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Autora: CREULÁVI

Título: A CARTA DE AGOSTINHO NETO.

Género: Narrativa, Contos.

Data: 09 de 2023

Dedico essa estória

A nosso herói e pai da nação

Comemorando sua memória...

17 de Setembro de 2023
CAPÍTULO I

Nos anos de 1960,dois homens foram unidos pelo espírito de liberdade e


esperança. Estavam tão cansados de serem tão maltratados.

Manuel Silva, homem de pouca lábia, original do Sul do país, cresceu nas
zonas onde nem se conhecia fontes de luz além do sol, da lua e da lâmpada
fumegante posta no meio de cada kimbo. Nessa terra, desconheciam a existência de
gás e o sal e o óleo muitas vezes eram usados com moeda de câmbio.

Naquele tempo, o Manuel Silva nem ainda era assim chamado. Conheciam-
no como Chica - Tchika - desde sua maternidade. Era muito conhecido no seu bairro,
por causa de seu irmão, o Cavita.

Tal com significa o nome, Cavita - Problema - tantos quantos problemas o


proporcionaram este nome. Seu verdadeiro nome de maternidade ninguém sabia,
mas estava escrito algures na sua cédula pessoal, mas ninguém sabe de sua
localização. Todas as ações de Cavita melodiavam sobre a música que o Umbundo
cantava sobre ele - Ovita - problema - que ganhou a alcunha de Cavita. Mas o Chica!
Esse sim dava gosto, ao contrário de seu irmão mais velho, Cavita.

Com 14 anos, Chica foi levado a cidade, coração de Lubango, os nomes de


tradição eram ofuscados por nomes que para eles era fácil de pronunciar, até
porque ainda tinham de aprender a falar ' Sr.'. Seus nomes de maternidade eram
trocados por nomes Portugueses. Eram nomes sem sentido, mas muitos gostavam
desses nomes porque queriam ser vistos e tratados como brancos.

Porém, o Chica se questionava porque ensinavam ler e escrever no tal


"Português", a língua dos brancos, e desdenhavam a língua que Deus lhes deu, o
Umbundo. Seria um melhor que o outro? A ideia dos portugueses era erradicar o
Umbundo e outras línguas nacionais, que consideravam linguagem vulgar, dos
desinstruidos. Mas, o mesmo português não começou também assim, como
linguagem vulgar na época do domínio romano?

Chica recebeu um nome após ser registado, apagou-se-lhe este seu nome nativo e
ganhou o de brancos. Era um grande encomodo para ele ouvir os clamores de todos,
pedindo liberdade da tirania, no entanto, os mesmos, se esgueiravam em grandes
esforços para adoptarem costumes e hábitos europeus. A independência significaria
deixar, ignorar e desusar qualquer coisa europeia, pois, teriam de abraçar tudo o que
lhes pertencia, suas crenças, origens, costumes, culturas e hábitos.

Manoel Silva era agora seu nome, que tempo depois, ao aprender o português, foi
levado para trabalhar em Luanda, no correios. Nos correios era um ponto ideal para
se manter atualizado sobre o que acontece no mundo afora, sobre encomendas e
produtos europeus. Seus irmãos encomendavam tudo de fora, da Europa, roupa,
bijuterias de beleza, até comidas.

Os negros resistiam às doenças, mas quem os sobrepunha aos hospitais eram as


porradas. A violência era tanta, assim como o número de mortos e de feridos, o pior
é que ninguém conseguia fugir, porque todo mundo tinha escravos, e cada escravo
tem um dono.

Os esforços para serem iguais aos brancos eram tantos, mas eram ainda mais
desvalorizados, tratados como animais. Nem roupas, nem o bom português ofuscava
a negritude de sua pele. Se esforçavam para ser o que não eram. Mas para Chica, ser
maltratado por ter costumes negros, era melhor que por tentar ser branco.

Aos 21 anos, Chiça recebeu como herança uma lavra em Catete, de um familiar de
sua mãe que saira dos Kimbos de Lubango desde a muito. Se reencontraram
enquanto levava uma encomenda no coração de Catete. A aparência apresentou os
dois, que logo conversaram sobre a família. O senhor não tinha filhos, e isso o
preocupava porque sua esposa poderia morrer se se negasse dar os bens ao colono,
agora, mesmo o senhor és ado morto, a herança da família seria preservada.
Administrador daquela área anseava pela morte do tio, mas com a aparição de
Chica, os trabalhadores da administração que planeavam dividir a maior lavra de
Catete, se morderam até ranger os dentes - após a morte do tio, Chiça herdou tudo,
ia lá todos os finais de semana, para descansar do stress dos Correios em Luanda.

CAPÍTULO DOIS

Nas conversas de Domingo, debaixo das Mulembeiras de Catete, degustava na lavra.


Sentava no Jango com os montões de seus irmãos nos de pátria. Contava histórias da
sua terra, contava os sonho de todos de Angola - cantava sobre a liberdade
libertadora, pregava sobre a libertação. Esse culto era todas as semanas, meninos e
adultos ouviam, até mesmo idosos prestavam atenção pra levar nos kimbos longes,
onde não há aí luz, só fumo e fogo nas noites frias e escuras - mas esse frio era
sentido todos os dias, toda a hora, por parte do colono.

Chica despertava neles o desejo e espírito de libertar sua Angola, enculcava a


angolanidade no seus corações. A lavra Angolana estava cansada das violentas e
constantes chuvas, cansada da seca, coitados sofriam tantas quantas pragas. Tanto
Chica como outros pregadores, preparavam o coração de Angola para o momento da
colheita. A pregação era feita em toda parte, no kimbo, nas periferias, nas esquinas
da cidade, no campo cobertos de campins, nos jangos, em todo lado. A lavra estava a
ser preparada!

Essa preparação não começou com Chica, mas até mesmo nas américas e Europa já
planavam ares do pan-africanismo, um espírito que foi arrancado de seus irmãos
levados como escravos longe de sua terra. Um espírito que gritou das américas até
aos quatro cantos da terra, um espírito que chegava em toda a parte onde havia
negros, um espírito que veio o sobre o Chica e muitos outros, que fizeram dele um
profeta e pregador da angolanidade.

Nas lavras de Catete nascia esverdeada kizaqueiras, anseavam a liberdade, mas a voz
desse espírito que era pregada nas matas e nas lavras chegava até cidades, Luanda
estava ansiosa para saber do que fofocavam os negros. Charadas eram contadas,
piadas criadas, pequenos contos, histórias e fábulas, tudo para a evocação da
angolanidade que lhes estava escondida no íntimo, a libertação de sua mãe África. O
espírito ficou tão forte!

Muitos de Catete que foram viver em Luanda, levaram juntos a torrente da


Angolanidade, do espírito de liberdade. Luanda recebia pessoas vindas de toda a
parte. Nas pequenas e grandes conversas eram trocadas ideias de libertação, Chica
não foi o único pregador desse ensino, ouviu-se relatos de pregadores vindo de
Portugal, eram homens dotados de conhecimento europeu. O plano era vencer os
colonos no jogo deles, através da diplomacia, mas isso não funcionou também. Eles
não suportavam ter que deixar suas colónias, nem deixá-los com todas aquelas
riquezas. Deixar sua colónia era como perder partes de si mesmo, por isso, os que
tentaram a diplomacia eram escurraçados.
Os Angolanos já falavam de libertação sem medo de serem encarcerados. Escondiam
Seus ideais de liberdade nas línguas, nas músicas, nas danças. Transiimitiam fortes
mensagens com simples gestos palavras, quando isso acontecia, o Chica, ou seja, o
tio Chica estava lá, ouvindo e se alegrando.

O espírito anti-colonial ganhara raízes, até mesmo alguns brancos eram a favor da
libertação. Nessa época, por volta de 1960,Chica conheceu um homem que se
tornou seu amigo.

A amizade começou quando esse homem o ajudara numa crise na rua. O homem, de
óculos e um sorriso branqueado, apresentou-se como Neto, Dr. formado em
Portugal e a favor da libertação.

CAPÍTULO TRÊS

Mesmo estando em Portugal, estudando medicina, pensava na sua terra. Procurava


formas de medicar, não só as almas, mas também o coração e espírito quebrantado
por sofrerem violações e agressões.

Quando regressa em sua terra natal, estava pronto para medicar e saturar a dorida
terra da sua mãe Angola. O espírito de de liberdade é já estava enculcada na terra, já
se falava de anti-colonial ismo e liberdade. Já chamavam a Portugal de regime.
O doctor vindo de Portugal via os filhos de Angola se trair em entre si, a exporem
todos os planos aos opressores. Os traidores estavam no seu meio, em pele de
ovelha, espiando.

O médico viu um povo frustrado, revoltado, com ideologias, estavam só a espera que
de uma oportunidade para a agirem, de um motivo. Então, quando o furúnculo dos
angolano passou ao limite, Baixa de Cassange se revolta a 4 Fevereiro, mas isso ainda
não era nada. Pois o Doctor vindo de Portugal, nootou a brecha e sinalizou seus
confrades em Luanda, sinalizou seus companheoros de batalha, de luta, seus colegas
de outros partidos estava prontos para agirem.

Então, a 4 de Fevereiro de 1961, mais de 200 homens corajosos estavam reunidos,


munidos de enxadas e catana, em plena madrugada. Entre eles estavam colegas de
Neto, Savimbi e Holden, homens sem medo. atacaram as cadeias de Luanda, mesmo
contra tiros, não recuaram, foram avante a luta.

Entre eles, estava também Chica, respeitosamente hamaddo de Man Chica, armado
com a enxada que usava nas lavras de Caucado. Orgulhou-se ao ver que o espírito
que pregava debaixo das mulembeiras dava frutos, deu seu clímax finalmente.

Muitos dos que aí estavam eram prosélitos de quem ele ensinou, até os sobas o
mato pregavam o ensino de libertação, a revolta contra o regime português. Aquela
invasão, dera início a guerra que muitos anseavam. Preferiam morrer a favor da
pátria que favores próprios.

Neto, Savimbi e Holden encontraram já um coração dos Angolanos prontos para a


colheita, graças a pregação que os analfabetos pegavam nos Matos, nos kimbos, nas
sombras da bananeira e das mulembeiras.

O espírito ante-colonial não surgiu com Neto e seus compatriotas,nm nem com
Chica, mas surgiu desde o primórdios da colonização, foi um espírito pregado até
mesmo por reis, com Ngola Kiluanji, e por rainhas, como Njinga Mbandi. Era um
espírito que o como queria apagar, prendendo que pregava, mas essa chama
brilhava em cada embrião, fumegava nos meninos destratados, explodia nos moços.

Porém, antes anseavam liderança, mas agora tinham três líderes, três lutadores.
Após o 4 de Fevereiro, o colonos intensificou a perseguição contra os Angolanos,
tudo estava mais pesado, mais duro. Os militantes se escondiam nos Matos, o medo
tomou conta de todos os brancos, que fugiam de medo. A P.I.D. e as tropas do
exército começaram com uma rusga, uma trama. Os ataques se intensifficaram
fortemente, o foco se virou na captura e neutralização dos líderes que conduziam a

CAPÍTULO QUATRO

A PSP estava atenta, qualquer sinal incomum seria motivo para morte e prisão.
Todos estavam em pânico, em estado de alerta. Os brancos temiam serem vítimas
de um dos muitos ataques negros, os negros, porém, temiam serem pegos e
açoitados brutalmente. As línguas nacionais se tornaram um crime de segurança
pública, ainda assim, nem mesmo o céu se calava, nem a lua fechava os seus ouvidos
à tirania que subjugava brutalmente aquelas pessoas. O clima estava pesado e
pesaroso, o medo governava tanto o dia como a noite, o temor se gabava de ganhar
tanta atenção e admiração das vítimas e 'supostas' vítimas.

Nisso, o governo Salazarista percebeu que a sua colonia estava dividida em três
partes. Três partes que formavam a resistência, que, apesar de serem nomeados de
rebeldes pela coroa Portuguesa, iam avante para a sua independência. O povo nativo
apoiava, alguns estrangeiros apoiavam.
Por esse tempo, parecia que o colonos estava a ganhar, que tinha dominado a
situação e posto medo. O maior ataque do colono foi a tática psicológica. Queriam
desanimar ia povos, simulavam prisões, prendiam mesmo alguns, tudo para fazer o
povo achar que não teria chance. As desvalorização humana contra eles aumentou
ainda mais, porém, algum o faziam com temor - pois temiam ser mortos por
vingança.

Durante esse tempo, as fracções decidiram planear e pegar o colonos desprevenido.


Quariam fazê-los pensar que tinham desistido, que perderam a força. Por isso,
alguns estavam escondidos na mata, dormindo nas ervas e acordando junto com o
orvalho, outros estavam nas grutas, contando sobre histórias de seus ancestrais, o
vigilante nem sequer piscava.

Então, estava a se planear um ataque, mas como informar os planos aos homens do
campo? Neto era vigiado em todo o lado, ninguém ia a mata sem autorização, do
colono, até mesmo nas lavras havia um vigia, seja colono ou negro. Eles colocaram
bufo em tudo que era lugar, principalmente onde havia reuniões de negros. Nada
era feito sem o colono saber, até mesmo a mosca era vigiada. Crianças e até
mulheres também eram coaagidos e obrigados a serem bufos.

Certa mulher, de chamada Man Jeny, estava entre o grupo que atacou os
portugueses a 4 de Fevereiro, até participou a reunião, votou a favor do ataque e,
com sua enxada, causaram danos físicos a um português. Porém, esse mesmo
português, que ficou ferido, contou aos superiores que ela, trabalhadora hábil e
escrivã da Administração, também lá estava.

E, ela foi interrogada após alguns dias. Mas foi mesmo interrogação intensa e dura -
ela ficou detida por dois dias. Sofreu maus tratos psicológicos, embora também,
levou algumas bofas do carcereiro e de alguns guardas. Ela estava tão decidida a não
dedurar, que dizia que não sabia de nada, só participara do ataque, porém, o
interrogador, chefe distrital da PID, trouxe suas filhas a administração e prometeu
que a deixaria viva para ver o regente de 100 homens abusar sexualmente delas.

O que faria ela? Já não tinha marido porque morreu quando foi injustamente
julgado e condenado a trabalhar em São Tomé e Príncipe, sendo que morreu no
caminho por ser idosos. Sua irmã fora comprada como escrava e levada ninguém
sabe onde. Seus pais morreram cansados por serem escravos do antigo
Administrador da Colónia de Luanda - ficaram tão mal que, até mesmo, um dia após
a morte dos dois, ninguém reconhecia o corpo pelas inúmeras marcas que eram
escondidas pelo tecido pesado que punham sobre a pele. Seu primeiro filho, que
teria naltura idade para lutar por Angola, foi morto porque, seu dono espancou-a
com tanta raiva que arremessou, acidentalmente, um pau de madeira no filho dela.
Sem remorso, o homem branco, Sr. Mártires de Cabral, o enterrou no curral dos
porcos.

O pior que ela era abusada sexualmente pelo seu dono de formas bruscas, violentas,
engravidara dele duas vezes e fez aborto por causa das surras diárias. Na terceira
gravidez, seu amo já estava morta, ela foi expulsa pela mulher do homem e teve
uma menina, de pele clara, cabelos longos, crespo, olhos e rosto europeus. A única
coisa negra que ela tinha era a sua mãe, o resto à europeia. Um homem, negro, mas
de bens, recebeu-a e fez dela sua concubina, dando-a mais uma filha. Está sim era
cópia da mãe, uma barriga, duas cores.

Man Jeny tinha muitos motivos para para lutar contra a tirania, já perderá muito, e
ainda perdia a cada dia. Mas, se se calasse, poderia perder suas duas filhas, veria elas
serem abusadas. Mas se ela falasse, veria sua mãe angola ser ainda mais maltratada,
morreriam mais pessoas que suas duas filhas. O pior é que após ela falar, os colonos
podiam matar as três. O que faria ela?

Não só ela, mas muitos outros se depararam com situações idênticas, todos tiveram
escolher. Man Jeny pensou muito, lembrou o que aprendeu com Chika lá nas lavras
de Catete. Enquanto sofria às mãos daquele colono mau, Chika dizia que ela seria o
"cataclismo da libertação se não se rendesse ao colono". Quando perdeu suas duas
gravidez, seus filhos, Chika a disse que não foi ela que perdeu, mas foi a mãe Angola,
a mãe África. " A nossa mãe perde filhos todos os dias, vê sofrimento e clamor de
seus filhos a todo lado, chora a cada morte", disse Chika. Essas palavras fizeram ela
concluir que suas filhas poderiam ser o motivo da glória ou o motivo da desonra.

Os colonos queria saber quem promoveu aquela rebelião, onde estava e com quem.
A Man Jeny conhecia muito bem ele, o Viriato da Cruz, homem corajoso e promoveu
o evento estando nas sombras.
Então, após sorrir, Man Jeny escolhe não falar nada. Prefere a desonra de suas filhas,
trocou a vida delas por sua mãe angola. No entanto, os brancos na sala se riram dela,
fizeram de tudo para a tentar persuadir, mas nada.

— " Sacrificas as tuas filhas por causa de rebeldes que se calhar não fariam o mesmo
por ti?" —a esfregavam na cara, com desdém.

Porém, no seu intimo, elas sabia e dizia a si mesma: " Faço, não pelos meus
compatriotas, mas por minha Pátria, minha Angola".

Dias depois, quando foi solta, descobriu que era apenas um bluff. Era tudo uma
tática, uma mentira. Suas filhas estavam seguras com seu compadre e amigo Viriato
da Cruz.

Então, para escapar aos bufos, Chika foi enviado para resolver um problema num
dos kimbos - pela sua dimanica personalidade. Nessa época, Chika se encontrou com
um homem memorável, que na verdade era alguém que ele já conhecia.

CAPÍTULO CINCO

Naquela época, os mensageiros eram conhecidos graças aos bufos. Por isso, eles
eram vigiados a todos instante, e sempre que tentavam fazer algo estranho ou
incomum, eram neutralizados. De Luanda, precisava-se de alguém para dar a carta
branca sobre o evento. Porque agora? Neto pensou bem antes de dar a carta branca
à seus compatriotas.

No ano anterior, 1960, dois camponeses que antes estavam em Quinsassa e que
tinham sido influenciados por organizações como ABAKO, PSA e UPA, e que tinham
participado de motins em Quinshassa, decidiram fazer uma forte propaganda em sua
terra, Malanje, e motivar seus irmãos a lutaremos pelos seus direitos como
trabalhadores.

Através da rádio, esses dois homens, António Mariano e Quinguiri Culaxingo,


lançaram um vendaval de informações sobre afim de atingir o objetivo de levar os
malanjinos a greve.
Assim, na Baixa de Cassange, Mariano o usou sua influência como líder sindical e
Profeta Quimbanguista, para dar mais força à seus ideias. Sendo que Quinguiri
Culaxingo usou sua influência como sindicalista e soba para atiçar a angolanidade
aos Angolanos medida que o tempo passava, já depois de Outro de 1960, todos os
que eram maltratados, sem salário, frustrados, aderiram a greve, que teve seu auge
mais alto em Janeiro de 1961, no dia 4, com a Baixa de Cassange se rebelando contra
a coroa portuguesa. A influência do movimento grevista era tanto que até o
Governador de Malanje se sentiu obrigado a evacuar as mulheres e crianças brancas
dolocal.

Em meia essa tensão, a notícia se espalhou, não demorou a chegar ao norte e a sul,
ainda mais porque os portugueses não conseguiam erradicar aquele movimento que
agora estava sob lideranças mais fortes, como o Soba Teca-Dia-Quinda, Rosário
Neto, naltura vice-presidente das UPA e de João César Correia, além dos dois que a
iniciaram, António Mariano e Quinguiri Culaxingo.

O povo todo estava revoltado, sentiam uma forte dor no peito ao se aperceberem
que seus irmãos eram mortos, perseguidos e atacados por granadas. A colonização é
racismo já eram dolorosos demais, porém, agora com o ataque a seus irmãos que
lutavam por justa causa, a vasilha chegou aos eu limite. O povo queria fazer algo,
mas não sabia o que fazer, precisam que alguém os orientasse.

Foi então que Neto, após saber que podia contar com a ajuda de Man Chica, deu a
carta branca, com os detalhes para o ataque. Não só era Neto que planeou um
ataque, porque a fracção do Norte, de Holden, planeava o mesmo, sendo que pelas
notícias cochichadas, as informações forma confundidas e os dois grupos se
juntaram.

Chica, respeitado por todos, até mesmo pelos portugueses, pelos cabelos grisalhos e
cabelos branqueado, estaria longe de ser desconfiado. Porque os guardas
portugueses o consideravam " homem de palavra que nasceu no lugar errado e de
origens deploráveis". O Chica viajou a vontade, até porque era conhecido por
trabalhar nos correios e pela sua boa prestação, também conhecido como "o
fazendeiro negro de Catete".
Então, no lugar de costume para as tropas de opositores, foi dada a carta branca, a
data e a hora. Sem justificação, sem explicação. Então, Man Chica man Chica, após
informar, regressou a Luanda e aguardou pelo dia marcado.

Porém, a carta branca foi dada sem os dois se encontrarem, ninguém fazia ideia
quem o outro era, Man Chica nem perguntou o nome do partido, porque o mais
importante para ele não era pertencer a um grupo, mas libertar sua mãe Angola de
forma unida, por uma só pátria.

E aquela carta branca foi o suficiente para o início de um evento que marcou a
Angola que conhecemos hoje.

CAPÍTULO SEIS

Estava um dia longe de ser calmo, pois a turbulência não se escondera no medo de
todos, até o branco estava medonho, pois temiam ser atacados assim com os
brancos de Malanje foram.

Dias antes, ouvia-se rumores, corriam como o vento. Tinha muitas fontes, até
mesmo alguns trabalhadores ouviram isso na casa de seus patrões. Rumores que
Neto teve de investigar e averiguar se eram fiável, e, usando o que aprendeu sobre
persuasão na sua formação em medicina, conseguiu descobrir tudo. A PIDE,
tencionava enviar os presos políticos para fora do país, afim de desimar o desejo dos
pretos de lutar por independência. Aqueles presos, pareciam ser a força motriz das
revoltas e resmungou fortes dos negros. Até mesmo os patrões comiam e dormiam
com desconfiava de serem atacados por seus trabalhadores negros.
O povo já estava saturado devido a seu líder, que fora preso e levado fora de Angola.
Apesar de estar longe, ainda dava ideias e orientações através de vários meios
discretos, tanto é que até à PIDE não pôde interceptar. Mantinha seus irmãos
informados sobre a batalha no mundo internacional contra o regime português, o
que influenciava dentro de Angola. Se Neto, já fora preso e levado para longe afim
de apagar a chama, porque deixariam eles isso acontecer de novo? Quando Neto
fora preso, houve revolta, mas a Polícia desfez logo e todos temeram pela vida. Mas
agora, o povo estava diferente, estavãomais fortes graças a pregação e possessão de
espíritos dos antepassados que os atiçava a luta. Até Neto sentia isso ao longe, e sua
carta branca aos líderes que ia revoltar, dava toda a força e coragem para não
desistirem, Neto garantiu que procurava apoio internacional para os ajudar em
qualquer coisa.. Certamente, Neto conseguiu apoio, não só para si, mas também
para seus irmãos.

Neto sabia que haveria uma massa grande de jornalistas internacionais em Luanda, e
na sua carta branca, orientou que aquele era o momento certo para a luta, porque a
revolta se ia espalhar por toda terra, baixaria a moral portuguesa e serviria de
incentivo para outras colónias se revoltarem, deixaria Portugal emaranhada em
várias guerras, o que influenciaria na sua derrota. Então, aquele dia e aquela hora,
era ideal e apropriada.

Na 7ª. Esquadra de umas das prisões de Luanda, ouvia-se um canto de fora dos
muros. Não era uma música de vitória, nem de alegria, não se podia confundir
aquele som com nada. Os vigias tremiam de medo, soavam litros de suor mesmo
debaixo de um clima denso devido ao clima de chuva. Pareciam estar a jorrar
sangue, mesmo armados e ameaçando disparar, a turba munidas de enxadas e
catanas gritavam fortemente. Apesar de terem canhões contra si, não exitavam,
estavam revoltados por seus irmãos presos injustamente.

Os brancos ao redor procuravam chão, porque quando os angolanos se revoltavam,


destruiam tudo pela frente, e aí de um branco a sua frente, porque levava surra.
Houve sempre feridos ou mortos. A raiva era tanta que só olhar era inevitável.

O pior para os Portugueses, não foi a revolta, mas foi a humilhação que passariam ao
mundo ler aquelas notícias :
" ANGOLANOS, DA COLÓNIA PORTUGUESA EM ÁFRICA, DE REVOLTARAM COM
ENXADA E CATANAS E DERROTARAM PORTUGUESES OS PORTUGUESES ARMADOS
ATÉ AOS DENTES! "

No dia seguinte, 4 de Fevereiro, os portugueses mortos foram enterrados em funeral


único e os jornalistas internacionais reportaram tudo isso. Nesse dia, os negros
angolanos, desapareceram das ruas, estavam tramados nas suas casas. E ficou
marcado como o início de uma guerra que ainda estava por vir. O Neto travava a
guerra no teor internacional, alargando apoios e buscando apoio através de jornais e
contactos com altas patentes no mundo internacional, já no território angolano, seus
irmãos travavam uma sangrenta guerra contra as armas portuguesas.

Mas, todos estavam lutando!

As cartas de Neto não paravam, e os espiões Angolanos iam e vinham sempre,


mantendo Neto a par de tudo.

CAPÍTULO SETE

Icolo e Bengo chorava de dor, pois seu filho estava preso, sendo levado de um lado
para o outro.

Havia uma guerra no cenário internacional, pois Neto, também escritor e poeta, está
aclamado pela sua coragem em lutar contra um império colonialista. Deixou seu
medo para trás, até mesmo o medo de perder sua família não tomou conta de si,
pois sabia que sua mãe Angola estava acima de qualquer dor, porque por mais que
sofria, o amor por sua pátria falava mais alto. Não desistia. O Governo Português o
chamava "teimoso", mas, para seus irmãos, era persistente e filho de sua mãe.

Já em Angola, antes uma província marítima, o temor pelos brancos já não tinha
lugar, várias tentativas de desimar os movimentos de Libertação saíram-lhes pela
colatra. Havia medo entre os portugueses, principalmente quando Holden Roberto,
com apoio de Kinshasa, conduziu uma revolta a várias propriedade administrativa e
governamentais, o que resultou num grande massacre, até hoje conhecido como "15
de Março".
Apesar disso, o 4 de Fevereiro foi o que enfraqueceu o governo Português, porque
tudo parecia coordenado.

Nessa época, aconteceu o assalto de um navio de viagem que ia para os Estados


Unidos, levando várias pessoas de diferentes nacionalidades. Os promotores desse
assalto estava contra o regime colonialista, principalmente contra a escravidão,
pretendiam então derrubar o regime de Salazarista.

Por parte de Angola, vários nacionalistas tentavam buscar a independência com paz,
o que foi o fracasso. Então, Neto, junto de outros, levavam essa luta no mundo
internacional, mas ainda assim, sem êxito. Até a ONU nada conseguia fazer, sendo
que até mesmo, o regime português ainda era membro-fundador de uma
organização militar e política que dizia manter a paz Mundial. Embora a União
Soviética vetou a entrada de Portugal a ONU, a NATO anda dez, ainda facilitou sua
entrada, apesar de ser um regime colonialista e que mantinha a escravidão.

Visto que as duas Organizações mais importantes da terra nada fizeram, Neto
procurava por uma chance. Cada vez que tentava tomar um caminho, resultava na
prisão. Após 4 de Fevereiro, quando conseguira ter atenção do mundo jornalístico e
político, começou a buscar apoio de outros países.

Ao longo dos anos, alguns países lhe prestaram ajuda, fazendo acordos secretos, que
até hoje são apenas especulações.

Passado tantos anos e lutas, dentro e fora, Portugal então percebeu que não
conseguiria manter suas colonias, porque o país sofreu um golpe, o que trouxe um
choque e instabilidade política, não só e Portugal, mas também nas colonias todas.
Por algum tempo, as funções administrativas ficam paradas, e o os movimentos de
libertação intensificaram os ataques. Conseguiram eles travar uma luta enquanto
sofrem tensões políticas? Conseguiriam manter toda normalidade com a pressão
internacional sobre eles?

O grupo que fez o assalto do navio Santa Maria, embora não tiveram sucessos, mas
cumpriram seu objetivo, de chamar a atenção do mundo internacional para os
crimes de Portugal, influenciou vários grupos que estavam contra o regime
Português e até, tiveram forças, para anos depois, em 4 de Abril de 1961,
conseguirem dar um golpe de estado ao regime Salazarista.
Revolução essa, que abriu caminho para se apurar o derramaneto de sangue entre
as 65 mil soldados portugueses, dos quais, centenas já estavam mortos. Não só
Angola lutava. Outras colonias também negociaram suas independências, e Neto,
estava pronto para voltar.

CAPÍTULO OITO

A notícia de que o regime Salazarista caira, já rondava entre as ruas de Angola, o


povo esperava a dianteira dos movimentos. Quem estava no norte, sabia que Holden
Roberto tomaria uma ação. Os do norte olhavam com viva expectativa para Jonas
Malheiro Savimbi. Já em Luanda, o povo esperava pela ação do MPLA.

Os membros do MPLA, estavam ansioso para o retorno de seu presidente, que havia
sido levado preso longe. Ele travava uma luta contra o regime português no cenário
internacional, e, talvez teve influência direta ou indirecta no assalto feito ao navio
Santa Maria, porque embora o grupo não ia para Luanda, ouviu um boato disso, e
vários jornalistas mundiais foram para Angola. E no mesmo que dia que estavam em
Angola, Neto ordenara um ataque à 7ª. Esquadra, em São Paulo, o que resultou em
morte de Portugueses e Angolanos, sendo que os Angolanos saíram como
vencedores, sua causa pela independência foi levada ao longe, o regime de Salazar
foi enfraquecido, várias outras colonias copiaram angola e lutaram também pela
independência.

A CARTA de Neto, dada a Man Chica, permitiu que as coisas ocorrerem como Neto
planeou, na hora certa. Agora, Neto enviou mais uma carta a Man Chica, dessa vez
era uma informação para seus compatriotas.
Neto informava a seus compadres do MPLA, que fotos chamado a participar de uma
negociação junto de Holden Roberto e Jonas Savimbi para se chegar num acordo
favorável.

Mas isso todos já sabiam, porém, Neto tinha um medo. E se fossem assassinados? E
se não chegassem a um acordo? Então, Neto deixou essa carta para Man Chika, onde
continha instruções detalhadas do que se devia fazer caso não tivessem informações
sobre ele.

Uam carta de apenas duas palavras que mudaria tudo.

CAPÍTULO NOVE

Na carta enviada a NAN Chica, Neto não esconde seu medo. O MPLA surgira da elite,
tinha ligação forte com a política e conhecia muito bem a política e estratégias de
governação, tanto é que muitos de seu movimento tinham raizes europeias,
acarretando um pensamento socialista. Pretendia que sua Angola fosse governada e
batizada com essa crença.

Man Chica e muitos outros que pregaram o espírito de liberdade, tinham apenas um
olhar de liberdade, mas, para governar, precisar-se-ia também de uma crença, o uma
ideologia política. MPLA tinha um olhar diferente, mas, o contacto de Neto com o
mundo internacional e influência de seus aliados, antes, o fizeram ter uma crença,
crença essa que seus irmãos do movimento não tinham tão luminosamente.

Essa crença que Neto tinha, o fez ter alguns conflitos quando retomou a posse de
seu Movimento, tendo desentendimento com altas patentes do seu partido. Mas,
após superar diferenças, presidiria seu movimento a um olhar socialista.

Seus companheiros de luta, Holden e Savimbi, tinham crenças diferentes. Essas


crenças foram vistas até mesmo na foram como lutaram com os portugueses,
lembrando Neto do 15 de Março, aquando Holden conduziu a morte de mais de 5
mil pessoas no norte de Angola, desde brancos a negros. Ato esse, que afugentou
muitos angolanos a Luanda. Esse massacre, levou muitos verem os Angolanos como
"terroristas", como disse Salazar. Foi uma ataque que deu início à outros,
culminando com a morte de muitos nos anos que se seguiram. Além disso, Os
aliados de Holden tinham fortes interesses em terras angolanas, davam apoio para
depois tomarem terras e riquezas. Savimbi, também era companheiro de Holden na
época do ataque, embora atacava os colonos de forma cirúrgica na economia.

Neto temia que sua angola fosse levada a desgraça por seus filhos, já havia tido duas
reuniões com seus compatriotas de luta, Holden e Savimbi. Doutorado em Medicina,
também entendia de psicologia, além disso, seus anos como prisioneiro e fugitivo,
aprendera a detectar as intenções das pessoas pelos olhos e comportamentos. Na
reunião com seus colegas, no início de 1975, houve grandes tensões. Até a OUA -
Organização da União Africana - uniu os três movimentos, o que os levou a assinar
um acordo.

Apesar disso, na carta, Neto, destaca que aquele acordo pouco ia durar, porque
dentro de seu movimento, havia raiva e divisão. A qualquer momento um dos
militantes iria atacar outro, sendo o motivo para a quebra.

Mas, Neto estava mesmo preocupado com a presença dos três líderes lá em Alvor,
Portugal. Se fossem todos mortos, devia se tomar uma ação. Neto deixou tudo
escrito com Man Chica.
CAPÍTULO DEZ

Os acordos estavam assinados, em unanimidade, criou-se um governo de transição


até a divulgação de independência, marcado para 11 de Novembro de 1975.
Faltavam meses e se estava a organizar as coisas para uma eleição.

Mas, o MPLA tinha controle de Luanda, a cidade chave. Os outros movimentos


pretendiam ter uma forte presença, ou até mesmo controle de Luanda. Os
movimentos não conseguiam esconder suas reais intenções, e Neto sabia. Temia que
o pior acontecesse, por que muitas vidas estavam em jogo, além de que seu
movimento estava a ser rebaixado pelas forças bem armadas dos outros
movimentos, que se instalavam em diferentes partes de Luanda.

Neto sabia que se os resultados fossem contra a vontade de outros movimentos,


ocorreria um grande massacre em Luanda, porque todos tinham sede de poder, até
mesmo alguns de seu movimento, que tinham diferentes ideias e eram influentes
nas áreas administrativas, estavam a planear forjar uma vitória em questões de
derrota. Mas, MPLA estava longe de perder, porque em todo o território Angolano,
eram os mais influentes, não por força bruta ou militarização, mas por pregarem
ideias de liberdade.

Muitos dos pregadores compadres de Neto, eram Escritores, poetas, cantores e


professores. Usam o que tinham para transmitir o espírito de nacionalismo. Mas,
Neto sabia que se vencesse, haveria uma grande guerra e Luanda estria destruída.
Com Luanda destruída, o país não funcionaria, o economia ia parar e os angolanos
morreriam.
As três alta patentes de seu movimento o haviam dado vários conselhos, mas, estava
indeciso. O medo o acompanhava, não queria perder sua família. Por isso, enviou
uma escolta para buscar Man Chica.

Man Chica, já com seus 50 e poucos anos, estava admirado quando foi tirado de seu
trabalho por homens armados, todos olhavam. Mas, ele esperava por esse dia, sabia
que chegaria o dia em que veria o Neto de perto. Sobre as dúvidas de Neto, já tinha
uma ideia, já pensava nisso.

Então, chegando aos aposentos de Neto, ascultou suas preocupações! Suas


revelações eram graves, os serviços de inteligência de Neto o informaram sobre as
atividades de seus compadres. Conforme moviam suas forças militares, estavam a se
preparar para alguma coisa.

O povo via aquilo como uma demonstração de força dos movimentos que lutaram
por angola, mas alguns até teorizavam sobre quem mais teria chance de ficar com a
presidência, até mesmo se via brigas. Havia tensões entre a população, a luta agora
era sobre a posse do poder. Não só os líderes, mas também os militantes queriam
estar no movimento vencedor, para se gabar em e fazerem o que for de suas
vontades.

Todos estavam de olho no poder, já faziam listas de cargos que iam ocupar,
principalmente os que tinham altas patentes. Neto, sabia de tudo isso, não era só
um problema de outros movimentos, até mesmo pessoas no seu movimentos
tinham esses ideiais.

Enquanto ouvia Neto falar, pensava em tudo. Então, depois de minutos ao ouvir e ler
os documentos do serviço de inteligência, explicou. Deu ideias e Neto percebeu o
que tinha de fazer.
CAPÍTULO ONZE

Após ouvir Man Chica, Neto percebeu o que tinha de fazer. Então, recorreu aos seus
aliados pedindo ajuda para manter Luanda segura. Expulsou seus companheiros, dos
outros movimentos, manteve Luanda sob seu controle.

Expulsar seus companheiros foi uma ação boa, sabia que haveria conflitos se os
mantivesse, de um jeito ou de outro, a briga era inevitável. Pelo menos, protegeu
Luanda. Holden e Savimbi não gostaram nada disso, e aí começou uma guerra forte.

O acordo com Portugal, sobre o anúncio da Independência, retratava que a


independência devia ser Anunciada em Luanda, no dia 11 de Novembro. Qualquer
anúncio fora de Luanda seria inaceitável. Se os movimentos continuassem os três em
Luanda com suas forças, mesmo antes da independência teria uma luta, e após a
independência, teria briga pelo poder. Ninguém queria ser o segundo ou terceiro.
Neto, evitou a destruição de Angola como um estado Independente.

Houve tentativas de invasão perto da independência, como a Guerra do Kifangondo,


de Holden Roberto, que foi travada com sucesso.

Após independência, Neto foi empossado como o primeiro presidente de Angola. E


visto que nenhum movimento tinha representações em Luanda, o movimento de
Neto manteve todo o poder para si.

Então, em 1974,enquanto estava doente, indo para a URSS, pensava em tudo o que
passou. Estava acompanhado de Man Chica, que sabia que não voltaria vivo. Há
teorias sobre a morte de Neto. Há quem diga que foi assassinato a mando de
Savimbi ou Holden, outros dizem que foi a mando de membro de seu próprio
movimento, pois nem todos se alinhavam a seus ideais socialistas. Mas, a sua morte
é um mistério até hoje.

Mas, mesmo o Chica, que estava junto dele, antes de morrer, elogiou os atos de
Neto, e até hoje, ninguém sabe o que estava escrito na carta de Neto enviada
quando ia se reunir para o Acordo de Alvor. Nem o Man Chica. Mas se o sucessor
Neto lesse aquela carta, Angola não seria do jeito que está hoje, porque o futura de
Angola está naquela carta Lacrada e assinada pelo próprio Neto, num lugar
desconhecido.

Man Chica morreu na miséria, pois ninguém o conhecia, ninguém sabia de seu papel
para a salvação de Angola. Nunca Man Chica pensou em dar aquela carta a alguém,
morreu com o segredo em mente.

MAN CHICA E A CARTA DE AGOSTINHO NETO.

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