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TESTEMUNHO'NÚMERO 1

De Joachim von Ribbentrop, ministro de Relações Exteriores da


Alemanha nazista.
Texto escrito em 1946, depois da vitória aliada, quando o autor estava na prisão de Nuremberg.
Foi condenado à morte como criminoso de guerra e enforcado.
"Em 1929, sobreveio na Alemanha uma tremenda crise econômica [...]. As exportações alemãs
não podiam cobrir as importações; as reservas de ouro do Reichbank Banco da Alemanha)
esgotaram-se rapidamente; a vida comercial estancou-se; a produção foi diminuindo; massas
de trabalhadores foram despedidas de suas fábricas; havia milhares de homens sem trabalho;
o capital fugiu para o estrangeiro
[…..]."
"Apesar das minhas idéias políticas, eu continuava sendo um homem de negócios e não havia
decidido dedicar-me à política. Sem dúvi-da, quando em 1931 e 1932 vi que a Alemanha
estava decadente, esforcei-me em trabalhar para o grande projeto Nacional Socialista
[Nazista]."
"Exatamente coro todos os governos alemães do passado, o governo do III Reich [o governo
nazista] chegou à conclusão de que o que desejava o povo alemão não podia ser levado a
cabo pelo caminho da paz."
"Por que os ingleses adotaram uma atitude de hostilidade contra a
Alemanha? [...] A resposta a esta pergunta é a mesma que esclarece os motivos da Segunda
Guerra Mundial: o equilíbrio de poderes na Europa estava em perigo! [...]. Muitas vezes, Hitler
repetia que pegaria em armas caso não nos entendéssemos com a Inglaterra a respeito de
nosso poder, se este país viesse derrubar o equilíbrio de poder entre as potências européias."
"A terceira causa que impediu a aproximação entre Alemanha e Inglaterra foi o poder de alguns
círculos formados principalmente por maçons e judeus [...]. Acrescente-se a isto, também, que
Hitler era muito influenciável pelo que dizia a imprensa, e uma parte da imprensa inglesa se
mostrava contrária à Alemanha."
"Hoje, no outono de 1945, enquanto escrevo estas linhas na minha cela do cárcere de
Nuremberg, oito dias antes da sentença, creio firme.
mente que, em qualquer circunstância, Adolf Hitier quis chegar a um Re acordo com a
Inglaterra.'
*Polônia não somente se negou a entrar em acordo com a Alemanha, como acentuou a
perseguição das minorias alemãs assentadas em seu território [..]. Não cabe nenhuma dúvida
de que a Inglaterra teve possibilidades de evitar a guerra fazendo uma ligação para Varsóvia.
O fato de que o governo britânico não o tenha feito demonstra claramente que a Inglaterra
estava decidida a ir à guerra."

TESTEMUNHO NÚMERO 2
De Adolf Hitler, criador e líder do Partido Nacional Socialista (NAZISTA).
Hitler chegou ao poder pelas urnas, mas imediatamente converteu à Alemanha em uma
ditadura. O primeiro testemunho apresentado foi extraído das notas secretas de uma reunião
celebrada em 24 de maio de 1939 entre Hitler e seu Estado Maior. Em 23 de maio havia-se
firmado o Pacto de Aço entre Itália e Alemanha. O segundo testemunho é uma carta de Hitler a
seu aliado Mussolini sobre a assinatura do pacto germano-soviético.
1. "Neste momento, achamo-nos em um estado de fervor patriótico só compartilhado por outras
duas nações: Japão e Itália. O período que se estende por trás de nós tem sido bem
aproveitado (...). A Polônia sempre estará com nossos adversários e, apesar dos tratados de
amizade, os poloneses têm tido sempre a intenção secreta de nos pre-judicar. Conseguir a
cidade de Dantzig, em resumo, não é o objeto da disputa. Trata-se de expandir nosso espaço
vital no leste da Europa e de assegurar nossos gêneros alimentícios; portanto, não podemos
perdoar a Polônia e só nos resta a decisão de atacá-la na primeira ocasião (...). Se bem que
não haja certeza de que a guerra germano-polonesa conduza a uma guerra mundial, ela seria,
em primeiro lugar, contra Inglaterra e França. Se há uma aliança entre França, Inglaterra e
URSS contra a Alemanha, Itália e Japão, me verei obrigado a atacar a Inglaterra e a França
com uns quantos golpes aniquiladores. Duvido da possibilidade de um acordo pacífico com a
Inglaterra.
Conseqüentemente, é nossa inimiga e um confronto com ela será de vida ou morte. Temos que
avassalar Holanda e Bélgica, prescindindo de suas neutralidades. Seria conveniente pactuar
com a URSS para dividir nossos inimigos em potencial."

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