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1 — Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, 1 — As entidades gestoras das centrais de compras po-
consideram-se centrais de compras os sistemas de negocia- dem cometer a gestão de algumas das suas actividades a
ção e contratação centralizados, destinados à aquisição de um terceiro, independentemente da sua natureza pública ou
um conjunto padronizado de bens e serviços ou à execução privada, desde que tal se encontre expressamente previsto
de empreitadas de obras públicas, em benefício das entida- nos respectivos actos constitutivos.
des adjudicantes a que se refere o artigo anterior. 2 — O terceiro referido no número anterior deve ofere-
2 — Podem assumir a função das centrais de compras cer garantias de idoneidade, qualificação técnica e capa-
quaisquer entidades, públicas ou privadas, ou serviços cidade financeira adequadas à gestão das actividades da
públicos ainda que desprovidos de personalidade jurídica. central de compras em causa.
3 — Para os efeitos previstos no Código dos Contratos 3 — O contrato de gestão celebrado para os efeitos
Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de previstos no presente artigo deve ser reduzido a escrito e
Janeiro, as centrais de compras têm a natureza de entidade regular, designadamente as seguintes matérias:
adjudicante. a) Prestações especificamente abrangidas pelo objecto
do contrato de gestão;
Artigo 3.º b) Garantia de continuidade e qualidade na execução
Princípios orientadores das prestações por parte do terceiro;
c) Definição das actividades acessórias que o terceiro
No exercício das suas actividades, além do respeito pode prosseguir e respectivos termos;
pelas regras da contratação pública, as centrais de compras d) Critérios de remuneração do terceiro e modo de pa-
devem orientar-se pelos seguintes princípios: gamento;
a) Segregação das funções de contratação, de compras e) Duração do contrato.
e de pagamentos;
b) Utilização de ferramentas de compras electrónicas 4 — O disposto no presente artigo não prejudica a apli-
com funcionalidades de catálogos electrónicos e de enco- cabilidade das normas que regem a contratação pública à
menda automatizada; selecção do terceiro.
c) Adopção de práticas aquisitivas por via electrónica ba-
seadas na acção de negociadores e especialistas de elevada CAPÍTULO II
qualificação técnica, com vista à redução de custos;
d) Preferência pela aquisição dos bens e serviços que Centrais de compras do Estado
promovam a protecção do ambiente e outros interesses
constitucionalmente protegidos; Artigo 7.º
e) Promoção da concorrência. Criação