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Há muita gente em nossas igrejas que não tem “plena certeza de fé”. Tais pessoas não
têm certeza de que seus pecados foram perdoados, e certamente não podem dizer com
convicção que vão para o céu.
Quando fazemos a pergunta: “Você tem certeza da sua salvação?”, muitas vezes, vem a
resposta “Acho que sim, espero que sim”. Tais respostas mostram que essas pessoas não
conhecem a Bíblia.
Há pessoas que têm dúvidas. Podem ser dúvidas a respeito do amor de Deus ou a
respeito da realidade da sua própria experiência de salvação. Outros insistem que é
presunçoso dizer que sabem que seus pecados já estão perdoados ou que sabem que vão
para o céu. Medo de ser considerado presunçoso tem impedido muitas pessoas de entrar
na “plena certeza da fé”. Mas há também o contrário – pessoas presunçosas que acham
que são crentes e não são.
I. Presunção
O Novo Testamento está cheio de exemplos de pessoas que pensaram que eram salvas,
mas, de fato, estavam enganando a si mesmas.
Ele confiava em si mesmo e não hesitou em aproximar-se de Deus, com plena certeza,
mas faltou-lhe o coração quebrantado do publicano arrependido.
Um homem zeloso e religioso, gloriando-se em Deus, este acha que é um “guia dos
cegos… instrutor de ignorantes”, mas infelizmente não pratica aquilo que prega e ensina
(v.21). É possível professar ser crente, mas de fato ser hipócrita e ignorante da fé
verdadeira.
No Sermão do Monte, Jesus falou desta possibilidade: “Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus… Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor!… Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci”. Isso mostra que nem
palavras corretas: “Senhor, Senhor!”, nem obras impressionantes (“expelimos
demônios… fizemos muitos milagres”) são evidências suficientes de pertencer a Cristo.
O que é essencial é obediência à vontade de Deus e um conhecimento pessoal de Cristo.
Infelizmente, Cristo diz que há “muitos” que pensam que são crentes e não são.
Vamos aplicar esse ensino aos nossos dias: muitos, naquele dia, hão de dizer a Cristo:
“Senhor, será que nós não cantamos no coral da igreja tal, dirigimos o louvor, fomos
professores da escola bíblica, etc.” e Ele pode nos dizer: “nunca vos conheci”. Qual é a
sua verdadeira situação perante Cristo?
Mais uma vez notamos que metade das dez que estavam esperando a volta do noivo
ficou do lado de fora quando “fechou-se a porta”. Sim, há pessoas que esperam a volta
de Jesus, mas não estão preparadas e, na hora da volta Dele, ficarão fora.
Aplicação
Você já nasceu de novo? É bom que estejamos em estado de alerta ao fato de que a
Bíblia dá muitos avisos contra pessoas que presumem que são crentes, mas nunca
experimentaram o novo nascimento. Então, onde você está? Dentro ou fora?
II. Dúvidas
Dúvidas são o contrário de presunção. Há alguns que não têm “plena certeza de fé”
porque lhes falta um “sincero coração”, enquanto há outros que não têm “plena
certeza” porque não têm se aproximado de Deus – são pessoas cheias de dúvidas. Há
muitos em nossas igrejas assim. Correram bem na vida cristã por algum tempo, mas,
depois, começam a ter dúvidas a respeito da sua salvação – “Será que sou crente
mesmo?”.
a) Pedro (Mt 14.31), que se tornou um grande líder, no início foi repreendido por
Jesus: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?”
b) Tomé (Jo 20.24-29) é o maior exemplo de um discípulo que duvidava – “não sejas
incrédulo, mas crente”. Mas se temos, no meio das nossas dúvidas, um amor por Cristo
como Tomé tinha, então chegaremos à mesma confissão: “Senhor meu e Deus meu!”
2. Causas de dúvidas
b) Uma falsa ideia da vida cristã – Há crentes que acham que depois de aceitar a
Cristo não terão mais problemas ou sofrimentos, e não sabem que provações fazem
parte do nosso amadurecimento cristão (Hb 12.4-13; Tg 1.2-4).
Podemos ter plena certeza da nossa salvação? Podemos! Aqui seguem três motivos por
que podemos saber com certeza que uma vez salvo, sempre sou salvo.
A Bíblia, embora não nos dê lugar para presunção ou dúvidas, fornece muitas provas
para que tenhamos plena confiança da nossa salvação.
a) João 3.36 – “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna”. Jesus não disse: Talvez
tenha a vida eterna, mas sim, tem a vida eterna agora ( Jo 5.24; 6.47; Rm 10.9-10).
b) João 10.28-29 – “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as
arrebatará da minha mão…”. Nem Satanás pode nos tirar das mãos do Senhor.
c) 1 João 5.13 – “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a
vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. Não é “talvez tenhais a vida
eterna”. Sim, você pode saber que tem a vida eterna. Aleluia!
Quando Cristo morreu na cruz, pagou a penalidade de todo o nosso pecado – a Sua obra
na cruz foi perfeita e completa. Isaías 53.6 diz: “Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos” (Ef 2.8-9; Tt 3.4-7; Hb 9.26-28). Romanos 5.10 afirma:
“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do
seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”.
3. O testemunho do Espírito Santo no íntimo confirma a nossa salvação
Mas que acontece quando a gente peca? Não perdemos a salvação? Não, de jeito
nenhum! Quando um filho é desobediente, e mesmo chega a brigar com seu pai, que
acontece? Ele continua sendo filho, mas o ambiente na casa fica carregado. É a mesma
coisa em nosso relacionamento com Deus: quando pecamos, a nossa comunhão com Ele
é afetada. Devemos, então, restabelecê-la, pedindo perdão, mas nunca deixamos de ser
filhos.
Aplicação
Você tem a plena certeza da sua salvação?
Conclusão
A Bíblia contém tanto encorajamento quanto avisos – que nunca devemos vacilar numa
agonia de dúvidas, nem perecer numa certeza que foi mal colocada.
Em vez de manter os nossos olhos fixos no Senhor Jesus Cristo e através Dele gozar a
plena certeza da nossa salvação, tantas vezes voltamos nossos olhos para nós mesmos e
para a nossa incapacidade e nossas falhas. Por isso duvidamos. Precisamos confiar
totalmente nas promessas preciosas da palavra de Deus, na perfeição da obra redentora
de Cristo e na confirmação do testemunho do Espírito em nosso coração.
Estudo publicado originalmente pela Editora Cristã Evangélica. Usado com permissão
pela Ultimato.