalidade, elas aumenta‐ e, portanto,
(nível-p), e isso permitiria conhecer a probabilidade de erro acontecendo na população do que a “hipótese nula”. Lem‐ ram a popularidade geral dos testes estatísticos dependen‐
tes da distribuição normal em todas as áreas de pesquisa. x1; x2 ; x3;...; xn
envolvida em rejeitar a idéia de que a relação em ques‐ brando ainda que a hipótese nula foi considerada apenas x=
tão não existe na população. Esta hipótese “alternativa” (de por “razões técnicas” como uma referência contra a qual o n
que não há relação na população) é usualmente chamada resultado empírico (dos experimentos) foi avaliado. Objeto da Estatística: Estatística é uma ciência exata
de hipótese nula. Seria ideal se a função de probabilidade que visa fornecer subsídios ao analista para coletar, orga‐ Conclusão
fosse linear, e por exemplo, apenas tivesse diferentes incli‐ Todos os testes estatísticos são normalmente dis- nizar, resumir, analisar e apresentar dados. Trata de parâ‐
nações para diferentes tamanhos de amostra. Infelizmente, tribuídos: Não todos, mas muitos são ou baseados na metros extraídos da população, tais como média ou desvio A média aritmética dos n elementos do conjunto
a função é mais complexa, e não é sempre exatamente a distribuição normal diretamente ou em distribuições a ela padrão. A estatística fornece-nos as técnicas para extrair numérico A é a soma de todos os seus elementos, dividida
mesma. Entretanto, em muitos casos, sua forma é conhe‐ relacionadas, e que podem ser derivadas da normal, como informação de dados, os quais são muitas vezes incom‐ por n.
cida e isso pode ser usado para determinar os níveis de as distribuições t, F ou Chi-quadrado (Qui-quadrado). Tipi‐ pletos, na medida em que nos dão informação útil sobre
significância para os resultados obtidos em amostras de camente, estes testes requerem que as variáveis analisadas o problema em estudo, sendo assim, é objetivo da Estatís‐ Exemplo
certo tamanho. Muitas daquelas funções são relacionadas sejam normalmente distribuídas na população, ou seja, que tica extrair informação dos dados para obter uma melhor
a um tipo geral de função que é chamada de normal (ou elas atendam à “suposição de normalidade”. Muitas variá‐ compreensão das situações que representam. Quando se Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6,
gaussiana). veis observadas realmente são normalmente distribuídas, aborda uma problemática envolvendo métodos estatísti‐ 9, e 13.
o que é outra razão por que a distribuição normal repre‐ cos, estes devem ser utilizados mesmo antes de se recolher
Por que a distribuição normal é importante: A “dis‐ senta uma “característica geral” da realidade empírica. O a amostra, isto é, deve-se planejar a experiência que nos vai Resolução
tribuição normal” é importante porque em muitos casos problema pode surgir quando se tenta usar um teste ba‐ permitir recolher os dados, de modo que, posteriormente,
ela se aproxima bem da função introduzida no item ante‐ seado na distribuição normal para analisar dados de variá‐ se possa extrair o máximo de informação relevante para o Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
rior. A distribuição de muitas estatísticas de teste é normal veis que não são normalmente distribuídas. Em tais casos problema em estudo, ou seja, para a população de onde (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida
ou segue alguma forma que pode ser derivada da distribui‐ há duas opções. Primeiramente, pode-se usar algum teste os dados provêm. Quando de posse dos dados, procura-se por 5. Assim:
agrupá-los e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando de
ção normal. Neste sentido, filosoficamente, a distribuição “não paramétrico” alternativo (ou teste “livre de distribui‐
lado a aleatoriedade presente. Seguidamente o objetivo do 3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
normal representa uma das elementares “verdades acerca ção”); mas isso é freqüentemente inconveniente porque x= ↔x= ↔x=7
estudo estatístico pode ser o de estimar uma quantidade
da natureza geral da realidade”, verificada empiricamente, tais testes são tipicamente menos poderosos e menos fle‐ 15 5
ou testar uma hipótese, utilizando-se técnicas estatísticas
e seu status pode ser comparado a uma das leis funda‐ xíveis em termos dos tipos de conclusões que eles podem
convenientes, as quais realçam toda a potencialidade da
mentais das ciências naturais. A forma exata da distribuição proporcionar. Alternativamente, em muitos casos ainda A média aritmética é 7.
Estatística, na medida em que vão permitir tirar conclusões
normal (a característica “curva do sino”) é definida por uma se pode usar um teste baseado na distribuição normal se
acerca de uma população, baseando-se numa pequena
função que tem apenas dois parâmetros: média e desvio apenas houver certeza de que o tamanho das amostras é Média Aritmética Ponderada
amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.
padrão. suficientemente grande. Esta última opção é baseada em Exemplo: Ao chegarmos a uma churrascaria, não pre‐
Uma propriedade característica da distribuição normal um princípio extremamente importante que é largamente cisamos comer todos os tipos de saladas, de sobremesas Definição
é que 68% de todas as suas observações caem dentro de responsável pela popularidade dos testes baseados na dis‐ e de carnes disponíveis, para conseguirmos chegar a con‐
um intervalo de 1 desvio padrão da média, um intervalo de tribuição normal. Nominalmente, quanto mais o tamanho clusão de que a comida é de boa qualidade. Basta que seja A média dos elementos do conjunto numérico A relativa
2 desvios padrões inclui 95% dos valores, e 99% das obser‐ da amostra aumente, mais a forma da distribuição amos‐ provado um tipo de cada opção para concluirmos que es‐ à adição e na qual cada elemento tem um “determinado
vações caem dentro de um intervalo de 3 desvios padrões tral (a distribuição de uma estatística da amostra) da média tamos sendo bem servidos e que a comida está dentro dos peso” é chamada média aritmética ponderada.
da média. Em outras palavras, em uma distribuição normal aproxima-se da forma da normal, mesmo que a distribui‐ padrões.
as observações que tem um valor padronizado de menos ção da variável em questão não seja normal. Este princípio Cálculo da média aritmética ponderada
do que -2 ou mais do que +2 tem uma freqüência relativa é chamado de Teorema Central do Limite. Noção Geral de Média Se x for a média aritmética ponderada dos elementos
de 5% ou menos (valor padronizado significa que um valor do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1;
é expresso em termos de sua diferença em relação à média, Como se conhece as consequências de violar a supo- Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
dividida pelo desvio padrão). sição de normalidade: Embora muitas das declarações fei‐ efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
Ilustração de como a distribuição normal é usada tas anteriormente possam ser provadas matematicamente, Se for possível substituir cada um dos elementos do P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
em raciocínio estatístico (indução): Retomando o exem‐ algumas não têm provas teóricas e podem demonstradas conjunto A por um número x de modo que o resultado da = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
plo já discutido, onde pares de amostras de homens e mu‐ apenas empiricamente via experimentos Monte Carlo (si‐ operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, que x (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
lheres foram retirados de uma população em que o valor mulações usando geração aleatória de números). Nestes será a média dos elementos de A relativa a essa operação. = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,
médio de WCC em homens e mulheres era exatamente o experimentos grandes números de amostras são geradas
mesmo. Embora o resultado mais provável para tais expe‐ por um computador seguindo especificações pré-designa‐ Média Aritmética P1 .x1; P2 .x2 ; P3 .x3;...Pn xn
rimentos (um par de amostras por experimento) é que a das e os resultados de tais amostras são analisados usando x=
P1 + P2 + P3 + ...+ Pn
diferença entre a WCC média em homens e mulheres em uma grande variedade de testes. Este é o modo empírico Definição
cada par seja próxima de zero, de vez em quando um par de avaliar o tipo e magnitude dos erros ou viesamentos a Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então:
de amostras apresentará uma diferença substancialmente que se expõe o pesquisador quando certas suposições teó‐ A média dos elementos do conjunto numérico A x1; x2 ; x3;...; xn que é a média aritmética simples.
x=
diferente de zero. Quão freqüentemente isso ocorre? Se o ricas dos testes usados não são verificadas nos dados sob relativa à adição é chamada média aritmética. n

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MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Conclusão Profissionais → Quantidade → Salário b) (80 + 71 + 95 + 100)/4= Neste exemplo teríamos a seguinte solução:
346/4 = 86,5
A média aritmética ponderada dos n elementos do Serventes → 20 profissionais → R$ 320,00 c) (59 + 84 + 37 + 62 + 10)/5=
3
4.6.9 ⇒ 3 216 ⇒ 6
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada Técnicos → 10 profissionais → R$ 840,00 = 252/5
elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela Engenheiros → 5 profissionais → R$ 1.600,00 = 50,4 Utilidades da Média Geométrica
soma dos pesos.
d) (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9)/9= Progressão Geométrica
10. Calcule a média ponderada entre 5, 10 e 15 para os
Exemplo 45/9 =
respectivos pesos 10, 5 e 20.
=5 Uma das utilizações deste tipo de média é na definição
Calcular a média aritmética ponderada dos números Respostas de uma progressão geométrica que diz que em toda
35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente. 6) Resposta “22”. PG., qualquer termo é média geométrica entre o seu
Solução: Neste caso a solução consiste em multiplicar‐ antecedente e o seu consequente:
1) Resposta “5”. mos cada número pelo seu respectivo peso e somarmos
Resolução Solução: todos estes produtos. Este total deve ser então dividido an = an−1 .an+1
M.A. ( 2 e 8 ) = 2 + 8 / 2 = 10 / 2 = 5 → M.A. ( 2 e 8 ) pela soma total dos pesos:
Se x for a média aritmética ponderada, então: = 5. Tomemos como exemplo três termos consecutivos de
10.1+ 14.2 + 18.3 + 30.5 10 + 28 + 54 + 150 242 uma PG.: 7, 21 e 63.
2.35 + 3.20 + 5.10 70 + 60 + 50 180 = = = 22 Temos então que o termo 21 é média geométrica dos
x= ↔x= ↔x= ↔ x = 18 2) Resposta “6”. 1+ 2 + 3 + 5 11 11
2 + 3+ 5 10 10 termos 7 e 63.
Solução:
M.A. ( 3, 5 e 10 ) = 3 + 5 + 10 / 3 = 18 / 3 = 6 → M.A. ( Logo, a média aritmética ponderada é 22.
A média aritmética ponderada é 18. 3, 5 e 10 ) = 6. Vejamos:

Observação: A palavra média, sem especificar se é 7) Resposta “4,9”. 7.63 ⇒ 441 ⇒ 21


3) Resposta “10”. Solução:
aritmética, deve ser entendida como média aritmética. Solução: Para resolver esse exercício basta fazer a
soma dos números e dividi-los por quatro, que é a quanti‐ 3.5 + 6.3 + 8.2 15 + 18 + 16 49 Variações Percentuais em Sequência
Exercícios MP = = = = 4,9
dade de números, portanto: 5 + 3+ 2 10 10
Outra utilização para este tipo de média é quando es‐
1. Determine a média aritmética entre 2 e 8. 11+ 7 + 13 + 9 40 tamos trabalhando com variações percentuais em sequên‐
M .A = = = 10 8) Resposta “ ±14,93 ”
cia.
4 4 Solução:
2. Determine a média aritmética entre 3, 5 e 10.
Logo, a média aritmética é 10. 14.10 + 15.12 + 16.8 140 + 180 + 128 448 Exemplo
3. Qual é a média aritmética simples dos números 11, MP = = = = ±14,93
10 + 12 + 8 30 30
7, 13 e 9? Digamos que uma categoria de operários tenha um
4) Resposta “164”. aumento salarial de 20% após um mês, 12% após dois me‐
9) Resposta “ ≅ R$651, 43 ”
4. A média aritmética simples de 4 números pares Solução: Quando falamos de média aritmética simples, Solução: Estamos diante de um problema de média ses e 7% após três meses. Qual o percentual médio mensal
distintos, pertences ao conjunto dos números inteiros não ao diminuirmos um dos valores que a compõe, precisamos aritmética ponderada, onde as quantidades de profissio‐ de aumento desta categoria?
nulos é igual a 44. Qual é o maior valor que um desses aumentar a mesma quantidade em outro valor, ou distribuí nais serão os pesos. E com isso calcularemos a média pon‐
números pode ter? -la entre vários outros valores, de sorte que a soma total derada entre R$ 320,00 , R$ 840,00 e R$ 1 600,00 e seus Sabemos que para acumularmos um aumento
não se altere, se quisermos obter a mesma média. respectivos pesos 20 , 10 e 5. Portanto: de 20%, 12% e 7% sobre o valor de um salário, devemos
5. Calcule a média aritmética simples em cada um dos Neste exercício, três dos elementos devem ter o me‐ multiplicá-lo sucessivamente por 1,2, 1,12 e 1,07 que são
seguintes casos: 320.20 + 840.10 + 1600.5 22.800 os fatores correspondentes a tais percentuais.
nor valor possível, de sorte que o quarto elemento tenha MP = = ≅ R$651, 43
a) 15; 48; 36 o maior valor dentre eles, tal que a média aritmética seja 20 + 10 + 5 35 A partir dai podemos calcular a média geométrica
b) 80; 71; 95; 100 igual a 44. Este será o maior valor que o quarto elemento destes fatores:
c) 59; 84; 37; 62; 10 poderá assumir. 10) Resposta “11,42”. 3
1,2.1,12.1,07 ⇒ 3 1, 43808 ⇒ 1,128741
d) 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 Em função do enunciado, os três menores valores intei‐ Solução:
ros, pares, distintos e não nulos são:2, 4 e 6. Identificando 5.10 + 10.5 + 15.20 50 + 50 + 300 400
6. Qual é a média aritmética ponderada dos números como x este quarto valor, vamos montar a seguinte equa‐ MP = = = = 11, 42 Como sabemos, um fator de 1, 128741 corresponde
10, 14, 18 e 30 sabendo-se que os seus pesos são respecti‐ ção:
10 + 5 + 20 35 35 a 12, 8741% de aumento.
vamente 1, 2, 3 e 5? Este é o valor percentual médio mensal do aumento
2+4+6+x Média Geométrica salarial, ou seja, se aplicarmos três vezes consecutivas o
= 44
7. Calcular a média ponderada entre 3, 6 e 8 para os 4 Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos percentual 12, 8741%, no final teremos o mesmo resultado
respectivos pesos 5 , 3 e 2. Solucionando-a temos: os valores e extraindo-se a raiz de índice n deste produto. que se tivéssemos aplicado os percentuais 20%, 12% e 7%.
Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para ob‐
8. Numa turma de 8ª série 10 alunos possuem 14 Logo, o maior valor que um desses números pode ter termos o valor médio geométrico deste conjunto, multipli‐ Digamos que o salário desta categoria de operários
anos, 12 alunos possuem 15 anos e oito deles 16 anos de é 164. camos os elementos e obtemos o produto 216. seja de R$ 1.000,00, aplicando-se os sucessivos aumentos
idade. Qual será a idade média dessa turma? Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cú‐ temos:
5) Solução: bica, chegando ao valor médio 6.
9. Determine a média salarial de uma empresa, cuja fo‐ a) (15 + 48 + 36)/3 = Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de
lha de pagamento é assim discriminada: 99/3 = 33 3 elementos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de
índice n.

204 205
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Salário +% Salário Salário +% Salário Aplicação Prática 5. Qual é a média geométrica dos núme‐ Repare que todos os números são potência de 2, po‐
Inicial Informado final inicial médio final Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm², ros 2, 4, 8, 16 e 32? demos então escrever:
qual é o retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto
R$ R$ R$ R$ 2.4.8.16.32 ⇒ 5 2.2 2.2 3.2 4.2 5
é, o mais econômico? A resposta a este tipo de questão 6. Dados dois números quaisquer, a média aritmética
5
20% 12, 8417
1.000,00 1.200,00 1.000,00 1.128,74
é dada pela média geométrica entre as medidas do simples e a média geométrica deles são respectivamente
R$
12%
R$ R$
12, 8417
R$ comprimento a e da largura b, uma vez que a.b = 64. 20 e 20,5. Quais são estes dois números? Como dentro do radical temos um produto de potên‐
1.200,00 1.334,00 1.287,74 1.274,06 cias de mesma base, somando-se os expoentes temos:
R$ R$ R$ R$ A média geométrica G entre a e b fornece a medida 7. A média geométrica entre dois números é igual a 6.
7% 12, 8417 Se a eles juntarmos o número 48, qual será a média geo‐
5
2.2 2.2 3.2 4.2 5 ⇒ 5 215
1.334,00 1.438,00 1.274,06 1.438,08 desejada.
G = R[a × b] = R[64] = 8 métrica entre estes três números?
Observe que o resultado final de R$ 1.438,08 é o mesmo Resposta Finalmente dividindo-se o índice e o expoente por 5 e
nos dois casos. Se tivéssemos utilizado a média aritmética 8. Calcule a média geométrica entre 4 e 9. resolvendo a potência resultante:
no lugar da média geométrica, os valores finais seriam É o retângulo cujo comprimento mede 8 cm e é lógico
distintos, pois a média aritmética de 13% resultaria em que a altura também mede 8 cm, logo só pode ser um 9. Calcule a média geométrica entre 3, 3, 9 e 81 5
215 ⇒ 1 2 3 ⇒ 2 3 ⇒ 8
um salário final de R$ 1.442,90, ligeiramente maior como quadrado! O perímetro neste caso é p = 32 cm. Em qualquer
10. Calcule a média geométrica entre 1, 1, 1, 32 e 234.
já era esperado, já que o percentual de 13% utilizado é outra situação em que as medidas dos comprimentos Logo, a média geométrica deste conjunto é 8.
Respostas
ligeiramente maior que os 12, 8417% da média geométrica. forem diferentes das alturas, teremos perímetros maiores 6) Resposta “16, 25”.
do que 32 cm. Solução: Chamemos de a e b estes dois números. A
1) Resposta “4”.
Cálculo da Média Geométrica Solução: média aritmética deles pode ser expressa como:
Interpretação gráfica
a+b
Em uma fórmula: a média geométrica de a1, a2, ..., an é M .G.(2e8) = 2 2 × 8 = 16 = 4 ⇒ M .G.(2e8) = 4 = 20,5
⎛ n ⎞
1/n
A média geométrica entre dois segmentos de reta 2
⎝⎜
∏ ai ⎠⎟ = (a1 .a2 ...an )
1/n
= n a1 .a2 ...an pode ser obtida geometricamente de uma forma bastante 2) Resposta “2”.
i=1
simples. Solução: Já média geométrica pode ser expressa como:

A média geométrica de um conjunto de números é Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace um segmento M .G.(1,2e4) = 1× 2 × 4 = 8 = 2 ⇒ M .G.(1,2e4) = 2
3 3
a.b = 20
sempre menor ou igual à média aritmética dos membros de reta que contenha a junção dos segmentos AB e BC, de
desse conjunto (as duas médias são iguais se e somente se forma que eles formem segmentos consecutivos sobre a Observação: O termo média proporcional deve ser, Vamos isolar a na primeira equação:
todos os membros do conjunto são iguais). Isso permite a mesma reta. apenas, utilizado para a média geométrica entre dois nú‐
a+b
definição da média aritmética geométrica, uma mistura das meros. = 20,5 ⇒ a + b = 20,5.2 ⇒ a = 41− b
duas que sempre tem um valor intermediário às duas. 2
A média geométrica é também a média aritmética har- 3) Resposta “6”.
mônica no sentido que, se duas sequências (an) e (hn) são Solução: Aplicando a relação: g2 = a.h, teremos: Agora para que possamos solucionar a segunda equa‐
definidas: ção, é necessário que fiquemos com apenas uma variável
g2 = 4.9 → g2 = 36 → g = 6 → MG. (4, 9) = 6. na mesma. Para conseguirmos isto iremos substituir a por
an + hn x+y
an+1 = ,a1 = 27 41 - b:
Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. 4) Resposta “ ”
( ) = 20
2 2 2
8
Obtenha o ponto médio O deste segmento e com um a.b = 20 ⇒ (41− b).b = 20 ⇒ 41b − b 2 2

E compasso centrado em O e raio OA, trace uma semi- Solução: Se a média geométrica entre 3 números é 4,
circunferência começando em A e terminando em C. O podemos escrever: ⇒ 41b − b = 400 ⇒ −b + 41b − 400 = 0
2 2
2 2
hn+1 = ,h = segmento vertical traçado para cima a partir de B encontrará M .G. = 3 x.y.z ⇒ 4 = 3 x.y.z ⇒ x.y.z = 64 Note que acabamos obtendo uma equação do segun‐
1 1 1 1 1
+ + o ponto D na semi-circunferência. A medida do segmento do grau:
an hn x y
BD corresponde à média geométrica das medidas dos
Se multiplicarmos um deles por m, a nova média será:
então an e hn convergem para a média geométrica segmentos AB e BC. -b2 + 41b - 400 = 0
de x e y. 4 + 2 = 3 x.y.z.m ⇒ 6 = 3 x.y.z.m ⇒ x.y.z.m = 216
Exercícios e como x . y . z = 64 → 64 . m = 216 → m =
216 27
= Solucionando a mesma temos:
Cálculo da Media Geométrica Triangular 64 8
1. Determine a média proporcional ou geométrica 5) Resposta “8”. −41 ± 412 − 4.(−1).(−400)
−b 2 + 41b − 400 = 0 ⇒ b =
Bom primeiro observamos o mapa e somamos as áreas entre 2 e 8. Solução: Se dispusermos de uma calculadora científica, 2.(−1)
dos quadrados catetos e dividimos pela hipotenusa e no este exercício pode ser solucionado multiplicando-se to‐
final pegamos a soma dos ângulos subtraindo o que esta 2. Determine a média geométrica entre 1, 2 e 4. ⎧ −41+ 81 −41+ 9 −32
dos os números e extraindo-se do produto final, a raiz de ⎪⎪b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = 16
entre os catetos e dividimos por PI(3,1415...) assim desco‐ índice cinco, pois se tratam de cinco números: −2 −2 −2
⇒⎨
brimos a media geométrica dos triângulos. 3. Determine a média geométrica entre dois números
sabendo que a média aritmética e a média harmônica entre
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 32768 ⇒ 8 ⎪b = −41− 81 ⇒ b = −41+ 9 ⇒ b = −50 ⇒ b = 25
⎪⎩ 2 −2
2
−2
2
−2
2
Exemplo eles são, respectivamente, iguais a 4 e 9.
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e Se não dispusermos de uma calculadora científica esta O número b pode assumir, portanto os valores 16 e 25.
345, é dada por: 4. A média geométrica entre 3 números é 4. Quanto solução ficaria meio inviável, pois como iríamos extrair tal É de se esperar, portanto que quando b for igual a 16,
devo multiplicar um desses números para que a média raiz, isto sem contar na dificuldade em realizarmos as mul‐ que a seja igual a 25 e quando b for igual a 25, que a seja
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 aumente 2 unidades ? tiplicações? igual a 16. Vamos conferir.

206 207
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Sabemos que a = 41 - b, portanto atribuindo a b um de É uma medida de localização do centro da distribui‐ Como medida de localização, a mediana é mais robus‐ Salário (em euros) 75 100 145 200 400 1700
seus possíveis valores, iremos encontrar o valor de a. ção dos dados, definida do seguinte modo: Ordenados os ta do que a média, pois não é tão sensível aos dados.
elementos da amostra, a mediana é o valor (pertencente - Quando a distribuição é simétrica, a média e a me‐ Frequência absoluta 23 58 50 20 7 2
Para b = 16 temos: ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50% dos diana coincidem. Frequência acumulada 23 81 131 151 158 160
elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e - A mediana não é tão sensível, como a média, às ob‐
a = 41 - b ⇒ 41 - 16 ⇒ a = 25 os outros 50% são maiores ou iguais à mediana. servações que são muito maiores ou muito menores do Calcular a média e a mediana e comentar os resulta‐
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de‐ que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o dos obtidos.
Para b = 25 temos: pois de ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar, valor de todas as observações. Resolução: = = (75.23+100.58+...+400.7+1700.2)/16
a mediana é o elemento médio. Se n é par, a mediana é a A média ao contrário da mediana, é uma medida muito 0 = 156,10
a = 41 - b ⇒ a = 41 - 25 ⇒ a = 16 semi-soma dos dois elementos médios. influenciada por valores “muito grandes” ou “muito peque‐ Resolução: euros. m = semi-soma dos elementos de
A mediana, m, é uma medida de localização do centro nos”, mesmo que estes valores surjam em pequeno núme‐ ordem 80 e 81 = 100 euros.
Logo, os dois números são 16, 25. da distribuição dos dados, definida do seguinte modo: ro na amostra. Estes valores são os responsáveis pela má Comentário: O fato de termos obtido uma média de
Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o va- utilização da média em muitas situações em que teria mais 156,10 e uma mediana de 100, é reflexo do fato de exis‐
significado utilizar a mediana.
7) Resposta “12”. lor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto tirem alguns, embora poucos, salários muito altos, relati‐
A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição
Solução: Se chamarmos de P o produto destes dois é, 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais à vamente aos restantes. Repare-se que, numa perspectiva
dos dados:
números, a partir do que foi dito no enunciado podemos mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana. social, a mediana é uma característica mais importante do
- for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se
montar a seguinte equação: Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, de‐ da mediana. que a média. Na realidade 50% dos trabalhadores têm sa‐
pois de ordenada a amostra de n elementos: - for enviesada para a direita (alguns valores grandes lário menor ou igual a 100 €, embora a média de 156,10 €
P =6 - Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio. não transmita essa ideia.
como “outliers”), a média tende a ser maior que a mediana.
- Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois ele‐ - for enviesada para a esquerda (alguns valores peque‐
Elevando ambos os membros desta equação ao qua‐ mentos médios. nos como “outliers”), a média tende a ser inferior à media‐ Vejamos de uma outra forma: Sabes, quando a dis‐
drado, iremos obter o valor numérico do produto destes na. tribuição dos dados é simétrica ou aproximadamente si‐
dois números: Se se representarem os elementos da amostra orde‐ métrica, as medidas de localização do centro da amostra
2 nada com a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn:n; então uma (média e mediana) coincidem ou são muito semelhantes.
P = 6 ⇒ ( P) = 6 2 ⇒ P = 36
expressão para o cálculo da mediana será: O mesmo não se passa quando a distribuição dos dados
é assimétrica, fato que se prende com a pouca resistência
Agora que sabemos que o produto de um número pelo da média.
outro é igual 36, resta-nos multiplicá-lo por 48 e extraímos
a raiz cúbica deste novo produto para encontrarmos a mé‐ Representando as distribuições dos dados (esta obser‐
dia desejada: vação é válida para as representações gráficas na forma de
diagramas de barras ou de histograma) na forma de uma
M = 3 36.48 ⇒ M = 3 (2 2.32 ).(2 4.3) ⇒ M = 3 2 6.33 mancha, temos, de um modo geral:
⇒ M = 2 2.3 ⇒ M = 4.3 ⇒ M = 12 Dado um histograma é fácil obter a posição da media‐
Como medida de localização, a mediana é mais robusta na, pois esta está na posição em que passando uma linha
Note que para facilitar a extração da raiz cúbica, rea‐ do que a média, pois não é tão sensível aos dados. Consi‐ vertical por esse ponto o histograma fica dividido em duas
lizamos a decomposição dos números 36 e 48 em fatores deremos o seguinte exemplo: um aluno do 10º ano obteve partes com áreas iguais.
primos. Acesse a página decomposição de um número na‐ as seguintes notas: 10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 12. A média e a Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distri‐
tural em fatores primos para maiores informações sobre mediana da amostra anterior são respectivamente. buição, ou seja, é o de maior efetivo e, portanto, de maior
este assunto. frequência. Define-se moda como sendo: o valor que sur‐
e ge com mais frequência se os dados são discretos, ou, o
=10.75 =11
Logo, ao juntarmos o número 48 aos dois números ini‐ intervalo de classe com maior frequência se os dados são
ciais, a média geométrica passará a ser 12. contínuos. Assim, da representação gráfica dos dados, ob‐
tém-se imediatamente o valor que representa a moda ou
8) Resposta “6”. Como medida de localização, a mediana é mais resis‐ a classe modal. Esta medida é especialmente útil para re‐
Solução: G = 2 4.9 = 6 tente do que a média, pois não é tão sensível aos dados. duzir a informação de um conjunto de dados qualitativos,
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a me‐ apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os
Admitamos que uma das notas de 10 foi substituída
9) Resposta “9”. diana coincidem. quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.
por uma de 18. Neste caso a mediana continuaria a ser
Solução: G = 4 3.3.9.81 = 9 - A mediana não é tão sensível, como a média, às ob‐ Para um conjunto de dados, define-se moda como
igual a 11, enquanto que a média subiria para 11.75.
servações que são muito maiores ou muito menores do sendo: o valor que surge com mais frequência se os dados
10) Resposta “6”. que as restantes (outliers). Por outro lado a média reflete o são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequên‐
Solução: G = 5 1.1.1.32.243 = 6 valor de todas as observações. cia se os dados são contínuos. Assim, da representação
gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor que
Mediana: é o valor que tem tantos dados antes dele, Assim, não se pode dizer em termos absolutos qual representa a moda ou a classe modal.
Média e Mediana: Se se representarmos os elementos
como depois dele. Para se medir a mediana, os valores de‐ destas medidas de localização é preferível, dependendo do
da amostra ordenada com a seguinte notação: X1:n, X2:n,
vem estar por ordem crescente ou decrescente. No caso do contexto em que estão a ser utilizadas.
..., Xn: “n” então uma expressão para o cálculo da mediana Exemplo: Os salários dos 160 empregados de uma
número de dados ser ímpar, existe um e só um valor central
será: determinada empresa, distribuem-se de acordo com a se‐
que é a mediana. Se o número de dados é par, toma-se a
média aritmética dos dois valores centrais para a mediana. guinte tabela de frequências:

208 209
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Resolução: Ordenando a amostra anterior, cuja dimen‐ Pictogramas com altura correspondendo à sua freqüência ou porcenta‐
são é 16, temos: gem. Este tipo de gráfico é interessante para as variáveis
49 51 52 52 54 54 55 56 56 56 57 60 61 61 62 67 1ª (10) qualitativas ordinais ou quantitativas discretas, pois permi‐
2ª (8) te investigar a presença de tendência nos dados. Exemplo:
a) 16 . 1/7 = 16/7, onde [16/7] = 2 e Q1/7 = x3 : 16 = 52 3ª (4)
16 . 1/4 = 4, onde Q1/2 = [x8 : 16 + x9 : 16]/2 = 56 4ª (5)
16 . 1/2 = 8, onde Q1/4 = [x4 : 16 + x5 : 16]/2 = 53 5ª (4)
16 . 3/4 = 12, onde Q3/4 = [x12 : 16 + x13 : 16]/2 = 60.5 = 1 unidade

Esta medida é especialmente útil para reduzir a infor‐ b) Um aluno com 61 kg pode ser considerado um pou‐ Tabela de Frequências: Como o nome indica, conterá os
mação de um conjunto de dados qualitativos, apresenta‐ co “forte”, pois naquela turma só 25% dos alunos é que valores da variável e suas respectivas contagens, as quais são
dos sob a forma de nomes ou categorias, para os quais não têm peso maior ou igual a 60.5 kg. denominadas frequências absolutas ou simplesmente, fre-
se pode calcular a média e por vezes a mediana (se não quências. No caso de variáveis qualitativas ou quantitativas
forem susceptíveis de ordenação). Escalas – Tabelas – Gráficos discretas, a tabela de freqüência consiste em listar os valores
possíveis da variável, numéricos ou não, e fazer a contagem
Tipos de gráficos: Os dados podem então ser repre‐ na tabela de dados brutos do número de suas ocorrências. A
sentados de várias formas: frequência do valor i será representada por ni, a frequência Diagrama Circular: Para construir um diagrama circu-
total por n e a freqüência relativa por fi = ni/n. lar ou gráfico de pizza, repartimos um disco em setores
Diagramas de Barras Para variáveis cujos valores possuem ordenação natural circulares correspondentes às porcentagens de cada valor
(qualitativas ordinais e quantitativas em geral), faz sentido in‐ (calculadas multiplicando-se a frequência relativa por 100).
cluirmos também uma coluna contendo as frequências acu- Este tipo de gráfico adapta-se muito bem para as variáveis
muladas f ac, obtidas pela soma das frequências de todos os qualitativas nominais. Exemplo:
valores da variável, menores ou iguais ao valor considerado.
Quartis: Generalizando a noção de mediana m, que No caso das variáveis quantitativas contínuas, que po‐
como vimos anteriormente é a medida de localização, tal dem assumir infinitos valores diferentes, é inviável construir
que 50% dos elementos da amostra são menores ou iguais a tabela de frequência nos mesmos moldes do caso anterior,
a m, e os outros 50% são maiores ou iguais a m, temos a pois obteríamos praticamente os valores originais da tabela
noção de quartil de ordem p, com 0<p<1, como sendo de dados brutos. Para resolver este problema, determinamos
o valor Qp tal que 100p% dos elementos da amostra são classes ou faixas de valores e contamos o número de ocor‐
menores ou iguais a Qp e os restantes 100 (1-p)% dos ele‐ rências em cada faixa. Por ex., no caso da variável peso de
mentos da amostra são maiores ou iguais a Qp. adultos, poderíamos adotar as seguintes faixas: 30 |— 40 kg,
Tal como a mediana, é uma medida que se calcula 40 |— 50 kg, 50 |— 60, 60 |— 70, e assim por diante. Apesar
a partir da amostra ordenada. Um processo de obter os de não adotarmos nenhuma regra formal para estabelecer
quartis é utilizando a Função Distribuição Empírica. as faixas, procuraremos utilizar, em geral, de 5 a 8 faixas com
Generalizando ainda a expressão para o cálculo da me‐ Diagramas Circulares mesma amplitude.
diana, temos uma expressão análoga para o cálculo dos Eventualmente, faixas de tamanho desigual podem ser
quartis: convenientes para representar valores nas extremidades da Histograma: O histograma consiste em retângulos
tabela. Exemplo: contíguos com base nas faixas de valores da variável e com
área igual à frequência relativa da respectiva faixa. Desta
forma, a altura de cada retângulo é denominada densidade
de frequência ou simplesmente densidade definida pelo
Qp = quociente da área pela amplitude da faixa. Alguns autores
utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na cons‐
onde representamos por [a], o maior inteiro contido trução do histograma, o que pode ocasionar distorções (e,
em a. Histogramas consequentemente, más interpretações) quando amplitu‐
Aos quartis de ordem 1/4 e 3/4 , damos respectiva‐ des diferentes são utilizadas nas faixas. Exemplo:
mente o nome de 1º quartil e 3º quartil. Exemplo: Tendo-se
decidido registrar os pesos dos alunos de uma determi‐
nada turma prática do 10º ano, obtiveram-se os seguintes
valores (em kg):

52 56 62 54 52 51 60 61 56 55 56 54 57 67 61 49

a) Determine os quantis de ordem 1/7, 1/2 e os 1º e


3º quartis.
b) Um aluno com o peso de 61 kg, pode ser considera‐ Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras,
do “normal”, isto é nem demasiado magro, nem demasiado representamos os valores da variável no eixo das abscissas
gordo? e suas as frequências ou porcentagens no eixo das orde‐
nadas. Para cada valor da variável desenhamos uma barra

210 211
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


apresentar observações medidas ao longo do tempo, enfa‐
tizando sua tendência ou periodicidade. Exemplo: 1. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
MA/2013) Dentre os nove competidores de um cam-
peonato municipal de esportes radicais, somente os
quatro primeiros colocados participaram do campeo-
nato estadual. Sendo assim, quantas combinações são
possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
A) 126
B) 120
C) 224
D) 212
E) 156

9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5!
!!,! = = = 126
5! 4! 5! ∙ 24
!
Polígono de Frequência: RESPOSTA: “A”.
Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos
pontos médios das classes. Exemplo: 2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que
Jorge de forma que a razão entre o número de anagra-
mas de seus nomes representa a diferença entre suas
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
A) 24.
B) 25.
C) 26.
D) 27.
E) 28.
Gráfico de Ogiva:
Anagramas de RENATO
Apresenta uma distribuição de frequências acumula‐
______
das, utiliza uma poligonal ascendente utilizando os pontos
extremos. 6.5.4.3.2.1=720

Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120 720
Razão dos anagramas: = 6!
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

RESPOSTA: “C”.

3. (PREF. NEPOMUCENO/MG – PORTEIRO – CON-


SULPLAN/2013) Uma dona de casa troca a toalha de
rosto do banheiro diariamente e só volta a repeti-la
depois que já tiver utilizado todas as toalhas. Sabe-se
que a dona de casa dispõe de 8 toalhas diferentes. De
quantas maneiras ela pode ter utilizado as toalhas nos
primeiros 5 dias de um mês?
A) 4650.
B) 5180.
C) 5460.
D) 6720.
E) 7260.

212
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Raciocínio Verbal Sequência de Números


1. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ENVOLVENDO FRAÇÕES, CONJUNTOS, O raciocínio é o conjunto de atividades mentais que Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um
PORCENTAGENS, SEQUÊNCIAS (COM consiste na associação de ideias de acordo com determina‐ mesmo número.
das regras. No caso do raciocínio verbal, trata-se da capaci‐
NÚMEROS, COM FIGURAS, DE PALAVRAS).
dade de raciocinar com conteúdos verbais, estabelecendo
entre eles princípios de classificação, ordenação, relação e
significados. Ao contrário daquilo que se possa pensar, o
raciocínio verbal é uma capacidade intelectual que tende a Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente
Raciocínio Lógico Matemático ser pouco desenvolvida pela maioria das pessoas. No nível um mesmo número.
escolar, por exemplo, disciplinas como as línguas centram-
Os estudos matemáticos ligados aos fundamentos lógicos contribuem no desenvolvimento cognitivo dos estudantes, se em objetivos como a ortografia ou a gramática, mas não
induzindo a organização do pensamento e das ideias, na formação de conceitos básicos, assimilação de regras matemáti‐ estimulam/incentivam à aprendizagem dos métodos de ex‐
cas, construção de fórmulas e expressões aritméticas e algébricas. É de extrema importância que em matemática utilize-se pressão necessários para que os alunos possam fazer um
atividades envolvendo lógica, no intuito de despertar o raciocínio, fazendo com que se utilize do potencial na busca por uso mais completo da linguagem. Incremento em Progressão: O valor somado é que está
soluções dos problemas matemáticos desenvolvidos e baseados nos conceitos lógicos. Por outro lado, o auge dos computadores e das consolas em progressão.
A lógica está presente em diversos ramos da matemática, como a probabilidade, os problemas de contagem, as pro‐ de jogos de vídeo faz com que as crianças costumem jogar
gressões aritméticas e geométricas, as sequências numéricas, equações, funções, análise de gráficos entre outros. Os fun‐ de forma individual, isto é, sozinhas (ou com outras crianças
damentos lógicos contribuem na resolução ordenada de equações, na percepção do valor da razão de uma sequência, na que não se encontrem fisicamente com elas), pelo que não
elucidação de problemas aritméticos e algébricos e na fixação de conteúdos complexos. é feito um uso intensivo da linguagem. Uma terceira causa
A utilização das atividades lógicas contribui na formação de indivíduos capazes de criar ferramentas e mecanismos que se pode aqui mencionar para explicar o fraco raciocínio Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois
responsáveis pela obtenção de resultados em Matemática. O sucesso na Matemática está diretamente conectado à curiosi‐ verbal é o fato de jantar em frente à televisão. Desta forma, anteriores.
dade, pesquisa, deduções, experimentos, visão detalhada, senso crítico e organizacional e todas essas características estão perde-se o diálogo no seio da família e a arte de conversar.
ligadas ao desenvolvimento lógico. Entre os exercícios recomendados pelos especialistas 1 1 2 3 5 8 13
para desenvolver o raciocínio verbal, encontram-se as analo‐ Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
Raciocínio Lógico Dedutivo gias verbais, os exercícios para completar orações, a ordem divisores naturais.
de frases e os jogos onde se devem excluir certos conceitos
de um grupo. Outras propostas implicam que sigam/res‐
A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um raciocínio lógico 2 3 5 7 11 13 17
peitem certas instruções, corrijam a palavra inadequada (o
é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A de‐
intruso) de uma frase ou procurem/descubram antônimos e
dução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. Iniciaremos com a compreensão Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são
sinônimos de uma mesma palavra.
das sequências lógicas, onde devemos deduzir, ou até induzir, qual a lei de formação das figuras, letras, símbolos ou nú‐ naturais.
meros, a partir da observação dos termos dados.
Lógica Sequencial
1 4 9 16 25 36 49
Humor Lógico Lógica Sequencial
Sequência de Letras
O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental.
Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições, As sequências de letras podem estar associadas a uma
para concluir através de mecanismos de comparações e série de números ou não. Em geral, devemos escrever
abstrações, quais são os dados que levam às respostas todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com
verdadeiras, falsas ou prováveis. Foi pelo processo do k, y e w) e circular as letras dadas para entender a lógica
raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método proposta.
matemático, este considerado instrumento puramente
teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos. ACFJOU
Logo, resumidamente o raciocínio pode ser considerado Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses
também um dos integrantes dos mecanismos dos processos números estão em progressão.
cognitivos superiores da formação de conceitos e da solução
de problemas, sendo parte do pensamento. ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
Sequências Lógicas
Orientações Espacial e Temporal B1 2F H4 8L N16 32R T64
As sequências podem ser formadas por números, letras,
Orientação espacial e temporal verifica a capacidade de abstração no espaço e no tempo. Costuma ser cobrado em pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer Nesse caso, associou-se letras e números (potências de
questões sobre a disposições de dominós, dados, baralhos, amontoados de cubos com símbolos especificados em suas uma sequência, o importante é que existam pelo menos 2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1
faces, montagem de figuras com subfiguras, figuras fractais, dentre outras. Inclui também as famosas sequências de figuras três elementos que caracterize a lógica de sua formação, posições.
nas quais se pede a próxima. Serve para verificar a capacidade do candidato em resolver problemas com base em estímulos entretanto algumas séries necessitam de mais elementos
visuais. para definir sua lógica. Algumas sequências são bastante ABCDEFGHIJKLMNOPQRST
conhecidas e todo aluno que estuda lógica deve conhecê-
las, tais como as progressões aritméticas e geométricas, Sequência de Pessoas
a série de Fibonacci, os números primos e os quadrados
perfeitos.

1 2
MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICA/ RACIOCÍNIO LÓGICO

Na série a seguir, temos sempre um homem seguido Esse número é conhecido como número de ouro e Exemplo 3
de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma pode ser representado por:
posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e
a posição dos braços sempre alterna, ficando para cima em
uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim,
a sequência se repete a cada seis termos, tornando possível
determinar quem estará em qualquer posição.
Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor
lado for igual a é chamado retângulo áureo como o caso
da fachada do Partenon.

Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de As figuras a seguir possuem números que representam
Sequência de Figuras circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos uma sequência lógica. Veja os exemplos:
uma espiral formada pela concordância de arcos cujos
Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão raios são os elementos da sequência de Fibonacci. Exemplo 1
visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir.

Multiplicar os números sempre por 3.


1x3=3
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre A sequência numérica proposta envolve multiplicações 243 x 3 = 729
arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje por 4. 729 x 3 = 2187
em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado 6 x 4 = 24 Exemplo 4
Sequência de Fibonacci de lado igual à altura. Essa forma sempre foi considerada 24 x 4 = 96
satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções 96 x 4 = 384
O matemático Leonardo Pisa, conhecido como sendo chamada retângulo áureo ou retângulo de ouro. 384 x 4 = 1536
Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
(1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem Exemplo 2
uma lei de formação simples: cada elemento, a partir do
terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1
+ 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim por diante. Desde o
século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci,
dedicaram-se ao estudo da sequência que foi proposta,
e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no
desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos
naturais.

Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de


Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma
das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados Como os dois retângulos indicados na figura são A diferença entre os números vai aumentando 2
de lado 1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1. semelhantes temos: (1). unidades.
Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado 24 – 22 = 2
2, obtemos um novo retângulo 3 x 2. Se adicionarmos A diferença entre os números vai aumentando 1 28 – 24 = 4
agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo Como: b = y – a (2). unidade. 34 – 28 = 6
5 x 3. Observe a figura a seguir e veja que os lados dos Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0. 13 – 10 = 3 42 – 34 = 8
quadrados que adicionamos para determinar os retângulos 17 – 13 = 4 52 – 42 = 10
formam a sequência de Fibonacci. Resolvendo a equação: 22 – 17 = 5 64 – 52 = 12
28 – 22 = 6 78 – 64 = 14
em que não convém. 35 – 28 = 7

Logo:

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