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Elaboração de Ajustes de Relés de Proteção e Testes 22000-AD/AD-ET-001

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 RESPONSABILIDADES DA CONTRATANTE E DO FORNECEDOR 3

3 MODELO DE RELATÓRIO 3

4 IMPLEMENTAÇÃO, AFERIÇÃO DOS AJUSTES E TESTES DE TELEPROTEÇÃO 4

5 PRODUTOS FINAIS 4

ANEXO 1: Documento Modelo “Informações para Ajuste de Relé de Proteção” 5

ANEXO 2: Documento Modelo “Memorial de Cálculo” 11

ANEXO 3: Testes Adicionais de Atuação das Unidades Habilitadas nos Relés 18

ANEXO 4: Critérios e Requisitos para Execução de Teste de Teleproteção

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1 INTRODUÇÃO

A presente especificação tem por finalidade estabelecer as diretrizes que o FORNECEDOR

deverá atender para elaboração de ajustes de relés de proteção de linhas de distribuição
(LD), transformadores de potência e bancos de capacitores, bem como para a execução de
testes de teleproteção de LDs da Cemig Distribuição S.A., a partir de agora tratada como
CONTRATANTE. Deverão ser atendidos os seguintes critérios:
 Deverá ser definida toda a parametrização dos relés de proteção, e para a definição das
unidades de proteção que serão habilitadas nos relés, e os seus respectivos
parâmetros, deverão ser utilizadas as informações que serão disponibilizadas pela
CONTRATANTE em documento específico para cada relé, conforme Anexo 1;
 Deverá ser elaborado Memorial de Cálculo para cada relé, conforme Anexo 2;
 Deverá ser disponibilizado o arquivo de ajuste digital.

2 RESPONSABILIDADES DA CONTRATANTE E DO FORNECEDOR

A CONTRATANTE será responsável por elaborar os estudos de coordenação / seletividade,

definir as unidades de proteção que serão habilitadas nos relés (87T, 87N, 51/51N, 87L, 21,
67, 67N, 67Q, 81, 79, 61, etc.) e os principais ajustes (pick-up, curva de operação,
temporização, dentre outros que se relacionem diretamente com o estudo de
coordenação). Estas informações serão disponibilizadas ao FORNECEDOR em documento
específico para cada relé de proteção, conforme modelo apresentado no Anexo 1.

O FORNECEDOR deverá definir, a partir das informações recebidas da CONTRATANTE, toda

a parametrização dos relés de proteção, incluindo além dos parâmetros das unidades
habilitadas, os demais parâmetros de ajuste e a configuração de entradas e saídas digitais,
LEDs e lógicas, conforme projeto elétrico aprovado (diagramas esquemáticos e lógicos).

Deverá ser elaborado Memorial de Cálculo para cada relé de proteção, contendo as
informações disponibilizadas pela CONTRATANTE, bem como a descrição dos critérios
utilizados para a definição de cada parâmetro do relé e o motivo pelo qual foi definido o
valor do ajuste, conforme modelo apresentado no Anexo 2.

3 MODELO DE RELATÓRIO

O FORNECEDOR deverá disponibilizar o documento Memorial de Cálculo contendo as

informações do estudo de coordenação / seletividade recebido da CONTRATANTE e todos
os parâmetros de ajuste do relé, em formato Word, conforme modelo apresentado no
Anexo 2.

A CONTRATANTE fará a verificação do documento, que representa uma aceitação básica e

não isenta o fornecedor da responsabilidade das informações apresentadas.
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4 IMPLEMENTAÇÃO, AFERIÇÃO DOS AJUSTES E TESTES DE TELEPROTEÇÃO

O FORNECEDOR deverá disponibilizar os arquivos de ajuste em formato digital, gerados

pelo software do fabricante, bem como implementar esses ajustes nos relés de proteção
para viabilizar a execução do Teste de Aceitação em Fábrica - TAF.

A CONTRATANTE não fará a verificação / aprovação dos ajustes dos relés, ficando sob
responsabilidade do fornecedor garantir o funcionamento adequado dos relés, o que será
comprovado durante a execução dos testes no TAF e no Teste de Aceitação em Campo –
TAC, onde serão realizados, além dos testes definidos para estas etapas do
empreendimento, testes adicionais de atuação das unidades habilitadas nos relés
conforme Anexo 3.

Após a conclusão do TAC os arquivos de ajuste em formato digital deverão ser coletados
dos relés de proteção e encaminhados à Cemig D.

Excepcionalmente, no caso de linhas com esquema de teleproteção POTT (Transferência de

Disparo Permissivo por Sobrealcance) ou proteção diferencial, além dos testes previstos no
TAF e no TAC, será necessária a execução de testes “ponta a ponta”, visando assegurar o
correto funcionamento do esquema de proteção. A responsabilidade pela execução dos
testes “ponta a ponta” será do FORNECEDOR, atendendo aos critérios e requisitos
definidos no Anexo 4.

5 PRODUTOS FINAIS

Após a conclusão do TAF e TAC, e dos testes “ponta a ponta” quando for o caso, o
FORNECEDOR deverá disponibilizar os seguintes produtos:
 Arquivos de ajustes de todos os relés de proteção, em formato digital, gerados pelo
software do fabricante;
 Memorial de Cálculo para cada relé de proteção (conforme Anexo 2);
 Relatório dos testes executados no TAF e TAC, incluindo os testes adicionais de atuação
das unidades habilitadas nos relés contendo a Planilha Excel com os resultados
verificados durante os testes e oscilografias / eventos coletados dos relés referentes a
todos os testes executados (conforme Anexo 3);
 Relatório dos testes “ponta a ponta” (laboratório/bancada e campo), contendo a
Planilha Excel com os resultados verificados durante os testes e oscilografias / eventos
coletados dos relés referentes a todos os testes executados (conforme Anexo 4).
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ANEXO 1: Documento Modelo “Informações para Ajuste de Relé de Proteção”

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ANEXO 2: Documento Modelo “Memorial de Cálculo”

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ANEXO 3: Testes Adicionais de Atuação das Unidades Habilitadas nos Relés

Além dos testes tradicionais de levantamento de características de operação dos relés de

proteção, previstos nas etapas de TAF e TAC, deverão ser efetuados em uma destas etapas testes
adicionais de atuação de unidades habilitadas no relé, com aplicação de faltas simuladas em
programa de curto-circuito, em formato COMTRADE, para importação pela caixa de teste. Estes
testes visam garantir que os relés foram parametrizados de acordo com as informações enviadas
pela Cemig e estão funcionando conforme o esperado.

O FORNECEDOR será o responsável por disponibilizar os equipamentos necessários para realização

destes testes adicionais, incluindo giga de teste para simulação do disjuntor e caixa de teste
trifásica, com capacidade de corrente suficiente para a aplicação de todas as faltas (se necessário
prevendo a utilização de amplificador de corrente) e com capacidade de leitura de arquivos no
formato COMTRADE.

A CONTRATANTE será a responsável por definir a quantidade e tipo das faltas que serão aplicadas
aos relés. Estas informações serão disponibilizadas em planilha no formato EXCEL com a relação
de todas as faltas que devem ser aplicadas aos relés, conforme Figura 1. Esta planilha irá conter a
atuação esperada para as unidades sob teste (T – Trip ou P - Partida). A CONTRATANTE ficará
também responsável por simular todas as faltas e fornecer os arquivos, no formato COMTRADE,
que serão importados pelas caixas de teste para aplicação aos relés de proteção.

Figura 1 – Planilha excel com relação das faltas que serão utilizadas nos testes adicionais

Os valores máximos de corrente e os tempos máximos de duração das faltas a serem aplicadas
serão informados pela CONTRATANTE juntamente com os arquivos de falta. Caso o FORNECEDOR
necessite destas informações para a contratação/aluguel de equipamentos, a CONTRATANTE
deverá ser contatada com antecedência para realizar o levantamento dessas informações.
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Durante a execução dos testes, a planilha disponibilizada pela CONTRATANTE deverá ser
preenchida pelo FORNECEDOR com a atuação verificada para as unidades sob teste (trip ou
partida). Havendo necessidade de alterações em parâmetros de ajuste nos relés durante os testes,
estas alterações devem ser registradas no relatório com as devidas explicações das modificações;
e caso necessário revisado o “Memorial de Cálculo” (anexo 2 elaborado pelo FORNECEDOR). Ao
final dos testes e aprovação da CONTRATANTE, o FORNECEDOR deverá disponibilizar relatório
contendo a planilha e oscilografias / eventos coletados dos relés referentes a todas as faltas.
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ANEXO 4: Critérios e Requisitos para Execução de Teste de Teleproteção

No caso de linhas que utilizem como proteção relés diferenciais ou relés de distância com
esquema POTT (Transferência de Disparo Permissivo por Sobrealcance), após a execução dos
testes previstos no TAF será necessária a execução de testes especiais do esquema de proteção,
denominados testes “ponta a ponta”. Estes testes visam garantir que o conjunto relés dos dois
terminais da linha – meio de comunicação – filosofia de projeto e ajuste está funcionando de
forma correta.

Esses testes deverão ser feitos em laboratório (bancada) e em campo. Os testes em laboratório
visam validar o projeto e os ajustes, enquanto os testes de campo visam validar a
instalação/montagem e o meio de comunicação.

Para a execução dos testes em laboratório o FORNECEDOR deverá apresentar, com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, um plano de testes a ser analisado pela CONTRATANTE. O
FORNECEDOR será o responsável por disponibilizar local para realização dos testes, que deverá ser
na região metropolitana de Belo Horizonte, bem como todos os equipamentos e insumos
necessários para realização dos testes, incluindo dois relés idênticos aos que serão utilizados na
proteção da linha, duas gigas de teste para simulação dos disjuntores e duas caixas de testes
trifásicas, com sincronização via GPS, com capacidade de corrente suficiente para a aplicação de
todas as faltas (se necessário prevendo a utilização de amplificador de corrente) e com capacidade
de leitura de arquivos no formato COMTRADE. Além de computadores com os softwares dos relés,
caixas de testes, fibras ópticas (se necessário), fiações e conectores adequados.

A relação dos pontos de falta e fases envolvidas será disponibilizada pela CONTRATANTE. No caso
de linhas com proteção diferencial deverão ser executados no mínimo 32 testes, conforme abaixo,
ficando a cargo da CONTRATANTE exigir testes adicionais caso julgue necessário:
 14 faltas internas;
 12 faltas externas;
 6 faltas com religamento automático.

No caso de linhas com teleproteção POTT deverão ser executados no mínimo 36 testes, conforme
abaixo, ficando a cargo da CONTRATANTE exigir testes adicionais caso julgue necessário:
 14 faltas internas;
 12 faltas externas;
 6 faltas com religamento automático;
 2 faltas internas com “fonte fraca” (Echo);
 2 faltas externas com “transient blocking”.

Para a execução dos testes em campo o FORNECEDOR deverá apresentar, com antecedência
mínima de 30 (trinta) dias, um plano de testes a ser analisado pela CONTRATANTE. O
FORNECEDOR será o responsável por disponibilizar todos os equipamentos e insumos necessários
para realização dos testes, incluindo um meio de comunicação instantâneo via voz entre os
terminais, duas caixas de testes trifásicas, com sincronização via GPS, com capacidade de corrente
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suficiente para a aplicação de todas as faltas (se necessário prevendo a utilização de amplificador
de corrente) e com capacidade de leitura de arquivos no formato COMTRADE. Nos testes em
campo deverão ser aplicados os casos de falta nos relés principais e suplementares da referida
linha a ser testada.

A relação dos pontos de falta e fases envolvidas será disponibilizada pela CONTRATANTE. Deverão
ser executados no mínimo 10 testes, conforme abaixo, ficando a cargo da CONTRATANTE exigir
testes adicionais caso julgue necessário:
 2 faltas internas;
 6 faltas externas;
 2 faltas com religamento automático.

A CONTRATANTE será a responsável por definir a quantidade e tipo das faltas que serão aplicadas
aos relés. Estas informações serão disponibilizadas em planilha no formato EXCEL com a relação
de todas as faltas que devem ser aplicadas aos relés, conforme Figura 2. Esta planilha irá conter a
atuação esperada para cada unidade habilitada nos relés (trip, partida, não operação). A
CONTRATANTE ficará também responsável por simular todas as faltas e fornecer os arquivos, no
formato COMTRADE, que serão importados pelas caixas de teste para aplicação aos relés de
proteção.

Figura 2 – Planilha excel com relação das faltas que serão utilizadas nos testes “ponta a ponta”
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Os valores máximos de corrente de falta e os tempos máximos de duração das faltas a serem
simuladas em cada terminal serão informados pela CONTRATANTE juntamente com os arquivos de
falta. Caso o FORNECEDOR necessite destas informações para a contratação/aluguel de
equipamentos, a CONTRATANTE deverá ser contatada com antecedência para realizar o
levantamento dessas informações.

Durante a execução dos testes, a planilha disponibilizada pela CONTRATANTE deverá ser
preenchida pelo FORNECEDOR com a atuação verificada para cada unidade habilitada nos relés
(trip, partida, não operação). Havendo necessidade de alterações em parâmetros de ajuste nos
relés durante os testes, estas alterações devem ser registradas no relatório com as devidas
explicações das modificações; e caso necessário revisado o “Memorial de Cálculo” (anexo 2
elaborado pelo FORNECEDOR). Ao final dos testes e aprovação da CONTRATANTE, o FORNECEDOR
deverá disponibilizar relatório contendo a planilha, oscilografias e eventos coletados dos relés
referentes a todas as faltas.

A responsabilidade pela execução dos testes “ponta a ponta” envolvendo as proteções dos dois
terminais da linha será do FORNECEDOR, mesmo que ele seja responsável apenas pela subestação
de um dos terminais da linha cujas proteções serão testadas. Nestes casos, o FORNECEDOR deverá
disponibilizar os insumos para realização dos testes em campo nas subestações dos dois terminais
da linha. A CONTRATANTE deverá disponibilizar, para o terminal da subestação que não é escopo
da contratação do FORNECEDOR, condições de acesso, liberação de equipamentos para
intervenção, supervisão dos serviços e quaisquer correções e adequações necessárias.