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Questão 1 Crase
Vicente parece estar acostumado _________ solidão, condição em que vive desde _________ morte de seu último familiar,
com quem ele podia se dedicar _________ falar em sua língua nativa.
Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, completa as lacunas da frase, segundo a norma-padrão de emprego
do acento indicativo de crase.
A a…a…a
B a…a…à
C a…à…à
D à…a…a
E à…a…à
4 0014 8 18 52
B Muitos indígenas hoje não sabem mais a língua que falava seus ancestrais.
C Há povos originários que preferem estar só para não perder suas tradições.
E Muitas poucas pessoas já visitaram uma tribo indígena para aprender sobre elas.
4 0014 8 18 51
Questão 3 Conjunção
Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de suas terras e
chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa não saber em que ano nasceu:
“Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca de 30 anos, seu único documento, traz uma data
ctícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo
rumo”.
Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando retorna, acende o
fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que são suas únicas companhias.
“Também tinha alguns cachorros , mas a onça comeu”, informa, acrescentando que “também caçava, matava e vendia o
couro de onças, que valia muito, mas agora não pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas
a onça-pintada, típica do Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.
Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido falar a língua se
estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com a esposa Kristina Balykowa,
também linguista, esteve com Vicente várias vezes.
Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira, falecida no ano
passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de Vicente, André, e Dalva Maria de
Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató não falante e que aprendeu a língua com a sogra e
amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.
Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua, onde enterrou a
mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar
pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com
quem eu falava já morreram”.
(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató. www.estadao.com.br,
16.12.2022. Adaptado)
No trecho – Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa… (2° parágrafo) –, a palavra
destacada pode ser substituída sem prejuízo do sentido e da correção gramatical por:
A Como
B Mas
C Mesmo
D Porque
E Entretanto
4 0014 8 18 50
Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de suas terras e
chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa não saber em que ano nasceu:
“Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca de 30 anos, seu único documento, traz uma data
ctícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo
rumo”.
Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando retorna, acende o
fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que são suas únicas companhias.
“Também tinha alguns cachorros , mas a onça comeu”, informa, acrescentando que “também caçava, matava e vendia o
couro de onças, que valia muito, mas agora não pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas
a onça-pintada, típica do Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.
Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido falar a língua se
estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com a esposa Kristina Balykowa,
também linguista, esteve com Vicente várias vezes.
Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira, falecida no ano
passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de Vicente, André, e Dalva Maria de
Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató não falante e que aprendeu a língua com a sogra e
amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.
Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua, onde enterrou a
mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar
pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com
quem eu falava já morreram”.
(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató. www.estadao.com.br,
16.12.2022. Adaptado)
O trecho – Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. (3° parágrafo) – pode ser assim
reescrito sem prejuízo da norma-padrão:
4 0014 8 18 4 9
Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de suas terras e
chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa não saber em que ano nasceu:
“Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca de 30 anos, seu único documento, traz uma data
ctícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo
rumo”.
Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando retorna, acende o
fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que são suas únicas companhias.
“Também tinha alguns cachorros , mas a onça comeu”, informa, acrescentando que “também caçava, matava e vendia o
couro de onças, que valia muito, mas agora não pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas
a onça-pintada, típica do Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.
Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido falar a língua se
estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com a esposa Kristina Balykowa,
também linguista, esteve com Vicente várias vezes.
Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira, falecida no ano
passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de Vicente, André, e Dalva Maria de
Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató não falante e que aprendeu a língua com a sogra e
amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.
Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua, onde enterrou a
mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar
pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com
quem eu falava já morreram”.
(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató. www.estadao.com.br,
16.12.2022. Adaptado)
No trecho – “Ele acha que só faz sentido falar a língua se estiver ensinando alguém”... (3° parágrafo) –, a palavra se exerce a
mesma função gramatical da palavra destacada em:
A … os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo rumo”. (1° parágrafo)
C Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade… (5° parágrafo)
D Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar pelo idioma… (5° parágrafo)
E “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com quem eu falava já morreram”. (5° parágrafo)
4 0014 8 18 4 8
Vicente Manoel da Silva (ou Vicente Guató) faz parte de uma comunidade pantaneira que foi expulsa de suas terras e
chegou a ser considerada extinta nos anos 1950. Ele acha que tem 82 anos, mas confessa não saber em que ano nasceu:
“Só sei que foi no dia 10 de maio”. Um registro tirado quando tinha cerca de 30 anos, seu único documento, traz uma data
ctícia de 1946. Datas, contudo, não têm muita importância para os guatós que, segundo ele, preferem se orientar “pelo
rumo”.
Embora tímido, ele conta em sua língua natal que todos os dias pega a canoa, sai para pescar e, quando retorna, acende o
fogo e frita ou cozinha os peixes, refeição que compartilha com cerca de 30 gatos que são suas únicas companhias.
“Também tinha alguns cachorros , mas a onça comeu”, informa, acrescentando que “também caçava, matava e vendia o
couro de onças, que valia muito, mas agora não pode mais mexer com elas”. A caça está proibida no Brasil desde 1967, mas
a onça-pintada, típica do Pantanal, está na lista de espécies em risco de extinção.
Vicente cita várias palavras em guató e pede aos visitantes que as repitam. “Ele acha que só faz sentido falar a língua se
estiver ensinando alguém”, diz o antropólogo e linguista Gustavo Godoy que, junto com a esposa Kristina
Balykowa, também linguista, esteve com Vicente várias vezes.
Além de Vicente, que se tornou um “consultor” para o casal, outra falante nativa era Eufrásia Ferreira, falecida no ano
passado. Há outras pessoas com elevado conhecimento do idioma, como o irmão de Vicente, André, e Dalva Maria
de Souza Ferreira, também moradora de Corumbá, casada com um guató não falante e que aprendeu a língua com a sogra
e amigos. Ambos, no entanto, não são fluentes.
Seu Vicente prefere se entregar à solidão para ter a liberdade de permanecer na terra que considera sua, onde enterrou a
mãe e um tio e onde mantém as tradições dos seus ancestrais. Ele se sente feliz em ajudar a nova geração a se interessar
pelo idioma, mas lamenta não ter com quem conversar em sua língua nativa: “Se ainda tivesse alguém vivo… mas todos com
quem eu falava já morreram”.
(Cleide Silva. Um idioma em risco de extinção: conheça o último indígena a falar a língua guató. www.estadao.com.br,
16.12.2022. Adaptado)
A Vicente não caça onças-pintadas desde 1967, quando a atividade foi proibida.
D Vicente não consegue fazer narrativas em guató, mas conhece algumas palavras.
E as terras de onde Vicente e outros guatós foram expulsos foram reconquistadas por ele.
4 0014 8 18 4 7
Assinale a alternativa em que a expressão por que foi empregada segundo a norma-padrão.
B A neve deve ser retirada com frequência do telhado por que pode ficar muito pesada.
C Só por que o nosso Natal cai no verão, não podemos ter uma ceia como nos filmes?
D As cidades por que passamos tinham decorações de Natal belíssimas em suas praças.
4 0014 8 18 4 6
No trecho – … essa bola deve representar para ele sérias questões teológicas. (2° quadro) –, a palavra em destaque indica
A uma certeza.
B um débito.
C uma desculpa.
D um interesse.
E uma possibilidade.
4 0014 8 18 4 4
Questão 9 Vírgula
O acréscimo de uma vírgula à fala do garoto no último quadro mantém a correção gramatical em:
A Sem falar, no problema de tirarem o seu material genético da calçada com uma pá.
B Sem falar no problema, de tirarem o seu material genético da calçada com uma pá.
C Sem falar no problema de tirarem, o seu material genético da calçada com uma pá.
D Sem falar no problema de tirarem o seu material genético, da calçada com uma pá.
E Sem falar no problema de tirarem o seu material genético da calçada, com uma pá.
4 0014 8 18 4 2
Questão 10 Interpretação de charges e tirinhas
A o tigre demonstra que não compreendeu a visão do garoto sobre a contemplação do boneco.
B o garoto e o tigre fazem uma associação da neve à genética, que é própria dos seres vivos.
C o garoto é irônico no último quadro, pois sua resposta não se relaciona com o que diz o tigre.
D a evolução do boneco de neve será alcançada após as intervenções que o garoto deseja fazer.
E o problema ético, a que se refere o tigre, tem a ver com o fato de o boneco não poder falar.
4 0014 8 18 4 0
Em todas as frases abaixo há uma expressão sublinhada após o verbo da frase; a opção em que a pluralização dessa
expressão modifica o verbo inicial, é:
4 0014 698 8 9
Questão 12 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
“E as ores se converteram em pequeninos botões verdes, esferas minúsculas agarradas ao lenho, que foram crescendo dia
a dia, a transformar-se em fruta.”
4 0014 698 8 2
Questão 13 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto T exto narrativo e tipos de discurso
“Rocha Alazão foi um boêmio que viveu neste Rio de Janeiro nos tempos da minha juventude. Não sejam indiscretos; não
perguntem quando foi isso. Era mentiroso como só ele. A propósito fosse lá do que fosse, tinha sempre um caso mais
extraordinário a contar. Uma vez acudiu com a estória de certa mangueira velhíssima, tão, tão velha que já estava caduca.”
4 0014 698 70
B A água é uma das maiores dádivas, que o planeta nos concede e um dos recursos naturais mais
lembrados quando se considera o futuro da humanidade.
C Apesar de nosso país apresentar inúmeros atrativos naturais, a maioria das áreas de proteção ambiental ainda
precisa cuidar da infraestrutura básica.
D O Brasil tem a maior diversidade, de todas as partes do planeta Terra onde existe ou pode existir vida e ampla
variedade de paisagens.
E O fato de que devemos nos preocupar com o meio ambiente e economizar água deixou de ser, há muito tempo
um simples conceito.
4 0014 51551
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado.
No trecho “metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das
árvores)” (parágrafo 3), a palavra destacada é derivada do verbo transpirar, com o acréscimo do sufixo “ção”.
O grupo em que todos os verbos também formam substantivos pelo acréscimo do sufixo “ção” é:
4 0014 5154 9
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
A forma verbal destacada está empregada de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
A Apenas 20% das empresas cumpre a legislação ambiental estabelecida nos acordos internacionais
para proteção do planeta.
B Cerca de 100 quilômetros da Floresta Amazônica foi desmatada devido à ação predatória do homem.
C 40% das árvores da Mata Atlântica pode ter desaparecido durante o último século em função da construção
de cidades e rodovias.
D O crescimento das cidades tem colaborado com a diminuição da área verde, pois se constroem cada vez mais
condomínios e polos industriais.
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
A palavra resiliência refere-se à capacidade de voltar ao estado natural, principalmente após alguma situação crítica e fora
do comum. Ela é utilizada em várias áreas do conhecimento.
Em “De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência” (parágrafo 6), o sentido dessa palavra no contexto é a(o)
A aptidão de um determinado sistema para recuperar o equilíbrio depois de ter sofrido uma perturbação.
B capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder a
qualquer coação.
C possibilidade de tomar uma decisão quando se tem medo do que isso possa ocasionar, quando está sob pressão.
D propriedade de os materiais que acumulam energias voltarem ao normal, quando então são expostos a situações
de estresse ou choque.
E equilíbrio emocional para lidar com os problemas relacionados ao contexto laboral, quando as situações não
ocorrem como o esperado.
4 0014 5153 6
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
No trecho “ela pode se descaracterizar de tal forma que deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana”
(parágrafo 1), os elementos destacados são responsáveis por expressar a ideia de
A adição
B concessão
C condição
D consequência
E temporalidade
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1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
O emprego do sinal indicativo da crase na palavra destacada é obrigatório, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, em:
A A modificação ambiental sem limites levou a formação de uma paisagem árida ou até de um deserto
propriamente dito.
B A principal consequência apontada pelos estudiosos a favor do consumo consciente da água é a preservação da
espécie humana.
C O direito ao meio ambiente é coletivo e deve ser garantido a todos para a manutenção das áreas verdes e das
condições climáticas ideais.
D Os cientistas buscam várias soluções para os problemas ambientais, a começar por pesquisas de fatores que
propiciem o surgimento de vários ecossistemas.
E Os rios que desaparecem em períodos de estiagem passam a ter conservação obrigatória, segundo as regras do
novo Código Florestal.
4 0014 51527
Questão 20 Conjunção
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
O trecho do texto em que se estabelece uma relação lógica de condição entre as ideias, marcada pela presença da palavra
ou expressão destacada, é:
A "Caso perca uma quantidade grande de árvores, a floresta recicla menos chuva, ficando mais suscetível
a incêndios.” (parágrafo 4)
B “quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento global, essa margem
diminui consideravelmente.” (parágrafo 5 )
C “a hipótese de savanização precisa ser encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela
consegue resistir a algum desmatamento.” (parágrafo 6)
D “Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem retorno.” (parágrafo 6)
E “Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento.” (parágrafo 7)
4 0014 51517
Questão 21 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Floresta amazônica vai virar savana
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo na
produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
No texto, a palavra ou expressão a que se refere o termo destacado está explicitada entre colchetes em:
A “O resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos de florestas se transformam em savanas ou
cerrados” (parágrafo 4) [fogo]
B “Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios florestais e o aquecimento
global, essa margem diminui consideravelmente.” (parágrafo 5) [40% de florestas derrubadas]
C “a hipótese de savanização precisa ser encarada com seriedade, porque a floresta amazônica tem resiliência, ela
consegue resistir a algum desmatamento.” (parágrafo 6) [resiliência]
D “Mas essa possibilidade não é infinita, chega a um ponto que não tem retorno.” (parágrafo 6) [savanização]
E “Com esse objetivo, o Brasil se comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a
reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.” (parágrafo 7) [tipping point]
4 0014 51506
1 Se a Amazônia perder mais de 20% de sua área para o desmatamento, ela pode se descaracterizar de tal forma que
deixaria de ser uma oresta e se transformaria em área de savana, alertam dois conceituados pesquisadores da área, em um
artigo publicado recentemente. Hoje, o desmatamento acumulado está em 17%.
2 Os cientistas acreditam que as sinergias negativas entre desmatamento, mudanças climáticas e uso indiscriminado de
incêndios orestais indicam um tipping point (ponto crítico), um ponto sem volta, para transformar as partes Sul, Leste e
central da Amazônia em um ecossistema não florestal se o desmatamento chegar a entre 20% e 25%.
3 Os pesquisadores partiram do conceito da “savanização” da Amazônia, que surgiu após a descoberta de que as orestas
interferem no regime de chuvas. Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da
umidade produzida pela evapotranspiração (a transpiração das árvores), que “recicla” as correntes de ar úmido provenientes
do Oceano Atlântico.
4 Caso perca uma quantidade grande de árvores, a oresta recicla menos chuva, cando mais suscetível a incêndios. O
fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies orestais. O resultado desse
processo ecológico é que grandes fragmentos de orestas se transformam em savanas ou cerrados, descaracterizando a
Amazônia como a conhecemos hoje.
5 A primeira estimativa de qual seria o tipping point para a Amazônia virar savana foi feita em um estudo em 2007, e chegou
à conclusão de que esse valor era de 40% de orestas derrubadas. Só que esse estudo avaliou apenas uma variável, o
desmatamento. Segundo um dos autores, quando se consideram outros fatores, como os incêndios orestais e o
aquecimento global, essa margem diminui consideravelmente. Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global
já está acontecendo, com um aumento de 1 grau Celsius na temperatura média da Amazônia.
6 De acordo com uma especialista em ciência e Amazônia, a hipótese de savanização precisa ser encarada com
seriedade, porque a oresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade
não é in nita, chega a um ponto que não tem retorno. Além disso, é preciso considerar a população da região, investindo
na produção com sustentabilidade.
7 Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o re orestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
CALIXTO, B. O Globo. Sociedade. Rio de Janeiro, 22 fev. 2018. Adaptado.
A “Na Amazônia, por exemplo, estima-se que metade das chuvas na região é resultado da umidade produzida pela
evapotranspiração (a transpiração das árvores), que ‘recicla’ as correntes de ar úmido” (parágrafo 3)
B “O fogo altera a vegetação, favorecendo o avanço de gramíneas onde antes havia espécies florestais. O
resultado desse processo ecológico é que grandes fragmentos de florestas se transformam em savanas
ou cerrados” (parágrafo 4)
C “Os focos de incêndio têm aumentado. O aquecimento global já está acontecendo, com um aumento de 1 grau
Celsius na temperatura média da Amazônia.” (parágrafo 5)
D “a floresta amazônica tem resiliência, ela consegue resistir a algum desmatamento. Mas essa possibilidade não é
infinita, chega a um ponto que não tem retorno.” (parágrafo 6)
E “Uma das propostas para que se possa evitar o tipping point é o reflorestamento. Com esse objetivo, o Brasil se
comprometeu, na Conferência da ONU sobre Clima em Paris, em 2015, a reflorestar 12 milhões de hectares até
2030.” (parágrafo 7)
4 0014 514 68
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram pão e paz.
B A pro-pos-ta de Cla-ra de criar um Di-a Internacional da Mulher não tinha uma data fixa.
4 0014 4 3 125
Questão 24 Conjunção
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
A o.
B às.
C ao.
D e.
4 0014 4 3 121
Questão 25 Artigo
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade.
4 0014 4 3 119
Questão 26 Sinônimos
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
[...] sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi forçado a 'abdicar'.
A Concordar.
B Participar.
C Declinar.
D Aceitar.
4 0014 4 3 113
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
Você deve ter lido ou ouvido sobre o Dia Internacional da Mulher na imprensa ou comentários sobre o assunto. Mas para
que serve esta data? Quando é? É uma celebração ou um protesto?
A Países como Áustria, França e Dinamarca comemoraram o centenário em 2011, logo já são 123 de comemoração
até os dias de hoje.
B A data surgiu em plena Segunda Grande Guerra, sendo as mulheres russas responsáveis pela deposição do czar,
instituir a data no país, e ainda, alterar o calendário juliano para o gregoriano.
C O Dia Internacional da Mulher não foi uma data estipulada, em princípio, pela ONU, surgindo tempos depois após
vários episódios para que se chegasse a um consenso, inclusive em relação ao dia fixo.
D O berço do movimento para o Dia Internacional da Mulher aconteceu pela sugestão de Clara Zetkin, em 1911,
sendo comemorada em alguns países como Suíça, Áustria e Dinamarca.
4 0014 4 3 104
Questão 28 Substantivo
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
A século - março.
B mundo - especial.
C especial - mulheres.
D março - identificado.
4 0014 4 3 094
Questão 29 Adjetivo
Por mais de um século, o dia 8 de março é identificado ao redor do mundo como uma data especial para as mulheres.
O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou um evento anual reconhecido pela
Organização das Nações Unidas, a ONU.
Suas sementes foram plantadas em 1908, quando 15 mil mulheres marcharam pela cidade de Nova York, exigindo a redução
das jornadas de trabalho, salários melhores e direito ao voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o
primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
Ela sugeriu a ideia em 1910 durante uma Conferência Internacional de Mulheres Socialistas em Copenhague, na Dinamarca.
Havia 100 mulheres presentes de 17 países, e elas concordaram com a sugestão de Zetkin por unanimidade.
A data foi celebrada pela primeira vez em 1911, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. E seu centenário foi comemorado
em 2011 - então, neste ano, estamos, tecnicamente, comemorando o 112º Dia Internacional da Mulher.
Mas a data somente foi o cializada em 1975, quando a ONU começou a comemorá-la. E se tornou uma ocasião para
celebrar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia, enquanto suas raízes políticas signi cam que
greves e protestos são organizados para aumentar a conscientização em relação à contínua desigualdade de gênero.
A proposta de Clara de criar um Dia Internacional da Mulher não tinha uma data xa. A data formalizou-se após uma greve
em meio à guerra em 1917, quando as mulheres russas exigiram "pão e paz" sendo que, quatro dias após a greve, o czar foi
forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
A greve das mulheres começou em 23 de fevereiro, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia naquela época. Este dia
corresponde a 8 de março no calendário gregoriano, o calendário que utilizamos atualmente.
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60646605. Adaptado.
A proposta de tornar a data internacional veio de uma mulher chamada Clara Zetkin, ativista comunista e defensora dos
direitos das mulheres.
C a proposta de tornar.
4 0014 4 3 090
Pesquisas mostram que para conseguir sobreviver ao aumento da temperatura, à poluição de rios e aos eventos climáticos
extremos, como longos períodos de seca e de chuvas intensas, espécies estão alterando o seu modo de vida, sua maneira
de se reproduzir e até o seu tamanho.
Na lista de animais mais atingidos pelas alterações do clima, as abelhas aparecem como um dos mais impactados. Não é à
toa que cada vez mais é difícil encontrá-las em diversos pontos do mundo em que eram frequentes.
"Com o aumento das secas, o período de oração das plantas diminui. Com isso, muitas abelhas não conseguem néctar e
pólen, que coletam nas ores. Consequentemente, elas têm desaparecido", diz Michael Hrncir, professor do Instituto de
Biociências da Universidade de São Paulo (SP).
Contudo, os impactos negativos sobre as abelhas não ocorrem apenas por falta de alimento. Pesquisas mostram que o
aumento de temperatura também provoca deformações nas asas de algumas espécies. "Em decorrência do estresse
causado pelas mudanças climáticas, temos comprovação que algumas abelhas nascem com uma asa maior que a outra."
Diferentemente dos seres humanos, que conseguem controlar a temperatura do corpo, por consistir em seres
endotérmicos, a temperatura das abelhas equivale à do ambiente em que estão inseridas mais a que produzem ao bater as
asas. "Para se ter uma ideia, uma abelha bate, em média, 250 vezes as asas por segundo", apontou Michael.
Assim, se uma abelha está em um ambiente a 30 graus, ao bater as asas, o seu músculo ativo faz sua temperatura corporal
chegar a até 42 graus. O problema é que a elevação da temperatura, além de provocar um superaquecimento, também
ocasiona impactos cognitivos.
"Estudos revelam que algumas espécies de abelhas perdem a capacidade de cognição, como reconhecer uma or ou o
caminho de volta para colônia, por exemplo, por conta da elevação da temperatura", ressaltou o pesquisador da USP.
O desaparecimento de abelhas provoca um efeito em cascata, pois é através do seu trabalho de polinização que muitas
sementes surgem e flores sobrevivem.
Sua capacidade de aumentar em cerca de 25% o rendimento das colheitas - consequentemente, dos alimentos que
comemos - corre risco à medida que mudanças drásticas no clima ocorrem.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0jlkj2ydn0o. Adaptado.
Com o aumento das secas, o período de oração das plantas diminui. Com isso, muitas abelhas não conseguem néctar e
pólen, que coletam nas flores.
4 0014 4 24 28
Texto II
Cerca de 5.700 pessoas morrem afogadas no Brasil a cada ano, diz entidade
Anualmente, cerca de 5.700 pessoas morrem por afogamento no Brasil, de acordo com informações da Sociedade
Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em balneários, rios e piscinas.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas, que atende, em média, de 35 a 40 ocorrências de afogamentos por ano, a
maior parte dos casos decorre de imprudência dos banhistas. Bombeiro salva-vidas de Manaus, cidade famosa pelas praias
fluviais, o cabo Guaracy dá algumas dicas que ajudam a prevenir o risco de acidentes.[...]
No título e no primeiro parágrafo, ocorrem as seguintes construções: “morrem afogadas” e “morrem por afogamento”.
Embora indiquem o mesmo sentido, exercem, respectivamente, as seguintes funções sintáticas:
A adjunto adverbial e complemento nominal.
4 0014 4 04 22
Questão 32 Passagem do discurso direto para o discurso indireto ou viceversa T exto descritivo T exto injuntivo
Texto II
Cerca de 5.700 pessoas morrem afogadas no Brasil a cada ano, diz entidade
Anualmente, cerca de 5.700 pessoas morrem por afogamento no Brasil, de acordo com informações da Sociedade
Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), em balneários, rios e piscinas.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas, que atende, em média, de 35 a 40 ocorrências de afogamentos por ano, a
maior parte dos casos decorre de imprudência dos banhistas. Bombeiro salva-vidas de Manaus, cidade famosa pelas praias
fluviais, o cabo Guaracy dá algumas dicas que ajudam a prevenir o risco de acidentes.[...]
Ao considerar o modo pelo qual o texto II organiza-se, percebe-se que ele pertence à tipologia:
A expositiva.
B injuntiva.
C argumentativa.
D narrativa.
E descritiva.
4 0014 4 04 19
Questão 33 Flexão de modo indicativo subjuntivo imperativo Verbo Formação e emprego dos tempos verbais
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
No quarto parágrafo do texto, há o predomínio de um tempo verbal que encerra um valor expressivo. Trata-se do:
4 0014 4 03 90
Questão 34 Pronome
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
Em “que irei falar neste breve depoimento” (3º§), o pronome que se encontra contraído no termo destacado pode ter seu
emprego justificado por:
4 0014 4 03 8 8
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
O vocábulo “boas-vindas” (6º§) é um substantivo composto. Dentre os vocábulos compostos abaixo, indique o que
apresenta a flexão de número correta:
A vices-diretores.
B cirurgiões-dentistas.
C segundas-feira.
D quebras-mares.
E beijas-flores.
4 0014 4 03 8 4
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
A classe gramatical do vocábulo destacado em “Os que adoram quantificar as relações sociais”(4º§) é:
C artigo definido.
D pronome demonstrativo.
E pronome indefinido.
4 0014 4 03 78
Questão 37 Figuras e vícios de linguagem
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
Na passagem “eu receio que seja uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato” (2º§), a gura de linguagem
empregada:
A estabelece uma comparação simbólica sem a presença de conectivo.
4 0014 4 03 73
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
Em “Pois os homens visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis” (6º§), a preposição destacada não recebe o
acento grave, indicativo de crase. Assinale a alternativa em que esse acento deveria ser empregado.
4 0014 4 03 71
Questão 39 Orações coordenadas sindéticas Classif icação das orações coordenadas sindéticas
Análise das estruturas linguísticas do texto
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
O conectivo que introduz o segundo parágrafo relaciona-se com a informação dita anteriormente por meio de uma relação
de:
A oposição.
B explicação.
C causalidade.
D conformidade.
E conclusão.
4 0014 4 03 67
Questão 40 Derivação
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
No título “O incendiador de caminhos”, o vocábulo destacado tem em sua formação um morfema que indica “aquele que
realiza determinada ação”. O morfema que confere esse sentido chama-se:
A prefixo.
B radical.
C vogal temática.
D sufixo.
E desinência de gênero.
4 0014 4 03 64
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
A ancestral.
B criminoso.
C irônico.
D metafórico.
E positivo.
4 0014 4 03 51
Texto I
O incendiador de caminhos
Uma das intervenções a que sou chamado a participar em Moçambique destina-se a combater as chamadas “queimadas
descontroladas”. Este combate parece ter todo o fundamento: trata-se de proteger ecossistemas e de conservar espaços
úteis e produtivos.
Contudo, eu receio que seja mais uma das ingratas batalhas sem hipótese de sucesso imediato. Na realidade, nós não
entendemos a complexa ecologia do fogo na savana africana. Não entendemos as razões que são anteriores ao fogo. De
qualquer modo, não param de me pedir para que fale com os camponeses sobre os malefícios dos incêndios rurais. Devo
confessar que nunca fui capaz de cumprir essa incumbência.
Na realidade, o que tenho feito é tentar descortinar algumas das razões que levam os camponeses a converter os capinzais
em chamas. Sabe-se que a agricultura de corte e queimada é uma das principais razões para estas práticas incendiárias. Mas
fala-se pouco de um outro culpado que é uma personagem a que chamarei de “homem visitador”. É sobre este “homem
visitador” que irei falar neste breve depoimento.
Na família rural de Moçambique, a divisão de tarefas sugere uma sociedade que faz pesar sobre a mulher a maior parte do
trabalho. Os que adoram quanti car as relações sociais publicaram já grá cos e tabelas que demonstram profusamente que,
enquanto o homem repousa, a mulher se ocupa o dia inteiro. Mas esse mesmo camponês faz outras coisas que escapam
aos contabilistas sociais. Entre as ocupações invisíveis do homem rural sobressai a visitação. Essa atividade é central nas
sociedades rurais de Moçambique.
O homem passa meses do ano prestando visitas aos vizinhos e familiares distantes. As visitas parecem não ter um propósito
prático e de nido. Quando se pergunta a um desses visitantes qual a nalidade da sua viagem ele responde: “Só venho
visitar”. Na realidade, prestar visitas é uma forma de prevenir con itos e construir bons laços de harmonia que são vitais
numa sociedade dispersa e sem mecanismos estatais que garantam estabilidade.
Os visitadores gastam a maior parte do tempo em rituais de boas-vindas e de despedida. Abrir as portas de um sítio requer
entendimentos com os antepassados que são os únicos verdadeiros “donos” de cada um dos lugares. Pois os homens
visitadores percorrem a pé distâncias inacreditáveis. À medida que progridem, vão ateando fogo ao capim. A não ser que
seja em pleno Inverno, esse capim arde pouco. O fogo espalha-se e desfalece pelas imediações do atalho que os viajantes
vão percorrendo. Esse incêndio tem serviços e vantagens diversas que se manifestam claramente no regresso: de ne um
mapa de referências, afasta as cobras e os perigos de emboscadas, facilita o piso e torna o retorno mais fácil e seguro. [...]
(COUTO, Mia. E se Obama fosse africano?. São Paulo: Companhia das Letras. 2011)
Ao considerar a passagem “De qualquer modo, não param de me pedir” (2º§), pode-se a rmar que o sujeito do verbo
destacado é, sintaticamente, classificado como:
A simples e explícito.
B indeterminado.
C inexistente.
D composto.
E simples e oculto.
4 0014 4 03 4 6
Julho é o mês mais quente registrado nos últimos 120 mil anos do planeta Terra, diz relatório
Enquanto vastas áreas de três continentes assam sob temperaturas escaldantes e os oceanos esquentam a níveis sem
precedentes, cientistas de duas autoridades climáticas globais estão relatando antes mesmo do nal de julho que este mês
será o mais quente já registrado no planeta.
O calor em julho já foi tão extremo que é “praticamente certo” que este mês baterá recordes “por uma margem
signi cativa”, disseram o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia (UE) e a Organização
Meteorológica Mundial (OMM) em um relatório publicado nesta quinta-feira (27). Acabamos de passar pelo período de três
semanas mais quente já registrado – e quase certamente em mais de cem mil anos. Normalmente, esses recordes, que
rastreiam a
temperatura média do ar em todo o mundo, são quebrados por centésimos de grau. Mas a temperatura média nos primeiros
23 dias de julho foi de 16,95°C, bem acima do recorde anterior de 16,63°C estabelecido em julho de 2019, segundo o
relatório.
Os dados usados para rastrear esses registros remontam a 1940, mas muitos cientistas – incluindo os da Copernicus –
dizem que é quase certo que essas temperaturas são as mais quentes que o planeta já viu em 120.000 anos, dado o que
sabemos de milênios de dados climáticos extraídos de anéis de árvores, recifes de coral e núcleos de sedimentos do fundo
do mar. “Estas são as temperaturas mais altas da história da humanidade”, disse Samantha Burgess, vice-diretora da
Copernicus. Tudo isso resulta em um verão intenso no Hemisfério Norte – potencialmente sem precedentes. “As
probabilidades estão certamente a favor de um verão recorde”, disse Carlo Buontempo, diretor da Copernicus, embora
tenha alertado que é muito cedo para afirmar isso com confiança.
O custo humano do calor é gritante. Como as temperaturas subiram acima de 50°C em partes dos EUA, as mortes
relacionadas ao calor aumentaram e as pessoas estão sofrendo queimaduras com risco de vida por cair em solo escaldante.
No Mediterrâneo, mais de 40 pessoas morreram devido aos incêndios florestais
que se espalham pela região, alimentados por altas temperaturas. Na Ásia, ondas de calor intensas e prolongadas estão
ceifando vidas e ameaçando a segurança alimentar.
A mudança climática causada pelo homem é o principal fator desse calor extraordinário, disse Burgess. “A temperatura
global do ar é diretamente proporcional à
concentração de gases de efeito estufa na atmosfera.” Um estudo recente descobriu que a mudança climática
desempenhou um papel “absolutamente esmagador” nas ondas de calor nos EUA, China e sul da Europa neste verão.
A chegada do El Niño, uma utuação natural do clima com impacto no aquecimento, não teve grande impacto nas
temperaturas, pois ainda está em fase de desenvolvimento, disse Burgess, mas terá um papel muito mais importante no
próximo ano, acrescentou, e provavelmente elevará as temperaturas ainda mais.
A notícia de que julho será o mês mais quente chega em meio a uma série de recordes alarmantes que já foram quebrados –
e depois quebrados novamente – neste verão. O mês passado foi o junho mais quente já registrado por uma “margem
substancial”, de acordo com a Copérnico. Então, em julho, o mundo experimentou seu dia mais quente já registrado. Em 6
de julho, a temperatura média global subiu para 17,08°C, de acordo com dados do Copernicus, superando o recorde
anterior de temperatura de 16,8 °C, estabelecido em agosto de 2016. Todos os dias desde 3 de julho foram mais quentes do
que o recorde de 2016.
Fonte: Julho é o mês mais quente registrado nos últimos 120 mil anos do planeta Terra, diz relatório (cnnbrasil.com.br)
A Relatório.
B Árvores.
C Média.
D Extraordinário.
E Hemisfério.
4 0014 28 64 5
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a seguinte
questão.
A moça cou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos padres, de
braço dado, em la, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas cavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas
e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo lho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício¹ abrindo em sacadas, sob a
cimalha² a estatueta de louça-da-china³ — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas
a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, m
do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro ⁴? Que dia ele
volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
3. louça-da-china: porcelana.
Os verbos empregados nas frases elaboradas a partir do texto seguem a norma-padrão na alternativa:
A Enquanto o cargueiro mantiver suas viagens até a cidade, sempre chegarão bons artigos para os habitantes.
B Alguns trabalhadores da fazenda preveram que o cargueiro e seus animais chegariam no fim da semana.
C As lojas da cidade que disporem de produtos recém-chegados serão as mais procuradas pelas mulheres.
D Quando o cargueiro vir com a tropa carregada de novas mercadorias, as negociações de compra e venda vão
aumentar.
E Se tempestades e estradas lamacentas reterem o cargueiro em outros paragens, talvez falte açúcar na cidade.
4 0014 2598 5
Questão 45 Sentido denotativo próprio ou literal Sentido conotativo f igurado ou metaf órico
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a seguinte
questão.
A moça cou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos padres, de
braço dado, em la, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas cavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas
e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo lho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício¹ abrindo em sacadas, sob a
cimalha² a estatueta de louça-da-china³ — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas
a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, m
do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro ⁴? Que dia ele
volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
3. louça-da-china: porcelana.
A … a maior festa na cidade casmurra, de ferro e tédio. (1º parágrafo): está em sentido figurado, significando
“aprazível”.
B Meninos na retaguarda, é claro… (1º parágrafo): está em sentido próprio, significando “que não eram
convidados”.
C Janelas ficavam mais abertas para espiar. (1º parágrafo): está em sentido próprio, significando “maldizer noivos e
convidados”.
D E o cortejo seguia brilhante… (2º parágrafo): está em sentido figurado, significando “apressadamente”.
E … ar da cidade, vento do mundo. (4º parágrafo): está em sentido figurado, significando “notícias de outros
lugares”.
4 0014 25979
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a seguinte
questão.
A moça cou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos padres, de
braço dado, em la, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas cavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas
e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo lho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício¹ abrindo em sacadas, sob a
cimalha² a estatueta de louça-da-china³ — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas
a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, m
do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro ⁴? Que dia ele
volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
3. louça-da-china: porcelana.
• É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois não combinava… (1º parágrafo)
• A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços…
(2º parágrafo)
A uma justificativa para o silêncio que havia na casa da primeira namorada; a enumeração de características que dão
requinte à casa do noivo.
B a razão de o noivo sentir-se constrangido antes de passar pela casa da antiga namorada; a confirmação de que
no sobrado moravam as pessoas mais ricas da cidade.
C uma explicação para o fim do relacionamento com a antiga namorada; uma sequência de atributos positivos que
enaltecem a casa do juiz.
D a informação de que os ex-namorados haviam tido um longo compromisso; a descrição de uma edificação cujo
estilo era único na cidade.
E a suposição dos moradores de que a ex-namorada faria um escândalo ao ver o rapaz; um conjunto de elementos
decorativos depreciado pelo narrador.
4 0014 25976
Questão 47 Reescritura de f rases
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a seguinte
questão.
A moça cou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos padres, de
braço dado, em la, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas cavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas
e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo lho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício¹ abrindo em sacadas, sob a
cimalha² a estatueta de louça-da-china³ — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas
a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, m
do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro ⁴? Que dia ele
volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
3. louça-da-china: porcelana.
B O cortejo seguia com a pompa de uma procissão, no entanto sem padre e cantoria, e murmurava-se que, assim
que passasse em frente à casa da ex-namorada, o noivo seria insultado.
C O cortejo seguia com a imponência de uma procissão, mesmo que sem padre e cantoria, e murmurava-se que,
quando passasse em frente à casa da ex-namorada, o noivo seria cumprimentado.
D O cortejo seguia com a simplicidade de uma procissão, ou sem padre e cantoria, e murmurava-se que, logo que
passasse em frente à casa da ex-namorada, o noivo seria ultrajado.
E O cortejo seguia com a austeridade de uma procissão, portanto sem padre e cantoria, e murmurava-se que,
conforme passasse em frente à casa da ex-namorada, o noivo seria reconhecido.
4 0014 25966
Leia um trecho do texto “Entre a orquídea e o presépio”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a seguinte
questão.
A moça cou noiva do primo — foi há tanto tempo. Casamento, depois da festa de igreja, era a maior festa na cidade
casmurra, de ferro e tédio. O noivo seguia para a casa da noiva, à frente de um cortejo. Cavalheiros e damas, aos padres, de
braço dado, em la, subindo e descendo, descendo e subindo ruas ladeirentas. Meninos na retaguarda, é claro, naquele
tempo criança não tinha vez. Solenidade de procissão, sem padre e cantoria. Janelas cavam mais abertas para espiar. Só
uma casa se mantinha rigorosamente alheia, como vazia. É que morava lá a antiga namorada do noivo — o gênio dos dois
não combinava, tinham chegado a compromisso, logo desfeito.
Murmurava-se que, à passagem do cortejo em frente àquela casa, o noivo seria agravado. Não houve nada: silêncio, portas
e janelas cerradas, apenas. E o cortejo seguia brilhante, levando o noivo lho de “coronel” fazendeiro, gente de muita
circunstância, rumo à casa do doutor juiz, gente de igual altura. A casa era “o sobrado”, assim a chamavam por sua
imponência de massa e requinte: escadaria de pedra, em dois lanços, amplo frontispício¹ abrindo em sacadas, sob a
cimalha² a estatueta de louça-da-china³ — espetáculo.
E houve o casamento e houve o jantar comemorativo e houve o baile, com a quadrilha fazendo ressoar no soalho de tábuas
a música dos tacões dos homens, dos saltos das mulheres.
A noiva era uma risonha morena saudável, o noivo um passional tímido, amavam-se. E lá se foram para a fazenda longe, m
do mundo ou quase, onde as notícias demoravam uma, duas semanas para chegar. Que dia sai o cargueiro ⁴? Que dia ele
volta? Voltava com revistas, cartas, moldes de roupas, açúcar, fósforos, ar da cidade, vento do mundo.
Começaram a nascer as meninas. Dava muita menina naquele casal. Como educá-las? A dona de casa virou professora,
virou uma escola inteira, se preciso virava universidade.
3. louça-da-china: porcelana.
4. cargueiro: pessoa que conduz animais de carga.
Pelas informações do texto, pode-se afirmar corretamente que a noiva e o noivo, respectivamente:
4 0014 25963
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
Se os parceiros desejarem, um advogado pode __________ na redação do contrato, no qual requisitos legais devem ser
preenchidos. Uma vez que no texto nal o advogado __________, o juiz valida o contrato que __________ socialmente um
negócio jurídico.
Segundo a norma-padrão de emprego e de colocação dos pronomes, as lacunas do texto devem ser preenchidas,
respectivamente, por
4 0014 2563 2
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
A A rigor, deve pensar em fazer um contrato dessa natureza aqueles que têm um relacionamento amoroso
consistente.
B Seja qual forem as circunstâncias que determinem a separação de um casal, os direitos da criança estarão
protegidos.
C É ideal que haja, em um Contrato de Namoro, cláusulas que beneficiem igualmente os dois parceiros.
D Para a autora do texto, pouca gente está de fato inteirado a respeito do que regulamenta a Lei nº 9.278.
E Existe um conjunto de condições em que se baseiam o Código Civil para definir uma união como estável.
4 0014 25627
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
As duas frases elaboradas a partir do texto apresentam o sinal indicativo de crase corretamente empregado em:
A A gravidez não levará o namoro à se converter em união estável. / Para pessoas que estão juntas há tempos, um
contrato pode oferecer segurança legal à elas.
B A Lei nº 9.278 não atribui à todas as relações amorosas o caráter de união estável. / Há namorados que se
dedicam à viver juntos, mas sem laços matrimoniais.
C A gravidez não levará a união duradoura entre namorados à condição de união estável. / O Contrato de Namoro
pode dar legalidade à uma relação amorosa.
D É possível adicionar novas cláusulas àquelas já estipuladas por lei. / As testemunhas devem declarar que os
contratantes levam o compromisso à sério.
E A Justiça não pode agir completamente à revelia dos interesses dos contratantes. / O casal pode impor
exigências pessoais às cláusulas de um contrato.
4 0014 25625
Questão 52 Conjunção
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
No trecho – Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro … (3º
parágrafo) —, o termo destacado estabelece entre as ideias relação
A adversativa, como em: Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável…
B adversativa, como em: … não haverá conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão
resguardados.
C causal, como em: … reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
D conclusiva, como em: Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento…
E conclusiva, como em: … e apresentar tanto cláusulas comuns como outras adicionadas pelo casal.
4 0014 25621
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que o Contrato de Namoro
A garante aos contratantes que, finda a relação, a discriminação e a partilha dos bens será feita pelo juiz que
configurou a união como estável.
B terá sua validação efetivada se os parceiros forem autônomos financeiramente e se recusarem a adquirir bens em
comum.
C é garantia jurídica destinada àqueles indivíduos que pretendem constituir família, mas não por meio do casamento
civil.
D tem por intuito evitar conflitos de ordem jurídica, por isso traz cláusulas que registram as condições acordadas
entre os parceiros.
E determina, seguindo o Código Civil, que há união estável quando existem testemunhas de que o casal habita na
mesma residência há vários anos.
4 0014 25617
Contrato de Namoro
Diferentemente do que muitos pensam, a Lei no 9.278, que regulamenta a união estável, não possui nenhuma regra que
determine morar na mesma residência ou mesmo um prazo mínimo de convivência para enquadrar uma relação amorosa
como união estável.
Segundo o Código Civil, para que uma relação seja considerada união estável, é preciso que seja duradoura, pública,
contínua e com objetivo de constituir família.
Em razão da existência de casais que decidiram morar juntos, porém mantendo uma relação de namoro, é evidente que a
Justiça enfrenta dificuldades em diferenciar namoro de união estável.
Portanto, embora o namoro seja duradouro, público, dotado de intimidades, isso não resulta que as partes vivam como se
casadas fossem, ainda que dividam o mesmo teto. Por mais sólido que seja um namoro, o casal pode não querer constituir
família.
Assim, visando estancar as obrigações jurídicas derivadas do término do relacionamento, muitos escolhem formular um
Contrato de Namoro, que poderá ser feito no cartório, com duas testemunhas, e apresentar tanto cláusulas comuns como
outras adicionadas pelo casal.
Nas cláusulas comuns, os contratantes farão a declaração de que possuem um namoro, sem qualquer tipo de vínculo
matrimonial; a declaração de independência econômica, ou seja, de que são autônomos nanceiramente; e a declaração de
que, em eventual dissolução do namoro, o outro não terá direito à pensão alimentícia nem direito de sucessão e herança.
Por m, os contratantes devem atestar que não têm interesse em ter lhos juntos e, em caso de gravidez, que não haverá
conversão do namoro em união estável, todavia os direitos da criança serão resguardados.
O respectivo contrato resulta das constantes mudanças nas relações da sociedade, e o Direito tem por nalidade regular
essas relações, reformulando leis, pois é essencial trazer segurança jurídica para os indivíduos.
B explicar que a função do Direito é constantemente promulgar leis que atendam a interesses de grupos sociais de
prestígio.
C comentar que juristas e advogados se veem diante da impossibilidade de distinguir namoro de casamento oficial.
D esclarecer as pessoas leigas a respeito de direitos e deveres que podem constar em um Contrato de Namoro.
E assegurar que a prioridade do Contrato de Namoro está em dar proteção aos filhos de um casal que não tem
vínculos matrimoniais.
4 0014 25614
A Epígrafe | bôlo.
B Bilíngue | côuro.
C Inquérito | alvará.
D Gêmeo | tôrax.
4 0014 23 68 4
O poder da gentileza: é justamente em momentos delicados que precisamos nos tornar mais gentis para que
uma mudança positiva aconteça
(Texto adaptado especi camente para este concurso. O texto original é de autoria de Gustavo Tanaka, foi publicado na revista
Vida Simples, Caminho das Virtudes, em 2021, no número 231- Vida Simples Conteúdo Editorial e Negócios Ltda).
Vivemos tempos difíceis. Não é preciso falar muito sobre isso. Cada um sabe dos desa os pelos quais tem passado e de
como o momento atual está nos exigindo o melhor que nos habita. Como forma de apoiar nesse processo, quero lembrar
(eu me incluo como leitor) de uma virtude que pode nos ajudar: a gentileza. Ela costuma ser deixada de lado e parece ser
menos signi cante do que virtudes mais comentadas, tais como: fé, amor, compaixão e coragem. Todavia é nela que pode
se ter o antídoto para muitos desafios atuais.
É imprescindível a prática da gentileza e ela deve se iniciar com você. Lembre-se de que estamos vivendo algo único e
desa ador, não se torne seu próprio carrasco, não se cobre uma alta performance: de entregar um grande resultado, de ter
a paz de Buda ou ser evoluído como Jesus. Ser gentil é aceitar suas limitações, acolher suas emoções, a rmar que está
tudo caminhando conforme o esperado e ter a consciência de que cada um faz o melhor que pode. O acolhimento e a
aceitação são garantias de que essas qualidades podem se transformar em atos para os outros, isso traz tranquilidade.
Ao ser gentil comigo mesmo, abro espaço para experimentar essa prática para com os que estão ao meu redor: esses dias
me peguei sentindo muita raiva de uma pessoa que havia sido rude comigo. Eu nem a conhecia e estava exigindo dela um
comportamento mais amoroso. Mas, então, pensei: “Poxa, não está fácil para mim. Talvez não esteja para ela também”. E aí
pensei que eu tenho minhas ferramentas e repertório para car bem, ou seja, o que escrevo aqui nesta coluna. Talvez aquela
pessoa não tivesse esses recursos. Em alguns instantes eu consegui mudar meu comportamento e procurei ser gentil para
com ela. Abri um sorriso. Agradeci. Tentei puxar assunto e ser legal. Confesso que não consegui me aprofundar muito na
conversa. Senti-me bem de não a ter humilhado ou descontado a minha frustração nela. Creio que a tenha ajudado a se
acalmar um pouco também.
É muito fácil ser gentil quando tudo está maravilhoso em nossas vidas. Entretanto, é necessário compartilhar intenções mais
claras para escolher ser gentil quando o contexto não é favorável, quando há ingredientes para a prática da rudez e da
cólera. A escolha entre usá-los ou optarmos por praticar a gentileza com a intenção de mudar nosso entorno para melhor é
nossa. Então, agora é sua vez: o que você decide praticar?
Leia o fragmento apresentado e o analise tendo como base as noções de sintaxe de colocação pronominal em sua
classi cação pela posição do pronome. Apenas relembrando: (1) Próclise ocorre quando o pronome antecede o verbo. (2)
Mesóclise é quando o pronome se coloca no meio do verbo. (3) Ênclise se refere ao pronome colocado no nal do
verbo.
Fragmento: “(...) eu me incluo como leitor (...)”, assinale a alternativa correta quanto ao correto uso do pronome e de sua
classificação.
A Pronome pessoal do caso oblíquo, átono, de 1ª. pessoa do singular, classificado como proclítico.
B Pronome pessoal do caso reto, tônico, de 3ª. pessoa do plural, classificado como proclítico.
C Pronome pessoal do caso oblíquo, átono, de 3ª. pessoa do singular, classificado como enclítico.
D Pronome pessoal do caso oblíquo, tônico, de 2ª. pessoa do plural, classificado como mesoclítico.
4 0014 23 209
Na frase do anúncio “Imigrante, São Paulo te acolhe.”, o pronome oblíquo “te” foi empregado antes da forma
verbal “acolhe”, ocasionando a próclise. Acerca desse emprego, pode-se afirmar que
A configura um desvio em relação às regras de colocação pronominal, evidenciando um processo de
variação linguística.
B configura um desvio em relação às regras de colocação pronominal, explicitando sua inadequação na elaboração
do gênero textual anúncio.
D configura um uso prescrito pelas regras de colocação pronominal, atendendo à exigência de que todo
anúncio deve se estruturar conforme a norma-padrão.
4 0014 18 54 1
A palavra “inimputável” (linha 6) recebe acento baseada na regra que diz que:
D palavras paroxítonas terminadas pelas letras “r”, “l”, “n” e “x” devem ser acentuadas.
4 0014 1674 6
Texto CG2A1-II
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da ansiedade, custando à
economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho,
publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2022, e con rmam a necessidade de se trazer o
debate ainda mais à tona. Na mesma época, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta
com a OMS, na qual as novas diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores,
trabalhadores e suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva quando negativa. As
diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à permanência de pessoas com problemas de
saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no
mercado de trabalho, a ausência de estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora
nacional de saúde mental da OMS, Cláudia Braga.
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram afastadas do trabalho
por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer, enquanto, em 2021, foram registrados
200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de discutirmos essas questões e esperamos que essas
diretrizes possam nortear os debates sobre as responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços
para prevenir os impactos negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para que tenham seus
direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet: <epsjv.fiocruz.br>
(com adaptações).
Julgue o item que se segue, considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CG2A1-II.
No segundo período do primeiro parágrafo, o vocábulo “ainda” classi ca-se como advérbio e expressa circunstância de
intensidade, podendo ser substituído por “muito”, sem prejuízo ao sentido e à correção gramatical do texto.
A Certo.
B Errado.
4 0014 13 904
Texto CG2A1-I
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será noti cado no Brasil. Em menos de quatro horas,
mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde
no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as
mortes, no Brasil, cresceram nos últimos dois anos.
Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho noti cados; em 2021, o número subiu 37%, alcançando 612.920
noti cações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano passado, foram 2.538 mortes, um aumento de
36%.
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais acidentes, e
estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco e à falta de políticas
adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a, inadvertidamente, esquecer ou não
investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”, assinala.
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas nanceiras na média de R$ 13 bilhões. O montante considera valores
pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de 46 mil dias de trabalho são perdidos,
contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não trabalharam em razão de afastamentos previdenciários
acidentários.
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
O sentido original e a correção gramatical do último período do texto seriam preservados se o trecho “Além disso, mais
de 46 mil dias de trabalho são perdidos” fosse assim reescrito: Além disso, perde-se mais de 46 mil dias de trabalho.
A Certo.
B Errado.
4 0014 13 8 97
Texto CG2A1-I
Até você terminar de ler este parágrafo, mais um acidente de trabalho será noti cado no Brasil. Em menos de quatro horas,
mais uma pessoa morrerá em decorrência de um desses acidentes. Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde
no Trabalho (SmartLab), que consideram apenas registros envolvendo pessoas com carteira assinada, os acidentes e as
mortes, no Brasil, cresceram nos últimos dois anos. Em 2020, foram 446.881 acidentes de trabalho noti cados; em 2021, o
número subiu 37%, alcançando 612.920 noti cações. Em 2020, 1.866 pessoas morreram nessas ocorrências; no ano
passado, foram 2.538 mortes, um aumento de 36%.
Na avaliação do ministro Alberto Balazeiro, as situações de precarização do trabalho tendem a gerar mais acidentes, e
estudos mostram que trabalhadores terceirizados estão mais suscetíveis a condições de risco e à falta de políticas
adequadas de prevenção. “Além disso, situações de crise levam empregadores a, inadvertidamente, esquecer ou não
investir em medidas de proteção coletiva e eliminação de riscos”, assinala.
Por ano, os acidentes de trabalho representam perdas nanceiras na média de R$ 13 bilhões. O montante considera valores
pagos pelo INSS em benefícios de natureza acidentária. Além disso, mais de 46 mil dias de trabalho são perdidos,
contabilizando-se todos aqueles em que as pessoas não trabalharam em razão de afastamentos previdenciários
acidentários.
Natália Pianegonda. Acidentes de trabalho matam ao menos uma pessoa a cada 3 h 47 min no Brasil. Justiça do
Trabalho/CSJT. 28 abr. 2023 (com adaptações).
No último período do primeiro parágrafo, a expressão “nessas ocorrências” retoma, por coesão, o
termo “notificações”, mencionado no período anterior.
A Certo.
B Errado.
4 0014 13 8 95
B quelônios.
C adenóide.
D estóico.
E colméia.
4 0014 07264
Filhos adultos
Todos comentam a dificuldade de criação de adolescentes. Ou o desafio de cuidar de bebês, ou de se mostrar inteiramente
responsável por crianças. O que não escuto muito é sobre a árdua empreitada de ser pai ou mãe de filhos adultos
Você não ____ mais como demonstrar o amor como antes. Não há mais reuniões de avaliação na escola. Não há mais
apresentações para comparecer nas datas comemorativas. Não há mais noites de pijama para cozinhar aos colegas e ser
simpático com a turma. Não há mais competições esportivas para vibrar na arquibancada. Não há mais necessidade de dar
mesadas ou completar o valor de um ingresso para um show. Não há como buscá-los em festas, você não tem sequer
noção de quando retornam para a cama. Não há mais como planejar as férias com eles. Não há mais como aconselhar na
hora do café. Não há mais como sair junto no momento de comprar roupas. Não há mais recompensas, sorrisos, elogios de
como “você é legal” ou do quanto é “a melhor mãe ou pai do mundo”. Não há mais rastros o ciais da ternura, cartõezinhos
e desenhos para postar nas redes sociais
Eles não moram mais com você para ofertar a presença farta do olhar e do abraço. São independentes. São autônomos.
Têm suas preocupações e desa os. Têm seus estudos e carreiras. Sobram pouquíssimos encontros para reforçar o vínculo.
Você depende da sorte de um telefonema para expor alguma questão pontual e pendente do seu dia. Talvez a inquietação
que gostaria de partilhar caduque ou fique acumulada para nunca mais
Fofocas exigem disponibilidade. Você não dispõe de um pretexto para verbalizar alguma indiscrição de um amigo, ou de um
familiar, ou de um vizinho. Deixará também passar. É uma amizade esparsa, regida por grandes acontecimentos. As miudezas
escapam agora.
Perde de saber se estão amando ou em fossa, se estão amuados ou contentes. Não existe como reclamar da bagunça, das
roupas espalhadas, da luz acesa, da louça suja, dos pés em cima da mesa. Tem certeza de que eles continuam do mesmo
jeito, com a mesma desordem selvagem e individualista, mas está privado da in uência para opinar e orientar. Não estão
mais sob ____ sua responsabilidade, sob o seu campo de ação, sob o radar de suas emoções protetoras.
Cada um cuida de si. Cada um faz o que quer. Eles podem estar almoçando ____ três da tarde ou cabulando o almoço por
excesso de obrigações pro ssionais. Eles podem ter a geladeira vazia por preguiça de ir ao supermercado. Eles podem
dormir com fome ou só comer bobagem.
Você já imagina que estão magros, ossudos, porém encontra-se desfalcado de desculpa para aparecer com uma marmita.
Recorda com saudade a época em que era útil e despertava de madrugada para cozinhar a eles.
Se os lhos estão gripados, logo imagina que não se agasalharam direito. Apesar da angústia, você não tem como
atravessar a cidade como se fosse uma ambulância para providenciar o termômetro, o antitérmico e controlar a
temperatura com a mão na testa.
Eles precisarão lidar sozinhos com as suas doenças e suas indisposições. Não tomarão o seu chá curativo, especí co para
os sintomas, tampouco o medicamento apropriado que está na ponta da sua língua para a rápida convalescença.
Hoje eles estão tentando se livrar da dependência por terapia. Não estranhe que desejem um pouco de distância para
seguirem o próprio caminho.
Perdura uma grande desinformação entre vocês. Não usufrui da cumplicidade dos pequenos e decisivos detalhes da
convivência.
Eles tornaram-se novas pessoas, mais sérias, mais mal-humoradas, com menos tempo, enfim, mais parecidas com você.
Não se trata de ninho vazio, mas de aprender a conversar com outra árvore carregada de frutos.
Quantos dos vocábulos a seguir são classi cados como proparoxítonos? I. Responsável; II. Termômetro; III. Árvore;
IV. Chá.
A Apenas 1 deles.
B Apenas 2 deles.
C Apenas 3 deles.
D Todos os 4.
4 0014 0523 1
A ditadura do algoritmo
Um amigo todo dia posta uma foto sem camisa em seu per l no Instagram. Objetivo: conquistar likes e seguidores. É o que
se chama de biscoiteiro. Certa vez, abri meu celular e vi outro amigo, eternamente desempregado, em um veleiro,
confortável, como se fosse dele. Postou fotos assim por semanas a o. Certamente foi convidado para passar só o dia. Fez
uns 800 cliques, que alimentavam seu per l. Queria ser notado pelo algoritmo. Esse senhor, o algoritmo do Instagram,
seleciona a exposição dos posts. De sua decisão, é obvio, depende o grau de adesão. Claro que ele leva em conta o
interesse pelos posts, o grau de engajamento — likes e comentários — e vários fatores misteriosos. O algoritmo é uma
ferramenta da inteligência arti cial. Capaz de analisar meu histórico, trajetória, interesse, e por aí em diante. Quanto mais o
algoritmo gostar de mim, maior sucesso terei no Instagram. Seu coração (embora não deva ter um) é tudo, menos óbvio. A
cada instante descubro que existe alguém famoso que eu nem conheço, mas com milhões de seguidores. Seu segredo?
Seduzir o dito-cujo. O império do algoritmo é tão poderoso que até Caetano Veloso fez uma música, Anjos Tronchos,
falando a respeito dele.
Ter seguidores é uma mina de ouro. Quanto mais o perfil tem, maior o número de ações publicitárias. Já percebi: o algoritmo
dita como as pessoas devem ser. Simpáticas, divertidas, sexy, sábias, elegantes… mas é tudo mentira, na maior parte das
vezes. Quem faz sucesso tem equipes encarregadas de analisar as preferências do público no Instagram e fortalecer
comportamentos de sucesso. E aí acontece essa loucura: advogado dando receita de bolo, dentista dando dicas de
maquiagem masculina, “instas” especializados em fofoca, gente contando como foi estar em coma ou cachorrinhos e
gatinhos fo nhos (que o algoritmo ama). Horror! Me aconselharam: “Fale mais sobre televisão”; “Conte da sua vida
pessoal”; “Leia poesias”. Só que não tenho talento para virar um site de fofocas televisivas (nem seria ético), falar da minha
vida ou mesmo vocação para ler poesias. Irritado, o senhor algoritmo me trata mal.
“A solução é fazer dancinha no Reels.” Ui! Permaneço em minhas fronteiras. Muitas vezes, ele elimina a publicação de
alguém, o que é o terror dos terrores. Ameaça excluir a conta. Embora eu não viva do Instagram, morro de medo de isso
acontecer. Como sobreviver sem um post, sem olhar o feed, os stories? (Amigos se ofendem se não con ro, mesmo se o
algoritmo é que não tenha me deixado ver.) A vida social, os relacionamentos, tudo isso hoje depende das redes sociais.
Tem mais. O algoritmo já saiu do Instagram. Agora ele permeia toda uma série de relações humanas. Interfere. Muitas vezes,
estou conversando e, de repente, a pessoa me agarra e faz um vídeo, pensando que minha imagem vai agradar o algoritmo
de suas próprias redes. Já vi acontecer até em namoro. O casal vai se beijar. Os dois agarram os celulares, fotografam e
postam. É isso aí. Não existe mais relação a dois. O novo triângulo amoroso é com o algoritmo. Tome cuidado. É melhor ser
simpático com ele.
Adaptado
https://veja.abril.com.br
4 0014 04 4 93
Educadores e educadoras têm um papel fundamental ao garantir que seus alunos e alunas compreendam os cuidados que
devem tomar para se proteger e proteger os outros contra a Covid-19, e é importante que você dê o exemplo em sala de
aula.
Lavar as mãos é uma das formas mais fáceis, econômicas e e cazes de combater a propagação de germes e de manter
estudantes e funcionários saudáveis.
3. Esfregar todas as superfícies das mãos – incluindo as costas das mãos, entre os dedos e sob as unhas – por pelo menos
20 segundos. Você pode incentivar estudantes a que cantem uma música rápida nesse momento para tornar a lavagem das
mãos um hábito divertido.
5. Secar as mãos com um pano limpo ou toalha descartável. Se houver acesso limitado a pias, água corrente ou sabonete na
escola, use um desinfetante para as mãos que contenha pelo menos 70% de álcool.”
“Educadores e educadoras TÊM um papel fundamental ao garantir que seus alunos e alunas compreendam os cuidados que
devem tomar para se proteger e proteger os outros contra a Covid-19.”
Assinale a alternativa em que o termo destacado está acentuado pela mesma regra gramatical da palavra destacada no
trecho acima.
4 0014 04 4 17
“OMS declara m da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional referente à COVID-19 Brasília, 5 de maio de
2023
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5/05), em Genebra, na Suíça, o m da Emergência de
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19. A decisão foi tomada pelo diretor-geral da OMS,
Tedros Adhanom Ghebreyesus, após receber a recomendação do Comitê de Emergência encarregado de analisar
periodicamente o cenário da doença. Durante a 15ª sessão deliberativa do Comitê, na quarta-feira (4/05), seus membros
destacaram a tendência de queda nas mortes por COVID-19, o declínio nas hospitalizações e internações em unidades de
terapia intensiva relacionadas à doença, bem como os altos níveis de imunidade da população ao SARS-CoV-2, coronavírus
causador dessa enfermidade.
O m da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional não signi ca que a COVID-19 tenha deixado de ser uma
ameaça à saúde. A propagação mundial da doença continua caracterizada como uma pandemia, tendo tirado uma vida a
cada três minutos apenas na semana passada. “O que essa notícia signi ca é que está na hora de os países fazerem a
transição do modo de emergência para o de manejo da COVID-19 juntamente com outras doenças infecciosas”, destacou
Tedros Adhanom. Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), saudou a decisão do diretor-
geral da OMS de aceitar a recomendação do Comitê de Emergência. “Não devemos baixar a guarda, precisamos continuar
vacinando os grupos vulneráveis e fortalecendo a vigilância.
Também é hora de nos concentrarmos em nos preparar melhor para futuras emergências e reconstruir melhor para um futuro
mais saudável e sustentável”, destacou Barbosa”.
Assinale a alternativa que justi ca, respectivamente, de forma CORRETA a acentuação das seguintes palavras: comitê -
sustentável - países.
4 0014 04 3 90
“ChatGPT usado por estudantes causa polêmica e muda métodos de ensino de redação A chegada do ChatGPT, o
aplicativo que redige textos e explica conceitos em frases simples, está mudando a forma de ensino nas universidades dos
Estados Unidos. Uma reportagem do New York Times conta como os professores universitários estão enfrentando o
problema dos alunos que recorrem ao chatbot para fazer suas redações.
A reportagem conta o caso ocorrido em fevereiro deste ano, quando o professor Antony Aumann, da Northern Michigan
University, leu um texto de um aluno com parágrafos limpos, exemplos apropriados e argumentos rigorosos.
Instantaneamente, um sinal de alarme disparou em sua cabeça. Aumann confrontou seu aluno para descobrir se ele havia
escrito o ensaio. O aluno confessou ter usado o ChatGPT para redigir o trabalho escolar. Aumann cou alarmado, e então
decidiu mudar as aulas de redação para seus cursos neste semestre. Ele passou a exigir que os estudantes escrevam os
primeiros rascunhos na sala de aula, usando navegadores que monitoram e restringem a atividade do computador. Nos
rascunhos subsequentes, os alunos terão que explicar cada correção. O professor também planeja integrar o ChatGPT às
aulas, onde pedirá aos alunos que avaliem as respostas do chatbot.
“Nas aulas, a dinâmica não será mais assim: ‘Aqui estão algumas perguntas e vamos falar sobre isso entre nós como seres
humanos'”, disse ele. Agora, será assim: ‘O que esse robô alienígena pensa também?” Em todo o país, professores
universitários, chefes de departamento e administradores estão começando a reformar as aulas em resposta ao ChatGPT, o
que poderia causar uma enorme mudança no ensino e na aprendizagem, segundo o NYT. Alguns professores estão
redesenhando completamente seus cursos, fazendo mudanças como mais exames orais, trabalho em grupo e avaliações
manuscritas em vez de digitadas."
Assinale a alternativa em que as palavras, respectivamente, são acentuadas seguindo a mesma regra de: robô - alienígena.
A Saída - presságio.
B Refém - rápido.
C Complô - egoísta.
D Órgão - cérebro.
E Nó - série.
4 0014 04 218
Texto I
O Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE) foi criado na década de 1930 como uma organização estatal para auxiliar
no planejamento de políticas públicas
O Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE) é o órgão estatal brasileiro responsável pelo levantamento de
dados do país. Esse instituto, fundado com o intuito de reunir informações geográ cas e estatísticas brasileiras, possui
grande importância em termos governamentais. Ele é responsável, entre outras funções, pela realização do censo
demográ co. Tradicionalmente, o IBGE realiza censos em períodos decenais cíclicos, fornecendo informações
socioeconômicas importantes para o país.
O que é IBGE?
O Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística é um órgão estatal brasileiro responsável por realizar levantamentos de
dados quantitativos e qualitativos sobre diferentes setores da economia, da sociedade e da demogra a do Brasil. Esse
órgão é o responsável, entre outras funções, pela realização do censo demográ co brasileiro. O IBGE possui grande
importância no fornecimento de dados às instituições públicas e privadas do país.
A história o cial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do chamado Instituto
Nacional de Estatística (INE). Essa instituição pública foi a antecessora histórica do IBGE, conjugando funções relacionadas
às informações estatísticas e geográ cas brasileiras, visto que também contava com o chamado Conselho Brasileiro de
Geografia (CBG).
Em 1938, surgiu o formato atual do IBGE, sigla que designa o Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística. Já a sua
designação como fundação pública e sua subordinação ao Ministério da Economia do Brasil ocorreu somente em 1967,
sendo todas essas mudanças fruto de decretos governamentais. Atualmente, o IBGE é um dos principais órgãos pelo
levantamento de dados e estudos técnicos dentro da organização do governo brasileiro, como, por exemplo, o censo
demográ co da população do país. Ele está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. A sede atual do IBGE
está situada na cidade do Rio de Janeiro.
Função do IBGE
O IBGE é considerado o principal órgão de levantamento de dados geográ cos e estatísticos do Brasil. A sua produção
atende diversos órgãos públicos e privados, e ainda auxilia na implementação de diferentes políticas públicas. O IBGE,
conforme disponibilizado no seu site oficial, tem as seguintes funções:
O IBGE é um órgão de grande importância para o levantamento de dados relacionados ao cenário geográ co,
demográ co e social do Brasil. Os estudos realizados por essa instituição, com destaque para o censo demográ co, são
cruciais para a fundamentação de diversas políticas públicas. Portanto, o IBGE fornece subsídios importantes para o
desenvolvimento do país, contribuindo para traçar um panorama adequado da sociedade brasileira por meio de dados
estatísticos.
A participação nas pesquisas é um dever cívico de todo cidadão brasileiro. A recusa na participação das pesquisas
realizadas pelo órgão é, inclusive, passível de multa, por meio da Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968. Essa legislação
aponta os valores aplicados à não participação nos questionários do censo e garante o sigilo dos dados coletados pelos
entrevistadores.
Fonte: Mundo Educação. Disponível em: http://mundoeducacao.uol.com.br/geogra a/ ibge.htm Acesso em 25 jul. 2023
(adaptado)
Na frase “A história o cial do IBGE iniciou-se na data de 29 de maio de 1936, por meio da implementação do
chamado Instituto Nacional de Estatística (INE)”, destaca-se um caso de ênclise, em que o pronome está posposto ao
verbo. A alternativa cujo pronome destacado, à luz da norma-padrão, também deve vir nessa posição é:
A Corri para o defender.
4 0014 03 701
Nos Estados Unidos, 13% dos adultos com 18 anos ou mais tomam algum medicamento antidepressivo, segundo dados do
Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) do país. No Reino Unido, o percentual chega a
14,7%, segundo o último censo demográfico, de 2021.
No Brasil, a venda de antidepressivos e estabilizadores de humor está em crescimento. Dados do Conselho Federal de
Farmácia mostram que a venda desses medicamentos cresceu cerca de 58% entre os anos de 2017 e 2021.
Em um documentário veiculado pela BBC no início de agosto, com título "Os meus antidepressivos valem a pena?", vários
jovens e famílias relataram que não receberam conselhos ou informações adequadas sobre os possíveis efeitos colaterais
de antidepressivos prescritos.
Dylan Stallan era um adolescente quando começou a receber tratamento para dismor a corporal e depressão. "Ele lutava
com a maneira como se sentia sobre si mesmo, com sua aparência", conta a mãe dele, Seonaid Stallan. "Estava
extremamente ansioso e ficava fisicamente doente, não conseguindo sair de casa."
Aos 16 anos, Dylan recebeu a prescrição médica de um tipo de antidepressivo e, quando ele completou 18 anos, a
medicação foi alterada para outro medicamento voltado para sintomas de depressão e ansiedade. Dois meses depois que o
tratamento foi alterado, Dylan cometeu suicídio. Seonaid diz que, quando a troca de medicamentos foi feita, ninguém os
alertou sobre possíveis efeitos colaterais.
Ela estava presente na consulta com seu lho e disse à BBC que eles não foram informados de que, antes de melhorar, o
jovem poderia se sentir pior com o novo medicamento. E, apesar de as diretrizes de saúde do Reino Unido dizerem que é
melhor evitar o álcool ao iniciar o tratamento com o tipo de medicamento que ele tomou, e de a bula alertar isso também, a
mãe diz que Dylan foi informado de que não havia problema em beber álcool enquanto tomava o novo antidepressivo.
Seonaid conta que, na noite anterior ao suicídio do lho, em 2015, ele havia bebido uma quantidade considerável de álcool.
Segundo a mãe, Dylan não havia expressado pensamentos suicidas antes de iniciar o novo tratamento.
A e cácia dos antidepressivos em menores de 18 anos ainda não é totalmente conhecida. Em vários países, como os
Estados Unidos e o Reino Unido, apenas um ou dois desses medicamentos são prescritos nessa faixa etária. Quando uma
pessoa completa 18 anos, no entanto, pode ser prescrito qualquer antidepressivo, como foi o caso de Dylan.
Existem pesquisas clínicas que demonstram que o risco de suicídio em pessoas com idade entre 18 e 24 anos aumenta ao
tomar esses medicamentos.
Elliott Brown, um comediante londrino, toma antidepressivos desde os 16 anos, tendo como efeito colateral a diminuição da
libido.
"Em termos de desejo sexual, ca muito maior quando eu paro de tomar os medicamentos", diz ele. "Seus parceiros podem
pensar que você não os considera tão atraentes. Esse é o momento que você tem para ser honesto."
Brown diz que, apesar dos efeitos colaterais, os benefícios que teve com os antidepressivos valeram a pena e salvaram sua
vida. "Acho que não estaria aqui sem eles", diz o comediante. "Acho mais importante querer estar aqui e estar com pessoas
queridas do que fazer sexo de vez em quando ou, no meu caso, muito raramente."
(https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjldzzjxdkwo. Adaptado.)
A e cácia dos antidepressivos em menores de 18 anos ainda não é totalmente conhecida. Em vários países, como nos
Estados Unidos e no Reino Unido, apenas um ou dois desses medicamentos são prescritos nessa faixa etária.
A Os vocábulos 'eficácia, países, vários, etária' são acentuados por serem proparoxítonos.
4 0014 03 229
Mesmo salário para homens e mulheres? Por que leis para corrigir desigualdade não vingaram no Brasil
"A previsão de que não haja discriminação de gênero no trabalho está presente de maneira mais ampla em diversas partes
da Constituição", explica a advogada trabalhista Paula Boschesi Barros. "Desde o artigo 5 que diz que todos são iguais
perante a lei até o artigo 7, que fala de proibição de diferença salarial", exemplifica.
Além disso, a CLT, em seu artigo 461, diz que as empresas devem pagar o mesmo salário independentemente do sexo do
trabalhador se as funções forem idênticas. A exigência foi reforçada na Lei 14.457 de 2022, que diz no artigo 30 que "às
mulheres empregadas é garantido igual salário em relação aos empregados que exerçam idêntica função prestada ao
mesmo empregador".
Na prática, no entanto, essas obrigações são descumpridas com frequência. Dados do IBGE mostram que as mulheres, em
média, ganham 77,7% do salário dos homens apesar da população feminina ter um nível educacional mais alto. Quando se
considera apenas cargos de gerência, diretoria e outros de maior salário, a diferença é ainda maior - as mulheres, nesses
cargos, ganham, em média, apenas 61,9% do que os homens recebem.
Barros explica que, apesar de determinar a exigência dos salários iguais, a legislação existente não estabelece sanção
alguma em caso especí co de discriminação salarial por gênero. Ou seja, não há scalização nem multa especí cas caso as
empresas não estejam dentro da lei.
"O único jeito de isso se materializar é se o assunto for tratado em uma ação trabalhista", diz a advogada, especialista em
direito trabalhista do escritório Gasparini, Nogueira de Lima e Barbosa. Ou seja, as empresas que descumprem a regra só
têm algum tipo de prejuízo legal se a trabalhadora entrar com um processo. Mas existem muitas barreiras a isso - de
dificuldade no acesso à Justiça ao medo de impactos negativos em sua reputação no mercado.
O advogado Fernando Peluso, coordenador do curso de Direito do Trabalho do Insper, a rma que, mesmo que a
trabalhadora vença uma ação, as multas por descumprimento da legislação trabalhista, em geral, são muito baixas para
penalizar os grandes empregadores.
"As multas por descumprimento da legislação trabalhista são irrisórias", diz Peluso. Para muitas empresas, arcar com
eventuais multas em ações trabalhistas sai mais barato do que cumprir a legislação. Além disso, é bastante complicado
estabelecer e provar que os trabalhos são idênticos e que a diferença salarial é resultado de discriminação.
"Existem requisitos bem especí cos para determinar que os trabalhos são idênticos", explica Peluso. "Não é a mera
nomenclatura do cargo que garante que a pessoa deve ganhar a mesma coisa." Ele explica que as pessoas precisam não só
ter o mesmo cargo, mas realizar as mesmas tarefas, com a mesma perfeição técnica e com a mesma produtividade. Além
disso, a diferença de tempo exercido na função também pode justificar o pagamento diferenciado".
Na prática, diz Paula Boschesi Barros, muitas empresas usam detalhes como esse e brechas para criar uma justi cativa para
diferenças salariais que, na verdade, são provenientes de discriminação de gênero. "Pode ser difícil dizer em casos
individuais, mas quando olhamos estatisticamente, fica bem claro que existe diferença salarial por causa do gênero", afirma.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c0wr0174xw7o. Adaptado.
[...] em média, ganham 77,7% do salário dos homens apesar da população feminina ter um nível educacional mais alto.
4 0014 02797
4 0013 99607
Em relação à acentuação grá ca, assinalar a alternativa em que a palavra é acentuada pela mesma regra que a palavra
“bússola”:
A Didático.
B Abdômen.
C Caráter.
D Faísca.
E Chalé.
4 0013 993 07
A I e II apenas.
B II e III apenas.
C I e III apenas.
D II apenas.
E III apenas.
4 0013 9908 0
A única palavra que NÃO é acentuada pelo mesmo motivo que as demais se encontra na alternativa:
A Saída.
B Ananás.
C Café.
D Mocotó.
E Vocês.
4 0013 98 8 72
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
Dá-se o nome de frase clivada a um tipo de estrutura sintática em que um dos termos componentes da sentença é
deslocado da sua posição típica para uma posição diferente, geralmente anterior ao verbo da oração principal, com o
intuito de colocar em relevo, de focalizar, a informação que esse termo transmite, inserindo-o no interior da estrutura ser X
que, em que X indica o elemento deslocado. Assinale a alternativa que apresenta uma estrutura de frase clivada.
A O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas
realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores.
B Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas
na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.
D Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura
e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos
E Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo.
4 0013 98 3 91
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
B O presente do indicativo serve para falar de verdades atemporais, isto é, que não se modificam jamais, como em
“a Terra gira em torno do Sol”.
C A tipologia textual promove o emprego de formas linguísticas que atestem a veracidade dos fatos expostos.
D A autora não sabe usar outras formas linguísticas, por isso preferiu empregar formas mais simples.
E Pesquisas científicas sobre temas sociais devem sempre ser redigidas com formas linguísticas menos complexas,
para que o público geral possa compreender sem maiores dificuldades.
4 0013 98 3 63
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
Considerando os sentidos do texto e os objetivos do enunciador, assinale a alternativa cujo par de unidades linguísticas
NÃO configuram elementos correferentes.
D A descriminalização – a legalização.
E A atividade – a prostituição.
4 0013 98 3 53
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
"A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que
ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas."
Entre as informações veiculadas pelo enunciado acima reportado, há um conteúdo pressuposto sugerido por marcas
linguísticas cuja formulação está CORRETAMENTE expressa na alternativa:
E Os empresários da indústria do sexo fazem parte também das associações de trabalhadoras do sexo.
4 0013 98 3 4 3
Em cada uma das listas de palavras abaixo, todos os vocábulos são acentuados de acordo com a mesma regra, EXCETO:
4 0013 98 126
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
"Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo."
O trecho acima é o enunciado que introduz o elemento principal do discurso sobre o qual o enunciador discorre ao longo
do texto. Assinale a alternativa cujo enunciado apresenta, por meio de outra expressão referencial, o mesmo objeto
de discurso, conforme os sentidos negociados no texto.
A Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram
dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões.
B Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século
passado.
C Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo.
D Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao
tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão
entre as trabalhadoras do sexo.
E E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
4 0013 98 120
Questão 81 Flexão de voz ativa passiva e ref lexiva Período composto por subordinação Vocábulo que
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que
ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas.
A Não há termo agente da voz passiva.
4 0013 98 106
Questão 82 Passagem do discurso direto para o discurso indireto ou viceversa T exto descritivo
T exto dissertativo expositivo
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os
principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo
desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se percebe,
então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não
as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o
fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o
trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas
sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar
nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente e
empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de trá co,
como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As
organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación
Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana
de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
A Ao longo de todo o texto, o enunciador explica o que se entende dos termos “tráfico”, “prostituição”,
“prostitutas” e “comércio sexual”. Trata-se, portanto, de um texto unicamente expositivo.
C Trata-se de um texto descritivo e expositivo, no qual há também uma grande parcela da tipologia narrativa,
especialmente quando o enunciador enumera os fatos relativos à participação de algumas organizações em
grandes debates públicos.
E Em um primeiro momento, o enunciador discorre sobre fatos do passado, particularmente, das duas últimas
décadas do século XX; em um segundo momento, relaciona-os cronologicamente a fatos do presente,
construindo, assim, um enredo. Tratase, portanto, de um texto totalmente narrativo.
4 0013 98 099
TEXTO
ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para
mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem
o s principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um
movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e
de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando
direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria,
articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das
Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse
movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em
um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos,
eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
Quanto à questão do trá co, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes
debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a
discussão sobre trá co de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição.
Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao trá co,
estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de nanciamento, aparece como um ponto de tensão entre as
trabalhadoras do sexo.
Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e
continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com
capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam
sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou trá co de pessoas, por exemplo. O que se
percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional,
mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
A di culdade de dissociar trá co e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como
aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem
cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que
o fenômeno do trá co para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que
o trá co em outros setores. Pode-se a rmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas
no século passado.
Contudo, aponta para a di culdade de se sustentar empiricamente a a rmação de que o trá co é mais intimamente ligado à
prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais
extensas sobre o trá co para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não
gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e trá co são (e sempre foram) analiticamente
e empiricamente associados.
Neste sentido, a (íntima) relação entre trá co e prostituição permite e justi ca um trabalho de pesquisa mais extenso que
aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo
de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o trá co para o comércio sexual com outras formas de
tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográ co vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009).
A s organizações de prostitutas no Brasil e o trá co internacional de pessoas. XXVII Congreso de la
Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación
Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10).
* Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.
A A autora do texto é favorável à realização de outras pesquisas que repliquem o que ela já apresentou no artigo.
B A autora do texto conclui que são necessárias outras pesquisas sobre tráfico e prostituição, mas que não
relacione fatores externos, como sexo biológico e nacionalidade.
C A autora do texto conclui que outras pesquisas devem ser feitas para que se possa entender melhor a relação
entre o tráfico de pessoas e o comércio sexual, levando em conta também outros fatores, como os objetivos do
tráfico e as características dos sujeitos traficados.
D A autora do texto discorda dos resultados das pesquisas sobre tráfico de pessoas e aponta inúmeros argumentos
que os invalidam.
E O tráfico doméstico tem sido investigado com mais intensidade do que o tráfico de mulheres oriundas da
América Latina, por exemplo.
4 0013 98 08 2
Relembre o acidente de avião que pode ter sido causado por cigarro e no qual brasileiro foi o único passageiro
sobrevivente
Há pouco mais de 50 anos, em 11 de julho de 1973, um avião da Varig que havia saído do aeroporto do Galeão, no Rio de
Janeiro, estava a menos de cinco minutos de pousar no seu destino, o aeroporto de Orly, nos arredores de Paris, na França,
após um voo sem nenhuma ocorrência. Foi quando uma fumaça, em um princípio fraca, começou a sair de um dos
banheiros do fundo da aeronave para tomar todo o avião em questão de segundos.
Na época, era permitido fumar em voos. Atualmente, é proibido fumar em qualquer momento da viagem aérea.
Rapidamente, o piloto fez um pouso de emergência em um campo de plantação de cebolas, mas, a essa altura, a maioria
dos passageiros estava desmaiada por conta da inalação da fumaça. Quando as chamas consumiram o teto da aeronave, a
maioria das pessoas já estava desacordada, entre elas o brasileiro Ricardo Trajano, então com 20 anos. No total, 123
pessoas morreram - quase todos os passageiros. Quase porque Trajano foi o único que se salvou, graças a um movimento
rápido no início do incêndio.
Ele estava sentado na última leira de passageiros e, por isso, foi um dos primeiros a notar a fumaça. Por instinto, contou ele
em entrevista, tirou o cinto e caminhou para frente da aeronave para avisar ao piloto. Em questão de segundos, Trajano
também desmaiou por conta do fogo, mas, quando bombeiros chegaram ao local do acidente, veri caram que o então
jovem brasileiro ainda respirava. Ele cou internado um mês, em um hospital na França, até receber alta. Além dele, dez
tripulantes também sobreviveram.
Nunca houve um consenso sobre as causas do acidente. Mas o relatório nal sobre o caso, do governo da França,
apontou como principal hipótese uma ponta de cigarro que foi deixada acessa na lixeira do banheiro. O documento também
aponta a possibilidade de falha elétrica, mas diz que a causa é menos provável. O modelo da aeronave, um Boeing 707, era
considerado moderno e seguro à época.
Entre os passageiros que morreram, estavam nomes como o ex-presidente do Senado, Filinto Müller, o cantor Agostinho
dos Santos e o jornalista Júlio Delamare, além do iatista Jörg Bruder, duas vezes medalhista de ouro nos Jogos Pan-
Americanos, e a atriz Regina Léclery.
Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/08/07/relembre-oacidente-de-aviao-que-pode-ter-sido-causado-por-
cigarro-e-no-qualum-brasileiro-foi-o-unico-passageiro-sobrevivente.ghtml
A após.
B época.
C provável.
D rápido.
E único.
4 0013 97679
Ter um celular é essencial para atividades da vida diária: fazer ligações, checar mensagens, tirar fotos ou fazer compras não
seria tão simples sem ele. Dá-los para crianças, no entanto, ainda é um dilema. Não há consenso quanto ao uso dos
aparelhos na infância.
Diferentes escolas e redes de ensino têm regras para o uso de celular. Na rede estadual de São Paulo, por exemplo, o
aparelho era proibido nas instituições de ensino até 2017, quando uma nova lei o permitiu nas salas de aula para nalidades
pedagógicas.
Países europeus como França, Holanda e Itália adotaram, nos anos recentes, medidas que proibiram o uso de celular em
sala de aula. Segundo os governos, as regras têm o objetivo de reduzir as distrações e melhorar a concentração e a
aprendizagem dos estudantes.
Na Holanda, os dispositivos só vão ser permitidos se forem especi camente necessários, como em aulas de habilidades
digitais, por motivos médicos ou para pessoas com deficiência.
Na cidade de Greystones, na Irlanda, tomou-se uma medida ainda mais radical. Um pacto rmado entre pais de oito escolas
do distrito proíbe o uso de smartphones por crianças e adolescentes até que eles cheguem ao ensino médio. A proibição
vale para todos os espaços, mesmo dentro de casa, de modo a deixá-la mais coerente. “Se todo mundo faz isso, você não
se sente excluído”, disse a mãe Laura Bourne a um jornal britânico.
O caso da Irlanda chamou a atenção para a colaboração entre escolas e famílias. Para Jhonatan Almada, diretor do Centro
de Inovação para a Excelência das Políticas Públicas, os pais devem participar das decisões sobre o uso de aparelhos em
salas de aula. “A principal forma de abordar o tema com eles é apresentar o conhecimento cientí co e mostrar exemplos de
países que adotaram tais regras, caso proponham modelos mais restritivos”, disse.
As escolas também devem considerar as famílias quanto ao uso do celular se decidirem liberá-los. “O uso em sala de aula
reforça a necessidade de ter um dispositivo como celular ou tablet, o que pode bater de frente com o combinado entre os
membros da família que prefere que suas crianças não tenham esses dispositivos ou que os usem em momentos
específicos”, disse Bernardo Bueno, professor e pesquisador.
Além de participar das decisões das escolas, Aline Restano, psicóloga, disse que é importante que as famílias encarem o
uso do celular de forma crítica também dentro de casa. “Quando tiverem um bebê, os pais vão seguir usando o celular
durante as refeições? Vão continuar usando o celular à noite? Vão interromper a conversa para olhar o celular
constantemente?”, questiona.
(Mariana Vick. Como as escolas podem lidar com crianças no celular. www.nexojornal.com.br.10.07.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho original, mantendo-se a
correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa.
4 0013 97526
Recentemente fomos surpreendidos com a notícia de um ataque a uma creche em Blumenau, onde um homem, em um ato
de barbárie, vitimou quatro crianças deixando todos nós atônitos, amedrontados e, ao mesmo tempo, tentando buscar
respostas, mesmo que não há nada que justifique este horror.
Contudo, uma das razões que pode levar a tal violência é um fenômeno psicológico conhecido como eleito contágio,
onde uma emoção, comportamento ou ideia se propaga de forma rápida e ampla, funcionando como um estimulo para
aquela que estão propensas a reproduzir o mesmo comportamento.
O efeito contágio pode ser positivo, como, por exemplo, quando somos in uenciados por hábitos saudáveis, por ideias
otimistas, atitudes de solidariedade, etc; ou pode ter efeito negativo, através da in uência dos comportamentos agressivos,
de riscos, comportamentos alimentares inadequados, dentre outros.
No caso de um crime violento ou de um ataque, como o que aconteceu na escola, a ação pode servir de inspiração para
outras pessoas, com características psicológicas elou motivações similares a do agressor para realizar o mesmo ato ou algo
semelhante. Esta in uência pode ser ampli cada pela tecnologia, através do compartilhamento de informações, fotos,
imagens, vídeos nas redes sociais ou aplicativos de conversa uma vez que a propagação ocorre num curto espaço de
tempo e para muitas pessoas.
Tudo isso pode gerar aumento dos níveis de estresse, ansiedade e medo, principalmente em pessoas que já passaram por
experiências traumáticas. Somado a isso, há o sentimento de impotência pela falta de controle da situação e que conduz a
sentimentos negativos sobre si, como a baixa autoestima, além de outros psicológicos como insônia, impactos di culdade
de concentração, perda da con ança nas pessoas, desenvolvimento de doenças, depressão, etc. Evidentemente que a
divulgação da noticia é importante, mas o alerta é para que em casos de violência, como o ataque ocorrido na escola, não
ganhe tamanha notoriedade a ponto de inspirar outras pessoas a cometer o mesmo ato.
Embora o efeito contágio seja um fenômeno complexo, precisamos re etir sobre a banalização da violência e a nossa
postura diante dela. Associar a violência como algo de natureza humana ou reduzi-la simplesmente ao resultado da vida em
sociedade, é uma forma de terceirizar a responsabilidade.
A passividade corrobora para o avanço da violência. Esse conformismo social di culta a percepção do movimento de
ação-reação e a nossa responsabilidade, mesmo que indireta. Como dito acima, uma vez que o efeito contágio pode
também ter efeitos positivos, que sejamos então in uenciados por comportamentos de solidariedade e de respeito ao
próximo.
A alternativa em que a palavra não pode ser grafada sem acento gráfico é:
A notícia.
B estímulo.
C impotência.
D contágio.
E influência.
4 0013 968 4 7
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
No texto CB1A7, o emprego do presente do indicativo a partir do quarto período, em “caminha”, “Não se preocupa”,
“Leva”, “repara” e “Continua”, exprime ações
A sucessivas.
B universais.
C imaginárias.
D habituais
4 0013 94 793
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
A é um indígena.
C é idoso.
D caminha à noite.
4 0013 94 791
Questão 89 Uso da próclise Vírgula entre as orações do período Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
Matilde Campilho. In: Flecha. São Paulo: Editora 34, 2022.
I - Em “Não se preocupa nem um pouco com a chuva” (quinto período), o pronome “se” poderia ser corretamente
empregado logo após a forma verbal preocupa, escrevendo-se Não preocupa-se.
II - Em “mas logo em velocidade a retiraram” (décimo período), a forma pronominal “a” refere-se a “coxa”, no período
anterior.
III - A inserção de uma vírgula logo após “chuva” (quinto período) prejudicaria a correção gramatical do texto.
4 0013 94 78 9
Questão 90 Doispontos
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
No sétimo período do texto CB1A7 — “E pela primeira vez em quarenta anos repara:” —, os dois pontos são empregados
para introduzir uma
A explicação.
B enumeração.
C objeção.
D correção.
4 0013 94 78 8
Questão 91 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
B questões emocionais.
C sequela de um acidente.
4 0013 94 78 7
Texto CB1A7
Quando está triste, coxeia. É assim desde o começo, quando deu os primeiros passos agarrado ao armário branco da casa
de seus pais. Começou a andar direito e assim prosseguiu o caminho habitual dos homens, mas sempre que alguma coisa
correu menos bem (uma bolacha que lhe foi recusada, uma sopa que o forçaram a sorver, um grito que ouviu a meio do dia,
um beijo que lhe foi deixado em suspensão) ele perdeu a força numa das pernas. Hoje, varado de saudade da ex-mulher,
caminha sozinho e coxo pelas ruas escuras da aldeia. Não se preocupa nem um pouco com a chuva que o encharca da
cabeça aos pés, nem com o frio. Leva sim a mão à perna direita como quem tenta trazê-la à razão. E pela primeira vez em
quarenta anos repara: a dor não vem do joelho nem do pé, nem sequer vem do osso epicôndilo medial. É o nervo ciático
que lhe dói. Atravessa-lhe a perna inteira mas insiste mesmo é na coxa. A mesma sob a qual todos aqueles que lhe zeram
promessas colocaram a mão, mas logo em velocidade a retiraram. Continua então o seu caminho pela aldeia, agarrado aos
muros brancos, sem grande epifania, só mais dorido que o habitual. Coxeia, porque quando está triste ele coxeia.
B reportagem.
C conto.
D biografia.
4 0013 94 78 4
Texto CB1A1-I
Mais da metade da população mundial (55%) reside em áreas urbanas, e essa proporção pode se aproximar de 70% até
2050. Na América Latina, uma das regiões mais urbanizadas do mundo, estima-se que mais de 500 milhões de pessoas, ou
80% da população da região, viva em cidades.
No Brasil, os deslocamentos populacionais caracterizados pela migração do campo para a cidade foram signi cativos entre
1960 e 1980, delineando um processo de intensi cação da urbanização. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a
e Estatística (IBGE), em 2004, 82,7% da população brasileira já vivia em centros urbanos e em 2014 o percentual era de
85,1%. Segundo pesquisa do IBGE, em 2016, as menores taxas de urbanização foram observadas no Maranhão, no Piauí, no
Pará e em Sergipe (variando de 59,2% a 71,7%), e as maiores, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em
Goiás, unidades federativas que concentraram quase a totalidade de sua população em áreas urbanas (variando de 91,6 a
97,4%).
Em sua diversidade, o Brasil, com suas megacidades e um enorme contingente de cidades pequenas e médias, de
crescimento rápido e heterogêneas no que tange aos ambientes físicos, econômicos e sociais, é profundamente marcado
por iniquidades sociais, de saúde e de ameaça ao meio ambiente.
A correção gramatical e o sentido do texto CB1A1-I seriam mantidos caso a palavra “contingente” (último parágrafo)
fosse substituída por
A número.
B desenvolvimento.
C distribuição.
D quantidade.
4 0013 94 78 2
Texto CB1A1-I
Mais da metade da população mundial (55%) reside em áreas urbanas, e essa proporção pode se aproximar de 70% até
2050. Na América Latina, uma das regiões mais urbanizadas do mundo, estima-se que mais de 500 milhões de pessoas, ou
80% da população da região, viva em cidades.
No Brasil, os deslocamentos populacionais caracterizados pela migração do campo para a cidade foram signi cativos entre
1960 e 1980, delineando um processo de intensi cação da urbanização. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a
e Estatística (IBGE), em 2004, 82,7% da população brasileira já vivia em centros urbanos e em 2014 o percentual era de
85,1%. Segundo pesquisa do IBGE, em 2016, as menores taxas de urbanização foram observadas no Maranhão, no Piauí, no
Pará e em Sergipe (variando de 59,2% a 71,7%), e as maiores, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em
Goiás, unidades federativas que concentraram quase a totalidade de sua população em áreas urbanas (variando de 91,6 a
97,4%).
Em sua diversidade, o Brasil, com suas megacidades e um enorme contingente de cidades pequenas e médias, de
crescimento rápido e heterogêneas no que tange aos ambientes físicos, econômicos e sociais, é profundamente marcado
por iniquidades sociais, de saúde e de ameaça ao meio ambiente.
Com base no texto CB1A1-I, assinale a opção correta acerca das taxas de urbanização das unidades federativas brasileiras.
4 0013 94 779
Texto CB1A1-I
Mais da metade da população mundial (55%) reside em áreas urbanas, e essa proporção pode se aproximar de 70% até
2050. Na América Latina, uma das regiões mais urbanizadas do mundo, estima-se que mais de 500 milhões de pessoas, ou
80% da população da região, viva em cidades.
No Brasil, os deslocamentos populacionais caracterizados pela migração do campo para a cidade foram signi cativos entre
1960 e 1980, delineando um processo de intensi cação da urbanização. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a
e Estatística (IBGE), em 2004, 82,7% da população brasileira já vivia em centros urbanos e em 2014 o percentual era de
85,1%. Segundo pesquisa do IBGE, em 2016, as menores taxas de urbanização foram observadas no Maranhão, no Piauí, no
Pará e em Sergipe (variando de 59,2% a 71,7%), e as maiores, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em
Goiás, unidades federativas que concentraram quase a totalidade de sua população em áreas urbanas (variando de 91,6 a
97,4%).
Em sua diversidade, o Brasil, com suas megacidades e um enorme contingente de cidades pequenas e médias, de
crescimento rápido e heterogêneas no que tange aos ambientes físicos, econômicos e sociais, é profundamente marcado
por iniquidades sociais, de saúde e de ameaça ao meio ambiente.
4 0013 94 778
Texto CB1A1-I
Mais da metade da população mundial (55%) reside em áreas urbanas, e essa proporção pode se aproximar de 70% até
2050. Na América Latina, uma das regiões mais urbanizadas do mundo, estima-se que mais de 500 milhões de pessoas, ou
80% da população da região, viva em cidades.
No Brasil, os deslocamentos populacionais caracterizados pela migração do campo para a cidade foram signi cativos entre
1960 e 1980, delineando um processo de intensi cação da urbanização. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geogra a
e Estatística (IBGE), em 2004, 82,7% da população brasileira já vivia em centros urbanos e em 2014 o percentual era de
85,1%. Segundo pesquisa do IBGE, em 2016, as menores taxas de urbanização foram observadas no Maranhão, no Piauí, no
Pará e em Sergipe (variando de 59,2% a 71,7%), e as maiores, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Distrito Federal e em
Goiás, unidades federativas que concentraram quase a totalidade de sua população em áreas urbanas (variando de 91,6 a
97,4%).
Em sua diversidade, o Brasil, com suas megacidades e um enorme contingente de cidades pequenas e médias, de
crescimento rápido e heterogêneas no que tange aos ambientes físicos, econômicos e sociais, é profundamente marcado
por iniquidades sociais, de saúde e de ameaça ao meio ambiente.
De acordo com o texto CB1A1-I, no período de 2004 a 2014, a população urbana no Brasil aumentou
4 0013 94 776
Questão 97 Vírgula
4 0013 92557
Quantos advérbios são reconhecíveis no seguinte fragmento “O corpo precisa estar bem para ajudar no desenvolvimento
da mente”?
A Um.
B Dois.
C Três.
D Quatro.
E Cinco.
4 0013 92550
Questão 99 Sujeito
Na oração “Alimentação saudável e boas horas de sono são essenciais para um aprendizado eficiente”, o sujeito é:
A Simples.
B Composto.
C Oculto.
D Indeterminado.
E Inexistente.
4 0013 9254 8
A Próalfabetização.
B Interracial.
C Malfeito.
D Neoholandês.
E Microondas.
4 0013 9254 4
Na frase “Possuir alimentos, água e banheiro próximos também facilita o aprendizado, já que se perde menos tempo com
essas necessidades básicas”, a locução conjuntiva sublinhada inicia uma oração que traduz circunstância de:
A Oposição.
B Conclusão.
C Concessão.
D Causa.
E Condição.
4 0013 9254 2
I - Mesa.
II - Capacidade.
III - Aprendizado.
A Apenas I.
B Apenas II.
C Apenas III.
D Apenas I e II.
E Apenas II e III.
4 0013 9253 9
Assinale a alternativa em que o significado da forma verbal é próximo ao de “potencializam” (l. 06).
A Classificam.
B Detém.
C Fidelizam.
D Incrementam.
E Flexibilizam.
4 0013 9253 7
Com base somente no que é expresso pelo texto, é correto afirmar que:
A Só acarreta benefícios ao indivíduo o fato de se formar depois de estudar bastante, pois o mercado vai absorver
a sua mão de obra.
B Para aumentar o rendimento nos estudos, é preciso dispensar a necessidade de ambiente de estudo confortável,
silencioso e sem distrações.
C Para fixar o aprendizado e aprimorar sua capacidade de articulação com as palavras, é fundamental que se faça a
leitura oralizada dos conteúdos estudados.
D O estudo individual permite a interação com o texto a fim de dirimir dúvidas e compartilhar informações coletivas
sobre as disciplinas.
E Com o intuito de perceber avanços e dificuldades no estudo de determinados conteúdos, convém realizar
simulados.
4 0013 9253 2
4 0013 8 93 53
4 0013 8 9274
Existe um tipo de palavra que varia em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha outra palavra,
estabelecendo relações de lógica discursiva, espaço e tempo. Analise a assertiva a seguir e indique a alternativa que atende
plenamente a colocação de todas as palavras - “É óbvio que eu ________ da melhor forma possível, assim que você ______,
mesmo que isso __________ o treinamento”.
4 0013 8 9272
As palavras “por mais” em “por mais que sejam legítimas as reivindicações dos alunos, algumas observações
são estapafúrdias” estabelecem entre as orações o sentido de:
A explicação.
B concessão.
C conclusão.
D comparação.
E consequência.
4 0013 8 9271
Para um uso e caz da língua oral e escrita, há que se considerar a relevância de palavras que servem para dar nome às
pessoas, às qualidades, aos sentimentos, aos objetos, aos lugares e a todos os seres, sejam reais ou imaginários. Desse
modo, palavras consideradas abstratas designam seres que não têm existência própria e palavras ditas concretas designam
seres que têm existência independente. Sendo assim, as palavras:
4 0013 8 9270
Sabe-se que houve um período em nosso país em que a televisão brasileira dispunha de alguns poucos canais abertos, com
poucas opções de entretenimento. Apesar dessa realidade pretérita, um eminente estudioso das novelas brasileiras a rma
que milhões de pessoas se divertiam à noite com esse produto. Durante um dos capítulos da última semana da história, até o
movimento de pessoas nos bares diminuía. Minha mãe alertava todos em casa ao início dos capítulos da última semana:
“Tem muita gente falando e temos somente um aparelho de TV! Calem-se! ”.
A língua portuguesa dispõe de uma classe de palavras que serve para indicar a quantidade exata de seres, ou a posição que
um ser ocupa numa determinada série. Nesse texto, a palavra “um”:
4 0013 8 9269
A leitura atenta da sentença “Hodiernamente, a sociedade parece mostrar empatia para discutir a inserção de povos
originários no mercado de trabalho” mostra uma possibilidade de determinadas palavras assumirem, num determinado
contexto, significação semelhante. Assim, a palavra “inserção” pode ser substituída, sem alteração de sentido, pela palavra:
A interlocução.
B impulsão.
C imposição.
D introjeção.
E inclusão.
4 0013 8 9266
Questão 112 Emprego das letras E I O U Emprego das letras G e J Emprego da letra X
Escrever palavras de forma ortográ ca (do grego ORTHOS = correta + GRAPHIA = escrita) é uma parte relevante da língua
escrita. Aperfeiçoar o emprego correto das letras na construção das palavras sugere o exercício constante da leitura e da
escrita.
Desse modo, a série de palavras que completa corretamente as lacunas da assertiva “Aquele ______ pode ser uma ______,
um ______, um ______ ou um ______” é:
4 0013 8 9263
O sol que entra pelas janelas no alto da sala ilumina o rosto das mulheres sentadas no carpete. No chão, as biogra as de
Michele Obama, Angela Davis, Conceição Evaristo e Elza Soares dão dicas do assunto que o projeto “Histórias Além
Muros” tratou na tarde da última quarta-feira. Sentadas em círculo, 14 presas na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na
Zona Oeste do Rio, seguram um pedaço de papel e uma caneta. Cada uma tentou, em poucas linhas, escrever parte de sua
história. Depois, leram a autobiogra a em voz alta e revelaram do que gostam e desgostam no mundo: “Quase não existe
coisa de que não gosto, porém, uma me fere a alma: a maldade do ser humano”, diz uma delas. “Mesmo estando em
situação carcerária, sou feliz, pois aqui aprendi o verdadeiro valor da vida”, conta outra. O ambiente reúne uma estante de
livros que ocupa uma parede inteira e almofadas espalhadas pelo chão. O espaço é dedicado à leitura e a re exões que as
palavras proporcionam. Cada encontro tem um tema e, para apresentar os livros, as educadoras explicam as características
dos gêneros, discutem os autores e realizam atividades relacionadas aos livros indicados. Os encontros ocorrem três vezes
por semana, duas vezes por dia, desde 2021.
A proposta veio do sonho de melhorar o acesso aos livros em penitenciárias brasileiras, em especial no Estado do Rio. O
acesso das presas à biblioteca não é tão simples. O agente penitenciário precisa estar disponível para levá-las e car lá, já
que elas não podem car sozinhas. Além disso, o acervo tem que ter pluralidade de estilos e vozes, considerando diferentes
graus de escolaridade. Para facilitar o processo de integração, a biblioteca, pensando no seu público, inclui obras com
personagens femininas e negras, por exemplo. E até a organização visa a tornar as obras mais atrativas: as publicações cam
com as capas viradas para a frente, para ajudar na escolha. Desde 2021, mais de 300 mulheres já passaram pelo projeto e
pegaram livros na biblioteca.
B contingente.
C concomitante.
D arbitrária.
E anárquica.
4 0013 8 9260
O sol que entra pelas janelas no alto da sala ilumina o rosto das mulheres sentadas no carpete. No chão, as biogra as de
Michele Obama, Angela Davis, Conceição Evaristo e Elza Soares dão dicas do assunto que o projeto “Histórias Além
Muros” tratou na tarde da última quarta-feira. Sentadas em círculo, 14 presas na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na
Zona Oeste do Rio, seguram um pedaço de papel e uma caneta. Cada uma tentou, em poucas linhas, escrever parte de sua
história. Depois, leram a autobiogra a em voz alta e revelaram do que gostam e desgostam no mundo: “Quase não existe
coisa de que não gosto, porém, uma me fere a alma: a maldade do ser humano”, diz uma delas. “Mesmo estando em
situação carcerária, sou feliz, pois aqui aprendi o verdadeiro valor da vida”, conta outra. O ambiente reúne uma estante de
livros que ocupa uma parede inteira e almofadas espalhadas pelo chão. O espaço é dedicado à leitura e a re exões que as
palavras proporcionam. Cada encontro tem um tema e, para apresentar os livros, as educadoras explicam as características
dos gêneros, discutem os autores e realizam atividades relacionadas aos livros indicados. Os encontros ocorrem três vezes
por semana, duas vezes por dia, desde 2021.
A proposta veio do sonho de melhorar o acesso aos livros em penitenciárias brasileiras, em especial no Estado do Rio. O
acesso das presas à biblioteca não é tão simples. O agente penitenciário precisa estar disponível para levá-las e car lá, já
que elas não podem car sozinhas. Além disso, o acervo tem que ter pluralidade de estilos e vozes, considerando diferentes
graus de escolaridade. Para facilitar o processo de integração, a biblioteca, pensando no seu público, inclui obras com
personagens femininas e negras, por exemplo. E até a organização visa a tornar as obras mais atrativas: as publicações cam
com as capas viradas para a frente, para ajudar na escolha. Desde 2021, mais de 300 mulheres já passaram pelo projeto e
pegaram livros na biblioteca.
B a rotina do presídio.
4 0013 8 924 9
Questão 115 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
O sol que entra pelas janelas no alto da sala ilumina o rosto das mulheres sentadas no carpete. No chão, as biogra as de
Michele Obama, Angela Davis, Conceição Evaristo e Elza Soares dão dicas do assunto que o projeto “Histórias Além
Muros” tratou na tarde da última quarta-feira. Sentadas em círculo, 14 presas na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na
Zona Oeste do Rio, seguram um pedaço de papel e uma caneta. Cada uma tentou, em poucas linhas, escrever parte de sua
história. Depois, leram a autobiogra a em voz alta e revelaram do que gostam e desgostam no mundo: “Quase não existe
coisa de que não gosto, porém, uma me fere a alma: a maldade do ser humano”, diz uma delas. “Mesmo estando em
situação carcerária, sou feliz, pois aqui aprendi o verdadeiro valor da vida”, conta outra. O ambiente reúne uma estante de
livros que ocupa uma parede inteira e almofadas espalhadas pelo chão. O espaço é dedicado à leitura e a re exões que as
palavras proporcionam. Cada encontro tem um tema e, para apresentar os livros, as educadoras explicam as características
dos gêneros, discutem os autores e realizam atividades relacionadas aos livros indicados. Os encontros ocorrem três vezes
por semana, duas vezes por dia, desde 2021.
A proposta veio do sonho de melhorar o acesso aos livros em penitenciárias brasileiras, em especial no Estado do Rio. O
acesso das presas à biblioteca não é tão simples. O agente penitenciário precisa estar disponível para levá-las e car lá, já
que elas não podem car sozinhas. Além disso, o acervo tem que ter pluralidade de estilos e vozes, considerando diferentes
graus de escolaridade. Para facilitar o processo de integração, a biblioteca, pensando no seu público, inclui obras com
personagens femininas e negras, por exemplo. E até a organização visa a tornar as obras mais atrativas: as publicações cam
com as capas viradas para a frente, para ajudar na escolha. Desde 2021, mais de 300 mulheres já passaram pelo projeto e
pegaram livros na biblioteca.
4 0013 8 924 8
As opções a seguir apresentam um adjetivo sublinhado. Assinale aquela em que esse adjetivo foi substituído por uma
oração adjetiva adequada.
A Ouso afirmar que são os homens, e não as mulheres, os culpados pela maioria dos casamentos infelizes /
que denunciam a culpa do parceiro.
D O casamento, se queres saber a verdade, é um mal, mas um mal necessário / de que se prescinde.
4 0013 8 9195
As preposições em língua portuguesa podem ser nocionais, quando colaboram semanticamente com a frase, e
gramaticais, quando são exigidas pela regência de algum termo anterior.
4 0013 8 9194
Questão 118 Acentuação Gráf ica Semântica Relações de signif icação entre as palavras
Algumas vezes ocorrem duas palavras idênticas na gra a, mas diferentes na acentuação tônica como, por exemplo, crédito
e credito (do verbo creditar). As palavras sublinhadas nas frases abaixo são idênticas gra camente a outras palavras, mas
com acentuação tônica diferente e diferente significado.
Assinale a frase cuja palavra sublinhada mostra outra acentuação, mas com o mesmo significado.
B Ninguém ousa dizer adeus aos próprios hábitos. Muitos suicidas se detiveram no limiar da morte ao pensar no
café onde vão jogar todas as noites sua partida de dominó.
4 0013 8 9193
Assinale a frase em que o adjetivo sublinhado mostra uma função sintática diferente da que mostra nas demais frases.
A O hábito torna suportáveis até as coisas assustadoras.
4 0013 8 9192
As opções a seguir apresentam orações subordinadas adverbiais. Assinale aquela em que a classificação dada está correta.
B Quando se tem tudo para temer, não se deve temer nada / oração condicional.
C Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável / oração consecutiva.
D Algumas pessoas foram consideradas corajosas porque tinham medo de fugir / final.
4 0013 8 9191
Em todas as frases abaixo está sublinhado o advérbio “não” ou “nunca”; todas essas frases foram reescritas de forma a
eliminar esses advérbios, mas conservando o sentido original.
A Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável / Nada há de tão absurdo que o hábito não torne
aceitável.
B Não existe nada mais forte que o hábito / Nada é mais forte que o hábito.
C As mudanças nunca ocorrem sem inconvenientes / As mudanças sempre ocorrem com inconvenientes.
D A coragem é filha da prudência, não da temeridade / A coragem é filha da prudência, mas sim da temeridade.
E E amanhã não seremos o que fomos nem o que somos / E amanhã seremos diferentes do que fomos e do que
somos.
4 0013 8 9190
Na frase “Ninguém ousa dizer adeus aos próprios hábitos. Muitos suicidas se detiveram no limiar da morte ao pensar no
café onde vão jogar todas as noites sua partida de dominó” há um pronome possessivo sublinhado, cujo valor é o de
A indefinição.
B designação de um hábito.
C de deferência e respeito.
D aproximação numérica.
E propriedade material.
4 0013 8 918 9
“Consta que o mundo muda constantemente e, na Natureza, ser constante seria uma inconstância”.
Nessa frase foram sublinhadas quatro palavras da mesma família, mas de classes gramaticais diferentes.
Assinale a opção em que foram indicadas, na mesma ordem de classes, quatro palavras da mesma família.
4 0013 8 918 5
Em muitos adjetivos pátrios compostos, o primeiro termo mostra uma forma alatinada e reduzida.
Assinale a opção em que o adjetivo citado corresponde corretamente aos países indicados.
4 0013 8 918 3
Os adjetivos podem indicar qualidades positivas ou negativas, características, estados ou relações dos substantivos.
4 0013 8 918 2
Assinale a frase em que os termos sublinhados não mostram, em caso de troca de posição dos termos, mudança de
significado.
A Marinheiro valente.
B Bom homem.
C Grande sujeito.
D Pobre professor.
E Simples funcionário.
4 0013 8 918 1
4 0013 8 9179
4 0013 8 9175
Observe o trecho seguinte: “A compra desses livros, mesmo que estejamos num país sem in ação exagerada, nos ensina a
valorizar nosso dinheiro, só o empregando em necessidades reais.”
A visto que.
B além do que.
C desde que.
D ainda que.
E mais do que.
4 0013 8 9174
A maioria das palavras mostra vários significados (polissemia), o que também ocorre com as preposições.
Indique a frase em que a preposição PARA tem seu significado corretamente indicado.
4 0013 8 9173
4 0013 8 9172
Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de forma errada.
A Seis horas de sono, seis horas no estudo das leis, quatro passadas em oração, as restantes dedicadas à natureza.
C O futuro é algo que todos nós atingimos à velocidade de sessenta minutos por hora.
D À medida que tenho menos tempo para praticar as coisas, menos curiosidade tenho por aprendê-las.
4 0013 8 9171
Assinale a frase em que o segmento sublinhado foi substituído de forma conveniente por um particípio.
A Qualquer pessoa que não tem senso de humor está à mercê de todos / desprovida de.
B Os empresários que não têm dinheiro, recorrem aos empréstimos bancários / encarecidos de.
D Os clientes que não têm possibilidades de locomoção, sobem pelas escadas rolantes / impossíveis.
E Aquele que não tem motivo para pedir ajuda, deve ficar quieto / desmotivado.
4 0013 8 9170
À Beça
Gumercindo Bessa (1859-1913), jornalista e jurista alagoano, foi adversário de Rui Barbosa na Questão Acreana, em que o
Estado do Amazonas pretendia incorporar o Território do Acre. Bessa venceu a questão em favor do Acre, apresentando
argumentos irrefutáveis e numa quantidade impressionante.
Posteriormente, mas não muito, Rodrigues Alves (Presidente do Brasil de 1902 a 1906) diria a um cidadão que lhe
apresentava um pedido com justi cativas in ndáveis: “O senhor tem argumentos à Bessa”. A partir daí, popularizou-se a
expressão à beça com o sentido de uma grande quantidade ou intensidade.
4 0013 8 9169
Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado teve sua posição alterada em relação ao trecho original, mantendo-se a
correção da norma-padrão de colocação pronominal da língua portuguesa:
4 0013 8 5925
Todas as opções abaixo mostram frases interrogativas; aquela que mostra valor exclamativo é:
D Por que me dão um corpo se tenho que mantê-lo fechado em uma maleta como um violino muito raro?
4 0013 8 4 8 25
B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
4 0013 8 4 8 24
No início dos anos 1930, o câncer de pulmão assume um lugar de cada vez maior importância entre as causas de mortes.
Estudos aprofundados mostraram de forma irretocável as relações existentes entre esse tipo de câncer e o hábito de fumar:
1. Se é certo que algumas pessoas, ainda que nunca tenham fumado, podem ser atingidas por esse mal, não é menos
verdade que, entre os fumantes inveterados, a proporção de doentes é vinte vezes mais elevada que nos outros;
2. O câncer de pulmão é veri cado de forma mais frequente entre os habitantes das grandes cidades do que nos que
habitam a zona rural. O aumento da taxa de mortes se localiza sobretudo entre os fumantes de cigarros, porque sabemos
que eles são mais numerosos nas cidades que no campo;
3. Finalmente, as pesquisas referentes ao câncer de pulmão entre os fumantes levaram ao estudo de outras doenças
causadoras de mortes. Foi percebido que, entre estas últimas, duas atingiam particularmente os fumantes de cigarros: a
bronquite e a trombose coronariana.
Conclusão: De fato, o homem que fuma vinte cigarros por dia, ou mais, vê sua expectativa de vida diminuir cinco anos. Se
ele fuma quarenta cigarros ou mais, a diferença pode atingir oito anos.
A os três parágrafos numerados (1, 2 e 3) são apresentados partindo do menos importante para o mais importante;
C o parágrafo com o nº 3 introduz uma opinião do autor do texto e não proveniente dos estudos citados;
4 0013 8 4 8 22
Antes de mais nada, defendendo a natureza, o homem defende o homem: satisfaz, assim, o instinto de conservação da
espécie. As numerosas agressões pelas quais se sente culpado em relação ao meio natural (em relação ao meio ambiente,
como se tem o costume de dizer) não passam sem consequências funestas para a saúde e para a integridade de seu
patrimônio hereditário.
Lembremos que, por causa da poluição radioativa em função das explosões de bombas nucleares, todos os habitantes do
planeta, sobretudo os jovens, trazem em seus esqueletos átomos de metal radioativo; por causa do uso abusivo de
inseticidas, o leite de todas as mães contém certa dose do pernicioso DDT! Proteger a natureza é, portanto, em primeiro
lugar realizar uma tarefa de higiene planetária.
A o termo “antes de mais nada” mostra que o autor do texto vai apresentar inicialmente um argumento de
menor importância;
D o termo “por causa de” é seguido por uma consequência de um fato antes de sua causa;
E o termo “portanto”, na penúltima linha, introduz uma explicação de uma informação anterior.
4 0013 8 4 8 21
A frase que mostra um problema de construção por haver trocado o emprego entre dois parônimos, é:
E Havia dormido mal e estava com humor pouco social (social / sociável).
4 0013 8 4 8 20
B Se Heitor perder o ônibus, ele vai chegar atrasado / Heitor chegou atrasado / Heitor perdeu o ônibus;
C A tevê fica acesa ou apagada / A tevê não está apagada / A tevê está acesa;
D Todos os computadores têm teclas / Isso que aí está é um computador / Isso que aí está tem teclas;
E Toda instituição humana é imperfeita / As formas de governo são instituições humanas / As formas de governo
são imperfeitas.
4 0013 8 4 8 19
Questão 142 Método de raciocínio indutivo
B Os alunos desta sala devem fazer os deveres e como você é aluno, deve fazer também;
C Os meninos da minha idade ficam na rua até as 22h, eu também quero ficar na rua até essa hora;
4 0013 8 4 8 17
“Durante anos, nos Estados Unidos, houve alertas contra os perigos da obesidade. Para satisfazer as necessidades
daqueles que cuidam da linha de maneira draconiana, os fabricantes de alimentos lotaram as prateleiras dos supermercados
de produtos com baixa ou nenhuma gordura. Entretanto, nos dias atuais, alguns estudos apontam exatamente esses
alimentos como causa da obesidade americana. Como esses alimentos não trazem saciedade aos consumidores, isso os
leva a comer mais. Daí que as pessoas sejam levadas a consumir um pacote inteiro de batatas fritas com baixa ou nenhuma
gordura enquanto teria comido somente metade de um pacote de fritas clássicas.”
4 0013 8 4 8 16
“Nos Estados Unidos, aumentar o limite de velocidade de 80 km para 100 km nas rodovias interestaduais é muito perigoso e
eleva o número de acidentes fatais. Cada vez em que foi aumentado esse limite nas rodovias, o número de mortes também
cresceu. O Estado do Maine, por exemplo, aumentou o limite de velocidade para 100 km em novembro último, e em
dezembro ocorreram mais acidentes que em todos os demais meses desse mesmo ano.
O número de mortos em dezembro e em janeiro seguinte foi 18% maior do que no mês de novembro.”
Entre as críticas abaixo sobre a argumentação apresentada nesse pequeno texto, a única impertinente é:
A não foi explicado o porquê de a limitação de velocidade anterior ser de 80 km;
B não foi explicitado se o número de acidentes no Maine se refere às rodovias interestaduais ou a todas as
rodovias;
C há festas importantes no Maine que atraem muitos turistas nessa época, que não foram consideradas;
4 0013 8 4 8 15
“Não se surpreenda se o verão deste ano for muito rigoroso. A última vez em que o verão foi muito quente ocorreu há
doze anos e a vez anterior também ocorreu doze anos antes. Preparese, portanto, para o calor!”
B um gráfico que compare as temperaturas deste verão com as dos últimos 36 meses;
4 0013 8 4 8 13
A trata-se de uma frase argumentativa, com uma tese e argumentos que a defendem;
B mostra uma posição ideológica favorável à crença tradicional de que há vida após a morte;
4 0013 8 4 8 12
Quatro das opções abaixo mostram um termo sublinhado, pronome ou advérbio; a frase em que ocorre valor
interrogativo (interrogação indireta) desse termo, é:
B Oração é quando você fala com Deus, meditação é quando você escuta Deus;
C Homens não rejeitam a Bíblia porque ela contradiz a si mesma, mas porque ela os contradiz;
D Uma escola dominical é uma prisão onde as crianças pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais;
E Os pecadores estão tão distantes de Deus que não sabem nem mesmo que pedidos lhe fazer.
4 0013 8 4 8 08
O pensamento cuja estruturação é diferente das demais por não apresentar uma oposição entre as orações é:
A Na paz os filhos enterram seus pais, na guerra os pais enterram seus filhos;
4 0013 8 4 8 07
4 0013 8 4 8 06
Observe a seguinte frase argumentativa: “Você não é um ser humano em busca de uma experiência espiritual. Você é um
ser espiritual imerso em uma experiência humana”. (Teilhard de Chardin)
B apresenta uma tese oposta, seguida de uma tese própria, sem a inclusão de argumentos;
C traz uma tese antecedida de um argumento, apoiado na autoridade de seu autor, um famoso filósofo;
D parte de uma negação para uma afirmação, empregando termos antônimos nessa oposição;
4 0013 8 4 8 05
Questão 151 Emprego do artigo def inido Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Os artigos de nidos indicam uma realidade conhecida; a frase abaixo em que o artigo sublinhado acompanha uma
realidade que é do conhecimento do leitor ou ouvinte, não por seu conhecimento de mundo, mas por ter sido mencionado
antes, é:
D Quando os piratas esconderam o imenso tesouro na ilha, não esperavam que a riqueza fosse atrair a atenção de
outros navegantes;
4 0013 8 4 8 04
Questão 152 Orações subordinadas adverbiais justapostas Período composto por coordenação e subordinação
Em todas as opções abaixo há uma frase composta de duas orações; a opção em que a relação entre elas é de
justaposição, ou seja, não mostra relação de coordenação ou subordinação, é:
B Um estadista é um político que se coloca a serviço da nação. Um político é um estadista que coloca a nação a
seu serviço;
4 0013 8 4 8 03
“Academia Brasileira de Letras (ABL) - É uma instituição literária brasileira fundada na cidade do Rio de Janeiro em 20 de
julho de 1897 pelos escritores Machado de Assis, Lúcio de Mendonça, Inglês de Sousa, Olavo Bilac, Afonso Celso, Graça
Aranha, Medeiros e Albuquerque, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Ruy Barbosa. É composta por
quarenta membros efetivos e perpétuos (por isso alcunhados imortais) e por vinte sócios estrangeiros.
Tem por objetivo o cultivo da língua portuguesa e da literatura brasileira. É-lhe reconhecido o mérito por esforços históricos
em prol da unificação do idioma, do português brasileiro e do português europeu.
A instituição é responsável pela edição de obras de grande valor histórico e literário, e atribui diversos prêmios literários. A
ABL remonta ao nal do século XIX, quando escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia nacional nos
moldes da Academia Francesa.”
Com base no texto informativo acima, retirado da Wikipédia, a marca característica desse tipo de texto, que é
destacada corretamente, é o(a):
A presença de apostos, que esclarecem termos anteriores: “por isso alcunhados imortais”;
B uso de conectores lógicos com valor explicativo: “esforços históricos em prol da unificação do idioma, do
português brasileiro e do português europeu”;
C emprego de comparações explicativas: “escritores e intelectuais brasileiros desejaram criar uma academia
nacional nos moldes da Academia Francesa”;
E presença de termos relacionados por causa e consequência: “A instituição é responsável pela edição de obras de
grande valor histórico e literário, e atribui diversos prêmios literários”.
4 0013 8 4 8 02
“Joaquim Carneiro nasceu em 1910, em Vila Nova, Portugal, uma pequena cidade onde seu pai possuía uma carpintaria de
pequena importância, a qual pretendia deixar como herança ao lho único; mas as disposições que ele manifestou
prematuramente para os estudos modificaram as expectativas paternas.”
4 0013 8 4 8 01
4 0013 8 4 8 00
4 0013 8 4 3 8 5
Questão 157 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Mudança de posição de vocábulos
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
“Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais
e econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes.”
Uma proposta de reescritura da passagem do texto 2 destacada acima na qual NÃO se veri ca erro relativo ao emprego
dos sinais de pontuação é:
A A cidade é nesse contexto, o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos
físicos, sociais e econômicos, tendo assim como protagonista a biologia dos seus habitantes.
B Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos
físicos, sociais e econômicos, tendo, como protagonista, a biologia dos seus habitantes.
C Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos
físicos, sociais e econômicos, tendo assim, como protagonista a biologia dos seus habitantes.
D Nesse contexto, a cidade, é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos
físicos, sociais e econômicos, assim tendo como protagonista, a biologia dos seus habitantes.
E Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos
físicos, sociais e econômicos, tendo, a biologia dos seus habitantes, como protagonista.
4 0013 8 1727
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
Em cada alternativa abaixo, apresenta-se a reescritura de alguma passagem do texto 2. A alternativa em que essa reescritura
NÃO gerou erro no uso do acento grave no elemento sublinhado é:
A Nesse contexto, a cidade se deve à uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos,
sociais e econômicos.
B De fato, segmentos populacionais menos privilegiados combinam um ambiente mais hostil com mais
comorbidades, deficiência nutricional, menor acesso à informações.
E No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando a população
mais vulnerável é forçada à assumir dois ou mais empregos.
4 0013 8 1725
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças
infecciosas) com mais comorbidades, de ciência nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à
saúde em si – não apenas física como também mental. [...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato
mais técnico do levantamento epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas
e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
“As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de
nossos antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a xação da população humana em
cidades.”
A reescritura da passagem do texto 2 acima na qual NÃO se veri ca nenhum desvio em relação à norma padrão do
português é:
A O surgimento das cidades se deveu a necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o
modo de vida de nossos antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter
alimentos por meio de técnicas agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes propiciou o crescimento e
a fixação da população humana em cidades.
B O surgimento das cidades pode ser atribuído a necessidade de sobrevivência da espécie humana. Tornou-se
imperioso em regiões nas quais o modo de vida de nossos antepassados caçadores/coletores não era possível,
obter alimentos por meio de técnicas agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o
crescimento e a fixação da população humana em cidades.
C As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões que o modo de vida de
nossos antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imprescindível obter alimentos por meio
de técnicas agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da
população humana em cidades.
E O surgimento das cidades decorreu da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões nas quais
o modo de vida de nossos antepassados caçadores/coletores não era viável, tornou-se imperiosa a obtenção de
alimentos por meio de técnicas agropecuárias. Graças ao aumento da produção de nutrientes, tornaram-se
possíveis o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
4 0013 8 1723
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
Embora o texto 2 apresente uma linguagem predominantemente objetiva, diversas passagens exibem marcas da
subjetividade do enunciador.
Dentre as alternativas abaixo, a única em que o elemento sublinhado NÃO é uma marca de subjetividade é:
A “Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social.”
B “Ou seja, urge otimizar as valiosas metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais”
C “Consagrado em Medellín, [...] o urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas
cidades.”
E “Sabe-se que não são apenas as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de
confiança, com articulação comunitária construída na vida coletiva e no exercício cidadão”
4 0013 8 1721
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
O texto 2 apresenta uma linguagem predominantemente objetiva, por meio da qual se busca ocultar a presença
do enunciador.
Uma estratégia gramatical adotada para esse fim consiste no emprego de:
B orações adjetivas, como se vê em “De fato, segmentos populacionais menos privilegiados, que ocupam, em
sua maioria, as periferias urbanas [...]”;
C voz passiva sintética, como se vê em “Sabe-se que não são apenas as intervenções físicas que transformam o
território”;
D modalizadores, como se vê em “Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas
ruas das cidades mundo afora”;
E locuções adverbiais, como se vê em “No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de
morbidades a pesar na sociedade”.
4 0013 8 1720
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
“No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando, por força da
baix a remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma renda
condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior sofrimento para
mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no ambiente adverso,
com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar, evasão e baixa
qualificação – perpetuando assim tal ciclo negativo.” (Texto 2)
4 0013 8 1719
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de nossos
antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo o
adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais e
econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais menos
privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia precária, mau
saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades, de ciência
nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como também mental.
[...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou elevada
exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de um
transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...] o
urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as valiosas
metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção de
infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não são apenas
as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação comunitária
construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção,
desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é
valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
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Ao estabelecer um diálogo com um texto cronologicamente anterior, o título do texto 2 ilustra o fenômeno
da intertextualidade.
4 0013 8 1718
Questão 164 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Texto 2
As cidades surgiram da necessidade de sobrevivência da espécie humana. Em regiões onde o modo de vida de
nossos antepassados caçadores/coletores não era possível, tornou-se imperioso obter alimentos por meio de técnicas
agropecuárias. O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades.
[...]
Porém, junto com as aglomerações vieram o saneamento precário e a proliferação de patógenos que trouxeram consigo
o adoecimento. Talvez seja válido dizer que Logos e Páthos caminham de braços dados pelas ruas das cidades mundo
afora.
[...]
Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança, ambientes urbanos físicos, sociais
e econômicos, tendo como protagonista a biologia dos seus habitantes. De fato, segmentos populacionais
meno s privilegiados, que ocupam, em sua maioria, as periferias urbanas, combinam um ambiente mais hostil (moradia
precária, mau saneamento, maior exposição à poluição do ar e risco de doenças infecciosas) com mais comorbidades,
de ciência nutricional, menor acesso à informação, à educação e, sem dúvida, à saúde em si – não apenas física como
também mental. [...]
No Brasil, as doenças mentais são o terceiro maior conjunto de morbidades a pesar na sociedade [...]. Um estudo
epidemiológico conduzido na região metropolitana de São Paulo mostra que aproximadamente 40% da população urbana
preencheu critérios para ao menos um diagnóstico psiquiátrico ao longo da vida [...]. Exposição ao ambiente urbano e
privação social foram associados como fatores de risco para todas as condições mentais [...]
Nas favelas, outra questão que se impõe é a da violência urbana. Um estudo epidemiológico sobre o tema mostrou
elevada exposição da população a eventos traumáticos (86%), dos quais 11% apresentariam risco para desenvolvimento de
um transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), sendo que as mulheres teriam um risco três vezes maior do que homens
nesse aspecto. Chama atenção no estudo, o fato de que 35% dos casos identi cados de TEPT foram desencadeados pela
perda inesperada de um ente querido e 40% devido à violência interpessoal.
Um outro estudo de natureza qualitativa soma a esse panorama, já desolador, o elemento da coerção social. Em muitas
dessas comunidades, o poder do arbítrio e o uso da violência como instrumento de controle social, funções atribuídas ao
Estado, são complementados – quando não completamente substituídos – pelas sociedades dedicadas ao trá co de
drogas e o crime organizado. [...] Em uma complementaridade pungente ao relato mais técnico do levantamento
epidemiológico, o estudo qualitativo dá voz ao sofrimento principalmente de mães, esposas e cuidadoras em geral [...]
Contudo, o ambiente urbano desa a a saúde mental para além dos seus aspectos sociais, envolvendo questões físicas e
materiais como a poluição ambiental e sonora; o espraiamento das cidades e a necessidade de longos períodos de
deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa; e, ainda, a progressiva substituição da paisagem natural pela chamada
“selva de concreto”. No caso dos longos deslocamentos diários casa-trabalho-casa, eles podem ser agravados quando,
por força da baixa remuneração, a população mais vulnerável tem que assumir dois ou mais empregos para garantir uma
renda condizente. Isso se traduzirá em mais horas de afastamento do domicílio, da família e dos lhos, com maior
sofrimento para mulheres e crianças. Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no
ambiente adverso, com pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar,
evasão e baixa quali cação – perpetuando assim tal ciclo negativo. A evolução dos transtornos mentais reforça a
percepção da relevância do amparo à infância como o meio mais efetivo de prevenção desses males. Metade desses
transtornos identi cados em adultos tiveram seu início antes dos 15 anos de idade – e a maioria começa antes dos 20 anos.
[...]
[...]
Nesse sentido, os programas do urbanismo social podem ser instrumento poderoso. [...] Consagrado em Medellín, [...]
o urbanismo social é um modelo que pode e deve ganhar maior robustez nas cidades. Ou seja, urge otimizar as
valiosas metodologias do urbanismo social para além de seus focos essenciais – urbanização do território, promoção
d e infraestruturas urbanas, habitação social, equipamentos e serviços públicos, mobilidade etc. [...] Sabe-se que não
s ã o apenas as intervenções físicas que transformam o território, mas o tecido social de con ança, com articulação
comunitária construída na vida coletiva e no exercício cidadão. Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve
à promoção, desde o início do processo, dos espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida
comunitária é valorizada.
[...]
Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos sociais
coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é também promover o
direito à saúde mental. Assim, reciclando a célebre citação do poeta italiano Juvenal, que no século I já pedia uma mente sã
em um corpo são, cabe-nos trabalhar para promover um ambiente são de modo que mentes-corpos periféricos tenham
mais condições de saúde.
Disponível em https://piaui.folha.uol.com.br/cidade-sa-mente-sa/
O texto 2 tem caráter argumentativo. A passagem que melhor sintetiza sua tese central é:
B “O aumento da produção de nutrientes permitiu o crescimento e a fixação da população humana em cidades” (1º
parágrafo)
C “Os pequenos, necessitados de uma presença parental mais efetiva, crescerão no ambiente adverso, com
pouca supervisão, disso resultando, entre outros problemas, um reduzido aproveitamento escolar, evasão e
baixa qualificação” (7º parágrafo)
D “Não à toa, o sucesso de Medellín em grande parte se deve à promoção, desde o início do processo, dos
espaços públicos e dos grandes equipamentos públicos onde a vida comunitária é valorizada.” (8º parágrafo)
E “Melhorar as condições de vida dos habitantes das favelas de modo integral, considerando sempre os aspectos
sociais coletivos que impõem diversos tipos de sofrimentos mentais individuais, e ampliar o direito à cidade é
também promover o direito à saúde mental.” (9º parágrafo)
4 0013 8 1704
Questão 165 Substituição de palavras ou trechos do texto Equivalência entre locuçõespalavras e entre conectivos
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas
ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população.”
A Desde que haja outras experiências dentro e fora do Brasil, comprova-se que há relação entre velocidades
menores e menos mortes. Ainda falta, entretanto, comunicar efetivamente esses dados à população.
B Por meio de outras experiências dentro e fora do Brasil, foi comprovada a relação entre velocidades menores e
menos mortes, sendo assim ainda falta comunicar efetivamente esses dados aos cidadãos.
C Conforme demonstrado por outras experiências dentro e fora do Brasil, existe relação entre, de um lado,
velocidades menores e, de outro, menos mortes. Ainda falta, no entanto, comunicar efetivamente esses dados à
população.
D Em havendo outras experiências dentro e fora do Brasil, comprova-se a relação entre velocidades menores e
menos mortes, portanto ainda falta comunicar efetivamente esses dados à população.
E Comprovando a existência de relação entre velocidades menores e menos mortes, outras experiências dentro e
fora do Brasil ainda devem ser comunicadas efetivamente à população.
4 0013 8 1702
Questão 166 Substituição de palavras ou trechos do texto Equivalência entre locuçõespalavras e entre conectivos
Conjunções coordenativas explicativas
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado que a redução da velocidade
máxima não tem impacto na velocidade média.” (Texto 1)
Embora os dois períodos da passagem acima não estejam ligados por meio de um conectivo, é possível observar que
existe entre eles uma relação lógico-semântica específica.
A À medida que é preciso mudar a visão de que “a velocidade vai fazer eu chegar primeiro”, já fica provado que a
redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média.
B É preciso mudar a visão de que “a velocidade vai fazer eu chegar primeiro”, pois já está provado que a redução
da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média.
C Ainda que seja preciso mudar a visão de que “a velocidade vai fazer eu chegar primeiro”, já está provado que a
redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média.
D É preciso mudar a visão de que “a velocidade vai fazer eu chegar primeiro”; consequentemente, já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média.
E É preciso mudar a visão de que “a velocidade vai fazer eu chegar primeiro”, desde que já esteja provado que a
redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média.
4 0013 8 1701
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
Nesse fragmento do texto 1, um verbo flexionado no futuro do pretérito veicula um significado específico.
Dentre as frases abaixo, aquela em que o verbo sublinhado apresenta o mesmo valor semântico observado na
passagem acima é:
4 0013 8 1700
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“Se antes era um elemento presente no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.”
A conjunção “se” expressa, primariamente, ideia de condição. Em alguns casos, contudo, um valor semântico adicional se
soma a esse significado mais básico.
A concessão;
B consequência;
C conformidade;
D proporção;
E explicação.
4 0013 8 1698
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“’Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades’, explica.”
Nessa passagem do texto 1, o emprego do itálico em “redução” e “readequação” cumpre a função de:
A atenuar o impacto das palavras destacadas, dada sua relevância para o texto;
B indicar que os termos em destaque foram usados de forma imprecisa ou pouco usual;
C indicar que as palavras em destaque são termos técnicos, pertencendo a um jargão profissional especializado;
D marcar que os itens destacados fazem referência a palavras específicas, e não a conceitos;
4 0013 8 1697
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de
velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos
limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
Em diversas passagens do texto 1, um pronome pessoal é empregado com sentido genérico, isto é, em referência a
um conjunto indeterminado de indivíduos (e não em referência apenas aos interlocutores).
A “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, enfim tu
consegues prever o que vai acontecer.”
C “‘Acelerar significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo’.”
E “Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você’.”
4 0013 8 1696
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de
velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos
limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021.”
Levando-se em conta tanto o signi cado individual das palavras sublinhadas na passagem do texto 1 destacada acima
quanto o contexto mais amplo do texto 1, é possível definir a expressão “mobilidade ativa” como:
E eliminação de gargalos.
4 0013 8 1695
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
“‘Por isso, estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades’, explica.”
Essa passagem destacada do texto 1 faz referência à substituição do termo “redução” pelo termo “readequação” no debate
sobre os limites de velocidade no trânsito.
C metade da população concorda que limites de velocidade mais baixos acarretariam menos óbitos;
4 0013 8 1694
Questão 173 Função ref erencial inf ormativa ou denotativa Função f ática
Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
Disponível em: https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagemmatinal/reduzir-velocidade-nas-cidades-
brasileiras/
Do ponto de vista da organização estrutural, observa-se no texto 1 uma oposição entre, de um lado, o
blo co introdução/conclusão (parágrafos 1, 2 e 13) e, de outro, o bloco do desenvolvimento (parágrafos 3 a 12). Essa
oposição decorre da predominância, em cada um desses blocos, de estratégias composicionais distintas.
A alternativa que captura corretamente a oposição entre as estratégias composicionais predominantes em cada um
desses blocos, respectivamente, é:
4 0013 8 1692
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de 2021.
Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da família,
tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento presente
no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução das
velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido desde
2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O sucesso
da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de 52% no
número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando o
exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira de
transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente, mas
constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está provado
que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos. Acelerar
significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave na
mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade. “Ainda
habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro. Para as
pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não teve
sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as coisas
de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para trás o
hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
O trecho do texto 1 destacado na passagem acima corresponde a uma tese. A alternativa em que um dado estatístico
é apresentado como argumento em favor dessa tese é:
A “Quanto menor a velocidade, menos lesões, menos lesões graves e menos mortes.”
B “O sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi verificado no ano seguinte, quando a cidade registrou
uma queda de 52% no número de mortes nas duas marginais.”
C “Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa terceirizada revelou que 82% dos
entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito.”
D “Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que isso evitaria mais óbitos, mas 8
em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.”
E “Em São Paulo, houve forte resistência em diferentes setores da sociedade logo após a decisão de reduzir a
velocidade nas marginais.”
4 0013 8 1691
Texto 1
Menos mortes e engarrafamentos: movimento quer reduzir a velocidade nas cidades brasileiras (adaptado) Por Marcela
Donini e Tiago Medina
Mais que uma mudança de cidade e país, a vida da fonoaudióloga Paula Dallegrave Priori mudou de estilo a partir de
2021. Acompanhada do marido e da lha, então com menos de 3 anos, ela trocou Porto Alegre por Barcelona. O carro da
família, tão necessário para deslocamentos na capital gaúcha, cou do lado de cá do oceano. Se antes era um elemento
presente no cotidiano, tornou-se anacrônico na nova cidade.
“A percepção do trânsito em relação a Porto Alegre é bem clara: aqui é muito melhor. Não percebemos o ambiente tóxico
que é o trânsito aí”, compara ela, usuária frequente do metrô, além de pedestre habitual. Aliás, caminhar na rua com a lha é,
agora, mais tranquilo. “Os carros não andam em alta velocidade, respeitam o pedestre, faixa de trânsito, usam a seta, en m
tu consegues prever o que vai acontecer.”
Tendência em cidades que são exemplo em mobilidade ativa, a redução de velocidade foi decretada pelo governo
espanhol em maio de 2021. Desde então, os limites na maioria das vias urbanas de todas as cidades espanholas são de até
30 km/h [...].
Um movimento no Brasil quer entrar nessa onda e readequar os limites nas vias das cidades de todo o país. A União de
Ciclistas do Brasil (UCB), em parceria com outras entidades como a Fundação Thiago Gonzaga, propõe uma alteração no
Código de Trânsito Brasileiro que xaria em 60km/h o máximo permitido nas vias de trânsito rápido e 50km/h nas vias
arteriais. [...] O máximo para vias coletoras e locais permaneceria em 40km/h e 30 km/h.
[...]
O documento publicado pela entidade apoia-se ainda em experiências brasileiras e estrangeiras nas quais a redução
das velocidades levou a maior segurança no trânsito. São Paulo, por exemplo, fez alterações signi cativas nesse sentido
desde 2011. Em 2015, foram reduzidos os limites em duas das principais vias expressas, as marginais Tietê e Pinheiros [...]. O
sucesso da operação, destaca o relatório da UCB, foi veri cado no ano seguinte, quando a cidade registrou uma queda de
52% no número de mortes nas duas marginais.
Outras experiências dentro e fora do Brasil comprovam a relação entre velocidades menores e menos mortes, mas ainda
falta comunicar efetivamente esses dados à população. Uma pesquisa de opinião encomendada pela UCB a uma empresa
terceirizada revelou que 82% dos entrevistados conhecem alguém que morreu no trânsito, e 9 em cada 10 consideram alto
o número de mortes nas vias brasileiras. Quando a questão são limites de velocidade mais baixos, metade concorda que
isso evitaria mais óbitos, mas 8 em cada 9 deixaram de citar a redução dos limites como fator importante para essa queda.
[...] “As pessoas sempre pensam que vão ter perda se forem mais devagar. Ao contrário, o trânsito ui melhor”, diz, citando
o exemplo da ponte Rio-Niterói, onde o limite passou de 110km/h para 80km/h e houve melhoria na uidez. “Por isso,
estamos deixando de falar em redução, e usando o termo readequação de velocidades”, explica.
Ana Luiza Carboni, coordenadora do projeto Vias Seguras, destaca uma ilustração didática aprendida com a engenheira
de transportes e professora da Universidade Federal de Alagoas Jessica Lima. “Pense em uma torneira aberta, com ralo
pequeno. Se você abrir toda a torneira, a água vai acumular. Se abrir menos, ela vai escoar, vai passar mais lentamente,
mas constantemente”, exempli ca. “É preciso mudar a visão de que ‘a velocidade vai fazer eu chegar primeiro’. Já está
provado que a redução da velocidade máxima não tem impacto na velocidade média. As cidades são feitas de gargalos.
Acelerar significa apenas que você vai chegar mais rápido num gargalo”, completa.
[...]
Status do carro
Em cidades planejadas para o carro, não à toa a população mais vulnerável no trânsito são pedestres, ciclistas e
motociclistas – e dentro desse grupo, as vítimas mais comuns são pessoas negras, destaca Carboni.
Para a engenheira civil e gerente de mobilidade ativa do WRI, Paula Manoela dos Santos, a questão geracional é chave
na mudança de visão que ainda precisa ser feita para o carro deixar de ser visto como o elemento central na mobilidade.
“Ainda habita em nós uma questão de status do carro. A bicicleta é vista como veículo só no Código de Trânsito Brasileiro.
Para as pessoas, nem sempre. Diria que até é um pouco marginalizada, como considerar que quem anda de bicicleta não
teve sucesso”, diz.
Carboni sabe bem do que Santos está falando. A ativista, que não tem carro há oito anos, costuma contar a história de suas
idas ao mercado: “Na hora de pagar, sempre perguntam se tenho o ticket do estacionamento, e eu respondo que não
tenho carro. Até que um dia uma caixa falou ‘Deus há de prover um pra você'”.
Apesar de o caminho até um trânsito mais seguro ser longo, os especialistas ouvidos pelo Matinal são otimistas. Bohn
lembra que já se avançou muito: “Hoje não é mais aceitável beber e dirigir como era 20 anos atrás”. A engenheira da WRI
faz questão de ressaltar que as novas gerações têm outro entendimento, especialmente em relação ao carro.
Paula que o diga. A porto-alegrense cuja história abre a reportagem tem convicção de que o novo estilo de vida irá mudar a
perspectiva da lha, de 4 anos, sobre mobilidade. “Hoje, ela está muito mais acostumada a ver as pessoas fazendo as
coisas de bicicleta. Os ciclistas enfrentam dia de chuva, de frio. Isso é normal”, diz. Além do automóvel, também cou para
trás o hábito de entregar o celular na mão da pequena para driblar a impaciência dos momentos de trânsito parado.
A respeito ao pedestre;
D status do carro;
4 0013 8 1690
Assinale a opção em que a palavra bastante exempli ca uma classe de palavra diferente da das demais frases,
indicando intensidade e não quantidade.
4 0013 79652
A PETROBRAS demonstra compromisso com a sustentabilidade por meio do desenvolvimento de estratégias para acelerar
a descarbonização e atuar sempre de forma ética e transparente, com operações seguras, respeito às pessoas e ao meio
ambiente e com foco na geração de valor. Seis dos dez compromissos de sustentabilidade estabelecidos pela empresa
estão associados a carbono. Os outros quatro compromissos referem-se a segurança hídrica, conservação da
biodiversidade, gestão de resíduos e responsabilidade social, e esse último inclui investimentos em projetos
socioambientais, programas em direitos humanos, relacionamento comunitário e contribuição para a solução de problemas
sociais e ambientais, envolvendo oportunidades de atuação junto aos públicos de interesse e clientes de produtos da
PETROBRAS.
No que diz respeito aos desa os da transição energética, a PETROBRAS contribui para a mitigação da mudança climática
por meio do investimento de recursos e tecnologias na produção de petróleo de baixo carbono no Brasil, gerando energia,
divisas e riquezas relevantes para o nanciamento de uma transição energética responsável, bem como para a capacidade
de ofertar gás e energia despachável para viabilizar a elevada participação de energias renováveis na matriz elétrica
brasileira. Além disso, investe em novas possibilidades de produtos e negócios de menor intensidade de carbono, promove
pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e soluções de baixo carbono e investe em projetos socioambientais para
a recuperação e conservação de florestas.
A Certo.
B Errado.
4 0013 78 94 8
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Sem alteração da coerência das ideias do texto, a expressão de tempo e de modo verbal da oração “haja milho” (terceiro
período do último parágrafo) seria preservada caso a forma verbal “haja” fosse substituída por
A ocorrerá.
B terá.
C existira.
D apareça.
E surge.
4 0013 76529
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Entende-se do penúltimo parágrafo do texto que o segundo período expressa, em relação ao primeiro, uma ideia de
A finalidade.
B causa.
C consequência.
D conclusão.
E explicação.
4 0013 76528
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
No segundo período do segundo parágrafo do texto, a palavra “mágica” está empregada como um
A adjetivo.
B advérbio de modo.
C pronome.
D substantivo.
E verbo.
4 0013 76525
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Assinale a opção que apresenta uma proposta de reescrita que preserva a correção gramatical e o sentido do seguinte
trecho do primeiro parágrafo do texto: “(o último diz a tradição que foi em 1851)”.
4 0013 76523
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, poderia ser eliminada a vírgula que aparece imediatamente após
4 0013 76522
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
4 0013 76518
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
A leito a leito.
B foz a foz.
C margem a margem.
D dia a dia.
E passo a passo.
4 0013 76516
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
No terceiro período do segundo parágrafo do texto, a forma verbal “levara” está flexionada no
A tempo pretérito perfeito do modo indicativo, expressando que a ação de levar acontecia com frequência no
passado.
B tempo futuro do modo indicativo, expressando que a ação de levar ainda acontecerá.
C tempo futuro do modo subjuntivo, expressando que há grande probabilidade de que a ação de levar aconteça.
D tempo presente do modo indicativo, expressando que a ação de levar acontece naquele momento.
E tempo pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo, expressando que a ação de levar aconteceu
anteriormente ao momento em que os compadres viam “o céu escurecer bonito”.
4 0013 76514
Questão 186 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Rachel de Queiroz. Choveu! (com adaptações).
B “quem lê”.
D “tema literário”.
E “quem escreve”.
4 0013 76502
Nem mais como tema literário serve ainda esse assunto de seca. Já cansou quem escreve, cansou quem lê e cansou
principalmente quem o sofre. Parece mesmo que cansou o próprio Deus Nosso Senhor, pois que a nal, repetindo um gesto
sucedido há exatamente um século (o último diz a tradição que foi em 1851), contra todos os cálculos, contra todas as
experiências, ultrapassando os otimismos mais alucinados, fez começar um inverno no Nordeste durante a primeira quinzena
de abril.
Eu estava lá. Assisti mais uma vez à mágica transformação do deserto em jardim do paraíso. E vendo o céu escurecer
bonito, depois de tantos meses de desesperança, os compadres diziam que eu lhes levara o inverno nas malas. O fato é
que, durante a viagem de ida, enquanto o “Constellation” da Panair voava por cima do colchão compacto de nuvens
carregadas de água, me dava uma vontade desesperada de rebocá-las todas, lá para onde tanta falta faziam, levá-las como
rebanho de golfinhos prisioneiros e despejá-las em cheio sobre os serrotes do Quixadá.
Pois choveu. Encheram-se os açudes, as várzeas deram nado, os rios subiram de barreira a barreira.
Mas ninguém espere muito de um inverno assim tardio. Já se agradece de joelhos o pasto aparentemente garantido, o gado
salvo. Mas não se espera que haja milho. Talvez feijão, desse precoce que dá em dois meses. E o algodão aguenta,
provavelmente. Nada mais.
Com base nas ideias do texto, conclui-se que a a rmação inicial de que “Nem mais como tema literário serve ainda esse
assunto de seca” justifica-se pelo fato de que
4 0013 764 97
Questão 188 Pronome relativo Coesão ref erencial
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
B Errado.
4 0013 693 10
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
No último período do quarto parágrafo, a forma verbal “continha” estabelece concordância com o mesmo referente da
forma pronominal “ela” — “a primeira Constituição brasileira”
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 09
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
No início do quinto parágrafo, o vocábulo “Entretanto” introduz uma ideia de conclusão em relação ao que é expresso no
parágrafo imediatamente antecedente.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 07
Questão 191 Classes morf ológicas da palavra se Substituição de palavras ou trechos do texto
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
No início do terceiro parágrafo, o trecho “Alguém que acompanhasse” poderia ser substituído por Caso
se acompanhassem, mantendo-se a correção gramatical do texto.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 06
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Quanto ao gênero textual, é correto classi car o texto como uma resenha, visto que sua estrutura se fundamenta na análise
de outros textos.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 05
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 04
Questão 194 Orações reduzidas de gerúndio Adverbiais Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 03
Texto CB3A1-I
Ao nal do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao nal desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
O termo “crucial” (último período do quarto parágrafo) é empregado no texto como sinônimo de decisivo, importante.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 02
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
No nal do último parágrafo, o trecho “não se choque” poderia ser substituído por não seja chocada, mantendo-se os
sentidos originais do texto e sua correção gramatical.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 01
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
De acordo com o texto, foi a Assembleia Nacional Constituinte de 1823 que provocou, no Brasil, um con ito entre
poderes.
A Certo.
B Errado.
4 0013 693 00
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Entende-se do texto que a tripartição dos poderes não era uma unanimidade no momento da elaboração dos
textos constitucionais no início do século XIX.
A Certo.
B Errado.
4 0013 69299
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Conclui-se da citação da historiadora no segundo parágrafo do texto que ela considera desejável que os
poderes compartilhem atribuições.
A Certo.
B Errado.
4 0013 69298
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I
(1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição
brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro
e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Infere-se do texto que efetivar, na realidade, a separação entre os poderes do Estado é mais difícil que teorizar sobre esse
tema.
A Certo.
B Errado.
4 0013 69297
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os recém-emancipados
países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de criar estruturas de governo, marcando
a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se
inspiraram em fontes antigas e modernas: de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke
(1632 – 1704) e Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos se
confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 – c.127), em que se lê: “Quis
custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é colocar em
prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. “Aí
surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as atribuições de outro. Não era possível antever todas as
questões que iriam aparecer, até porque havia assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso
de nir a quem competia o quê. Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar
em prática a separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX não
necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de organização do Estado em que o
poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, conforme apresentado pelo lósofo francês
Montesquieu em O espírito das leis (1748). Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o lósofo
político franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara Alta) —, e um
poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783 – 1830) chegou a formular a
ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de educação.
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do Brasil, em 1823. Até
que, em novembro, o con ito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo imperador Dom Pedro I (1789 – 1834)
dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela
se afastava pouco do projeto elaborado em 1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam
um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto constitucional, como uma
instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional
outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa
de ambos os países. As funções do Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira,
guardam semelhanças com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal
Federal (STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração pública ou
no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
Infere-se do texto que, no Brasil, o Poder Moderador, criado pela Constituição de 1824, tinha características que
podem ser vinculadas à ideia do poeta romano Juvenal, citada no primeiro parágrafo.
A Certo.
B Errado.
4 0013 69296
Todos os segmentos textuais abaixo apresentam um fragmento descritivo que foi anteriormente “preparado” por
outro segmento; a opção em que essa preparação está ausente, é:
A Olhou para a foto do avô na parede e se deu conta de que tinha o nariz adunco idêntico ao dele;
B Aproximou-se da janela e conseguiu ver as árvores frutíferas que se espalhavam por todo o terreno;
C Puxou o binóculo e conseguiu acompanhar a corrida dos cavalos que estava do outro lado da pista;
D Sentou-se no penúltimo banco do ônibus e começou a conversar com a mulher que estava ao lado;
E Curioso, colocou o olho no buraco da fechadura e pôde ver o interior elegante do quarto.
4 0013 668 8 4
Observe a seguinte frase: “Se você vai viajar para a Itália, não esqueça de visitar o Coliseu”; para que essa frase tenha
sentido, sua coerência está ligada ao seguinte fator:
4 0013 668 8 2
Em todas as frases abaixo há termos que estabelecem relações de coesão com termos anteriores; a frase que estabelece
essa coesão com um termo que pertence a uma classe gramatical diferente das demais, é:
A O deputado e o senador viajaram juntos, mas os dois voltaram após três dias;
4 0013 668 75
C Ele disse esse poema de Gonçalves Dias com muita sensibilidade / discursou;
4 0013 668 72
Em todas as frases abaixo ocorre o emprego do verbo haver; a frase em que esse verbo foi substituído por outro de
sentido equivalente, de forma adequada, é:
A Sobre o banco havia três meninas, próximas umas das outras / aboletavam-se;
4 0013 668 70
A frase em que os termos destacados podem ser compreendidos com um só signi cado, sem possibilidade de polissemia
ou ambiguidade, é:
4 0013 668 67
Um candidato a um concurso público devia escrever um texto argumentativo, defendendo a preferência pela vida nas
grandes cidades pelos cidadãos comuns; entre os argumentos abaixo, aquele a que deve ser atribuída a maior importância,
é:
A as grandes cidades permitem reencontros, ao acaso, nas ruas, nos bares ou nos cinemas;
B uma cidade grande é o espaço do progresso social e profissional, onde mais facilmente se encontra um posto
de trabalho;
C uma grande cidade tem espaço muito atraente, o mesmo que tem sido celebrado por grandes artistas;
D a vida na grande cidade permite, graças aos espaços verdes e aos animais domésticos, o aprofundamento no
mundo natural;
E uma grande cidade é dinâmica e estimulante, possibilitando o acesso a todos os itens da modernidade.
4 0013 668 66
“Nós deveremos ser lembrados na história como a mais cruel, e, portanto, a menos sábia, geração de homens que jamais
agitou a Terra: a mais cruel em proporção à sua sensibilidade, a menos sábia em proporção à sua ciência. Nenhum povo,
entendendo a dor, tanto a infligiu; nenhum povo, entendendo os fatos, tampouco agiu com base neles”. (adaptado)
B o termo “sábia” deveria ser substituído por “bondosa” para tornar o texto mais coerente;
E o termo “neles”, ao final do texto, se refere coesivamente a “povos”, que engloba os povos citados.
4 0013 668 65
Em um documento para motoristas que se preparavam para uma longa viagem pela estrada, destacavam-se os seguintes
pontos:
B injuntivo-argumentativos;
C narrativos;
D descritivo-narrativos;
E argumentativos.
4 0013 668 64
4 0013 668 63
“O subúrbio onde morávamos era bem populoso e meu pai ganhava bom dinheiro com a padaria que ali havia
estabelecido; minha mãe cava só e cuidava da casa e dos lhos com rigor extremado, só nos deixando sair da casa
assobradada que servia de residência para locais onde nos pudesse ver. Diante da casa havia uma enorme praça, local de
futebol para crianças e adultos e na esquina à esquerda ficava a biblioteca escolar, espaço de
magia, onde minha imaginação delirava”.
A o personagem narrador não se inclui entre os personagens da narrativa, sendo apenas observador dos fatos;
C o narrador constrói seu universo romanesco com personagens da família e da população local;
D o trecho mostra um espaço familiar de paz e de tranquilidade, propício ao pleno desenvolvimento psicológico;
E os aspectos representados no texto mostram a parcialidade da visão familiar por parte de um filho único.
4 0013 668 62
Em todas as opções abaixo há descrições de uma pequena cidade; a descrição que tem a nalidade de identi car ou
localizar a cidade descrita, é:
A a cidade X mostra muitas igrejas antigas, do tempo colonial, com pinturas e esculturas de valor;
B as ruas da cidade X estão quase sempre floridas e muitas delas reservadas a pedestres, sempre limpas e claras;
C a cidade X, por estar ao pé da Serra da Mantiqueira, tem estações bem-marcadas, com inverno e verão
rigorosos;
D a população da cidade X se caracteriza por sua permanente solidariedade e atitudes afetivas em relação aos
visitantes;
E o espaço ocupado pela cidade X mostra condomínios de luxo e paisagens dignas de quadros.
4 0013 668 59
Millôr Fernandes escreveu um livro que mostra humoristicamente uma série de composições infantis, entre elas a que vai a
seguir:
“A galinha é um bicho com seis lados: esquerdo, direito, em cima, embaixo, atrás e na frente. Está sempre limpando os pés
como a mamãe manda que a gente faça quando entra em casa e a gente não faz. Tem um bico que serve para bicar e um
cacarejo que serve para dizer que ela botou ovo. Quando ela não cacareja, então ca resmungando baixinho feito vovó.
Quando a cozinheira vai matar ela, a gente morre de pena, mas na hora do almoço ela ca tão gostosa que a gente nem se
lembra”.
O observador, que realiza uma descrição, não descreve tudo o que vê por causa de suas limitações; a limitação do
observador do texto acima é proveniente:
B do próprio referente, pois uma galinha é um tipo de ave não muito conhecido pelos humanos;
C de caráter psicológico, pois, por algum motivo interior, não chega a ver o animal como ele é de fato;
D de seu posicionamento, pois onde se posiciona não consegue ver detalhes do animal descrito;
4 0013 668 57
Observe a seguinte descrição machadiana (Dom Casmurro) da casa onde mora o narrador e que procurou copiar a antiga
casa onde morava na infância:
“Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes z: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente,
varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual,
umas grinaldas de ores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos bicos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do
teto as guras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes
por baixo...”
B o movimento descritivo parte do aspecto interior da casa para a visão do seu exterior;
C a descrição inclui aspectos que implicitamente mostram a situação econômica do narrador e o gosto estético da
família;
D o texto é construído com riqueza de detalhes e identificação objetiva de todos os elementos descritos;
4 0013 668 55
Num relatório para sua che a, um funcionário escreveu a seguinte frase: “A maioria do funcionalismo tentam investir
na construção de conhecimentos que os permitam apreender o que é útil para sua atividade profissional”.
O chefe repreendeu o funcionário pelos erros cometidos no relatório e exigiu que o documento fosse corrigido; no
dia seguinte, o funcionário corrigiu os erros e enviou ao chefe o seguinte texto, em que todos os problemas foram
solucionados:
A “A maioria do funcionalismo tentam investir na construção de conhecimentos que lhes permitam aprender o que é
útil para sua atividade profissional.”
B “A maioria do funcionalismo tenta investir na construção de conhecimentos que os permitam aprender o que é útil
para sua atividade profissional.”
C “A maioria do funcionalismo tenta investir na construção de conhecimentos que lhes permita aprender o que é útil
para sua atividade profissional.”
D “A maioria do funcionalismo tenta investir na construção de conhecimentos que os permitam aprender o que
tem utilidade para sua atividade profissional.”
E “A maioria do funcionalismo tentam investir na construção de conhecimentos que lhes permita apreender o que é
útil para sua atividade profissional.”
4 0013 668 52
Todas as frases abaixo fazem propaganda de um creme dental; aquela que, em busca do convencimento do cliente, apela
para a sua vaidade é:
4 0013 668 51
A esse tipo de interrogação não pode ser respondido por meio dos advérbios “sim” ou “não”;
B o jornaleiro pode notar a interrogação da frase por meio dos termos de valor interrogativo;
D o emprego do tratamento “você” mostra desrespeito pelo jornaleiro por parte do possível freguês;
E a resposta “não” por parte do jornaleiro deve ser seguida de informações sobre onde se pode comprar o jornal.
4 0013 668 4 9
Observe a seguinte frase, dita pelo gerente de uma empresa: “Esse empregado estava doente. Ele veio trabalhar. Isso
mostra sua consciência profissional”.
4 0013 668 4 8
O escritor francês Montaigne declarou: “Estamos sempre dispostos a atribuir aos escritos dos outros sentidos
que favoreçam as nossas opiniões sedimentadas: um ateu se orgulha de fazer com que todos os autores reforcem a causa
do ateísmo. Ele envenena com sua própria peçonha o mais inocente pensamento”.
4 0013 6674 0
Questão 221 Função ref erencial inf ormativa ou denotativa Função emotiva ou expressiva
Função conativa ou apelativa
Numa sessão do Congresso Nacional, um deputado sobe à tribuna e lê para seus amigos políticos a tradução de um
antigo discurso de John Kennedy, cujo tema era adequado a uma discussão daquele momento: o valor da democracia.
Nesse caso, levando-se em conta os elementos de comunicação desse ato, é correto afirmar que:
4 0013 6673 7
Cidadania e Justiça
A cidadania, na lição do professor Dalmo de Abreu Dallari, expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar para a sua manutenção é dever de todo cidadão responsável. É por meio
da cidadania que conseguimos assegurar nossos direitos civis, políticos e sociais.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de
ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o
vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
O cidadão é membro ativo de uma sociedade política independente. A cidadania se diferencia da nacionalidade porque esta
supõe a qualidade de pertencer a uma nação, enquanto o conceito de cidadania pressupõe a condição de ser membro
ativo do Estado. A nacionalidade é um fato natural e a cidadania obedece a um verdadeiro contrato.
Na passagem do 4º parágrafo – O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem
ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade
e ao exercício de direito. –, os termos destacados significam, correta e respectivamente:
A permite; exibir; pressupõe.
4 0013 6104 4
O pronome oblíquo átono está colocado de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:
4 0013 59974
A frase em que a palavra destacada respeita as regras da concordância nominal de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa é:
4 0013 59972
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o sinal indicativo de crase está corretamente empregado em:
A Braille foi forçado à superar sua cegueira.
C Braille não foi reconhecido até que se consolidasse à oficialização de seu método.
4 0013 59968
Em “Mas, como a ideia não pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos” (parágrafo 3), a oração
destacada apresenta o valor semântico de
A fim
B causa
C tempo
D proporção
E consequência
4 0013 59963
No trecho do parágrafo 2, “conheceu um método inventado pouco antes por Charles Barbier de La Serre, o cial
do Exército francês”, a vírgula está empregada com a mesma função que em:
4 0013 59961
Em “No ano seguinte, foi apresentado ao mundo, na Exposição Internacional de Paris, por ordem do imperador Napoleão
III (1808-1873), que programou ainda uma série de concertos de piano com ex-alunos de Braille” (parágrafo 7), a palavra em
destaque apresenta o mesmo sentido que em:
A Louis Braille criou um método revolucionário e ainda era excelente pianista.
4 0013 59950
O trecho do parágrafo 4 “Pesquisando a fundo a gra a sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la”
pode ser reescrito
A Para pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
B Embora pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
C Quando pesquisava a fundo a grafia sonora, Braille percebeu suas limitações e pôs-se a aperfeiçoá-la.
D Apesar de pesquisar a fundo a grafia sonora, Braille percebia suas limitações e punha-se a aperfeiçoá-la.
E Se pesquisasse a fundo a grafia sonora, Braille perceberia suas limitações e pôr-se-ia a aperfeiçoá-la.
4 0013 5994 9
O método Barbier, também chamado escrita noturna, era um código de pontos e traços em relevo impressos também em
papelão. Destinava-se a enviar ordens cifradas a sentinelas em postos avançados. Estes decodi cariam a mensagem até no
escuro. Mas como a ideia não pegou na tropa, Barbier adaptou o método para a leitura de cegos, com o nome de gra a
sonora. O sistema permitia a comunicação entre os cegos.
B “ordens cifradas”
C “a mensagem”
D “a ideia”
E “grafia sonora”
4 0013 59925
A possibilitava a escrita.
4 0013 59924
4 0013 59922
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
Assinale a alternativa em que, na reescrita da passagem – Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo
aniversário se comemorava, mas à personagem em si… (1º parágrafo) –, a forma verbal destacada confere sentido de
conjectura ao enunciado.
A Curiosamente, as críticas não tinham sido à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem
em si.
B Curiosamente, as críticas não têm sido à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em
si.
C Curiosamente, as críticas não seriam à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
D Curiosamente, as críticas não são à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
E Curiosamente, as críticas não foram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si.
4 0013 56268
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
B Educadores, pais, autores de antologias e editores são responsáveis das escolhas das histórias que hoje se fazem
críticas.
C As pessoas têm a pretensão que os contos sejam atualizados e colocados em moldes, pois aspiram por limpeza
ideológica.
D A imposição a um modelo feminino veio sendo construído ao longo do tempo, visando pela dominância de um
comportamento.
E Os contos de fadas que nos referimos continuamente vieram em nossas vidas pela tradição, que a origem foge
de nosso conhecimento.
4 0013 56266
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
Assinale a alternativa em que o enunciado, reescrito a partir das informações do texto, atende à norma-padrão de
colocação pronominal.
A Me pergunto a que contos de fadas refere-se a crítica mais frequente, que fala da abundância de princesas
suspirosas à espera do príncipe.
B Os contos maravilhosos se impuseram por séculos, e isso certamente deu-se justamente pela densidade do seu
conteúdo e pela sua riqueza simbólica.
C Crê-se que o aniversário de Branca de Neve seria no começo do século XVII, ou nas versões orais, que teriam
perdido-se na névoa do tempo.
D Escolheu-se Branca de Neve para ser o primeiro longa-metragem de animação da Disney, sabendo-se que não
poderia haver erro.
E Quem atreveria-se a desdizer que os contos de fadas que disseminaram-se no cotidiano social visam manter as
diretrizes sociais em voga no momento?
4 0013 56265
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
4 0013 56261
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
Na frase que inicia o texto – A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um
jornalão e farta matéria crítica lá dentro. –, o emprego do substantivo destacado reforça
A o desprezo das pessoas pelo jornal referido.
4 0013 56260
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
De acordo com a autora, o perfil das princesas que atualmente é alvo de críticas construiu-se, ao longo dos tempos,
A sob tensões quase incontornáveis.
4 0013 56259
Infeliz Aniversário
A Branca de Neve de Disney fez 80 anos, com direito a chamada na primeira página de um jornalão e farta matéria crítica lá
dentro. Curiosamente, as críticas não eram à versão Disney cujo aniversário se comemorava, mas à personagem em si, cuja
data natalícia não se comemora porque pode estar no começo do século XVII, quando escrita pelo italiano Gianbattista
Basile, ou nas versões orais que se perdem na névoa do tempo.
É um velho vício este de querer atualizar, podar, limpar, meter em moldes ideológicos as antigas narrativas que nos foram
entregues pela tradição. A justi cativa é sempre a mesma, proteger as inocentes criancinhas de verdades que poderiam
traumatizá-las. A verdade é sempre outra, impingir às criancinhas as diretrizes sociais em voga no momento.
E no momento, a crítica mais frequente aos contos de fadas é a abundância de princesas suspirosas à espera do príncipe.
Mas a que “contos de fadas” se refere? Nos 212 contos recolhidos pelos irmãos Grimm, há muito mais do que princesas
suspirosas. Nos dois volumes de “The virago book on fairy tales”, em que a inglesa Angela Carter registrou contos do
mundo inteiro, não se ouvem suspiros. Nem suspiram princesas entre as mulheres que correm com os lobos, de Pinkola
Estés.
As princesas belas e indefesas que agora estão sendo criticadas foram uma cuidadosa e progressiva escolha social. Escolha
de educadores, pais, autores de antologias, editores. Escolha doméstica, feita cada noite à beira da cama. Garimpo
determinado selecionando, entre tantas narrativas, aquelas mais convenientes para rmar no imaginário infantil o modelo
feminino que a sociedade queria impor.
Não por acaso Disney escolheu Branca de Neve para seu primeiro longa-metragem de animação. O custo era altíssimo,
não poderia haver erro. E, para garantir açúcar e êxito, acrescentou o beijo.
Os contos maravilhosos, ou contos de fadas, atravessaram séculos, superaram inúmeras modi cações sociais, venceram
incontáveis ataques. Venceram justamente pela densidade do seu conteúdo, pela riqueza simbólica com que retratam
nossas vidas, nossas humanas inquietações. Querer, mais uma vez, sujeitá-los aos conceitos de ensino mais rasteiros, às
interpretações mais primárias, é pura manipulação, descrença no poder do imaginário.
(https://www.marinacolasanti.com/. Adaptado)
B se configuram em textos altamente prejudiciais ao desenvolvimento cultural e social, e o ideal é que a sociedade
deixe de fazê-los circular nas escolas.
C resgatam as experiências humanas altamente carregados de simbologia, e o melhor é deixá-los livres dos
conceitos de ensino inexpressivos.
D formalizaram o perfil feminino que organiza a sociedade através dos tempos, e as pessoas o usam prudentemente
para resguardar a integridade psicológica das crianças.
E resultam de uma visão distorcida da sociedade, e a sua escolha é ruim por deixar de lado a visão de educadores,
pais, autores de antologias e editores.
4 0013 5623 5
Leolinda Daltro (1859-1935) – A educadora é considerada uma das primeiras sufragistas e precursora do feminismo no Brasil.
Fundou o Partido Republicano Feminino, três jornais para as mulheres e foi uma das criadoras da Linha de Tiro Feminino
Orsina da Fonseca, onde elas treinavam com armas de fogo. No m do século 19, viajou pelo Brasil divulgando ideias como
a educação laica e os direitos indígenas.
(https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais. Adaptado)
Na frase nal do texto – No m do século 19, viajou pelo Brasil divulgando ideias como a educação laica e os direitos
indígenas. –, reescrevendo-se o trecho destacado e mantendo-se o sentido de finalidade, obtém-se:
4 0013 5623 4
Leolinda Daltro (1859-1935) – A educadora é considerada uma das primeiras sufragistas e precursora do feminismo no Brasil.
Fundou o Partido Republicano Feminino, três jornais para as mulheres e foi uma das criadoras da Linha de Tiro Feminino
Orsina da Fonseca, onde elas treinavam com armas de fogo. No m do século 19, viajou pelo Brasil divulgando ideias como
a educação laica e os direitos indígenas.
(https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a palavra “onde” está corretamente empregada, conforme no trecho: “... foi uma das criadoras
da Linha de Tiro Feminino Orsina da Fonseca, onde elas treinavam com armas de fogo.”
A A discussão daquele tema onde eu não tinha muita familiaridade trazia um pouco de preocupação naquele
momento.
B Não sabemos onde ele quer chegar com aquelas conclusões precipitadas em relação a um assunto tão
complexo e polêmico.
C Onde eu me dirijo para obter mais informações turísticas? – perguntou o rapaz ansioso a um transeunte do local.
D O que me encantava era saber que a cidade onde ele foi era tão distante que a rotina dali passava longe das redes
sociais.
E A casa onde ele mora é um refúgio dentro da cidade grande, com árvores, flores, pássaros e um clima
de tranquilidade.
4 0013 5623 3
Questão 242 Relações de signif icação entre as palavras Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Leolinda Daltro (1859-1935) – A educadora é considerada uma das primeiras sufragistas e precursora do feminismo no Brasil.
Fundou o Partido Republicano Feminino, três jornais para as mulheres e foi uma das criadoras da Linha de Tiro Feminino
Orsina da Fonseca, onde elas treinavam com armas de fogo. No m do século 19, viajou pelo Brasil divulgando ideias como
a educação laica e os direitos indígenas.
(https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais. Adaptado)
Sabendo-se que Leolinda Daltro foi precursora do feminismo no Brasil, ao se a rmar que ela foi uma das “primeiras
sufragistas”, entende-se que a educadora defendia
4 0013 56227
Em noite de chuva, o Coldplay deu início à maratona de 11 shows que fará no Brasil com uma apresentação exuberante em
São Paulo nesta sexta-feira. A banda preencheu o estádio do Morumbi não só de música, mas também com feixes de luz,
cores, fogos de artifício e muita gritaria.
A turnê “Music of the Spheres Tour”, que celebra o último disco da banda, resgata também seus maiores hits e músicas
favoritas dos fãs. Após cerca de 15 minutos de atraso, os músicos subiram ao palco com “Higher Power” e a plateia assistiu
sob uma chuva de fitas coloridas e bolas gigantes. É uma introdução apoteótica.
A grande surpresa do show foi a presença de Seu Jorge no palco com o Coldplay. O brasileiro cantou sozinho o clássico
do samba “Amiga da Minha Mulher” enquanto Chris Martin e os outros integrantes tocavam os instrumentos.
A Ouvia-se os instrumentos sendo tocado pelos integrantes da banda Coldplay, enquanto Seu Jorge cantava o
clássico do samba “Amiga da Minha Mulher”.
B A plateia acompanharam uma introdução apoteótica, pois uma chuva de fitas coloridas e bolas gigantes tinham
caído no local, deixando todos eletrizados.
C Em uma introdução apoteótica, apresentaram-se em São Paulo Coldplay e Seu Jorge, para celebrar o último
disco da admirada banda que está em maratona pelo Brasil.
D Foi 15 minutos de atraso até os músicos subirem ao palco, onde se resgatou os maiores hits da banda e as
músicas preferidas dos fãs, entusiasmados com o show.
E No Brasil, haverão 11 shows na maratona do Coldplay, e o de São Paulo deu início a ela com uma exuberante
apresentação, muito bem recebido pelos fãs da banda.
4 0013 56225
Em noite de chuva, o Coldplay deu início à maratona de 11 shows que fará no Brasil com uma apresentação exuberante em
São Paulo nesta sexta-feira. A banda preencheu o estádio do Morumbi não só de música, mas também com feixes de luz,
cores, fogos de artifício e muita gritaria.
A turnê “Music of the Spheres Tour”, que celebra o último disco da banda, resgata também seus maiores hits e músicas
favoritas dos fãs. Após cerca de 15 minutos de atraso, os músicos subiram ao palco com “Higher Power” e a plateia assistiu
sob uma chuva de fitas coloridas e bolas gigantes. É uma introdução apoteótica.
A grande surpresa do show foi a presença de Seu Jorge no palco com o Coldplay. O brasileiro cantou sozinho o clássico
do samba “Amiga da Minha Mulher” enquanto Chris Martin e os outros integrantes tocavam os instrumentos.
Na passagem do primeiro parágrafo – A banda preencheu o estádio do Morumbi não só de música, mas também com
feixes de luz, cores, fogos de artifício e muita gritaria. –, a relação de sentido entre as orações é a mesma que se
estabelece no período:
B É importante chegar cedo para que não se corra o risco de não ser atendido.
C A casa era, de fato, muito agradável, porém o valor do aluguel era muito alto.
4 0013 56223
Em noite de chuva, o Coldplay deu início à maratona de 11 shows que fará no Brasil com uma apresentação exuberante em
São Paulo nesta sexta-feira. A banda preencheu o estádio do Morumbi não só de música, mas também com feixes de luz,
cores, fogos de artifício e muita gritaria.
A turnê “Music of the Spheres Tour”, que celebra o último disco da banda, resgata também seus maiores hits e músicas
favoritas dos fãs. Após cerca de 15 minutos de atraso, os músicos subiram ao palco com “Higher Power” e a plateia assistiu
sob uma chuva de fitas coloridas e bolas gigantes. É uma introdução apoteótica.
A grande surpresa do show foi a presença de Seu Jorge no palco com o Coldplay. O brasileiro cantou sozinho o clássico
do samba “Amiga da Minha Mulher” enquanto Chris Martin e os outros integrantes tocavam os instrumentos.
Em conformidade com a norma-padrão de pontuação e com os aspectos de coesão, um título adequado ao texto é:
A Debaixo de chuva, Coldplay recebe Seu Jorge em show que abre maratona no Brasil.
B Coldplay, recebe Seu Jorge em show debaixo de chuva, que abre maratona no Brasil.
C No Brasil debaixo de chuva, Coldplay, que abre maratona recebe em show, Seu Jorge.
D Debaixo de chuva, Seu Jorge em show no Brasil, que abre maratona, recebe Coldplay
E Em show que abre maratona no Brasil debaixo de chuva, Coldplay recebe, Seu Jorge.
4 0013 56222
Trabalho a preservar
São dignos de celebração os números que mostram a expressiva queda do desemprego no país ao longo do ano passado,
divulgados pelo IBGE.
Encerrou-se 2022 com taxa de desocupação de 7,9% no quarto trimestre, ante 11,1% medidos 12 meses antes e 14,2% ao
nal de 2020, quando se vivia o pior do impacto da pandemia. Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o m da
recessão de 2014-16.
Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social. Há senões, a
começar pelo rendimento médio do trabalho de R$ 2.808 mensais – que, embora tenha aumentado recentemente, ainda é
o menor em cinco anos.
As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os tipos. O desemprego entre as mulheres nordestinas ainda atinge
alarmantes 13,2%, enquanto entre os homens do Sul não passa de 3,6%.
Nada menos que 16,4% dos jovens de 18 a 24 anos em busca de ocupação não a conseguem. Entre os que se declaram
pretos, a taxa de desocupação é de 9,9%, ante 9,2% dos pardos e 6,2% dos brancos.
Pode-se constatar, de qualquer modo, que o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes, graças a
um crescimento surpreendente da economia, em torno dos 3% no ano passado.
4 0013 56219
Trabalho a preservar
São dignos de celebração os números que mostram a expressiva queda do desemprego no país ao longo do ano passado,
divulgados pelo IBGE.
Encerrou-se 2022 com taxa de desocupação de 7,9% no quarto trimestre, ante 11,1% medidos 12 meses antes e 14,2% ao
nal de 2020, quando se vivia o pior do impacto da pandemia. Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o m da
recessão de 2014-16.
Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social. Há senões, a
começar pelo rendimento médio do trabalho de R$ 2.808 mensais – que, embora tenha aumentado recentemente, ainda é
o menor em cinco anos.
As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os tipos. O desemprego entre as mulheres nordestinas ainda atinge
alarmantes 13,2%, enquanto entre os homens do Sul não passa de 3,6%.
Nada menos que 16,4% dos jovens de 18 a 24 anos em busca de ocupação não a conseguem. Entre os que se declaram
pretos, a taxa de desocupação é de 9,9%, ante 9,2% dos pardos e 6,2% dos brancos.
Pode-se constatar, de qualquer modo, que o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes, graças a
um crescimento surpreendente da economia, em torno dos 3% no ano passado.
Assinale a alternativa em que o sinal indicativo da crase está empregado em conformidade com a norma-padrão.
A De ano à ano, calcula-se a taxa de desocupação e, em 2022, ela foi à 7,9% no quarto trimestre.
B Quando se referem à pandemia, é preciso lembrar que coube à ela a deterioração dos empregos.
C O desemprego, embora atinja à todos os segmentos sociais, agride mais às classes mais pobres.
D Devido à economia em crescimento no ano de 2022, chegou-se à uma melhora mais longa e aguda.
E Jovens saem de casa à procura de emprego, muitos não o encontram, o que é um ônus à Nação.
4 0013 56217
São dignos de celebração os números que mostram a expressiva queda do desemprego no país ao longo do ano passado,
divulgados pelo IBGE.
Encerrou-se 2022 com taxa de desocupação de 7,9% no quarto trimestre, ante 11,1% medidos 12 meses antes e 14,2% ao
nal de 2020, quando se vivia o pior do impacto da pandemia. Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o m da
recessão de 2014-16.
Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social. Há senões, a
começar pelo rendimento médio do trabalho de R$ 2.808 mensais – que, embora tenha aumentado recentemente, ainda é
o menor em cinco anos.
As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os tipos. O desemprego entre as mulheres nordestinas ainda atinge
alarmantes 13,2%, enquanto entre os homens do Sul não passa de 3,6%.
Nada menos que 16,4% dos jovens de 18 a 24 anos em busca de ocupação não a conseguem. Entre os que se declaram
pretos, a taxa de desocupação é de 9,9%, ante 9,2% dos pardos e 6,2% dos brancos.
Pode-se constatar, de qualquer modo, que o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes, graças a
um crescimento surpreendente da economia, em torno dos 3% no ano passado.
Considere as passagens:
• Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social.
(3° parágrafo)
• ... embora tenha aumentado recentemente, ainda é o menor em cinco anos. (3° parágrafo)
4 0013 5614 5
Trabalho a preservar
São dignos de celebração os números que mostram a expressiva queda do desemprego no país ao longo do ano passado,
divulgados pelo IBGE.
Encerrou-se 2022 com taxa de desocupação de 7,9% no quarto trimestre, ante 11,1% medidos 12 meses antes e 14,2% ao
nal de 2020, quando se vivia o pior do impacto da pandemia. Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o m da
recessão de 2014-16.
Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social. Há senões, a
começar pelo rendimento médio do trabalho de R$ 2.808 mensais – que, embora tenha aumentado recentemente, ainda é
o menor em cinco anos.
As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os tipos. O desemprego entre as mulheres nordestinas ainda atinge
alarmantes 13,2%, enquanto entre os homens do Sul não passa de 3,6%.
Nada menos que 16,4% dos jovens de 18 a 24 anos em busca de ocupação não a conseguem. Entre os que se declaram
pretos, a taxa de desocupação é de 9,9%, ante 9,2% dos pardos e 6,2% dos brancos.
Pode-se constatar, de qualquer modo, que o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes, graças a
um crescimento surpreendente da economia, em torno dos 3% no ano passado.
Nas passagens – ... a expressiva queda do desemprego... (1° parágrafo) – e – Isso não quer dizer... (3º parágrafo) –, os
termos destacados pertencem, correta e respectivamente, às mesmas classes de palavras daqueles destacados em:
A Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o fim da recessão de 2014-16. / Entre os que se declaram pretos,
a taxa de desocupação é de 9,9%...
B ... graças a um crescimento surpreendente da economia... / Pode-se constatar, de qualquer modo, que o
mercado de trabalho...
C ... a começar pelo rendimento médio do trabalho... / As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os
tipos.
D ... o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes... /... graças a um
crescimento surpreendente da economia…
E ... um momento brilhante de pujança econômica... / Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o fim da
recessão de 2014-16.
4 0013 5613 6
Trabalho a preservar
São dignos de celebração os números que mostram a expressiva queda do desemprego no país ao longo do ano passado,
divulgados pelo IBGE.
Encerrou-se 2022 com taxa de desocupação de 7,9% no quarto trimestre, ante 11,1% medidos 12 meses antes e 14,2% ao
nal de 2020, quando se vivia o pior do impacto da pandemia. Trata-se da melhora mais longa e aguda desde o m da
recessão de 2014-16.
Isso não quer dizer, claro, que se viva um momento brilhante de pujança econômica e ascensão social. Há senões, a
começar pelo rendimento médio do trabalho de R$ 2.808 mensais – que, embora tenha aumentado recentemente, ainda é
o menor em cinco anos.
As médias, ademais, escondem desigualdades de todos os tipos. O desemprego entre as mulheres nordestinas ainda atinge
alarmantes 13,2%, enquanto entre os homens do Sul não passa de 3,6%.
Nada menos que 16,4% dos jovens de 18 a 24 anos em busca de ocupação não a conseguem. Entre os que se declaram
pretos, a taxa de desocupação é de 9,9%, ante 9,2% dos pardos e 6,2% dos brancos.
Pode-se constatar, de qualquer modo, que o mercado de trabalho se tornou mais favorável em todos os recortes, graças a
um crescimento surpreendente da economia, em torno dos 3% no ano passado.
A a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho, ainda que a recuperação tenha sido mais difícil
para elas do que para outros segmentos da sociedade.
B a melhora da economia brasileira nos últimos 3 anos, dando cabo ao fantasma do desemprego que rondava as
famílias e à desvalorização dos salários dos trabalhadores.
D o aumento das vagas de emprego nos últimos dois anos, pontuando que a participação de jovens no mercado de
trabalho vem sendo maior e propiciando ascensão social.
E a queda expressiva do desemprego ao final de 2022, na comparação com os anos de 2021 e 2020, ressalvando,
porém, que o cenário ainda é marcado por muitas desigualdades.
4 0013 5613 4
Cidadania e Justiça
A cidadania, na lição do professor Dalmo de Abreu Dallari, expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar para a sua manutenção é dever de todo cidadão responsável. É por meio
da cidadania que conseguimos assegurar nossos direitos civis, políticos e sociais.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de
ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o
vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
O cidadão é membro ativo de uma sociedade política independente. A cidadania se diferencia da nacionalidade porque esta
supõe a qualidade de pertencer a uma nação, enquanto o conceito de cidadania pressupõe a condição de ser membro
ativo do Estado. A nacionalidade é um fato natural e a cidadania obedece a um verdadeiro contrato.
• Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo.
• O fato de ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por
expressar o vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
A conclusão e comparação.
B explicação e finalidade.
C adversidade e causa.
D conclusão e causa.
E explicação e restrição.
4 0013 5613 1
Cidadania e Justiça
A cidadania, na lição do professor Dalmo de Abreu Dallari, expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar para a sua manutenção é dever de todo cidadão responsável. É por meio
da cidadania que conseguimos assegurar nossos direitos civis, políticos e sociais.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de
ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o
vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
O cidadão é membro ativo de uma sociedade política independente. A cidadania se diferencia da nacionalidade porque esta
supõe a qualidade de pertencer a uma nação, enquanto o conceito de cidadania pressupõe a condição de ser membro
ativo do Estado. A nacionalidade é um fato natural e a cidadania obedece a um verdadeiro contrato.
A pode ser cidadão em qualquer país, desde que abra mão de sua nacionalidade, de seus direitos e deveres.
B mantém a sua nacionalidade, ainda que deixe de exercer seus direitos e deveres na sociedade.
C ganha mais notoriedade cidadã fora de seu país, onde a nacionalidade impõe excesso de deveres com poucos
direitos.
D é um homem livre sem exercer a democracia, sendo esta um contrato social que limita os direitos do cidadão.
E vive soberanamente dentro e fora de seu país, ainda que o exercício da cidadania se limite ao seu país de origem.
4 0013 56112
Cidadania e Justiça
A cidadania, na lição do professor Dalmo de Abreu Dallari, expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade
de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar para a sua manutenção é dever de todo cidadão responsável. É por meio
da cidadania que conseguimos assegurar nossos direitos civis, políticos e sociais.
Cidadão é, pois, o natural de uma cidade, sujeito de direitos políticos e que, ao exercê-los, intervém no governo. O fato de
ser cidadão propicia a cidadania, que é a condição jurídica que podem ostentar as pessoas físicas e que, por expressar o
vínculo entre o Estado e seus membros, implica submissão à autoridade e ao exercício de direito.
O cidadão é membro ativo de uma sociedade política independente. A cidadania se diferencia da nacionalidade porque esta
supõe a qualidade de pertencer a uma nação, enquanto o conceito de cidadania pressupõe a condição de ser membro
ativo do Estado. A nacionalidade é um fato natural e a cidadania obedece a um verdadeiro contrato.
Na discussão que faz sobre o conceito de cidadania, o autor deixa claro que ela está
A organizada a partir de um ordenamento jurídico, cujo contrato social se estabelece com o fortalecimento dos
interesses subjetivos.
B custodiada pelo Estado que, à revelia dos anseios da população, determina quais são os direitos e os deveres
que cabem aos cidadãos.
C vinculada ao papel que as pessoas assumem, quando se colocam como membros ativos da sociedade em que
vivem.
D relacionada à noção romana de homem livre, o que exime as pessoas da maioria das obrigações da vida social e
política.
E fundamentada na relação entre direitos e deveres, que podem ser usufruídos pelos cidadãos, sem intervenção do
Estado.
4 0013 56110
aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar
o mar
não parou
pra ser olhado
foi mar
pra tudo quanto é lado
No poema, há uma relação entre passado e presente, este marcado pelo emprego do termo
A “aqui”.
B “alguém”.
C “parou”.
D “olhado”.
E “lado”.
4 0013 56109
aqui
nesta pedra
alguém sentou
olhando o mar
o mar
não parou
pra ser olhado
foi mar
pra tudo quanto é lado
Os versos finais do poema – foi mar / pra tudo quanto é lado – permitem entender que o mar
4 0013 56108
Questão 256 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao
instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só então que a voz do dever sucede ao impulso
físico, e o direito, ao apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos vê-se impelido a obrar segundo outros
princípios, e a consultar a razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas vantagens, que a natureza lhe
dera, outras obtém ainda maiores; suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se ampliam, seus sentimentos
se enobrecem, sua alma toda inteira a tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o degradassem muitas
vezes a uma condição inferior à primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para sempre o arrancou do
estado de natureza, e fez de um animal estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
Assinale a alternativa em que o emprego das vírgulas segue o princípio adotado na passagem – ... é só então que a voz do
dever sucede ao impulso físico, e o direito, ao apetite.
B O público buscou esclarecimentos sobre a nova taxa, e foi bem atendido, felizmente.
4 0013 3 4 78 2
Questão 257 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Mudança de posição de vocábulos
Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao
instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só então que a voz do dever sucede ao impulso
físico, e o direito, ao apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos vê-se impelido a obrar segundo outros
princípios, e a consultar a razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas vantagens, que a natureza lhe
dera, outras obtém ainda maiores; suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se ampliam, seus sentimentos
se enobrecem, sua alma toda inteira a tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o degradassem muitas
vezes a uma condição inferior à primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para sempre o arrancou do
estado de natureza, e fez de um animal estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
Assinale a alternativa em que a passagem – Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil,
substituindo em seu proceder a justiça ao instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam. – está
reescrita com mais clareza, com coesão e coerência, segundo princípios de organização sintática e pontuação.
A Mudança bem notável no homem produz a passagem do estado natural ao civil, substituindo, a justiça em seu
proceder, o instinto, para dar às suas ações, antes, a moralidade de que careciam.
B Bem notável mudança produz a passagem do estado natural ao civil, no homem; substitui a justiça para o instinto
em seu proceder, também dando a moralidade às suas ações de que antes careciam.
C No homem, mudança bem notável a passagem do estado natural ao civil produz, e substitui ao instinto, a justiça
em seu proceder, além de dar, antes, a moralidade às suas ações de que careciam.
D Mudança no homem bem notável produz a passagem do estado natural ao civil, em seu proceder substituindo a
justiça ao instinto e dando a moralidade às suas ações de que antes careciam.
E A passagem do estado natural ao civil produz, no homem, mudança bem notável; em seu proceder, a justiça
substitui o instinto e dá às suas ações a moralidade de que careciam antes.
4 0013 3 4 78 1
Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao
instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só então que a voz do dever sucede ao impulso
físico, e o direito, ao apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos vê-se impelido a obrar segundo outros
princípios, e a consultar a razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas vantagens, que a natureza lhe
dera, outras obtém ainda maiores; suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se ampliam, seus sentimentos
se enobrecem, sua alma toda inteira a tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o degradassem
muitas vezes a uma condição inferior à primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para sempre o
arrancou do estado de natureza, e fez de um animal estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
A a possibilidade de o homem que comete excessos rebaixar-se a um estado inferior ao estado natural.
B a certeza de que o homem que extrapola seus direitos em sociedade será considerado inferior aos demais.
C a dúvida acerca da aceitação do homem inferior que ultrapassar limites de convivência em sociedade.
D a condição imposta ao homem que queira preservar sua nova condição sem ser rebaixado a nível inferior.
E a constatação de que, ao abusar de sua nova condição, o homem terá de reassumir seu estado anterior.
4 0013 3 4 78 0
Mudança bem notável produz no homem a passagem do estado natural ao civil, substituindo em seu proceder a justiça ao
instinto, e dando às suas ações a moralidade de que antes careciam; é só então que a voz do dever sucede ao impulso
físico, e o direito, ao apetite; o homem que, até ali, só pusera em si mesmo os olhos vê-se impelido a obrar segundo outros
princípios, e a consultar a razão antes que os afetos. Embora se prive nesse estado de muitas vantagens, que a natureza lhe
dera, outras obtém ainda maiores; suas faculdades se exercem e se desenvolvem; suas ideias se ampliam, seus sentimentos
se enobrecem, sua alma toda inteira a tal ponto se eleva que, se os abusos desta nova condição não o degradassem muitas
vezes a uma condição inferior à primeira, deveria abençoar continuamente o instante feliz que para sempre o arrancou do
estado de natureza, e fez de um animal estúpido e limitado um ser inteligente, um homem.
4 0013 3 4 779
Questão 260 Interpretação de charges e tirinhas Sentido conotativo f igurado ou metaf órico
C a um jogo de palavras para expressar uma crítica a situações que invariavelmente ocorrem.
4 0013 3 4 753
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
Assinale a alternativa que substitui o enunciado – Donde provém isso? (2º parágrafo) – atendendo a norma-padrão de
regência e conjugação do verbo, independentemente da preservação do sentido original.
4 0013 3 4 752
Questão 262 Pretérito imperf eito Futuro do pretérito Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
Na passagem – Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso
fundo fôssemos honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que
ela estivesse conforme à opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em
todo caso, de importância muito secundária. – a construção do raciocínio, no trecho destacado, é centrada na relação
A de causa e efeito, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no futuro do presente
e no pretérito.
E entre suposição e resultado, expressando-se predominantemente com o emprego de formas verbais no pretérito
perfeito e no futuro do pretérito.
4 0013 3 4 751
Questão 263 Emprego do pronome relativo Substituição de palavras ou trechos do texto Uso de sinônimos
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos olhos dos presentes e
inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e isso é tomado como
uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas.
Assinale a alternativa em que o enunciado nal dessa passagem (... em cujo favor se poderiam aduzir outras provas.) está
reescrito de acordo com a variante formal da língua e de acordo com o sentido original.
4 0013 3 4 750
Questão 264 Casos obrigatórios de crase Substituição de palavras ou trechos do texto Uso de sinônimos
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos olhos dos presentes e
inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e isso é tomado como
uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas.
4 0013 3 4 74 9
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
Um aspecto apontado pelo autor como obstáculo à verdade nos debates reside
A na presunção própria do ser humano, que resiste a reconhecer-se equivocado.
4 0013 3 4 74 8
Dialética erística é a arte de discutir, mais precisamente a arte de discutir de modo a vencer, e isso per fas et per nefas (por
meios lícitos ou ilícitos). De fato, é possível ter razão objetivamente no que diz respeito à coisa mesma, e não tê-la aos
olhos dos presentes e inclusive aos próprios olhos. Assim ocorre, por exemplo, quando o adversário refuta minha prova e
isso é tomado como uma refutação da tese mesma, em cujo favor se poderiam aduzir outras provas. Neste caso,
naturalmente, a situação do adversário é inversa àquela que mencionamos: ele parece ter razão, ainda que objetivamente
não a tenha. Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma proposição e sua validade na aprovação
dos contendores e ouvintes. A esta última é que a dialética se refere.
Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
Assinale a alternativa que identi ca, correta e respectivamente, as relações coesivas estabelecidas entre os enunciados
pelas expressões destacadas no primeiro parágrafo.
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Donde provém isso? Da perversidade natural do gênero humano. Se esta não existisse, se no nosso fundo fôssemos
honestos, em todo debate tentaríamos fazer a verdade aparecer, sem nos preocupar com que ela estivesse conforme à
opinião que sustentávamos no começo ou com a do outro; isso seria indiferente ou, em todo caso, de importância muito
secundária. No entanto, é isso o que se torna o principal. Nossa vaidade congênita, especialmente suscetível em tudo o que
diz respeito à capacidade intelectual, não quer aceitar que aquilo que num primeiro momento sustentávamos como
verdadeiro se mostre falso, e verdadeiro aquilo que o adversário sustentava. Portanto, cada um deveria preocupar-se
unicamente em formular juízos verdadeiros. Para isso, deveria pensar primeiro e falar depois. Mas, na maioria das pessoas, à
vaidade inata associa-se a verborragia e uma inata deslealdade. Falam antes de ter pensado e, quando, depois, se dão conta
de que sua a rmativa era falsa e não tinham razão, pretendem que pareça como se fosse ao contrário. O interesse pela
verdade, que na maior parte dos casos deveria ser o único motivo para sustentar o que foi a rmado como verdade, cede
por completo o passo ao interesse da vaidade. O verdadeiro tem de parecer falso e o falso, verdadeiro.
De acordo com o texto e com foco na passagem – Por conseguinte, são duas coisas distintas a verdade objetiva de uma
proposição e sua validade na aprovação dos contendores e ouvintes. –, é correto a rmar que verdade e validade referem-
se, correta e respectivamente, a
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
Para responder a esta questão, considere o texto de Robert H. Srour e a charge de Lor.
(Lor. Os desmandamentos.)
É correto afirmar que o cotejo desses textos aponta haver entre eles relações de
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
Em passagem do texto, o autor faz ressalvas à ideia de que “todo mundo tem um preço”, expressando-se em linguagem
conotativa. Essas passagens são:
A ...muitos não são corrompidos porque não vale a pena suborná-los! /... expõem mais as consciências à prova e,
em consequência, contabilizam mais violações dos códigos morais.
B A generalização, porém, é abusiva. / Afinal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a cada um de
nós.
C Afinal, nem todos estão ao alcance do canto das sereias. / ... nem todos os atenienses possuíam cacife o bastante
para vender a alma ao diabo.
D ... nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com a mesma
intensidade... / ... isso coloca em xeque a anedota desesperançada do filósofo Diógenes...
E ... as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais seduções do que as sociedades não
mercantis. / ... será que ninguém naquela cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito?
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
É correto a rmar que, do ponto de vista da signi cação, os termos destacados “propala” (primeiro parágrafo) e “grassava”
(último parágrafo)
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
É correto afirmar que a menção à anedota do filósofo Diógenes coloca-se no texto como argumento
A baseado em fato, para ilustrar, literalmente, a ideia de que atenienses desonestos não se expunham publicamente.
B de autoridade, para ilustrar, academicamente, a ideia de que a corrupção dos atenienses era dissimulada.
C com base em raciocínio lógico, para demonstrar a tese segundo a qual a depravação moral não compensa.
D baseado no consenso, para demonstrar a tese segundo a qual a transgressão moral não tem limites temporais.
E ilustrativo, para o autor concluir, ironicamente, que nem todos os atenienses eram desonestos, por lhes faltar
cacife.
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
A a rmação do autor, segundo a qual “...se muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos” apresenta-se como
argumento para
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Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
Observando-se a relação entre o primeiro e o segundo parágrafos, é correto concluir que a progressão textual se
caracteriza pelo acréscimo, no segundo parágrafo, de argumento que
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O senso comum propala que há poucos ingênuos na sociedade contemporânea. Acresce de forma provocadora que as
honrosas exceções, tão merecedoras de admiração, con rmam a regra de que “todo mundo tem um preço”. A
generalização, porém, é abusiva. Por quê? Porque supõe que corromper-se seja um traço congênito dos homens. Ora, se
muitos prevaricam, o mesmo não pode ser dito de todos. A nal, as condições históricas não propiciam iguais tentações a
cada um de nós. De um lado, nem todas as sociedades humanas instigam seus agentes a transgredir os padrões morais com
a mesma intensidade; de outro, nem todas as pessoas estão à mercê das mesmas tentações para se corromper. Nesse
sentido, ao incitar ambições e ao aguçar apetites, as sociedades em que prevalecem relações mercantis abrigam mais
seduções do que as sociedades não mercantis. Resumidamente: expõem mais as consciências à prova e, em consequência,
contabilizam mais violações dos códigos morais.
Ademais, ainda que se aceite que todo mundo tenha um “preço”, a pressuposição só faz sentido em termos virtuais. A nal,
nem todos estão ao alcance do canto das sereias. Dizendo sem rodeio: muitos não são corrompidos porque não vale a
pena suborná-los!
E isso coloca em xeque a anedota desesperançada do lósofo Diógenes, que se achava exilado em Atenas: munido de
uma lanterna em plena luz do dia, procurou em vão um homem honesto. Ora, convenhamos: será que ninguém naquela
cidade-estado, absolutamente ninguém, merecia crédito? Não parece lógico; é uma fábula que não deve ser levada ao pé
da letra. Qual então o seu mérito? Denunciar a depravação moral que então grassava. De qualquer modo, ponderemos: nem
todos os atenienses possuíam cacife o bastante para vender a alma ao diabo.
A volatilidade
B prodigalidade
C venalidade
D improficiência
E acurácia
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Estudar essas almas perdidas é importante, segundo a astrônoma, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias.
A Duas proparoxítonas.
C Três proparoxítonas
4 0013 3 08 8 0
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer denunciar.
Mas essa progressão da violência criminal não foi provada e o que se assiste é, ao contrário, uma paci cação progressiva
da sociedade; admitindo-se ou não, os costumes se civilizaram. O fato de a opinião pública preocupar-se com uma
crescente insegurança não tem entretanto nada a ver com o volume efetivo da criminalidade, mas sim com as normas a
partir das quais concebemos os fenômenos criminosos. Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão
habituadas a uma segurança cada vez maior, que não depende só dos números da criminalidade, mas também e até mais da
organização dos seguros e da previdência social, da homogeneidade de um espaço de livre circulação, da regulação de
múltiplos aspectos da vida através do Estado. Sobre o pano de fundo de uma segurança crescente, os comportamentos
criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional em relação ao seu volume real. No entanto, isso não
significa que a mudança das normas possa ser subestimada.
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de
períodos inteiros do passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
Veri ca-se a elipse de um substantivo (ou seja, a supressão de um substantivo que pode ser facilmente subentendido
pelo contexto linguístico) no seguinte trecho:
A ... as nossas estão habituadas a uma segurança cada vez maior... (1º parágrafo).
B ... a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade... (1º parágrafo).
D ... os comportamentos criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional... (1º parágrafo).
E ... é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante... (1º parágrafo).
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Medo da eternidade
1. Jamais esquecerei o meu a itivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não
tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se
tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha
cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como
outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com
aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar
conta.
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E
aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de
borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava
gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de
eternidade ou de infinito.
15. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava a ição. Enquanto isso, eu
mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
– Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. – Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
– Já lhe disse – repetiu minha irmã – que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode
ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não que triste, um dia lhe dou outro, e esse
você não
perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle
caíra da boca por acaso.
A presença de acento grave em Mas a gente às vezes perde (18º parágrafo) deve-se ao fato de que se usa sinal indicativo
de crase
C antes de numerais.
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Medo da eternidade
1. Jamais esquecerei o meu a itivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não
tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se
tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
– Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha
cor--de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre.
Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais.
E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já
começara a me dar conta.
– E agora que é que eu faço? – perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver.
– Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E
aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.–
Acabou-se o docinho. E agora?
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de
borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava
gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da ideia de
eternidade ou de infinito.
15. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava a ição. Enquanto isso, eu
mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
– Olha só o que me aconteceu! – disse eu em fingidos espanto e tristeza. – Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
– Já lhe disse – repetiu minha irmã – que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode
ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não que triste, um dia lhe dou outro, e esse
você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle
caíra da boca por acaso.
Justi ca-se o uso de vírgulas pelo mesmo motivo que o do trecho A menos que você perca, eu já perdi vários. (9º parágrafo)
em:
B Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. (18º
parágrafo)
C Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: (2º parágrafo)
D – Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. (3º parágrafo)
E [...] um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. (18º parágrafo)
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Medo da eternidade
B Foi assim que percebi: o chicle a que mascava perdia o gosto pouco-a-pouco.
D Vários amigos, cujos irmãos deixaram de comprar balas, passaram a mascar chicles.
4 0013 778 3 7
Medo da eternidade
I. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. (6º parágrafo). O pronome que recupera a
expressão a pequena pastilha cor-de-rosa, evitando sua repetição.
II. A menos que você perca, eu já perdi vários. (9º parágrafo). O pronome vários substitui a palavra chicles, que
está subentendida.
I I I . E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. (11º parágrafo). O pronome n o s re to ma os colegas, que
está subentendido.
B I.
C II.
D II e III.
E I e II.
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Medo da eternidade
A um texto didático, pois explica um conteúdo específico a alguém que não o conhece.
B uma crônica, porque a autora observa um fato do cotidiano, manifestando sua percepção subjetiva.
D uma biografia, pois faz um levantamento dos principais fatos da vida de uma pessoa ou personagem.
E uma notícia, pois se atém ao registro objetivo de um fato específico acontecido com determinada pessoa.
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Medo da eternidade
(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)
No 14º parágrafo, a narradora a rma que a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem
diante da ideia de eternidade ou de infinito.
A percebeu que é bom que algumas experiências tenham fim, já que nem todas são prazerosas.
B não gosta de mentir para a irmã e sente a necessidade de parar de fazer isso eternamente.
C prefere experimentar outros sabores de chicle e não vê a hora de jogar fora o que está mascando.
D entendeu que gosta mesmo é de balas e está ansiosa para terminar de mascar o chicle.
E desaprova as crianças que tiram o chicle da boca e voltam a mascá-lo depois para que ele dure mais.
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Medo da eternidade
(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)
II. Os chicles podem ser pregados na cama para que não sejam engolidos durante o sono.
IV. Para algumas crianças, os chicles funcionam como uma bala eterna.
A I e III.
B II e III.
C II e IV.
E I, II e III.
4 0013 778 23
Medo da eternidade
(LISPECTOR, Clarice. Jornal do Brasil, 06 de jun. de 1970)
A narradora considera que seu contato com a eternidade, ocorrido a partir da experiência de mascar um chicle, foi a itivo e
dramático porque ela
A perdeu o chicle no chão de areia, no portão da escola, e nunca mais poderia dar continuidade àquela experiência.
B não queria compartilhar os seus chicles com a irmã, que lhe ensinara a apreciá-los.
C teve que mentir para a irmã e esconder dela o que sentiu, já que, a seu ver, essa experiência não foi nada
prazerosa.
D não tinha dinheiro para comprar chicles, o que a tornava dependente da irmã para comprá-los.
E sempre teve medo da eternidade e nunca tinha compartilhado esse segredo com ninguém.
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Medo da eternidade
A narradora compara explicitamente a sua experiência com o chicle a uma narrativa fantasiosa no seguinte trecho:
A Perder a eternidade? Nunca. (10º parágrafo)
B parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. (6º parágrafo)
C E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo (14º parágrafo)
D Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles (1ºo parágrafo)
4 0013 7773 1
Medo da eternidade
A jogou o chicle fora, pois tinha outros, e os chicles novos são mais gostosos.
B gostava muito de chicles, mas só aprendeu com a irmã que eles podem durar a vida inteira.
C costumava comprar chicles, mesmo que eles custassem mais do que as balas.
D não gostou da experiência com o chicle, mas disfarçou para não decepcionar a irmã.
E tirava a bala da boca e voltava a chupá-la depois para imitar o que as crianças faziam com os chicles.
4 0013 77727
O Parque de Exposições, em Salvador, será palco do evento, considerado o maior festival de cultura negra do mundo. Para os
organizadores, esta segunda edição tem um ‘gosto de primeira vez’, já que será 100% presencial na cidade mais negra fora da
África, a capital baiana, Salvador.
A Samba do Nordeste.
B Carnaval na Primavera.
C Afropunk Bahia.
D Lollapalooza.
E Rock in Salvador.
4 0013 77624
Leia a notícia:
Robin West tem 17 anos de idade e é uma pessoa diferente das demais − ela não tem um smartphone (telefone inteligente). Em
vez de rolar a tela em aplicativos como TikTok e Instagram o dia inteiro, ela usa o chamado “telefone burro”.
A Foi projetado para aprimorar o uso do e-mail como comunicação oficial no mundo do trabalho.
B Contém apenas a função de efetuar e receber ligações, tanto nacionais como internacionais.
C É aparelho similar a alguns dos primeiros telefones celulares do final da década de 1990.
D É obrigatório para reuniões e chamadas de vídeo embora não possa receber mensagens por SMS.
4 0013 77616
As brisas marítimas ou terrestres são correntes de ar que se originam nas regiões costeiras e têm duas direções possíveis: do
mar para a areia (durante o dia) e da areia para o mar (à noite).
E ao fato de o Brasil estar localizado à oeste do Meridiano de Greenwich e ser atravessado pelo Trópico de
Capricórnio.
4 0013 77608
Será o Brasil o eterno país do futuro? Quase sessenta após I publicação do conhecido livro de Stefan Zweig, não
obstante um século de crescimento econômico sobremodo rápido e de modernização espetacular no decurso do qual a
sua produção decuplicou e o PIB foi multiplicado por quarenta, o Brasil não consegue superar o seu fantástico atraso social.
Graças II bem-sucedida industrialização substitutiva das importações, conduzida nas décadas de 1950, 1960 e 1970, o
Brasil se ergueu III posição de nona potência econômica do mundo. É hoje um país mal desenvolvido por ter adotado
um padrão de crescimento socialmente perverso. Ostenta uma das mais regressivas repartições da renda no mundo, com
diferenças abismais entre a minoria dos ganhadores e a massa dos sacrificados.
(Adaptado de: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al. (orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001)
É hoje um país mal desenvolvido por ter adotado um padrão de crescimento socialmente perverso. Em relação ao trecho que
o antecede, o segmento sublinhado expressa ideia de
A concessão.
B consequência.
C condição.
D comparação.
E causa.
4 0013 77054
Será o Brasil o eterno país do futuro? Quase sessenta após I publicação do conhecido livro de Stefan Zweig, não
obstante um século de crescimento econômico sobremodo rápido e de modernização espetacular no decurso do qual a
sua produção decuplicou e o PIB foi multiplicado por quarenta, o Brasil não consegue superar o seu fantástico atraso social.
Graças II bem-sucedida industrialização substitutiva das importações, conduzida nas décadas de 1950, 1960 e 1970, o
Brasil se ergueu III posição de nona potência econômica do mundo. É hoje um país mal desenvolvido por ter adotado um
padrão de crescimento socialmente perverso. Ostenta uma das mais regressivas repartições da renda no mundo, com
diferenças abismais entre a minoria dos ganhadores e a massa dos sacrificados.
(Adaptado de: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al. (orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas I, II e III devem ser preenchidas, respectivamente,
por:
A à – a – à.
B à – à – a.
C a – à – a.
D a – à – à.
E a – a – à.
4 0013 77053
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
4 0013 77052
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
4 0013 77051
Questão 294 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
A Ah, o senhor é terrível, nem numa hora dessas esquece o seu papelzinho! (18º parágrafo)
B Perdão, o jogo vai ser logo mais, às quinze horas. (8º parágrafo)
4 0013 7704 9
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
A Mas prometeram que meu papel ficaria pronto hoje sem falta.
D É muita responsabilidade.
4 0013 7704 6
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
• Foi um lapso do funcionário que lhe prometeu tal coisa. (7º parágrafo)
• Vamos, cavalheiro, não perturbe a preparação espiritual dos meus colegas, que estão analisando a Seleção Búlgara e
descobrindo meios de frustrar a marcação de Pelé. (14º parágrafo)
A funcionário e colegas.
B lapso e colegas.
4 0013 7704 0
Questão 297 Relações de signif icação entre as palavras Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
− Já sei que vai se desculpar. O momento não é para dissensões. O momento é de união nacional, cérebros e
corações uníssonos. (14º parágrafo)
O termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto original, por:
A desavenças.
B distrações.
C mentiras.
D hesitações.
E especulações.
4 0013 77008
Para responder a questão, leia a crônica O importuno, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em
13/07/1966.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
C − Está certo, mas será que, voltando na quinta-feira, eu encontro o meu papel pronto mesmo? (17º parágrafo)
D A muito custo, atenderam; isto é, confessaram que não podiam atender, por causa do jogo com a Bulgária. (2º
parágrafo)
4 0013 77007
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Quando é dia de futebol. São Paulo: Companhia das Letras, 2014)
Na crônica, o chefe da seção acusa o homem que foi à repartição em busca de um documento de ser
A preguiçoso.
B egoísta.
C contraditório.
D resignado.
E rancoroso.
4 0013 77006
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
A Uma contra-argumentação.
4 0013 4 6718
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Dentre os trechos relacionados, identifique aquele cuja linguagem apresenta como característica a subjetividade.
C “Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho.” (3º§)
D “Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.” (1º§)
E “Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura.” (1º§)
4 0013 4 6716
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
E “Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, [...]” (2º§)
4 0013 4 6715
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
D “Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.” (6º§)
4 0013 4 6714
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Com base no último parágrafo do texto, é correto inferir que a intenção principal da autora é:
A Revelar algum sofrimento silencioso.
4 0013 4 6699
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Assinale a alternativa em que o termo relacionado ao vocábulo destacado encontra‐se, de acordo com o contexto
empregado, correto.
A “Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede.” (6º§) – afastados
B “Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. (1º§)” – parados.
C “Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos.” (1º§) – fragmentaram.
D “Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.” (6º§) – paulatinamente.
E “Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é.” (3º§) – devaneio.
4 0013 4 6698
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
O texto de Martha Medeiros se trata de uma crônica, ou seja, um gênero discursivo que mescla a tipologia narrativa com
trechos re exivos e, em alguns casos, argumentativos. Podemos inferir que são características de tal gênero textual
retratado, EXCETO:
A Aborda assunto voltado para o cotidiano.
D Reflete impressões e visões da realidade que não foram percebidas por todos.
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Questão 307 Ambiguidade Pleonasmo vicioso Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Em “Costumamos chamar essa sensação de ‘cair a cha’, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede.” (4º§), podemos afirmar que a expressão “cair a ficha” configura:
A Gíria.
B Gerundismo.
C Ambiguidade.
D Pleonasmo vicioso.
4 0013 4 6695
Questão 308 Sentido denotativo próprio ou literal Sentido conotativo f igurado ou metaf órico
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Considerando que a conotação se refere aos sentidos, associações e ideias que vão além do sentido original da palavra, e a
denotação se refere ao signi cado mais objetivo e comum de um termo, trata-se de trecho textual que evidencia uma
conotação:
A “Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede.” (6º§)
C “Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo.” (5º§)
D “Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho.” (3º§)
4 0013 4 6694
Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania
naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos
inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco,
chamado “Novecentos”, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel
ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não
se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e
descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a
gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.
Costumamos chamar essa sensação de “cair a cha”, mas acho bem mais poética e avassaladora a analogia com os
quadros na parede. Cair a cha é se dar conta. Deixar cair os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é
reconhecer que há algo que já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser uma
carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, camos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos
inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço,
mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa de nição para felicidade: ser
leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente xos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu,
sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
Considerando o excerto “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles,
zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que
já não pode mais?” (2º§), a expressão “zás” qualifica uma:
A Antítese
B Metáfora
C Paradoxo
D Onomatopeia
E Personificação
4 0013 4 6693
C Se você não for melhor que hoje no dia de amanhã, então para que você precisa do amanhã?
4 0013 4 014 4
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
4 0013 3 58 8 4
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
"Mas é importante apontar que a diversidade de ambientes planetários em outros sistemas é provavelmente vasta, e pode
haver outros processos não biológicos de produção de metano que ninguém considerou até agora." (linhas 50 e 51)
Assinale a alternativa em que a estrutura indicada pode substituir corretamente, do ponto de vista da norma culta, o
sublinhado no período acima. Não leve em conta alterações de sentido.
A hão de haver
B há de existir
C pode existir
D devem haver
E hão de existir
4 0013 3 58 8 3
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
Em segundo lugar, eles disseram, o metano não persistiria por muito tempo na atmosfera de planetas rochosos habitáveis sem
um reabastecimento constante, possivelmente por meio de organismos vivos. (linhas 31 e 32)
Assinale a alternativa em que se tenha mantido correção com a nova pontuação atribuída ao período acima.
A Em segundo lugar, – eles disseram – o metano não persistiria por muito tempo na atmosfera de planetas
rochosos habitáveis sem um reabastecimento constante, possivelmente por meio de organismos vivos.
B Em segundo lugar – eles disseram – o metano não persistiria por muito tempo, na atmosfera de planetas
rochosos habitáveis, sem um reabastecimento constante possivelmente por meio de organismos vivos.
C Em segundo lugar, eles disseram: o metano não persistiria por muito tempo na atmosfera de planetas rochosos
habitáveis, sem um reabastecimento constante possivelmente por meio de organismos vivos.
D Em segundo lugar – eles disseram, o metano não persistiria por muito tempo na atmosfera de planetas rochosos
habitáveis, sem um reabastecimento constante, possivelmente por meio de organismos vivos.
E Em segundo lugar – eles disseram –, o metano não persistiria por muito tempo na atmosfera de planetas
rochosos habitáveis sem um reabastecimento constante, possivelmente por meio de organismos vivos.
4 0013 3 58 8 2
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
Mesmo que a bioquímica da vida alienígena seja radicalmente diferente da que existe na biosfera da Terra, a metanogênese é
uma estratégia metabólica óbvia e fácil para qualquer vida baseada em carbono, dadas as fontes de energia provavelmente
presentes em exoplanetas rochosos. (linhas 26 a 29)
Em relação ao período acima, assinale a alternativa em que esteja representada corretamente a estrutura sintática da sua
composição oracional.
A
4 0013 3 58 8 1
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
(Will Dunham. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/03/metano-pode-ser-a-chave-para-detectar-vida-
alienigena-em-um-planeta-distante.shtml. 31.mar.202
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta da das demais.
A acontecerá (linha 1)
4 0013 3 58 79
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
(Will Dunham. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/03/metano-pode-ser-a-chave-para-detectar-vida-
alienigena-em-um-planeta-distante.shtml. 31.mar.202
Primeiro, não seria surpreendente que a vida produzisse metano em outros ambientes. (linha 26)
4 0013 3 58 78
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
(Will Dunham. https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2022/03/metano-pode-ser-a-chave-para-detectar-vida-
alienigena-em-um-planeta-distante.shtml. 31.mar.202
Diferentemente de outras potenciais bioassinaturas tais como o oxigênio atmosférico... (linha 15)
Assinale a alternativa em que esteja indicada corretamente uma estrutura que poderia substituir o sublinhado no segmento
acima, sem ferir a norma culta.
A tal como
B tais quais
C tal qual
D tais qual
E tal quais
4 0013 3 58 77
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha, em seu processo de formação, sofrido parassíntese.
A humanidade (linha 1)
B dramática (linha 2)
C aterrissagem (linha 2)
D espaçonave (linha 2)
E alienígena (linha 2)
4 0013 3 58 76
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
Os cientistas estão na expectativa de que novas percepções sobre a atmosfera dos exoplanetas serão oferecidas pelo James
Webb e outros novos telescópios, examinado a química quando esses planetas distantes passarem diante das estrelas cujos
sistemas eles ocupam, da perspectiva da Terra. (linhas 41 a 43)
B catafórico
C exofórico
D dêitico
E epanafórico
4 0013 3 58 75
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
A maior parte do gás é gerada diretamente pela vida: micróbios produtores de metano em terras úmidas, arrozais ou nos
aparelhos digestivos de animais de grande porte. (linhas 21 a 22).
No período acima, o segmento após os dois-pontos, em relação ao afirmado anteriormente, apresenta uma relação de
A enumeração
B exemplificação
C explicação
D explicitação
E especificação
4 0013 3 58 74
Metano pode ser a chave para detectar vida alienígena em um planeta distante
I. Nos exoplanetas, basta a presença de metano para se con gurar a possibilidade de existência de vida, a chamada
bioassinatura.
II. Embora a presença de metano não seja a única bioassinatura, sua identi cação é altamente promissora, principalmente
porque a sua produção e manutenção na atmosfera dependem essencialmente de atividade biológica.
III. É mais provável que se encontre vida extraterrestre por meio de investigações cientí cas do que por mecanismos
glamourosos ou dramáticos, conforme inspiração do imaginário coletivo.
Assinale
4 0013 3 58 73
Questão 322 Sujeito simples
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997)
C Nesse país por onde erra / Meu longínquo divagar. (3ª estrofe).
4 0013 3 54 3 1
Questão 323 Emprego do artigo def inido Emprego do pronome possessivo Emprego geral
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997)
4 0013 3 54 3 0
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997)
Verifica-se rima (ou seja, coincidência final de sons) entre palavras de mesma classe gramatical em
4 0013 3 54 29
O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
(PESSOA, Fernando. Obra poética. Rio de Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997)
4 0013 3 54 28
Questão 326 Equivalência entre locuçõespalavras e entre conectivos Conjunções coordenativas adversativas
Conjunções coordenativas conclusivas
Ardil da desrazão
Imagine uma pessoa a velada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar um botão situado em
local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau in nitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir.
Um hambúrguer gratuito é então ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem
isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é su ciente para eletrocutar a vítima.
Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é,
por de nição, imperceptível − são todos “torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que
ponto a somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O experimento mental
concebido pelo lósofo britânico Derek Par t dá o que pensar. A mudança climática em curso equivale a uma espécie de
eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da
economia clássica. O aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta de
nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7 bilhões de habitantes da Terra
pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da escala de consumo, responde por 50% das emissões de
gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por 45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por
5%. Por seu modo de vida, situação geográ ca e vulnerabilidade material, este último grupo − o único inocente − é o mais
tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga
elétrica gerada é suficiente para eletrocutar a vítima.
Considerando o contexto, o termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido, por:
A conforme
B portanto
C pois
D contudo
E assim
4 0013 3 54 27
Imagine uma pessoa a velada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar um botão situado em
local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau in nitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir.
Um hambúrguer gratuito é então ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem
isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é su ciente para eletrocutar a vítima.
Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é,
por de nição, imperceptível − são todos “torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que
ponto a somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O experimento mental
concebido pelo lósofo britânico Derek Par t dá o que pensar. A mudança climática em curso equivale a uma espécie de
eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da
economia clássica. O aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta de
nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7 bilhões de habitantes da Terra
pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da escala de consumo, responde por 50% das emissões de
gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por 45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por
5%. Por seu modo de vida, situação geográ ca e vulnerabilidade material, este último grupo − o único inocente − é o mais
tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
A efeito isolado.
B torturadores inofensivos.
C ínfimas partículas.
D intenção humana.
E vulnerabilidade material
4 0013 3 54 26
Ardil da desrazão
Imagine uma pessoa a velada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar um botão situado em
local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau in nitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir.
Um hambúrguer gratuito é então ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem
isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é su ciente para eletrocutar a vítima.
Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é,
por de nição, imperceptível − são todos “torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que
ponto a somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O experimento mental
concebido pelo lósofo britânico Derek Par t dá o que pensar. A mudança climática em curso equivale a uma espécie de
eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da
economia clássica. O aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta de
nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7 bilhões de habitantes da Terra
pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da escala de consumo, responde por 50% das emissões de
gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por 45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por
5%. Por seu modo de vida, situação geográ ca e vulnerabilidade material, este último grupo − o único inocente − é o mais
tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
A “O efeito isolado de cada giro do botão é, por definição, imperceptível − são todos ‘torturadores inofensivos’.”
B “Imagine uma pessoa afivelada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas.”
C “O experimento mental concebido pelo filósofo britânico Derek Parfit dá o que pensar.”
4 0013 3 54 25
Ardil da desrazão
Imagine uma pessoa a velada a uma cama com eletrodos colados em suas têmporas. Ao se girar um botão situado em
local distante, a corrente elétrica nos eletrodos aumenta em grau in nitesimal, de modo que o paciente não chegue a sentir.
Um hambúrguer gratuito é então ofertado a quem girar o botão. Ocorre, porém, que, quando milhares de pessoas fazem
isso − sem que cada uma saiba das ações das demais −, a descarga elétrica gerada é su ciente para eletrocutar a vítima.
Quem é responsável pelo quê? Algo tenebroso foi feito, mas de quem é a culpa? O efeito isolado de cada giro do botão é,
por de nição, imperceptível − são todos “torturadores inofensivos”. Mas o efeito conjunto é ofensivo ao extremo. Até que
ponto a somatória de ínfimas partículas de culpa se acumula numa gigantesca dívida moral coletiva? − O experimento mental
concebido pelo lósofo britânico Derek Par t dá o que pensar. A mudança climática em curso equivale a uma espécie de
eletrocussão da biosfera. Quem a deseja? A quem interessa? O ardil da desrazão vira do avesso a “mão invisível” da
economia clássica. O aquecimento global é fruto da alquimia perversa de incontáveis ações humanas, mas não resulta de
nenhuma intenção humana. E quem assume − ou deveria assumir − a culpa por ele? Os 7 bilhões de habitantes da Terra
pertencem a três grupos: o primeiro bilhão, no cobiçado topo da escala de consumo, responde por 50% das emissões de
gases-estufa; os 3 bilhões seguintes por 45%; e os 3 bilhões na base da pirâmide (metade sem acesso a eletricidade) por
5%. Por seu modo de vida, situação geográ ca e vulnerabilidade material, este último grupo − o único inocente − é o mais
tragicamente afetado pelo “giro de botão” dos demais.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
Em sua argumentação, Eduardo Giannetti compara a “pessoa a velada a uma cama com eletrodos colados em suas
têmporas”
A ao aquecimento global.
B à mudança climática.
C à economia.
D à biosfera.
E às ações humanas.
4 0013 3 54 24
Questão 330 Voz passiva sintética Passagem de voz ativa para voz passiva sintética
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
Ao se transpor esse trecho para a voz passiva sintética, a forma verbal resultante será:
A Seriam transportadas
B transportavam
C Transportaram-se
D transportariam
E Transportam-se
4 0013 3 54 23
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
Sempre que haja necessidade expressiva de reforço, de ênfase, pode o objeto indireto vir repetido. Essa reiteração recebe
o nome de objeto indireto pleonástico. Ocorre objeto indireto pleonástico no seguinte trecho:
4 0013 3 54 22
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
Mentiria se dissesse que eram doze carros monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. (8º parágrafo)
A consequência
B oposição
C causa
D concessão
E condição
4 0013 3 54 21
Questão 333 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
A Ela se ergueu, ensaiou alguns passos airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. (1º
parágrafo)
B Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. (5º parágrafo)
D Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. (6º parágrafo)
E Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava dele, pois logo se percebeu sua natureza de
teleguiado. (8º parágrafo)
4 0013 3 54 20
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
Ao ser transposto para o discurso indireto, o texto acima assume a seguinte redação:
4 0013 3 54 19
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo instante que a mulher troque de sapato, não se sabe
bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do
apartamento. (7º parágrafo)
A expressão sublinhada acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido, por:
A à medida que
B apesar de que
C de maneira que
E a fim de que
4 0013 3 54 18
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
O termo que quali ca o substantivo na expressão acontecimento banal (1º parágrafo) tem sentido oposto àquele que
qualifica o substantivo em:
4 0013 3 54 17
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
4 0013 3 54 16
“A casadeira”,
1. Testemunhei ontem, na loja de Copacabana, um acontecimento banal e maravilhoso. A senhora sentou-se na banqueta e
cruzou elegantemente as pernas. O vendedor, agachado, calçou-lhe o par de sapatos. Ela se ergueu, ensaiou alguns passos
airosos em frente do espelho, mirou-se, remirou-se, voltou à banqueta. O sapato foi substituído por outro. Seguiu-se na
mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova veri cação especular. Isso, in nitas vezes.
No semblante do vendedor, nem cansaço, nem impaciência. Explica-se: a cliente não refugava os sapatos experimentados.
Adquiria-os todos. Adquiriu dozes pares, se bem contei.
2. − Ela está fazendo sua reforma de base? − perguntei a outro vendedor, que sorriu e esclareceu:
5. − Não é isso, senhor. Os dois primeiros maridos estão vivos. É casadeira, sabe como é?
6. Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. Oito ou nove pares
seriam talvez para irmãs de pé igual ao seu, que caram em casa? Hipótese boba, que formulei e repeli incontinente.
Ninguém neste mundo tem pé igual ao de ninguém, nem sequer ao de si mesmo, quanto mais ao da irmã. Daí avancei para
outra hipótese mais plausível. Aquela senhora, na aparência normal, devia ter pés suplementares, Deus me perdoe, e usava-
os dois de cada vez, recolhendo os demais mediante uma organização anatômica (ou eletrônica) absolutamente inédita.
Observei-a com atenção e zelo cientí co, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o segredo.
Nada disso. Até onde se podia perceber, eram apenas duas pernas, e bem agradáveis, terminando em dois exclusivos pés,
de esbelto formato.
7. Assim, a coleção era mesmo para casar − e quei conjeturando que o casamento é uma rara coisa, exigindo a todo
instante que a mulher troque de sapato, não se sabe bem para quê − a menos que os vá perdendo no afã de atirá-los sobre
o marido, e eles (não o marido) sumam pela janela do apartamento.
8. A senhora pagou − não em dinheiro ou cheque, mas com um sorriso que mandava receber num lugar bastante acreditado,
pois já reparei que as maiores compras são sempre pagas nele, e aos comerciantes agrada-lhes o sistema. As caixas de
sapato adquiridas foram transportadas para o carro, estacionado em frente à loja. Mentiria se dissesse que eram doze carros
monumentais, com doze motoristas louros, de olhos azuis. Não. Era um carro só, simplesinho, sem motorista, nem precisava
dele, pois logo se percebeu sua natureza de teleguiado. Sem manobra, echou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus
doze pares de França, perdão! de sapatos. Eu preveni que o caso era banal e maravilhoso.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. São Paulo: Companhia das Letras, 2020)
A Sem manobra, flechou no espaço e sumiu, levando a noiva e seus doze pares de França, perdão! de sapatos. (8º
parágrafo)
B Seguiu-se na mesma autocontemplação, e o novo par de sapatos foi experimentado, e nova verificação
especular. (1º parágrafo)
D Não me pareceu que, para casar pela terceira vez, ela tivesse necessidade de tanto calçamento. (6º parágrafo)
E Observei-a com atenção e zelo científico, na expectativa de movimento menos controlado, que denunciasse o
segredo. (6º parágrafo)
4 0013 3 54 15
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco surdiam-lhe das pedras da rua.
Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, espécie de andorinha, que
avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja em movimentos.
Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada,
graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Um vocábulo também pode ser formado quando passa de uma classe gramatical a outra, sem a modi cação de sua forma.
É o que se denomina derivação imprópria. Constitui exemplo de derivação imprópria o termo sublinhado em:
4 0013 3 53 27
Esaú e Jacó
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco surdiam-lhe das pedras da rua.
Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, espécie de andorinha, que
avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja em movimentos.
Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada,
graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Esaú e Jacó
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco surdiam-lhe das pedras da rua.
Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, espécie de andorinha, que
avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja em movimentos.
Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada,
graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
4 0013 3 53 24
Questão 342 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Esaú e Jacó
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco surdiam-lhe das pedras da rua.
Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, espécie de andorinha, que
avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja em movimentos.
Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada,
graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
“Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade”
B Visões e reminiscências.
C conselheiro Aires.
D pedido.
E Natividade.
4 0013 3 53 23
Esaú e Jacó
Visões e reminiscências iam assim comendo o tempo e o espaço ao conselheiro Aires, a ponto de lhe fazerem esquecer o
pedido de Natividade; mas não o esqueceu de todo, e as palavras trocadas há pouco surdiam-lhe das pedras da rua.
Considerou que não perdia muito em estudar os rapazes. Chegou a apanhar uma hipótese, espécie de andorinha, que
avoaça entre árvores, abaixo e acima, pousa aqui, pousa ali, arranca de novo um surto e toda se despeja em movimentos.
Tal foi a hipótese vaga e colorida, a saber, que se os gêmeos tivessem nascido dele talvez não divergissem tanto nem nada,
graças ao equilíbrio do seu espírito. A alma do velho entrou a ramalhar não sei que desejos retrospectivos, e a rever essa
hipótese, ele pai, estes meninos seus, toda a andorinha que se dispersava num farfalhar calado de gestos.
(Adaptado de: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
A preguiçosa
B distraída
C rancorosa
D submissa
E equilibrada
4 0013 3 53 22
Questão 344 Emprego do pronome relativo Substituição de pronome relativo por outro
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
“nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças,
o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos.” (4º parágrafo)
O termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção gramatical, por:
A nas quais
B na qual
C nos quais
D no qual
E a qual
4 0013 3 53 21
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
4 0013 3 53 20
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
Expressão expletiva é uma expressão que não exerce função sintática. (Adaptado de: BECHARA, Evanildo. Moderna
gramática portuguesa, 2009)
C Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva (4º parágrafo).
4 0013 3 53 19
Questão 347 Conjunções subordinativas adverbiais causais Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. (1º parágrafo)
A condição
B consequência
C causa
D finalidade
E proporção
4 0013 3 53 18
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
Ao ser transposto para o discurso indireto, o texto acima assume a seguinte redação:
C O cronista disse que não fora preciso rezar por minha alma desgovernada.
D O cronista disse que não era preciso rezar por sua alma desgovernada.
E O cronista disse que não é preciso rezar por sua alma desgovernada.
4 0013 3 53 17
Questão 349 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
A “É, meu filho, tudo isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...” (1º
parágrafo).
B “Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus assuntos são mais humildes,
minha fala, mais arrastada.” (2º parágrafo).
C “Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete.” (5º parágrafo).
D “Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro.” (3º parágrafo).
E “Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em aclive sobre a
encosta, emoldurado em muros brancos.” (5º parágrafo).
4 0013 3 53 16
Questão 350 Voz passiva analítica Passagem de voz ativa para voz passiva analítica
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
o meu ser denuncia minha falsa condição de morador do Rio de Janeiro. (2º parágrafo)
Ao se transpor o trecho acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
A foi denunciado
B denunciaria
C fora denunciada
D denunciara
E é denunciada
4 0013 3 53 15
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
O termo que quali ca o substantivo na expressão “velho pai” (1º parágrafo) tem sentido oposto àquele que quali ca o
substantivo em:
4 0013 3 53 14
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
No 1º parágrafo, em relação ao relato do filho sobre a capital, o velho pai mostra-se, sobretudo,
A rancoroso
B entediado
C reticente
D nostálgico
E entusiasmado
4 0013 3 53 12
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
E Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. (5º parágrafo)
4 0013 3 53 11
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
B “É, meu filho, tudo isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
(1º parágrafo)
C “Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete.” (5º parágrafo)
D “Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro.” (3º parágrafo)
E “Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva;” (4º parágrafo)
4 0013 3 53 10
Sempre me lembro da história exemplar de um mineiro que veio até a capital, zanzou por aqui, e voltou para contar em casa
os assombros da cidade. Seu velho pai balançou a cabeça; fazendo da própria dúvida a sua sabedoria: “É, meu lho, tudo
isso pode ser muito bonito, mas pai de família que não tem plantação, não sei não...”
Às vezes morro de nostalgia. São momentos de sinceridade, nos quais todo o meu ser denuncia minha falsa condição de
morador do Rio de Janeiro. A trepidação desta cidade não é minha. Sou mais, muito mais, querendo ou não querendo, de
uma indolência de sol parado e gerânios. Minha terra é outra, minha gente não é esta, meu tempo é mais pausado, meus
assuntos são mais humildes, minha fala, mais arrastada. O milho pendoou? Vamos ao pasto dos Macacos matar codorna? A
vaca do coronel já deu cria? Desta literatura rural é que preciso.
Eis em torno de mim, a cingir-me como um anel, o Rio de Janeiro. Velozes automóveis me perseguem na rua, novos
edifícios crescem fazendo barulho em meus ouvidos, a guerra comercial não me dá tréguas, o clamor do telefone me põe a
funcionar sem querer, a vaga se espraia e repercute no meu peito, minha inocência não percebe o negócio de milhões
articulado com um sorriso e um aperto de mão. Pois eu não sou daqui.
Vivo em apartamento só por ter cedido a uma perversão coletiva; nasci em casa de dois planos, o de cima, da família, sobre
tábuas lavadas, claro e sem segredos, e o de baixo, das crianças, o porão escuro, onde a vida se tece de nada, de
pressentimentos, de imaginação, do estofo dos sonhos. A maciez das mãos que me cumprimentam na cidade tem qualquer
coisa de peixe e mentira; não sou desta viração mesclada de maresia; não sei comer este prato vermelho e argênteo de
crustáceos; não entendo os sinais que os navios trocam na cerração além da minha janela. Con o mais em mãos calosas,
meus sentidos querem uma brisa à boca da noite cheirando a capim-gordura; um prato de tutu e torresmos para minha
fome; e quando o trem distante apitasse na calada, pelo menos eu saberia em que sentimentos desfalecer.
Ando bem sem automóvel, mas sinto falta de uma charrete. Com um matungo que me criasse amizade, eu visitaria o vigário,
o médico, o turco, o promotor que lê Victor Hugo, o italiano que tem uma horta, o ateu local, o criminoso da cadeia, todos
eles muitos meus amigos. Se aqui não vou à igreja, lá pelo menos frequentaria a doçura do adro, olhando o cemitério em
aclive sobre a encosta, emoldurado em muros brancos. Aqui jaz Paulo Mendes Campos. Por favor, engavetem-me com
simplicidade do lado da sombra. É tudo o que peço. E não é preciso rezar por minha alma desgovernada.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Balé do pato. São Paulo: Ática, 2012)
A entusiasmo
B orgulho
C inadequação
D inveja
E curiosidade
4 0013 3 53 08
Assinale a frase abaixo em que o processo utilizado para evitar a repetição de termos idênticos foi o da substituição por
hiperônimo.
E Os indígenas brasileiros sobreviveram em pequeno número, pois nem sempre os indivíduos dos povos originários
foram bem-tratados.
4 0013 3 4 64 4
Assinale a opção em que a palavra formada com o radical mania tem seu valor semântico corretamente indicado.
4 0013 3 4 64 3
Assinale a frase em que o vocábulo “mais” mostra valor semântico e de classe diferente das demais.
A Cinco reais no bolso valem mais do que um amigo no palácio do governo.
4 0013 3 4 64 2
Assinale a frase em que a troca de posição dos termos sublinhados provoca modificação de sentido.
B Não são os grandes planos que dão certo; são os pequenos detalhes.
4 0013 3 4 64 0
D Existem dias de bom tempo em que é melhor divertir-se do que fazer negócio.
4 0013 3 4 63 8
Assinale a frase que se estrutura a partir de uma antítese entre seus componentes.
A Aos 40 anos, o homem já não sabe mais que trabalhar. Trabalhar é caminhar de encontro a nós mesmos.
4 0013 3 4 63 6
Todas as frases abaixo contêm adjetivos; assinale a frase em que esse adjetivo tem o valor de qualificação.
4 0013 3 4 63 4
Assinale a opção em que a modificação da frase verbal por uma forma nominal foi realizada corretamente.
A A função de todos os diretores executivos é destruir boas ideias / é a destrutividade das boas ideias.
D A presença é a chave para participar de negócios globais / para a partição de negócios globais.
E Os anúncios contêm as únicas verdades que merecem crer-se em um jornal / que merecem crédito em um jornal.
4 0013 3 4 63 3
Assinale a opção que mostra uma frase em que o deslocamento de termos modifica o seu sentido original.
A Antes que eles nos jantem, temos de almoçá-los / Temos de almoçá-los antes que eles nos jantem.
B Um hoje vale por dois amanhãs / Um vale hoje por dois amanhãs.
C Quando um trabalho fala por si, não interrompa / Não interrompa, quando um trabalho fala por si.
D Dinheiro é como um braço ou uma perna: use-o ou perca-o / Dinheiro é como um braço ou uma perna: perca-o
ou use-o.
4 0013 3 4 63 2
Assinale a opção que apresenta a frase que exemplifica o gênero textual descritivo.
D Não fale sobre as minhas dívidas, a menos que você queira pagá-las.
4 0013 3 4 63 1
As frases abaixo mostram exemplos de demonstrativos; assinale a frase em que o emprego desse demonstrativo está
correto.
A O melhor sinal de ser bom é este: não temer nem dever, e o maior da maldade é não temer nem pagar.
B Não se envolva com seu chefe. Se acontecer, não conte aquilo a pessoa alguma.
E Não é ignorante este que faz tolice, e sim esse que, feita, não a sabe encobrir.
4 0013 3 4 63 0
4 0013 3 4 629
Assinale a frase abaixo que mostra intertextualidade na alusão a outro texto bastante conhecido.
4 0013 3 4 628
4 0013 3 4 627
B necessidade / ação.
C ação / efeito.
D causa / consequência.
E motivação / ação.
4 0013 3 4 626
Assinale a frase em que a Natureza é mostrada como exemplo positivo para o homem.
A A natureza é grande nas grandes coisas, mas é grandiosa nas pequenas coisas.
4 0013 3 4 625
Um conhecido pensador indiano disse em uma de suas re exões: “Os sábios dizem que a vossa luz se apagará um dia”,
disseram os pirilampos às estrelas. Estas, porém, não responderam nada”.
4 0013 3 4 624
Um famoso bispo brasileiro, Dom Hélder Câmara, alertava: “De nada adiantará venerarmos belas imagens de Cristo se não
identi carmos o Cristo na criatura humana a ser arrancada do subdesenvolvimento. No Nordeste, Cristo se chama Zé,
Antônio, Severino”.
D o abandono da religião por uma atividade voltada essencialmente para as necessidades humanas.
4 0013 3 4 623
O célebre poeta Pablo Neruda a rmou certa vez: “As religiões foram berço da poesia, e esta se juntou a elas fertilizando os
mitos, colaborando como incenso no entardecer das basílicas”.
Segundo esse pensamento, a relação entre as religiões e a poesia pode ser vista do seguinte modo:
A por serem de espaços culturais diferentes, a religião e a poesia são independentes uma da outra.
B a religião e a poesia possuem a mesma origem, daí que mostrem semelhanças profundas.
4 0013 3 4 622
4 0013 3 4 620
Um dos problemas da escrita está no emprego de palavras desnecessárias devido ao fato de seu signi cado já estar
expresso em outra palavra da mesma frase.
4 0013 3 4 618
Raros são o secretário ou secretária que, enviando a alguém um documento ou um livro, não comece a carta escrevendo
“Anexo lhe envio”.
Assinale a frase abaixo que está em desacordo com as normas gramaticais cultas.
4 0013 3 4 616
Questão 379 Função ref erencial inf ormativa ou denotativa Função emotiva ou expressiva
Função conativa ou apelativa
Numa de suas famosas crônicas, Machado de Assis faz o seguinte comentário: “Há um bom costume na Índia que eu
quisera ver adotado no resto do mundo, ou pelo menos aqui no Rio de Janeiro. A visita não é que se despede; é o dono da
casa que a manda embora”.
Como ocorre em todo ato comunicativo, a linguagem nele empregada mostra uma função predominante; neste caso, a
função predominante da linguagem é
4 0013 3 4 614
Assinale a frase abaixo em que o vocábulo menos mostra uma classe gramatical diferente das demais.
A O candidato estava com menos disposição para o estudo.
4 0013 3 3 4 11
“A rua estava cheia de gente, pois havia um festival de cinema na pequena cidade. Via-se logo que se tratava de pessoas
que não conheciam o local. Entre esses visitantes, um estacionou o seu carro diante da porta da minha garagem. Tentei
chamá-lo, mas o perdi no meio da aglomeração. Telefonei para a polícia local, mas não havia viatura disponível. Perdoei o
transgressor mentalmente e fui dormir”.
E Tentei chamá-lo.
4 0013 3 3 4 10
Assinale a opção com duas ações em sequência que mostram uma relação de causa e consequência.
4 0013 3 3 4 09
Veja a seguinte descrição: “Fábio é um rapaz bonito: cabelo louro esvoaçante, esteticamente desgrenhado, olhos claros
sobre um nariz a lado, lábios nos, tórax largo, cintura estreita e pernas alongadas, numa gura que em nada faz adivinhar
sua bondade interior”.
Sobre a estratégia descritiva desse texto, assinale a afirmativa correta.
4 0013 3 3 4 08
Um aluno do ensino fundamental decidiu dar voz aos animais que estavam presentes em sua redação. Assinale a opção em
que o verbo utilizado está adequado ao nome do animal.
A a galinha balia.
B o peru bramia.
C o lobo uivava.
D a vaca rosnava.
E o cavalo silvava.
4 0013 3 3 4 07
As frases abaixo foram retiradas de para-choques de caminhões. Assinale a frase que é acompanhada da causa adequada
dessa frase, que dá coerência a ela.
B Graças a Deus que só um dos candidatos pode ganhar! / caso contrário, após as eleições, continuariam brigando.
C Os direitos do homem são três: ver, ouvir e calar / o homem tem autoridade fora de sua casa.
4 0013 3 3 4 06
De todas as notícias de jornais abaixo transcritas, assinale aquela que mostra uma inferência adequada.
A Houve um pequeno tremor de terra no Chile / os vinhos chilenos vão ter o preço reduzido.
B Haverá eleição no próximo domingo / o candidato eleito vai ter o apoio do Congresso.
D O passageiro transportava seu computador / o passageiro estava com seu trabalho atrasado.
E O motorista comprou novos óculos / óculos velhos trazem problemas de vários tipos.
4 0013 3 3 4 05
Observe a frase seguinte: “É natural que os franceses considerem suas trufas as melhores, com uma teimosia própria
dos compatriotas de Charles de Gaulle. Todo aquele versado na matéria sabe que o tartufo branco italiano, natural do país, é
muito superior àquelas”.
A teimosia / matéria.
B àquelas / compatriotas.
D país / franceses.
E natural / aquele.
4 0013 3 3 4 04
Os livros didáticos ensinam que os textos dissertativos discutem um tema, defendem uma opinião, contrariam uma ideia
oposta, fornecem informações etc.
B Como diz a sabedoria popular, mais vale a quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
D Uma única vela pode acender outras mil sem perder a sua força.
E Amar profundamente em uma direção nos torna mais amorosos em todas as outras.
4 0013 3 3 4 02
Na descrição de uma paisagem, o autor do texto empregou os seguintes pares de palavras: céu azul, mar agitado, aves
ruidosas, ruído agradável, águas cálidas, atmosfera barroca, nuvens densas...
Entre todos os adjetivos empregados, os dois que pertencem a um grupo diferente dos demais, são
A céu azul / mar agitado.
4 0013 3 3 4 01
Assinale o segmento textual abaixo que deve ser incluído entre os textos normativos.
D Todos estavam preocupados diante da ação policial, que costumava ser forte e rápida.
4 0013 3 3 4 00
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
Ao dizer que não dispõe de estatísticas con áveis, o enunciador faz referência a um recurso da argumentação que tem
como principal objetivo:
A Confrontar ideias.
4 0013 3 3 24 0
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
As várias possibilidades de signi cados apresentados para a palavra “amanhã” no segundo parágrafo têm uma relação
diretamente estabelecida com
A o enunciador do texto.
B o interlocutor do texto.
4 0013 3 3 23 9
Questão 393 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
“Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte
do tradutor.” (1º§) O termo destacado anteriormente faz referência a (à)
E seu trabalho de tradutor, complexo e intenso, muitas vezes não alcançando uma solução satisfatória.
4 0013 3 3 23 8
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
A expressão “coitado do alemão” foi empregada pelo enunciador para produzir um efeito
A Ironia
B Exagero
C Desprezo
D Clemência
E Indignação
4 0013 3 3 23 7
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
Dentre as formas verbais e modos empregados no primeiro parágrafo, pertence ao modo subjuntivo apenas a forma vista
em:
4 0013 3 3 23 6
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, pode-se a rmar em relação ao trecho destacado a seguir “Isto dá para ser
resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor.” (1º§)
que:
I. É facultativo.
II. É obrigatório.
A I.
B V.
C II e III.
D II e IV.
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As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
De acordo com as ideias e informações trazidas ao primeiro parágrafo do texto, pode-se afirmar que:
A Independente do tipo de tradução feita por profissional da área, a complexidade se faz sempre presente.
B Equivalências sinônimas perfeitas são, do ponto de vista do enunciador, por vezes difíceis de serem realizadas.
C A equivalência de significado está diretamente relacionada ao idioma pretendido para que se faça determinada
tradução.
D As variações e nuances dos significados de determinada palavra são identificadas constantemente por todos os
falantes de um idioma.
E A irrealidade acerca da equivalência de determinadas palavras muitas vezes não pode ser percebida
imediatamente ou facilmente por falante de idioma diverso daquele para o qual busca tal relação.
4 0013 3 3 23 4
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
“Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de gíria, exões verbais, declinações e coisas assim.” (1º§) No
trecho destacado anteriormente, é possível observar que a forma verbal “refiro” possui como complemento, termos
4 0013 3 3 23 3
Questão 399 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
D É um exemplo do emprego de figura de linguagem em que é possível identificar uma crítica feita pelo escritor.
E Apresenta ao interlocutor uma possibilidade de conceito acerca do termo “vida” em oposição ao duvidoso
amanhã.
4 0013 3 3 23 2
As traduções são muito mais complexas do que se imagina. Não me re ro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, exões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Re ro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes. Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”. Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando
que, quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra
riquíssima e tenho certeza de que, se o Grande Duden fosse brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela e
outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” signi ca, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”, “vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”, “vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos
excepcionalíssimos, “amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no Brasil sabe que são necessários vários anos
de treinamento para distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro, quando ele responde, com a habitual
cordialidade nonchalante, que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não
disponho de estatísticas con áveis, mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no
Brasil o fazem por causa de “amanhãs” casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para grande espanto de
seus amigos brasileiros – esses alemães são uns loucos, é o que qualquer um dirá.
De acordo com as funções sintáticas exercidas pelos termos da oração, pode-se a rmar que a estrutura linguística do título
do texto apresenta:
C A composição de uma frase verbal em que a ação verbal expressa é o centro do predicado.
E Predicado nominal em que o predicativo do sujeito é responsável por expressar informação relacionada ao
sujeito.
4 0013 3 3 23 1
A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, da “Roda de
Conversa Literária” em homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
[...]
Na ocasião, a coordenadora do Nudephac colocou a estrutura do núcleo à disposição para colaborar com a preservação
das obras de João Ubaldo, e enfatizou o valor do escritor baiano para a cultura: “É importante enaltecer a gura do escritor
João Ubaldo Ribeiro, itaparicano, com relevância nacional e internacional. Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas
belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações”.
Pode-se afirmar que o título do texto “MP participa de roda de conversa em homenagem a escritor João Ubaldo Ribeiro”:
A Apresenta emprego de recurso estilístico em sua construção.
C Utiliza elementos que contribuem para que a homenagem ao escritor seja estabelecida.
4 0013 3 3 23 0
A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, da “Roda de
Conversa Literária” em homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
[...]
Na ocasião, a coordenadora do Nudephac colocou a estrutura do núcleo à disposição para colaborar com a preservação
das obras de João Ubaldo, e enfatizou o valor do escritor baiano para a cultura: “É importante enaltecer a gura do escritor
João Ubaldo Ribeiro, itaparicano, com relevância nacional e internacional. Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas
belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações”.
Considerando os elementos linguísticos utilizados na construção do texto, pode-se afirmar que se trata de um texto:
4 0013 3 3 229
A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, da “Roda de
Conversa Literária” em homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
[...]
Na ocasião, a coordenadora do Nudephac colocou a estrutura do núcleo à disposição para colaborar com a preservação
das obras de João Ubaldo, e enfatizou o valor do escritor baiano para a cultura: “É importante enaltecer a gura do escritor
João Ubaldo Ribeiro, itaparicano, com relevância nacional e internacional. Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas
belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações”.
“Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações.” Acerca do
sintagma sublinhado, pode-se afirmar que:
C É responsável por acrescentar informações novas acerca do referente introduzido no texto anteriormente.
D O termo empregado consiste na indeterminação proposital do sujeito, não sendo necessária a sua especificação.
E Trata-se do emprego de um dos mecanismos de coesão textual, já que sua função sintática é considerada
essencial.
4 0013 3 3 228
A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, da “Roda de
Conversa Literária” em homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
[...]
Na ocasião, a coordenadora do Nudephac colocou a estrutura do núcleo à disposição para colaborar com a preservação
das obras de João Ubaldo, e enfatizou o valor do escritor baiano para a cultura: “É importante enaltecer a gura do escritor
João Ubaldo Ribeiro, itaparicano, com relevância nacional e internacional. Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas
belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações”.
IV. “A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25.”
Verifica-se a possibilidade de reescrita empregando-se o termo agente da passiva em:
4 0013 3 3 226
A promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Nudephac)
Eduvirges Ribeiro Tavares participou ontem, dia 25, na Biblioteca Juracy Magalhães Júnior, em Itaparica, da “Roda de
Conversa Literária” em homenagem ao escritor João Ubaldo Ribeiro.
[...]
Na ocasião, a coordenadora do Nudephac colocou a estrutura do núcleo à disposição para colaborar com a preservação
das obras de João Ubaldo, e enfatizou o valor do escritor baiano para a cultura: “É importante enaltecer a gura do escritor
João Ubaldo Ribeiro, itaparicano, com relevância nacional e internacional. Autor sempre declarou o amor por Itaparica, suas
belezas naturais e patrimônio cultural em suas criações”.
Considerando-se o contexto e o efeito de sentido provocado, a substituição dotermo sublinhado pelo indicado entre
parênteses altera o sentido do trecho destacado em:
A I, II e III.
B I, apenas.
C II, apenas.
D III, apenas.
E I e II, apenas.
4 0013 3 3 224
Questão 406 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
I. As Olimpíadas Especiais das Apaes são realizadas atualmente a cada três anos.
III. Os atletas passam pelas seletivas estaduais, que ocorreram ao longo do ano, antes de chegar à edição nacional.
A Apenas I.
B Apenas II.
C Apenas III.
D Apenas II e III.
E I, II e III.
4 0013 28 964
A Explicativa.
B Conclusiva.
C Alternativa.
D Aditiva.
E Adversativa.
4 0013 28 963
Questão 408 Casos obrigatórios de crase Casos f acultativos de crase Casos em que não há crase
No texto temos: “Ao enfatizar a importância do esporte para o desenvolvimento e a promoção da inclusão social e da
cidadania, principalmente no que diz respeito às pessoas com de ciência”. Qual das alternativas abaixo apresenta o uso
INCORRETO de crase?
A O pedestre foi arremessado à distância de cem metros.
E O perito passou a comparar as letras e os algarismos da segunda à quarta coluna, com as letras e algarismos dos
demais dizeres do documento.
4 0013 28 962
Para representar o fonema /j/ existem duas letras: g e j. A palavra “ginásticas” é grafada com g. Assinale a alternativa que
apresenta o uso INCORRETO desse fonema.
A Apogeu.
B Geito.
C Granjeiro.
D Sugestão.
E Lisonjeiro.
4 0013 28 961
Questão 410 Ref orma Ortográf ica de 2009 Novo Acordo Ortográf ico Acentuação de vocábulos oxítonos
Observe a gra a de têm (l. 25) e assinale a alternativa que apresenta a palavra acentuada corretamente, conforme o acordo
ortográfico vigente.
A Bambú.
B Idéia.
C Reduzí-lo.
D Zebú.
E Influí.
4 0013 28 960
D O movimento apaeano promove os meios para que as pessoas com deficiência tenham autonomia,
empoderamento e condições de realizar os sonhos delas.
4 0013 28 959
A Fracionário.
B Cardinal.
C Multiplicativo.
D Ordinal.
E Romano.
4 0013 28 958
A Substantivo.
B Artigo.
C Adjetivo.
D Pronome.
E Verbo.
4 0013 28 957
Questão 414 Pretérito imperf eito Pretérito maisqueperf eito Futuro do presente
“esteve” (l. 03) é a forma do verbo “estar” na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo. Relacione a
Coluna 1 à Coluna 2, associando os tempos verbais com o verbo conjugado.
Coluna 1
1. Futuro do pretérito.
2. Pretérito mais-que-perfeito.
3. Pretérito imperfeito.
4. Futuro do presente.
Coluna 2
( ) Estivera.
( ) Estava.
( ) Estaria.
( ) Estará.
A 2 – 3 – 1 – 4.
B 1 – 2 – 3 – 4.
C 2 – 3 – 4 – 1.
D 2 – 1 – 3 – 4.
E 1 – 2 – 4 – 3.
4 0013 28 956
No texto, temos: “(...) além dos serviços ofertados nas áreas de assistência social, educação, saúde, trabalho e cultura, a
Rede Apae Brasil, presente em 2.224 municípios, também desenvolve trabalhos voltados ao esporte”. Assinale a alternativa
que classifica a palavra destacada.
A Advérbio.
B Conjunção.
C Preposição.
D Adjetivo.
E Pronome.
4 0013 28 955
Questão 416 Emprego de letra S com som de Z Emprego da letra Z Emprego das letras S ou Z
No texto temos as palavras “mesa” e “grandeza”. Assinale a alternativa que apresenta a palavra grafada corretamente.
A Milaneza.
B Burguêz.
C Baronesa.
D Amenisar.
E Frizar.
4 0013 28 954
No texto temos a palavra “privilégio” (l. 30). Na língua falada, a distinção entre as vogais /e/ e /i/, nem sempre é nítida. Por
isso, nascem as dúvidas na grafia de algumas palavras. Assinale a alternativa que apresenta grafia correta das palavras.
A Entitular.
B Abençoe.
C Disperdício.
D Impecilho.
E Artefício.
4 0013 28 953
Assinale a alternativa que NÃO poderia substituir, pois altera o sentido do texto, a palavra “enfatizar” (l. 15).
A Destacar.
B Realçar.
C Ressaltar.
D Salientar.
E Atenuar.
4 0013 28 952
( ) A competição deste ano contará com 11 modalidades, sendo cinco coletivas e seis individuais.
( ) A Rede Apae Brasil oferece assistência social, educação, saúde, trabalho e cultura, em 2.224 municípios e desenvolve
trabalhos voltados ao esporte somente nas capitais.
( ) Este ano serão 23 estados, com a participação de mais de 1,6 mil pessoas, entre atletas, técnicos e acompanhantes.
A V – F – F – V.
B V – V – F – F.
C V – F – V – F.
D F – V – F – V.
E F – F – V – V.
4 0013 28 951
I. A primeira edição nacional da 23ª Olimpíadas Especiais das Apaes aconteceu na cidade do Rio de Janeiro (RJ), em 1973.
O Rio Grande do Sul foi o último Estado a sediar o evento, em 2018, em Canoas.
III. O vice-presidente da Fenapaes pontuou a importância do esporte para o desenvolvimento e a promoção da inclusão
social e da cidadania, no que diz respeito às pessoas com de ciência, e que o evento é um dos momentos em que o
apaeano pode mostrar à sociedade brasileira que deficiência não é sinônimo de incapacidade.
A Apenas I.
B Apenas II.
C Apenas III.
D Apenas II e III.
E I, II e III.
4 0013 28 950
O texto a rma (l.3-5) que a dinâmica tradicional é que o dinheiro seja usado na construção e aquisição de imóveis, mas não
diz que estas são as duas únicas modalidades. Diz ainda (l.9-10) que as decisões sobre o que fazer com os recursos são
tomadas pelo gestor do fundo, seguindo objetivos e políticas predefinidos.
I. pré-definidos
II. pré-definidas
III. predefinidos
IV. predefinidas
A(s) forma(s) que preenche(m) o espaço vazio 1 de forma ortográ ca, gramaticalmente coesa e que respeita as regras de
concordância nominal da gramática tradicional do português brasileiro é/são:
A III.
B I e II.
C I e III.
D II e IV.
E III e IV.
4 0013 27206
A partir da leitura do Texto, e considerando apenas o contexto por ele apresentado, avalie as seguintes asserções e a
relação proposta entre elas.
PORQUE
II. As decisões sobre como deve ser usado o dinheiro do fundo são tomadas pelo gestor do fundo, seguindo princípios
definidos anteriormente.
4 0013 27204
A narrativo
B descritivo
C dissertativo-argumentativo
D dissertativo-expositivo
E injuntivo
4 0013 27203
A partir da leitura do Texto é correto afirmar que ao adquirir um conjunto de cotas de um fundo imobiliário, o investidor:
A Compra partes de imóveis, que ele poderá utilizar para moradia ou aluguel.
B Adquire direitos parciais sobre os imóveis do fundo imobiliário e passa a pagar uma taxa de condomínio ao
administrador do fundo.
C Passa a ter direito aos ganhos obtidos pelo gestor do fundo, de acordo com a proporção de cotas que adquiriu.
D Responde legalmente por possíveis problemas com os imóveis geridos pelo fundo.
E Participa de reuniões com os demais cotistas para definir como serão geridos os imóveis do fundo.
4 0013 27202
I. a
II. à
III. há
A(s) forma(s) que preenche(m) o espaço vazio 1 de forma ortográ ca, gramaticalmente coesa e que respeita as regras de
concordância nominal da gramática tradicional do português brasileiro é/são:
A I apenas.
B II apenas.
C III apenas.
D I e II apenas.
E II e III apenas.
4 0013 27199
No trecho “Seu corpo diretivo e clínico é constituído por médicos que usualmente têm dificuldade de aceitar” a forma “que”
em destaque é utilizada como:
C pronome relativo.
D conjunção coordenativa.
E pronome indefinido.
4 0013 27197
Numere os períodos seguintes observando a ordem em que devem ocorrer para constituírem um texto coeso e coerente.
Assinale em seguida o item que apresenta a ordem correta, de acordo com a sua numeração.
( ) não adquiriram conhecimentos necessários para tal e agem como se fossem profissionais especializados na área.
( ) A organização hospitalar apresenta estrutura orgânica extremamente complexa, na medida em que exige conhecimentos
específicos necessários para gerir recursos físicos e humanos.
( ) Nos dias atuais, segundo Cherubin (1999), ainda predomina uma administração pouco pro ssionalizada, executada por
médicos proprietários, que, em sua maioria,
A 1, 2, 3, 4 e 5
B 1, 4, 3, 2 e 5
C 5, 4, 1, 2 e 3
D 2, 5, 1, 4 e 3
E 5, 2, 1, 4, e 3
4 0013 27196
Assinale a única alternativa que completa de forma coesa e coerente o trecho a seguir:
O hospital é um local da disciplina médica, no qual o médico controla o cotidiano dos demais pro ssionais, determinando o
tipo de comportamento esperado.
A Por isso, os demais profissionais devem exercer suas tarefas sempre visando o bem-estar dos pacientes,
independentemente do comportamento que os médicos esperam deles.
B Apesar disso, os demais profissionais devem adotar posturas que os médicos considerem adequadas.
C Desta forma, dentro do hospital, os demais profissionais acabam tendo que se submeter às exigências dos
médicos.
D Por isso as tarefas de cada profissional dentro do hospital devem ser determinadas pelo administrador hospitalar.
E Apesar disso os administradores hospitalares se ressentem da falta de autonomia na gestão dos hospitais
4 0013 27194
B consideram os médicos superiores aos demais profissionais que atuam no ambiente hospitalar.
D Acreditam que a qualidade dos serviços prestados pelo hospital seria melhor se tivessem mais autonomia na
gestão.
E recebem salários inferiores aos de qualquer dos médicos do hospital em que trabalham.
4 0013 27193
A partir da leitura do Texto, o autor buscou informações sobre con itos entre médicos e administradores hospitalares
analisando pontos de vista:
I. dos médicos.
A apenas em I.
B apenas em II.
C apenas em I e II.
D apenas em I e III.
E apenas em II e III.
4 0013 27192
De acordo com o Texto, a di culdade para aceitar normas disciplinares e para ouvir recomendações ca acentuada quando
a orientação
A parte de um profissional médico e se destina a outro profissional médico.
4 0013 27190
A referencial
B conativa
C metalinguística
D fática
E poética
4 0013 27171
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
4 0013 26976
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
Há palavra que estabelece coesão entre os elementos do texto classificada como conjunção integrante em:
C “... ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada...”
4 0013 26975
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
“Belém andara indagando dos nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema.” O verbo principal
da locução verbal está empregado no:
A Pretérito perfeito.
B Futuro do presente.
C Futuro do pretérito.
D Pretérito imperfeito.
E Pretérito mais-que-perfeito.
4 0013 26974
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
4 0013 26973
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
No trecho:
“... pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas...”
4 0013 26972
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
‘Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz traiçoeira do
Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela.’
B ‘Levantamos’ está empregado no sentido de pôr-se de pé, logo é verbo transitivo indireto.
C ‘Portou’ está empregado no sentido de chegar num lugar específico, logo é verbo intransitivo.
D ‘Emprestar’ está empregado no sentido de ceder algo a alguém, logo é verbo transitivo indireto.
E ‘Estávamos’ está empregado no sentido de expressar estado temporário, logo é verbo intransitivo.
4 0013 26971
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
A crônica
B fábula
C conto
D diário
E carta
4 0013 26970
Questão 440 Ditongo Encontros consonantais Dígraf os e díf onos
Texto
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara que nos guiasse através da foz
traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz
tão literária e que comove tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas por
demais cam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do Amazonas é uma dessas grandezas
tão grandiosas que ultrapassam as percepções siológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência.
O que a retina bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no longe mal percebido
das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um dos elementos mais grandiosos do sublime. É
incontestável que Dante e o Amazonas são igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade
que tem nessas monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma lindeza os barcos
veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao horizonte plantado de árvores que a refração
apara do rme das ilhas e ao livro de Jó. A foz do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão
dos cinemas no Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos lá antes da chuva e o calor era
tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as
velas roseadas azuis negras se abanando com lerdeza. Nos esperavam o cialmente no cais dois automóveis da Presidência
prontinhos pra batalha de ores. Pra cada uma das companheiras do poeta um buquê famoso, fomos. Então passamos
revista a todos os desperdícios da chegada. Só de noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos
nossos gostos e mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não percas tempo,
filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado, anotada e acrescida de documentos
por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ; Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68
– 70
“... acha uma lindeza os barcos veleiros coloridos ...” Considere as palavras ‘acha’ – ‘veleiros’ – ‘pretendentes’ e analise as
afirmativas:
A Apenas em I.
B Apenas em II.
C Apenas em I e II.
D Apenas em I e III.
E Apenas em II e III.
4 0013 26969
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde
do município para informações sobre locais e horários de tratamento.”
A adição.
B contraste.
C conclusão.
D finalidade.
4 0013 268 29
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser responsável por
10% do total de mortes globais.”
Esse trecho pode, mantendo seu sentido original, ser reescrito da seguinte forma, exceto:
A O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, mas, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
B O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, portanto, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
C O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, porém, até 2030 pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
D O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, todavia, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
4 0013 268 27
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre
os entrevistados.”
A pontuação.
B acentuação.
C regência.
D concordância.
4 0013 268 25
Questão 444 Interpretação de charges e tirinhas Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
A “Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está
relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças [...].”
B “De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso
atual de produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que
representa 443 mortes por dia.”
C “Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os
entrevistados. O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%.”
D “Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos
jovens, acima de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados.”
4 0013 268 23
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
A derivação prefixal é a junção de um afixo ao início de uma palavra já existente para a criação de uma nova unidade lexical.
A Webconferência.
B Ex-usuários.
C Segunda-feira.
D Não transmissíveis.
4 0013 268 16
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do
combate ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia.”
Assinale a alternativa cujas palavras destacadas não pertencem à mesma classe de palavras daquelas destacadas no trecho
anterior.
A “No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a
PNS, e as mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.”
B “Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está
relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do
aparelho respiratório, como enfisema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio,
hipertensão arterial e acidente vascular cerebral.”
C “O número de fumantes diminuiu no Brasil e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), com o apoio do Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado
o Dia Mundial sem Tabaco.”
D “Já no dia 2 de junho, o INCA promove a webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O
encontro reunirá especialistas para debater a relação entre tabagismo e Covid-19.”
4 0013 268 13
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
A O estado de São Paulo está entre os estados com maiores percentuais de fumantes homens e mulheres no país.
B A região NE teve a maior redução do país no número de fumantes; no entanto, os números ainda exigem
atenção.
C O número de homens adultos fumantes é maior que o de mulheres, e maior entre os idosos acima de 65 anos do
que em jovens com menos de 25 anos.
D Os fumantes passivos correm os mesmos riscos que aqueles que efetivamente fumam, independentemente do
tipo de cigarro.
4 0013 26755
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
Disponível em: https://bityli.com/fYuwb. Acesso em: 1 maio 2022 (adaptado).
A Dados estatísticos.
B Informatividade.
C Discurso direto.
D Linguagem formal.
4 0013 26753
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
B Sensibilizar as pessoas.
C Informar os leitores.
4 0013 26751
Questão 450 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito
telefônico, apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a
2019. Nas 27 capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que
no feminino (7,7%). No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos
de idade) e entre os adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no
sexo masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%),
São Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação
entre tabagismo e Covid-19.
I. Mesmo com números positivos, ainda há motivo de preocupação em relação aos fumantes.
II. Atualmente, há uma série de recursos gratuitos para aqueles que desejam parar de fumar.
III. O Dia Mundial sem Tabaco é uma data apenas comemorativa, que não busca influenciar na decisão de fumar ou não.
A I e II, apenas.
B I e III, apenas.
C II e III, apenas.
D I, II e III.
4 0013 26750
Nas falas da tirinha de Armandinho, percebe-se uma diferença na forma de se referir à mandioca. A essa variação linguística
dá-se o nome de
A Geográfica.
B Histórica.
C Situacional.
D Social.
4 0013 21268
A É preciso que eles se esforcem para conseguir chegar no horário, por mais que seja difícil.
4 0013 21266
4 0013 21265
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Os referentes dos pronomes destacados estão corretamente identificados entre parênteses, EXCETO em:
A [...] uma delas marcou-me muito: a do excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de
defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de campo derrotado [...].” (o excelente goleiro da Polônia
Wojcech Szczesny)
B “[ ] todos tinham um psicanalista e que esse profissional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E
o sujeito que, por qualquer razão eventual, deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, ficava incapacitado para os
amores, os negócios e as bandalheiras.” (o sujeito)
C “As derrotas nos ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e
muito aprendizado.” (As derrotas)
D “Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças, mas é indispensável
aos adultos saber administrá-la.” (maturidade)
4 0013 21264
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
B “Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado.”
D “Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças [...].
4 0013 21261
4 0013 21256
Ao ler a tirinha, percebe-se que o que fez com que a personagem se sentisse vingada foi
4 0013 21255
Questão 458 Crase
Observe a placa:
4 0013 21254
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Em: “Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem cuidado com
as celebrações exageradas, a nal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.”, os verbos destacados
estão flexionados, respectivamente, nos seguintes tempos:
4 0013 21252
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Ao se referir aos netos como “alguns ainda muito verdinhos”, pode-se interpretar que o locutor do texto queria dizer que
eles eram, EXCETO:
A crianças.
B imaturos.
C inexperientes.
D jovens.
4 0013 2124 8
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Em: “Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas as
portas estão abertas para se consagrar como técnico.”, a palavra ocaso pode ser substituída por
A final.
B poderio.
C clímax.
D crescimento.
4 0013 2124 7
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Em: “Apropriar-se de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais.”, isso se refere a
A Apropriar-se de um fracasso.
D Um fracasso.
4 0013 2124 4
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
Disponível em: https://d.gazetadealagoas.com.br/opiniao/393942/aprender-com-as-derrotas
Acesso em: 14 dez. 2022 (Adaptado)
Os conectores discursivos em destaque podem ser substituídos, sem prejuízo de sentido, por, EXCETO:
A “Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas profissionais comemorando uma conquista, percebemos a
intensidade com que pulam [...].” (quando)
B “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo
equilíbrio emocional do jogador.” (no entanto)
C “É fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos.” (ainda
que)
D “Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças [...].” (porém)
4 0013 2124 3
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
A “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém se lembra de preservar a saúde interior [...].”
B “É fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos.”
C “Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado.”
D “Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os
netos, alguns ainda muito verdinhos [...].
4 0013 2123 0
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
4 0013 21225
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
A interferência do autor em: “Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos
EUA,” revela:
A audácia.
B dúvida.
C ironia.
D orgulho.
4 0013 21221
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
A A derrota nos ensina que nem tudo são glórias e é importante, porque nos traz maturidade.
C O adulto não deve criar expectativa sobre as glórias, para não sofrer com as derrotas.
4 0013 21217
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador, mas
as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, en m, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e a
derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das crianças,
mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
4 0013 21202
Talvez por estar acompanhando os jogos da Copa do Mundo do Catar em casa, com a família, incluindo os netos, alguns
ainda muito verdinhos, entre tantas imagens emocionantes nas arenas e seus arredores, uma delas marcou-me muito: a do
excelente goleiro da Polônia Wojcech Szczesny (Ufa!!!), que, depois de defender um pênalti cobrado por Messi, saiu de
campo derrotado, necessitando em seguida consolar o lho pequeno, ainda no túnel que os conduz do gramado para os
vestiários. Nesse caso, a derrota veio logo depois da glória.
Quem está preparado para as derrotas? Quem não sofre com elas?
Nélson Rodrigues (sempre ele!) em uma crônica “Freud no futebol”, escreveu que, nos EUA, todos tinham um psicanalista e
que esse pro ssional tinha se tornado tão necessário quanto uma namorada. E o sujeito que, por qualquer razão eventual,
deixava de vê-lo, de ouvi-lo, de farejá-lo, cava incapacitado para os amores, os negócios e as bandalheiras. Nelson
reclamava que o futebol brasileiro tinha tudo, menos um psicanalista: “Cuida-se das integridades das canelas, mas ninguém
se lembra de preservar a saúde interior, o delicadíssimo equilíbrio emocional do jogador”. Coincidência ou não, logo depois
da eliminação precoce da nossa seleção da Copa de 1966 na Inglaterra, os psicólogos passaram a ser uma peça essencial
nas equipes nacionais.
Pensando nos nossos lhos e netos, diante de uma indesejável, mas sempre possível derrota na Copa, segundo os
psicólogos, quatro coisas podem se aprender em uma partida de futebol, um jogo de xadrez, ou um simples par ou ímpar,
que podem servir para outros momentos da vida: primeiro, quando se chega ao lugar mais alto do pódio, quantas vezes ele
precisou perder para chegar lá? Os fracassos nos ensinam como vencer. Perdemos a Copa de 50 em casa e vencemos em
58 na Suécia. Sempre há outra chance, Cristiano Ronaldo pode estar no ocaso de sua vitoriosa carreira como jogador,
mas as portas estão abertas para se consagrar como técnico.
Aprender sobre Empatia: sempre que vemos atletas pro ssionais comemorando uma conquista, percebemos a intensidade
com que pulam, gritam para mostrar que, enfim, conquistaram algo bastante almejado. Mas como se sente o rival derrotado,
vendo tudo aquilo? Nossos lhos e netos podem até car tentados a imitá-los, mas precisamos orientá-los para que tomem
cuidado com as celebrações exageradas, afinal de contas, no outro dia, podemos estar do outro lado.
Finalmente, não é só ganhar. Jogos e esportes não são só para mostrar quem pode mais, mas para demonstrar amor pela
atividade, estimular a empatia, o trabalho em equipe e o respeito por quem está ao seu lado e pelo adversário. É
fundamental saber perder, por mais duro que seja, embora não seja fácil lidar com derrotas e fracassos. As derrotas nos
ensinam que nem tudo são glórias. Elas são importantes, porque nos trazem novas visões e muito aprendizado. Apropriar-se
de um fracasso trazendo isso para o lado pessoal faz sofrer mais. Não se devem criar expectativas além do nosso limite e
a derrota acaba sendo previsível. Saber perder é apenas uma prova de maturidade, por isso é impróprio cobrá-la das
crianças, mas é indispensável aos adultos saber administrá-la.
B O primeiro parágrafo é uma contextualização do assunto que será tratado nos parágrafos seguintes.
C O uso da 1ª pessoa do plural denota preocupação do autor em inserir o leitor em seu texto.
D O uso das perguntas no segundo parágrafo está incorreto, visto que elas não foram respondidas.
4 0013 21200
Questão 470 Morf ologia Classes de Palavras Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Vênus
(Caio Fernando Abreu)
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
Ao considerar a passagem “Uma pequena estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa” (7º§), nota-se que a caracterização
da “estrela” é marcada por todos os recursos linguísticos indicados abaixo, exceto:
4 0013 204 78
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
Em “qual a menina da festa que ele achava mais bonita” (3º§), destaca-se um pronome relativo. Ao analisá-lo, na oração em
que se encontra, é correto afirmar que exerce a função sintática de:
A objeto direto.
B predicativo do sujeito.
C sujeito.
D complemento nominal.
4 0013 204 77
Questão 472 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
Ao comparar a percepção da mãe e a do filho em relação à personagem Beatriz, nota-se que correspondem a visões:
A divergentes
B complementares
C similares
D correspondentes
4 0013 204 76
Questão 473 Sequência descritiva Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
No terceiro parágrafo, ao apresentar uma das duas cenas que o personagem tentava resgatar, predomina a organização de
um discurso que privilegia:
C dar instruções.
D descrever algo.
4 0013 204 75
Questão 474 Advérbio de modo Emprego dos advérbios
Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
No segundo parágrafo, o narrador a rma que o personagem apaixonara-se “tão perdidamente” por Beatriz. No entanto,
essa a rmação já havia sido antecipada no parágrafo inicial por meio da construção “Perdidamente” (1º§). Ao analisar a
estrutura dessa construção, pode-se afirmar ser uma frase que:
A representa uma característica provisória do personagem.
4 0013 204 74
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
No fragmento “E não conseguia. Não conseguiria, claramente.” (2º§), a ideia de incapacidade é realçada pela repetição de
um verbo que:
A na segunda ocorrência, aponta uma ação futura relacionada com o passado.
4 0013 204 73
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
A presença da vírgula na passagem “Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais.” (1º§) justifica-se:
A pela possibilidade de separar sujeito e predicado.
4 0013 204 71
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
Em “Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo .” (1º§), o comentário
entre parênteses cumpre um papel acessório e a conjunção “ou” introduz um valor semântico de:
A adição
B explicação
C exclusão
D comparação
4 0013 204 70
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
O emprego das classes de palavras contribui para a construção de efeitos expressivos. Em “O problema – um dos
problemas, porque havia outros, bem mais graves -, o problema inicial” (1º§), os vocábulos destacados contribuem para esse
efeito e classificam-se, respectivamente, como:
4 0013 204 69
Vênus
Há seis anos, ele estava apaixonado por ela. Perdidamente. O problema – um dos problemas, porque havia outros, bem
mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais. Quando se tem vinte ou trinta anos, seis anos de
paixão pode ser muito (ou pouco, vai saber) tempo. Mas acontece que ele só tinha doze anos. Ela, um a mais. Estavam
ambos naquela faixa intermediária em que cou cedo demais para algumas coisas, e demasiado tarde para a maioria das
outras. Ela chamava-se Beatriz.
Ele chamava-se – não vem ao caso. Mas não era Dante, ainda não. Anos mais tarde, tentaria lembrar-se de Como Tudo
Começou. E não conseguia. Não conseguiria, claramente. Voltavam sempre cenas confusas na memória. Misturavam-se,
sem cronologia, sem que ele conseguisse determinar o que teria vindo antes ou depois daquele momento em que, tão
perdidamente, apaixonou-se por Beatriz.
Voltavam principalmente duas cenas. A primeira, num aniversário, não saberia dizer de quem. Dessas festas de verão, janelas
da casa todas abertas, deixando entrar uma luz bem clara que depois empalideceria aos poucos, tingindo o céu de
vermelho, porque entardecia. Ele lembrava de um copo de guaraná, da saia de veludo da mãe – sempre cava enroscado
na mãe, nas festas, espiando de longe os outros, os da idade dele. Lembrava do copo de guaraná, da saia de veludo (seria
verde musgo?) e do balão de gás que segurava. Então a mãe perguntou, de repente, qual a menina da festa que ele achava
mais bonita. Sem precisar pensar, respondeu:
- Beatriz.
A mãe riu, jogou para trás os cabelos – uns cabelos dourados, que nem o guaraná e a luz de verão – e disse assim:
Anos mais tarde, não encontraria no dicionário o significado da palavra estrelete. Mas naquele momento, ali com o balão em
uma das mãos, o guaraná na outra, cotovelos ncados no veludo (seria azul-marinho?) da saia da mãe, pensou primeiro em
estrela. Talvez por causa do movimento dos cabelos da mãe, quando tudo brilhou, ele pensou em estrela. Uma pequena
estrela. Uma estrela magrinha, meio nervosa. Beatriz tinha um pescoço longo de bailarina que a fazia mais alta que as outras
meninas, e um jeito lindo de brilhar quando movia as costas muito retas, olhando adulta em volta.
Estrelete estrelete estrelete estrelete – repetiu e repetiu até que a palavra perdesse o sentido e, reduzida a faíscas, saísse
voando junto com o balão que ele soltou, escondido atrás do taquareiro. Bem na hora que o sol sumia e uma primeira
estrela apareceu. Estrela-d’Alva, Vésper, Vênus, diziam. Diziam muitas coisas que ele ainda não entendia.
O texto Vênus, pertence à tipologia narrativa. Em relação ao papel do narrador, é correto afirmar que:
B assume uma postura bastante objetiva à medida que não apresenta juízo de valor.
4 0013 204 68
Questão 480 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Cujo cuja cujos cujas
A O termo “cujas” (linha 10), classificado morfologicamente como uma conjunção subordinativa, estabelece no
texto uma relação de causa entre duas orações.
B O termo “cujas” (linha 10), classificado morfologicamente como uma conjunção coordenativa, estabelece no
texto uma relação de posse entre duas orações.
C Depreende-se do texto que as causas do pânico, do medo, da ansiedade e da depressão são conhecidas.
D De acordo com o texto, as causas do pânico, do medo, da ansiedade e da depressão são desconhecidas.
E No trecho “sofrimentos cujas causas ignoramos” (linhas 10 e 11), o termo “cujas”, classificado
morfologicamente como um pronome relativo, estabelece uma relação de concordância nominal com o termo
antecedente, “sofrimentos” (linha 10).
4 0013 18 919
As expressões “quando” (linha 1) e “Só que” (linha 4) estão empregadas no texto, respectivamente, com o sentido de
A finalidade e adversidade.
B tempo e adversidade.
C tempo e explicação.
D conclusão e adversidade.
E conclusão e tempo.
4 0013 18 917
Luisa Costa. Como a peste bubônica pode in uenciar na saúde dos europeus hoje. In: Revista Superinteressante,
24 out. 2022 (com adaptações).
E poderia ser suprimido sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto.
4 0013 18 914
Luisa Costa. Como a peste bubônica pode in uenciar na saúde dos europeus hoje . In: Revista Superinteressante,
24 out. 2022 (com adaptações).
4 0013 18 911
4 0013 18 909
Luisa Costa. Como a peste bubônica pode in uenciar na saúde dos europeus hoje. In: Revista Superinteressante,
24 out. 2022 (com adaptações).
No texto, a afirmação de que “isso veio com um preço” (linhas 12 e 13) refere-se à ideia de que
A a peste bubônica assolou grande parte da população mundial no fim da Idade Média.
B as pessoas que herdam as variantes genéticas que as tornam mais resistentes à peste bubônica teriam um risco
maior de sofrer com doenças autoimunes.
C o sistema imunológico de pessoas que se contaminaram com a peste bubônica ataca o próprio organismo do
qual faz parte.
D algumas variantes genéticas que tornaram as pessoas mais resistentes à peste bubônica foram transmitidas às
gerações seguintes.
E a peste bubônica era transmitida de roedores para humanos pela picada de pulgas infectadas.
4 0013 18 8 8 3
Questão 486 Sujeito simples Regência nominal Substituição de pronome relativo por outro
Luisa Costa. Como a peste bubônica pode in uenciar na saúde dos europeus hoje. In: Revista Superinteressante,
24 out. 2022 (com adaptações).
I. A locução “foram transmitidas” (linhas 11 e 12) estabelece uma relação de concordância com a expressão “as pessoas”
(linhas 10 e 11).
II. Quanto ao tipo textual, predominam no texto o tipo narrativo, uma vez que se mencionam os protagonistas de uma
história, e o tipo argumentativo, visto que a autora procura defender uma tese por meio da exposição de fatos
e argumentos.
III. Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, a expressão “do qual” (linhas 17 e 18) poderia ser
substituída por que.
Assinale a alternativa correta.
4 0013 18 8 72
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Caso a forma verbal “tem” (segundo período do segundo parágrafo) fosse grafada com acento circun exo — têm —, de
forma a concordar com a expressão “os cadáveres expostos”, que a antecede, as relações sintáticas entre os termos
seriam alteradas, mas a correção gramatical seria mantida.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 512
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Estaria mantida a correção gramatical do quinto período do primeiro parágrafo caso fosse empregado o sinal indicativo de
crase no “a” que antecede o nome “formas”.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 510
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do terceiro período do primeiro parágrafo caso se suprimisse
a preposição empregada no trecho “Adentrar em um salão”.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 509
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Estariam mantidas a coerência e a correção gramatical do texto se, no último período do texto, a conjunção “pois” fosse
suprimida e, em seguida, a vírgula empregada após “didáticas” fosse substituída por dois-pontos.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 508
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
O segundo período do primeiro parágrafo poderia ser reescrito, com manutenção da coerência e da correção gramatical
do texto, da seguinte forma: Aproximadamente 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras visitaram a exposição, na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 507
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o termo “eviscerados” (quarto período do
primeiro parágrafo) fosse substituído pela expressão com as vísceras expostas.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 505
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
No quarto período do primeiro parágrafo, as aspas no vocábulo ‘arte’ indicam o questionamento feito pelo autor a respeito
de corpos dissecados constituírem objetos de arte.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 503
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
As expressões “objetos de tabu”, “fontes de mana” e “impuros, perigosos e (...) repugnantes” (terceiro período do primeiro
parágrafo) são empregadas no texto como sinônimas.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 501
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida como
Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a exposição na
qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de
cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são
notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes. Entretanto,
os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes, eviscerados ou não, e
tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório, excretor, reprodutor,
circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a
imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos,
Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores
e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 500
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real, traduzida
c o mo Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades brasileiras puderam visitar a
exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16 cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um
salão repleto de cadáveres estripados e mutilados deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que
os mortos são notoriamente objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente,
repugnantes. Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em partes,
eviscerados ou não, e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso, respiratório, digestório,
excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao contrário daqueles grandes vidros de formol
que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado, largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos
biológicos, Bodies revealed é um espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos
a formas, cores e texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o mesmo impacto se
o s corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a relação que se estabelece entre nós,
espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social, distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de
plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas, ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As
exposições de corpos humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido,
mas sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles que
defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais, dissecados e modelados,
em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja riqueza de detalhes e de informações era
antes acessível apenas aos anatomistas.
Infere-se do segundo parágrafo do texto que o autor argumenta a favor do uso de cadáveres em exposições voltadas ao
público, dado seu caráter educativo.
A Certo.
B Errado.
4 0013 18 4 98
Leia a campanha promovida pela Aliança Adequada e Saudável, da cidade de Porto Alegre.
Disponível em: https://alimentacaosaudavel.org.br/escola-saudavel/. Acesso em: 29 abr. 2022.
As campanhas comunitárias podem contribuir para a re exão acerca de problemas sociais. Nesse sentido, a
campanha acima aborda a questão da alimentação saudável
A associando o direito a brincar ao direito a uma alimentação saudável, ambos igualmente necessários às crianças.
C informando que a alimentação saudável está entre os direitos ligados ao Estatuto da Criança e Adolescente,
assim como a saúde.
D promovendo a organização “Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável”, a fim de buscar apoiadores para a
entidade.
4 0013 16507
Leia os quadrinhos a seguir, em que se apresenta o poema “O bicho”, de Manuel Bandeira, para responder a questão
Nos quadrinhos de Armandinho, além da referência ao poema de Bandeira como estratégia textual para a construção
da crítica, foi utilizada
A a apresentação de Armandinho como um personagem indiferente, a fim de representar a sociedade que
invisibiliza as pessoas em situação de rua.
B a figura de linguagem “hipérbole”, ao comparar exageradamente os animais citados no quarto quadrinho com
o homem citado no último quadrinho.
C a interjeição “Meu Deus”, no penúltimo quadrinho, a fim de demonstrar surpresa pela conclusão apresentada
no último quadrinho.
D a quebra de expectativa a respeito do comportamento mal-educado de um homem que comia como um animal.
4 0013 164 97
Leia os quadrinhos a seguir, em que se apresenta o poema “O bicho”, de Manuel Bandeira, para responder a questão
O poema que os quadrinhos de Armandinho reproduzem foi escrito na década de 40, e a referência a ele justi ca-se
pelo fato de
A a denúncia social feita por Bandeira ser uma referência para criticar um problema ainda vivenciado na sociedade
atual.
B o autor da tirinha – Alexandre Becker – visar, com este texto, a prestar uma homenagem ao consagrado
poeta brasileiro Manuel Bandeira.
C o poema, por se tratar de um texto de autoria consagrada, promover o personagem Armandinho, criado
nos últimos anos.
D os quadrinhos, assim como a literatura, mostrarem a realidade vivida pela sociedade e promoverem críticas
a determinados valores morais de diferentes tempos.
4 0013 164 93
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora
de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa
balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em
torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar
a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a car olhando imóvel,
vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois
se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-
o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na
bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos:
“Parabéns pra você, parabéns pra você…”
[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo
de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980 (adaptado).
Releia:
“O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na
cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma.”
B a intensidade da ação.
4 0013 164 8 2
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora
de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa
balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em
torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar
a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a car olhando imóvel,
vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois
se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-
o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na
bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos:
“Parabéns pra você, parabéns pra você…”
[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo
de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980 (adaptado).
Na crônica de Fernando Sabino, o autor cita um verso de Manuel Bandeira – “Assim eu quereria meu último poema” – e
refere-se a ele novamente na conclusão:
“Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”
4 0013 164 78
Questão 502 Coesão
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora
de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa
balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em
torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar
a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a car olhando imóvel,
vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois
se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-
o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na
bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos:
“Parabéns pra você, parabéns pra você…”
[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo
de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980 (adaptado).
A coesão em um texto é essencial para a conexão entre as informações, garantindo unidade temática.
“Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais
digna de ser vivida.”
O pronome possessivo “seu” e o pronome oblíquo “a”, nessa passagem, funcionam como recurso coesivo ao
A fazerem referência a informações já citadas anteriormente.
4 0013 164 63
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora
de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa
balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em
torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar
a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a car olhando imóvel,
vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois
se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-
o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na
bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos:
“Parabéns pra você, parabéns pra você…”
[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo
de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980 (adaptado).
O tempo verbal predominante na crônica é o presente do indicativo, o qual aproxima os fatos do leitor. Outro recurso
utilizado pelo narrador é a sequência de ações apresentadas de maneira rápida, sem pausas para reflexões.
O uso do presente do indicativo e a maneira como o narrador apresenta as ações possibilitam ao leitor, principalmente,
4 0013 164 58
A última crônica
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o
momento de escrever. [...] Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da
convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. [...] Lanço então um último olhar fora
de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de
espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma
negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa
balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em
torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar
a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a car olhando imóvel,
vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois
se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A
meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-
o no pratinho – um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que
não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e lha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na
bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A lha aguarda
também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
[...] Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos:
“Parabéns pra você, parabéns pra você…”
[...] O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo
de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido – vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas
acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.
Fernando Sabino. In: Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1979-1980 (adaptado).
A crônica, gênero caracterizado por ter o cotidiano como inspiração para os escritores, promove, a partir das ações
narradas, uma reflexão e, muitas vezes, uma crítica. Comumente, a publicação de uma crônica ocorre primeiro em um jornal,
mas muitos autores reúnem suas crônicas em livros.
“Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.”
A demonstrar a satisfação da família por estar naquele espaço, lugar onde não querem ser observados e de onde
querem logo sair.
B fazer uma síntese das informações sobre o comportamento daquela família, apresentadas no mesmo parágrafo
em que se encontra esse trecho.
D ressaltar a timidez presente naquela família, que vê a necessidade de se adequar ao conceito de instituição
tradicional da família.
4 0013 164 55
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional é
pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
No texto, são usadas as palavras necessário, agropecuária e início. O acento nessas palavras ocorre devido ao fato de
4 0013 164 4 3
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional é
pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
“O levantamento do Datafolha revela que, entre os desempregados, 38% disseram que não tiveram comida suficiente.”
4 0013 164 3 6
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional é
pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
“E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza,
sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.”
A contudo.
B de outra sorte.
C por conseguinte.
D porquanto.
4 0013 164 3 3
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional é
pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
Nathalie Beghin constrói sua argumentação em relação à temática da emergência alimentar no Brasil, elencando e
discutindo aquelas que ela considera as principais causas e consequências do problema.
4 0013 164 27
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional é
pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
“A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.”
4 0013 164 20
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
No trecho “É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética” (parágrafo 5), a
palavra destacada expressa a ideia de
A alternância
B causa
C condição
D conclusão
E contradição
4 0013 15798
Questão 511 Casos especiais de concordância verbal Concordância com o verbo haver
Pronome relativo que exercendo f unção de sujeito
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
A A maioria das regras de convivência entre funcionários e gerentes deve seguir princípios éticos relacionados à
missão da empresa.
B A multidão presente nas manifestações populares precisa seguir alguns princípios de segurança para que não
hajam acidentes graves.
C Fui eu que levou a maior punição do gerente de pessoal devido à descoberta de ocorrência de desfalque na
instituição.
D Mais de uma empresa de tecnologia têm procurado implementar pesquisas sobre formas de evitar a
disseminação de fake news nas redes sociais.
E O gerente, o diretor de pessoal e eu, por ordem dos proprietários da empresa, foram encarregados de fazer a
seleção dos novos funcionários.
4 0013 15796
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
No texto, a circunstância apresentada pela palavra ou expressão em destaque está corretamente explicitada, entre
colchetes, em:
A Em breve os estudantes de tecnologia terão a oportunidade de adquirir informações sobre moral e ética em suas
aulas. [dúvida]
C O bom relacionamento entre os participantes da instituição era esperado pelo gerente por ser tão satisfatório o
ambiente de trabalho. [causa]
E O modo de agir dos empresários é responsável pela importância de sua instituição, uma vez que eles é que
gerenciam efetivamente os meios econômicos. [afirmação]
4 0013 15792
Questão 513 Coesão ref erencial
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
No texto, o referente do termo ou expressão em destaque está corretamente explicitado, entre colchetes, no trecho do
A parágrafo 1 — “Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu
grupo social.” [conjunto de regras]
B parágrafo 2 — “Ela pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida
cotidiana.” [sociedade]
C parágrafo 2 — “Para entendermos como isso acontece na história da humanidade” [conjunto de verdades fixas]
D parágrafo 5 — “Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da
imagem da companhia.” [comitê de ética]
E parágrafo 6 — “Serve para orientar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em
face dos diferentes públicos com os quais interage.” [colaboradores]
4 0013 15791
Questão 514 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O emprego da vírgula está plenamente de acordo com as exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
B A preocupação com o comportamento dos funcionários deve ser constante, para assegurar que eles tenham
seus direitos, garantidos.
C O gerente daquela organização admitiu que, durante o período de maior contaminação da pandemia do
coronavírus precisou contratar novos digitadores para realizarem serviços urgentes em sua instituição.
E Os empregados das instituições, considerando o seu compromisso como cidadãos, procuram respeitar as leis
estabelecidas para o bom comportamento no meio social em que vivem.
4 0013 15790
Questão 515 Uso da próclise Uso da mesóclise nclise euf ônica e enf ática
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O pronome oblíquo átono em destaque está colocado de acordo com a norma-padrão em:
A A conduta ética deve ser desenvolvida nas empresas por seus funcionários, para que conservem-se solidários
com seus colegas de trabalho, o que é vantajoso para a organização.
B No último congresso de profissionais de educação, consideramos a discussão sobre ética tão motivadora que
decidimos que, no próximo ano, incluiremo-la nos currículos escolares.
C Desde que implantou-se o código de ética em sua organização, aquela empresa obteve resultados
surpreendentes no mercado, uma vez que foi atingida a valorização de todos os envolvidos.
E Para promover o uso de novas tecnologias pelos funcionários que se dedicam à informática, precisamos
incentivá-los constantemente com aumentos salariais.
4 0013 1578 9
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O acento grave indicativo de crase está empregado de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em:
A A conclusão dos projetos da empresa, durante o ano de 2020, foi realizada à custa de muito empenho por parte
dos empreendedores e dos funcionários especializados.
B A preocupação da empresa com os funcionários destinados à catalogar os arquivos de maior importância justifica
os altos valores a eles atribuídos.
C A valorização da ética em uma instituição é uma oportunidade de integrar todos os funcionários nos mesmos
objetivos e se aplica à diversas situações por que passa toda a organização.
D O conjunto de valores, individuais ou coletivos, que orienta as relações sociais deve garantir o cumprimento
daquilo que é esperado por toda à comunidade
E Os indivíduos estabelecem a principal meta de suas vidas, a fim de alcançar à realização de seus sonhos ao final
de seu percurso.
4 0013 1578 7
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
No trecho “a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e convicções primários da organização” (parágrafo
4), a expressão destacada veicula a relação lógica de
A adição
B concessão
C conclusão
D explicação
E temporalidade
4 0013 1578 4
Questão 518 Regra geral Regras especiais
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
A palavra destacada está empregada de acordo com as exigências sintáticas da norma-padrão em:
A A ampliação das pesquisas e a disponibilidade dos funcionários do setor de financiamento são considerados
como elementos importantes para o crescimento das empresas.
B A gestão satisfatória dos empreendimentos e a participação dos associados da empresa são reconhecidos
como aspectos imprescindíveis para a instituição alcançar os objetivos propostos.
C As conquistas registradas no primeiro semestre de 2022 e o aumento do poder de compra da população carente
são apresentadas como sinal de avanço social para nosso país.
E O investimento realizado em mercadorias e o lucro que alcançou a produção esperada pela empresa foram
divulgadas em todas as lojas daquela organização.
4 0013 1578 1
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O trecho “A ética se move historicamente, se amplia e se adensa” (parágrafo 2) exerce, em relação ao período anterior, a
função discursiva de
A contradição
B explicação
C gradação
D negação
E recapitulação
4 0013 15778
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O texto afirma, no parágrafo 2, que os princípios e disposições éticos têm como objetivo “balizar as ações humanas”.
C estabelecer parâmetros.
D facilitar a percepção.
E indicar diferenças.
4 0013 15776
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
Antes de a rmar que a ética vem sendo vista como uma espécie de requisito para a sobrevivência das empresas no mundo
moderno (parágrafo 4), o texto desenvolve a ideia de que
B a interação com clientes, fornecedores, acionistas, investidores, comunidade vizinha, concorrentes e mídia deve
se pautar por princípios éticos.
C a ética não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis, mas se move historicamente, se amplia e se adensa.
D o Código de Ética deve explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage.
E os funcionários revelam atendimento ao Código de Ética da empresa ao cumprir horários, entregar o trabalho no
prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa.
4 0013 15774
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
A “Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos em seu grupo social.”
(parágrafo 1)
B “A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas.” (parágrafo 2)
C “As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os
valores e convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura.” (parágrafo 4)
D “Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus
funcionários sobre a ética.” (parágrafo 5)
E “É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa.” (parágrafo 6)
4 0013 15770
1 Desde a infância, estamos sujeitos à in uência de nosso meio social, por intermédio da família, da escola, dos amigos, dos
meios de comunicação de massa. Ao nascer, o homem já se defronta com um conjunto de regras, normas e valores aceitos
em seu grupo social. As palavras “ética” e “moral” indicam costumes acumulados — conjunto de normas e valores dos
grupos sociais em um contexto.
2 A ética é um conjunto de princípios e disposições cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma
referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Ela
pode e deve ser incorporada pelos indivíduos, sob a forma de uma atitude diante da vida cotidiana. Mas ela não é um
conjunto de verdades xas, imutáveis. A ética se move historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso
acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural".
3 Ética é o que diz respeito à ação quando ela é re etida, pensada. A ética preocupa-se com o certo e com o errado, mas
não é um conjunto simples de normas de conduta como a moral. Ela promove um estilo de ação que procura re etir sobre
o melhor modo de agir que não abale a vida em sociedade e não desrespeite a individualidade dos outros.
4 As empresas precisam desenvolver-se de tal forma que a conduta ética de seus integrantes, bem como os valores e
convicções primários da organização, se tornem parte de sua cultura. Assim, a ética vem sendo vista como uma espécie de
requisito para a sobrevivência das empresas no mundo moderno e pode ser de nida como a transparência nas relações e a
preocupação com o impacto das suas atividades na sociedade.
5 Muitos exemplos poderiam ser citados de empresas que estão começando a valorizar e a alertar seus funcionários sobre
a ética. Algumas empresas já implantaram, inclusive, um comitê de ética, o qual se destina à proteção da imagem da
companhia. É preciso, portanto, que haja uma conscientização da importância de uma conduta ética ou mesmo a
implantação de um código de ética nas organizações, pois a cada dia que passa a ética tem mostrado ser um dos caminhos
para o sucesso e para o bem comum, agregando valor moral ao patrimônio da organização.
6 O Código de Ética é um instrumento de realização dos princípios, da visão e da missão da empresa. Serve para orientar as
ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais
interage. É da máxima importância que seu conteúdo seja re etido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre
respaldo na alta administração da empresa, que, tanto quanto o último empregado contratado, tem a responsabilidade de
vivenciá-lo.
7 As relações com os funcionários, desde o processo de contratação, desenvolvimento pro ssional, lealdade mútua,
respeito entre chefes e subordinados, saúde e segurança, propriedade da informação, assédio pro ssional e sexual,
alcoolismo, uso de drogas, entre outros, são aspectos que costumam ser abordados em um Código de Ética. Cumprir
horários, entregar o trabalho no prazo, dar o seu melhor ao executar uma tarefa e manter a palavra dada são exemplos de
atitudes que mostram aos superiores e aos colegas que o funcionário valoriza os princípios éticos da empresa ou da
instituição.
8 O Código também pode envolver situações de relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas, investidores,
comunidade vizinha, concorrentes e mídia. O Código de Ética pode estabelecer ações de responsabilidade social dirigidas
ao desenvolvimento social de comunidades vizinhas, bem como apoio a projetos de educação voltados ao crescimento
pessoal e pro ssional de jovens carentes. Também pode fazer referência à participação da empresa na comunidade, dando
diretrizes sobre as relações com os sindicatos, outros órgãos da esfera pública, relações com o governo, entre outras.
9 Portanto, conclui-se que o Código de Ética se fundamenta em deveres para com os colegas, clientes, pro ssão,
sociedade e para consigo próprio.
MARTINS, Rosemir. UFPR, 2003. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br. Acesso em: 16 nov. 2022. Adaptado.
O texto pode ser dividido em duas grandes partes. Na primeira parte, apresenta-se a de nição do conceito de “ética” e, na
segunda parte, apresentam-se
A consequências econômicas da implantação dos códigos de ética no dia a dia das empresas.
B exemplos de ações que devem ser implementadas para atender aos códigos de ética das empresas.
C explicações sobre diferentes concepções de ética em função dos objetivos das empresas.
D penalizações a serem infringidas aos funcionários que desrespeitarem o código de ética da empresa.
E situações concretas em que os conceitos de “ética” e “moral” se aplicam no processo de seleção de pessoal.
4 0013 15768
Emergência alimentar
Responsável pela alimentação básica, agricultura familiar deve ser valorizada
Na última semana de março, o Datafolha revelou resultados assustadores de uma pesquisa que perguntou à população
brasileira se achava que a comida dentro de casa era considerada su ciente para os seus moradores. Como é possível que,
em uma das economias mais ricas do mundo, uma em cada quatro pessoas responda que a alimentação domiciliar está
muito aquém do necessário? E mais: entre os mais pobres, 35% avaliaram que não há comida su ciente. A pesquisa também
explicitou as enormes desigualdades regionais, pois é no Nordeste que a situação de insegurança alimentar e nutricional
é pior. Urge a implementação de medidas emergenciais.
As causas que explicam a deterioração do quadro alimentar e nutricional no Brasil são muitas. Temos um modelo
agroalimentar que, infelizmente, pouco valoriza a agricultura familiar, principal responsável por nossa alimentação básica. As
energias estão direcionadas para a agropecuária de grande porte, voltada à exportação. Assim, cresce a produção de soja
e milho em detrimento da de arroz, feijão e mandioca, entre outras. Os trabalhadores do campo são expulsos de suas
propriedades, engrossando as periferias empobrecidas das cidades, com enormes dificuldades para se alimentar.
[...]
Outro fator agravante é o da in ação, e, especi camente, da in ação alimentar, que penaliza os empobrecidos. O efeito da
elevação dos preços é mais severo sobre os mais pobres. De acordo com o IBGE, os gastos com alimentação
representam cerca de 20% da renda dos brasileiros. Se analisado entre as famílias que vivem com 1 a 5 salários-mínimos, o
peso da alimentação chega a um quarto de seus rendimentos. Daí que a combinação da queda da renda com o aumento
dos preços dos alimentos resulta em falta de comida dentro de casa.
[...]
Essa situação agrava as desigualdades raciais, pois é a população negra a mais afetada pela fome. Agrava também as
desigualdades regionais, pois o Nordeste é o mais penalizado. E piora as desigualdades geracionais: de acordo com o
Unicef, 61% das crianças e dos adolescentes vivem na pobreza, sendo, portanto, mais impactados pela carestia alimentar.
A fome tem pressa, não pode esperar. Urge implementar desde já uma ação emergencial de combate à fome. Urge, ainda,
retomar a política nacional de segurança alimentar e nutricional para enfrentar as causas estruturais da fome no Brasil.
Considerando seus elementos constitutivos, o texto “Emergência alimentar”, publicado na Folha de São Paulo, caracteriza-
se como um(a)
A artigo de opinião, uma vez que, ao defender um ponto de vista, utiliza-se de um tom mais pessoal.
B crônica argumentativa, posto que tem como ponto de partida um elemento cotidiano, a questão da alimentação.
C editorial, já que expressa a opinião do jornal, falando, portanto, em nome de um coletivo de editores e jornalistas.
D reportagem, dado que apresenta informações concretas acerca do tema abordado, como dados estatísticos.
4 0013 1513 8
se organizar em função do mercado, gerando um tipo de estrutura urbana que não só opera
organização do seu espaço interno, mas também redefine todo o espaço circundante, atraindo para
(Adaptado de: ROLNIK, Raquel. O que é cidade. São Paulo: Brasiliense, 1995)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas I, II e III do texto devem ser preenchidas, correta e
respectivamente, por:
A à−a−à
B à−a−a
C a−a−a
D a−à−a
E à−à−a
4 0013 14 8 4 2
Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder a questão.
Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele
começou a implorar ao lobo que não o sacri casse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus
donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me
devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele
parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de
novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”
Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele
começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento. Os termos sublinhados constituem, respectivamente,
4 0013 14 793
Questão 527 Presente Pretérito imperf eito Passagem do discurso direto para o discurso indireto ou viceversa
Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder a questão.
Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele
começou a implorar ao lobo que não o sacri casse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus
donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me
devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele
parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de
novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”
ele [cão] começou a implorar ao lobo que não o sacrificasse naquele momento.
Ao se transpor o trecho acima para o discurso direto, o verbo sublinhado assume a seguinte forma:
A sacrifica
B sacrificava
C sacrificaria
D sacrifique
E sacrificou
4 0013 14 78 1
Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder a questão.
Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele
começou a implorar ao lobo que não o sacri casse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus
donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me
devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele
parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de
novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”
A eufemismo.
B personificação.
C hipérbole.
D antítese.
E pleonasmo.
4 0013 14 774
Atenção: Leia a fábula “O cão adormecido e o lobo”, de Esopo, para responder a questão.
Um cão dormia diante de um estábulo quando um lobo o avistou e, depois de agarrá-lo, estava para comê-lo, mas ele
começou a implorar ao lobo que não o sacri casse naquele momento. “Agora”, disse ele, “estou magro e mirrado. Mas meus
donos estão para realizar uma festa de casamento e, se você me deixar livre agora, no futuro estarei mais gordo para você me
devorar.” O lobo se convenceu e o soltou. Alguns dias depois ele voltou e encontrou o cão dormindo no alto da casa. Então ele
parou e falou para o cão descer, lembrando-o do compromisso. O cão respondeu: “Mas se você, lobo, me vir dormindo de
novo diante do estábulo, não mais aguarde casamento!”
A Uma pessoa sofrer algum desaforo da parte de estranhos não é tão terrível quanto sofrê-lo da parte dos
familiares.
C Certos homens que, por inadvertência, não se previnem contra os inimigos rechaçam os amigos, tomando-os
por conspiradores.
D Aqueles que costuram maquinações contra os vizinhos são eles próprios os primeiros a cair em desgraças.
4 0013 14 764
Questão 530 Orações subordinadas adverbiais Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso (7º parágrafo)
B concessiva.
C condicional.
D consecutiva.
E causal.
4 0013 14 73 7
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
12. − Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
B Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância
4 0013 14 728
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
Transpondo-se o trecho acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
B era arrancada.
D teria arrancado
E foi arrancada.
4 0013 14 725
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
E m o velho corria atrás da gente (1º parágrafo), a expressão sublinhada exerce a mesma função sintática do elemento
sublinhado em:
4 0013 14 723
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter
o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de
Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma. (7º parágrafo)
A Risadinha.
B dia.
C Demóstenes.
D padre-prefeito.
E alemão.
4 0013 14 712
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
10. − E por que o senhorrr não está mancando?
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
A Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo.
B Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo.
D − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
E Foi um precursor de Cantinflas e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
4 0013 14 700
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
6. − Vagabundo, não, professor.
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
O termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
A compreensível
B sarcástica
C desprezível
D ofensiva
E ambígua
4 0013 14 690
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
Foi um precursor de Cantin as e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga. (13º
parágrafo)
B condição.
C causa.
D oposição.
E consequência.
4 0013 14 68 1
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
12. − Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando
pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu.
A menino.
B Eu.
C Risadinha.
D Professor Asdrúbal.
E velho.
4 0013 14 672
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
6. − Vagabundo, não, professor.
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
I. o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas (1º
parágrafo).
II. tempo incerto, pois os recursos da Fazenda na província eram magros (2º parágrafo).
III. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras (3º parágrafo).
A II e III, apenas.
B I, apenas.
C II, apenas.
D I e II, apenas.
E I, II e III.
4 0013 14 666
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
A hipérbole consiste no exagero da expressão de uma ideia (por exemplo: morrer de estudar, estourar de rir etc). Ocorre
esse recurso expressivo no seguinte trecho:
A olhou com espanto para os seus próprios pés.
4 0013 14 659
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os
recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre!
Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia
conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral
de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
12. − Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
4 0013 14 656
Atenção: Leia um trecho da crônica “O Risadinha”, de Paulo Mendes Campos, para responder a questão.
1. Seria melhor dizer que ele [Risadinha] não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores,
armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando1 as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de
bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa
infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
2. Nestor, em suma, teve a meninice normal de um lho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois
os recursos da Fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
3. Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria
muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de
francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de
papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O
rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei
castigar-nos com o bastão, era des ar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por
um, sem pressa e com ódio.
4. − Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-
tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-troi-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
5. Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
7. Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não
conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da
catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
8. − Por que o senhorrr não está na forma? − perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da
Inquisição, diante de um herege horripilante.
9. − É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
11. Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
13. Foi um precursor de Cantinflas² e, a despeito da opinião do leitor, nós lhe achávamos uma graça de doer a barriga.
(Adaptado de: CAMPOS, Paulo Mendes. Primeiras leituras: crônicas. São Paulo: Boa companhia, 2012)
²Cantinflas: nome artístico do humorista mexicano Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes (1911-1993).
De acordo com o cronista, uma das brincadeiras mais perigosas de sua infância era
4 0013 14 651
Nas alternativas a seguir estão analisados pares de enunciados, focalizando-se a relação estabelecida entre as orações em
cada período.
I - Ele estava tão nervoso que não se submeteu aos exames médicos.
B No enunciado (I) há uma oração explicativa e no enunciado (II) há uma oração causal, sendo que apenas em (II)
apresenta se razão ou motivo:
C Nos enunciados (I) e (II) há uma relação de causa e consequência explicitada em termos de condição:
D Nos enunciados (I) e (II) há uma relação de oposição ou adversativa entre as orações dos períodos (I) e (II).
II - Embora não estivesse muito nervoso, ele não se submeteria aos exames médicos.
4 0013 14 208
Considerando-se as normas estabelecidas pelo Novo Acordo Ortográfico, estão grafadas CORRETAMENTE as palavras:
4 0013 14 199
Fora de si
Eu fico louco
Eu fico fora de si
Eu fica assim
Eu fica fora de mim
Eu fico um pouco
Depois eu saio daqui
Eu vai embora
Eu fico fora de si
Eu fico oco
Eu fica bem assim
Eu fico sem ninguém em mim
Fonte: ANTUNES, Arnaldo. Fora de Si. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/91629/>. Acesso em: 22
de outubro de 2022.
A Apresenta mudanças e adaptações à concordância verbal, sem desrespeitar os preceitos da norma padrão
escrita da Língua Portuguesa.
B Emprega os verbos “ir” e “ficar” na terceira pessoa do singular do presente do modo indicativo, concordando
com o nome a que se refere.
C Revela uma escrita caótica; uma construção textual descontextualizada, produzindo um texto sem progressão e
desorganizado.
D Usa o verbo “sair” e, em alguns trechos, o verbo "ficar" concordando com o pronome “eu”, em conformidade
com a norma padrão da Língua Portuguesa.
4 0013 14 196
A A Bolsa de Valores de São Paulo garantiu, a bancos e corretoras, o pagamento de compra de ações.
C Melhorar a eficácia de automóveis movidos por combustível, teria impacto no meio ambiente mundial.
D Os turistas brasileiros que precisem viajar para o exterior, devem ter passaportes vigentes.
4 0013 14 190
Questão 547 Função emotiva ou expressiva Função conativa ou apelativa Função metalinguística
A Conativa, porque o locutor estabelece com o leitor uma interação em que lhe impõe o significado de um
vocábulo.
B Fática, porque o locutor explora o canal da linguagem para manter contato com o leitor e manter a interação.
C Metalinguística, porque o locutor se expressa por meio de um idioma que é objeto acerca do qual ele trata.
D Expressiva, porque o locutor manifesta o sentido afetivo e particular que ele atribui a um vocábulo.
4 0013 14 18 4
Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identi carem feiticeiros, a utilizarem
a tortura para conseguirem con ssões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um
sucesso editorial e in uente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipogra a rmava-se como instrumento de combate ao
analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da
tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O
meme é e caz se for difundido inde nidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este
signi cado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas
mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e
consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas
podem cristalizar a violência online para agressões de fato, o ine. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos.
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou
os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na
China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são
aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se
espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos. Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente
do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que in amam
preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]
Na construção de seu texto, intitulado “A dispersão da violência e os memes”, o autor emprega os seguintes recursos,
EXCETO:
4 0013 14 174
Questão 549 Emprego dos advérbios Equivalência entre locuçõespalavras e entre conectivos
Conjunções coordenativas conclusivas
Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identi carem feiticeiros, a utilizarem
a tortura para conseguirem con ssões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um
sucesso editorial e in uente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipogra a rmava-se como instrumento de combate ao
analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da
tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O
meme é e caz se for difundido inde nidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este
signi cado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas
mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e
consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas
podem cristalizar a violência online para agressões de fato, o ine. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos.
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou
os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na
China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são
aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se
espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos. Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente
do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que in amam
preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]
Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa.
Considerando o sentido desse trecho no texto, os conectores “além disso” e, “portanto”, NÃO podem ser substituídos,
respectivamente, pelos termos:
D Outrossim - logo.
4 0013 14 173
Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identi carem feiticeiros, a utilizarem
a tortura para conseguirem con ssões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um
sucesso editorial e in uente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipogra a rmava-se como instrumento de combate ao
analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da
tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O
meme é e caz se for difundido inde nidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este
signi cado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas
mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e
consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas
podem cristalizar a violência online para agressões de fato, o ine. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos.
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou
os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na
China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são
aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se
espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos. Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente
do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que in amam
preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]
A [...] um livro que ensinava às pessoas comuns [...] a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira.
(incrédulos).
B Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo.
(conectam).
C Estas podem Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
(suprimindo).
4 0013 14 167
Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identi carem feiticeiros, a utilizarem
a tortura para conseguirem con ssões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um
sucesso editorial e in uente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipogra a rmava-se como instrumento de combate ao
analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da
tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O
meme é e caz se for difundido inde nidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este
signi cado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas
mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e
consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas
podem cristalizar a violência online para agressões de fato, o ine. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos.
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou
os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na
China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são
aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se
espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos. Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente
do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que in amam
preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml.
Acesso em: 20 de outubro de 2022.
A A mídia digital jornalística cristaliza a violência online e a transforma em agressões concretas e reais, offline.
B Atribui-se à tipografia como a responsável pelo trânsito de informações distorcidas e pela propagação do medo.
C Notícias apócrifas sobre as ameaças reais potencializadas pelos memes são as mais disseminadas no espaço
digital.
D Uma condição para que os memes sejam eficientes é sua permanência ao longo do tempo na memória das
pessoas.
4 0013 14 160
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde
do município para informações sobre locais e horários de tratamento.”
O excerto destacado confere ao período uma ideia de
A adição.
B contraste.
C conclusão.
D finalidade.
4 0013 13 54 0
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser responsável por
10% do total de mortes globais.”
Esse trecho pode, mantendo seu sentido original, ser reescrito da seguinte forma, exceto:
A O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, mas, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
B O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, portanto, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
C O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, porém, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
D O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, todavia, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
4 0013 13 53 9
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE 2019
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre
os entrevistados.”
B acentuação.
C regência.
D concordância.
4 0013 13 53 8
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do
combate ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
A “Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, tabagismo está
relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças [...].”
B “De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso
atual de produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que
representa 443 mortes por dia.”
C “Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os
entrevistados. O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%.”
D “Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos
jovens, acima de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados.”
4 0013 13 53 7
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
A derivação prefixal é a junção de um afixo ao início de uma palavra já existente para a criação de uma nova unidade lexical.
A Webconferência.
B Ex-usuários.
C Segunda-feira.
D Não transmissíveis.
4 0013 13 53 6
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
“De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia.”
Assinale a alternativa cujas palavras destacadas não pertencem à mesma classe de palavras daquelas destacadas no trecho
anterior.
A “No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a
PNS, e as mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.”
B “Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está
relacionado ao desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do
aparelho respiratório, como enfisema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio,
hipertensão arterial e acidente vascular cerebral.”
C “O número de fumantes diminuiu no Brasil e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), com o apoio do Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado
o Dia Mundial sem Tabaco.”
D “Já no dia 2 de junho, o INCA promove a webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O
encontro reunirá especialistas para debater a relação entre tabagismo e Covid-19.”
4 0013 13 53 5
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
Disponível em: https://bityli.com/fYuwb.
Acesso em: 1 maio 2022 (adaptado).
A O estado de São Paulo está entre os estados com maiores percentuais de fumantes homens e mulheres no país.
B A região NE teve a maior redução do país no número de fumantes; no entanto, os números ainda exigem
atenção.
C O número de homens adultos fumantes é maior que o de mulheres, e maior entre os idosos acima de 65 anos do
que em jovens com menos de 25 anos.
D Os fumantes passivos correm os mesmos riscos que aqueles que efetivamente fumam, independentemente do
tipo de cigarro.
4 0013 13 53 4
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do
combate ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
B Informatividade.
C Discurso direto.
D Linguagem formal.
4 0013 13 53 3
Mesmo com queda no consumo do tabaco e nas mortes relacionadas, Ministério da Saúde reforça a importância do combate
ao tabagismo; ações de promoção à saúde e webinários marcam a data
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico,
apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a 2019. Nas 27
capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que no feminino (7,7%).
No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos de idade) e entre os
adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no sexo
masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%), São
Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação entre
tabagismo e Covid-19.
B Sensibilizar as pessoas.
C Informar os leitores.
4 0013 13 528
O número de fumantes diminuiu no Brasil, e o grupo de ex-usuários de tabaco é cada vez maior. Os dados são da Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS 2019), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geogra a e Estatística (IBGE), com o apoio do
Ministério da Saúde, e divulgada nesta segunda-feira (31/05/2021), quando é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco.
Apesar da redução, o cenário ainda é preocupante, já que a quantidade de pessoas que tentam parar de fumar também teve
queda, de 51,1% para 46,6% dos entrevistados. As informações alertam para a necessidade de reforçar ações de combate
ao fumo.
De acordo com dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, que apresenta o panorama do uso atual de
produtos derivados do tabaco, no Brasil, são mais de 160 mil mortes anuais atribuíveis ao tabaco, o que representa 443
mortes por dia. O tabaco é responsável por mais de 8 milhões de mortes por ano no mundo, contudo, até 2030, pode ser
responsável por 10% do total de mortes globais.
Considerado um fator de risco importante para as doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo está relacionado ao
desenvolvimento de aproximadamente 50 doenças, entre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório,
como en sema pulmonar, e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e acidente
vascular cerebral.
VIGITEL 2019
O Vigitel 2019, que realiza a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito
telefônico, apontou queda de prevalência de fumantes nas capitais brasileiras de 15,7% a 9,8% no período de 2006 a
2019. Nas 27 capitais, a frequência de adultos fumantes foi de 9,8%, sendo maior no sexo masculino (12,3%) do que
no feminino (7,7%). No total da população, a frequência de fumantes foi menor entre os adultos jovens (antes dos 25 anos
de idade) e entre os adultos com 65 anos e mais.
A frequência de adultos que fumam variou entre 4,4% em Teresina e 14,6% em Porto Alegre. As maiores frequências de
fumantes foram encontradas, entre homens, em Rio Branco (17,1%), no Distrito Federal (15,8%) e em São Paulo (15,6%); e,
entre mulheres, em Porto Alegre (14,1%), São Paulo (11,7%) e Curitiba (11%). As menores frequências de fumantes, no
sexo masculino, ocorreram em Aracaju (5,7%), Maceió (5,9%) e Teresina (6,4%); e, no sexo feminino, em Manaus (2,2%),
São Luís (2,7%) e Teresina (2,8%).
Os dados da última PNS, mostram que o percentual de usuários de derivados de tabaco é de 12,8% entre os entrevistados.
O número é menor do que o registrado em 2013, de 14,9%. A região Nordeste registrou a maior redução, de 14,7% em 2013
para 11% em 2019. Nesse mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%.
O per l de usuários de produtos derivados do tabaco foi de homens na faixa etária de 40 a 50 anos, sem instrução e
fundamental incompleto, entretanto, as mulheres apresentaram maior frequência de exposição ao fumo passivo,
principalmente no ambiente domiciliar e de trabalho.
Os dados apontam ainda o consumo de cigarro eletrônico, que utiliza substâncias que possuem nicotina, nos jovens, acima
de 15 anos – 0,6% entre os entrevistados. O uso desses produtos está concentrado em cidades maiores e em classes
sociais com maior renda, indicando a vulnerabilidade dos grupos mais jovens para a dependência de nicotina.
A fumaça também pode matar: os fumantes passivos, que convivem de perto com o tabaco, podem desenvolver várias
doenças. No mundo, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o percentual desse grupo foi de 9,2% em 2019, segundo a PNS, e as
mulheres são maioria, principalmente no ambiente domiciliar e no trabalho.
TRATAMENTO NO SUS
O Sistema Único de Saúde oferece tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar, com medicamentos como
adesivos, pastilhas, gomas de mascar (terapia de reposição de nicotina) e bupropiona.
Para saber onde procurar atendimento, a população deve ir aos centros / postos de saúde ou à Secretaria de Saúde do
município para informações sobre locais e horários de tratamento. Outras informações ainda podem ser consultadas na
Coordenação de Controle do Tabagismo na Secretaria Estadual de Saúde ou, por telefone, no Disque Saúde 136.
CAMPANHA DO INCA
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) promovem webinário, nesta
segunda-feira (31/05/2021), para celebrar o Dia Mundial sem Tabaco. O tema, de nido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), é “Comprometa-se a parar de fumar”. O foco da campanha é reduzir o número de fumantes e, consequentemente,
a incidência de doenças relacionadas ao tabaco e o câncer no pulmão. Já no dia 2 de junho, o INCA promove a
webconferência “Tabagismo, Covid-19 e Reforma Tributária”. O encontro reunirá especialistas para debater a relação
entre tabagismo e Covid-19.
I. Mesmo com números positivos, ainda há motivo de preocupação em relação aos fumantes.
II. Atualmente, há uma série de recursos gratuitos para aqueles que desejam parar de fumar.
III. O Dia Mundial sem Tabaco é uma data apenas comemorativa, que não busca influenciar na decisão de fumar ou não.
A I e II, apenas.
B I e III, apenas.
C II e III, apenas.
D I, II e III.
4 0013 13 526
Questão 562 Casos obrigatórios de crase Casos em que não há crase Casos especiais de crase
4 0013 08 3 56
A a - de – com
B em - com - para
C a – do - a
E em - do - com
4 0013 08 3 52
Toda sua dedicação deu____ todos muita satisfação. _____ anos, ele se referia _____demonstração de carinho como ____
mais sublime.
A à–À–a–a
B a–À–à–a
C à – Há – a – a
D à – Há – à – à
E a – Há – à – a
4 0013 08 3 4 2
Questão 565 Emprego das letras G e J Representação do f onema s Emprego de letra S com som de Z
Dentre as palavras, abaixo, aquela que está grafada de forma incorreta é:
A ansioso.
B propenso.
C beneficiente.
D intercessão.
E pajé.
4 0013 08 3 3 9
Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na financeira e que o safado do marido, seu herdeiro legal,
o usaria
A sujeito.
B vocativo.
C aposto.
D adjunto adnominal.
E complemento nominal.
4 0013 08 3 3 3
Questão 567 Objeto indireto pleonástico Complemento Nominal versus Objeto Indireto
Adjunto Adnominal versus Complemento Nominal
4 0013 08 3 27
A metamorfose
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só
tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa e
sem querer deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube
atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: “Que horror… Preciso acabar com essas baratas…”
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma
espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num quarto, e nele,
roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas
são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só
um nome não bastava. A que classe pertencia?… Tinha educação?…. Referências?… Conseguiu a muito custo um emprego
como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente… Precisava comprar comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas,
mas os seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o
dinheiro vai dar ? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos.
Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido desempregado… Finalmente
acertou na loteria. Quase quatro milhões ! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas Vandirene
mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o
pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi : “Meu Deus!…
A casa foi dedetizada há dois dias!…”. Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na nanceira e que o
safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não
pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois , mas foram os cinco minutos mais felizes de sua
vida.
II - “e viu que só tinha quatro, que eram grandes e pesadas”... (são predicativos do sujeito)
III - Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica. (as palavras destacadas são oxítona, paroxítona em
ditongo decrescente, proparoxítona)
4 0013 08 3 21
A metamorfose
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só
tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa e
sem querer deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube
atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: “Que horror… Preciso acabar com essas baratas…”
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma
espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num quarto, e nele,
roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas
são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só
um nome não bastava. A que classe pertencia?… Tinha educação?…. Referências?… Conseguiu a muito custo um emprego
como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente… Precisava comprar comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas,
mas os seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o
dinheiro vai dar ? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos.
Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido desempregado… Finalmente
acertou na loteria. Quase quatro milhões ! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas Vandirene
mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o
pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi : “Meu Deus!…
A casa foi dedetizada há dois dias!…”. Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na nanceira e que o
safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não
pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois , mas foram os cinco minutos mais felizes de sua
vida.
I - É uma crônica por ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas tratam de acontecimentos
corriqueiros do cotidiano.
II - Do latim, a palavra “crônica” (chronica) refere-se a um registro de eventos marcados pelo tempo (cronológico); e do
grego (khronos) significa “tempo”
4 0013 08 3 12
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só
tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa e
sem querer deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube
atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: “Que horror… Preciso acabar com essas baratas…”
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma
espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num quarto, e nele,
roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas
são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só
um nome não bastava. A que classe pertencia?… Tinha educação?…. Referências?… Conseguiu a muito custo um emprego
como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente… Precisava comprar comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas,
mas os seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o
dinheiro vai dar ? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos.
Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido desempregado… Finalmente
acertou na loteria. Quase quatro milhões ! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas Vandirene
mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o
pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi : “Meu Deus!…
A casa foi dedetizada há dois dias!…”. Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na nanceira e que o
safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não
pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois , mas foram os cinco minutos mais felizes de sua
vida.
A O texto tem uma narrativa envolvente, que associa o humor a um caráter filosófico e questionador.
B O autor faz referência à obra Metamorfose de Franz Kafka, na qual um homem se transforma em uma barata.
Entretanto, aqui ocorre a transformação inversa, sendo uma barata que se humaniza, convertendo-se em mulher.
C No texto, o autor encontrou uma forma de banalizar os importantes questionamentos sobre a sociedade e o
comportamento humano.
D Esclarece que no final da vida todas as pessoas vão igualmente perdendo a consciência, se transmutando em
puro instinto.
E Ser barata é melhor que ser humano, pois tudo, antes, era só impulso, não havia mais problemas e a felicidade era
completa.
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A metamorfose
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só
tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa e
sem querer deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube
atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: “Que horror… Preciso acabar com essas baratas…”
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma
espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num quarto, e nele,
roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas
são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só
um nome não bastava. A que classe pertencia?… Tinha educação?…. Referências?… Conseguiu a muito custo um emprego
como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente… Precisava comprar comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas,
mas os seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o
dinheiro vai dar ? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos.
Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido desempregado… Finalmente
acertou na loteria. Quase quatro milhões ! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas Vandirene
mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o
pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi : “Meu Deus!…
A casa foi dedetizada há dois dias!…”. Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na nanceira e que o
safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não
pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois , mas foram os cinco minutos mais felizes de sua
vida.
I - Veríssimo traz questionamentos importantes sobre a sociedade e o comportamento humano. Isso porque, a todo
momento, ele evidencia o contraste entre o instinto versus o raciocínio.
II - A barata é usada como símbolo do racional, mas ao descrever as complicações presentes, na vida cotidiana dos seres
humanos, nos faz pensar em como a própria existência e os nossos costumes são complexos.
III - No m todas as pessoas vão, igualmente, perdendo a consciência, e que o dinheiro que ganharam ou não, em vida, já
não faz o menor sentido.
4 0013 08 298
C Refutação como recurso argumentativo em relação ao ponto de vista expresso acerca do destino da
humanidade.
D Formato híbrido em que as características de gêneros textuais são observadas em um único texto, a saber: tirinha
e fotonovela.
4 0013 07978
A Justiça do Trabalho da 2ª região condenou duas empresas a pagar R$ 50 mil por assédio sexual praticado contra uma
adolescente e extinguiu o contrato de aprendizagem da jovem por culpa do empregador.
A decisão proferida na 17ª Vara do Trabalho de SP pela Juíza do Trabalho Lorena de Mello Rezende Colnago reconheceu a
responsabilidade solidária e objetiva das companhias, considerando-se o princípio integral da proteção da criança e do
adolescente e o meio ambiente de trabalho sadio.
A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em depoimento que
o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.
No BO que registrou com o pai, consta que o superior hierárquico pediu que fosse levado um aparelho celular na sala dele,
ocasião em que a beijou no pescoço. A vítima disse também não ter sido informada sobre os canais de denúncia na
empresa e que relatou os fatos a uma colega de trabalho quando ainda prestava serviço ao estabelecimento.
Em defesa, uma das companhias a rma que não encontrou nada que desabonasse a conduta do gerente, negou os
episódios e con rmou que o homem continua trabalhando no local. Já a outra entidade argumentou que a adolescente
recusou atendimento psicológico e visitas de assistentes sociais oferecidas. A terapia, porém, só foi oferecida após o
ajuizamento da ação.
Na sentença, a magistrada explica a di culdade de se provar o assédio sexual porque “a conduta do assediador é realizada
às sombras, normalmente longe dos olhos e ouvidos de outras pessoas, na clandestinidade”. E pontua que a violação
praticada contra a adolescente, ainda que na ausência de outras pessoas, afeta sensivelmente o desenvolvimento
psicológico da vítima. Lembra também que a importunação sexual, subtipo do assédio sexual e modalidade praticada pelo
agressor, é conduta prevista no CP.
Baseando-se no protocolo do CNJ para julgamento de casos com perspectiva de gênero, a magistrada destacou que a
conduta das entidades descumpre normas da Organização Internacional do Trabalho e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas
e a fala da aprendiz foi desquali cada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência. Isso porque “a defesa reconhece e a
preposta confessa, ainda que nas entrelinhas, que a palavra do gerente vale mais do que a da adolescente”.
A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades “tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas”. E ao considerar o BO como indício su ciente de prova, menciona a
importância do pai no desfecho do caso. Em suas palavras, a garota “teve em seu genitor um ponto de apoio seguro, que, a
partir de uma escuta ativa, não só noticiou os fatos às autoridades policiais como foi à 1ª reclamada com a adolescente
noticiar o ocorrido”.
4 0013 07976
A Justiça do Trabalho da 2ª região condenou duas empresas a pagar R$ 50 mil por assédio sexual praticado contra uma
adolescente e extinguiu o contrato de aprendizagem da jovem por culpa do empregador.
A decisão proferida na 17ª Vara do Trabalho de SP pela Juíza do Trabalho Lorena de Mello Rezende Colnago reconheceu a
responsabilidade solidária e objetiva das companhias, considerando-se o princípio integral da proteção da criança e do
adolescente e o meio ambiente de trabalho sadio.
A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em depoimento que
o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.
No BO que registrou com o pai, consta que o superior hierárquico pediu que fosse levado um aparelho celular na sala dele,
ocasião em que a beijou no pescoço. A vítima disse também não ter sido informada sobre os canais de denúncia na
empresa e que relatou os fatos a uma colega de trabalho quando ainda prestava serviço ao estabelecimento.
Em defesa, uma das companhias a rma que não encontrou nada que desabonasse a conduta do gerente, negou os
episódios e con rmou que o homem continua trabalhando no local. Já a outra entidade argumentou que a adolescente
recusou atendimento psicológico e visitas de assistentes sociais oferecidas. A terapia, porém, só foi oferecida após o
ajuizamento da ação.
Na sentença, a magistrada explica a di culdade de se provar o assédio sexual porque “a conduta do assediador é realizada
às sombras, normalmente longe dos olhos e ouvidos de outras pessoas, na clandestinidade”. E pontua que a violação
praticada contra a adolescente, ainda que na ausência de outras pessoas, afeta sensivelmente o desenvolvimento
psicológico da vítima. Lembra também que a importunação sexual, subtipo do assédio sexual e modalidade praticada pelo
agressor, é conduta prevista no CP.
Baseando-se no protocolo do CNJ para julgamento de casos com perspectiva de gênero, a magistrada destacou que a
conduta das entidades descumpre normas da Organização Internacional do Trabalho e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas
e a fala da aprendiz foi desquali cada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência. Isso porque “a defesa reconhece e a
preposta confessa, ainda que nas entrelinhas, que a palavra do gerente vale mais do que a da adolescente”.
A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades “tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas”. E ao considerar o BO como indício su ciente de prova, menciona a
importância do pai no desfecho do caso. Em suas palavras, a garota “teve em seu genitor um ponto de apoio seguro, que, a
partir de uma escuta ativa, não só noticiou os fatos às autoridades policiais como foi à 1ª reclamada com a adolescente
noticiar o ocorrido”.
Indique a seguir a reescrita em que não há prejuízo das informações originais e da correção gramatical do trecho
destacado:
“Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas e a fala da
aprendiz foi desqualificada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência.” (7º§)
A “A jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das reclamantes para a julgadora, sendo
a fala da aprendiz desqualificada, no ambiente laboral e na audiência.”
B “Segundo a julgadora, deixou-a de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas e a
fala da aprendiz foi desvalorizada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência.”
C “Conforme a julgadora, a jovem não foi acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas,
sendo a fala da aprendiz desqualificada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência.”
D “Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida inclusive pelas mulheres empregadas – das duas reclamadas –, a
fala da aprendiz foi desqualificada, tanto no ambiente de trabalho quanto na audiência.”
4 0013 07974
A Justiça do Trabalho da 2ª região condenou duas empresas a pagar R$ 50 mil por assédio sexual praticado contra uma
adolescente e extinguiu o contrato de aprendizagem da jovem por culpa do empregador.
A decisão proferida na 17ª Vara do Trabalho de SP pela Juíza do Trabalho Lorena de Mello Rezende Colnago reconheceu a
responsabilidade solidária e objetiva das companhias, considerando-se o princípio integral da proteção da criança e do
adolescente e o meio ambiente de trabalho sadio.
A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em depoimento que
o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.
No BO que registrou com o pai, consta que o superior hierárquico pediu que fosse levado um aparelho celular na sala dele,
ocasião em que a beijou no pescoço. A vítima disse também não ter sido informada sobre os canais de denúncia na
empresa e que relatou os fatos a uma colega de trabalho quando ainda prestava serviço ao estabelecimento.
Em defesa, uma das companhias a rma que não encontrou nada que desabonasse a conduta do gerente, negou os
episódios e con rmou que o homem continua trabalhando no local. Já a outra entidade argumentou que a adolescente
recusou atendimento psicológico e visitas de assistentes sociais oferecidas. A terapia, porém, só foi oferecida após o
ajuizamento da ação.
Na sentença, a magistrada explica a di culdade de se provar o assédio sexual porque “a conduta do assediador é realizada
às sombras, normalmente longe dos olhos e ouvidos de outras pessoas, na clandestinidade”. E pontua que a violação
praticada contra a adolescente, ainda que na ausência de outras pessoas, afeta sensivelmente o desenvolvimento
psicológico da vítima. Lembra também que a importunação sexual, subtipo do assédio sexual e modalidade praticada pelo
agressor, é conduta prevista no CP.
Baseando-se no protocolo do CNJ para julgamento de casos com perspectiva de gênero, a magistrada destacou que a
conduta das entidades descumpre normas da Organização Internacional do Trabalho e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas
e a fala da aprendiz foi desquali cada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência. Isso porque “a defesa reconhece e a
preposta confessa, ainda que nas entrelinhas, que a palavra do gerente vale mais do que a da adolescente”.
A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades “tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas”. E ao considerar o BO como indício su ciente de prova, menciona a
importância do pai no desfecho do caso. Em suas palavras, a garota “teve em seu genitor um ponto de apoio seguro, que, a
partir de uma escuta ativa, não só noticiou os fatos às autoridades policiais como foi à 1ª reclamada com a adolescente
noticiar o ocorrido”.
Para que haja adequação da linguagem de acordo com o gênero textual apresentado, é necessário que elementos e
mecanismos gramaticais sejam observados, o estabelecimento da concordância é um deles.
Em “A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades ‘tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas’.” (8º§).
C Não é possível a substituição de apenas um deles, sendo substituído “acontecimentos”, “causados” também será
substituído.
D Haveria correção se “causados” fosse substituído por “causada” em referência ao termo “humilhação”,
mantendo-se a correção semântica do texto original.
4 0013 07971
A Justiça do Trabalho da 2ª região condenou duas empresas a pagar R$ 50 mil por assédio sexual praticado contra uma
adolescente e extinguiu o contrato de aprendizagem da jovem por culpa do empregador.
A decisão proferida na 17ª Vara do Trabalho de SP pela Juíza do Trabalho Lorena de Mello Rezende Colnago reconheceu a
responsabilidade solidária e objetiva das companhias, considerando-se o princípio integral da proteção da criança e do
adolescente e o meio ambiente de trabalho sadio.
A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em depoimento que
o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.
No BO que registrou com o pai, consta que o superior hierárquico pediu que fosse levado um aparelho celular na sala dele,
ocasião em que a beijou no pescoço. A vítima disse também não ter sido informada sobre os canais de denúncia na
empresa e que relatou os fatos a uma colega de trabalho quando ainda prestava serviço ao estabelecimento.
Em defesa, uma das companhias a rma que não encontrou nada que desabonasse a conduta do gerente, negou os
episódios e con rmou que o homem continua trabalhando no local. Já a outra entidade argumentou que a adolescente
recusou atendimento psicológico e visitas de assistentes sociais oferecidas. A terapia, porém, só foi oferecida após o
ajuizamento da ação.
Na sentença, a magistrada explica a di culdade de se provar o assédio sexual porque “a conduta do assediador é realizada
às sombras, normalmente longe dos olhos e ouvidos de outras pessoas, na clandestinidade”. E pontua que a violação
praticada contra a adolescente, ainda que na ausência de outras pessoas, afeta sensivelmente o desenvolvimento
psicológico da vítima. Lembra também que a importunação sexual, subtipo do assédio sexual e modalidade praticada pelo
agressor, é conduta prevista no CP.
Baseando-se no protocolo do CNJ para julgamento de casos com perspectiva de gênero, a magistrada destacou que a
conduta das entidades descumpre normas da Organização Internacional do Trabalho e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas
e a fala da aprendiz foi desquali cada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência. Isso porque “a defesa reconhece e a
preposta confessa, ainda que nas entrelinhas, que a palavra do gerente vale mais do que a da adolescente”.
A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades “tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas”. E ao considerar o BO como indício su ciente de prova, menciona a
importância do pai no desfecho do caso. Em suas palavras, a garota “teve em seu genitor um ponto de apoio seguro, que, a
partir de uma escuta ativa, não só noticiou os fatos às autoridades policiais como foi à 1ª reclamada com a adolescente
noticiar o ocorrido”.
O processo corre em segredo de justiça.
Em “A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em
depoimento que o gerente da rma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.” (3º§), as vírgulas
empregadas apresentam como justificativa:
4 0013 07969
A Justiça do Trabalho da 2ª região condenou duas empresas a pagar R$ 50 mil por assédio sexual praticado contra uma
adolescente e extinguiu o contrato de aprendizagem da jovem por culpa do empregador.
A decisão proferida na 17ª Vara do Trabalho de SP pela Juíza do Trabalho Lorena de Mello Rezende Colnago reconheceu a
responsabilidade solidária e objetiva das companhias, considerando-se o princípio integral da proteção da criança e do
adolescente e o meio ambiente de trabalho sadio.
A jovem, que foi admitida por uma das instituições para prestar serviços na outra como aprendiz, narrou em depoimento que
o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.
No BO que registrou com o pai, consta que o superior hierárquico pediu que fosse levado um aparelho celular na sala dele,
ocasião em que a beijou no pescoço. A vítima disse também não ter sido informada sobre os canais de denúncia na
empresa e que relatou os fatos a uma colega de trabalho quando ainda prestava serviço ao estabelecimento.
Em defesa, uma das companhias a rma que não encontrou nada que desabonasse a conduta do gerente, negou os
episódios e con rmou que o homem continua trabalhando no local. Já a outra entidade argumentou que a adolescente
recusou atendimento psicológico e visitas de assistentes sociais oferecidas. A terapia, porém, só foi oferecida após o
ajuizamento da ação.
Na sentença, a magistrada explica a di culdade de se provar o assédio sexual porque “a conduta do assediador é realizada
às sombras, normalmente longe dos olhos e ouvidos de outras pessoas, na clandestinidade”. E pontua que a violação
praticada contra a adolescente, ainda que na ausência de outras pessoas, afeta sensivelmente o desenvolvimento
psicológico da vítima. Lembra também que a importunação sexual, subtipo do assédio sexual e modalidade praticada pelo
agressor, é conduta prevista no CP.
Baseando-se no protocolo do CNJ para julgamento de casos com perspectiva de gênero, a magistrada destacou que a
conduta das entidades descumpre normas da Organização Internacional do Trabalho e do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Para a julgadora, a jovem deixou de ser acolhida até mesmo pelas mulheres empregadas das duas reclamadas
e a fala da aprendiz foi desquali cada, tanto no ambiente laboral quanto na audiência. Isso porque “a defesa reconhece e a
preposta confessa, ainda que nas entrelinhas, que a palavra do gerente vale mais do que a da adolescente”.
A julgadora lembra que acontecimentos do tipo, em geral, não são comunicados às autoridades “tamanha vergonha,
constrangimento e humilhação causados nas vítimas”. E ao considerar o BO como indício su ciente de prova, menciona a
importância do pai no desfecho do caso. Em suas palavras, a garota “teve em seu genitor um ponto de apoio seguro, que, a
partir de uma escuta ativa, não só noticiou os fatos às autoridades policiais como foi à 1ª reclamada com a adolescente
noticiar o ocorrido”.
Considerando o emprego dos modos verbais, dentre os fragmentos destacados a seguir, pode-se a rmar que há
equivalência com EXCEÇÃO de:
D “[...] o gerente da firma costumava fazer elogios sobre sua boca, vestimentas e batom.”
4 0013 07967
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
Em “A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética [...]” (1º§), o emprego de vírgulas é:
D Facultativo, sendo possível sua omissão sem qualquer prejuízo semântico ou gramatical
4 0013 07963
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
No discurso linguístico, uma mesma realidade pode ser apresentada por vocábulos positivos, neutros ou negativos de
acordo com a carga semântica pretendida no contexto no qual estão inseridos. Em “Tal sistema conceptual desempenha,
portanto, um papel central na de nição de nossa realidade cotidiana.” (2º§), pode-se a rmar que o adjetivo “central” foi
empregado para expressar ideia que indica uma carga semântica:
A Neutra
B Positiva
C Negativa
D Indefinida
4 0013 07961
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
“Os conceitos (1) que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. (2) Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até (3) nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. (4) Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na de nição de nossa realidade cotidiana.” (2º§) Dentre os termos destacados anteriormente, pode-se a rmar que
atuam como elementos de referenciação, contribuindo para o estabelecimento da coesão textual, os indicados de acordo
com a numeração:
A 1, 2, 3 e 4.
B 2 e 3, apenas.
C 3 e 4, apenas.
D 1, 2 e 4, apenas.
4 0013 07958
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
Considerando a relação de sentido estabelecida entre o primeiro e segundo períodos do texto, é correto afirmar que:
A A expressão “Por mais que” poderia substituir a expressão “Mais do que isso”.
B Poderia ser acrescentado, antecedendo a expressão “Mais do que isso”, o termo “Contudo”.
C A omissão da expressão “Mais do” provoca realce do referente indicado pelo vocábulo “isso”.
D A expressão “Mais do que isso” possui, no contexto, um dos sentidos possíveis do vocábulo “aliás”.
4 0013 07956
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
De acordo com o gênero textual a que pertence o texto “Conceitos da vida cotidiana”, pode-se a rmar que o mesmo tipo
de linguagem utilizada está exemplificado a seguir, com EXCEÇÃO de:
A “Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação.”
C “O preconceito linguístico é uma forma de discriminação que deve ser enfaticamente combatida.”
D “Se não se resolve as questões adequadamente, a gente pode correr o risco de termos seríssimos problemas no
futuro.”
4 0013 07955
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
O emprego da linguagem metafórica, de que trata o texto, pode ser identi cada, de acordo com o signi cado dos
vocábulos e expressões, de acordo com o contexto, em:
A “Quando vai ser a disputa de terceiro lugar da Copa do Mundo?” (https://www.lance.com.br/copa-do-mundo)
B “Copa do Mundo em tempo real: Últimas notícias do torneio e da Seleção” (Yahoo Esportes. 8 de dezembro de
2022)
C “Copa do Mundo: como lidar com o turbilhão de emoções e a pressão pelo hexa” (Estado de Minas 18/12/2022)
D “Chefe da copa do mundo fala sobre morte de operário: ‘ciclo natural da vida’” (Aventuras na história uol.
08/12/2022)
4 0013 07954
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
B “linguagem” exige que o complemento seja regido pela preposição “a” e, depois de “restrita”, de acordo com o
contexto, há artigo definido feminino singular.
C “restrita” exige que o complemento seja regido pela preposição “a” e, antes de “linguagem”, de acordo com o
contexto, há artigo definido feminino singular.
D “restrita” exige o emprego da preposição “a” e, antes de “linguagem”, de acordo com o contexto, existe a
possibilidade do emprego do artigo indefinido feminino singular.
4 0013 07953
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
Reconhecendo-se a função exercida pelo emprego do travessão em “[...] um recurso da imaginação poética e um
ornamento retórico – é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária.” (1º§), assinale a
afirmativa correta.
A Sua substituição por dois pontos manteria a correção original.
C Poderia ser substituído pelo ponto, já que a estrutura seguinte trata-se de um novo tópico frasal.
D Possui indicativo de carga semântica negativa, já que estabelece a separação entre ideias que vão de encontro
umas às outras.
4 0013 07951
A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma
questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como
uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a
maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a
metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema
conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por
natureza.
Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa
atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no
mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel
central na definição de nossa realidade cotidiana.
Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo
conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa
linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: seus argumentos são indefensáveis; ele atacou todos os pontos
da minha argumentação; e, destruí sua argumentação.
É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou
perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e
defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e
colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo
conceito de guerra.
Esse é um exemplo do que queremos dizer quando a rmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos
parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos.
(LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo:
Educ., 2002, p. 45- 47.
Acerca do 1º§ do texto pode-se afirmar que o enunciado apresenta, em sua introdução, como estratégia argumentativa:
A Citação de um exemplo prático quando cita o cotidiano e os conceitos da vida cotidiana.
B Expressão de um conceito que será sustentado a partir do desenvolvimento das ideias nos parágrafos seguintes.
C Emprego de uma linguagem predominantemente metafórica que contribui com o desenvolvimento das ideias
apresentadas a seguir.
Rússia afirma que não há nada promissor após negociações com a Ucrânia
A Ucrânia acusou a Rússia de bombardear a cidade de Chernihiv, apesar do anúncio de Moscou de redução “radical” da
atividade militar
As negociações entre as delegações russa e ucraniana em Istambul não resultaram em nada muito promissor ou qualquer
avanço, a rmou o Kremlin nesta quarta-feira, jogando um balde de água fria nas esperanças de progresso para o m da
guerra (...)
(https://www.cartacapital.com.br/mundo/russia-afirma-que-nao-ha-nada-promissor-apos-negociacoes-com-a-ucrania/,
30/03/2022).
A expressão utilizada na matéria da Carta Capital “jogando um balde de água fria” se refere a:
III. Obter progresso nas negociações sobre a guerra com a redução de ataques.
IV. Ter esperanças de que o governo russo recue e finde as negociações de paz.
B I e II estão incorretas.
4 0013 07528
Complete as frases com há cerca e acerca. Assinale a opção que preenche as lacunas:
4 0013 07519
A vereadora quis passar ___ colegas ___ informação de que havia um número de pessoas prontas ___ dedicar-se ___
palestras. A opção que preenche corretamente é a:
A à – à – a – as.
B as – à – a – as.
C às – a – a – às.
D as – a – à – as.
4 0013 07510
4 0013 07506
4 0013 074 98
A Aditiva.
B Adversativa.
C Alternativa.
D Conclusiva.
E Explicativa.
4 0013 05075
Questão 593 Casos obrigatórios de crase Casos f acultativos de crase Casos em que não há crase
(Disponível em: https://www.fesaude.niteroi.rj.gov.br/sua-saude/no-dia-mundial-da-saude-veja-a-importanciado-sus-para-a-
vida-dos-brasileiros – texto adaptado especialmente para esta prova).
No texto, temos a frase: “Antes disso, o acesso à saúde era extremamente limitado e diversas doenças causavam muitas
mortes precoces.” (l. 05-06). Qual das alternativas abaixo apresenta o uso INCORRETO de crase?
E O perito passou a comparar as letras e os algarismos da segunda à quarta coluna, com as letras e algarismos dos
demais dizeres do documento.
4 0013 05070
Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, identificando as classes gramaticais das palavras indicadas no texto.
Coluna 1
1. Pronome.
2. Substantivo.
3. Preposição.
4. Adjetivo.
Coluna 2
A 2 – 3 – 1 – 4.
B 1 – 2 – 3 – 4.
C 3 – 4 – 2 – 1.
D 4 – 1 – 3 – 2.
E 1 – 2 – 4 – 3.
4 0013 05066
Questão 595 Ref orma Ortográf ica de 2009 Novo Acordo Ortográf ico
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra grafada INCORRETAMENTE segundo o Acordo Ortográfico vigente.
A Órgão.
B Juízo.
C Delinquência.
D Pêra.
E Heroína.
4 0013 05062
Para representar o fonema /j/, existem duas letras: G e J. No texto, temos alguns exemplos: vigilância, gerente, estratégico,
gerar, objetivo, já e justiça. Assinale a alternativa que apresenta ambas as palavras grafadas corretamente.
A Lojista e vertijem.
B Viajar e tijela.
C Faringe e hereje.
D Gesto e traje.
E Alforge e majestoso.
4 0013 05058
No texto, temos a palavra “gratuito”. Assim, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A separação silábica de gratuito é: gra – tu – i – to, pois é uma palavra composta por hiato.
A F – F – V.
B V – F – F.
C F – V – V.
D V – V – V.
E V – V – F.
4 0013 05054
A Afastando.
B Apartando.
C Isolando.
D Separando.
E Agregando.
4 0013 05050
Na frase, “a luta por um modelo de atendimento e serviço gratuito para toda população começou ainda nos anos 70.”, qual
figura de linguagem se verifica?
A Perífrase.
B Sinestesia.
C Metonímia.
D Comparação.
E Metáfora.
4 0013 0504 8
D Antes do SUS, o acesso à saúde era extremamente limitado e diversas doenças causavam muitas mortes
precoces.
E O SUS é um sistema de saúde para todos os brasileiros e, mesmo os que têm plano de saúde privado, são de
alguma maneira beneficiados por ele.
4 0013 0504 5
I. O SUS, ao longo dos seus mais de 30 anos de existência, atende a qualquer cidadão, mesmo os que têm plano de saúde
privado.
II. Além de oferecer serviços básicos de saúde, em locais mais distantes dos grandes centros, o SUS proporciona ainda
serviços de vigilância e pesquisa.
III. Cidadãos que têm plano de saúde privado não acreditam que sejam beneficiados pelo SUS.
4 0013 0504 2
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
B A preposição “a” poderia ser substituída por “em” sem qualquer prejuízo.
C O termo regente exige que o complemento verbal seja antecedido por uma preposição.
D A exigência da preposição antecedendo “realidades locais” ocorre por se tratar de uma expressão feminina plural.
4 0013 03 650
Questão 603 Vírgula
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
No trecho destacado a seguir: “[...] assumindo responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos
municipais, formando e reestruturando suas Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e
da criminalidade.” (5º§), as vírgulas foram empregadas para:
4 0013 03 64 9
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
A Objetiva, uma perspectiva pessoal cuja carga semântica pode ser reconhecida positivamente de acordo com
o contexto.
B Objetiva, uma perspectiva pessoal cuja carga semântica pode ser reconhecida negativamente de acordo com
o contexto.
C Subjetiva, uma perspectiva pessoal cuja carga semântica pode ser reconhecida positivamente de acordo com
o contexto.
D Subjetiva, uma perspectiva pessoal cuja carga semântica pode ser reconhecida negativamente de acordo com
o contexto.
4 0013 03 64 6
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
Considerando o segmento “As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de
segurança devam se adequar às realidades locais e aos anseios das populações, [...]” (7º§) assinale a afirmativa correta.
A O período destacado poderia iniciar o parágrafo anterior (6º§) já que é feita uma referência à informação já
apresentada.
B O termo “pois” pode ser substituído por “assim”, “todavia” ou “sobremodo” de acordo com a adequação
quanto à coesão e coerência textual.
C A exclusão do termo “pois” provocaria alteração em da informação apresentada, não sendo possível identificar
o assunto do parágrafo em análise adequadamente.
D O termo “pois” é empregado não só como conectivo no período em que está expresso como também
estabelece conexão com ideias e informações do parágrafo anterior, contribuindo para a coesão intraparágrafo
e interparágrafos no texto.
4 0013 03 64 3
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
De acordo com as ideias e informações trazidas ao primeiro período do 2º§ pode-se a rmar que, em relação ao
assunto tratado, o enunciador mostra-se:
A Indignado.
B Pessimista.
C Insatisfeito.
D Compreensivo.
4 0013 03 64 0
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
A Se a forma verbal empregada em: “Há experiências exitosas [...]” fosse substituída por forma correspondente
no pretérito imperfeito, a concordância no plural seria estabelecida.
B Em “[...] polarização entre defensores de medidas duras contra o crime [...]”, a expressão “medidas duras”
atua como determinante do sintagma “defensores” estabelecendo, assim, concordância com tal termo.
C A forma verbal empregada em “[...] que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o
salvo conduto [...]” tem como sujeito o termo “que” e está flexionada no plural já que tal sujeito retoma referente
no plural.
D Em “O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado [...]”, a forma verbal poderia
ser substituída por sua forma no plural caso o enunciador optasse por conferir ênfase à expressão “criminalidade
e segurança pública”.
4 0013 03 614
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
B A segurança pública é um tema de relevância social não havendo distinção entre classes sociais quando se
trata da vulnerabilidade a que toda a população encontra-se exposta.
C As ideias acerca da criminalidade e segurança pública no Brasil perpassam por um amplo debate que necessita
de ser intensificado de modo que ações práticas façam parte da realidade.
D Não há limites para o debate sobre questões de segurança pública visto que a criminalidade vem
aumentando com o passar dos anos; a necessidade de um debate constante sobre o assunto deve acompanhar
tal demanda.
4 0013 03 608
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
Pode-se inferir, a partir da leitura do texto, que o sentido provocado pela conjunção empregada no título pode
ser compreendido como, principalmente:
A Relação de adição.
B Conceito inclusivo.
C Ideia compensatória.
D Relação de interação.
4 0013 03 600
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das zonas
criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no contexto
norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas de
prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de homicídios,
lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam se
adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional, intersetorial
e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas públicas.
A Em relação à ideia central estabelecida, os subtemas possuem maior relevância, de acordo com o contexto.
B Exemplos citados relacionados ao tema apresentado são essenciais para que opiniões contrárias, inseridas
no texto, sejam combatidas.
C O autor do texto pode ser denominado articulista conforme o desenvolvimento das ideias apresentadas e
recursos expressivos empregados.
D A expressão da interação explícita do discurso com o leitor por meio de sua inclusão no texto no emprego
da expressão “populações”, grupo do qual faz parte, é de fundamental importância para que o objetivo do
texto seja alcançado.
4 0013 03 596
O debate sobre criminalidade e segurança pública no Brasil tem sido pautado pela polarização entre defensores de medidas
duras contra o crime, que vão desde o endurecimento das penas e dos trâmites processuais até o salvo conduto da
excludente de ilicitude para a violência policial, e críticos do sistema de segurança pública e justiça penal, pelos abusos
praticados e a ineficácia do encarceramento para a contenção da criminalidade.
Para além desta dicotomia muitas vezes contraproducente para o enfrentamento de um problema que vitimiza grande parte
da população brasileira, que tem sua integridade física e/ou patrimonial ameaçada cotidianamente, a questão da prevenção
ao delito tem sido pouco discutida e menos ainda priorizada. Há experiências exitosas neste âmbito, e todas elas passam
pelo maior protagonismo do poder local/municipal na implementação de iniciativas e programas e na articulação da ação
das polícias com outros atores sociais.
No campo dos estudos criminológicos, a relevância do município na gestão da segurança pública é algo já constatado
desde os primeiros estudos da Escola de Chicago, nas primeiras décadas do século XX. A identi cação das
zonas criminógenas e a implementação dos Chicago Area Projects, buscando identi car e atuar sobre os “gateways”* da
criminalidade, signi caram um avanço importante no debate sobre a prevenção ao delito. Desde então, tanto no
contexto norte-americano como em outros países, o envolvimento de gestores municipais na coordenação de programas
de prevenção, com participação comunitária, tem sido muitas vezes o caminho mais exitoso para a redução de
homicídios, lesões corporais, furtos, roubos e delitos sexuais.
Via de regra, este foi um problema considerado de responsabilidade dos governos estaduais. Contudo, a partir do nal dos
anos 90 a segurança pública passou a receber um tratamento especial na agenda das discussões dos compromissos da
União com os municípios, deixando de se constituir como problema da segurança estritamente dos estados e de suas
polícias.
Desde então, muitas experiências importantes de políticas públicas de segurança passaram a ocorrer na esfera municipal.
Vários são os municípios que, nestes últimos 20 anos, criaram secretarias municipais de segurança urbana, assumindo
responsabilidades na área, produzindo diagnósticos, desenvolvendo planos municipais, formando e reestruturando suas
Guardas, implementando projetos sociais com foco na prevenção das violências e da criminalidade.
Tais experiências são muito diversas e se orientam por princípios e expectativas também muito variadas, sendo, no geral,
pouco estudadas e conhecidas.
No âmbito das políticas municipais de segurança, a pauta deixa de ser exclusivamente a repressão, priorizando a prevenção
e a promoção de novas formas de convivência social e cidadã, focadas na garantia, no respeito e na promoção de direitos.
A intenção passa a ser a implementação de políticas de segurança cidadã, balizadas por duas perspectivas, distintas e
complementares: a repressão quali cada da criminalidade, com a contenção de grupos armados que dominam territórios e
controlam mercados ilegais, como facções do trá co ou milícias urbanas, e a prevenção social das violências, com a
identificação de gateways e a incidência preventiva sobre os mesmos.
As políticas municipais de segurança cidadã expressam, pois, a expectativa de que as políticas de segurança devam
s e adequar às realidades locais e aos anseios das populações, em uma perspectiva de integração interinstitucional,
intersetorial e interagencial, através de mecanismos democráticos de controle, monitoramento e avaliação das políticas
públicas.
A Predomínio de linguagem formal considerando as estruturas linguísticas utilizadas assim como o léxico
selecionado.
B Emprego de linguagem totalmente objetiva, cooperando tal característica na promoção da credibilidade das
informações apresentadas.
C Utilização adequada e predominante de variedade linguística institucional e técnica considerando o público a que
se destina o texto apresentado.
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
Pelos sentidos expressos pelos termos/expressões empregados no texto, é possível identi car efeitos positivos
o u negativos em alguns trechos. Considerando tal pressuposto, assinale o seguimento cuja expressão difere dos
demais quanto aos efeitos referidos anteriormente.
A “[...] se elevou drasticamente.”
4 0013 03 567
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
Em “Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo.” (1º§), de acordo com a ortogra a vigente, o segmento destacado seria corretamente
substituído por (preservando-se também a correção semântica assim como evitando vícios de linguagem como a
redundância):
4 0013 03 561
Questão 614 Sentido conotativo f igurado ou metaf órico
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
Apesar de não se tratar de um gênero textual literário, ainda assim é possível reconhecer o emprego de figuras de linguagem
no texto apresentado caracterizando a linguagem conotativa. Assinale o trecho destacado que comprova a a rmativa
anterior:
A “Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço [...]” (2º§)
4 0013 03 556
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
A As intervenções efetivas estão diretamente relacionadas às necessidades motivadoras para a sua concretização.
B Questões relacionadas à mobilidade urbana são extintas quando alternativas como a prática do ciclismo são
implementadas com responsabilidade.
D Apesar de haver apoio de órgãos governamentais no que diz respeito à implantação do ciclismo como prática
de mobilidade urbana, ainda há entraves de relevância econômica como as taxas cobradas e devidas que
causam impedimento à prática citada.
4 0013 03 550
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
O emprego de parênteses em: “Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor
país do mundo para se andar de bicicleta.” (2º§) tem como objetivo:
4 0013 03 54 6
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
Infere-se dos dois primeiros períodos do 2º§ que:
A Embora haja a retomada de um referente, as informações introduzidas têm como função contrapor
conclusão contrária.
B Possuem como principal fato apresentado o marco temporal estabelecido no primeiro período e referenciado
a seguir, no segundo.
C O conservadorismo estabelecido como característica para o país citado anteriormente pode ser reconhecido
mediante os fatos apresentados.
D A conexão estabelecida com o parágrafo anterior contribui para a progressão textual apresentando
características de vanguarda para o referente mencionado.
4 0013 03 54 1
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
4 0013 03 53 6
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
De acordo com as relações de sentido observadas no 1º§ do texto, pode-se a rmar que o autor apresenta na introdução
do texto:
4 0013 03 53 1
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
Considerando as expressões empregadas no texto, de acordo com o autor, assinale a afirmativa correta.
A O crescimento econômico das grandes cidades está, e sempre esteve, atrelado ao desenvolvimento de
conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável assim como dependente dele.
B Não há motivos para comemorar; o comportamento do ser humano no trânsito, seja no Brasil ou em
outros países do mundo, necessita de mudanças drásticas para que grandes tragédias possam ser evitadas.
C Diante de uma situação de consequências negativas, a Holanda é um exemplo de mobilização efetiva contrária
a resultados não desejados, demonstrando interação entre agentes diferentes em prol da ação empreendida.
D As demandas surgidas a partir da prosperidade econômica são incapazes de gerar soluções imediatas, de médio
e longo prazo; à medida que tal crescimento exige determinados comportamentos e ações para que seus
objetivos sejam alcançados.
4 0013 03 525
Questão 621 Relações estabelecidas pelas preposições Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Se em várias partes do Brasil a bicicleta só mais recentemente começou a ser vista como opção de transporte, lá fora esse
conceito já existe faz tempo. Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo para
andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht (Holanda),
Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).
Este último país é considerado por muitos (especialmente pelos próprios moradores) o melhor país do mundo para se andar
de bicicleta. Já na década de 1950, 20% da população holandesa se locomoviam sobre duas rodas. Mas, na década
seguinte, a prosperidade econômica aumentou e um dos resultados disso foi o crescimento no número de automóveis.
Com o passar dos anos, os ciclistas foram perdendo espaço e o número de acidentes se elevou drasticamente. O trânsito
se tornou um ambiente hostil, de disputas de violência. Diante da crise, os holandeses não perderam tempo, e organizaram
um grande movimento para reduzir os acidentes. A campanha “Abaixo o assassinato de crianças” recebeu o apoio da
população e do governo. A Holanda voltou a prestigiar o ciclismo e o número de acidentes caiu.
A mobilidade por bicicleta não parou mais de crescer. O ciclismo foi totalmente integrado à malha de transportes holandesa,
com sinalização adequada e estacionamentos de bicicletas compatíveis com a demanda crescente.
Na Holanda, bicicletas dobráveis viajam de graça em outros meios de transporte público e as tradicionais podem ser
transportadas fora dos horários de pico por uma pequena taxa. A companhia ferroviária e prefeituras oferecem
estacionamento perto das estações. Desde 2003, o serviço de aluguel de bicicletas torna ainda mais acessível essa opção
de transporte.
(TRIGUEIRO, André. Cidades e Soluções: como construir uma sociedade sustentável – Rio de Janeiro: LeYa, 2017.)
O trecho destacado a seguir “Segundo The Copenhagenize Index (2015), no ranking das melhores cidades do mundo
p a r a andar de bicicleta, Copenhague (Dinamarca) aparece em primeiro lugar, seguida de Amsterdã e Utrecht
(Holanda), Estrasburgo (França) e Eindhoven (Holanda).” (1º§), confere ao texto:
C Estratégia para que a construção da credibilidade quanto às informações apresentadas seja validada.
D Introdução de uma evidência que permite ao interlocutor emitir conclusões acerca da mobilidade urbana em
todo o mundo.
4 0013 03 517
Texto I
Um grupo de investigadores da Universidade de Cardi , no País de Gales, encontrou um novo tipo de célula, responsável
pela defesa do organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias – que poderá atacar e destruir a grande
maioria dos tipos de câncer.
Os cientistas encontraram uma célula no sangue que pode avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula
imune serve de apoio a um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos cânceres ao mesmo tempo
que ignora as células saudáveis.
Andrew Sewell, responsável pelo estudo, a rma que é altamente incomum encontrar uma célula com potencialidades
terapêuticas assim tão vastas no combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma “terapia
universal”.
“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de
destruir muitos tipos diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa foi uma descoberta
acidental porque ninguém sabia que essa célula existia”, contou Sewell.
A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células
cancerígenas, incluindo as presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.
(Cientistas descobrem célula que poderá tratar todos os tipos de câncer. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 21.01.2020.
Adaptado)
Texto II
Nosso sistema imunológico é a defesa natural do corpo contra infecções, porém ele também ataca células cancerosas.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Cardi estava em busca de maneiras novas e não convencionais de fazer com
que o sistema imunológico atacasse naturalmente tumores. Eles encontraram um tipo de célula T com um receptor que
identifica e ataca células cancerosas, ignorando as saudáveis.
A diferença nessa célula imunológica é que ela pode escanear o corpo em busca de ameaças que devem ser eliminadas e
atacar uma ampla variedade de cânceres.
Esse receptor da célula T, em particular, interage com uma molécula chamada MR1, responsável por sinalizar ao sistema
imunológico o metabolismo disfuncional em curso dentro de uma célula cancerosa.
Terapias com células T já existem e o desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer tem sido um dos avanços mais
empolgantes nesse campo. O mais famoso exemplo é o chamado CAR-T, uma droga viva produzida por meio de
engenharia genética em células T para procurar e destruir o câncer.
Lucia Mori e Gennaro De Libero, da Universidade de Basileia, na Suíça, a rmam que essa pesquisa tem um “enorme
potencial”, mas ainda é cedo para afirmar que ela poderia funcionar para todos os tipos de câncer.
(A descoberta sobre o sistema imunológico que pode ajudar a combater todos os tipos de câncer. www.bbc.com, 21.01.2020.
Adaptado)
Para responder à questão, considere o trecho – … é altamente incomum encontrar uma célula com potencialidades
terapêuticas assim tão vastas… (3º parágrafo, texto I).
A maçantes.
B inacabadas.
C irrelevantes.
D únicas.
E limitadas.
4 0012964 24
Questão 623 Regra geral Sujeito simples
Texto I
Um grupo de investigadores da Universidade de Cardi , no País de Gales, encontrou um novo tipo de célula, responsável
pela defesa do organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias – que poderá atacar e destruir a grande
maioria dos tipos de câncer.
Os cientistas encontraram uma célula no sangue que pode avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula
imune serve de apoio a um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos cânceres ao mesmo tempo
que ignora as células saudáveis.
Andrew Sewell, responsável pelo estudo, a rma que é altamente incomum encontrar uma célula com potencialidades
terapêuticas assim tão vastas no combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma “terapia
universal”.
“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de
destruir muitos tipos diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa foi uma descoberta
acidental porque ninguém sabia que essa célula existia”, contou Sewell.
A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células
cancerígenas, incluindo as presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.
(Cientistas descobrem célula que poderá tratar todos os tipos de câncer. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 21.01.2020.
Adaptado)
Texto II
Nosso sistema imunológico é a defesa natural do corpo contra infecções, porém ele também ataca células cancerosas.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Cardi estava em busca de maneiras novas e não convencionais de fazer com
que o sistema imunológico atacasse naturalmente tumores. Eles encontraram um tipo de célula T com um receptor que
identifica e ataca células cancerosas, ignorando as saudáveis.
A diferença nessa célula imunológica é que ela pode escanear o corpo em busca de ameaças que devem ser eliminadas e
atacar uma ampla variedade de cânceres.
Esse receptor da célula T, em particular, interage com uma molécula chamada MR1, responsável por sinalizar ao sistema
imunológico o metabolismo disfuncional em curso dentro de uma célula cancerosa.
Terapias com células T já existem e o desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer tem sido um dos avanços mais
empolgantes nesse campo. O mais famoso exemplo é o chamado CAR-T, uma droga viva produzida por meio de
engenharia genética em células T para procurar e destruir o câncer.
Lucia Mori e Gennaro De Libero, da Universidade de Basileia, na Suíça, a rmam que essa pesquisa tem um “enorme
potencial”, mas ainda é cedo para afirmar que ela poderia funcionar para todos os tipos de câncer.
(A descoberta sobre o sistema imunológico que pode ajudar a combater todos os tipos de câncer. www.bbc.com, 21.01.2020.
Adaptado)
Está em conformidade com a norma-padrão de concordância verbal ou nominal a frase:
A Diversas técnicas tem contribuído na luta contra o câncer e uma delas é a engenharia genética.
B Da inovação científica depende os pacientes que aguardam uma cura para suas doenças.
C Lucia Mori afirma que ela mesmo reconhece a importância da pesquisa, mas tem ressalvas.
E Pesquisas precisam ser mais divulgadas na televisão, de modo a torná-las mais acessível.
4 0012964 23
Texto I
Um grupo de investigadores da Universidade de Cardi , no País de Gales, encontrou um novo tipo de célula, responsável
pela defesa do organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias – que poderá atacar e destruir a grande
maioria dos tipos de câncer.
Os cientistas encontraram uma célula no sangue que pode avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula
imune serve de apoio a um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos cânceres ao mesmo tempo
que ignora as células saudáveis.
Andrew Sewell, responsável pelo estudo, a rma que é altamente incomum encontrar uma célula com potencialidades
terapêuticas assim tão vastas no combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma “terapia
universal”.
“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de
destruir muitos tipos diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa foi uma descoberta
acidental porque ninguém sabia que essa célula existia”, contou Sewell.
A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células
cancerígenas, incluindo as presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.
(Cientistas descobrem célula que poderá tratar todos os tipos de câncer. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 21.01.2020.
Adaptado)
Texto II
Nosso sistema imunológico é a defesa natural do corpo contra infecções, porém ele também ataca células cancerosas.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Cardi estava em busca de maneiras novas e não convencionais de fazer com
que o sistema imunológico atacasse naturalmente tumores. Eles encontraram um tipo de célula T com um receptor que
identifica e ataca células cancerosas, ignorando as saudáveis.
A diferença nessa célula imunológica é que ela pode escanear o corpo em busca de ameaças que devem ser eliminadas e
atacar uma ampla variedade de cânceres.
Esse receptor da célula T, em particular, interage com uma molécula chamada MR1, responsável por sinalizar ao sistema
imunológico o metabolismo disfuncional em curso dentro de uma célula cancerosa.
Terapias com células T já existem e o desenvolvimento de imunoterapias contra o câncer tem sido um dos avanços mais
empolgantes nesse campo. O mais famoso exemplo é o chamado CAR-T, uma droga viva produzida por meio de
engenharia genética em células T para procurar e destruir o câncer.
Lucia Mori e Gennaro De Libero, da Universidade de Basileia, na Suíça, a rmam que essa pesquisa tem um “enorme
potencial”, mas ainda é cedo para afirmar que ela poderia funcionar para todos os tipos de câncer.
(A descoberta sobre o sistema imunológico que pode ajudar a combater todos os tipos de câncer. www.bbc.com, 21.01.2020.
Adaptado)
No trecho – … o novo tipo de célula T pode encontrar e matar grande diversidade de células cancerígenas, incluindo as
presentes no câncer de pulmão (5º parágrafo, texto I) –, o vocábulo em destaque foi empregado com a mesma função que
em:
C Essas pessoas estiveram com sintomas persistentes, o que as levou a buscarem ajuda.
D Doenças não diagnosticadas precocemente são as que são mais difíceis de curar.
E A busca da cura para a doença tem levado os cientistas até as últimas consequências.
4 0012964 21
Padeiros, manobristas, pedestres e um catador de papel olhavam para os noivos, agora marido e mulher, trajados a rigor,
mas um rigor excessivo, para mim, até pomposo. O casal tinha saído de uma igreja do bairro e se deixava fotografar na
calçada de um restaurante.
Ele parecia um adolescente em fase de crescimento. E ela, miúda e serelepe, parecia uma criança que se recusava a
crescer. Os dois, abraçados, formavam um par gracioso e insólito, que posava às gargalhadas para dezenas de celulares.
Testemunhava essa felicidade nada clandestina, banhada por um chuvisco de pétalas no m da tarde de um sábado
paulistano. Aos poucos, a plateia plebeia se dispersou: os padeiros voltaram à labuta no balcão e na chapa de aço; os
manobristas, aos carros en leirados no meio da rua; o catador de papel, à carroça troncha; e os transeuntes, à noite que os
esperava.
Mas nem todos os sábados são festejados com pétalas celestiais, beijos e celulares. Há duas semanas, atraído por uma
gravação famosa do Réquiem de Mozart, entrei em outra igreja do meu bairro e me emocionei. Nesse crepúsculo fúnebre,
não apareceram padeiros, carroceiros nem manobristas, e os transeuntes não pararam para observar beijos discretos e
compassivos num rosto masculino, devastado pelo pesar.
Enquanto ouvia a composição milagrosa de Mozart, observava o rosto abatido do jovem viúvo diante de uma fotogra a da
finada. Isso me fez pensar na permanência, e não no fracasso do amor.
Eu era apenas um intruso curioso para os que ali estavam nessa missa fúnebre. O intruso saiu da igreja e parou para ouvir a
parte nal do Réquiem; depois andou a esmo, com o estado de espírito tão diferente do passeante que se distraíra com
pétalas e gargalhadas de um outro sábado.
O intruso saiu da igreja e parou para ouvir a parte nal do Réquiem; depois andou a esmo, com o estado de espírito tão
diferente do passeante que se distraíra com pétalas e gargalhadas de um outro sábado. (último parágrafo)
A forma verbal se distraíra pode ser substituída no trecho, sem prejuízo da correção gramatical e do sentido, por
A tivesse se distraído.
B se tinha distraído.
C se distrairia.
D distraiu-se.
E distrair-se-á.
4 0012964 16
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
4 00129514 3
Questão 627 Voz passiva analítica Passagem de voz ativa para voz passiva analítica
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Ao se transpor o trecho acima para a voz ativa, a forma verbal resultante será:
A acometesse.
B acometeria.
C acometera.
D acometia.
E acometeu.
4 00129513 7
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
1 Antigamente, se morria.
1907, digamos, aquilo sim
é que era morrer.
Morria gente todo dia,
e morria com muito prazer,
já que todo mundo sabia
que o Juízo, afinal, viria,
e todo mundo ia renascer.
Morria-se praticamente de tudo.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Um novo vocábulo pode ser formado quando passa de uma classe gramatical a outra, sem a modi cação de sua forma. É o
que se denomina derivação imprópria. Constitui exemplo de derivação imprópria o termo sublinhado em:
C Leva vinte anos para dar uma parasita que preste, não tenho lucro nenhum. (9º parágrafo).
D Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? (3º parágrafo).
4 00129513 5
Questão 629 Vocativo Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
4 00129513 3
Questão 630 Conjunções subordinativas adverbiais causais Conjunções subordinativas adverbiais condicionais
Conjunções subordinativas adverbiais consecutivas
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Em terei de fechar o registro para evitar que desperdice água (12º parágrafo), o termo sublinhado introduz uma oração que
expressa ideia de
A condição.
B proporção.
C consequência.
D finalidade.
E causa.
4 00129513 2
Questão 631 Emprego do artigo def inido Aspectos Gerais Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
C Ao chegar a avô, era terno e até meloso, mas a idade o torna coriáceo. (10º parágrafo).
D A obrigação dos pais é acompanhar as filhas a tudo quanto é festa. (21º parágrafo).
E Um deles, o pintor, foi acometido por um mal súbito e teve de deitar-se na cama de uma das garotas. (16º
parágrafo).
4 001295128
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Em o velho está sempre bulindo nas plantas, dando ordens, contrariando instruções do dono. (1º parágrafo), o verbo
sublinhado está empregado na acepção de
A “pôr as mãos em, pegar, mexer em”, como em “Não vá bulir na tomada!”
B “despertar apreensão, inquietação”, como em “O estranho comportamento dela buliu com o rapaz”.
C “fazer caçoada, zombaria de”, como em “A criançada vive bulindo com a vizinha antipática”.
D “provocar sentimento, emoção em”, como em “Essas cenas trágicas bolem com a gente”.
4 001295123
Questão 633 Sujeito simples Sujeito oculto elíptico ou desinencial Oração sem sujeito ou sujeito inexistente
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Em relação à oração centrada no verbo em negrito, exerce a função sintática de sujeito a expressão sublinhada em:
B E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa. (18º parágrafo)
C − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo. (26º parágrafo)
4 001295118
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
A voz de um personagem mescla-se à voz do cronista, configurando o chamado discurso indireto livre, no seguinte trecho:
A − Da próxima vez que ele vier, diz a nora, terei de fechar o registro para evitar que desperdice água. (12º parágrafo)
B − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25º parágrafo)
C Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? (3º parágrafo)
4 001295109
Atenção: Leia o trecho da crônica “Retrato de velho”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
A E é um custo impedir que ele escaramuce o doente para fora de casa. (18º parágrafo).
B − Descobri que paciência é uma forma de amor − diz-me uma das filhas, sorrindo. (26º parágrafo).
C − Vocês me deixam esbodegado, vocês são insuportáveis! − queixa-se ao sair. (25º parágrafo).
E Solenemente, faz queixa do bisneto, que lhe sumiu com a palha de cigarro, para vingar-se de seus ralhos
intempestivos. (10º parágrafo).
4 001295103
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
4 001293 577
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
B Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda de gado. (2º parágrafo).
C Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. (3º parágrafo).
4 001293 576
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
A Pode-se descrer do juízo de um homem que rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
(2º parágrafo).
B Raciocinava perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. (2º parágrafo).
C Se o senhor me prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. (4º
parágrafo).
D Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. (1º parágrafo).
E Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal. (6º
parágrafo).
4 001293 575
Questão 639 Sujeito simples Objeto direto preposicionado Adjunto Adverbial versus Objeto Indireto
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Em Os ouvintes pasmavam e bebiam. (1º parágrafo), a expressão sublinhada exerce a mesma função sintática da expressão
sublinhada em:
A Ele me procurou esta noite (3º parágrafo).
4 001293 574
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
4 001293 573
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Ao ser transpor o trecho acima para o discurso direto, o termo sublinhado assume a seguinte forma:
A esperam.
B esperaram.
C esperem.
D esperavam.
E esperariam.
4 001293 572
Questão 642 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
− Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. (1º parágrafo).
− O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe inflara o apetite de glória. (2º parágrafo).
A "serviço” e “Capeta”.
4 001293 571
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Raciocinava perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro
uma fazenda de gado. (2º parágrafo)
No trecho acima, o cronista relata alguns fatos ocorridos no passado. Um fato anterior a esse tempo passado está indicado
pela seguinte forma verbal:
A “Raciocinava”.
B “mudara”.
C “insistindo”.
D “Ofereceu”.
E “deu”.
4 001293 570
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Pode-se descrer do juízo de um homem que rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco. (2º
parágrafo)
Depreende-se desse comentário irônico do cronista a seguinte crítica: nós, homens, somos
A interesseiros.
B preguiçosos.
C ingênuos.
D compassivos.
E indulgentes.
4 001293 569
Atenção: Leia o trecho da crônica “Modéstia”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder à questão.
Certo Juca Ludovico, o cial de carpinteiro, acordou um dia com a alma transformada. Começou por faltar ao serviço, a que
era assíduo. Surpreendendo a consorte, dirigiu-se ao botequim e pagou cerveja para todos. Juca não era forreta, mas a libação
matinal e coletiva não tinha propósito. Aos que chegavam e inquiriam com o olhar, ele ia dizendo: “Abanquem-se e tomem parte
na minha satisfação. Vão acontecer grandes coisas por meu arbítrio, e quero estar à altura dos acontecimentos”. Os ouvintes
pasmavam e bebiam. Juca não entrava no miúdo, falava em honras, feitos e bens, sem particularizá-los, mas sentia-se que
pisara a caçamba de altas cavalarias.
O pior é que não endoidecera; estava dominado pelo Capeta, que no sono lhe in ara o apetite de glória. Raciocinava
perfeitamente nas coisas triviais, insistindo porém em que sua vida mudara. Ofereceu emprego a um, deu a outro uma fazenda
de gado. Pedia apenas que esperassem duas semanas, tempo bastante para receber do Banco da Inglaterra o ouro que ali
devia estar à sua disposição, e que de boa mente partilharia com a multidão. Pode-se descrer do juízo de um homem que
rasgue dinheiro, não porém do de outro que reparta dinheiro conosco.
Disfarçado em fogueteiro, e por via das dúvidas embuçado na capa preta, o Diabo misturava-se com a turba, sorria, esfregava
os cascos. Apenas dona Neném, senhora idosa e devota, olhava tudo de beiço reprovador, e interpelou-o: “Juca, meu sobrinho,
de onde te vem tamanho poder?”. Ele não se deu por achado: “Ora, minha tia, então não vê que é de meu padrinho sr. são
José? Ele me procurou esta noite e disse: Vai e faze brilhar o nosso nome. És a or dos Josés, e por tua valia serei cultuado na
terra toda”. “Pois eu duvido”, retrucou dona Neném. “Vamos entrar na igreja e conversar com são José.”
Dona Neném, Juca e a multidão entraram de roldão. O altar do santo nem estava orido; era todo humildade e recato. Juca
postou-se em relevo e soltou o verbo: “Aqui está, meu padrinho, a multidão que eu trouxe para servi-lo. Se o senhor me
prestigiar, como espero, eles levarão sua imagem por toda parte e receberão grandezas. Faça um sinal com a ponta do dedo
mindinho, e minha tia se convencerá”
O dedo de são José não se mexeu. “São José”, continuou Juca, “nosso trato está rme. Eu o estou cumprindo, agora é a sua
vez. Preciso de meios para agir. A propaganda custa caro. Tenho de distribuir mercês a amigos e inimigos, atrair incrédulos.
Depende do senhor, padrinho”.
São José não respondia. “Será possível que o senhor não escute bem? Uma palavrinha sua, e irei a uma cadeia de rádio e
televisão iniciar a campanha de esclarecimento universal.”
O santo, na moita. “Ele está assim porque ainda não me lembrei de melhorar o seu altarzinho, ora veja! Fique tranquilo, meu
santo. Vou fazer-lhe uma igreja de ouro e em volta construirei uma cidade inteira em sua honra; será a primeira do mundo e nela
só habitarão os eleitos, sob minha chefia. Combinado? Agora mova o dedinho.”
A expectativa era enorme. Dona Neném, trêmula, chegada ao altar, viu, horrorizada, mover-se, não o dedo, mas a mão inteira
de são José. E estendendo-se o braço, a mão pousou no ombro de Juca. “Estão vendo?”, parecia dizer o olhar deste, pois a
boca, maravilhada, não piava. E são José sorrindo, mansamente, disse estas palavras: “Juca, volte à o cina, pegue da enxó e
da plaina e trabalhe como de costume. Essas coisas não lhe cam bem, meu lho”. Ouviu-se um estouro no adro. Era o Diabo
que explodia, de ódio.
(Adaptado de: ANDRADE, Carlos Drummond de. A bolsa e a vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2012)
Em Juca não entrava no miúdo (1º parágrafo), o cronista sugere que Juca Ludovico expressava-se de modo
A receoso.
B lacônico.
C informal.
D genérico.
E minucioso.
4 001293 568
Associada
Esopo,
fábula é muito mais antiga do que ele. Ainda assim, Esopo é tido em larga medida como seu pai e
B à–à–a
C a–a–à
D a–a–a
E à–a–à
4 001293 4 4 9
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
4 001293 4 4 8
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
4 001293 4 4 6
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
A consequência.
B finalidade.
C causa.
D conformidade.
E proporção.
4 001293 4 4 4
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
C Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma flauta para eu dançar.
E Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe, não devia me pôr a imitar um flautista.
4 001293 4 4 2
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
E m Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo, o termo sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para
o sentido do texto, por:
A Além disso
B Contudo
C Portanto
D Mesmo assim
E Por isso
4 001293 4 4 1
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
(Esopo. Fábulas completas. São Paulo: Cosac Naify, 2013)
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
A ingênuo.
B distraído.
C servil.
D astuto.
E resignado.
4 001293 4 3 9
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e disse:
“Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
A personificação.
B eufemismo.
C hipérbole.
D antítese.
E pleonasmo.
4 001293 4 3 7
Atenção: Leia a fábula “O cabrito e o lobo flautista”, de Esopo, para responder a questão a seguir.
Um cabrito que cou por último atrás do rebanho estava sendo perseguido por um lobo. Então ele se virou para o lobo e
disse: “Lobo, estou conformado em ser sua comida. Mas, para que eu não morra de forma indigna, toque uma auta para eu
dançar.” E o lobo se pôs a tocar auta e o cabrito, a dançar. Entretanto, os cães o ouviram e saíram no encalço do lobo. Então
este se voltou e disse ao cabrito: “Isso é benfeito para mim, pois eu, que sou magarefe*, não devia me pôr a imitar um
flautista.”
*magarefe: indivíduo que abate e esfola as reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro.
A Assim, as pessoas insignificantes tentam parecer bem mais do que são de fato.
C Assim, a rivalidade com superiores, além de não levar a nada, ainda acrescenta o riso às desgraças.
D Assim, os que conspiram contra os sócios sem perceber também perecem junto com eles.
E Assim, aqueles que praticam uma ação sem levar em conta as circunstâncias perdem até o que têm em mãos.
4 001293 4 3 5
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
Em só o vi valente no comer angu (3º parágrafo), o termo sublinhado exerce a mesma função sintática daquele sublinhado
em:
4 001293 4 3 3
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
(Rubem Braga. 50 crônicas escolhidas. São Paulo: Global Editora, 2021)
4 001293 4 3 0
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
Ao se transpor o texto acima para o discurso indireto, a forma verbal sublinhada será substituída por
A foi.
B fosse.
C era.
D seja.
E fora.
4 001293 4 21
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
A Casa
B cachorro
C Cachoeiro
D espírito
E Zig Braga
4 001293 4 18
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
(Rubem Braga. 50 crônicas escolhidas. São Paulo: Global Editora, 2021)
4 001293 4 17
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
O termo sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
A preguiçoso.
B inofensivo.
C ambíguo.
D nostálgico.
E deplorável.
4 001293 4 14
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
B Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. (4º parágrafo)
C Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o olho do cachorro. (4º parágrafo)
E Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só. (8º parágrafo)
4 001293 4 10
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato, me
porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas onze
anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se em
todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam minha
infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter
sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos de
minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si com
a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o mato, e
Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou indignado
a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por este
mundo a caçar ventos e melancolias.
B Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de
pato, me porei a narrar a crônica dos Braga. (1º parágrafo)
C Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro
mesmo. (2º parágrafo)
D Não sei onde Valente ganhou esse belo nome; deve ter sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o
vi valente no comer angu. (3º parágrafo)
E Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não tirava o olho do cachorro. (4º parágrafo)
4 001293 4 06
Atenção: Leia o trecho inicial da crônica “Histórias de Zig”, de Rubem Braga, para responder a questão a seguir.
Um dia, antes do remate de meus dias, ainda jogarei fora esta máquina de escrever e, pegando uma velha pena de pato,
me porei a narrar a crônica dos Braga. Terei então de abrir todo um livro e contar as façanhas de um deles que durou apenas
onze anos, e se chamava Zig.
Zig – ora direis – não parece nome de gente, mas de cachorro. E direis muito bem, porque Zig era cachorro mesmo. Se
em todo o Cachoeiro era conhecido por Zig Braga, isso apenas mostra como se identi cou com o espírito da Casa em que
nasceu, viveu, mordeu, latiu, abanou o rabo e morreu.
Teve, no seu canto de varanda, alguns predecessores ilustres, dos quais só recordo Sizino, cujos latidos atravessam
minha infância, e o ignóbil Valente, que encheu de desgosto meu tio Trajano. Não sei onde Valente ganhou esse belo nome;
deve ter sido literatura de algum Braga, pois hei de confessar que só o vi valente no comer angu. E só aceitava angu pelas mãos
de minha mãe.
Um dia, tio Trajano veio do sítio... Minto! Foi tio Maneco. Tio Maneco veio do sítio e, conversando com meu pai na varanda, não
tirava o olho do cachorro. Falou-se da safra, das dificuldades da lavoura.
Meu pai achava que não; mas, para encurtar conversa, quando tio Maneco montou sua besta, levou o Valente atrás de si
com a coleira presa a uma cordinha. O sítio não tinha três léguas lá de casa. Dias depois meu tio levou a cachorrada para o
mato, e Valente no meio. Não sei se matou alguma coisa; sei apenas que Valente sumiu. Foi a história que tio Maneco contou
indignado a primeira vez que voltou no Cachoeiro; o cachorro não aparecera em parte alguma, devia ter morrido...
– Sem-vergonhão!
Acabara de ver o Valente que, deitado na varanda, ouvia a conversa e o mirava com um olho só.
Nesse ponto, e só nele, era Valente um bom Braga, que de seu natural não é povo caçador; menos eu, que ando por
este mundo a caçar ventos e melancolias.
4 001293 3 8 5
A abacaxi.
B aprendiz.
C guarani.
D recompor.
E jovem.
4 001291519
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com
quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se
proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou
quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se
um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos
os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob
controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
B I e II, apenas.
C II e III, apenas.
D I e III, apenas.
E I, II e III.
4 001291517
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com
quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se
proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou
quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se
um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos
os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob
controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
No trecho “Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças”, a crase está aplicada, corretamente.
Isso não ocorre em:
4 001291516
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com
quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se
proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou
quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se
um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos
os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob
controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
O texto relata que mesmo estando sob controle, algumas doenças antigas, como Rubéola e Coqueluche, podem voltar,
pois:
4 001291515
Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com
quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se
proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.
A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina são transmitidas pelo contato com objetos contaminados ou
quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se
um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados.
Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos
os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola. Mas, mesmo estando sob
controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar.
Sobre a importância das vacinas, com relação ao apontado pelo texto, é correto afirmar que:
B A vacinação é importante para o tratamento precoce das doenças, antes que apareçam os sintomas.
4 001291514
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa que apresente a função sintática exercida pela oração subordinada em destaque no período: O
Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de quelônios
aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
A Sujeito.
B Predicativo do sujeito.
C Objeto direto.
D Aposto.
E Objeto indireto.
4 00128 5572
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa que apresente a função sintática exercida pelos termos em destaque no período: O parque tem área
de 1,3 milhão de hectares e abriga 280 espécies de aves e 71 mamíferos.
A Objeto Direto.
B Predicativo do Sujeito.
C Objeto Indireto.
D Sujeito.
E Vocativo.
4 00128 5569
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa que apresente a classe morfológica do termo em destaque no período: O Parque Nacional Cordilheira
Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga e Ucayali, nas regiões de San
Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco.
A Substantivo
B Preposição
C Numeral
D Verbo
E Conjunção
4 00128 5566
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa que presente o tipo de circunstância estabelecida pelo termo em destaque no período: Lá, os ovos
ficam incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
A Tempo
B Negação
C Intensidade
D Modo
E Lugar
4 00128 5563
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa que apresente a justi cativa adequada para o uso da crase no período: No total, liberamos em lagos e
rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha que estão
ameaçadas na Amazônia, disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional Cordilheira Azul.
A Regência Verbal.
B Locução Adverbial.
C Regência Nominal.
D Locução Prepositiva.
E Substantivo Próprio.
4 00128 5562
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
A Número
B Mamíferos
C Possível
D Aquáticos
E Amazônicos
4 00128 5560
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
B po-ssí-vel.
C a-quá-ti-cos.
D tar-ta-ru-gas.
E e-clo-são.
4 00128 5559
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
B Praias
C Chamado
D Possível
E Milhão
4 00128 5556
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
Assinale a alternativa cuja letra c da palavra represente o mesmo fonema representado pela letra c em incubados:
A Processo
B Nacional
C Planície
D Cordilheira
E Selecionar
4 00128 5554
Mais de 6 mil filhotes de tartarugas são soltos no Peru para repovoar a Amazônia
Animais são das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e cágado-de-barbicha, que estão ameaçadas. No processo, ovos
cam incubados arti cialmente por 60 dias, até a eclosão. Mais de 6 mil lhotes de três espécies ameaçadas de tartarugas
foram devolvidas à natureza progressivamente, em lagos e lagoas da Amazônia peruana, para colaborar com seu
repovoamento, informou um órgão do governo local chamado Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).
"No total, liberamos em lagos e rios da Amazônia 6.142 lhotes de tartarugas das espécies tracajá, tartaruga-da-amazônia e
cágado-de-barbicha que estão ameaçadas na Amazônia", disse à AFP Gustavo Montoya, diretor do Parque Nacional
Cordilheira Azul. "Com a liberação destas espécies em risco será possível repovoar lagoas e rios da Amazônia",
acrescentou ele.
Os animais foram liberados recentemente no Cushabatay e Shaypaya, a uentes do rio Ucayali, um dos principais do Peru. A
tartaruga tracajá (Podocnemis uni lis) mede entre 30 e 40 cm de comprimento em sua fase adulta. A tartaruga-da-amazônia
(Podonecmis expansa) tem, em média 1 metro. Já o cágado-de-barbicha (Phrynops geoffroanus) alcança de 25 a 30 cm.
O Sernanp destacou que o número de lhotes liberados em 2022 representa mais de 70% do número de lhotes de
quelônios aquáticos soltos em 2021, que foi de 4.424 filhotes.
Segundo Montoya, o trabalho de repovoamento consiste em coletar e selecionar os ovos e transferi-los das praias naturais
dos rios amazônicos para as praias arti ciais que o Sernanp prepara em uma zona de segurança. Lá, os ovos cam
incubados artificialmente por 60 dias, até a eclosão.
O Parque Nacional Cordilheira Azul ca na área de transição entre a selva alta e a planície amazônica entre os rios Huallaga
e Ucayali, nas regiões de San Martín, Loreto, Ucayali e Huánuco. O parque tem área de 1,3 milhão de hectares e abriga 280
espécies de aves e 71 mamíferos.
B Argumentação
C Poema
D Notícia
E Narração
4 00128 5553
Questão 679 Pronome relativo Regência verbal Substituição de pronome relativo por outro
Vida
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
(Augusto Branco)
e amigos que eu nunca mais vi.
Substituindo o pronome relativo "que" por outro, e respeitando a regência verbal, a forma adequada é:
A dos quais.
B o qual.
C os quais.
D pelos quais.
E aos quais.
4 00128 1606
Vida
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
(Augusto Branco)
A em parte.
B neste momento.
C atualmente.
D dentro em pouco.
E anteriormente.
4 00128 1603
Vida
Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!
(Augusto Branco)
4 00128 1600
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada. (2º parágrafo)
Reescrevendo o trecho acima por meio da voz passiva sintética, e mantendo a correlação temporal, a forma verbal utilizada
será
A tinha sido.
B se escravizara.
C escravizou.
D se escravizaram.
E se escravizou.
4 00128 1595
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século. (2º
parágrafo)
A sobreviveu.
B perdeu.
C sucumbiu.
D combateu.
E fortaleceu.
4 00128 158 8
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
A explicita um equívoco.
C realça um estrangeirismo.
E assinala um título.
4 00128 158 4
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto. (1º parágrafo)
B condição.
C concessão.
D proporção.
E comparação.
4 00128 1579
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
Em Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. (1º parágrafo), o pronome sublinhado
exerce a função sintática de:
A objeto direto.
B objeto indireto.
C complemento nominal.
D adjunto adnominal.
E predicativo do sujeito.
4 00128 1566
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
A condição natural.
B estado agradável.
C situação real.
D posição voluntária.
E circunstância aleatória.
4 00128 1555
Quando criança, fui ensinada que a população negra havia sido escrava e ponto, como se não tivesse existido uma vida
anterior nas regiões de onde essas pessoas foram tiradas à força. Disseram-me que a população negra era passiva e que
"aceitou" a escravidão sem resistência. Também me contaram que a princesa Isabel havia sido sua grande redentora. No
entanto, essa era a história contada do ponto de vista dos vencedores, como diz Walter Benjamin.
O que não me contaram é que o Quilombo do Palmares, na serra da Barriga, em Alagoas, perdurou por mais de um século, e
que se organizaram vários levantes como forma de resistência à escravidão, como a Revolta dos Malês e a Revolta da
Chibata. Com o tempo, compreendi que a população negra havia sido escravizada, e não era escrava.
Se para mim, que sou lha de um militante negro e que sempre debati essas questões em casa, perceber essas nuances é algo
complexo e dinâmico, para quem re etiu pouco ou nada sobre esse tema pode ser ainda mais desa ador. O processo envolve
uma revisão crítica profunda de nossa percepção de si e do mundo. Implica perceber que mesmo quem busca ativamente a
consciência racial já compactuou com violências contra grupos oprimidos.
(Adaptado de: RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. Companhia das Letras, 2019)
4 00128 154 9
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que o termo destacado não pertence à classe gramatical dos demais.
D “Com franqueza, não me animo a dizer que você não vá. [...]” (1º§)
E “[...] aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, [...]” (5º§)
4 001277717
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
“São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade estranha, no
palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele perfil de casas e chaminés já é um pouco,
e docemente, coisa sua.” (4º§) As expressões destacadas anteriormente indicam ideia:
A Modal.
B Temporal.
C Quantitativa.
D Instrumental.
E De localização.
4 001277708
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
B “Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, [...]” (2º§) – manias
C “Com franqueza, não me animo a dizer que você não vá.” (1º§) – sinceridade
D “[...] uma determinação austera e suave de não esperar muito; [...]” (4º§) – rigorosa
E “[...] cidade estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, [...]” (4º§) – extermínio
4 001277698
Questão 692 Linguagem coloquial ou norma popular Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
Considerando o trecho “Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou
no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma cidade, mas uma parte da vida, uma pequena
multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e, de repente, somem como a nuvem que ca para
trás.” (4º§), é possível depreender que a expressão destacada evidencia uma linguagem:
A Padrão.
B Informal.
C Insultuosa.
D Conotativa.
E Jornalística.
4 00127768 9
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
Em todas as frases a seguir, transcritas do texto, as formas verbais estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO em:
C “[...] ele vê, de repente, a cidade estranha, no palor do crepúsculo, [...]” (4º§)
E “Mas então as bobagens do estrangeiro não rimam com a gente, [...]” (5º§)
4 00127768 3
Questão 694 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto Semântica das classes de palavras
Emprego de conjunçõesconectivos
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
“Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
[...]” (5º§) A articulação das orações do período expressa uma ideia de:
A Dúvida.
B Oposição.
C Explicação.
D Comparação.
E Acrescentamento.
4 001277678
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
É possível inferir que no 5º§ o autor evidencia que as viagens e os lugares por onde passamos nos proporciona, inclusive:
A Um evidente tédio.
4 001277676
Questão 696 Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
De acordo com o desenvolvimento das ideias evidenciadas no texto, podemos afirmar que seu tema central é:
A A tristeza e o desespero causados pela viajante.
4 001277668
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento triste
dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez esteja
fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da vida – e
às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios, parados,
cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que não
chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo da
noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas uma
cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e fatais e,
de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do vagabundo; só
mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade abandonada. E
há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas visões de beleza
sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de repente, a cidade
estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l de casas e
chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar certa,
você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
D Por meio de uma descrição subjetiva, o autor se recusa a expressar sua opinião.
4 001277663
Questão 698 Verbo Modelos de conjugação Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
LÍNGUA PORTUGUESA
A viajante
Eu, que sempre andei no rumo de minhas venetas, e tantas vezes troquei o sossego de uma casa pelo assanhamento
triste dos ventos da vagabundagem, eu não direi que fique.
Em minhas andanças, eu quase nunca soube se estava fugindo de alguma coisa ou caçando outra. Você talvez
esteja fugindo de si mesma, e a si mesma caçando; nesta brincadeira boba passamos todos, os inquietos, a maior parte da
vida – e às vezes reparamos que é ela que se vai, está sempre indo, e nós (às vezes) estamos apenas quietos, vazios,
parados, cando. Assim estou eu. E não é sem melancolia que me preparo para ver você sumir na curva do rio – você que
não chegou a entrar na minha vida, que não pisou na minha barraca, mas, por um instante, deu um movimento mais alegre à
corrente, mais brilho às espumas e mais doçura ao murmúrio das águas. Foi um belo momento, que resultou triste, mas
passou.
Apenas quero que dentro de si mesma haja, na hora de partir, uma determinação austera e suave de não esperar muito; de
não pedir à viagem alegrias muito maiores que a de alguns momentos. Como este, sempre maravilhoso, em que no bojo
da noite, na poltrona de um avião ou de um trem, ou no convés de um navio, a gente sente que não está deixando apenas
uma cidade, mas uma parte da vida, uma pequena multidão de caras e problemas e inquietações que pareciam eternas e
fatais e, de repente, somem como a nuvem que ca para trás. Esse instante de libertação é a grande recompensa do
vagabundo; só mais tarde ele sente que uma pessoa é feita de muitas almas, e que várias, dele, caram penando na cidade
abandonada. E há também instantes bons, em terra estrangeira melhores que o das excitações e descobertas, e as súbitas
visões de beleza sonhadas. São aqueles momentos mansos em que, de uma janela ou da mesa de um bar, ele vê, de
repente, a cidade estranha, no palor do crepúsculo, respirar suavemente como velha amiga, e reconhece que aquele per l
de casas e chaminés já é um pouco, e docemente, coisa sua.
Mas há também, e não vale a pena esconder nem esquecer isso, aqueles momentos de solidão e de morno desespero;
aquela surda saudade que não é de terra nem de gente, e é de tudo, é de um ar em que se ca mais distraído, é de um
cheiro antigo de chuva na terra da infância, é de qualquer coisa esquecida e humilde – torresmo, moleque passando na
bicicleta assobiando samba, goiabeira, conversa mole, peteca, qualquer bobagem. Mas então as bobagens do estrangeiro
não rimam com a gente, as ruas são hostis e as casas se fecham com egoísmo, e a alegria dos outros que passam rindo e
falando alto em sua língua dói no exilado como bofetadas injustas. Há o momento em que você defronta o telefone na
mesa da cabeceira e não tem com quem falar, e olha a imensa lista de nomes desconhecidos com um tédio cruel.
Boa viagem, e passe bem. Minha ternura vagabunda e inútil, que se distribui por tanto lado, acompanha, pode estar
certa, você.
(BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 31ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.)
Considerando as ideias apresentadas no texto, é possível inferir que o narrador se direciona ao interlocutor de maneira:
A Mansa e didática.
B Dramática e cênica.
C Tranquila e poética.
D Apreensiva e oprimida.
E Atormentada e aprazível.
4 001277658
Com base nos dois textos a seguir, avalie o que se informa acerca dos aspectos fonético, ortográ co e do emprego da
crase.
TEXTO I
“A neta desabotoa sua camisa xadrez preferida para que sua avó meta-lhe a tesoura. O som da máquina de costura se
tornou a sua música favorita. A trilha sonora de uma vida inteira.”
I – No Texto II, os termos “violência” e “silêncio” estão acentuados obedecendo à mesma regra que determina a
acentuação da palavra “avó” (Texto I).
II – Em “O som da máquina de costura se tornou a sua música favorita.” (Texto I), existe um erro de revisão, porque a crase
é obrigatória antes de pronome possessivo.
III – Nos pares de palavras: “desabotoa”/“desabotua” há palavras parônimas, pois apesar de apresentarem semelhanças na
grafia e na pronúncia, têm significados diferentes.
IV – No Texto II, “é” representa um monossílabo tônico, “seu” é monossílabo átono, “pior” é uma palavra oxítona, além de
existirem vocábulos paroxítonos terminados em ditongo.
A II.
B IV.
C III.
D I e II.
E I, III e IV.
4 001277113
Conforme Cereja e Cochar (2013, p. 31), “Os registros são variações que ocorrem de acordo com o grau de formalismo
existente na situação”.
D “O tempo era marcado pela mesma pergunta: você viu minha agulha?”
E “A neta oferece ajuda, mas a avó insiste que ainda sabe se virar sozinha”.
4 001277110
Na frase “Ele morreu rápido.”, o termo em destaque exerce ao mesmo tempo dupla função sintática: adjunto adverbial de
modo e
A aposto.
B objeto direto.
C adjunto adnominal.
D predicativo do sujeito.
E complemento nominal.
4 001277105
Questão 702 Substantivo bif orme Plural dos substantivos sem híf en Sujeito simples
Segundo Cegalla (2010, p. 129), “As palavras da mesma classe têm características comuns e, quando ordenadas em frases
cabe, a cada uma, determinada função sintática”.
TEXTO I
“A neta escutava pensativa.”
Considerando-se o que afirma o gramático e após a leitura dos dois textos, preencha as lacunas.
Os substantivos “neta” (Texto I) e _____________ (Texto II, 1º balão) designam seres, admitem exões de _____________ e
de _____________ e funcionam como _____________ da oração.
4 001277098
“Segundo o teórico russo Mikhail Bakhtin, nenhum discurso é original. Toda palavra é uma resposta à palavra do outro, todo
discurso re ete e refrata outros discursos. É nesse terreno que se situa o caráter dialógico da linguagem e suas múltiplas
possibilidades de criação.”
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza A. Cochar; Cleto, Ciley. Interpretação de textos: construindo competências e
habilidades em leitura. 3 ed. São Paulo: Atual, 2016, p. 20.
A esse respeito, preencha corretamente as lacunas do texto a seguir considerando um dos elementos da textualidade.
No trecho “Fantasias de Carnaval, panos de prato com os dias da semana bordados, a bandeira do Bangu Atlético Clube.”
há menção a uma festa popular e a uma agremiação esportiva. Esse procedimento é conhecido como _______________ e
se realiza, na frase, por meio da _______________, ou seja, de uma referência _______________ que remete à
situação retratada.
4 001277091
Questão 704 Colocação dos pronomes oblíquos átonos Vírgula Reescritura de f rases
Os textos a seguir tratam da coerência, da coesão e dos sinais de pontuação como fatores de coesão.
TEXTO I
“Os primeiros desenhos da neta também viraram retalhos. Ela, apesar de jovem, já despontava como artista plástica, o que
era um grande motivo de orgulho para sua avó, dona de casa.”
( ) A reescrita da primeira frase do Texto I para “Os primeiros desenhos da neta também se transformaram em retalhos.”,
com base nas informações textuais, está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
( ) A próclise é de rigor em “... que me deixa beeeem looouca?” (Texto II) e se justi ca pois, de acordo com as regras de
colocação pronominal, antes do verbo, na oração, há uma palavra que atrai o pronome átono.
( ) A vírgula em “Ela, apesar de jovem, já despontava como artista plástica...” (Texto I) foi usada em desacordo, pois,
segundo a norma culta, não se separa o sujeito do verbo da oração com esse sinal de pontuação.
A V, F, F.
B F, F, V.
C V, F, V.
D F, V, F.
E V, V, F.
4 00127708 1
Dona Colô
Manuela Cantuária*
Tamanho o desespero da neta quando encontra a avó, no auge de seus 82 anos, no alto de uma escada, buscando uma
caixa no armário. As duas haviam acabado de chegar de uma consulta médica com uma bomba-relógio dentro de um
envelope. O diagnóstico de Alzheimer de Colotildes de Jesus.
A neta oferece ajuda, mas a avó insiste que ainda sabe se virar sozinha. Abre a caixa com um vestido de noiva embolorado.
Sob o olhar descon ado da jovem de 20 e poucos anos, rasga o vestido num rompante. Meu casamento foi o dia mais feliz
da minha vida, diz Dona Colô.
Dona Colô gostava de costurar. Costurou seu vestido de noiva por meses. E agora o transformava em retalhos para fazer
uma colcha. Uma colcha de memórias que ela decidiu costurar para não esquecer de si mesma.
O segundo dia mais feliz da vida de Colotildes foi quando enterrou seu marido. Ele morreu rápido. E se viu, nalmente, livre.
Usou sua toalha de mesa favorita para receber seus familiares, com uma estampa de passarinhos. Mais um retalho,
enquadrando a mancha de vinho deixada por sua cunhada, que, segundo ela, também era um pudim de cachaça, mas boa
gente. Os primeiros desenhos da neta também viraram retalhos alegres. Ela, apesar de jovem, já despontava como artista
plástica, o que era um grande motivo de orgulho para sua avó, dona de casa.
A cortina do quarto agora tinha um buraco em forma de retalho. O vestido do batizado de um bebê despedaçado sobre a
mesa. Fantasias de Carnaval, panos de prato com os dias da semana bordados, a bandeira do Bangu Atlético Clube.
A neta desabotoa sua camisa xadrez preferida para que sua avó meta-lhe a tesoura. O som da máquina de costura se tornou
a sua música favorita. A trilha sonora de uma vida inteira.
O tempo era marcado pela mesma pergunta: você viu minha agulha? A neta escutava pensativa. E, pacientemente, ajudava
Colotildes a recuperar o inquieto fio da meada. Até que veio a noite escura, e ela pode cobrir sua avó de memórias.
Conotação é o emprego de uma palavra tomada em um sentido figurado, que depende do contexto.
É correto afirmar que há linguagem conotativa (figurada) em todos os fragmentos a seguir, EXCETO em
C “Dona Colô gostava de costurar. Costurou seu vestido de noiva por meses”.
D “Uma colcha de memórias que ela decidiu costurar para não esquecer de si mesma”.
E “As duas haviam acabado de chegar de uma consulta médica com uma bomba-relógio dentro de um envelope”.
4 001277065
Dona Colô
Manuela Cantuária*
Tamanho o desespero da neta quando encontra a avó, no auge de seus 82 anos, no alto de uma escada, buscando uma
caixa no armário. As duas haviam acabado de chegar de uma consulta médica com uma bomba-relógio dentro de um
envelope. O diagnóstico de Alzheimer de Colotildes de Jesus.
A neta oferece ajuda, mas a avó insiste que ainda sabe se virar sozinha. Abre a caixa com um vestido de noiva embolorado.
Sob o olhar descon ado da jovem de 20 e poucos anos, rasga o vestido num rompante. Meu casamento foi o dia mais feliz
da minha vida, diz Dona Colô.
Dona Colô gostava de costurar. Costurou seu vestido de noiva por meses. E agora o transformava em retalhos para fazer
uma colcha. Uma colcha de memórias que ela decidiu costurar para não esquecer de si mesma.
O segundo dia mais feliz da vida de Colotildes foi quando enterrou seu marido. Ele morreu rápido. E se viu, nalmente, livre.
Usou sua toalha de mesa favorita para receber seus familiares, com uma estampa de passarinhos. Mais um retalho,
enquadrando a mancha de vinho deixada por sua cunhada, que, segundo ela, também era um pudim de cachaça, mas boa
gente. Os primeiros desenhos da neta também viraram retalhos alegres. Ela, apesar de jovem, já despontava como artista
plástica, o que era um grande motivo de orgulho para sua avó, dona de casa.
A cortina do quarto agora tinha um buraco em forma de retalho. O vestido do batizado de um bebê despedaçado sobre a
mesa. Fantasias de Carnaval, panos de prato com os dias da semana bordados, a bandeira do Bangu Atlético Clube.
A neta desabotoa sua camisa xadrez preferida para que sua avó meta-lhe a tesoura. O som da máquina de costura se tornou
a sua música favorita. A trilha sonora de uma vida inteira.
O tempo era marcado pela mesma pergunta: você viu minha agulha? A neta escutava pensativa. E, pacientemente, ajudava
Colotildes a recuperar o inquieto fio da meada. Até que veio a noite escura, e ela pode cobrir sua avó de memórias.
Na frase “Sob o olhar descon ado da jovem de 20 e poucos anos, rasga o vestido num rompante.”, o termo em destaque,
sem prejuízo para o sentido, pode ser substituído por
A ímpeto.
B impasse.
C impacto.
D improviso.
E impropério.
4 001277060
Dona Colô
Manuela Cantuária*
Tamanho o desespero da neta quando encontra a avó, no auge de seus 82 anos, no alto de uma escada, buscando uma
caixa no armário. As duas haviam acabado de chegar de uma consulta médica com uma bomba-relógio dentro de um
envelope. O diagnóstico de Alzheimer de Colotildes de Jesus.
A neta oferece ajuda, mas a avó insiste que ainda sabe se virar sozinha. Abre a caixa com um vestido de noiva embolorado.
Sob o olhar descon ado da jovem de 20 e poucos anos, rasga o vestido num rompante. Meu casamento foi o dia mais feliz
da minha vida, diz Dona Colô.
Dona Colô gostava de costurar. Costurou seu vestido de noiva por meses. E agora o transformava em retalhos para fazer
uma colcha. Uma colcha de memórias que ela decidiu costurar para não esquecer de si mesma.
O segundo dia mais feliz da vida de Colotildes foi quando enterrou seu marido. Ele morreu rápido. E se viu, nalmente, livre.
Usou sua toalha de mesa favorita para receber seus familiares, com uma estampa de passarinhos. Mais um retalho,
enquadrando a mancha de vinho deixada por sua cunhada, que, segundo ela, também era um pudim de cachaça, mas boa
gente. Os primeiros desenhos da neta também viraram retalhos alegres. Ela, apesar de jovem, já despontava como artista
plástica, o que era um grande motivo de orgulho para sua avó, dona de casa.
A cortina do quarto agora tinha um buraco em forma de retalho. O vestido do batizado de um bebê despedaçado sobre a
mesa. Fantasias de Carnaval, panos de prato com os dias da semana bordados, a bandeira do Bangu Atlético Clube.
A neta desabotoa sua camisa xadrez preferida para que sua avó meta-lhe a tesoura. O som da máquina de costura se tornou
a sua música favorita. A trilha sonora de uma vida inteira.
O tempo era marcado pela mesma pergunta: você viu minha agulha? A neta escutava pensativa. E, pacientemente, ajudava
Colotildes a recuperar o inquieto fio da meada. Até que veio a noite escura, e ela pode cobrir sua avó de memórias.
I – A frase final “Até que veio a noite escura, e ela pode cobrir sua avó de memórias.” deixa entrever o falecimento da avó.
II – O problema de saúde de Colotildes, diagnosticado após a consulta médica, não é corroborado em nenhum momento
do relato.
III – O relacionamento entre avó e neta é rodeado de afeto, embora em alguns momentos haja con itos geracionais
inconciliáveis.
IV – A alusão à cunhada como “pudim de cachaça” remete à ideia de que ela, tal como o marido de Dona Colô, era
portadora de um vício.
A I e III.
B I e IV.
C II e IV.
D I, II e III.
4 001277059
Dona Colô
Manuela Cantuária*
Tamanho o desespero da neta quando encontra a avó, no auge de seus 82 anos, no alto de uma escada, buscando uma
caixa no armário. As duas haviam acabado de chegar de uma consulta médica com uma bomba-relógio dentro de um
envelope. O diagnóstico de Alzheimer de Colotildes de Jesus.
A neta oferece ajuda, mas a avó insiste que ainda sabe se virar sozinha. Abre a caixa com um vestido de noiva embolorado.
Sob o olhar desconfiado da jovem de 20 e poucos anos, rasga o vestido num rompante. Meu casamento foi o dia mais feliz
da minha vida, diz Dona Colô.
Dona Colô gostava de costurar. Costurou seu vestido de noiva por meses. E agora o transformava em retalhos para fazer
uma colcha. Uma colcha de memórias que ela decidiu costurar para não esquecer de si mesma.
O segundo dia mais feliz da vida de Colotildes foi quando enterrou seu marido. Ele morreu rápido. E se viu, nalmente, livre.
Usou sua toalha de mesa favorita para receber seus familiares, com uma estampa de passarinhos. Mais um retalho,
enquadrando a mancha de vinho deixada por sua cunhada, que, segundo ela, também era um pudim de cachaça, mas boa
gente. Os primeiros desenhos da neta também viraram retalhos alegres. Ela, apesar de jovem, já despontava como artista
plástica, o que era um grande motivo de orgulho para sua avó, dona de casa.
A cortina do quarto agora tinha um buraco em forma de retalho. O vestido do batizado de um bebê despedaçado sobre a
mesa. Fantasias de Carnaval, panos de prato com os dias da semana bordados, a bandeira do Bangu Atlético Clube.
A neta desabotoa sua camisa xadrez preferida para que sua avó meta-lhe a tesoura. O som da máquina de costura se tornou
a sua música favorita. A trilha sonora de uma vida inteira.
O tempo era marcado pela mesma pergunta: você viu minha agulha? A neta escutava pensativa. E, pacientemente, ajudava
Colotildes a recuperar o inquieto fio da meada. Até que veio a noite escura, e ela pode cobrir sua avó de memórias.
* Roteirista e escritora, faz parte da equipe do canal Porta dos Fundos.
Folha de São Paulo, 16 maio 2022. Adaptado.
Acerca dos elementos estruturais do texto de Manuela Cantuária e suas estratégias de produção, é correto afirmar que
A emprega recursos sonoros, métrica e ritmo que enriquecem a coerência temática por meio da linguagem poética.
B possui características do gênero carta pessoal, pois veicula uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem
indireta.
D segue a estrutura clássica dos textos prescritivos: um título, um subtítulo, o conteúdo da informação e um
desfecho inesperado.
E envolve um discurso cujo ponto de vista se realiza por meio de argumentos de autoridade falaciosos para
conquistar a adesão do leitor.
4 001277052
Texto II
Um esqueleto de tiranossauro rex foi exposto em Singapura nesta sexta-feira (28) antes de seu leilão no próximo mês, um
negócio que especialistas dizem ser "prejudicial à ciência".
O esqueleto de 1.400 quilos, composto de cerca de 80 ossos, será o primeiro do tipo a ser leiloado na Ásia, disse a casa de
leilões Christie's.
Apelidado de Shen, que signi ca divindade, cará em exibição por três dias antes de ser enviado para Hong Kong. Será
vendido em novembro.
"Nenhum dos 20 tiranossauros rex existentes no mundo pertence a uma instituição asiática ou a um colecionador asiático",
comentou Francis Belin, presidente da Christie's Ásia-Pacífico.
Acredita-se que o dinossauro, um adulto de 4,6 metros de altura e 12 metros de comprimento e que viveu há cerca de 67
milhões de anos, seja do sexo masculino.
Foi desenterrado em 2020 em terras privadas na formação Hell Creek, em Montana, Estados Unidos.
Nos últimos anos, vários dinossauros foram leiloados, uma tendência que preocupa vários especialistas. "É triste que os
dinossauros estejam se tornando brinquedos colecionáveis para a classe oligárquica", a rmou Steve Brusatte, paleontólogo
da Universidade de Edimburgo, acrescentando que os restos fósseis deveriam estar em museus.
Thomas Carr, um paleontólogo americano, a rmou que essas vendas são "inquestionavelmente prejudiciais à ciência", pois
não há garantia de que um fóssil privado possa ser estudado novamente. Belin espera "que o novo proprietário, seja uma
instituição ou um indivíduo, garanta que o público o veja".
4 001276206
Texto II
Um esqueleto de tiranossauro rex foi exposto em Singapura nesta sexta-feira (28) antes de seu leilão no próximo mês, um
negócio que especialistas dizem ser "prejudicial à ciência".
O esqueleto de 1.400 quilos, composto de cerca de 80 ossos, será o primeiro do tipo a ser leiloado na Ásia, disse a casa de
leilões Christie's.
Apelidado de Shen, que signi ca divindade, cará em exibição por três dias antes de ser enviado para Hong Kong. Será
vendido em novembro.
"Nenhum dos 20 tiranossauros rex existentes no mundo pertence a uma instituição asiática ou a um colecionador asiático",
comentou Francis Belin, presidente da Christie's Ásia-Pacífico.
Acredita-se que o dinossauro, um adulto de 4,6 metros de altura e 12 metros de comprimento e que viveu há cerca de 67
milhões de anos, seja do sexo masculino.
Foi desenterrado em 2020 em terras privadas na formação Hell Creek, em Montana, Estados Unidos.
Nos últimos anos, vários dinossauros foram leiloados, uma tendência que preocupa vários especialistas. "É triste que os
dinossauros estejam se tornando brinquedos colecionáveis para a classe oligárquica", a rmou Steve Brusatte, paleontólogo
da Universidade de Edimburgo, acrescentando que os restos fósseis deveriam estar em museus.
Thomas Carr, um paleontólogo americano, a rmou que essas vendas são "inquestionavelmente prejudiciais à ciência", pois
não há garantia de que um fóssil privado possa ser estudado novamente. Belin espera "que o novo proprietário, seja uma
instituição ou um indivíduo, garanta que o público o veja".
O texto II é uma notícia, gênero textual que se destaca por seu caráter informativo. Embora apresente várias informações,
entende-se que sua ideia central consiste:
A no impacto causado nos pesquisadores ao se depararem com fósseis de 4,6 metros de altura e 12 metros de
comprimento.
B na necessidade de expor que o fóssil foi desenterrado, em 2020, em terras privadas na formação Hell Creek, em
Montana, Estados Unidos.
C na insatisfação de mostrar que nenhum dos 20 tiranossauros rex existentes no mundo pertencem a uma instituição
ou colecionador da Ásia.
D na preocupação dos cientistas em relação a leilões que tornam privadas descobertas como fósseis de
dinossauros.
4 001276205
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
As orações presentes em “vem-me a tentação de demitir-me do emprego” (6º§) são estruturadas por uma relação de
subordinação através da qual:
A a segunda exerce a função de complemento nominal de “tentação”.
4 001276199
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
Em “Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar” (7º§), ainda que pertençam ao modo Indicativo e
ilustrem tempos distintos, semanticamente, os verbos destacados conferem ao enunciado um valor de:
A revolta.
B incerteza.
C negação.
D imposição.
4 001276196
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
A signi cação de uma palavra deve ser observada considerando o contexto em que se encontra. Nesse sentido, em “Anibal
Machado me con ou gravemente” (1º§), o vocábulo destacado é um advérbio que manteria seu sentido caso fosse
substituído pela seguinte locução:
A com seriedade.
B com desespero.
4 001276193
Questão 714 Uso da próclise nclise euf ônica e enf ática Verbos e pronomes oblíquos átonos
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
Nas orações “Filhos, melhor não tê-los” e “como sabê-lo” (4º§), notam-se pronomes oblíquos átonos que apresentam
semelhanças e distinções entre si. Quanto a eles, é correto afirmar que:
A o primeiro está enclítico ao verbo e o segundo em posição proclítica.
4 001276190
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
“a certeza imperativa de que a procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar
filosófico.” (2º§).
Em “uma coisa que não se discute”, destaca-se um pronome que cumpre o papel de:
4 00127618 6
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
“a certeza imperativa de que a procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar
filosófico.” (2º§).
4 00127618 2
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabêlo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
A crônica é um gênero textual que faz uso de estratégias que buscam a aproximação com o leitor. A interlocução é uma
delas. Nesse sentido, assinale a passagem em que essa estratégia não é observada.
4 001276176
Texto I
Filhos – diz o poeta – melhor não tê-los. Já o Professor Anibal Machado me con ou gravemente que a vida pode ter muito
sofrimento, o mundo pode não ter explicação alguma, mas, filhos, era melhor tê-los.
A conclusão parece simples, mas não era; Anibal tinha ido às raízes da vida, e de lá arrancara a certeza imperativa de que a
procriação é uma verdade animal, uma coisa que não se discute, fora do alcance do radar losó co. “Eu não sei por que,
Paulo, mas fazer filhos é o que há de mais importante.”
Engraçado é que, depois dessa conversa, fui descobrindo devagar a melancólica impostura daquelas palavras corrosivas do
final de Memórias Póstumas¹: “não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”.
Filhos, melhor tê-los, aliás, o mesmo poeta corrige antiteticamente o pessimismo daquele verso, quando pergunta: mas, se
não os temos, como sabê-lo? Resumindo: lhos, melhor não tê-los, mas é de todo indispensável tê-los para sabê-lo; logo,
melhor tê-los.
Você vai se rir de mim ao saber que comecei a crônica desse jeito depois de procurar em vão meu bloco de papel. Pois se
ria a valer: o desaparecimento de certos objetos tem o dom de conclamar, por um rápido edital, todas as brigadas
neuróticas alojadas nas províncias de meu corpo.
Sobretudo instrumentos de trabalho. Vai-se-me por água a baixo o comedimento quando não acho minha caneta, meu lápis-
tinta, meu papel, minha cola... Quando isso acontece (sempre) até taquicardia costumo ter; vem-me a tentação de demitir-
me do emprego, de ir para uma praia deserta, de voltar para Minas Gerais, renunciar...
Ridículo? Sim, ridículo, mas nada posso fazer. Creio que seria capaz (talvez seja presunção) de aguentar com relativa
indiferença uma hecatombe² que destruísse de vez todos os meus pertences. O que não suporto é a repetição indefinida do
desaparecimento desses objetos sem nenhum valor, mas sem os quais, a gente não pode seguir adiante, tem de parar, tem
de resolver primeiro. [...]
O título da crônica dialoga com a frase “Meu reino por um cavalo”, atribuída a Ricardo III, em uma obra produzida por
William Shakespeare. Embora o texto não esteja completo, com base nessa informação, pode-se inferir que o enunciador:
A confere mais valor às coisas materiais do que às experiências afetivas.
4 001276167
A Micro-ônibus.
B Micro-ondas.
C Micro-fone.
D Pós-colonial.
E Arara-azul.
4 001273 8 74
O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e
frutose).
Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identi cados em sua composição — e são estes os responsáveis pela
maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.
O teor de todos estes compostos varia em função das ores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de or de
laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.
Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou
vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez),
carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).
Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades
funcionais ou saudáveis do mel.
Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos,
também em estudos clínicos com pessoas).
A Substantivos
B Verbos
C Adjetivos
D Artigos
E Advérbios
4 001273 8 3 1
O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e
frutose).
Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identi cados em sua composição — e são estes os responsáveis pela
maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.
O teor de todos estes compostos varia em função das ores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de or de
laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.
Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou
vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez),
carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).
Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades
funcionais ou saudáveis do mel.
Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos,
também em estudos clínicos com pessoas).
Na frase “Há evidências destas propriedades in vitro”, presente no último parágrafo do texto, a classe gramatical de “Há” é:
A Artigo
B Advérbio
C Verbo
D Pronome
E Adjetivo
4 001273 3 25
O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e
frutose).
Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identi cados em sua composição — e são estes os responsáveis pela
maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.
O teor de todos estes compostos varia em função das ores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de or de
laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.
Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou
vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez),
carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).
Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades
funcionais ou saudáveis do mel.
Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos,
também em estudos clínicos com pessoas).
A As propriedades funcionais ou saudáveis do mel são provenientes de substâncias minoritárias de sua composição,
dentre as quais destacam-se os compostos fenólicos.
B O fato de o mel ser mais doce do que o açúcar de mesa anula suas propriedades funcionais e saudáveis, em
virtude dos perigos do consumo de açúcar.
C As propriedades funcionais ou saudáveis do mel são hipotéticas, não existindo evidências concretas sobre tais
supostos benefícios.
D A composição química do mel é sempre a mesma, independente de sua origem biológica ou geográfica.
E Os compostos minoritários do mel são responsáveis de modo idêntico entre si pelas propriedades benéficas do
produto.
4 001273 298
O mel, 25% mais doce que o açúcar de mesa, é essencialmente água (17-18%) e açúcar (75-80%, principalmente glicose e
frutose).
Mas mais de 150 substâncias minoritárias foram identi cados em sua composição — e são estes os responsáveis pela
maioria das propriedades biológicas e saudáveis atribuídas a ele.
O teor de todos estes compostos varia em função das ores das quais o mel é proveniente (mel de castanha, mel de or de
laranjeira, etc.) e da região geográfica e da estação do ano.
Entre estes compostos minoritários, estão alguns minerais (sobretudo, potássio), vitaminas (principalmente, ácido fólico ou
vitamina B₉ e vitamina C), polifenóis, aminoácidos, enzimas e proteínas, ácidos orgânicos (responsáveis por sua acidez),
carotenoides e compostos voláteis (aromáticos, que também são usados para identificar a origem floral).
Muitos dos compostos minoritários, mas fundamentalmente os compostos fenólicos, são responsáveis pelas propriedades
funcionais ou saudáveis do mel.
Há evidências destas propriedades in vitro (em laboratório) e/ou in vivo (com animais de laboratório e, em alguns casos,
também em estudos clínicos com pessoas).
A A maior parte das propriedades benéficas e saudáveis atribuídas ao mel são resultantes de substâncias minoritárias
de sua composição.
B O mel é mais doce que o açúcar de mesa por ser composto, majoritariamente, de glicose e frutose.
C A proveniência geográfica do mel é um dos fatores que causam a variedade do teor de seus compostos.
D Dentre os compostos minoritários do mel, há aqueles usados para a identificação da origem floral.
4 001273 28 9
Questão 724 Classif icação do Adjunto Adverbial Orações subordinadas adverbiais temporais
Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriram uma ligação entre aprender um instrumento musical
na infância ou adolescência e ter uma mente mais “jovem” quando a idade já está bem avançada. Quanto mais extensa em
anos a experiência em tocar um instrumento, mais as habilidades cognitivas permanecem bem conservadas na velhice.
Esse estudo teve uma peculiaridade incomum: aproveitou dados de outra pesquisa, esquecida, feita em 1947. À época,
todas as crianças nascidas na Escócia em 1936 foram obrigadas a fazer uma bateria de testes de inteligência. No total,
70.805 crianças participaram. Esse trabalho foi redescoberto há alguns anos por um grupo de acadêmicos escoceses,
liderados pelo professor Ian Deary, diretor do Centro de Envelhecimento Cognitivo e Epidemiologia Cognitiva da
universidade, que pretendia estudar a mente. E os dados daquela época vieram a calhar. Os estudiosos do presente foram
atrás dos voluntários do passado para avaliar sua saúde mental hoje, e que hábitos in uenciaram nos aspectos positivos e
negativos.
Para analisar a in uência do aprendizado musical, selecionaram uma amostra de habitantes das cidades de Edimburgo e
Lothians, que tinham participado dos testes na década de 1940, quando todos tinham 11 anos de idade. Dos 366 indivíduos
analisados, 117 relataram alguma experiência de tocar um instrumento musical – principalmente quando ainda eram meninos
e meninas. [...]
No primeiro período do texto, estabelece-se um contraste temporal. O recurso sintático empregado nessa estrutura foi:
4 001273 150
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, descobriram uma ligação entre aprender um instrumento musical
na infância ou adolescência e ter uma mente mais “jovem” quando a idade já está bem avançada. Quanto mais extensa em
anos a experiência em tocar um instrumento, mais as habilidades cognitivas permanecem bem conservadas na velhice.
Esse estudo teve uma peculiaridade incomum: aproveitou dados de outra pesquisa, esquecida, feita em 1947. À época,
todas as crianças nascidas na Escócia em 1936 foram obrigadas a fazer uma bateria de testes de inteligência. No total,
70.805 crianças participaram. Esse trabalho foi redescoberto há alguns anos por um grupo de acadêmicos escoceses,
liderados pelo professor Ian Deary, diretor do Centro de Envelhecimento Cognitivo e Epidemiologia Cognitiva da
universidade, que pretendia estudar a mente. E os dados daquela época vieram a calhar. Os estudiosos do presente foram
atrás dos voluntários do passado para avaliar sua saúde mental hoje, e que hábitos in uenciaram nos aspectos positivos e
negativos.
Para analisar a in uência do aprendizado musical, selecionaram uma amostra de habitantes das cidades de Edimburgo e
Lothians, que tinham participado dos testes na década de 1940, quando todos tinham 11 anos de idade. Dos 366 indivíduos
analisados, 117 relataram alguma experiência de tocar um instrumento musical – principalmente quando ainda eram meninos
e meninas. [...]
4 001273 14 1
Na oração “a quem ele amara de verdade”, justifica-se a presença da preposição destacada em função:
4 001273 13 0
Questão 727 Voz passiva analítica Sujeito e agente da oração na voz passiva
Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Considere a oração “seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente”, para responder à questão.
4 001273 122
Considere a oração “seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente”, para responder à questão.
Ao observar o sentido do vocábulo destacado e seu papel morfossintático, é correto afirmar que:
A indica o modo pelo qual determinada ação ocorre.
4 001273 121
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
No nal do texto, “corpo” e “casa” são aproximados em uma comparação gurada que é construída, sobretudo, por meio
da:
A proximidade sonora.
B equivalência sintática.
C simetria fonética.
D semelhança física.
E capacidade de conter.
4 001273 118
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
A respeito da expressão destacada em “Claro que seu rosto era quase o mesmo de Georgina”, é correto a rmar que, na
frase em que encontra, estabelece um papel de:
4 001273 115
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Considere as passagens “e mais ainda po r ser tão sutil e imperceptível,” e “pois assim o equívoco era mais profundo e
doloroso”. A construção destacada introduz, em relação à última passagem, um sentido de:
A conformidade.
B consequência.
C concessão.
D causa.
E conclusão.
4 001273 112
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Em “Mas o ‘quase’ era atroz”, o vocábulo destacado tem seu sentido realçado pelas aspas, mas também em função de,
no contexto em que se encontra, assumir um caráter:
A numérico.
B adjetivo.
C pronominal.
D adverbial.
E substantivo.
4 001273 111
Questão 733 Plural dos substantivos com híf en
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
O substantivo composto “mal-entendidos”, presente no texto, está exionado no plural. Dentre os vocábulos listados
abaixo, assinale aquele que segue a mesma norma para a flexão de número.
A secretário-geral.
B abaixo-assinado.
C cana-de-açúcar.
D tenente-coronel.
E salário-família.
4 001273 109
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Na oração “a quem ele amara de verdade”, a exão do verbo é marcada por uma regularidade que indica tempo e modo.
Tal flexão confere ao verbo o sentido de uma ação:
4 001273 107
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Considerando-se o contexto, na passagem “E essa insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra,”, a
expressão destacada cumpre um papel coesivo que está corretamente indicado por meio de uma referência:
A anafórica, indicando um sentimento já representado pela comparação simbólica.
4 001273 105
Questão 736 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Em “Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.”, ao
considerar a estrutura sintática e o emprego das vírgulas, é correto afirmar que:
A as quatro últimas vírgulas caracterizam a construção de uma enumeração que diminui o ritmo do texto.
B “a mim” explicita redundância no texto, o que justifica seu emprego entre vírgulas denotando seu papel acessório.
C a oração intercalada “Bruno ponderou” cumpre papel acessório e revela a intervenção do próprio personagem.
D a expressão “a mim”, entre vírgulas, é um complemento verbal realçado por sua disposição no período.
E as construções introduzidas pela conjunção “como” aproximam-se semanticamente, mas exercem funções
sintáticas distintas.
4 001273 104
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
A seleção dos adjetivos e de outros termos caracterizadores é fundamental para a produção de efeitos na composição
d o s textos. Dentre as passagens abaixo, retiradas do texto, assinale a que não destaca um exemplo de
caracterização subjetiva.
4 001273 103
Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que
eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto
de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e
quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que
tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa
insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de quem, após
muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro
que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com re exos avermelhados, os olhos cinza-
esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era
atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a
carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é in nitamente menos físico do que o corpo: é
determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela
por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa
coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a
mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este
ca tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se
amaram nela.
(SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23)
Uma leitura atenta do texto permite-nos perceber que a subjetividade que o caracteriza já é antecipada no
propósito apresentado logo no início. Nesse sentido, pode-se afirmar que, para o enunciador:
A a semelhança física entre mãe e filha elimina qualquer possibilidade de distinção entre ambas.
B a filha era bem mais insensata que a mãe, o que a tornava, porém, visivelmente mais bela.
C aspectos mais discretos e abstratos são responsáveis pela diferenciação entre as duas mulheres.
D o amor que sentia pela mãe era uma projeção dos sentimentos que nutria a partir da beleza física da filha.
E aspectos físicos são privilegiados e compõem uma síntese da existência das mulheres descritas.
4 001273 102
A O mestre não conseguia tolerar mais aqueles que passavam todo o seu tempo conversando / tagarelas.
B A imprensa política se apoia nas informações fornecidas por aqueles que a informam regularmente / suas fontes.
C Alguns políticos não prestam a menor atenção àqueles que contrariam seu partido / aos traidores.
D O escritor era um desses homens que se escutam com prazer / um grande orador.
E As ofertas de emprego se dirigiam àqueles que pretendem conseguir um posto de trabalho / aos desempregados.
4 001272759
Entre as opções abaixo, assinale aquela em que todos os vocábulos são proparoxítonos, com acentos gráficos corretos.
4 001272755
Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o diminutivo destacado perdeu o valor de diminutivo, designando uma outra
realidade.
A O menino olhou para a garotinha que estava a seu lado e sorriu.
4 001272753
E O pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas.
4 00127274 8
C “A coisa infeliz sobre esse mundo é que os bons hábitos são muito mais fáceis de desistir do que os maus”
(Somerset Maugham).
D “É necessário que saibamos tolerar-nos mutuamente sobre pena de vivermos em um tormento continuado de
resistência, oposição e contradição entre uns e outros” (Marquês de Maricá).
E “Os anos rodando sobre nós deixam nas rugas do nosso rosto os estigmas da sua ação e da velhice” (Marquês
de Maricá).
4 00127274 1
Assinale a frase abaixo que mostra uma inadequação semântica entre as palavras sublinhadas.
A As azeitonas ficaram sob as oliveiras.
4 00127273 9
Assinale a frase abaixo cuja oração subordinada adverbial sublinhada está corretamente classificada.
A “Os versos de Casimiro de Abreu são tão nossos que gostar deles é um sinal de autenticidade...” (Mário Quintana)
/ causal.
B “Nos grandes mestres o adjetivo é escasso e sóbrio – vai abundando progressivamente à proporção que
descemos a escala de valores” (Monteiro Lobato) / conformativa.
C “Ainda que a terra inteira os haja de esconder, / Os atos vis terão no fim de aparecer” (Shakespeare) / temporal.
E “Não sei se as outras pessoas são como eu, mas logo que acordo gosto de desprezar os que dormem” (André
Gide) / consecutiva.
4 00127273 5
Assinale a frase abaixo em que ocorreu a substituição adequada de uma locução adverbial sublinhada por um advérbio
semanticamente equivalente.
B “Agir com raiva é o mesmo que içar vela na tempestade” (Eurípedes) / bisonhamente.
C “A única ocasião em que alguém pode descontrolar-se é quando o faz de propósito” (Richard Nixon) /
especificamente.
4 00127273 0
Assinale a frase abaixo cuja palavra sublinhada só tem uma grafia possível.
A “— Não me caíram as ilusões como folhas secas que um débil sopro desprega e leva, foram-me arrancadas no
pleno vigor da vegetação” (Machado de Assis – Ressurreição).
B “Abdômen: palavra machista significando barriga. Pra ambos os sexos, ora vejam. Deveria haver também
abdmulher” (Millôr Fernandes).
C “Alguns estudiosos consideram os hieroglifos a escrita organizada mais antiga do mundo, datada
aproximadamente há mais de quatro mil anos antes de Cristo.” (Significados.com.br).
D “Comecei uma dieta, cortei a bebida e comidas pesadas e, em catorze dias, perdi duas semanas.” (Joe E. Lewis).
E “Erudição é a poeira sacudida de um livro para dentro de um crânio vazio” (Ambrose Bierce).
4 001272727
Observe a frase
(Itamar Assumpção)
Essa frase foi reescrita, mantendo-se o sentido original de vários outros modos. Assinale a forma que se mostra inadequada
por não apresentar o mesmo sentido original.
4 001272719
Fatores que podem atrair e tornar mais fácil a vida dos pedestres
Incentivar as caminhadas nos deslocamentos urbanos pode trazer efeitos sociais e econômicos relevantes
À medida que o processo de urbanização avança, o conceito de cidades inteligentes e sustentáveis ganha força. Caminhar
é um meio de transporte sustentável essencial. Incentivar o aumento da participação das caminhadas na matriz de
deslocamentos urbanos pode trazer, além de benefícios ambientais para as cidades, efeitos sociais e econômicos bastante
relevantes para a sociedade.
Mas quais aspectos in uenciariam positivamente essa transformação? Para estimular o deslocamento de pedestres, é
fundamental aumentar a sua satisfação ao caminhar pela cidade. Portanto, para projetar estruturas e estabelecer uma
política para pedestres é necessário, em primeiro lugar, identi car os fatores que afetam essa satisfação que pode ser
traduzida pela segurança oferecida, pela comodidade e pelo conforto no deslocamento.[...]
O verbo “tornar”, presente no título da matéria, é um marcador que introduz, ao leitor, o seguinte conteúdo pressuposto:
4 001272117
Questão 750 Objeto direto preposicionado Complemento Nominal versus Objeto Indireto
Adjunto Adnominal versus Predicativo do Sujeito e do Objeto
Padre António estava acabado, a rma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem
não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não cou sabendo?
Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, a nal em que mundo vive,
você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.
Pereira a rma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que
mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua
mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que
não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma cção de vida. E sentiu-se
esgotado, afirma Pereira.
(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)
Em “Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne,” (2º§), destacam-se dois termos que, sintaticamente,
são
4 001272091
Questão 751 Pronome pessoal oblíquo Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Padre António estava acabado, a rma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem
não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não cou sabendo?
Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, a nal em que mundo vive,
você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.
Pereira a rma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que
mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua
mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que
não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma cção de vida. E sentiu-se
esgotado, afirma Pereira.
(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)
A Pereira.
B faces.
C olheiras.
D Padre António.
E cavavam.
4 00127208 8
Padre António estava acabado, a rma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem
não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não cou sabendo?
Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, a nal em que mundo vive,
você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.
Pereira a rma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que
mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua
mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que
não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma cção de vida. E sentiu-se
esgotado, afirma Pereira.
(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)
Considerando que a passagem “Padre António disse: como pode, você não cou sabendo?” (1º§) ilustra o discurso
direto, caso o fragmento destacado fosse transcrito para discurso indireto, a construção verbal deveria ser a seguinte:
A soube.
B ficaria sabendo.
D tivesse sabido.
E soubeste.
4 00127208 2
Padre António estava acabado, a rma Pereira. As olheiras cavavam-lhe as faces, e tinha um ar esgotado, como de quem
não dormiu. Pereira perguntou o que acontecera, e Padre António disse: como pode, você não cou sabendo?
Massacraram um alentejano* em sua carroça, há greves aqui, na cidade e em outros lugares, a nal em que mundo vive,
você trabalha num jornal?, ouça Pereira, vá se informar.
Pereira a rma ter saído perturbado por essa breve conversa e pelo modo como fora despachado. Perguntou-se: em que
mundo eu vivo? E veio-lhe a estranha ideia de que ele, talvez, não vivesse, era como se já estivesse morto. Desde que sua
mulher falecera, ele vivia como se estivesse morto. Ou melhor: só fazia pensar na morte, na ressurreição da carne, em que
não acreditava, e em bobagens desse gênero, sua vida não passava de sobrevivência, de uma cção de vida. E sentiu-se
esgotado, afirma Pereira.
(TABUCCHI, Antonio. Afirma Pereira: um testemunho. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p.17-18)
De acordo com o texto, nota-se que a reação de Padre António e o modo com que trata Pereira deve-se:
4 001272078
4 001272066
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
https://cronicabrasileira.org.br
4 001272064
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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Desconsideradas as alterações de sentido, assinale a alternativa em que não aparece erro gramatical.
A Estive em Blumenau, onde existe moitas de azaleias e manacás em flor [...].
B Estive em Blumenau, onde devem ter havido moitas de azaleias e manacás em flor [...].
D Estive em Blumenau, onde deve haver moitas de azaleias e manacás em flor [...].
E Estive em Blumenau, onde deve existir moitas de azaleias e manacás em flor [...].
4 001272061
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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B orações.
C sujeito.
D vocativo.
E aposto.
4 001272059
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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“[...] para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou.” 1º§
B complemento nominal.
C objeto indireto.
D adjunto adverbial.
E adjunto adnominal.
4 001272057
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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“[...] saber se o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.” 2º§
B substantiva predicativa.
C adjetiva restritiva.
D adverbial condicional.
E adverbial concessiva.
4 001272056
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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B inábil.
C mentecapto.
D néscio.
E astucioso.
4 001272055
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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“Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça [...].” 3º§
B conclusão.
C consequência.
D explicação.
E condição.
4 001272052
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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A descrença.
B ironia.
C ansiedade.
D insolência.
E nostalgia.
4 00127204 9
RECADO DE PRIMAVERA
Escrevo-lhe aqui de Ipanema para lhe dar uma notícia grave: A Primavera chegou. Você partiu antes. É a primeira Primavera,
de 1913 para cá, sem a sua participação. Seu nome virou placa de rua; e nessa rua, que tem seu nome na placa, vi ontem três
garotas de Ipanema que usavam minissaias. Parece que a moda voltou nesta Primavera — acho que você aprovaria. O mar
anda virado; houve uma lestada muito forte, depois veio um Sudoeste com chuva e frio. E daqui de minha casa vejo uma
vaga de espuma galgar o costão sul da Ilha das Palmas. São violências primaveris.
O sinal mais humilde da chegada da Primavera vi aqui junto de minha varanda. Um tico-tico com uma folhinha seca de capim
no bico. Ele está fazendo ninho numa touceira de samambaia, debaixo da pitangueira. Pouco depois vi que se aproximava,
muito matreiro, um pássaro-preto, desses que chamam de chopim. Não trazia nada no bico; vinha apenas scalizar, saber se
o outro já havia arrumado o ninho para ele pôr seus ovos.
Isto é uma história tão antiga que parece acontecer lá no fundo da roça, talvez no tempo do Império. Pois está
acontecendo aqui em Ipanema, em minha casa, poeta. Acontecendo como a Primavera. Estive em Blumenau, onde há
moitas de azaleias e manacás em or; e em cada mocinha loira, uma esperança de Vera Fischer. Agora vou ao Maranhão,
reino de Ferreira Gullar, cuja poesia você tanto amava, e que fez 50 anos. O tempo vai passando, poeta. Chega a Primavera
nesta Ipanema, toda cheia de sua música e de seus versos. Eu ainda vou cando um pouco por aqui — a vigiar, em seu
nome, as ondas, os tico-ticos e as moças em flor. Adeus.
Rubem Braga
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A resumo, pois proporciona o contato rápido do leitor com uma informação nova.
B crônica, pois apresenta uma sequência cronológica de fatos ocorridos num espaço.
D resenha, pois o autor faz uma breve análise de outra produção textual.
4 00127204 5
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
No último parágrafo, para rati car a a rmação contida em “A crônica é um gênero livre por excelência.”, a autora constrói
uma sequência de frases estruturadas pela seguinte ferramenta linguística:
4 001271928
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Considerando a passagem “dois gênios entre tantos que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas
prazeroso e provocador.” (6º§), pode-se afirmar que os conectivos destacados possuem um valor semântico:
A alternativo.
B aditivo.
C adversativo.
D concessivo.
E conformativo.
4 001271923
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Na coesão dos dois primeiros parágrafos, faz-se uso da repetição expressiva de duas construções linguísticas. Além
da singularização do substantivo “dia” pelo artigo definido, tem-se a reiteração de orações:
A subordinadas substantivas.
B coordenadas explicativas.
C subordinadas adjetivas.
D coordenadas conclusivas.
E subordinadas adverbiais.
4 001271918
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Considerando o vocábulo “mesmice”, presente no 7º parágrafo, e seu processo de formação, é correto a rmar que se
trata de:
4 001271914
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Ao fazer uso da comparação e a rmar que a crônica “é caleidoscópica, tal qual nosso cotidiano” (7º§), entende-se que a
autora atribui aos dois elementos da comparação a seguinte característica:
A incoerência.
B simplicidade.
C fragilidade.
D dificuldade.
E variabilidade.
4 0012718 8 9
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Sabendo que o verbo “Convir” é irregular, assinale a alternativa em que se erra no registro de sua flexão.
4 0012718 8 4
Questão 770 Sujeito composto Sujeito oculto elíptico ou desinencial Sujeito indeterminado
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
No período “Convém que a primeira frase seja cintilante.” (5º§), o verbo destacado constitui a oração principal. Pode-
se afirmar que está flexionado na terceira pessoa do singular e que seu sujeito é:
A desinencial.
B indeterminado.
C oracional.
D inexistente.
E composto.
4 0012718 69
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
A linguagem gurada é uma importante ferramenta na construção de sentidos no texto. Considerando o contexto, dentre
as alternativas abaixo, esse recurso só não é observado em:
4 0012718 56
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
Nos dois primeiros parágrafos do texto, há o predomínio de verbos exionados em um determinado tempo verbal. Esta
flexão sugere uma ação:
4 0012718 4 5
(Martha Medeiros)
Quando abri os olhos pela manhã, não podia imaginar que seria o dia que mudaria a minha vida. Que seria o dia que
conheceria o homem que me fez cometer um crime. O dia que eu me enxergaria no espelho pela última vez. O dia
que descobriria que estava grávida. O dia que encontraria um envelope lacrado, com uma carta remetida a mim 20 anos
antes.
É apenas um exercício de criação. Iniciei a crônica com uma frase ctícia e demonstrei os desdobramentos que ela poderia
ter. Uma vez escolhido o caminho a seguir, uma história começa a ser contada, que pode ser longa ou curta, verdadeira ou
fantasiosa. Bem-vindo ao mundo encantado da escrita.
Convém que a primeira frase seja cintilante. A partir dela, o leitor será sgado ou não. Exemplo clássico: “Todas as famílias
felizes se parecem; cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, início do romance Anna Karenina, de Tolstói. Arrebatador.
Uma vez aberta a janela do pensamento, a mágica acontece: o leitor é puxado para um local em que nunca esteve, é
deslocado para um universo que poderá até ser hostil, mas certamente fascinante, pois novo. Talvez não se identi que com
nada, mas será desa ado a enfrentar sua repulsa ou entusiasmo. Não estará mais em estado neutro. A neutralidade é um
desperdício de vida, uma sonolência contínua.
A crônica tem o mesmo dever: o de jogar uma isca para o leitor e atraí-lo para o texto. Gênero híbrido (literário/jornalístico),
encontrou no Brasil a sua pátria. Somos a terra de Rubem Braga e Antônio Maria, para citar apenas dois gênios entre tantos
que zeram da leitura de jornal um hábito não só informativo, mas prazeroso e provocador. Se eu fosse citar todos os
colegas que admiro, teria que me estender por meia dúzia de páginas, mas só tenho essa.
A crônica é um gênero livre por excelência. Pode ser nostálgica, confessional, lunática, poética. Pode dar dicas, polemizar,
elogiar, criticar. Pode ser partidária ou sentimental, divertida ou perturbadora, à toa ou losofal – é caleidoscópica, tal qual
nosso cotidiano. Ao abrirmos os olhos pela manhã, nem imaginamos que uma miudeza qualquer poderá nos salvar da
mesmice, nos oferecer um outro olhar, mas assim é. Todos nós vivemos, por escrito ou não, uma crônica diária. Hoje, antes
de adormecer, você já estará um pouco transformado.
A partir da leitura atenta do texto e da compreensão de seu sentido global, é correto afirmar que o enunciador:
A apresenta uma perspectiva técnica e objetiva acerca da estrutura do gênero textual crônica.
C revela o caráter banal e corriqueiro de um gênero que sempre privilegia o caráter fantasioso das narrativas.
D faz uso de passagens narrativas a fim de ilustrar estratégias discursivas de envolvimento do leitor.
E convoca o leitor a imergir num universo ficcional para que possa se afastar da abordagem crítica do texto.
4 0012718 15
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
[...]
Disponível em https://jovempan.com.br/noticias/politica/intolerancia-politicacresce-ameaca-democracia-e-estimula-uso-de-
coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
Analise: “Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as investigações, a rmou que o ataque havia sido
planejado.” E assinale a alternativa incorreta.
A O sujeito é simples.
B Há aposto explicativo.
D Há artigos.
4 0012714 54
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
[...]
Disponível em https://jovempan.com.br/noticias/politica/intolerancia-politicacresce-ameaca-democracia-e-estimula-uso-de-
coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
A “O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à
Presidência.”
B “Os partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial.”
4 0012714 52
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
[...]
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coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
C “O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase lhe tirou a vida há quatro
anos.”
D “Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as investigações, afirmou que o ataque havia
sido planejado.”
4 0012714 51
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
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coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
B “Os partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial.”
C “Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen enquanto participava de um evento de
campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.”
D “O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à
Presidência.”
4 0012714 50
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
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coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
Analise: “Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à prova
de balas em eventos públicos.” E assinale a alternativa correta.
4 0012714 4 9
Intolerância política cresce, ameaça democracia e estimula uso de coletes à prova de bala na corrida eleitoral
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
[...]
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coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
Assinale a alternativa cujos trechos apresentam a mesma regra para uso da vírgula.
A “Em 14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no
centro da capital fluminense.” E “Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do
Planalto foi esfaqueado por Adélio Bispo”
B “Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as investigações, afirmou que o ataque havia
sido planejado.” E “Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já
usam coletes à prova de balas em eventos públicos.”
C “Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos.” E “Em 14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco
(Psol) foi morta em uma emboscada no centro da capital fluminense.”
D “Censura, descredibilização do sistema eleitoral e ataque às instituições são algumas das formas de colocar em
xeque a ideologia que prega a participação igualitária e soberana da sociedade civil.” E “Entre as diversas
ameaças, destacam-se os crimes de ódio.”
4 0012714 4 8
Em dois anos, houve aumento de 17,4% no número de casos de violência contra políticos; Polícia Federal está preocupada
com segurança de presidenciáveis
Em meio à escalada do autoritarismo vivida em algumas regiões do mundo, a democracia é um dos regimes políticos que
mais perderam força e espaço no cenário global. De maneira gradual e sem que haja uma ruptura, é possível destacar meios
para que este sistema perca força. Censura, descredibilização do sistema eleitoral e ataque às instituições são algumas das
formas de colocar em xeque a ideologia que prega a participação igualitária e soberana da sociedade civil. Entre as diversas
ameaças, destacam-se os crimes de ódio.
O temor é tão grande que a Polícia Federal decidiu antecipar o programa de segurança dos candidatos à Presidência. Os
partidos não precisarão esperar até 16 de agosto para pedir proteção policial. Será possível fazê-lo a partir da convenção
partidária. Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os dois favoritos à corrida presidencial, já usam coletes à
prova de balas em eventos públicos. O atual presidente, aliás, chega à campanha traumatizado por um atentado que quase
lhe tirou a vida há quatro anos. Em 9 de setembro de 2018, em Juiz de Fora, o então postulante ao Palácio do Planalto foi
esfaqueado por Adélio Bispo e passou 23 dias internado. Segundo a PF, o autor do ataque agiu isoladamente. Bolsonaro
pede que a investigação seja reaberta.
Já no último pleito presidencial, no qual o Partido dos Trabalhadores (PT) rivalizou a disputa com o então candidato Jair
Bolsonaro — que se sagrou vencedor na disputa —, houve alguns crimes de ódio que abalaram o sistema democrático. Em
14 de março de 2018, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (Psol) foi morta em uma emboscada no centro da
capital uminense. No período em que ocorreu seu assassinato, o Estado do Rio vivia sob intervenção federal na segurança
pública. Menos de duas semanas depois, no dia 27, um ônibus da caravana do então pré-candidato Lula foi atingido por tiros
na cidade de Quedas do Iguaçu, no Paraná. Mesmo sem feridos, o delegado Hélder Lauria, que capitaneou as
investigações, a rmou que o ataque havia sido planejado. Meses depois, Bolsonaro foi esfaqueado na região do abdômen
enquanto participava de um evento de campanha na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
[...]
Disponível em https://jovempan.com.br/noticias/politica/intolerancia-politicacresce-ameaca-democracia-e-estimula-uso-de-
coletes-a-prova-de-bala-na-corrida-eleitoral.html
Assinale a alternativa que apresenta a explicação correta para o uso das vírgulas no título e no subtítulo, também conhecido
como lide.
A A primeira vírgula foi utilizada para o aposto explicativo, enquanto a segunda, para isolar o advérbio de lugar.
B A primeira vírgula foi utilizada para isolar o advérbio, enquanto a segunda, para o vocativo.
C A primeira vírgula foi utilizada para o vocativo, enquanto a segunda, para isolar o aposto explicativo.
D A primeira vírgula foi utilizada para sequenciar itens, enquanto a segunda, para isolar o advérbio de tempo.
4 0012714 4 7
4 001271095
Indique a frase em que a inserção do acento indicativo de crase se faz necessária em alguma expressão.
4 001271092
Questão 783 Derivação pref ixal Derivação suf ixal Derivação parassintética circunf ixação
Nesse meme, há o uso da palavra “doguinho” no lugar de “cachorrinho”. Ao radical dog (“cão”, em inglês), foi acrescentado
um afixo de diminutivo da língua portuguesa, dando origem a um empréstimo linguístico derivado por:
A prefixação.
B sufixação.
C prefixação e sufixação.
D parassíntese.
E regressão.
4 00127108 2
Questão 784 Orações subordinadas adverbiais comparativas Orações subordinadas adverbiais f inais
Orações subordinadas adverbiais consecutivas
“O café é uma bebida popular que, ao entrar na boca, inevitavelmente entra em contato com os dentes. É um líquido ácido -
o pH dele está em torno de 5, em uma escala que vai de 1 a 14 - e contém taninos, que promovem manchas nos dentes.”
LLAMBÍAS, Felipe. É melhor escovar os dentes antes ou depois de tomar café? Como evitar manchas. BBC Brasil, 24 de
outubro de 2022. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63334188.
A oração grifada pode adquirir, no contexto em que ela foi empregada, uma ideia de:
A comparação.
B finalidade.
C tempo.
D consequência.
E concessão.
4 001271071
Questão 785 Sujeito simples Sujeito composto Sujeito oculto elíptico ou desinencial
“A escritora Annie Ernaux foi a escolhida para receber o Prêmio Nobel de Literatura de 2022 por sua “coragem e acuidade
clínica para descortinar as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal” e por re etir
sobre “uma vida marcada por grandes disparidades de gênero, linguagem e classe”, segundo comunicado da Real Academia
de Ciências da Suécia. Professora universitária aposentada de literatura, a francesa é a 17ª mulher e a primeira de seus país a
conquistar o reconhecimento. Escreveu cerca de 20 livros. Quatro deles foram publicados no Brasil pela Fósforo Editora.
Recentemente, a autora teve sua participação con rmada na 20ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip,
que este ano acontece entre os dias 23 e 27 de novembro. [...]”
QUEIROZ, Christina. Nobel de Literatura premia francesa Annie Ernaux. Pesquisa Fapesp, 6 de outubro de 2022. Disponível
em: https://revistapesquisa.fapesp.br/nobel-de-literatura-premia-francesaannie-ernaux/.
Qual das alternativas abaixo identifica corretamente o tipo de sujeito da oração em destaque nesse trecho?
A Sujeito simples.
B Sujeito composto.
D Sujeito indeterminado.
E Sujeito inexistente.
4 001271065
Questão 786 Emprego dos advérbios Equivalência entre locuçõespalavras e entre conectivos
Conjunções coordenativas adversativas
“A juba de um leão é uma característica marcante: quanto maiores e mais escuras essas mechas, mais atraentes os reis da
selva são para as leoas. Este exemplo clássico de dimofismo sexual é exibido principalmente pelos machos da espécie.
No entanto, os zeladores do Topeka Zoo and Conservation Center, no Kansas (EUA), relataram que no nal do outono de
2020, uma de suas leoas, Zuri, desenvolveu uma minijuba própria. ‘É extremamente raro. Nós nunca ouvimos sobre isso
acontecer até vermos Zuri’, disse Shanna Simpson, cuidadora de animais do Topeka Zoo. [...]”
ZOOLÓGICO tenta entender como uma de suas leoas ganhou juba. Planeta, 25 de outubro de 2022. Disponível em:
https://www.revistaplaneta.com.br/zoologico-tenta-entender-comouma-de-suas-leoas-ganhou-juba/.
A expressão, No entanto, presente no início do segundo parágrafo desse excerto, pode ser substituída, sem prejuízo de
sentido ao enunciado em que ela ocorre, por:
A “ademais”.
B “contudo”.
C “além disso”.
D “outrossim”.
E “destarte”.
4 001271060
D os profissionais de cibersegurança são pessoas famosas que provocam filas para autógrafos.
4 001271055
Para a medicina, surtar é entrar em um quadro psicótico agudo. Esse quadro antigamente era chamado de loucura, mas eu
não gosto dessa expressão
Antes de mais nada, vamos diferenciar o termo médico surto do popular “surto”. Para a medicina, surtar é entrar em um
quadro psicótico agudo. Esse quadro antigamente era chamado de “loucura”, mas eu não gosto dessa expressão.
O que vamos tratar aqui é do vocábulo popular, que pode ser aplicado para uma série de situações, como descontrole
emocional, ataque de pânico, desajuste de comportamento.
Fiquei com vontade de falar sobre isso porque recentemente viralizou um vídeo gravado dentro de um avião em que, por
algum motivo, um passageiro se descontrolava, se debatia muito, superagitado, e todos na cabine estavam sem saber o que
fazer. Será que é preciso segurar essa pessoa? Controlá-la? Levá-la para o hospital tão logo quando possível?
O que fazer se alguém perto de nós entrar em um quadro parecido com o desse passageiro? Uma curiosidade. Casos
como o desse homem não são tão raros. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma expressão para descrever pessoas
que cam violentas, indisciplinadas e inquietas no voo: raiva aérea. Só em 2021, auge da pandemia, foram mais de 5.000
casos, sendo a maioria causados pelo uso de máscara. Bebida e, especialmente, bebida misturada com remédios também
podem eventualmente fazer alguém surtar.
Em primeiro lugar, tenha muita calma e, se vocês estiverem em um ambiente fechado, procure retirar objetos que possam,
sem querer, quebrar ou ferir a pessoa que está excitada. Procure conter essa pessoa, abraçandoa fortemente. Isso é
importante para que ela, na sua agitação, não se machuque.
Agora, se porventura a inquietação dessa pessoa começar a aumentar ao ponto de, por exemplo, ela bater a cabeça na
parede ou ter a intenção de se machucar, é fundamental levá-la para um pronto-socorro, nem que seja à força. Qualquer PS
público ou privado está capacitado para atender uma pessoa assim. O Samu também está.
Se o surto acontecer durante uma viagem de avião, os comissários de bordo estão orientados a perguntar se existe um
médico entre os passageiros. Os voos internacionais, cujas viagens são longas, carregam um kit médico, que, entre outros
remédios, tem aqueles voltados para quadros psiquiátricos. Geralmente são drogas da classe dos calmantes, que vão ajudar
a tranquilizar quem está agitado, permitindo que a viagem siga sossegada até o pouso, quando esse passageiro deverá ser
encaminhado a um hospital ou médico.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da
Caliandra Saúde Mental.
GUERRA, Arthur. O que fazer quando alguém “surta”? Forbes Brasil, 25 de outubro de 2022. Colunas. Disponível em:
https://forbes.com.br/forbessaude/2022/10/arthur-guerra-o-que-fazerquando-alguem-surta/
Ao fazer uso de “PS” para se referir a “pronto-socorro” (6º parágrafo), o autor se vale do processo de formação de
palavras que cria:
A palavras derivadas.
B palavras compostas.
C palavras híbridas.
D onomatopeias.
E siglas.
4 001271050
Para a medicina, surtar é entrar em um quadro psicótico agudo. Esse quadro antigamente era chamado de loucura, mas eu
não gosto dessa expressão
O que vamos tratar aqui é do vocábulo popular, que pode ser aplicado para uma série de situações, como descontrole
emocional, ataque de pânico, desajuste de comportamento.
Fiquei com vontade de falar sobre isso porque recentemente viralizou um vídeo gravado dentro de um avião em que, por
algum motivo, um passageiro se descontrolava, se debatia muito, superagitado, e todos na cabine estavam sem saber o que
fazer. Será que é preciso segurar essa pessoa? Controlá-la? Levá-la para o hospital tão logo quando possível?
O que fazer se alguém perto de nós entrar em um quadro parecido com o desse passageiro? Uma curiosidade. Casos
como o desse homem não são tão raros. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma expressão para descrever pessoas
que cam violentas, indisciplinadas e inquietas no voo: raiva aérea. Só em 2021, auge da pandemia, foram mais de 5.000
casos, sendo a maioria causados pelo uso de máscara. Bebida e, especialmente, bebida misturada com remédios também
podem eventualmente fazer alguém surtar.
Em primeiro lugar, tenha muita calma e, se vocês estiverem em um ambiente fechado, procure retirar objetos que possam,
sem querer, quebrar ou ferir a pessoa que está excitada. Procure conter essa pessoa, abraçandoa fortemente. Isso é
importante para que ela, na sua agitação, não se machuque.
Agora, se porventura a inquietação dessa pessoa começar a aumentar ao ponto de, por exemplo, ela bater a cabeça na
parede ou ter a intenção de se machucar, é fundamental levá-la para um pronto-socorro, nem que seja à força. Qualquer PS
público ou privado está capacitado para atender uma pessoa assim. O Samu também está.
Se o surto acontecer durante uma viagem de avião, os comissários de bordo estão orientados a perguntar se existe um
médico entre os passageiros. Os voos internacionais, cujas viagens são longas, carregam um kit médico, que, entre outros
remédios, tem aqueles voltados para quadros psiquiátricos. Geralmente são drogas da classe dos calmantes, que vão ajudar
a tranquilizar quem está agitado, permitindo que a viagem siga sossegada até o pouso, quando esse passageiro deverá ser
encaminhado a um hospital ou médico.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da
Caliandra Saúde Mental.
GUERRA, Arthur. O que fazer quando alguém “surta”? Forbes Brasil, 25 de outubro de 2022. Colunas. Disponível em:
https://forbes.com.br/forbessaude/2022/10/arthur-guerra-o-que-fazerquando-alguem-surta/
A a palavra surto é utilizada de modo errado pela população, devendo haver somente o uso médico desse termo.
B as pessoas que manifestam quadros psicóticos agudos são atualmente diagnosticadas como loucas.
C aeronaves geralmente têm médicos e remédios calmantes disponíveis para eventuais casos de surto dentro do
avião.
D é preciso atendimento hospitalar quando a inquietação de um indivíduo tende a atos mais violentos contra si
próprio.
E a raiva aérea é quase sempre causada pelo uso de bebida alcoólica misturada com remédios psiquiátricos.
4 00127103 7
Questão 790 Por que porque porquê por quê
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
4 0012658 4 6
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
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Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
Considerando-se a classi cação de palavras homônimas e parônimas, marcar C para as a rmativas Certas, E para as Erradas
e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A E - C - C.
B C - E - E.
C C - C - E.
D E - E - E.
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Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
I. Anéis.
II. Chapéis.
III. Pães.
IV. Furacões.
Estão CORRETOS:
4 0012658 4 3
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
A Objeto indireto.
B Sujeito.
C Predicativo do sujeito.
D Complemento nominal.
4 0012658 4 2
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
Considerando-se a concordância nominal, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:
As certidões estão __________ no e-mail. Por favor, responda-nos enviando o documento com sua rubrica em todas as folhas
__________.
A inclusa | anexas
B inclusas | anexa
C inclusas | anexas
D inclusa | anexa
4 0012658 4 1
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
4 0012658 4 0
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
B É | acontecido | fazendo.
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
B Muitas empresas preferem o contato pessoal com o cliente, não utilizando a tecnologia para a comunicação.
C Cada indivíduo possui sua função e identidade cultural nas redes sociais.
D As mudanças vindas desse meio muito raramente afetam o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das
pessoas.
4 0012658 3 8
Questão 799 Emprego da letra C Representação do f onema s Emprego de letra S com som de Z
Uma coisa que podemos dizer que é homônimo para todas as épocas, seja na primitiva ou na contemporânea: é a
necessidade de se relacionar e garantir contatos com os grupos.
A diferença para os dias atuais é a velocidade e a forma como isso tem acontecido, deixando de ser demorada e limitada
para ser mais rápida e fácil. Tudo isso graças ao surgimento da internet e das mídias de relacionamento, fazendo com que a
distância deixasse de ser um fator impeditivo.
Pelas estatísticas, com a quantidade de _____ por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma
forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e
também de lazer.
Nas redes sociais, cada indivíduo _____ sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um
todo _____ que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação,
etc.
Atualmente, temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos Aldeia Global. Ela exerce in uência direta no
comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.
E se alguém acha que não é in uenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam
diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas.
Uma das formas mais e cazes para não sofrermos manobras e manipulações é buscar estar sempre informado e conhecer
os fatos com o seu olhar e conhecimento. E não adianta se recursar, se isolar ou dizer que não faz parte, pois a tecnologia e
a forma de comunicação que existem hoje estão ligadas e vinculadas a todas as outras, desde os serviços básicos, a
educação, a forma como compramos e vários outros pontos.
4 0012658 3 7
A Felicidade é jogar cartas com a vovó / Felicidade é um jogo de cartas com a vovó.
B A única alegria do mundo é começar um trabalho / A única alegria do mundo é o começo de um trabalho.
C Abençoado aquele que faz com que meus companheiros riam / Abençoado aquele que provoca a risada de
meus companheiros.
Em todas as frases abaixo aparece o vocábulo “também”, que supõe a existência de, pelo menos, duas coisas a serem
somadas.
4 001264 4 4 7
Assinale a frase abaixo em que uma oração desenvolvida foi substituída por uma oração reduzida de mesmo sentido.
A Abençoado aquele que faz com que meus companheiros riam / Abençoado aquele que faz meus companheiros
rindo.
B As crianças só são felizes porque ignoram o que seja a felicidade / As crianças só são felizes se ignorarem o que
seja a felicidade.
C Mesmo que alguém vivesse duas vezes mil anos, não veria a felicidade / Mesmo alguém vivendo duas vezes mil
anos, não veria a felicidade.
D A felicidade é como as neblinas ligeiras: quando estamos dentro dela, não a vemos / A felicidade é como as
neblinas ligeiras: para estarmos dentro dela, não a vemos.
E A verdadeira felicidade custa pouco; se é cara, não é de boa categoria / A verdadeira felicidade custa pouco; se
encarecer, não é de boa categoria.
4 001264 4 4 3
C É preciso rir antes de ser feliz, por medo de morrer sem ter sido / elipse.
D Quem não sabe chorar de todo o coração também não sabe rir / antítese.
E A verdadeira felicidade está nas pequenas coisas... um pequeno iate, um pequeno rolex, uma pequena mansão...
/ paradoxo.
4 001264 4 3 9
Questão 804 Polissemia
Assinale a frase abaixo cujo vocábulo sublinhado apresenta uma impropriedade léxica (vocábulo mal-empregado no
contexto da frase).
4 001264 4 3 5
Em todas as frases abaixo ocorre a presença de “não + verbo”, expressão que foi substituída por um só verbo de
valor equivalente.
A Enquanto o homem não souber para que porto quer ir, nenhum vento será o vento certo / desconhecer.
4 001264 4 3 1
Observe a seguinte a rmação: “Em função do grande número de jovens desempregados devemos focalizar a educação no
setor técnico, dirigida aos empregos agora existentes ou então não nos preocuparmos mais com a sua educação”.
A mostrar uma falsa dicotomia entre focalizar a educação no setor técnico ou abandonar o processo educativo.
B fazer uma simplificação exagerada de um problema grave como o desemprego, mostrando uma solução
imediata e fácil.
C indicar uma solução para um problema sem indicar os meios ou instrumentos de como atingi-la.
E apelar para a autoridade educacional, que recomenda o ensino técnico como solução para o desemprego.
4 001264 4 24
A O estreito de Gibraltar é por onde se entra no Mediterrâneo / o estreito de Gibraltar é a entrada no Mediterrâneo.
B Este edifício é onde está instalado o TSE / este edifício é a sede do TSE.
C O Palácio de Buckingham é onde vivem os reis da Inglaterra / o palácio de Buckingham é a residência dos reis da
Inglaterra.
D Os motoristas puseram uma cruz onde ocorreu o acidente / os motoristas puseram uma cruz na localização do
acidente.
E Eu gostaria de saber para onde vai essa mercadoria / eu gostaria de saber o destino dessa mercadoria.
4 001264 4 19
A Muitos estudantes brasileiros terminam seu curso universitário e não conseguem arranjar um emprego. Por
isso devemos aumentar nossos investimentos em educação.
B O Parlamento Europeu aprovou leis problemáticas antes, por isso não podemos acreditar que outras cortes vão
admitir as novas leis.
C Financiamento público de programas esportivos em tempos de crise econômica é uma perda de dinheiro.
D Em função do grande número de jovens desempregados devemos focalizar a educação no setor técnico,
dirigida aos empregos agora existentes.
E Os jovens europeus estão enfrentando dificuldades para conseguir emprego; na verdade eles mesmos são os
culpados por não terem sido mais bem preparados para o mercado.
4 001264 4 17
“Henriqueta era feia. Feliz, talvez ficasse bonita. Mas nós já traçamos o perfil desse personagem sombrio. Henriqueta era magra
e pálida, tinha cerca de 8 anos, mas lhe davam apenas seis. Seus grandes olhos en ados numa espécie de sombra profunda
tinham seu brilho quase extinto em razão de ter chorado. Os cantos da boca mostravam uma curva de angústia habitual, o que
também é observado nos condenados e nos doentes desesperados”.
Assinale a opção que indica uma característica de um texto descritivo que aparece inadequadamente identi cada no
texto acima.
A uma descrição nunca é exaustiva, ou seja, nunca mostra todos os elementos do objeto descrito, como neste
caso, que se limita a alguns traços do corpo e do rosto.
B a descrição de uma pessoa, como essa, pode apresentar traços físicos e psicológicos.
C um processo descritivo pode apoiar-se em diversos sentidos do observador e, nesse texto, predomina o visual.
D a posição do observador, nesse texto, é de isenção diante do que é descrito, sem interferir com suas opiniões.
E a estratégia empregada nessa descrição é a de limitar-se a alguns dados do personagem descrito, partindo
de observações sobre o corpo, seguidas de algumas outras sobre o rosto.
4 001264 4 10
A “A razão porque pessoas culpam as gerações anteriores é que há apenas uma outra escolha.”
B “Pais se perguntam por que os rios são amargos, quando eles mesmos envenenaram a fonte.”
E “Eu sei que a poesia é indispensável, mas não sei por que.”
4 001263 005
Questão 811 Pronome indef inido Emprego dos advérbios Língua Portuguesa Português
Assinale a frase que mostra a palavra mais numa classe gramatical diferente das demais.
A “Os funcionários são como os livros de bibliotecas: os que estão em lugares mais altos são os que menos
prestam” (Paul Masson).
C “A mulher chega à maturidade quando seus sapatos começam a incomodá-la mais do que os homens” (Aldo
Cammarota).
D “Um homem parado é a coisa mais horrível que pode haver. Mulher não aguenta o marido em casa o dia inteiro”
(Girsz Aronson).
E “Para evitar o estresse, evite excitação; passe mais tempo com a sua esposa” (Robert Olsen).
4 0012623 74
Todas as opções abaixo mostram formas de diminutivos dos vocábulos entre parênteses, com o sufixo –inho.
4 0012623 70
Assinale a frase adequadamente composta, respeitando os valores semânticos das palavras empregadas.
4 0012623 63
Assinale a frase que mostra uma inadequação semântica entre as palavras sublinhadas.
4 0012623 61
Assinale a frase em que a substituição da locução sublinhada por um adjetivo é feita de forma adequada.
B “O casamento é como a pessoa que quer tomar um copo de leite e compra uma vaca” (Max Nunes) / lácteo.
E “O riso é o sol que afugenta o inverno do rosto do homem” Victor Hugo) / humano.
4 0012623 58
Em todas as opções abaixo há uma metáfora ou uma comparação; assinale a opção em que a razão da comparação
metafórica está inadequadamente indicada.
C “São Paulo é uma locomotiva poderosa, puxando 25 vagões” (Artur Neiva) / força desenvolvimentista.
E “O tempo é um rio formado pelos eventos, uma torrente impetuosa” (Marco Aurélio) / sucessão inédita
de acontecimentos.
4 0012623 55
A “Odeio as combinações hipócritas do absolutismo dissimulado sob as formas democráticas ou republicanas” (Rui
Barbosa).
B “A história, na verdade, é pouco mais que um registro de crimes sobre as loucuras e as desgraças da humanidade”
(Gibbon).
D “A metafísica está no ar. Não podemos deixá-la senão deixála ali, pois estamos sob ela” (Clemenceau).
E “Não há uma ideia nascida de um espírito humano que não tenha feito correr sangue sobre a terra” (Charles
Maurras).
4 0012623 54
Assinale a opção que indica a frase em que ocorreu a substituição adequada da locução adverbial sublinhada por um
advérbio semanticamente equivalente.
A “Capistrano de Abreu declarava só ter entrado para a sociedade humana porque não foi consultado com
antecedência” (Capistrano de Abreu) / anteriormente.
B “Os abusos, como os dentes, nunca se arrancam sem dores” (Marquês de Maricá) / impunemente.
C “E se Adão não tivesse resistido àquela operação nas costelas a que se submeteu antes do momento adequado”
(Eno T. Wanke) / prematuramente.
D “Os acontecimentos tinham ampliado sua inteligência por natureza estreita” (Anatole France) / originalmente.
E “Se o mundo fosse, de fato, governado pelo acaso, não haveria tantas injustiças” (Galiani) / claramente.
4 0012623 52
A “Aborígines são gente de valor escasso que atravanca o solo de um país recém-descoberto” (Ambrose Bierce).
B “Sem pontos de parada, / solto nas ruas como um táxi, / sem o esperar, querer, / sem ter por quê, se toma o
enfarte” (João Cabral de Melo Neto).
E “Tudo o que vejo lá fora respira vida, a cabra que rumina ao pé de uma carroça, a galinha que marisca no chão da
rua, o trem da Estrada Central que bufa, assobia, fumega e passa, a palmeira que investe para o céu...” (Machado
de Assis – Dom Casmurro).
4 0012623 4 9
Questão 820 Pronome pessoal reto Pronome pessoal oblíquo Emprego do pronome possessivo
As opções a seguir apresentam frases que trazem marcas de subjetividade, à exceção de uma. Assinale-a.
A “As sociedades modernas parecem-me orgulhar-se demais da abolição da escravatura” (Marquês de Custine).
B “Meu desejo sincero seria que nossa Academia Brasileira não se esquecesse tanto de que é também de ... Letras”
(Mário de Andrade).
C “Meu filho, Absalão! meu filho, Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti!” (Velho Testamento).
D “Um tolo encontra sempre outro mais tolo que o admira” (Boileau).
E “Felizmente, o meu povo brasileiro detesta andar. Só anda a pé por prescrição médica” (Paulo Mendes Campos).
4 0012623 4 6
Em todas as opções abaixo as frases foram reescritas de modo a eliminar o advérbio não, mas mantendo-se o sentido
original. Assinale a frase em que essa modificação foi feita de forma adequada.
A “A abelha atarefada não tem tempo para tristeza” (Eno T. Wanke) / a abelha atarefada dispensa o tempo de
tristeza.
B “Perdoamos frequentemente aos que nos aborrecem, mas não podemos perdoar aos que nós aborrecemos.”(La
Rochefoucaud) / Perdoamos frequentemente aos que nos aborrecem, mas é proibido perdoar aos que nós
aborrecemos.
C “Se a Academia não tem autoridade acadêmica, então os satíricos e os engraçados também não têm graça
nenhuma.” (João Ribeiro) / Se a Academia precisa de autoridade acadêmica, então os satíricos e os engraçados
também não têm graça nenhuma.
D “De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.” (Millôr Fernandes) / De todas
as taras sexuais, há uma mais estranha do que a abstinência.
E “Um dia desses eles declaram que tudo não passou de cinquenta anos de brincadeira.” (Millôr Fernandes) / Um dia
desses eles declaram que tudo se limitou a cinquenta anos de brincadeira.
4 0012623 4 5
Questão 822 Semântica Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
A frase a seguir refere-se à simbologia cultural dos animais, atribuindo à abelha a imagem do trabalho.
“A abelha vive fazendo cera. Sempre. E com tudo isso, como é que a abelha consegue ser a imagem do labor incessante?”
(Eno T. Wanke)
Em todas as frases abaixo há alusões implícitas a essa simbologia dos animais. Assinale a frase que mostra adequadamente o
valor simbólico do animal presente na frase.
B “A mais nobre conquista que o homem tenha jamais feito, é a desse cavalo altivo e fogoso, que partilha com ele
as fadigas da guerra e a glória dos combates.” / lealdade.
4 0012623 4 3
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
No início do último parágrafo, o emprego da conjunção “entretanto” objetiva evidenciar uma contraposição com o que se
a rma no parágrafo anterior; por isso, essa conjunção poderia ser substituída, sem prejuízo dos sentidos e da coerência do
texto, por conquanto.
A Certo.
B Errado.
4 001261691
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Por constituir um substantivo, o termo “bem-estar”, empregado no segundo parágrafo, poderia ser grafado, em
conformidade com a ortografia oficial, sem o hifen: bem estar.
A Certo.
B Errado.
4 001261690
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
O emprego das vírgulas após os trechos “De acordo com o último relatório da Organização Internacional do Trabalho
(OIT)” (no segundo período do primeiro parágrafo) e “Conforme de nição da OIT” (no início do segundo parágrafo)
justifica-se pelo mesmo motivo.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 9
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
No início do quarto parágrafo, a expressão “Por outro lado” desempenha papel de reforço da coesão textual e poderia ser
substituída, sem prejuízo semântico ao texto original, por Inversamente.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 8
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
No terceiro período do segundo parágrafo, o termo “sua” refere-se à expressão “conceito de cuidado”.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 7
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Seria mantida a correção gramatical do texto caso o termo “analisado’ (quarto parágrafo) fosse exionado no feminino —
analisada —, dada a possibilidade de sua concordância com o termo subsequente “crise”, com o qual estabelece relação
sintático-semântica.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 6
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Seria preservada a coerência das ideias do texto se, no segundo parágrafo, a expressão “na medida em que” fosse
substituída pelo vocábulo pois.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 2
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
No terceiro parágrafo, o segmento “a ideia” (segundo período) retoma, por coesão, a “noção” descrita no primeiro
período.
A Certo.
B Errado.
4 00126168 0
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
No último parágrafo, a expressão “nas quais” poderia, sem prejuízo sintático para o texto, ser substituída por cujas.
A Certo.
B Errado.
4 001261679
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item subsequente.
O envelhecimento da população mundial é um dos fatores que explicam a ampliação da presença de mulheres no mercado
de trabalho.
A Certo.
B Errado.
4 001261676
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item subsequente.
Por mencionar dados, articular depoimentos e expor argumentos, o texto con gura-se como predominantemente
descritivo.
A Certo.
B Errado.
4 001261675
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item subsequente.
Ao con rmarem a forte dimensão emocional do trabalho de cuidados, os estudos relatados no texto recomendam que
esse setor da economia não seja assumido pelo Estado nem seja objeto de mercantilização.
A Certo.
B Errado.
4 001261674
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item subsequente.
A profissionalização do trabalho de cuidados nos últimos anos remodelou a essência do conceito de cuidado.
A Certo.
B Errado.
4 001261673
TEXTO
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demanda um serviço de cuidado. De acordo com o último relatório da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões de pessoas em 2030 - há cinco anos,
eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas con gurações familiares, com mulheres mais presentes no
mercado de trabalho e menos disponíveis para assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a
repensar seu sistema de atenção à populações vulneráveis. Partindo desse panorama as sociólogas Nádia Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisa Sociológica e Políticas de Paris, na França,
identi caram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam amparar indivíduos com distintos níveis
de dependências, como crianças, idosos e pessoas com de ciências. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é
preponderante, em outras, atuação de instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias
representa o aspecto mais marcante.
Conforme de nição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos de atividades: as
diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem
uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”,
diz Guimarães. Ela relata que o conceito de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de
trinta anos e, desde então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e loso a política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo. Os estudos iniciais
do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de dependência, mas tal entendimento se
ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer
pessoa pode se fragilizar e se tornar dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa
levaram à constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de forma mais
intensa, sobre as mulheres.
Ao re etir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos Estados Unidos da
América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de cuidado seria uma manifestação de
amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente. Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de
construção cultural a respeito da maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho
brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geogra a e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais
intensamente fora de casa. Esse fato, aliado ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma
crise no provimento de cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses
serviços, além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento, expansão de
políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a socióloga.
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas quais mulheres
desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e pessoas com de ciência. Para a minoria
que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que compensam a escassa presença do Estado.
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP, Ed, 299, jan./ 2021. Internet: <https://revistapesquisa. fapesp.br/economia-do-
cuidado> (com adaptações).
Em relação a aspectos estruturais do texto e às informações por ele veiculadas, julgue o item subsequente.
Os serviços de cuidados fenecidos na América Latina diferenciam-se dos providos em países do hemisfério norte.
A Certo.
B Errado.
4 001261672
Cerca de 4 mil beagles estão em processo de adoção nos EUA. Os cachorros variam entre mais novos e lhotes e podem
ser adotados no estado de Virginia. Eles foram resgatados das instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia,
que os criavam para serem vendidos a laboratórios para experimentação animal.
"Quatro mil é um grande número", disse Kitty Block, presidente e CEO da Humane Society. “E vai levar 60 dias para tirar
todos esses animais, e trabalhar com nossos parceiros de abrigo e resgate em todo o país, trabalhando com eles para levar
esses cães para um lar sempre amoroso”. Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando
violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário
para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam
continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Em 2019, descobrimos que havia um lugar no condado de Cumberland que criava beagles, lindos cães beagle para
experimentação”, disse Stanley. "Tentei fechá-los em 2019, mas não obtive sucesso. Mas, ao longo dos anos, nunca
paramos de lutar."
A Humane Society levou 201 beagles para seu centro de atendimento e reabilitação, onde receberão atendimento até
serem transportados para organizações experientes em lidar com animais que vêm com traumas como os beagles, como a
Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty para Animais (MSPCA), Wisconsin Humane e Dakin Humane.
Assinale a alternativa que apresente um sinônimo adequado para o termo em destaque no período: “Em maio, o
Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação”.
A atividades.
B rituais.
C tradições.
D respeito.
E descumprimentos.
4 0012593 11
Questão 838 T rissílabas Polissílaba
Cerca de 4 mil beagles estão em processo de adoção nos EUA. Os cachorros variam entre mais novos e lhotes e podem
ser adotados no estado de Virginia. Eles foram resgatados das instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia,
que os criavam para serem vendidos a laboratórios para experimentação animal.
"Quatro mil é um grande número", disse Kitty Block, presidente e CEO da Humane Society. “E vai levar 60 dias para tirar
todos esses animais, e trabalhar com nossos parceiros de abrigo e resgate em todo o país, trabalhando com eles para levar
esses cães para um lar sempre amoroso”. Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando
violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário
para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam
continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Em 2019, descobrimos que havia um lugar no condado de Cumberland que criava beagles, lindos cães beagle para
experimentação”, disse Stanley. "Tentei fechá-los em 2019, mas não obtive sucesso. Mas, ao longo dos anos, nunca
paramos de lutar."
A Humane Society levou 201 beagles para seu centro de atendimento e reabilitação, onde receberão atendimento até
serem transportados para organizações experientes em lidar com animais que vêm com traumas como os beagles, como a
Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty para Animais (MSPCA), Wisconsin Humane e Dakin Humane.
A presidente.
B tratamento.
C governo.
D instalação.
E exposição.
4 0012593 09
Cerca de 4 mil beagles estão em processo de adoção nos EUA. Os cachorros variam entre mais novos e lhotes e podem
ser adotados no estado de Virginia. Eles foram resgatados das instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia,
que os criavam para serem vendidos a laboratórios para experimentação animal.
"Quatro mil é um grande número", disse Kitty Block, presidente e CEO da Humane Society. “E vai levar 60 dias para tirar
todos esses animais, e trabalhar com nossos parceiros de abrigo e resgate em todo o país, trabalhando com eles para levar
esses cães para um lar sempre amoroso”. Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando
violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário
para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam
continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Em 2019, descobrimos que havia um lugar no condado de Cumberland que criava beagles, lindos cães beagle para
experimentação”, disse Stanley. "Tentei fechá-los em 2019, mas não obtive sucesso. Mas, ao longo dos anos, nunca
paramos de lutar."
A Humane Society levou 201 beagles para seu centro de atendimento e reabilitação, onde receberão atendimento até
serem transportados para organizações experientes em lidar com animais que vêm com traumas como os beagles, como a
Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty para Animais (MSPCA), Wisconsin Humane e Dakin Humane.
Assinale a alternativa que apresente o termo retomado pelo termo em destaque no período: “Eles foram resgatados
d a s instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia, que criavam para serem vendidos a laboratórios para
experimentação animal”.
A laboratórios.
B parceiros.
C estado.
D cachorros.
E presidente.
4 0012593 07
Cerca de 4 mil beagles estão em processo de adoção nos EUA. Os cachorros variam entre mais novos e lhotes e podem
ser adotados no estado de Virginia. Eles foram resgatados das instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia,
que os criavam para serem vendidos a laboratórios para experimentação animal.
"Quatro mil é um grande número", disse Kitty Block, presidente e CEO da Humane Society. “E vai levar 60 dias para tirar
todos esses animais, e trabalhar com nossos parceiros de abrigo e resgate em todo o país, trabalhando com eles para levar
esses cães para um lar sempre amoroso”. Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando
violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário
para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam
continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Em 2019, descobrimos que havia um lugar no condado de Cumberland que criava beagles, lindos cães beagle para
experimentação”, disse Stanley. "Tentei fechá-los em 2019, mas não obtive sucesso. Mas, ao longo dos anos, nunca
paramos de lutar."
A Humane Society levou 201 beagles para seu centro de atendimento e reabilitação, onde receberão atendimento até
serem transportados para organizações experientes em lidar com animais que vêm com traumas como os beagles, como a
Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty para Animais (MSPCA), Wisconsin Humane e Dakin Humane.
Assinale a alternativa que apresente o tempo verbal do verbo em destaque no período: “Em maio, o Departamento de
Justiça dos EUA processou a Envigo alegando violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação”.
B Presente do Indicativo.
E Imperativo.
4 0012593 05
Cerca de 4 mil beagles estão em processo de adoção nos EUA. Os cachorros variam entre mais novos e lhotes e podem
ser adotados no estado de Virginia. Eles foram resgatados das instalações da Envigo RMS LLC em Cumberland, Virgínia,
que os criavam para serem vendidos a laboratórios para experimentação animal.
"Quatro mil é um grande número", disse Kitty Block, presidente e CEO da Humane Society. “E vai levar 60 dias para tirar
todos esses animais, e trabalhar com nossos parceiros de abrigo e resgate em todo o país, trabalhando com eles para levar
esses cães para um lar sempre amoroso”. Em maio, o Departamento de Justiça dos EUA processou a Envigo alegando
violações da Lei de Bem-Estar Animal na instalação.
Os inspetores do governo descobriram que os beagles estavam sendo mortos em vez de receber tratamento veterinário
para condições facilmente tratadas; as mães beagles que amamentam foram negadas comida; a comida que recebiam
continha larvas, mofo e fezes; e durante um período de oito semanas, 25 filhotes de beagle morreram de exposição ao frio.
Em 2019, descobrimos que havia um lugar no condado de Cumberland que criava beagles, lindos cães beagle para
experimentação”, disse Stanley. "Tentei fechá-los em 2019, mas não obtive sucesso. Mas, ao longo dos anos, nunca
paramos de lutar."
A Humane Society levou 201 beagles para seu centro de atendimento e reabilitação, onde receberão atendimento até
serem transportados para organizações experientes em lidar com animais que vêm com traumas como os beagles, como a
Massachusetts Society for the Prevention of Cruelty para Animais (MSPCA), Wisconsin Humane e Dakin Humane.
4 0012593 00
A cada ano cerca de 100 mil pets são levados a abrigos na França, 60% dos casos ocorrem durante os meses de verão. O
país ocupa a primeira posição na Europa no abandono de animais de companhia.
Todos os verões, a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de
estimação. Para lidar com a superlotação de abrigos, ONGs e associações reforçam campanhas para conscientizar a
população contra os maus-tratos aos animais. "Entre sacri car suas férias e abandonar seu bicho de estimação, as pessoas
não vão re etir, não querem nem mesmo pensar em uma solução para essa questão", a rma Jacques-Charles Fombonne,
presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPA) da França.
Se neste verão o recorde de abandono - registrado no ano anterior - não deve ser batido, os centros de acolhimento de
bichos registram superlotação desde junho. Nos albergues da SPA, há mais de 8.800 pets esperando pela adoção, um
número inédito após um aumento de 7% em relação a 2021. "Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é
um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles cam em
locais ainda mais apertados do que o normal", ressalta Fombonne.
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/franca-registra-recordede-animais-abandonados-em-abrigos-
durante-o-verao.ghtml Fonte 10 de Agosto de 2022.
Assinale a alternativa que apresente a função sintática exercida pelos termos em destaque no período: “Todos os verões,
a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de estimação”.
A Sujeito.
B Predicativo do Sujeito.
C Objeto Direto.
D Aposto.
E Objeto Indireto.
4 0012574 53
Todos os verões, a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de
estimação. Para lidar com a superlotação de abrigos, ONGs e associações reforçam campanhas para conscientizar a
população contra os maus-tratos aos animais. "Entre sacri car suas férias e abandonar seu bicho de estimação, as pessoas
não vão re etir, não querem nem mesmo pensar em uma solução para essa questão", a rma Jacques-Charles Fombonne,
presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPA) da França.
Se neste verão o recorde de abandono - registrado no ano anterior - não deve ser batido, os centros de acolhimento de
bichos registram superlotação desde junho. Nos albergues da SPA, há mais de 8.800 pets esperando pela adoção, um
número inédito após um aumento de 7% em relação a 2021. "Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é
um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles cam em
locais ainda mais apertados do que o normal", ressalta Fombonne.
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/franca-registra-recordede-animais-abandonados-em-abrigos-
durante-o-verao.ghtml Fonte 10 de Agosto de 2022.
Assinale a alternativa que apresente a circunstância estabelecida pelo termo em destaque no período: “Começamos o
verão com os refúgios quase lotados”.
A Dúvida.
B Afirmação.
C Modo.
D Negação.
E Intensidade.
4 0012574 4 9
A cada ano cerca de 100 mil pets são levados a abrigos na França, 60% dos casos ocorrem durante os meses de verão. O
país ocupa a primeira posição na Europa no abandono de animais de companhia.
Todos os verões, a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de
estimação. Para lidar com a superlotação de abrigos, ONGs e associações reforçam campanhas para conscientizar a
população contra os maus-tratos aos animais. "Entre sacri car suas férias e abandonar seu bicho de estimação, as pessoas
não vão re etir, não querem nem mesmo pensar em uma solução para essa questão", a rma Jacques-Charles Fombonne,
presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPA) da França.
Se neste verão o recorde de abandono - registrado no ano anterior - não deve ser batido, os centros de acolhimento de
bichos registram superlotação desde junho. Nos albergues da SPA, há mais de 8.800 pets esperando pela adoção, um
número inédito após um aumento de 7% em relação a 2021. "Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é
um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles cam em
locais ainda mais apertados do que o normal", ressalta Fombonne.
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/franca-registra-recordede-animais-abandonados-em-abrigos-
durante-o-verao.ghtml Fonte 10 de Agosto de 2022.
A pessoas.
B bichos.
C junho.
D problema.
E milhares.
4 00125594 9
A cada ano cerca de 100 mil pets são levados a abrigos na França, 60% dos casos ocorrem durante os meses de verão. O
país ocupa a primeira posição na Europa no abandono de animais de companhia.
Todos os verões, a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de
estimação. Para lidar com a superlotação de abrigos, ONGs e associações reforçam campanhas para conscientizar a
população contra os maus-tratos aos animais. "Entre sacri car suas férias e abandonar seu bicho de estimação, as pessoas
não vão re etir, não querem nem mesmo pensar em uma solução para essa questão", a rma Jacques-Charles Fombonne,
presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPA) da França.
Se neste verão o recorde de abandono - registrado no ano anterior - não deve ser batido, os centros de acolhimento de
bichos registram superlotação desde junho. Nos albergues da SPA, há mais de 8.800 pets esperando pela adoção, um
número inédito após um aumento de 7% em relação a 2021. "Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é
um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles cam em
locais ainda mais apertados do que o normal", ressalta Fombonne.
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/franca-registra-recordede-animais-abandonados-em-abrigos-
durante-o-verao.ghtml Fonte 10 de Agosto de 2022.
A trágica.
B após.
C férias.
D inédito.
E número.
4 00125594 3
A cada ano cerca de 100 mil pets são levados a abrigos na França, 60% dos casos ocorrem durante os meses de verão. O
país ocupa a primeira posição na Europa no abandono de animais de companhia.
Todos os verões, a trágica situação se repete: ao saírem de férias, milhares de franceses abandonam seus bichos de
estimação. Para lidar com a superlotação de abrigos, ONGs e associações reforçam campanhas para conscientizar a
população contra os maus-tratos aos animais. "Entre sacri car suas férias e abandonar seu bicho de estimação, as
pessoas não vão re etir, não querem nem mesmo pensar em uma solução para essa questão", a rma Jacques-Charles
Fombonne, presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPA) da França.
Se neste verão o recorde de abandono - registrado no ano anterior - não deve ser batido, os centros de acolhimento de
bichos registram superlotação desde junho. Nos albergues da SPA, há mais de 8.800 pets esperando pela adoção, um
número inédito após um aumento de 7% em relação a 2021. "Começamos o verão com os refúgios quase lotados. Isso é
um verdadeiro problema, porque somos obrigados a manter esses animais em condições que não são ideais. Eles cam em
locais ainda mais apertados do que o normal", ressalta Fombonne.
Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/08/09/franca-registra-recordede-animais-abandonados-em-abrigos-
durante-o-verao.ghtml Fonte 10 de Agosto de 2022.
A Notícia.
B Narração.
C Poesia.
D Prosa.
E Receita.
4 00125593 5
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o
processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do
planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a esse
fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de
retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à
inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas nanceiros,
perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a
expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o
futuro.
No segundo período do segundo parágrafo, o verbo “retirar-se” poderia ser substituído, mantida a correção gramatical e
os sentidos do texto, por
A tirar.
B se remover.
C retirar.
D ausentar-se.
E se recolher.
4 0012524 3 0
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o
processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do
planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a esse
fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de
retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à
inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas nanceiros,
perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a
expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o
futuro.
A oração “que, de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador”, no
segundo período do terceiro parágrafo,
A explica a expressão “a interpretação positiva”.
4 0012524 28
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o
processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do
planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a esse
fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de
retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à
inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas nanceiros,
perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a
expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o
futuro.
O sinal de dois-pontos empregado após “duas formas” (primeiro período do terceiro parágrafo do texto introduz um(a)
A citação.
B conclusão.
C diálogo.
D enumeração.
E concessão.
4 0012524 25
Questão 850 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Mudança de posição de vocábulos
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o
processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do
planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a esse
fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de
retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à
inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas nanceiros,
perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a
expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o
futuro.
Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma proposta de reescrita do trecho “E algo que é considerado de
extrema importância nesse contexto é o processo de aposentadoria” (segundo período do primeiro parágrafo). Assinale a
opção cuja proposta de reescrita mantém o sentido, a coerência e a correção gramatical do texto.
4 0012524 23
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é o
processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo do
planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a esse
fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à ideia de
retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono, à
inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
em atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas nanceiros,
perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações. Além disso, com a
expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o
futuro.
A A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados caso a expressão “inerentes a” (primeiro
período do segundo parágrafo) fosse substituído por inerentes à.
C A supressão da vírgula logo após “aposentos” (segundo período do segundo parágrafo) manteria a coesão e a
correção gramatical do texto, uma vez que, no contexto dado, seu emprego é facultativo.
D A substituição da palavra “dualidade” (primeiro período do segundo parágrafo) por ambiguidade manteria a
coesão e o sentido original do texto.
E O pronome “si” (primeiro período do segundo parágrafo) remete ao termo “dualidade”, no mesmo período.
4 0012524 21
O trabalho é considerado algo central na vida dos sujeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de vida, sendo um
mediador dos ciclos da existência dos trabalhadores. E algo que é considerado de extrema importância nesse contexto é
o processo de aposentadoria. Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de grande relevância no estudo
do planejamento de carreira.
Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentadoria” carrega em si uma dualidade de signi cados inerentes a
esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associada à
ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao abandono,
à inatividade e à finitude.
Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação positiva, que,
de forma geral, se relaciona à noção de uma conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca a aposentadoria
como uma liberdade de o indivíduo gerenciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina como preferir, investindo mais
e m atividades pessoais, sociais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez, está vinculada a problemas
nanceiros, perda de status social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou desocupação, entre outras situações.
Alé m disso, com a expectativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sentimentos de ansiedade, incertezas
e inquietações sobre o futuro.
D Com o crescimento da expectativa de vida, a aposentadoria tem sido considerada um fenômeno eminentemente
positivo.
E A carreira tornou-se, nos últimos anos, um tema de grande relevância no estudo do planejamento da
aposentadoria.
4 0012524 18
Assinale a alternativa que apresenta a correta transcrição para a voz passiva analítica do trecho “Em 2016, a Associação
Brasileira de Comunicação Pública mapeou 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter”.
A Em 2016, 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter são mapeadas pela Associação
Brasileira de Comunicação Pública.
B Em 2016, 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter mapearam pela Associação Brasileira
de Comunicação Pública.
C Em 2016, 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter serão mapeadas pela Associação
Brasileira de Comunicação Pública.
D Em 2016, 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter foram mapeadas pela Associação
Brasileira de Comunicação Pública.
E Em 2016, 32.376 menções ofensivas postadas no Facebook e no Twitter seriam mapeadas pela Associação
Brasileira de Comunicação Pública.
4 00125163 8
Questão 854 Morf ologia Classes de Palavras Classif icação dos verbos quanto à predicação transitividade
No trecho “o Instituto Marielle Franco publicou uma pesquisa inédita feita com 121 candidatas negras de 21 estados e 16
partidos”, retirado do texto, a palavra sublinhada é:
A Um verbo intransitivo.
E O núcleo do sujeito.
4 001251626
Assinale a alternativa que apresenta palavra que poderia substituir, sem prejudicar o sentido do texto, a palavra “Embora” (l.
23).
A Mesmo que.
B De acordo com.
C Por isso.
D Quando.
E Caso.
4 001251618
Assinale a alternativa que apresenta o núcleo do sujeito no trecho “A obra de Trindade analisa a dinâmica racista nas
plataformas digitais a partir de dados concretos”, retirado do texto.
A A.
B Obra.
C Trindade.
D Dinâmica.
E Plataformas.
4 001251601
A Explicação.
B Alternância.
C Concessão.
D Temporalidade.
E Conformidade.
4 001251564
Assinale a alternativa que apresenta uma palavra proparoxítona e uma oxítona, nesta ordem.
A Periféricas – violência.
B Inúmeros – também.
C Saídas – responsáveis.
D Conteúdo – jurídico.
E Inédita – ódio.
4 001251559
Considerando o trecho “Trata-se de uma prática que visa anular, desmerecer e desquali car outra pessoa ou determinados
grupos sociais”, retirado do texto, assinale a alternativa que apresenta possibilidade de reescrita que mantém o sentido
original.
A “Trata-se de uma prática que impossibilita anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados
grupos sociais”.
B “Trata-se de uma prática que confunde anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados grupos
sociais”.
C “Trata-se de uma prática que desconsidera anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados
grupos sociais”.
D “Trata-se de uma prática que tem por objetivo anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados
grupos sociais”.
E “Trata-se de uma prática que não busca anular, desmerecer e desqualificar outra pessoa ou determinados grupos
sociais”.
4 001251554
A Possíveis.
B Machismo.
C Hostilidade.
D Mulher.
E Racismo.
4 001251550
B Plataformas.
C Misoginia.
D Digitais.
E Naturalização.
4 00125154 4
No trecho “ocorrência de 63.698 publicações de discurso de ódio nas redes sociais brasileiras, sendo que um terço
delas eram direcionadas a pessoas negras”. As palavras em destaque classificam-se, respectivamente, como:
4 00125153 9
A s – s – ss
B x – ss – c
C x – ç – ss
D s–ç–c
E x–ç–c
4 001251526
Questão 864 Classif icação das vogais Acentuação Gráf ica Pref ixos
I. No trecho “Embora as agressões também ocorram no contato presencial, as redes têm a força da prolifera...ão”, retirado
do texto, a palavra sublinhada é acentuada em razão da concordância com a palavra “redes”.
II. As palavras “desqualificar” e “intolerância” apresentam prefixo.
A Apenas II.
B Apenas I e II.
C Apenas I e III.
D Apenas II e III.
E I, II e III.
4 001251519
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 10, 12 e 17.
A a – à – aos
B a – a – aos
C a – a – os
D à – a – aos
E à – à – os
4 001251513
( ) O autor do texto tem por objetivo convencer o leitor a adquirir o livro Discurso de Ódio nas Redes Sociais, escrito pelo
sociólogo Luiz Valério Trindade.
( ) Por meio de exposição de dados, o livro de Trindade revela que pessoas negras, sobretudo mulheres negras periféricas,
sofrem com o discurso de ódio.
( ) O poder das agressões que ocorrem nas redes sociais tem a ver com a possibilidade rápida de disseminação, podendo
permanecer disponível até três anos após a publicação.
( ) Uma das formas em que o discurso de ódio pode ocorrer no meio digital é através de piadas que tentam esconder
práticas preconceituosas.
A F – V – F – V.
B V – F – V – F.
C F – F – V – V.
D F – V – V – V.
E V – V – F – F.
4 001251508
A Ponto de interrogação.
B Reticências.
C Dois-pontos.
D Aspas.
E Ponto de exclamação.
4 001251500
A Amadurecer.
B Apodrecer.
C Esquentar.
D Deslealmente.
E Enfileirar.
4 00124 753 1
4 00124 753 0
A ignoto.
B ignóbil.
C ambíguo.
D lúgubre.
E mórbido.
4 00124 7529
No trecho “Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel (...) o uso do acento indicativo de crase dá-se pela mesma regra
que:
4 00124 7528
B I e II estão corretas.
4 00124 7527
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à concordância verbal, assinale a alternativa correta.
A Os problemas respiratórios estavam em alta, pois haviam muitos meses que não chovia.
B Quero ir depressa comprar as passagens, não vejo meu pai fazem muitos anos.
C Depois do depoimento de seus irmãos, que a havia incriminado, teve que se explicar.
D O clima nesta cidade é insuportável! Fazem muito sol e calor o tempo todo.
4 00124 63 3 6
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à ortografia, assinale a alternativa correta.
4 00124 63 3 3
Questão 875 Crase
Mulheres que amamentam são encorajadas _________ levarem consigo uma peça de roupa de seus lhos pois elas trazem
_________ memória as necessidades nutricionais deles.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto ao uso da crase, assinale a alternativa que preenche
correta e respectivamente as lacunas.
A a/à
B a/a
C à/à
D à/a
4 00124 63 3 1
A pesquisa revelou que enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento o oferecem
como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida apenas 34% das mães com ocupações manuais
semiespecializadas que enfrentam jornadas de trabalho de oito ou mais horas diárias conseguem oferecê-lo exclusivamente.
(www.semprefamilia.com.br. Adaptado).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta.
A A pesquisa revelou que, enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento o
oferecem como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida, apenas 34% das mães com ocupações
manuais semiespecializadas, que enfrentam jornadas de trabalho de oito ou mais horas diárias,
conseguem oferecê-lo exclusivamente.
B A pesquisa revelou que, enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento, o
oferecem como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida, apenas 34% das mães com ocupações
manuais semiespecializadas, que enfrentam jornadas de trabalho de oito ou mais horas diárias,
conseguem oferecê-lo exclusivamente.
C A pesquisa revelou que, enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento, o
oferecem como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida, apenas 34% das mães com ocupações
manuais semiespecializadas, que enfrentam jornadas de trabalho, de oito ou mais horas diárias,
conseguem oferecê-lo exclusivamente.
D A pesquisa, revelou que, enquanto 46% das mulheres que têm melhores condições para manter o aleitamento, o
oferecem como único alimento aos seus bebês até o quarto mês de vida, apenas 34% das mães com ocupações
manuais semiespecializadas, que enfrentam jornadas de trabalho de oito ou mais horas diárias,
conseguem oferecê-lo exclusivamente.
4 00124 63 27
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à acentuação, assinale a alternativa que apresenta uma
palavra que é corretamente acentuada e pela mesma regra de acentuação que a palavra “corrói”.
A Paraíso.
B Pastéis.
C Atemóia.
D Possível.
4 00124 63 22
Questão 878 Problemas da língua culta e expressões similares Morf ologia Classes de Palavras
Uma das descobertas mais importantes de uma vida dedicada ao conhecimento é tomar consciência de que nós, seres
humanos, somos limitados e que, justamente em decorrência dessa condição, precisamos produzir conhecimento junto
com os outros. É, pois, do reconhecimento dos nossos limites que nasce a busca por um saber genuíno construído em
comunidade de diálogo. Talvez o mais importante princípio ético da filosofia seja o exigente e difícil ato de humildade.
Quando eu era criança, inquietava-me ao imaginar se um dia eu teria a possibilidade de conhecer tudo. Na época não tinha
Google. Conhecer dava muito trabalho, literalmente falando.
Lembro-me do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado. A lição mais importante tirada desse generoso livro de milhares de páginas fora a de que todos os seres humanos
estão fadados ao fracasso em um dia conhecer tudo.
Nossa condição humana impõe-nos uma barreira intransponível diante de tudo. O que é bastante frustrante, visto que
ansiamos pela totalidade mesmo sabendo que jamais poderemos alcançá-la.
Nicolau de Cusa, o grande lósofo alemão do século 15, chamou a isso de douta ignorância. Isto é: saber dos limites do
nosso próprio saber. Diz ele que a douta ignorância signi ca “a condição para uma re exão antropológica radicada na
nitude e aberta à in nitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo
poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma
de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos”.
Notem a beleza das palavras: como sabemos dos nossos limites, então devemos tratar os outros como autênticos
interlocutores de uma relação do tipo eu-tu. Pois o conhecimento se constrói em comunidade de diálogos e não em
relações de poder. Meu fascínio com as enciclopédias, que hoje consigo traduzir em palavras, partia desse dado social do
conhecimento.
(www.gazetadopovo.com.br).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto às classes de palavras, assinale a alternativa que apresenta,
entre parênteses, a correta classificação da palavra destacada.
D “(...) ansiamos pela totalidade mesmo sabendo ‘que’ jamais poderemos alcançá-la”. (Conjunção)
4 00124 63 19
Questão 879 Colocação dos pronomes oblíquos átonos
Uma das descobertas mais importantes de uma vida dedicada ao conhecimento é tomar consciência de que nós, seres
humanos, somos limitados e que, justamente em decorrência dessa condição, precisamos produzir conhecimento junto
com os outros. É, pois, do reconhecimento dos nossos limites que nasce a busca por um saber genuíno construído em
comunidade de diálogo. Talvez o mais importante princípio ético da filosofia seja o exigente e difícil ato de humildade.
Quando eu era criança, inquietava-me ao imaginar se um dia eu teria a possibilidade de conhecer tudo. Na época não tinha
Google. Conhecer dava muito trabalho, literalmente falando.
Lembro-me do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado. A lição mais importante tirada desse generoso livro de milhares de páginas fora a de que todos os seres humanos
estão fadados ao fracasso em um dia conhecer tudo.
Nossa condição humana impõe-nos uma barreira intransponível diante de tudo. O que é bastante frustrante, visto que
ansiamos pela totalidade mesmo sabendo que jamais poderemos alcançá-la.
Nicolau de Cusa, o grande lósofo alemão do século 15, chamou a isso de douta ignorância. Isto é: saber dos limites do
nosso próprio saber. Diz ele que a douta ignorância signi ca “a condição para uma re exão antropológica radicada na
nitude e aberta à in nitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo
poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma
de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos”.
Notem a beleza das palavras: como sabemos dos nossos limites, então devemos tratar os outros como autênticos
interlocutores de uma relação do tipo eu-tu. Pois o conhecimento se constrói em comunidade de diálogos e não em
relações de poder. Meu fascínio com as enciclopédias, que hoje consigo traduzir em palavras, partia desse dado social do
conhecimento.
(www.gazetadopovo.com.br).
“Lembro-‘me’ do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado”.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à colocação pronominal, assinale a alternativa
que apresenta uma afirmação correta a respeito do uso do pronome oblíquo “me” destacado na frase acima.
A A frase “Me lembro do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário
Enciclopédico Ilustrado” também estaria correta.
B Não se deve iniciar frases com pronomes oblíquos átonos e, portanto, a ênclise é obrigatória nesse caso.
C A frase obrigatoriamente precisa ser corrigida para “Eu me lembro do peso e do fascínio de uma coleção da
editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico Ilustrado”.
D A ênclise é obrigatória no contexto apresentado porque o sujeito precisa vir após o verbo “lembro”.
4 00124 63 14
Uma das descobertas mais importantes de uma vida dedicada ao conhecimento é tomar consciência de que nós, seres
humanos, somos limitados e que, justamente em decorrência dessa condição, precisamos produzir conhecimento junto
com os outros. É, pois, do reconhecimento dos nossos limites que nasce a busca por um saber genuíno construído em
comunidade de diálogo. Talvez o mais importante princípio ético da filosofia seja o exigente e difícil ato de humildade.
Quando eu era criança, inquietava-me ao imaginar se um dia eu teria a possibilidade de conhecer tudo. Na época não tinha
Google. Conhecer dava muito trabalho, literalmente falando.
Lembro-me do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado. A lição mais importante tirada desse generoso livro de milhares de páginas fora a de que todos os seres humanos
estão fadados ao fracasso em um dia conhecer tudo.
Nossa condição humana impõe-nos uma barreira intransponível diante de tudo. O que é bastante frustrante, visto que
ansiamos pela totalidade mesmo sabendo que jamais poderemos alcançá-la.
Nicolau de Cusa, o grande lósofo alemão do século 15, chamou a isso de douta ignorância. Isto é: saber dos limites do
nosso próprio saber. Diz ele que a douta ignorância signi ca “a condição para uma re exão antropológica radicada na
nitude e aberta à in nitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo
poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma
de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos”.
Notem a beleza das palavras: como sabemos dos nossos limites, então devemos tratar os outros como autênticos
interlocutores de uma relação do tipo eu-tu. Pois o conhecimento se constrói em comunidade de diálogos e não em
relações de poder. Meu fascínio com as enciclopédias, que hoje consigo traduzir em palavras, partia desse dado social do
conhecimento.
(www.gazetadopovo.com.br).
“A ‘douta ignorância’ signi ca ‘a condição para uma re exão antropológica radicada na nitude e aberta à in nitude que
saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo poder do discurso, mas o que
transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma de encontro e de recíproca
vinculação ao mundo que é de todos’”.
Assinale a alternativa que apresenta um antônimo da palavra “douta” destacada no trecho acima.
A Inculta.
B Curiosa.
C Sábia.
D Trágica.
4 00124 628 2
Uma das descobertas mais importantes de uma vida dedicada ao conhecimento é tomar consciência de que nós, seres
humanos, somos limitados e que, justamente em decorrência dessa condição, precisamos produzir conhecimento junto
com os outros. É, pois, do reconhecimento dos nossos limites que nasce a busca por um saber genuíno construído em
comunidade de diálogo. Talvez o mais importante princípio ético da filosofia seja o exigente e difícil ato de humildade.
Quando eu era criança, inquietava-me ao imaginar se um dia eu teria a possibilidade de conhecer tudo. Na época não tinha
Google. Conhecer dava muito trabalho, literalmente falando.
Lembro-me do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado. A lição mais importante tirada desse generoso livro de milhares de páginas fora a de que todos os seres humanos
estão fadados ao fracasso em um dia conhecer tudo.
Nossa condição humana impõe-nos uma barreira intransponível diante de tudo. O que é bastante frustrante, visto que
ansiamos pela totalidade mesmo sabendo que jamais poderemos alcançá-la.
Nicolau de Cusa, o grande lósofo alemão do século 15, chamou a isso de douta ignorância. Isto é: saber dos limites do
nosso próprio saber. Diz ele que a douta ignorância signi ca “a condição para uma re exão antropológica radicada na
nitude e aberta à in nitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo
poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma
de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos”.
Notem a beleza das palavras: como sabemos dos nossos limites, então devemos tratar os outros como autênticos
interlocutores de uma relação do tipo eu-tu. Pois o conhecimento se constrói em comunidade de diálogos e não em
relações de poder. Meu fascínio com as enciclopédias, que hoje consigo traduzir em palavras, partia desse dado social do
conhecimento.
(www.gazetadopovo.com.br).
“A ‘douta ignorância’ signi ca ‘a condição para uma re exão antropológica radicada na nitude e aberta à in nitude que
saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo poder do discurso, mas o que
transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma de encontro e de recíproca
vinculação ao mundo que é de todos’”.
Assinale a alternativa que resume corretamente o sentido de “douta ignorância” no trecho acima.
A Significa fazer uma reflexão sobre os saberes da humanidade considerando que apenas especialistas devem
opinar sobre assuntos delicados, pois têm o poder do discurso.
B É uma reflexão baseada na infinitude de conhecimentos que podemos adquirir de um interlocutor especializado
em antropologia.
D Envolve tentar impressionar um interlocutor disposto a ouvir mostrando que se tem o poder do discurso e infinitos
conhecimentos sobre tudo.
4 00124 6274
Uma das descobertas mais importantes de uma vida dedicada ao conhecimento é tomar consciência de que nós, seres
humanos, somos limitados e que, justamente em decorrência dessa condição, precisamos produzir conhecimento junto
com os outros. É, pois, do reconhecimento dos nossos limites que nasce a busca por um saber genuíno construído
em comunidade de diálogo. Talvez o mais importante princípio ético da filosofia seja o exigente e difícil ato de humildade.
Quando eu era criança, inquietava-me ao imaginar se um dia eu teria a possibilidade de conhecer tudo. Na época não
tinha Google. Conhecer dava muito trabalho, literalmente falando.
Lembro-me do peso e do fascínio de uma coleção da editora Abril Cultural chamada Tudo – Dicionário Enciclopédico
Ilustrado. A lição mais importante tirada desse generoso livro de milhares de páginas fora a de que todos os seres humanos
estão fadados ao fracasso em um dia conhecer tudo.
Nossa condição humana impõe-nos uma barreira intransponível diante de tudo. O que é bastante frustrante, visto que
ansiamos pela totalidade mesmo sabendo que jamais poderemos alcançá-la.
Nicolau de Cusa, o grande lósofo alemão do século 15, chamou a isso de douta ignorância. Isto é: saber dos limites
do nosso próprio saber. Diz ele que a douta ignorância signi ca “a condição para uma re exão antropológica radicada na
finitude e aberta à in nitude que saiba fazer do outro não um objeto de posse ou um sujeito que nos é possível dominar pelo
poder do discurso, mas o que transforme em autêntico interlocutor de uma relação que é disposição para o ‘tu’ sob a forma
de encontro e de recíproca vinculação ao mundo que é de todos”.
Notem a beleza das palavras: como sabemos dos nossos limites, então devemos tratar os outros como
autênticos interlocutores de uma relação do tipo eu-tu. Pois o conhecimento se constrói em comunidade de diálogos e não
em relações de poder. Meu fascínio com as enciclopédias, que hoje consigo traduzir em palavras, partia desse dado social
do conhecimento.
(www.gazetadopovo.com.br).
A por causa do limite em conhecer tudo sobre todas as coisas, os seres humanos não devem questionar
os conhecimentos oferecidos por seus interlocutores.
B o fascínio que o autor sentia pelas enciclopédias se dava porque ele podia buscar o conhecimento de forma
individual e autossuficiente.
C o autor conclui que a principal lição que aprendeu com as enciclopédias é que ninguém sabe tudo e, por isso, é
necessário consultar uma enciclopédia.
D uma vez que seres humanos têm uma limitação para entender todas as coisas individualmente, o conhecimento
precisa ser construído de forma coletiva.
4 00124 6268
Em quatro das frases abaixo há polissemias intencionais, relacionadas à empresa responsável por elas; assinale a única frase
isenta de polissemia.
4 00124 58 28
Questão 884 Ordem direta Ambiguidade Clareza e correção do texto
A Querendo saber que informação tanto a mim incomodava, minha mulher, quando a ela revelei, ficou muda.
B Minha mulher ficou muda quando lhe revelei a informação que tanto me incomodava.
C Minha mulher queria saber que informação era a que me incomodava tanto. Quando eu a revelei, ficou muda.
D A informação que tanto a mim incomodava, ao ser revelada, fez com que minha mulher ficasse muda.
E Ficar muda foi a consequência de uma informação que tanto me incomodava sobre minha mulher.
4 00124 58 26
A seguir são dadas algumas citações de pessoas famosas, retiradas de um dicionário de citações, no qual estão dispostas
por temas. Assinale a citação que não se insere no tema destacado.
A O que a lagarta chama de fim do mundo, o mesmo chama de borboleta / pontos de vista.
B Quem se senta no fundo de um poço para contemplar o céu, há de achá-lo pequeno / pontos de vista.
C Homens gastam sua vida em matutar sobre o passado, em queixar-se do presente e em temer o futuro / hoje,
ontem e amanhã.
4 00124 58 24
Assinale a frase que usa o processo de reificação (considerar algo abstrato como coisa material).
4 00124 58 23
Em todas as frases abaixo, palavras de valor negativo foram substituídas por vocábulos de valor positivo.
4 00124 58 22
B ovíparos / mamíferos.
4 00124 58 20
Assinale a frase em que foi feita adequadamente a substituição do termo sublinhado por um só verbo.
4 00124 58 19
A fim de tornar um texto mais conciso, um dos processos utilizados é a substituição de uma locução por uma só palavra.
Assinale a frase abaixo em que essa substituição foi feita de forma adequada.
A pensamento sem clareza / pensamento obscuro.
4 00124 58 15
Observe a seguinte frase: “O Flamengo é, atualmente, o melhor time do Brasil, pois nenhum outro time consegue igualar-se
a ele”.
4 00124 58 13
Assinale a opção em que a frase reescrita apresenta incorreção ou modifica o sentido da frase original.
A Quando a população começa a raciocinar, tudo está perdido / Tudo está perdido quando a população começa a
raciocinar.
B Os homens tropeçam em pedras, não em montanhas / Os homens não tropeçam em montanhas, mas em pedras.
C O homem não vive só de pão, mas também não vive sem ele / O homem não vive sem o pão, mas também não
vive só dele.
D O mundo não é ruim, só é muito mal frequentado / O mundo é muito mal frequentado, só não é ruim.
E Os animais são amigos muito agradáveis, pois não fazem perguntas / Os animais não fazem perguntas, por isso
são amigos muito agradáveis.
4 00124 58 11
4 00124 5671
4 00124 5669
Questão 895 Vírgula
No trecho “Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia (..), o uso da vírgula:
A é prescindível.
E está incorretamente empregada, pois o correto seria a utilização de ponto e vírgula (;).
4 00124 5665
A animosidade.
B ironia.
C exagero.
D contingência.
E obliquidade.
4 00124 5664
B pessoas que fingem ser melhores em tudo e não reconhecem seus erros.
4 00124 5663
A Nunca o vi assim.
4 00124 564 2
4 00124 564 0
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
No trecho “sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras entusiasmadíssimas”, temos em destaque um
substantivo:
4 00124 563 9
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
No trecho “No quinto ano de sua insistência junto à loteria”, o uso da crase se dá pela mesma regra que:
4 00124 563 8
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
Em: “No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção” temos em destaque uma conjunção:
A conclusiva.
B explicativa.
C alternativa.
D aditiva.
E adversativa.
4 00124 563 7
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
Em: “Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos” temos em destaque os seguintes tempo e modo verbais:
4 00124 563 6
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
A moral da história, presente no último parágrafo do texto, é um recurso utilizado em qual tipo de texto?
A conto.
B fábula.
C crônica.
D ficção.
E parábola.
4 00124 563 5
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
A entusiasmo.
B alegria.
C descontentamento.
D ironia.
E nostalgia.
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Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
No âmbito do texto, pela leitura do trecho “no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano” entende-se que:
B as coisas estavam caras, e o dinheiro que o personagem ganhou não foi suficiente.
4 00124 563 3
Na prática, sem poder de polícia, o que um prefeito pode fazer pela segurança?
Segundo pesquisadores do tema ouvidos pela reportagem, o município pode contribuir com medidas que reduzam a
sensação de insegurança, como a conservação de praças e parques e iluminação pública em áreas mais
violentas. Pode, ainda, fechar parcerias com estados e União para ações conjuntas, além de estabelecer diretrizes de
segurança, por meio de planos, secretarias e conselhos deliberativos.
Há também a Guarda Municipal, que as prefeituras podem constituir livremente. Hoje, o papel desse efetivo na segurança
das cidades está em xeque, com projetos e leis que aproveitam brechas legais para armar os agentes e decisões judiciais
que tentam barrar tais iniciativas.
Segundo especialistas, o uso dessas autarquias em substituição à polícia seria nocivo, pois desvirtuaria suas funções
constitucionais, como o patrulhamento preventivo, a proteção do patrimônio municipal e a mediação de
conflitos no uso do espaço público.
https://www.aosfatos.org/noticias/o-que-um-prefeitopode-fazer-para-combater-violencia-na-cidade/
Com base no “O que um prefeito pode fazer para combater a violência”, analise as afirmações a seguir:
I. É certo a rmar que na oração: “o uso dessas autarquias em substituição à polícia seria nocivo, pois desvirtuaria suas
funções constitucionais.”, os verbos estão no tempo futuro do pretérito do modo indicativo que indicam consequências
líquidas e certas.
II. É certo a rmar que na oração: “... como o patrulhamento preventivo, a proteção do patrimônio municipal e a mediação
de con itos no uso do espaço público.”, os adjetivos “preventivo”, “municipal” e “público” podem ser substituídos pelas
locuções adjetivas equivalentes como “de prevenção”, “do município” e “do público” respectivamente.
4 00124 3 8 75
Na prática, sem poder de polícia, o que um prefeito pode fazer pela segurança?
Segundo pesquisadores do tema ouvidos pela reportagem, o município pode contribuir com medidas que reduzam a
sensação de insegurança, como a conservação de praças e parques e iluminação pública em áreas mais
violentas. Pode, ainda, fechar parcerias com estados e União para ações conjuntas, além de estabelecer diretrizes de
segurança, por meio de planos, secretarias e conselhos deliberativos.
Há também a Guarda Municipal, que as prefeituras podem constituir livremente. Hoje, o papel desse efetivo na segurança
das cidades está em xeque, com projetos e leis que aproveitam brechas legais para armar os agentes e decisões judiciais
que tentam barrar tais iniciativas.
Segundo especialistas, o uso dessas autarquias em substituição à polícia seria nocivo, pois desvirtuaria suas funções
constitucionais, como o patrulhamento preventivo, a proteção do patrimônio municipal e a mediação de
conflitos no uso do espaço público.
https://www.aosfatos.org/noticias/o-que-um-prefeitopode-fazer-para-combater-violencia-na-cidade/
Com base no “O que um prefeito pode fazer para combater a violência”, analise as afirmações a seguir:
I. É certo a rmar que lacunas na legislação permitem que municípios armem seus agentes de segurança, medidas que se
tornam alvos de decisões judiciais a ponto de lançar dúvidas sobre qual seria a função real da Guarda Municipal.
II. É certo a rmar que, entre as ações que a prefeitura pode implementar para coibir a violência no município,
estão: mediação de con itos, planos de prevenção e diretrizes de segurança em convênio com estados e União, melhoria
na iluminação, conservação de parques e praças, entre outras.
4 00124 3 8 67
Na prática, sem poder de polícia, o que um prefeito pode fazer pela segurança?
Segundo pesquisadores do tema ouvidos pela reportagem, o município pode contribuir com medidas que reduzam a
sensação de insegurança, como a conservação de praças e parques e iluminação pública em áreas mais
violentas. Pode, ainda, fechar parcerias com estados e União para ações conjuntas, além de estabelecer diretrizes
de segurança, por meio de planos, secretarias e conselhos deliberativos.
Há também a Guarda Municipal, que as prefeituras podem constituir livremente. Hoje, o papel desse efetivo na segurança
das cidades está em xeque, com projetos e leis que aproveitam brechas legais para armar os agentes e decisões judiciais
que tentam barrar tais iniciativas.
Segundo especialistas, o uso dessas autarquias em substituição à polícia seria nocivo, pois desvirtuaria suas funções
constitucionais, como o patrulhamento preventivo, a proteção do patrimônio municipal e a mediação de
conflitos no uso do espaço público.
https://www.aosfatos.org/noticias/o-que-um-prefeitopode-fazer-para-combater-violencia-na-cidade/
Com base no “O que um prefeito pode fazer para combater a violência”, analise as afirmações a seguir:
I. É certo a rmar que a prefeitura não pode fazer nada para combater a violência, pois não tem poder de polícia e a Guarda
Municipal que pode constituir com restrições tem muitas dificuldades para atuar na prevenção à violência.
II. É certo a rmar que os especialistas em segurança pública a rmam que não seria um desvio de nalidade para a qual foi
criada utilizar a Guarda Municipal para realizar o papel da polícia.
4 00124 3 8 61
Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, em Pernambuco, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se no local, onde
hoje se encontra a sede municipal. Logo no ano seguinte, ergueu uma igreja sob a inovação de São Caetano, com bênção
da imagem do padroeiro, em 07 de agosto de 1839, pelo vigário da cidade de Altinho.
Para manutenção do templo, doou-lhe um terreno de 800 braças, denominado Brejo do Coelho, com uma engenhoca de
cana e muitas cabeças de gado. A partir daí, desenvolveu-se a povoação em redor da igreja, de forma que, em 1844, foi
criada a Freguesia de São Caetano e instituído o distrito do mesmo nome, pertencente ao município de Bezerros.
A sede da freguesia foi transferida para a Igreja de N. Sra. das Dores, da povoação de Caruaru, elevada à categoria de
Matriz, voltando à situação anterior em 1859. A localidade foi elevada à vila em 1909, sendo que a partir de 1911 o distrito de
São Caetano passou a integrar o território do município de Caruaru, no quadro da nova divisão administrativa estadual.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de São Caetano da Raposa gura como integrado ao município
de Caruaru.
Em 11/09/1928, houve a emancipação à condição de cidade e sede do município com a denominação de São Caetano,
pela lei estadual nº 1931, mas só desmembrado de Caruaru em 01/01/1929.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-caitano/historico
I. No trecho: “Para manutenção do templo, doou-lhe um terreno de 800 braças, denominado Brejo do Coelho, com uma
engenhoca de cana e muitas cabeças de gado”, a expressão destacada introduz a ideia de condicionalidade.
II. No trecho: “A partir daí, desenvolveu-se a povoação em redor da igreja...” a expressão destacada introduz a ideia de
causalidade.
III. No trecho: “Logo no ano seguinte, ergueu uma igreja sob a inovação de São Caetano...” a expressão destacada introduz
a ideia de temporalidade.
4 00124 3 8 52
Questão 911 Morf ologia Classes de Palavras Análise sintática Funções sintáticas da palavra se
Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, em Pernambuco, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se no local, onde
hoje se encontra a sede municipal. Logo no ano seguinte, ergueu uma igreja sob a inovação de São Caetano, com bênção
da imagem do padroeiro, em 07 de agosto de 1839, pelo vigário da cidade de Altinho.
Para manutenção do templo, doou-lhe um terreno de 800 braças, denominado Brejo do Coelho, com uma engenhoca de
cana e muitas cabeças de gado. A partir daí, desenvolveu-se a povoação em redor da igreja, de forma que, em 1844, foi
criada a Freguesia de São Caetano e instituído o distrito do mesmo nome, pertencente ao município de Bezerros.
A sede da freguesia foi transferida para a Igreja de N. Sra. das Dores, da povoação de Caruaru, elevada à categoria de
Matriz, voltando à situação anterior em 1859. A localidade foi elevada à vila em 1909, sendo que a partir de 1911 o distrito de
São Caetano passou a integrar o território do município de Caruaru, no quadro da nova divisão administrativa estadual.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de São Caetano da Raposa gura como integrado ao município
de Caruaru.
Em 11/09/1928, houve a emancipação à condição de cidade e sede do município com a denominação de São Caetano,
pela lei estadual nº 1931, mas só desmembrado de Caruaru em 01/01/1929.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-caitano/historico
I. No trecho “Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, deste Estado, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se
n o local onde hoje se encontra a sede municipal”, as palavras destacadas “Bezerros”, “ senhor” e “hoje”
pertencem, respectivamente, às classes gramaticais de: substantivo próprio, pronome de tratamento e advérbio de tempo.
II. No trecho “Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, deste Estado, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se
no local onde hoje se encontra a sede municipal”, as palavras destacadas exercem as funções sintáticas, respectivamente,
de: adjunto adverbial, sujeito composto e pronome reflexivo.
III.I. No trecho “Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, deste Estado, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se
no local onde hoje se encontra a sede municipal”, as palavras destacadas exercem as funções sintáticas,
respectivamente, de: adjunto adverbial de lugar, partícula ou pronome apassivador e objeto direto.
4 00124 3 8 4 2
Em 1838, vindo da cidade dos Bezerros, em Pernambuco, o senhor José Pedro de Pontes estabeleceu-se no local, onde
hoje se encontra a sede municipal. Logo no ano seguinte, ergueu uma igreja sob a inovação de São Caetano, com bênção
da imagem do padroeiro, em 07 de agosto de 1839, pelo vigário da cidade de Altinho.
Para manutenção do templo, doou-lhe um terreno de 800 braças, denominado Brejo do Coelho, com uma engenhoca de
cana e muitas cabeças de gado. A partir daí, desenvolveu-se a povoação em redor da igreja, de forma que, em 1844, foi
criada a Freguesia de São Caetano e instituído o distrito do mesmo nome, pertencente ao município de Bezerros.
A sede da freguesia foi transferida para a Igreja de N. Sra. das Dores, da povoação de Caruaru, elevada à categoria de
Matriz, voltando à situação anterior em 1859. A localidade foi elevada à vila em 1909, sendo que a partir de 1911 o distrito de
São Caetano passou a integrar o território do município de Caruaru, no quadro da nova divisão administrativa estadual.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de São Caetano da Raposa gura como integrado ao município
de Caruaru.
Em 11/09/1928, houve a emancipação à condição de cidade e sede do município com a denominação de São Caetano,
pela lei estadual nº 1931, mas só desmembrado de Caruaru em 01/01/1929.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/sao-caitano/historico
II. É certo a rmar que, com base no Texto 2, que a povoação do atual município de São Caetano cresceu em redor
da Igreja de N. Sra. das Dores que foi elevada, em 1844, à Freguesia de São Caetano.
III.O Texto 2 permite inferir que a elevação à cidade de São Caetano ocorreu em 11/09/1928, mas só foi desmembrado do
município de Caruaru em 1929.
4 00124 3 8 29
Texto 01
Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II
O Reino Unido se prepara para a maior operação policial e de proteção de sua história. O desa o é garantir a segurança de
reis e líderes políticos mundiais na cerimônia, marcada para 19 de setembro.
O último funeral de estado do Reino Unido foi realizado há quase seis décadas, na morte de Winston Churchill, primeiro-
ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
O funeral da rainha Elizabeth II será realizado na Abadia de Westminster, em Londres, às 7h da manhã, no horário de Brasília.
Antes, o caixão vai passar por uma procissão pelas ruas da capital e cará exposto por quatro dias no Westminster Hall, o
prédio mais antigo do Parlamento britânico.
Os eventos exigirão uma ampla implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de
líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior
desde sua chegada ao trono, em 2019.
"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth,
ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.
Aldworth acrescentou que "é preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá
um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes".
Desafio é maior dessa vez
O cenário é diferente de funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e da princesa Diana em 1997. O Reino
Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres,
Manchester e outras cidades.
Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em substancial, no centro de uma classi cação
de cinco níveis que variam de baixo a crítico.
A Polícia Metropolitana de Londres já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional e para o
funeral da monarca mais longeva do Reino Unido. Patrulhas vão reforçar a segurança em lugares estratégicos, como
parques, centros de transporte e ao redor das residências reais.
O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que o plano policial mais abrangente será em Westminster,
onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.
A polícia britânica já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em
2021 em Glasglow, e os Jogos Olímpicos de Londres de 2012.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/10/reino-unidoprepara-maior-operacao-de-seguranca-da-historia-para-
funeralda-rainha-elizabeth-ii.ghtml)
I. Nesta sentença: “ /.../ é preciso de um carro, uma pessoa que faça algo abominável”, é certo afirmar que os artigos “um” e
“uma” são muito significativos, porque na sentença indeterminam o agente da ação.
II. Nesta sentença: “ /.../ é preciso de um carro, uma pessoa que faça algo abominável”, é certo a rmar que a
função sintática do “que” é de retomada, exercendo a função de sujeito.
4 00124 3 8 17
Texto 01
Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II
O Reino Unido se prepara para a maior operação policial e de proteção de sua história. O desa o é garantir a segurança de
reis e líderes políticos mundiais na cerimônia, marcada para 19 de setembro.
O último funeral de estado do Reino Unido foi realizado há quase seis décadas, na morte de Winston Churchill, primeiro-
ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
O funeral da rainha Elizabeth II será realizado na Abadia de Westminster, em Londres, às 7h da manhã, no horário de Brasília.
Antes, o caixão vai passar por uma procissão pelas ruas da capital e cará exposto por quatro dias no Westminster Hall, o
prédio mais antigo do Parlamento britânico.
Os eventos exigirão uma ampla implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de
líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior
desde sua chegada ao trono, em 2019.
"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth,
ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.
Aldworth acrescentou que "é preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá
um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes".
O cenário é diferente de funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e da princesa Diana em 1997. O Reino
Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres,
Manchester e outras cidades.
Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em substancial, no centro de uma classi cação
de cinco níveis que variam de baixo a crítico.
A Polícia Metropolitana de Londres já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional e para o
funeral da monarca mais longeva do Reino Unido. Patrulhas vão reforçar a segurança em lugares estratégicos, como
parques, centros de transporte e ao redor das residências reais.
O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que o plano policial mais abrangente será em Westminster,
onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.
A polícia britânica já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em
2021 em Glasglow, e os Jogos Olímpicos de Londres de 2012.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/10/reino-unidoprepara-maior-operacao-de-seguranca-da-historia-para-
funeralda-rainha-elizabeth-ii.ghtml)
Com base no Texto “Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II”,
analise as afirmações abaixo:
I. Da frase: “Sinal da importância desse momento histórico”, é possível inferir que tal momento histórico se refere à viagem
do imperador japonês Naruhito.
II. A polícia britânica tem experiência na gestão de grandes eventos, o que signi ca que este funeral da rainha é considerado
como mais um, dentre todos os outros eventos já realizados pelo Reino Unido.
4 00124 3 8 10
Texto 01
Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II
O Reino Unido se prepara para a maior operação policial e de proteção de sua história. O desa o é garantir a segurança de
reis e líderes políticos mundiais na cerimônia, marcada para 19 de setembro.
O último funeral de estado do Reino Unido foi realizado há quase seis décadas, na morte de Winston Churchill, primeiro-
ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
O funeral da rainha Elizabeth II será realizado na Abadia de Westminster, em Londres, às 7h da manhã, no horário de Brasília.
Antes, o caixão vai passar por uma procissão pelas ruas da capital e cará exposto por quatro dias no Westminster Hall, o
prédio mais antigo do Parlamento britânico.
Os eventos exigirão uma ampla implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de
líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior
desde sua chegada ao trono, em 2019.
"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth,
ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.
Aldworth acrescentou que "é preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá
um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes".
Desafio é maior dessa vez
O cenário é diferente de funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e da princesa Diana em 1997. O Reino
Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres,
Manchester e outras cidades.
Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em substancial, no centro de uma classi cação
de cinco níveis que variam de baixo a crítico.
A Polícia Metropolitana de Londres já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional e para o
funeral da monarca mais longeva do Reino Unido. Patrulhas vão reforçar a segurança em lugares estratégicos, como
parques, centros de transporte e ao redor das residências reais.
O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que o plano policial mais abrangente será em Westminster,
onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.
A polícia britânica já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em
2021 em Glasglow, e os Jogos Olímpicos de Londres de 2012.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/10/reino-unidoprepara-maior-operacao-de-seguranca-da-historia-para-
funeralda-rainha-elizabeth-ii.ghtml)
Com base no Texto “Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II”,
analise as afirmações abaixo:
I. “ /.../ataques de jihadistas em Londres, Manchester e outras cidades.” A palavra jihadistas é criada a partir da palavra jihad
somada ao sufixo – ista.
II. O sufixo –ista, da palavra “jihadistas”, é formador de um adjetivo e significa que alguém é adepto de algo.
III.O sufixo –ista da palavra “terrorista”, tem a função significativa de ser partidário ao terror.
4 00124 3 8 04
Texto 01
Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II
O Reino Unido se prepara para a maior operação policial e de proteção de sua história. O desa o é garantir a segurança de
reis e líderes políticos mundiais na cerimônia, marcada para 19 de setembro.
O último funeral de estado do Reino Unido foi realizado há quase seis décadas, na morte de Winston Churchill, primeiro-
ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
O funeral da rainha Elizabeth II será realizado na Abadia de Westminster, em Londres, às 7h da manhã, no horário de
Brasília. Antes, o caixão vai passar por uma procissão pelas ruas da capital e cará exposto por quatro dias no Westminster
Hall, o prédio mais antigo do Parlamento britânico.
Os eventos exigirão uma ampla implementação de medidas de segurança, especialmente na presença de centenas de
líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Sinal da importância desse momento histórico, o imperador japonês Naruhito poderá fazer sua primeira viagem ao exterior
desde sua chegada ao trono, em 2019.
"Esta será provavelmente a maior operação policial e de proteção que o Reino Unido já montou", declarou Nick Aldworth,
ex-coordenador nacional da polícia antiterrorista, ao jornal The Independent.
Aldworth acrescentou que "é preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas
interromperá um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes".
O cenário é diferente de funerais reais anteriores, como o da rainha-mãe em 2002 e da princesa Diana em 1997. O Reino
Unido foi alvo de diversos ataques terroristas na última década, incluindo uma série de ataques de jihadistas em Londres,
Manchester e outras cidades.
Os serviços de segurança do MI5 situam o atual nível de ameaça nacional em substancial, no centro de uma classificação
de cinco níveis que variam de baixo a crítico.
A Polícia Metropolitana de Londres já começou a traçar planos "bem ensaiados" para o período de luto nacional e para o
funeral da monarca mais longeva do Reino Unido. Patrulhas vão reforçar a segurança em lugares estratégicos, como
parques, centros de transporte e ao redor das residências reais.
O vice-comissário da Polícia Metropolitana, Stuart Cundy, disse que o plano policial mais abrangente será em Westminster,
onde estão localizados o Parlamento, a Abadia e o Palácio de Buckingham.
A polícia britânica já tem experiência na gestão de grandes eventos, como a conferência do clima COP26, realizada em
2021 em Glasglow, e os Jogos Olímpicos de Londres de 2012.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/09/10/reino-unidoprepara-maior-operacao-de-seguranca-da-historia-para-
funeralda-rainha-elizabeth-ii.ghtml)
Com base no Texto “Reino Unido prepara maior operação de segurança da história para funeral da rainha Elizabeth II”,
analise as afirmações abaixo:
I. A expressão “bem ensaiada”, entre aspas, signi ca que a polícia local fechou ruas e criou situações reais de perigo para o
treinamento policial.
II. Aldworth acrescentou que "é preciso apenas um carro, uma pessoa que faça algo abominável e não apenas interromperá
um evento constitucional, mas haverá feridos e mortes". Este exemplo demonstra uma preocupação de nível alto com
a segurança.
4 00124 3 799
A ética pro ssional refere-se a princípios que regem o comportamento de um trabalhador e da sua equipe no ambiente de
trabalho. São “caminhos” de como uma pessoa deve agir em relação a outras pessoas e instituições, incluindo o próprio
local onde trabalha.
Todos os integrantes de determinado time vão usar dos mesmos princípios éticos pro ssionais, mesmo que cada um
possua valores próprios. Geralmente, esses princípios são reunidos no chamado “Código de Ética Pro ssional”. Cada
profissão tem o seu próprio Código.
Há, no entanto, princípios éticos universais que se aplicam a todas as pro ssões. Como a honestidade e o respeito. Quando
você demonstra atitudes éticas dentro do seu ambiente de trabalho, um contrato de “con abilidade” é criado entre você e
os que o cercam, pois fica nítido o seu profissionalismo.
Importante ainda destacar que os códigos de ética têm como objetivo xar a forma pela qual determinada classe
deve conduzir o seu exercício pro ssional, estabelecendo deveres e valores. Em suma são “normas que servem como
padrão de conduta “.
Além disso, servem para “nortear” a sociedade sobre o que elas devem esperar e exigir de determinada pro ssão. Por
exemplo, um advogado não pode prejudicar seu cliente, um médico não pode debilitar a saúde de um paciente e um
jornalista deve prezar pelo relato da verdade, sem mentir.
Vale ressaltar que um código pro ssional não é uma lista de veri cação do certo ou errado, mas sim um guia para auxiliar na
tomada de decisão.
https://ead.pucgoias.edu.br/blog/etica-profissional
I. Após a análise do texto, é possível concluir que a ética pro ssional tem um aspecto coletivo que se sobressai diante de
aspectos individuais, o que pode ocasionar, inclusive, que para alcançar a ética pro ssional, seja preciso ir além de valores
próprios.
II. Após, a análise do texto, é possível inferir que as pro ssões podem ter códigos de éticas diferentes, porém a
honestidade e o respeito são os dois únicos princípios éticos que se aplicam a todas as profissões, pois são
princípios éticos universais.
4 00124 3 74 5
A análise histórica do surgimento das Guardas Municipais se confunde com o surgimento das demais forças policiais
brasileiras. Consta nos anais da história brasileira que a primeira força policial surgida no país foi o então denominado Corpo
de Guardas Municipais Permanentes, ocorrido no longínquo ano de 1842, no antigo município neutro da corte, que é a
cidade do Rio de Janeiro.
Sob a ótica atual, inegável que com o advento da Constituição Federal de 1988, que prevê no parágrafo oitavo do artigo
144 a possibilidade dos municípios constituírem suas Guardas Municipais, o crescimento destas corporações tomou um
considerável impulso. Mas frisa-se uma relevante quantidade de instituições que foram constituídas anteriormente a este
marco legal, com registros de criação de Guardas Municipais na primeira metade do século XX.
A relevância político-institucional das Guardas Municipais no cenário mais amplo dos órgãos e instituições do sistema de
segurança pública brasileiro adquiriu renovado status a partir da aprovação da Lei n.º 13.022, de 8 de agosto de 2014,
conhecida como Estatuto Geral das Guardas Municipais.
Até o advento desta Lei, as corporações municipais, criadas pelas legislações locais, adequaram suas atribuições ao
contexto social vivenciado, não existindo uma padronização mínima, com diferenciações desde regimes contratuais de
trabalho, cargas horárias, uniformes e insígnias distintivas, equipamentos utilizados e atribuições idem.
Esta multiplicidade, ao contrário de uma primeira análise que nos leva a considerarmos como sendo instituições
marginalizadas, demonstra que na realidade as Guardas Municipais são instituições de segurança pública diferenciadas,
adequadas, dentro de suas limitações, aos padrões e contextos locais, mantendo uma relação de proximidade mais intensa
com a comunidade, sendo por vezes até superior as demais forças policiais.
https://www.bibliotecadeseguranca.com.br/wpcontent/uploads/2021/03/marco-regulatorio-das-guardasmunicipais.pdf
Tendo por base o texto ‘A nal, como surgiram e em que contexto se inserem as guardas municipais no Brasil’, analise as
afirmativas a seguir:
I. De acordo com o texto, a relevância da história das Guardas Municipais no Brasil começa com a aprovação da Lei n.º
13.022, de 8 de agosto de 2014, conhecida como Estatuto Geral das Guardas Municipais. Antes desta lei, porém, as
corporações municipais já existiam com uma padronização dos regimes de trabalho, equipamentos e atribuições.
II. Considerando o texto acima, pode-se entender do último parágrafo que as Guardas são instituições superiores às forças
policiais. Vale destacar que a Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014, em seu artigo 2º, dispõe que incumbe às guardas
municipais, instituições de caráter civil, uniformizadas e armadas conforme previsto em lei, a função de proteção municipal
preventiva.
4 00124 3 73 3
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à concordância verbal, assinale a alternativa correta.
B “Moramos sozinhos”, respondem com naturalidade meus filhos a quem lhes perguntarem.
D Todos sabem que se tratam de questões de grande interesse tudo o que ele diz.
4 00124 3 098
A che a explicou que, __________ rigor, não seria possível escolhermos essa data, ainda que a preferíssemos ____________
determinada por eles.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto ao uso da crase, assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas.
A à / àquela
B a / aquela
C à / aquela
D a / àquela
4 00124 3 095
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à acentuação, assinale a alternativa correta.
A Ter gatos é complicado. Não paro de encontrar os pêlos deles pela casa.
B Estou com enjoo, gostaria que parássemos para descer um pouco do carro.
C Estou exausta, detesto quando as visitas vem sem avisar, é tão antipático!
4 00124 3 092
Sob potente tsunami emocional revivi lutos acumulados e buracos por décadas fragilmente acobertados
foram escancarados de uma só vez.
(www.semprefamilia.com.br. Adaptado).
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à pontuação, assinale a alternativa correta.
A Sob potente tsunami emocional, revivi lutos acumulados e buracos, por décadas fragilmente acobertados foram
escancarados de uma só vez.
B Sob potente tsunami emocional, revivi lutos acumulados e buracos por décadas fragilmente acobertados, foram
escancarados de uma só vez.
C Sob potente tsunami emocional, revivi lutos acumulados e buracos, por décadas fragilmente acobertados, foram
escancarados de uma só vez.
D Sob potente, tsunami emocional, revivi lutos acumulados e buracos, por décadas fragilmente acobertados, foram
escancarados de uma só vez.
4 00124 3 090
Os pais precisam conversar de forma ____________ para não afetar os lhos, é preciso resolver os problemas ____________
e com paciência.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à ortogra a, assinale a alternativa que
preencha corretamente as lacunas.
A assertiva / devagar
B acertiva / devagar
C acertiva / de vagar
D assertiva / de vagar
4 00124 3 08 5
Semana passada, um conhecido morreu de forma trágica, o que gerou imensa comoção e o compartilhamento de ternas
homenagens pelas redes sociais. Somos adultos, sim. Sabemos que pessoas morrem e que, com o passar do tempo,
tendem a morrer com mais frequência. Contudo, nada nos prepara para certas ausências, principalmente porque são duas,
na prática: a física e a digital.
Confesso ter di culdade para o luto online. Até hoje, não consigo desfazer amizade com duas grandes amigas. Ambas
morreram há mais de cinco anos e, é claro, eu poderia clicar na opção "deixar de seguir". Mas como encará-las como não
pessoas? Os avatares resistem e, por vezes, passeio por suas publicações. Algo me escapa entre os retratos, porém segue
sendo vínculo. Talvez últimas palavras, numa legenda feliz do Instagram.
Ao vasculhar minha caixa de e-mails, é comum que um termo da busca traga por acaso meu pai e nossa antiga troca de
mensagens. Vou relendo tudo embargada de emoção, reconhecendo seu modo de se expressar. Ao contrário das cartas,
que amarelam, o que corre pela tela é um uxo vivo de pensamento, como se conversássemos de novo a partir daquelas
linhas. Sua voz grave ecoando na minha cabeça.
Seria a vida digital, então, a verdadeira vida após a morte? A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para o
nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular: quando
o número de telefone en m muda de dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos. Mero
“invólucro” de pixels.
É por isso que tantos per s continuam no ar, feito memoriais. Deles surge toda sorte de atualizações, como votos de
saudade e feliz aniversário. Memórias datadas de "há tantos anos, neste dia". Deixo lá meus likes como se depositasse
pedrinhas no jazigo dos entes queridos. Seguem mortos, mas não desconectados da nossa realidade.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto às classes de palavras, assinale a alternativa em que a
palavra destacada tem a mesma classificação que “certas” destacada na frase acima.
4 00124 3 08 3
Questão 925 Colocação pronominal
Semana passada, um conhecido morreu de forma trágica, o que gerou imensa comoção e o compartilhamento de ternas
homenagens pelas redes sociais. Somos adultos, sim. Sabemos que pessoas morrem e que, com o passar do tempo,
tendem a morrer com mais frequência. Contudo, nada nos prepara para certas ausências, principalmente porque são duas,
na prática: a física e a digital.
Confesso ter di culdade para o luto online. Até hoje, não consigo desfazer amizade com duas grandes amigas. Ambas
morreram há mais de cinco anos e, é claro, eu poderia clicar na opção "deixar de seguir". Mas como encará-las como não
pessoas? Os avatares resistem e, por vezes, passeio por suas publicações. Algo me escapa entre os retratos, porém segue
sendo vínculo. Talvez últimas palavras, numa legenda feliz do Instagram.
Ao vasculhar minha caixa de e-mails, é comum que um termo da busca traga por acaso meu pai e nossa antiga troca de
mensagens. Vou relendo tudo embargada de emoção, reconhecendo seu modo de se expressar. Ao contrário das cartas,
que amarelam, o que corre pela tela é um uxo vivo de pensamento, como se conversássemos de novo a partir daquelas
linhas. Sua voz grave ecoando na minha cabeça.
Seria a vida digital, então, a verdadeira vida após a morte? A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para o
nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular: quando
o número de telefone en m muda de dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos. Mero
“invólucro” de pixels.
É por isso que tantos per s continuam no ar, feito memoriais. Deles surge toda sorte de atualizações, como votos de
saudade e feliz aniversário. Memórias datadas de "há tantos anos, neste dia". Deixo lá meus likes como se depositasse
pedrinhas no jazigo dos entes queridos. Seguem mortos, mas não desconectados da nossa realidade.
“Deixo lá meus likes como se depositasse ‘pedrinhas’ no jazigo dos entes queridos”.
De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e quanto à colocação pronominal, assinale a alternativa que substitui
corretamente o termo destacado.
A Deixo lá meus likes como se depositasse elas no jazigo dos entes queridos.
D Deixo lá meus likes como se lhes depositasse no jazigo dos entes queridos.
4 00124 3 075
Semana passada, um conhecido morreu de forma trágica, o que gerou imensa comoção e o compartilhamento de ternas
homenagens pelas redes sociais. Somos adultos, sim. Sabemos que pessoas morrem e que, com o passar do tempo,
tendem a morrer com mais frequência. Contudo, nada nos prepara para certas ausências, principalmente porque são duas,
na prática: a física e a digital.
Confesso ter di culdade para o luto online. Até hoje, não consigo desfazer amizade com duas grandes amigas. Ambas
morreram há mais de cinco anos e, é claro, eu poderia clicar na opção "deixar de seguir". Mas como encará-las como não
pessoas? Os avatares resistem e, por vezes, passeio por suas publicações. Algo me escapa entre os retratos, porém segue
sendo vínculo. Talvez últimas palavras, numa legenda feliz do Instagram.
Ao vasculhar minha caixa de e-mails, é comum que um termo da busca traga por acaso meu pai e nossa antiga troca de
mensagens. Vou relendo tudo embargada de emoção, reconhecendo seu modo de se expressar. Ao contrário das cartas,
que amarelam, o que corre pela tela é um uxo vivo de pensamento, como se conversássemos de novo a partir daquelas
linhas. Sua voz grave ecoando na minha cabeça.
Seria a vida digital, então, a verdadeira vida após a morte? A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para o
nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular: quando
o número de telefone en m muda de dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos. Mero
“invólucro” de pixels.
É por isso que tantos per s continuam no ar, feito memoriais. Deles surge toda sorte de atualizações, como votos de
saudade e feliz aniversário. Memórias datadas de "há tantos anos, neste dia". Deixo lá meus likes como se depositasse
pedrinhas no jazigo dos entes queridos. Seguem mortos, mas não desconectados da nossa realidade.
Assinale a alternativa que apresenta um sinônimo para a palavra “invólucro” destacada no texto.
A Revestimento.
B Ideia.
C Percepção.
D Representação.
4 00124 3 066
Semana passada, um conhecido morreu de forma trágica, o que gerou imensa comoção e o compartilhamento de ternas
homenagens pelas redes sociais. Somos adultos, sim. Sabemos que pessoas morrem e que, com o passar do tempo,
tendem a morrer com mais frequência. Contudo, nada nos prepara para certas ausências, principalmente porque são duas,
na prática: a física e a digital.
Confesso ter di culdade para o luto online. Até hoje, não consigo desfazer amizade com duas grandes amigas. Ambas
morreram há mais de cinco anos e, é claro, eu poderia clicar na opção "deixar de seguir". Mas como encará-las como não
pessoas? Os avatares resistem e, por vezes, passeio por suas publicações. Algo me escapa entre os retratos, porém segue
sendo vínculo. Talvez últimas palavras, numa legenda feliz do Instagram.
Ao vasculhar minha caixa de e-mails, é comum que um termo da busca traga por acaso meu pai e nossa antiga troca de
mensagens. Vou relendo tudo embargada de emoção, reconhecendo seu modo de se expressar. Ao contrário das cartas,
que amarelam, o que corre pela tela é um uxo vivo de pensamento, como se conversássemos de novo a partir daquelas
linhas. Sua voz grave ecoando na minha cabeça.
Seria a vida digital, então, a verdadeira vida após a morte? A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para o
nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular: quando
o número de telefone en m muda de dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos. Mero
“invólucro” de pixels.
É por isso que tantos per s continuam no ar, feito memoriais. Deles surge toda sorte de atualizações, como votos de
saudade e feliz aniversário. Memórias datadas de "há tantos anos, neste dia". Deixo lá meus likes como se depositasse
pedrinhas no jazigo dos entes queridos. Seguem mortos, mas não desconectados da nossa realidade.
“A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para o nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa
reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular: quando o número de telefone en m muda de
dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos”.
A Não sabemos para onde iremos depois da morte, porém, podemos ter certeza de que alguém irá ficar com
nosso número de telefone depois que morrermos e, quando a foto dessa nova pessoa aparecer para nossos
antigos contatos, será como uma reencarnação nossa.
B Não sabemos para onde iremos depois da morte, porém, podemos ter certeza de que as operadoras de celular
se interessam em manter os números de telefone dos falecidos ativos, ainda que nas mãos de outras pessoas,
para que os contatos antigos possam lembrar dela.
C Nós podemos escolher para onde ir depois da morte: céu, inferno ou nada, porém não podemos escolher para
quem as operadoras de celular darão nosso número de celular, assim como não podemos escolher em que
corpo reencarnaríamos.
D Nós podemos escolher para onde ir depois da morte: céu, inferno ou nada, mas sem ter certeza de que nossa
escolha será respeitada. A única certeza que temos é que alguém ficará com nosso antigo número de celular.
4 00124 3 061
Semana passada, um conhecido morreu de forma trágica, o que gerou imensa comoção e o compartilhamento de
ternas homenagens pelas redes sociais. Somos adultos, sim. Sabemos que pessoas morrem e que, com o passar do tempo,
tendem a morrer com mais frequência. Contudo, nada nos prepara para certas ausências, principalmente porque são duas,
na prática: a física e a digital.
Confesso ter di culdade para o luto online. Até hoje, não consigo desfazer amizade com duas grandes amigas.
Ambas morreram há mais de cinco anos e, é claro, eu poderia clicar na opção "deixar de seguir". Mas como encará-las
como não pessoas? Os avatares resistem e, por vezes, passeio por suas publicações. Algo me escapa entre os retratos,
porém segue sendo vínculo. Talvez últimas palavras, numa legenda feliz do Instagram.
Ao vasculhar minha caixa de e-mails, é comum que um termo da busca traga por acaso meu pai e nossa antiga troca
d e mensagens. Vou relendo tudo embargada de emoção, reconhecendo seu modo de se expressar. Ao contrário
das cartas, que amarelam, o que corre pela tela é um uxo vivo de pensamento, como se conversássemos de novo a partir
daquelas linhas. Sua voz grave ecoando na minha cabeça.
Seria a vida digital, então, a verdadeira vida após a morte? A nal, podemos ir para o céu, para o inferno, inclusive para
o nada. Certeza, mesmo, apenas a dessa reencarnação promovida não por um deus, mas pelas operadoras de celular:
quando o número de telefone en m muda de dono e nos deparamos com a foto de um estranho entre nossos contatos.
Mero “invólucro” de pixels.
É por isso que tantos per s continuam no ar, feito memoriais. Deles surge toda sorte de atualizações, como votos de
saudade e feliz aniversário. Memórias datadas de "há tantos anos, neste dia". Deixo lá meus likes como se
depositasse pedrinhas no jazigo dos entes queridos. Seguem mortos, mas não desconectados da nossa realidade.
A ele descreve um processo de tentar encontrar alternativas para lidar com o luto de pessoas com quem se
relacionava de forma digital.
B os e-mails são exatamente como as cartas e nos trazem à memória momentos especiais da vida das pessoas.
C os perfis de pessoas que já faleceram continuam online porque ninguém tem a senha para deletá-los e, assim,
viram uma espécie de memorial.
D há dois âmbitos em que marcamos presença: o físico e o digital. Quando uma pessoa morre, a física se esgota,
mas a digital pode permanecer.
4 00124 3 052
Questão 929 Derivação pref ixal Derivação suf ixal Derivação parassintética circunf ixação
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
Em: “Gosto do entardecer na praia.” a palavra em destaque tem sua formação pelo processo de:
A Derivação prefixal.
B Derivação imprópria.
C Derivação parassintética.
E Derivação sufixal.
4 00124 2070
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
4 00124 2065
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
No trecho “José fechou imediatamente a loja...”, temos em destaque um advérbio de:
A intensidade.
B tempo.
C modo.
D lugar.
E afirmação.
4 00124 2059
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
De qual forma o personagem do texto acreditava que ganharia sua independência?
B juntando dinheiro.
C ganhando na loteria.
4 00124 2056
Só e triste vivia o pobre marceneiro José dos Andrajos. Sem parentes, ele morava na sua loja humilde, trabalhando dia e
noite para ganhar o que mal e mal lhe bastava para sustentar-se (era como qualquer um).
Mesmo assim, porém, conseguia economizar cinquenta cruzeiros cada mês. No m do ano, com seiscentos cruzeiros
juntos, lá ia ele para o "Fasanelo... e nada mais", e comprava um bilhete inteiro.
Os que sabiam de sua mania riam dele, mas ele acreditava que era através da loteria e não do trabalho que iria fazer-se
independente. E assim foi.
No quinto ano de sua insistência junto à loteria ("insista, não desista."), esta lhe deu cem mil contos. Surgiram fotógrafos e
repórteres dos jornais, surgiram os amigos para participar do jantar que ele deu para comemorar sua sorte.
José fechou imediatamente a loja e, daí em diante, sua vida foi uma festa contínua. Saía em passeios de lancha pela manhã, à
tarde ia para os bares, à noite para as boates e cabarés, sempre cercado por amigos entusiasmados e senhoras
entusiasmadíssimas.
Mas, está visto, no meio de tanta efusão, o dinheiro não durou um ano. E, certo dia, vestido de novo com suas roupas
humildes, o nosso marceneiro voltou a abrir sua humilde loja para cair outra vez em seu trabalho estafante e monótono.
Tornou a economizar seus cinquenta cruzeiros por mês, aparentemente mais por hábito do que pelo desejo de voltar a tirar
a sorte grande, o que, aliás, parecia impossível.
Os conhecidos continuavam zombando dele, agora a rmando-lhe que a oportunidade não bate duas vezes (a oportunidade
só bate uma vez. Quem bate inúmeras vezes são as visitas chatas.).
No caso de nosso marceneiro, porém, ela abriu uma exceção. Pois no terceiro ano em que comprava o bilhete, novamente
foi assaltado pelos amigos e repórteres que, numa algazarra incrível, festejavam sua estupenda sorte.
Mas, desta vez, o marceneiro não cou contente como quando foi sorteado pela primeira vez. Olhou para os amigos e
jornalistas com ar triste e murmurou: "- Deus do céu; vou ter que passar por tudo aquilo outra vez!?"
MORAL: PARA MUITA GENTE DÁ UM CERTO CANSAÇO TER QUE COMPARECER À FESTA DA VIDA.
Pela leitura inicial do texto, percebe-se que o autor descreve o personagem como um homem:
A triste e azarado.
B triste e solitário.
C trabalhador e azarado.
E preguiçoso e sonhador.
4 00124 204 0
“No mundo moderno, quase tudo tem um preço. Se você quer, por exemplo, um chocolate, deve pagar o valor que o
vendedor pede. A mesma coisa acontece com os outros alimentos que você come, com a roupa que você usa, com a luz
que ilumina a sua casa à noite, com a água que você usa para tomar banho e com o telefone que você usa para conversar
com seus amigos. Como você pode ver, cada coisa tem um preço que se mede com dinheiro. E sendo o preço uma
medida comum, expressa por cédulas e moedas, pode-se comparar o valor dos diferentes bens e serviços.”
A O texto se refere à importância do preço e a sua qualidade de medida comum para a comparação de valor de
diferentes bens e serviços.
4 00123 9176
No trecho “Não deixe seu dinheiro parado, coloque seu FGTS em movimento!”, as palavras sublinhadas correspondem ao
modo
A indicativo.
B imperativo.
C subjuntivo.
D optativo.
E infinitivo.
4 00123 9159
Em “Aproveite essa oportunidade incrível que preparamos para você”, a palavra sublinhada pode ser substituída, sem que se
altere o sentido original da frase, por
A genial.
B inédita.
C terrível.
D inacreditável.
E admirável.
4 00123 9154
A A frase “FGTS no bolso, ou na bolsa?”, pela proximidade fônica das palavras, reforça uma reflexão que pode
fazer com que o cliente dos serviços do BRB Investimentos aporte o próprio dinheiro, não o deixando parado.
B As formas verbais mobilizadas na publicidade do BRB Investimentos não incentivam o possível cliente a se indagar
acerca de alternativas de investimento.
C Essa peça publicitária desobedece ao requisito da objetividade, caro à publicidade, uma vez que há excesso de
texto grafado.
D A referida peça publicitária dissuade o cliente de ler o regulamento formulado pelo BRB Investimentos.
4 00123 914 4
Questão 938 Função ref erencial inf ormativa ou denotativa Função conativa ou apelativa Função metalinguística
A O texto elucida, dirigindo-se a potenciais clientes, o histórico de surgimento e de desenvolvimento do BRB. Nele,
predomina a função apelativa da linguagem.
B As informações apresentadas no texto por meio de números e de estatísticas não servem ao propósito de
contextualização da história do BRB, apesar do predomínio da função referencial da linguagem.
C O texto explica o histórico de surgimento do BRB, contextualizando a criação, a atuação e a estrutura. Nele,
predomina a função referencial da linguagem.
D A informação no texto acerca da mudança de nome do banco é um aspecto típico da função da linguagem
denominada metalinguística.
E O texto explica o histórico de surgimento do BRB, contextualizando a criação, a atuação e a estrutura. Nele,
predomina a função apelativa da linguagem.
4 00123 9112
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se torna
ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é
até hoje idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão técnica
daquela seleção se utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que conquistou o
tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
A é transformado.
B é transformada.
C transformam-se.
D foi transformada.
E tinha se transformado.
4 00123 7063
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se torna
ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é
até hoje idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão técnica
daquela seleção se utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que conquistou o
tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
A coesão textual se dá pela omissão de um substantivo que pode ser subentendido pelo contexto no seguinte trecho:
A A competição é inerente ao próprio espetáculo. (2º parágrafo)
B A explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. (2º parágrafo)
C ... mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. (2º parágrafo)
D A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é até hoje idealizada. (1º parágrafo)
4 00123 7061
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se torna
ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é
até hoje idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão técnica
daquela seleção se utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que conquistou o
tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
A competição e luta.
B genialidade e improviso.
C sucesso e atenção.
D disciplina e espetáculo.
E mito e benefícios.
4 00123 7060
Questão 942 Conjunções subordinativas adverbiais causais Conjunções subordinativas adverbiais concessivas
Conjunções subordinativas adverbiais conf ormativas
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
Enquanto as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. (3º parágrafo)
Preservando a correção gramatical e as relações de sentido, o termo sublinhado acima pode ser substituído por:
A Apesar de.
B Conforme.
C Embora.
D Ao passo que.
E Na medida em que.
4 00123 7058
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se torna
ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é
até hoje idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão técnica
daquela seleção se utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que conquistou o
tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
Já a seleção que conquistou o tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar de “marcação forte”
e “disciplina rígida”.
A Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis.
B Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno fértil para a produção de mitos
relevantes para a comunidade.
C A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por exemplo, é até hoje idealizada como uma equipe
que não precisava treinar.
D Enquanto as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade.
E No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso.
4 00123 7056
No Brasil, genialidade e improviso aparecem como características fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto se
to rna ainda mais evidente no universo do esporte. A seleção brasileira que conquistou o tricampeonato em 1970, por
exemplo, é até hoje idealizada como uma equipe que não precisava treinar, quando sabemos que, na verdade, a comissão
técnica daquela seleção se utilizou de métodos de preparação física dos mais modernos da época. Já a seleção que
conquistou o tetracampeonato em 1994 foi criticada na mídia justamente por utilizar “marcação forte” e “disciplina rígida”.
As narrativas que retratam as trajetórias de vida dos ídolos esportivos frequentemente ressaltam características que os
transformam em heróis, mas as dos ídolos da música ou dramaturgia, por exemplo, raramente salientam estas qualidades. A
explicação para este fato reside no aspecto de luta que permeia o universo do esporte. A competição é inerente ao próprio
espetáculo.
Os estudiosos Edgar Morin e Joseph Campbell chamam a atenção para a diferença entre celebridades e heróis. Enquanto
as celebridades vivem para si, os heróis devem agir para redimir a sociedade. A saga clássica do herói fala de um ser que
parte do mundo cotidiano e se aventura a enfrentar obstáculos considerados intransponíveis, vence-os e retorna à casa,
trazendo benefícios aos seus semelhantes. Esta característica do “ídolo-herói” transforma o universo do esporte em terreno
fértil para a produção de mitos relevantes para a comunidade.
B o individualismo.
C a humildade.
D a competitividade.
E a perseverança.
4 00123 7055
Questão 945 Vírgula entre os termos da oração Vírgula entre as orações do período
Casos especiais de concordância verbal
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
A redação de um comentário sobre o assunto do texto que está gramaticalmente correta se encontra em:
A Se me proporcionam sentimentos de conforto dormir com o ventilador ligado à noite, isso em nada depende de
que outros moradores da cidade podem ou não fazer o mesmo.
B No caso estadunidense, como evidencia Robert Fogel, a linha da pobreza, hoje, ao redor de 25 mil dólares anuais
para uma família de quatro pessoas levaram os pobres do século XXI a serem considerados relativamente ricos
pelos padrões de 1890.
C Para a maior parte das pessoas, como já observou Adam Smith, a principal fruição da riqueza se dá quando elas
pensam possuir bens a que poucos tenham acesso.
D O luxo deixa de sê-lo, no seu componente oligárquico a partir do momento em que, se difundem por um grande
número de consumidores, tornando-se uma coisa comum.
E Percebe-se uma interdependência entre os anseios de consumo, pois aquilo que cada um sente que não podem
viver sem, depende também do que possui os outros ao seu redor.
4 00123 7053
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
(GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. Companhia das Letras. Edição do Kindle)
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar.
A permuta das formas verbais de “haver” por “existir” nas frases acima tem como resultado, respectivamente:
4 00123 7051
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
Sem prejuízo para o sentido, o termo sublinhado pode ser substituído pelo que se encontra entre parênteses em:
A mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que insufla (dissipa).
B Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pacífico (inquestionável).
C A gama das fantasias que nos impelem a consumir não é menor que a pletora (escassez) de artigos disponíveis no
mercado.
E A moeda escassa (plausível) nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
4 00123 704 9
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. (2º parágrafo).
A condição.
B causa.
C oposição.
D finalidade.
E comparação.
4 00123 704 8
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
O que o autor classifica como “riqueza oligárquica” (4º parágrafo) consiste no desejo de obter bens que
D permitam que aquilo que consumimos diferencie nossa imagem dos demais.
4 00123 704 6
A charada do consumo
Atacar a espiral consumista é fácil; o desa o é entender a natureza do seu poder sobre a psicologia humana. A busca por
respostas remonta ao mundo antigo. “A riqueza demandada pela natureza”, sentenciou Epicuro no século IV a.C., “é limitada
e fácil de obter; a demandada pela vã imaginação estende-se ao in nito e é difícil de obter”. A centralidade da imaginação
como mola propulsora do consumo reaparece, 2 mil anos mais tarde, na observação do crítico social inglês John Ruskin:
“Três quartos das demandas existentes no mundo são românticas; e a regulagem da bolsa é, em essência, a regulagem da
imaginação e do coração”.
O espectro dos desejos de consumo, todavia, não conhece divisões absolutas. As exigências da natureza, é certo, impõem
limites e têm de ser atendidas; mas seria ingênuo supor que nossas necessidades básicas de consumo possam ser
demarcadas por um critério rigidamente biológico: artigos de consumo de primeira necessidade hoje em dia, como
anestésicos, escovas de dente e geladeiras, eram simplesmente desconhecidos nos tempos de Epicuro.
Que o rol das coisas indispensáveis à vida cresceu na história é ponto pací co. A pergunta inicial, porém, permanece:
supridas as exigências básicas, o que move o consumo? O bombardeio de estímulos publicitários a que estamos
submetidos é, sem dúvida, parte da resposta, mas é difícil acreditar que ele tenha o dom de criar do nada os desejos que
insu a; se funciona, é porque encontra solo fértil em nossa imaginação. A gama das fantasias que nos impelem a consumir
não é menor que a pletora de artigos disponíveis no mercado.
Há, não obstante, um aspecto peculiar da nossa “vã imaginação” que remete ao nervo do consumo no mundo moderno.
Quando os meios de vida já foram obtidos, há dois tipos de riqueza que podemos demandar. Uma delas é a riqueza
democrática: são os bens cujo valor reside na satisfação direta que nos proporcionam. Coisa muito distinta, porém, é a
demanda por riqueza oligárquica: o desejo de desfrutar daquilo que nos permite “ocupar um lugar de honra na mente dos
nossos semelhantes” − os chamados “bens posicionais”. A satisfação proporcionada por esse tipo de bem depende
essencialmente do fato de que sua posse é privilégio de poucos no grupo de referência.
Daí que na contenda por bens posicionais, onde o sucesso de alguns é por de nição a exclusão da maioria, há apetites de
consumo que se estendem ao in nito (dos tênis de marca, novos gadgets e cosméticos às obras de arte). A moeda escassa
nesse jogo sisífico é a atenção respeitosa e o afeto das pessoas que nos cercam.
Defende-se no texto que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a razão para o consumo decorre, sobretudo,
A de critérios referentes a fatores fisiológicos sem os quais não pode haver bem-estar.
E de aspectos subjetivos.
4 00123 704 4
1. antítese
2. metáfora
3. metonímia
4. pleonasmo
5. prosopopeia
Coluna 2 Frases
( ) Seu corpo afundou no mar, mas sua alma subiu aos céus.
B 1•2•5•3•4
C 2•5•1•3•4
D 4•3•5•2•1
E 5•4•2•1•3
4 00123 6567
Questão 952 Regra geral Sujeito simples Concordância com o verbo haver
Considerando que silepse é a concordância que se faz com a ideia subentendida, não com a forma da palavra, assinale a
frase que representa essa figura de linguagem.
C Estamos preparados para melhor resolver bastantes problemas, sempre com muito profissionalismo e dedicação.
D Percebo que Vossa Excelência não está preocupado com o povo, mas com sua conta bancária.
E Havia pessoas suficientes para executar a manobra, mesmo assim a baleia encalhou na enseada.
4 00123 6559
A Em “Refiro-me à turma do andar de baixo, cujos líderes têm-nos causado muitos dissabores”, ocorre um
pronome relativo.
B Em “Meu livro e o do meu vizinho têm capas muito parecidas”, o termo destacado é um pronome pessoal do
caso oblíquo.
C Em “É conveniente que o advogado ficaria indignado com o resultado da perícia”, há perfeita correlação
temporal.
D Nos períodos “Acertou-lhe o carro” e “Cada vez que lhe negavam a resposta, mais raivoso ficava”, o pronome
lhe tem, em ambos, a função de adjunto adnominal.
E Os pronomes oblíquos átonos podem exercer diferentes funções sintáticas, entre as quais as de objeto direto,
objeto indireto, agente da passiva, sujeito da oração, adjunto adverbial e predicativo do sujeito.
4 00123 6553
Questão 954 Casos obrigatórios de crase Casos em que não há crase Casos especiais de crase
B Oitenta por cento dos acidentes de trânsito são devidos à inabilidade dos condutores dos veículos, quinze por
cento às deficiências nas estradas e cinco por cento a defeitos mecânicos.
C Diga à delegada que continuamos atentos à situação e, passo à passo, fiéis a missão que nos foi confiada.
D A denunciante compareceu a unidade policial e fez questão de ir à presença do escrivão, a fim de justificar-se.
A É suficiente à aferição da boa conduta, o registro na certidão carcerária, do comportamento regular do apenado,
no período de recolhimento no presídio, e a ausência de anotação de ocorrência de falta.
B O autor, juntou aos autos, que atestou que as queimaduras de segundo grau foram ocasionadas há duas semanas
pela aplicação do laser dermatológico.
C Trata-se de inquérito policial instaurado por meio de portaria a fim de investigar o crime decorrente de oposição à
intervenção policial, registrado por meio do boletim de ocorrência nº 31994-867/2022.
D Inobstante, o sobrinho, trata-se de pessoa muito agressiva, nervosa e exasperada, sendo que quando pode insulta
o idoso, e pratica violência verbal e física contra o mesmo.
E Após análise de documentação de habilitação jurídica, fiscal, financeira e técnica houve a ocorrência de
contestação por parte da empresa contestante.
4 00123 653 2
A Agora esse servidor público considera-se importante, pois recentemente sucedeu ao Chefe da Guarda Municipal.
B Neste caso, é importante que faças uma lista dos equipamentos e ferramentas que tu vais precisar para fazer o
trabalho pericial.
C No Estado de Direito, respeitar às leis é condição sine qua non do regime democrático.
D Nossas atividades obedecem, em todos os casos, o protocolo estabelecido pela Portaria nº 452/IML/2015.
E Não resta dúvida que a mudança de endereço vai implicar no aumento de demandas por novos equipamentos e
móveis.
4 00123 6523
Questão 957 Há a à
C Durante a operação policial, foi apreendida uma vultuosa quantia de reais e dólares.
D Nas eleições deste ano, diversos candidatos prometeram lutar contra a discriminação racial e religiosa.
E Chegamos ao local combinado a cerca de trinta minutos, quando lá havia apenas alguns poucos colaboradores.
4 00123 6516
Questão 958 Casos especiais de concordância verbal Concordância com o verbo haver
Concordância com o verbo f azer
A Imagino que devem haver, neste caso, ao menos três suspeitos pelo assassinato.
B No próximo mês de janeiro, farão dois anos e meio que nasceu minha filha.
C Os Estados Unidos enfrenta, no corrente ano, uma inflação bastante elevada para os padrões americanos.
D Dois terços dos candidatos inscritos no Enem neste ano de 2022 pertence à classe média baixa ou à classe
baixa.
E Não se podem nomear, após a constituição de 1988, funcionários públicos sem concurso prévio.
4 00123 6512
Texto 1
Se o crime é normal numa sociedade e sua prática pode ser encarada como útil para o aprimoramento das reações éticas e
jurídicas, é certo que o seu cometimento faz nascer para o Estado o exercício do direito de punir em nome da sociedade,
direito esse exercido por meio de processos civilizados, não como vingança privada, mas manifestação de resposta ética
do Estado, que deve punir o recalcitrante em nome da sociedade […].
Hoje, o Brasil possui um caderno recheado de cifras coloridas, desde as cinzas até as amarelas, que permite a rmar que
muitos crimes não são levados ao conhecimento dos órgãos públicos, ou porque não con am no sistema de justiça ou
porque, uma vez levados ao conhecimento dos setores o ciais, esses são incapazes de responder às necessidades do
povo, por motivos vários, como de ciência de recursos humanos, falta de logística operacional, viaturas, equipamentos de
inteligência, o que inevitavelmente acarreta descrédito do sistema de justiça.
E quando as coisas não funcionam, surgem as propostas de modi cações legislativas. E aqui todo mundo quer aparecer. O
parlamentar comparece às redes sociais e logo propõe projetos de lei para majorar penas de crimes existentes ou punir
novas condutas criminosas, um verdadeiro des le de aparições cabotinas, iniciativas que nada ou quase nada resolvem os
problemas de segurança pública no país.
Existem vários problemas de segurança pública no Brasil. Um deles, seguramente, é a morosidade de resposta do Estado
frente aos crimes praticados. Não se pode permitir que um processo por crime de homicídio demore 10 ou 15 anos para
julgamento. E quando há o julgamento, o delinquente costuma sair pela porta da frente do palácio da justiça. Isso gera
sentimento de impunidade, desconforto para os familiares das vítimas, além de levar a sociedade ao descrédito.
Aqui, torna-se necessária a citação das belas palavras do Ministro Rocco, na última reforma do processo penal na Itália: “Já
se foi o tempo em que a alvoroçada coligação de alguns poucos interessados podia frustrar as mais acertadas e urgentes
reformas legislativas”.
Mas para resolver todos os males de uma justiça demorada, em 2004, houve uma reforma do sistema de Justiça brasileira
por meio da Emenda Constitucional 45, que passou a prever, no rol dos direitos fundamentais, a razoabilidade temporal para
a conclusão dos processos na Justiça, introduzindo no artigo 5º, o inciso LXXVIII, que assegura a todos, no âmbito judicial e
administrativo, razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
“Não se pode permitir que um processo por crime de homicídio demore 10 ou 15 anos para julgamento.”
A Uma das orações é constituída por um verbo de ligação, e o seu predicado é verbo-nominal.
B O período é formado por duas orações: uma principal e outra subordinada adjetiva restritiva.
D A oração “que um processo por crime de homicídio demore 10 ou 15 anos para julgamento” inicia por conjunção
subordinativa e exerce a função de objeto indireto do verbo “permitir”.
E O vocábulo “se” é uma conjunção e, como tal, expressa uma condição da locução verbal “pode permitir”.
4 00123 64 94
Texto 1
Se o crime é normal numa sociedade e sua prática pode ser encarada como útil para o aprimoramento das reações éticas e
jurídicas, é certo que o seu cometimento faz nascer para o Estado o exercício do direito de punir em nome da sociedade,
direito esse exercido por meio de processos civilizados, não como vingança privada, mas manifestação de resposta ética
do Estado, que deve punir o recalcitrante em nome da sociedade […].
Hoje, o Brasil possui um caderno recheado de cifras coloridas, desde as cinzas até as amarelas, que permite a rmar que
muitos crimes não são levados ao conhecimento dos órgãos públicos, ou porque não con am no sistema de justiça ou
porque, uma vez levados ao conhecimento dos setores o ciais, esses são incapazes de responder às necessidades do
povo, por motivos vários, como de ciência de recursos humanos, falta de logística operacional, viaturas, equipamentos de
inteligência, o que inevitavelmente acarreta descrédito do sistema de justiça.
E quando as coisas não funcionam, surgem as propostas de modi cações legislativas. E aqui todo mundo quer aparecer. O
parlamentar comparece às redes sociais e logo propõe projetos de lei para majorar penas de crimes existentes ou punir
novas condutas criminosas, um verdadeiro des le de aparições cabotinas, iniciativas que nada ou quase nada resolvem os
problemas de segurança pública no país.
Existem vários problemas de segurança pública no Brasil. Um deles, seguramente, é a morosidade de resposta do Estado
frente aos crimes praticados. Não se pode permitir que um processo por crime de homicídio demore 10 ou 15 anos para
julgamento. E quando há o julgamento, o delinquente costuma sair pela porta da frente do palácio da justiça. Isso gera
sentimento de impunidade, desconforto para os familiares das vítimas, além de levar a sociedade ao descrédito.
Aqui, torna-se necessária a citação das belas palavras do Ministro Rocco, na última reforma do processo penal na Itália: “Já
se foi o tempo em que a alvoroçada coligação de alguns poucos interessados podia frustrar as mais acertadas e urgentes
reformas legislativas”.
Mas para resolver todos os males de uma justiça demorada, em 2004, houve uma reforma do sistema de Justiça brasileira
por meio da Emenda Constitucional 45, que passou a prever, no rol dos direitos fundamentais, a razoabilidade temporal para
a conclusão dos processos na Justiça, introduzindo no artigo 5º, o inciso LXXVIII, que assegura a todos, no âmbito judicial e
administrativo, razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
A Por que muitos crimes não são levados ao conhecimento dos órgãos públicos no Brasil?
B A reforma do processo penal na Itália serviu para fundamentar a reforma do processo penal no Brasil?
C Qual é o entrave de ordem legal que impede o Estado brasileiro de julgar os processos de homicídio com
celeridade?
D O que é considerado um prazo razoável, no artigo 5º, inciso LXXVIII, da Emenda Constitucional 45, para a
conclusão de processos na justiça?
E Há exemplos de processos judiciais que tenham demorado cerca de uma década e meia de anos para serem
julgados?
4 00123 64 90
Texto 1
Se o crime é normal numa sociedade e sua prática pode ser encarada como útil para o aprimoramento das reações éticas e
jurídicas, é certo que o seu cometimento faz nascer para o Estado o exercício do direito de punir em nome da sociedade,
direito esse exercido por meio de processos civilizados, não como vingança privada, mas manifestação de resposta
ética do Estado, que deve punir o recalcitrante em nome da sociedade […].
Hoje, o Brasil possui um caderno recheado de cifras coloridas, desde as cinzas até as amarelas, que permite a rmar que
muitos crimes não são levados ao conhecimento dos órgãos públicos, ou porque não con am no sistema de justiça ou
porque, uma vez levados ao conhecimento dos setores o ciais, esses são incapazes de responder às necessidades do
povo, por motivos vários, como de ciência de recursos humanos, falta de logística operacional, viaturas, equipamentos de
inteligência, o que inevitavelmente acarreta descrédito do sistema de justiça.
E quando as coisas não funcionam, surgem as propostas de modi cações legislativas. E aqui todo mundo quer aparecer. O
parlamentar comparece às redes sociais e logo propõe projetos de lei para majorar penas de crimes existentes ou punir
novas condutas criminosas, um verdadeiro des le de aparições cabotinas, iniciativas que nada ou quase nada resolvem
os problemas de segurança pública no país.
Existem vários problemas de segurança pública no Brasil. Um deles, seguramente, é a morosidade de resposta do Estado
frente aos crimes praticados. Não se pode permitir que um processo por crime de homicídio demore 10 ou 15 anos para
julgamento. E quando há o julgamento, o delinquente costuma sair pela porta da frente do palácio da justiça. Isso gera
sentimento de impunidade, desconforto para os familiares das vítimas, além de levar a sociedade ao descrédito.
Aqui, torna-se necessária a citação das belas palavras do Ministro Rocco, na última reforma do processo penal na Itália: “Já
se foi o tempo em que a alvoroçada coligação de alguns poucos interessados podia frustrar as mais acertadas e urgentes
reformas legislativas”.
Mas para resolver todos os males de uma justiça demorada, em 2004, houve uma reforma do sistema de Justiça brasileira
por meio da Emenda Constitucional 45, que passou a prever, no rol dos direitos fundamentais, a razoabilidade temporal para
a conclusão dos processos na Justiça, introduzindo no artigo 5º, o inciso LXXVIII, que assegura a todos, no âmbito judicial e
administrativo, razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
A A prática de crimes costuma ser vista como normal numa sociedade, pois ela leva ao aprimoramento das reações
éticas e jurídicas.
B Após a aprovação da Emenda Constitucional 45, em 2004, aumentou a confiança da sociedade na justiça
brasileira.
C O Estado brasileiro atual somente consegue punir os criminosos recalcitrantes, ou seja, aqueles que
reiteradamente afrontam a lei.
D Quando os problemas de segurança pública e justiça não se resolvem, há parlamentares que fazem propostas
para chamar a atenção e vangloriar-se.
E A rigorosa e expedita aplicação da justiça penal no Brasil faz com que os delinquentes saiam rapidamente pela
porta da frente do palácio da justiça.
4 00123 64 8 3
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
A Adiantado.
B Conservador.
C Inovador.
D Progressista.
E Vanguardista.
4 00123 4 514
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
No trecho “a eletrônica é uma mão na roda”, o autor usa o termo “mão na roda” em sentido:
A concreto.
B conotativo.
C denotativo.
D literal.
E real.
4 00123 4 509
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
No trecho “Muita gente ainda se relaciona mal com a gravação”, o termo “mal” pode ser classi cado gramaticalmente
como:
A adjetivo.
B advérbio.
C interjeição.
D preposição.
E pronome.
4 00123 4 505
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
No trecho “resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo”, o adjetivo “novo” é usado para qualificar o:
A autor do texto.
B “comodista”.
C “mudar de hábitos”.
E “temperamento”.
4 00123 4 500
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
Marque a alternativa que indica um adjetivo que poderia caracterizar a índole do autor do texto.
A Adaptável.
B Comodista.
C Infiel.
D Irritadiço.
E Novidadeiro.
4 00123 4 4 97
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de si
mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as duas
primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica dá
um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
No trecho “custei um pouco a aderir à secretária eletrônica”, o verbo “custei” poderia ser substituído, sem prejuízo ao
sentido pretendido pelo autor, por:
A “comprei”.
B “economizei”.
C “paguei”.
D “tardei”.
E “poupei”.
4 00123 4 4 90
Considere o relato a seguir, de autoria do escritor Otto Lara Resende, para responder a questão.
“Como não sou muito novidadeiro, custei um pouco a aderir à secretária eletrônica. E até hoje não tenho computador, ou
processador de texto, apesar de lidar bem com um teclado. Já experimentei e não me saí mal. Mas as mudanças vão cando
cada vez mais difíceis, com o passar do tempo. Não é só questão de idade. É também de temperamento. O comodista não
quer mudar de hábitos. E resiste ao que é melhor, mais confortável, só porque é novo. Não, não é o meu caso. Assim que se
tornou tecnicamente con ável, aderi à secretária eletrônica. Para quem não tem secretária de carne e osso e é o contínuo de
si mesmo, como é o meu caso, a eletrônica é uma mão na roda. Já estou na terceira, não porque seja in el, mas porque as
duas primeiras me abandonaram. Enguiçaram e não houve jeito de obrigá-las a voltar ao trabalho. Aliás, a secretária eletrônica
dá um bom rendimento cômico, de passagem. Mas há todo um tratado a escrever sobre essa maquininha. Ou sobre o que ela
representa no nosso dia a dia cada vez mais cercado de equipamentos eletrodomésticos. Muita gente ainda se relaciona mal
com a gravação. E xinga ou desliga. O cara custa conseguir a ligação e dá com uma gravação, aí ca uma fera”. (“Torto e
engraçado”, de Otto Lara Resende, com adaptações).
4 00123 4 4 8 6
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Em dado momento, a autora a rma que “ser alguém” é às vezes “um sacrifício, um fracasso, uma imolação”. Em relação ao
termo “imolação”, marque a alternativa que indica um de seus possíveis sinônimos.
A Aprazimento.
B Abnegação.
C Deleite.
D Oásis.
E Refrigério.
4 00123 4 4 78
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Marque a alternativa que contém um trecho, extraído do texto selecionado, que melhor resume a mensagem central que a
autora buscou transmitir.
4 00123 4 4 74
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
No trecho “o homem entregue aos seus pensamentos é dono do mundo inteiro”, o substantivo “homem” é empregado no
sentido de:
4 00123 4 4 71
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Quanto à sintaxe da oração “não lhes digo nada”, utiliza-se o pronome “lhes” porque o verbo utilizado carrega:
A reflexividade.
B irregularidade.
C impessoalidade.
D intransitividade.
E transitividade indireta.
4 00123 4 4 68
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Em relação ao gênero literário a que pertence o trecho em destaque, pode-se afirmar que se aproxima mais de:
A canção.
B crônica.
C poema.
D romance.
E teatro.
4 00123 4 4 65
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
No trecho “contam as suas esperanças de ‘ser alguém’”, a expressão “ser alguém” aparece entre aspas. Isso ocorre porque
a expressão é:
A uma gíria.
B uma citação.
C um arcaísmo.
D um neologismo.
E um estrangeirismo.
4 00123 4 4 61
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido muito,
aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e no
silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus pensamentos
é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar dos seus
sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
Em relação à oração “Abro um pacote de correspondência atrasada”, pode-se afirmar que o seu sujeito é:
A composto.
B “correspondência”.
C inexistente.
D oculto.
E indeterminado.
4 00123 4 4 60
Leia atentamente o texto a seguir, escrito por Rachel de Queiroz, para responder a questão.
“Abro um pacote de correspondência atrasada, e na grande maioria dos que me escrevem encontro pessoas que me pedem a
receita de ‘vencer’, ou me contam as suas esperanças de ‘ser alguém’. A fórmula é empregada por todos nestas mesmas
palavras, e de Mato Grosso e do Amazonas, da quieta cidade mineira ou da pequena cidade grande de São Paulo, todos eles
me dizem a mesma coisa: querem ser alguém. O que eles chamam ‘ser alguém’ é aparecer nos jornais, nas revistas, nas
estações de rádio. E ante isso eu me encolho e não lhes digo nada, e eles muitas vezes se zangam e me traduzem o seu
ressentimento em novas cartas. Ora, valha-me Deus, caríssimos! Como é que hei de responder? Já tenho respondido
muito, aqui mesmo por esta coluna, mas não custa repetir, se vocês fazem questão. É que para mim, para nós, ser ‘alguém’, no
sentido em que vocês pensam, é não ser coisa nenhuma. É um sacrifício, um fracasso, uma imolação. É ser apenas um nome
impresso, uma cara escrachada, um jingle de rádio. Conformar-se o tal ‘alguém’ à gura que arti cialmente ele ajudou o
público a criar em torno de si, encher o molde do gurino que lhe traçaram, realizar perante a plateia a personalidade que o
público deseja – e isso, naturalmente, às expensas da sua própria personalidade, dos seus próprios desejos e das suas próprias
preferências e repugnâncias. Ser alguém é não ser ninguém, é ser um boneco, uma voz, uma assinatura. Só no anonimato e
n o silêncio é que se pode ser realmente alguém. Na paz e na decência da vida particular o homem entregue aos seus
pensamentos é dono do mundo inteiro e na verdade então ele é alguém. Tudo que tem a seu redor é seu, pode usar e abusar
dos seus sonhos, das suas palavras – do presente e do futuro”. (“Ser alguém”, de Rachel de Queiroz, com adaptações).
B faz uma crítica à imagem equivocada que muitos têm sobre o que é a fama.
C julga essencial que todos busquem aparecer nos jornais, revistas e rádios.
D tinha o costume de responder, uma a uma, as cartas que recebia de seus leitores.
4 00123 4 4 56
Em se tratando de sintaxe de colocação, assinale a alternativa incorreta, sobre a colocação do pronome oblíquo.
C Isto agrada-me.
D Encontrá-la-ia, se pudesse.
4 00123 0695
4 00123 0692
Sobre substantivo, assinale (V) verdadeiro ou (F) falso e marque a alternativa correta.
( ) Os substantivos formados por um único radical são considerados simples. Exemplos: cabeça, perna, mesa, casa.
( ) Os substantivos formados por mais de um radical são considerados compostos. Exemplos: flor-de-lis, ervilha-de-cheiro.
( ) Os substantivos que não se originam de qualquer outro radical da língua são considerados primitivos. Exemplos: or,
casa, pedra.
( ) Os substantivos formados a partir de um radical preexistente são considerados derivados. Exemplos: casebre,
floricultura, pedregulho.
( ) Os substantivos abstratos são aqueles que designam os seres que têm uma existência independente, real, ou imaginária.
Exemplos: carro, casa, Margarete.
( ) Os substantivos derivados são aqueles que nomeiam conceitos como ações, estados, qualidades, sentimentos,
sensações, que não têm uma existência independente. Sua manifestação está sempre associada a um ser do qual depende a
sua existência. Exemplos: ressentimento, mágoa, rancor, saudade.
( ) Os substantivos que nomeiam seres particulares, únicos, dentre aqueles de uma mesma espécie, são chamados de
próprios. Exemplos: Brasil, Campo Grande, Benjamim.
( ) Os substantivos utilizados para nomear todos os seres de uma mesma espécie, ou conceitos abstratos, como os
sentimentos humanos, são os substantivos comuns. Exemplos: mãe, pipoca, cozinha.
A V – V – V – V – V – V – V – V.
B V – V – V – V – V – V – V – F.
C V – V – F – F – V – V – V – V.
D V – V – V – V – F – F – V – V.
4 00123 068 8
4 00123 0679
Sobre classes de palavras, relacione a coluna I com a coluna II e marque a alternativa correta.
COLUNA I.
A - Substantivo.
B - Adjetivo.
C - Pronome.
D - Artigo.
E - Advérbio.
COLUNA II.
(1) É a palavra que modifica o substantivo, exprimindo aparência, modo, qualidade, característica.
(2) É a palavra que se antepõe aos substantivos que designam seres determinados (o, a, os, as) ou indeterminados (um, uma,
uns, umas).
(4) É a expressão que designa os seres sem dar-lhes nome, nem qualidade, indicando-os apenas como pessoas do discurso.
4 00123 0676
4 00123 0670
C Podem-se acentuar, opcionalmente, fôrma (molde) para distinguir de forma (feitio, modo). Exemplo: O bolo
toma a forma da fôrma.
D Aboliram-se os acentos gráficos nos vocábulos tônicos seguintes, que se usavam para diferenciá-los
dos respectivos homógrafos átonos: pera (fruta) / pera (para, preposição arcaica); polo (ô) (falcão novo) / polo
(contração arcaica de por o = pelo); coa, coas (formas do verbo coar) / coa, coas (contração de com a, com
as).
4 00123 0663
(Fonte Google.com).
O Rodrigo não entendia porque precisava aprender matemática, já que a sua minicalculadora faria todas as contas por ele,
pelo resto da vida, e então, a professora resolveu contar uma história.
Contou a história do Supercomputador. Um dia disse a professora, todos os computadores do mundo serão uni cados num
único sistema, e o centro do sistema será em alguma cidade do Japão. Todas as casas do mundo, todos os lugares do
mundo terão terminais do Supercomputador. As pessoas usarão o Supercomputador para compras, para recados, para
reservas de avião, para consultas sentimentais. Para tudo. Ninguém mais precisará de relógios individuais, de livros ou de
calculadoras portáteis. Não precisará mais nem estudar. Tudo que alguém quiser saber sobre qualquer coisa estará na
memória do Supercomputador, ao alcance de qualquer um. Em milésimos de segundo a resposta à consulta estará na tela
mais próxima. E haverá bilhões de telas espalhadas por onde o homem estiver, desde lavatórios públicos até estações
espaciais. Bastará ao homem apertar um botão para ter a informação que quiser.
E o garoto digitará os botões apropriados e num milésimo de segundo a resposta aparecerá na tela. E então o garoto dirá:
– Mas se estiver?
– O quê?
– Contar nos dedos, como faziam os antigos. Levante dois dedos. Agora mais dois. Viu? Um, dois, três, quatro. O
computador está certo.
– Mas, pai, e 362 vezes 17? Não dá para contar nos dedos. A não ser reunindo muita gente e usando os dedos das mãos e
dos pés. Como saber se a resposta d’ele está certa? Aí o pai suspirou e disse:
– Jamais saberemos...
O Rodrigo gostou da história, mas disse que, quando ninguém mais soubesse matemática e não pudesse pôr o Computador
à prova, então não faria diferença se o Computador estava certo ou não, já que a sua resposta seria a única disponível e,
portanto, a certa, mesmo que estivesse errada, e... Aí foi a vez da professora suspirar.
A Segundo o texto, um dia, quando um filho perguntar ao pai quanto é dois mais dois, ele dirá quatro.
B O escritor mostra uma situação onde há toda uma narrativa imaginada por alguém adulto, uma professora.
C O escritor nos faz a pensar de como as crianças, muitas vezes, são astutas e inteligentes.
4 00123 0659
A recebe o acento agudo, pois é uma proparoxítona cuja sílaba tônica possui uma vogal aberta.
B recebe o acento agudo, pois é uma paroxítona cuja sílaba tônica possui uma vogal fechada.
C recebe o acento agudo, pois é uma oxítona cuja sílaba tônica possui uma vogal aberta.
D recebe o acento agudo, pois é uma proparoxítona cuja sílaba tônica possui uma vogal fechada.
4 00123 028 5
Leia a tirinha.
No primeiro quadrinho, o sinal de aspas está sendo usado para:
4 00123 028 4
A respeito da oração ― "As renomadas escritoras Elena Ferrante e Clarice Lispector são de épocas diferentes", é correto
afirmar:
A A concordância nominal está incorreta, pois o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo.
B A concordância nominal está correta, pois quando há mais de um substantivo próprio, o adjetivo deve ficar no
plural.
C A concordância verbal está correta, pois o verbo ―"são" está concordando apenas com ―"Clarice Lispector".
D A concordância verbal está incorreta, pois a palavra ―"épocas" não pode ser flexionada no plural.
4 00123 028 2
4 00123 0279
A Modo e lugar.
B Lugar e tempo.
C Causa e finalidade.
D Finalidade e tempo.
4 00123 0277
Motivo
Cecília Meireles
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
O verso ―Eu canto porque o instante existe‖ é uma oração coordenada sindética:
A Alternativa.
B Adversativa.
C Conclusiva.
D Explicativa.
4 00123 0276
Motivo
Cecília Meireles
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
A Sufixal.
B Prefixal.
C Imprópria.
D Regressiva.
4 00123 0274
Motivo
Cecília Meireles
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
No trecho ―Não sou alegre nem triste: sou poeta", os termos destacados possuem função de:
A Agente da passiva.
B Adjunto adverbial.
C Predicado.
D Aposto.
4 00123 0252
Motivo
Cecília Meireles
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
4 00123 024 9
Enquanto os deuses dormem, ou ngem dormir, as pessoas caminham. É dia de feira neste povoado perdido nos arredores
de Totonicapán e o vaivém é grande. De outras aldeias chegam mulheres carregando pacotes pelas veredas verdes. Elas se
encontram na feira, hoje aqui, amanhã acolá, neste povoado e em outro, como dentes que vão rumo à boca, e
conversando vão sabendo das novidades, lentamente, enquanto vendem, pouco a pouco, uma coisinha ou outra.
Uma velha senhora estende seu lenço no chão e ali deita sua mercadoria: defumador feito de um cacto chamado nopal,
tinturas de anil e de cochonilha, algumas pimentas bem picantes, ervas coloridas, um jarro de mel silvestre, uma boneca de
pano e um boneco de barro pintado, faixas, cordões, fitas, colares de sementes, pentes de osso, espelhinhos...
Um turista, recém-chegado à Guatemala, quer comprar tudo. Como ela não entende, ele explica com as mãos: tudo. Ela
nega com a cabeça. Ele insiste: você me diz quanto quer, eu digo quanto pago. E repete: compro tudo. Fala cada vez mais
alto. Grita. Ela, estátua sentada, se cala.
O turista, exausto, vai embora. Pensa: Este país não vai chegar a lugar nenhum. Ela vê como ele se afasta. Pensa: Minhas
coisas não querem ir embora com você.
De acordo com o 3º parágrafo do texto, é possível afirmar que as atitudes do turista e da velha senhora revelam
A intenções idênticas.
B características distintas.
C objetivos convergentes.
D propósitos semelhantes.
E posturas similares.
4 001228 4 04
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer denunciar.
Mas essa progressão da violência criminal não foi provada e o que se assiste é, ao contrário, uma paci cação progressiva
da sociedade; admitindo-se ou não, os costumes se civilizaram. O fato de a opinião pública preocupar-se com uma
crescente insegurança não tem entretanto nada a ver com o volume efetivo da criminalidade, mas sim com as normas a
partir das quais concebemos os fenômenos criminosos. Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão
habituadas a uma segurança cada vez maior, que não depende só dos números da criminalidade, mas também e até mais da
organização dos seguros e da previdência social, da homogeneidade de um espaço de livre circulação, da regulação de
múltiplos aspectos da vida através do Estado. Sobre o pano de fundo de uma segurança crescente, os comportamentos
criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional em relação ao seu volume real. No entanto, isso não
significa que a mudança das normas possa ser subestimada.
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de
períodos inteiros do passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer
denunciar. (1º parágrafo)
A adjunto adnominal.
B sujeito.
C predicativo.
D objeto indireto.
E objeto direto.
4 001228 050
Questão 996 Voz ref lexiva Classes morf ológicas da palavra se Pronomes Anaf óricos e Cataf óricos
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de
períodos inteiros do passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
O fato de a opinião pública preocupar-se com uma crescente insegurança não tem entretanto nada a ver com o volume
efetivo da criminalidade... (1º parágrafo)
A crescente insegurança.
B volume efetivo.
C opinião pública.
E criminalidade.
4 001228 03 4
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer denunciar.
Mas essa progressão da violência criminal não foi provada e o que se assiste é, ao contrário, uma paci cação progressiva
da sociedade; admitindo-se ou não, os costumes se civilizaram. O fato de a opinião pública preocupar-se com uma
crescente insegurança não tem entretanto nada a ver com o volume efetivo da criminalidade, mas sim com as normas a
partir das quais concebemos os fenômenos criminosos. Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão
habituadas a uma segurança cada vez maior, que não depende só dos números da criminalidade, mas também e até mais da
organização dos seguros e da previdência social, da homogeneidade de um espaço de livre circulação, da regulação de
múltiplos aspectos da vida através do Estado. Sobre o pano de fundo de uma segurança crescente, os comportamentos
criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional em relação ao seu volume real. No entanto, isso não
significa que a mudança das normas possa ser subestimada.
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de
períodos inteiros do passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
Dos seguintes trechos extraídos do texto, aquele cujo enunciado NÃO carrega marca da 1ª pessoa do plural é:
A Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total...
B ... mas sim com as normas a partir das quais concebemos os fenômenos criminosos.
C Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão habituadas a uma segurança cada vez maior...
4 001228 015
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer denunciar.
Mas essa progressão da violência criminal não foi provada e o que se assiste é, ao contrário, uma paci cação progressiva
da sociedade; admitindo-se ou não, os costumes se civilizaram. O fato de a opinião pública preocupar-se com uma
crescente insegurança não tem entretanto nada a ver com o volume efetivo da criminalidade, mas sim com as normas a
partir das quais concebemos os fenômenos criminosos. Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão
habituadas a uma segurança cada vez maior, que não depende só dos números da criminalidade, mas também e até mais da
organização dos seguros e da previdência social, da homogeneidade de um espaço de livre circulação, da regulação de
múltiplos aspectos da vida através do Estado. Sobre o pano de fundo de uma segurança crescente, os comportamentos
criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional em relação ao seu volume real. No entanto, isso não
significa que a mudança das normas possa ser subestimada.
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa
ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de
períodos inteiros do passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
4 001228 007
Questão 999 Voz ativa Voz passiva analítica
Apesar de as garantias fundamentais do cidadão estarem bem de nidas pela maioria das constituições democráticas, o
exercício da cidadania plena no Brasil sempre foi limitado para a maior parte da população. E poderia ter sido diferente?
Desde a Antiguidade, a constituição de um Estado nca suas raízes no sistema social. Ao largo dos ideais presentes nas
constituições, os procedimentos jurídicos e o funcionamento da lei re etem as cruéis realidades da sociedade brasileira e
não conseguem temperar as sesquipedais diferenças entre pobres e ricos. O sistema jurídico é um instrumento e um re exo
da sociedade e, portanto, da desigualdade social: o direito não se situa fora e acima da sociedade e das realidades sociais,
sem essência própria, sem lógica autônoma ou existência independente. O Estado não pode ser diferente da própria
sociedade: não é nele que se afrontam os interesses em con ito, as lutas de classe? As formas de governar dependem da
estrutura particular da sociedade, pois um governo não pode operar democraticamente num lugar onde, em diversos
períodos constitucionais, as mulheres e os analfabetos não votavam, os trabalhadores rurais e os empregados domésticos
não estavam assistidos pelos direitos sociais, um racismo estrutural predominava e os órgãos do Estado jamais renunciavam
ao arbítrio.
Nenhum regime pode ser efetivamente democrático se camadas desfavorecidas não têm acesso a direitos básicos. Ao
lado dos requisitos minimalistas de um constitucionalismo democrático – liberdade de reunião e de expressão, sufrágio
universal, eleições regulares e limpas, independência dos poderes –, a democracia requer a realização de um elenco mais
alargado de exigências. São essas o estado de direito, o devido processo da lei ou o direito a um julgamento justo e
equânime, o respeito à integridade física dos cidadãos. Essas últimas exigências, independentemente do regime político
vigente, foram atendidas na República de forma limitada.
(Adaptado de: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al. (orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001)
A São essas o estado de direito, o devido processo da lei ou o direito a um julgamento justo e equânime, o respeito à
integridade física dos cidadãos. (2º parágrafo)
B Desde a Antiguidade, a constituição de um Estado finca suas raízes no sistema social. (1º parágrafo)
C Ao largo dos ideais presentes nas constituições, os procedimentos jurídicos e o funcionamento da lei refletem as
cruéis realidades da sociedade brasileira... (1º parágrafo)
D Ao lado dos requisitos minimalistas de um constitucionalismo democrático [...], a democracia requer a realização de
um elenco mais alargado de exigências. (2º parágrafo)
E Essas últimas exigências, independentemente do regime político vigente, foram atendidas na República de forma
limitada. (2º parágrafo)
4 001227993
Questão 1000 Classif icação das conjunções Noções gerais de compreensão e interpretação de texto
Apesar de as garantias fundamentais do cidadão estarem bem de nidas pela maioria das constituições democráticas, o
exercício da cidadania plena no Brasil sempre foi limitado para a maior parte da população. E poderia ter sido diferente?
Desde a Antiguidade, a constituição de um Estado nca suas raízes no sistema social. Ao largo dos ideais presentes nas
constituições, os procedimentos jurídicos e o funcionamento da lei re etem as cruéis realidades da sociedade brasileira e
não conseguem temperar as sesquipedais diferenças entre pobres e ricos. O sistema jurídico é um instrumento e um re exo
da sociedade e, portanto, da desigualdade social: o direito não se situa fora e acima da sociedade e das realidades sociais,
sem essência própria, sem lógica autônoma ou existência independente. O Estado não pode ser diferente da própria
sociedade: não é nele que se afrontam os interesses em con ito, as lutas de classe? As formas de governar dependem da
estrutura particular da sociedade, pois um governo não pode operar democraticamente num lugar onde, em diversos
períodos constitucionais, as mulheres e os analfabetos não votavam, os trabalhadores rurais e os empregados domésticos
não estavam assistidos pelos direitos sociais, um racismo estrutural predominava e os órgãos do Estado jamais renunciavam
ao arbítrio.
Nenhum regime pode ser efetivamente democrático se camadas desfavorecidas não têm acesso a direitos básicos. Ao
lado dos requisitos minimalistas de um constitucionalismo democrático – liberdade de reunião e de expressão, sufrágio
universal, eleições regulares e limpas, independência dos poderes –, a democracia requer a realização de um elenco mais
alargado de exigências. São essas o estado de direito, o devido processo da lei ou o direito a um julgamento justo e
equânime, o respeito à integridade física dos cidadãos. Essas últimas exigências, independentemente do regime político
vigente, foram atendidas na República de forma limitada.
(Adaptado de: PINHEIRO, Paulo Sérgio et al. (orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Companhia das
Letras, 2001)
E m Apesar de as garantias fundamentais do cidadão estarem bem de nidas pela maioria das constituições democráticas,
o exercício da cidadania plena no Brasil sempre foi limitado para a maior parte da população. (1º
parágrafo), a oração sublinhada expressa, em relação à oração que a sucede, ideia de
A comparação.
B consequência.
C causa.
D concessão.
E condição.
4 00122798 6
Respostas:
1 D 2 A 3 C 4 B 5 E 6 B 7 D 8 E 9 E 10 B 11 B
12 D 13 E 14 C 15 C 16 D 17 A 18 D 19 A 20 A 21 B 22 B
23 B 24 D 25 B 26 C 27 C 28 A 29 A 30 D 31 D 32 A 33 E
34 C 35 B 36 D 37 A 38 C 39 A 40 D 41 E 42 B 43 B 44 A
45 E 46 C 47 B 48 C 49 B 50 C 51 E 52 B 53 D 54 D 55 C
56 A 57 A 58 D 59 A 60 B 61 B 62 B 63 B 64 B 65 A 66 E
67 B 68 E 69 D 70 D 71 A 72 A 73 E 74 A 75 B 76 C 77 C
78 B 79 B 80 E 81 D 82 D 83 C 84 C 85 A 86 C 87 A 88 D
89 A 90 A 91 B 92 C 93 A 94 A 95 C 96 C 97 C 98 A 99 B
100 C 101 D 102 A 103 D 104 E 105 A 106 A 107 C 108 B 109 D 110 C
111 E 112 C 113 C 114 A 115 D 116 B 117 D 118 E 119 A 120 C 121 D
122 B 123 B 124 C 125 B 126 A 127 C 128 D 129 D 130 C 131 E 132 E
133 A 134 A 135 C 136 B 137 E 138 E 139 C 140 E 141 B 142 A 143 D
144 A 145 C 146 D 147 E 148 B 149 E 150 B 151 A 152 D 153 D 154 A
144 A 145 C 146 D 147 E 148 B 149 E 150 B 151 A 152 D 153 D 154 A
155 B 156 E 157 B 158 D 159 E 160 E 161 C 162 D 163 B 164 E 165 C
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