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AGÊNCIA REGULADORA
Estado do Ceará DE SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DO ES7ADO DO CEARÁ

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AGÊNCIA REGULADORA
Lotado do Ceará DE SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DO ESTADO DO CEARÁ

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Em cumprimento do que dispÕe a Lei N°. 12.786, de 30 de dezeinbro de 1997, regularnentada pelo
Decreto N". 25.059, de 15 de julho de 1998, presta-se o Conselho Diretor a submeter às suas
excelências o Senhor Governador do Estado, o Senhor Presidente da Assembléia Legislativa e o
Senhor Presidente do Tribunal de Contas do Estado, o relato de suas atividades durante o exercício
de 1999, nos termos a se seguirem.

1. ANTECEDENTES
O Governo do Ceará instituiu a AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS
DELEGADOS DO ESTADO DO CEARÁ — ARCE com o objetivo de regular serviços públicos
delegados, isto é, prestados sob regime de concessão ou permissão, no Estado do Ceará.
Estabeleceu-a como uma autarquia com características especiais, vinculada à Procuradoria Geral do
Estado.
A Agência Reguladora foi instituída pela Lei N". 12.786, de 30 de dezembro de 1997, com redação
alterada pela Lei 12.820, de 26 de julho de 1998, e regulamentada pelo Decreto N°. 25.059, de 15
de julho de 1998.

2. ÁREAS DE COMPETÊNCIA
A ARCE foi concebida como uma instituição reguladora multisetorial para atuar nos setores de:
• Energia Elétrica,
• Gás Natural,
• Saneamento Básico, e
• Transportes.
A competência para outorga de concessão, normatização e fiscalização de serviços públicos de
Energia Elétrica é competência federal; de gás natural é estadual; e saneamento básico, municipal.
Transporte intermunicipal é competência estadual; interurbano, municipal; e interestadual, federal.

3. ATUAÇÃO
A ARCE está cuidando de fiscalizar os serviços prestados pela COELCE e de elaborar norrnas para
saneamento básico e para transportes, dedicando atenção especial para o setor de portos, no final do
exercício de 1998.
A fiscalização da COELCE faz-se realizada por delegação da ANEEL — Agência Nacional de
F,nergia Elétrica, através de ações de rotina da ARCE e motivadas por queixas de usuários.
Paralelamente há o Contrato de Compra e Venda das Ações da COELCE com sua execução sob a
tesponsabilidade da Agência Reguladora Estadual.
A mediação de conflitos entre o concessionário e o usuário dos serviços é instrumento eficaz para a
harmonização dos interesses das partes, prática que a ARCE tem adotado.

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4. FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ENERGIA ELÉTRICA

A competência de atuação da ARCE junto à COELCE está fundamentada na Constituição Federal,

em seus artigos 23 e 24, no Decreto N°. 24.932/98, que delega poderes à Agência Estadual para
fiscalizar a execução do contrato de compra e venda das ações da COELCE, e, mais
especificamente, nos termos do Contrato de Concessão entre a União Federal e a COELCE em
função do Convênio ARCE/ANEEL mencionado a seguir.
4.1. O Convênio coma ANEEL
Os termos de um convênio firmado com a ANEEL — Agência Nacional de Energia Elétrica, em 19
de agosto de 1999, estabelecem uma parceria de cooperação entre as duas entidades, ARCE e
ANEEL, visando a descentralização de atividades complementares vinculadas às atribuições da
Agência Nacional com o objetivo do cumprimento fiel das normas legais, regulamentares e
pactuadas concernentes à prestação do serviço público de energia elétrica no Ceará, presentes os
requisitos de qualidade adequada e preços módicos.
4.2. As Atividades de Fiscalização
Em cumprimento do Plano de Atividades e Metas (PAM) para o exercício de 1999, aprovado pela
ANEEL, a ARCE realizou uma fiscalização dos serviços prestados pela COELCE, verificando a
qualidade da energia elétrica fornecida pela Concessionária e os aspectos das relações comerciais
desta com seus clientes. Como decorrência destas ações, acumularam-se dados importantes para
uma avaliação da COELCE no cumprimento de suas obrigações contratuais e legais. Em função do
inicio tardio das ações de fiscalização decorrente de formalidades de início de operacionalização do
Convênio com a ANEEL, parte do PAM de 1999 restou para realização no exercício seguinte, de
2000.
4.3. As Atividades de Ouvidoria
A ARCE tem na Ouvidoria sua porta de entrada à disposição da sociedade. Foi implantado um
sistema de Discagem Direta Gratuita (DDG) com o objetivo de abrir mais facilidade para o público,
com vistas mais especialmente naquele segmento da sociedade menos favorecido. A par disto, as
queixas por correspondência postada nos correios, enviadas por fax e por mensagem transmitida
por correio eletrônico via Internet (e mail), podem substituir o comparecimento pessoal na sede da
-

Agência. Buscam-se na ARCE procedimentos os mais desburocratizados e expressos para os que

procuram por sua intervenção.
Sobre a ARCE recai a responsabilidade de garantir os direitos e deveres das partes, e a mediação de
conflitos entre o concessionário e o usuário dos serviços é instrumento eficaz para a harmonização
dos interesses das partes. A ARCE tem exercitado com freqüência a prática da mediação.
Audiências públicas têm sido realizadas por promoção da ANEEL, que se manifestam como ricas
oportunidades de informação ao público e troca de conhecimentos entre a sociedade e os agentes
reguladores.
Em verdade a Ouvidoria da Arce tem acumulado, como lhe é possível, o papel de uma Assessoria
de Comunicação, buscando informar à sociedade sobre as políticas, diretrizes e regulamentação dos
setores regulados.
Anexo estão os quadros demonstrativos "Quantidade de Processos em Andamento, Encerrados e
Total" e "Quantidade de Processos por Tipo de Reclamação", com 12úmeros de 1998 e 199 51
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Os gráficos apresentados adiante oferecem uma noção da distribuição das ocorrências de queixas à
ARCE contra os serviços prestados pela COELCE, em números para os exercícios de 1998 e 1999.

5. IMPLEMENTAÇÃO DA
REGULAMENTAÇÃO DE SANEAMEN I() BÁSICO

Foi celebrado Convênio com a CAGECE, Companhia de Água e Esgotos do Ceará, na data de 20
de agosto de 1999, com o objetivo de uma parceria técnica visando a preparação de normas legais e
regulamentares para o setor de água e saneamento básico.
De início o programa do Convênio enfrentou algumas dificuldades na contratação da consultoria
que deveria dar apoio no desenvolvimento das atividades, principalmente de campo, o que a ARCE
procurou contornar utilizando seu próprio pessoal, evitando maiores perdas por atraso. A licitação
aconteceu e saiu vencedora a VI3A Consultoria, devendo a contratação acontecer no início do
próximo ano.
Durante o exercício de 1999, foram desenvolvidas as seguintes atividades-
• Análise e identificação de modelo de CONVÊNIO para outorga da prestação de serviços
públicos municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário entre a CAGECE e os rzi
MUNICIPIOS, visando a manutenção, renovação e ampliação das concessões;
• Elaboração do Manual de Normas e Procedimentos de Prestação dos Serviços de Abastecimento
de água e Esgotamento Sanitário (Concluído o texto para apresentação aos órgãos e entidades
envolvidas para discussão e sugestões)
Alem das atividades ligadas ao convênio, a ARCE desenvolveu durante o ano de 1999 outras de
grande importância para o setor de saneamento no Estado:
• Com o apoio do Programa de Modernização do Setor Saneamento (PMSS), elaborou o
Anteprojeto de Lei Estadual sobre a prestação e regulação de serviços de abastecimento de água
e esgotamento sanitário. (Concluído e remetido à Secretaria de 1nfra-Estrutura do Estado para
apreciação e sugestões).
• Elaboração, com a participação da CAGECE, do Termo de Referência para a contratação do
Diagnóstico Técnico-Operacional dos ativos ligados aos serviços de água e esgotos do Estado do
Ceará ( em fase de ajustes).

6. IMPLEMENTAÇÃO DA
REGULAMENTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE TRANSPORTES

A ARCE celebrou o Convênio com o DERT na data de 02 de agosto de 1999, tendo este como
objetivo a cooperação técnica entre as partes, através da qual seriam transferidas parcialmente para
à ARCE as atribuições relativas ao sistema de transporte rodoviário de passageiros por ônibus,
metropolitano e intermunicipal no Estado do Ceará Estas atividades conipreendem: fiscalização
indireta, atendimento ao usuário, normatização, consultas, e regulação,

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Razões de ordens formal e técnica retardaram o processo de transferência de competência do DERT

para a ARCE, com relação ao que havia sido previsto.

7. ASPECTOS OPERACIONAIS
Foram 231 processos abertos durante o exercício de 1999, contra 155 em 1998. Destes quase a
totalidade são decorrentes de igual número de queixas apresentadas à ARCE contra a COELCE, a
única instituição de serviço público sob a Fiscalização da Agência Estadual até o encerramento do
exercício. Um total de 6 resoluções normativas, em que prevalecem as de caráter interpretativo,
foram editadas.

As resoluções são, em resumo:

RESOLUÇÃO N". 08 , de 04 de fevereiro de RESOLUÇÃO N". 11, de 25 de março de

1999 — Dispõe sobre a autorização do
1999 — Dispõe sobre a compensação de
funcionamento da Nordeste Energia S.A. —
créditos de usuários de serviços públicos,
NERGISA como Produtor Independente de
reconhecidos em decisão desta Agência, com
valores por estes devidos à empresa Energia.
concessionária .

RESOLUÇÃO N". 09, de 25 de fevereiro de RESOLUÇÃO N. 12, de 15 de julho de

1999 — Dispõe sobre o efeito da reclamação
contra concessionária de serviço público
quanto à continuidade da prestação do
serviço, e dá outras providências
de I I de março de
RESOLUÇÃO N°. 10,
1999 — Dispõe sobre indenização ao usuário
pelo dano moral decorrente da imputação
injusta do cometimento de falta motivadora
de interrupção do fornecimento de energia
elétrica, em hipótese não autorizada pelo
poder concedente .
1999 — Dispõe sobre indenização ao usuário
pelo dano moral decorrente da imputação
injusta do cometimento de falta motivadora
de interrupção do fornecimento de energia
elétrica, em hipótese não autorizada pelo
poder concedente, revogando a
RESOLUÇÃO N°. 10, DE 11 DE MARÇO
DE 1999.

6. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS
6.1. Quadro de Pessoal
Ao final do exercício de 1999 trabalham para a ARCE 11 pessoas em funções de nível superior;
sejam: 3 conselheiros, o Assistente do Conselho Diretor, o Advogado Chefe, a Ouvidora Chefe, o
Diretor Executivo, o Gerente Administrativo Financeiro e 3 coordenadores de regulação. A estas
somam-se mais 14 com funções auxiliares de secretaria, contabilidade, informática, atendimento ao
público, limpeza e conservação, perfazendo um total de 25 pessoas em função do serviço.

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A Lei N". 12.874, de 23 de dezetnbro de 1998, estabelece o plano de cargos e carreiras dos
servidores da Agência, que permitirá a realização de concurso público para provimento dos cargos
efetivos da ARCE, litnitados a um tnáximo de 36 vagas.

6.2. Concurso Público

Concurso Público para seleção do quadro efetivo da ARCE foi definido nutna parceria com a
O
Secretaria da Administração do Estado para ser aplicado pela Fundação Carlos Chagas (FCC). A
essa Fundação caberá, a escolha das bancas exatninadoras, a elaboração e aplicação das provas,
destacando-se dentre outras rotinas pertinentes aos procedimentos para a realização do concurso.
Foi nomeada a Comissão de Concurso, conforme previsão no art. 14 da Lei N". 12.784/98.
Serão 36 profissionais de nível superior selecionados, compondo um efetivo de administradores,
analistas de sistemas, advogados, contadores, econotnistas, engenheiros eletricistas, engenheiros
mecânicos ou engenheiro de petróleo, engenheiros sanitaristas e engenheiros de transportes.

6.2. Treinamento e Troca de Experiências

Embora ainda sem quadros permanentes, a ARCE tem buscado oferecer a seu pessoal técnico a
qualificação profissional oportuna e adequada. Entende que assim está contribuindo para aumentar
o nível de conhecimento no Estado etn atividade complexa e de domínio ainda muito restrito no
País: a de normatização e fiscalização de serviços públicos sob concessão.
versando sobre " A Experiência Britânica em Regulação", promovido
Foi realizado um Workshop
pelo Governo do Estado do Ceará, através da ARCE, e "The British Council NE", com a
colaboração da Etnbaixada Britânica. Realizou-se um evento de espectro multisetorial, destinado a
identificar áreas potenciais no Brasil onde a experiência britânica em regulação de serviços públicos
pudesse ser aplicada no contexto local. Foram abordados os setores de energia (elétrica e gás
natural), transportes (sobre trilhos, ônibus, portos e terminais) e saneamento básico
a Embaixada Britânica, através do Conselho Britânico,
Numa conseqüência do Workshop,
proporcionou ao Conselheiro José Bonifacio de Sousa Filho, cotno representante da ARCE, uma
visita ao Reino Unido com o objetivo de conhecer o modelo britânico de regulação de serviços
públicos em vários setores.

7. ASPECTOS FINANCEIROS
liso dos Recursos Financeiros
etn suas instalações e operação R$ 972.962,00, sendo que
Foram aplicados pela ARCE
R$ 969 236,00 em custeio pessoal próprio, serviços de terceiros, pesquisas de opinião, aluguel e
condomínio, energia elétrica, etc. — e R$ 3.726,00 em investimento. O quadro a seguir apresenta a
DESPESA em detalhes de custeio e investimento extraídos do Balanço Anual, documento
integrante deste relatório em comparação com o exercício anterior e 1998.

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NOTA DE ENCERRAMENTO E AGRADECIMENTOS

Por final neste Relatório vale registrar que, ao encerrar-se o exercício de 1999, o Conselho Diretor
da ARCE deseja manifestar-se compensado com os resultados alcançados no período, ao tempo em
que credita a razão de seu contentamento à competência e ao profissionalismo do corpo de técnicos
da Agência, todos comprometidos com a busca constante da harmonia nas relações entre usuários e
delegados de serviços públicos na esfera de competência da ARCE. Cabe, finalmente, agradecer ao
Excelentíssimo Senhor Governador do Estado, Dr. Tasso Ribeiro Jereissati e ao Senhor Procurador
Geral do Estado, Dr. Luís Djama Barbosa Bezerra Pinto, pelo decisivo apoio prestado. São
extensivos os agradecimentos às autoridades federais, estaduais e municipais e a todos aqueles que
de alguma forma contribuíram para o trabalho profícuo neste primeiro exercício de atividades da
Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará, ARCE.

SEDE DA AGÊNCIA REGULADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DELEGADOS DO

ESTADO DO CEARÁ — ARCE, em Fortaleza, a 22 de.março de 1999.

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Presidente do Conselho Dir r d Agência Reguladora- Serviços

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Conselheiro i etor da Agência Reguladora de Serviços
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JOSÉ 1' NIFÁCIO DE SOUSA FILHO

Conselheiro Direi -) da Agência Reguladora de Serviços
Públicos do Estado do Ceará — ARCE

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Fevereiro 12
Março 24 PROCESSOS ENCERRADOS
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Maio 1 12 1999 130 56,28°/0
Junho 4 17 TOTAL 278
Julho 9 12
Agosto 17
-Setembro 12 23
butubro 15 29
Novembro 76 23
Dezembro 30 35 Dados coletados
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