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<CORPO DE TEXTO>

Tony Ramos é um dos atores mais queridos da TV brasileira. Carismático e sempre


gentil com a imprensa, fãs e colegas, o ator de 74 anos e 59 de carreira é
unanimidade. Talvez por isso seja tão estranho vê-lo no ar em personagens malvados.
Atualmente, ele é o poderoso Antônio La Selva em Terra e Paixão, um homem poderoso
e sem escrúpulos, capaz de ordenar assassinatos, atentados e até o sequestro de uma
criança. Mas não é de hoje que o artista mostra facetas do mal na ficção. Relembre
outros vilões _ sendo alguns redimidos no final _ que marcaram a trajetória de
Tony.

Em Torre de Babel (1998), o autor Silvio de Abreu ousou ao colocar Tony Ramos
cometendo uma atrocidade logo no primeiro capítulo: Clementino flagrou a traição da
esposa e a matou com golpes de pá. O amante dela também foi vítima da ira do
assassino. A cena chocante era um flashback que explicava por que Clementino estava
preso há 20 anos e o motivo de tanto ódio que ele nutria pelo empresário César
Toledo (Tarcísio Meira _ 1935-2021). Na época, o público rejeitou a vilania de Tony
_ que até então só havia interpretado mocinhos. Ao longo da novela, o homem
vingativo deixou de lado seus planos maquiavélicos por amor a Clara (Maitê
Proença). E não, não foi Clementino quem explodiu o shopping. Nem o Jamanta (Cacá
Carvalho).

Na minissérie Mad Maria (2005), o ator deu vida ao americano Percival Farquhar,
financiador da ferrovia Madeira-Mamoré. A rixa com o ministro Juvenal de Castro
(Antonio Fagundes) faz com que Farquhar seja capaz de golpes baixos para destruir o
oponente.

Um misterioso assassinato em plena festa da alta sociedade deu início à trama de O


Rebu (2014). Todos eram suspeitos, principalmente o inescrupuloso empresário Carlos
Braga, vilão interpretado por Tony no remake.

Na novela A Regra do Jogo (2015), João Emanuel Carneiro brincou com as emoções do
público, deixando todos na dúvida sobre quem eram os vilões e os mocinhos. A
princípio, Romero Rômulo (Alexandre Nero) era apontado como o grande mau-caráter da
história, enquanto Zé Maria (Tony Ramos) posava de injustiçado. Mas o jogo virou,
Romero provou que falava a verdade e até Juliano (Cauã Reymond) ficou convencido de
que Zé, seu pai, era um vilão da pior espécie.

Há certas coisas que só o humor é capaz de proporcionar. Tony Ramos na pele do


"tinhoso", por exemplo. Na série Vade Retro (2017), o ator interpretou Abel Zebu,
um diabo que chegava a ser simpático. Com o carisma de Tony, muita gente firmaria
um pacto com o coisa-ruim.

O sofrimento de Maria Vitória (Vitória Strada) durou longos capítulos de Tempo de


Amar (2017), mas tudo começou por culpa do pai da moça, José Augusto. O personagem
de Tony Ramos não aceitou a gravidez da filha e a trancou em um convento. Ao dar à
luz, a jovem foi separada de sua bebê recém-nascida, dada para adoção. Pra piorar,
José Augusto tinha um relacionamento de anos com Delfina (Letícia Sabatella), a
quem se recusava a assumir como esposa. Também não quis dar seu nome à filha
bastarda, Tereza (Olivia Torres). O homem duro e cruel acabou dando lugar, já na
reta final da trama, a uma pessoa mais generosa, tanto que pediu perdão a todos a
quem magoou, principalmente a Maria Vitória.

Na fictícia cidade de Serro Azul, uma fonte com poderes milagrosos era alvo da
cobiça de poderosos. Entre eles, Valentina Marsalla (Lilia Cabral) e Olavo (Tony
Ramos). O empresário chega ao local em busca de vingança contra Gabriel (Bruno
Gagliasso), que abandonou sua filha à beira do altar. Aos poucos, Olavo percebe que
tem muito a lucrar com a água encantada, mesmo que para isso tenha que cometer
atrocidades.

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