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55126 Diário da República, 2.ª série — N.

º 216 — 8 de Novembro de 2010

Instituto Nacional de Aviação Civil, I. P. 2 — Para os efeitos do presente regulamento, entende-se por:
a) «COA», certificado de operador aéreo;
Regulamento n.º 831/2010 b) «CRE» (Class Rating Examiner), examinador de qualificação de
Define o Perfil do Administrador Responsável (Accountable Manager) classe;
e as Habilitações Académicas, a Formação e Experiência Profissionais c) «CRI» (Class Rating Instructor), instrutor de qualificação de classe;
dos Responsáveis pelas Áreas Operacionais (Nominated Postholders), d) «IATA» (International Air Transport Association), a Associação
dos Gestores Sectoriais e do Supervisor ao Serviço dos Operadores de Internacional do Transporte Aéreo;
Transporte Aéreo Comercial e) «INAC, I. P.», o Instituto Nacional de Aviação Civil, I. P.;
O Decreto-Lei n.º 289/2003, de 14 de Novembro, que define os re- f) «MTOM» (Maximum Take-Off Mass), massa máxima à desco-
quisitos formais e materiais para a emissão do certificado de operador lagem;
aéreo, fixa as competências do respectivo titular e regula, ainda, os g) «OPS 1», transporte aéreo comercial (Aviões);
requisitos relativos à exploração de aeronaves civis utilizadas em trans- h) «OACI», a Organização da Aviação Civil Internacional;
porte aéreo comercial, prevê, na alínea b) do n.º 5 do seu artigo 8.º, que i) «TRE» (Type Rating Examiner), examinador de qualificação de
uma organização requerente de um certificado de operador aéreo para tipo;
transporte aéreo comercial deve assegurar que os candidatos ao exercício j) «TRI» (Type Rating Instructor), instrutor de qualificação de tipo.
de funções dirigentes — nominated postholders — das áreas definidas
nas alíneas a) a e) do n.º 2 daquele mesmo preceito legal, possuem as
habilitações académicas, a formação e experiência profissionais ade- CAPÍTULO II
quadas às funções para que são propostos, a definir em regulamentação
complementar. Obrigações do operador e do administrador
Mais recentemente, a certificação e supervisão de operadores foi responsável (accountable manager)
objecto de regulamentação nas Subpartes B e C do Regulamento (CE)
n.º 859/2008, da Comissão, de 20 de Agosto de 2008, que alterou o
anexo III do Regulamento (CEE) n.º 3922/91, do Conselho, de 16 de SECÇÃO I
Dezembro de 1991.
Contudo, nem o Decreto-Lei n.º 289/2003, de 14 de Novembro, nem Obrigações do operador
o Regulamento (CE) n.º 859/2008, da Comissão, de 20 de Agosto de
2008, regulamentam ou definem quais as habilitações académicas, a Artigo 4.º
formação e experiência profissionais que os candidatos propostos pelo
operador devem possuir, entendidas como adequadas ao exercício de Administrador responsável (accountable manager)
funções dirigentes das áreas definidas nas alíneas a) a e) do n.º 2 do O operador deve nomear um administrador responsável, aceite pre-
artigo 8.º do identificado decreto-lei. viamente pelo INAC, I. P.
Como, também, não regulamentam os identificados diplomas qual o
perfil do administrador responsável — accountable manager — e que Artigo 5.º
habilitações académicas, formação e experiência profissionais devem
ter os gestores sectoriais e o supervisor propostos pelo operador para o Responsáveis pelas áreas operacionais (nominated postholders)
exercício de tais funções. O operador deve nomear responsáveis, aceites previamente pelo
Assim, e tendo presente o papel primordial que, na área da segurança INAC, I. P., encarregues da gestão e supervisão das seguintes áreas
operacional do operador, o administrador responsável, os responsáveis operacionais:
pelas áreas operacionais, os gestores sectoriais e o supervisor assumem,
importa estabelecer um quadro normativo que regulamente e comple- a) Operações de voo;
mente, respectivamente, o regime constante do Decreto-Lei n.º 289/2003, b) Sistema de gestão da continuidade da aeronavegabilidade;
de 14 de Novembro, relativo a estas matérias, e do Regulamento (CE) c) Formação e treino do pessoal de voo;
n.º 859/2008, da Comissão, de 20 de Agosto de 2008. d) Operações de terra.
Foi ouvida a Associação Portuguesa de Transporte Aéreo, nos termos
do artigo 117.º do Código do Procedimento Administrativo. Artigo 6.º
Assim, o Conselho Directivo do Instituto Nacional da Avia- Acumulação de funções
ção Civil, I. P., ao abrigo do disposto no artigo 15.º do Decreto-Lei
n.º 145/2007, de 27 de Abril, por deliberação de 29 de Outubro de 2010, 1 — O administrador responsável pode acumular com as suas funções
aprova o seguinte regulamento: a responsabilidade por uma ou por mais do que uma das áreas opera-
cionais previstas nas alíneas a) a d) do artigo anterior, nos termos e nas
condições previstas na alínea k) da norma OPS 1.175, constante do
CAPÍTULO I anexo III do Regulamento (CEE) n.º 3922/91, do Conselho, de 16 de De-
zembro de 1991, na redacção dada pelo Regulamento (CE) n.º 859/2008,
Disposições Gerais da Comissão, de 20 de Agosto de 2008.
2 — O responsável por uma das áreas operacionais previstas nas
alíneas a) a d) do artigo anterior, pode ser nomeado pelo operador para
Artigo 1.º
acumular com as suas funções a responsabilidade por outra ou outras
Objecto áreas operacionais, nos termos e nas condições previstas na alínea j)
O presente regulamento estabelece os requisitos complementares da norma OPS 1.175, constante do anexo III do Regulamento (CEE)
relativos ao perfil do administrador responsável (accountable manager) n.º 3922/91, do Conselho, de 16 de Dezembro de 1991, na redacção
e às habilitações académicas e à formação e experiência profissionais dada pelo Regulamento (CE) n.º 859/2008, da Comissão, de 20 de
dos responsáveis pelas áreas operacionais (nominated postholders), dos Agosto de 2008.
gestores sectoriais e do supervisor ao serviço do operador de transporte
Artigo 7.º
aéreo comercial.
Artigo 2.º Gestores sectoriais
Âmbito de aplicação O operador deve nomear gestores, aceites previamente pelo INAC, I. P.,
encarregues da gestão e supervisão dos seguintes sectores:
O presente regulamento aplica-se a todos os operadores titulares de
um certificado de operador aéreo para transporte aéreo comercial, com a) Sistema de qualidade;
sede no território nacional. b) Programa de prevenção de acidentes, segurança de voo e sistema
de gestão de segurança;
Artigo 3.º c) Programa de gestão electrónica de dados de navegação (EFB).
Definições e abreviaturas
Artigo 8.º
1 — Para efeitos de aplicação do presente regulamento, são adopta-
das as definições estabelecidas no Decreto-Lei n.º 289/2003, de 14 de Supervisor
Novembro, e ainda a seguinte: 1 — O operador deve nomear um supervisor, aceite previamente pelo
a) «Operador», entidade titular de uma licença válida de transporte INAC, I. P., encarregue da supervisão das operações de transporte aéreo
aéreo comercial; de mercadorias perigosas.
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2 — O responsável encarregue da gestão e da supervisão das opera- c) Ter sólidos conhecimentos das leis, regulamentos, normas e pro-
ções de terra, a que alude a alínea d) do artigo 5.º, pode ser nomeado cedimentos relevantes para o desempenho das funções;
pelo operador para acumular com as suas funções a supervisão das d) Ter concluído um curso de operações de voo para responsáveis
operações previstas no número anterior, desde que cumpra os requisitos (nominated postholder);
previstos no artigo 19.º e) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica, abrangendo,
designadamente, a área de operações, incluindo as autorizações especiais
Artigo 9.º constantes do COA do operador.
Substituições 2 — Se o certificado de navegabilidade das aeronaves registadas no
A substituição do administrador responsável (accountable manager), COA do operador não exigir uma tripulação com mais do que um piloto,
dos responsáveis pelas áreas operacionais (nominated postholders), dos o responsável pelas operações de voo tem de preencher os requisitos
gestores sectoriais e do supervisor, identificados, respectivamente, nos seguintes:
artigos 4.º, 5.º, 6.º e 7.º, carece de aceitação prévia do INAC, I. P. a) Ser titular de uma licença válida de piloto comercial, com as quali-
ficações inerentes ao tipo, classe e ou desempenho de uma das aeronaves
utilizadas pelo operador;
SECÇÃO II b) Possuir experiência profissional comprovada não inferior a três
Obrigações do administrador responsável anos, como piloto-comandante em operações de transporte aéreo comer-
cial numa das aeronaves de tipo, classe e ou desempenho das aeronaves
(accountable manager) utilizadas pelo operador;
c) Ter sólidos conhecimentos das leis, regulamentos, normas e pro-
Artigo 10.º cedimentos relevantes para o desempenho das funções;
Administrador responsável (accountable manager) d) Ter concluído um curso de operações de voo para responsáveis
(nominated postholder);
O administrador responsável (accountable manager) nomeado pelo e) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes per-
operador deve: tinentes para o desempenho das funções e que abranja, também, as
a) Assegurar que todas as operações e actividades de manutenção são autorizações especiais constantes do COA do operador.
financiadas e executadas por forma a cumprir os requisitos de segurança
aplicáveis e exigidos pela legislação em vigor; 3 — É dispensado o cumprimento do requisito previsto na alínea a)
b) Estabelecer a política de segurança de voo do operador; dos números anteriores, se o operador nomear um responsável adjunto
c) Monitorizar os índices de segurança de voo e avaliar continuamente pelas operações de voo que seja titular de uma licença válida de piloto
os resultados da política de segurança de voo do operador de modo a de linha área, com as qualificações inerentes ao tipo, classe e ou desem-
prevenir e a evitar o desenvolvimento de tendências adversas; penho de uma das aeronaves utilizadas pelo operador, ou seja titular de
d) Avaliar os desvios aos requisitos legais e procedimentais em vigor uma licença válida de piloto comercial, com as qualificações inerentes
e assegurar a implementação das correspondentes acções correctivas; ao tipo, classe e ou desempenho de uma das aeronaves utilizadas pelo
e) Definir com clareza as responsabilidades e os deveres dos respon- operador, conforme aplicável.
sáveis das áreas operacionais, dos gestores sectoriais e do supervisor; 4 — A apreciação dos conhecimentos referidos na alínea c) dos nú-
f) Definir orientações e determinar instruções aos responsáveis das meros 1 e 2 é efectuada com recurso a avaliação curricular e a entrevista
áreas operacionais, aos gestores sectoriais e ao supervisor, com vista a profissional.
uma mais eficiente implementação e manutenção dos índices de segu- Artigo 13.º
rança do operador.
Sistema de gestão da continuidade da aeronavegabilidade
CAPÍTULO III 1 — O responsável pelo sistema de gestão da continuidade da aerona-
vegabilidade de um operador que tenha no seu COA aeronaves com uma
Perfil, habilitações académicas, formação MTOM superior a 5700 kg, tem de preencher os requisitos seguintes:
e experiência profissionais a) Ter como habilitações um grau académico num dos seguintes
cursos:
SECÇÃO I i) Engenharia aeroespacial;
ii) Engenharia aeronáutica;
Administrador responsável (accountable manager) iii) Engenharia das telecomunicações;
iv) Engenharia electrónica;
Artigo 11.º v) Engenharia electrotécnica;
Perfil vi) Engenharia mecânica;
vii) Outros cursos de Engenharia ou em Ciências de Engenharia
O administrador responsável (accountable manager) deve ter, no relevantes para a manutenção e gestão da continuidade de aeronavega-
âmbito da estrutura organizativa do operador, competência e autoridade bilidade de aeronaves;
empresarial suficientes para assegurar que todas as operações e activi-
dades de gestão da continuidade de aeronavegabilidade são financiadas b) Possuir, no mínimo, cinco anos de experiência profissional, nos
e executadas por forma a cumprir os requisitos de segurança aplicáveis quais se devem obrigatoriamente compreender dois anos no exercício
e exigidos pela legislação em vigor. de funções relevantes na indústria aeronáutica.

2 — No caso do operador ter unicamente no seu COA aeronaves com


SECÇÃO II uma MTOM igual ou inferior a 5700 kg, o responsável pelo sistema
Responsáveis pelas áreas operacionais (nominated postholders) de gestão da continuidade da aeronavegabilidade tem de preencher os
requisitos seguintes:
Artigo 12.º a) Ter como habilitações um grau académico num dos seguintes
cursos:
Operações de voo
i) Engenharia aeroespacial;
1 — O responsável pelas operações de voo de um operador que te- ii) Engenharia aeronáutica;
nha no seu COA aeronaves cujo certificado de navegabilidade exija iii) Engenharia das telecomunicações;
uma tripulação mínima de dois pilotos tem de preencher os requisitos iv) Engenharia electrónica;
seguintes: v) Engenharia electrotécnica;
a) Ser titular de uma licença válida de piloto de linha área, com as vi) Engenharia mecânica;
qualificações inerentes ao tipo, classe e ou desempenho de uma das vii) Outros cursos de Engenharia ou em Ciências de Engenharia
aeronaves utilizadas pelo operador; relevantes para a manutenção e gestão da continuidade de aeronavega-
b) Possuir experiência profissional comprovada não inferior a três anos bilidade de aeronaves; ou
como piloto-comandante em operações de transporte aéreo comercial
numa das aeronaves de tipo, classe e ou desempenho das aeronaves b) Ser titular de uma licença de manutenção aeronáutica, prevista no
utilizadas pelo operador; Anexo III, Parte 66, do Regulamento (CE) n.º 2042/2003, da Comis-
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são, de 20 de Novembro de 2003, ou ser titular de uma licença OACI Artigo 15.º
equivalente, conforme o aplicável;
Operações de terra
c) Possuir, no mínimo, cinco anos de experiência profissional, nos
quais se devem obrigatoriamente compreender dois anos no exercício O responsável pelas operações de terra tem de preencher os requisitos
de funções relevantes na indústria aeronáutica; ou seguintes:
d) Possuir, no mínimo, 10 anos de experiência profissional em tarefas
a) Possuir, no mínimo, cinco anos de experiência profissional no
de manutenção aeronáutica e ou gestão da continuidade de aeronavegabi-
exercício de funções relevantes num operador com COA; ou
lidade e ou supervisão dessas tarefas, nos quais se devem obrigatoriamente
compreender cinco anos no exercício de funções relevantes no âmbito da b) Possuir, no mínimo, três anos de experiência profissional em
certificação do operador, caso não reúna o requisito previsto na alínea a). técnicas de assistência em escala na organização de transporte aéreo
comercial;
3 — Se, no caso referido no número anterior, o operador requerer ao c) Ter concluído um curso de «Transporte Aéreo de Mercadorias
INAC, I. P. o averbamento no COA de aeronave(s) com uma MTOM su- Perigosas», IATA, Categoria 6;
perior a 5700 kg, o responsável pelo sistema de gestão da continuidade da d) Ter concluído um curso de técnicas de assistência em escala para
aeronavegabilidade é dispensado do cumprimento do requisito previsto na responsáveis (nominated postholder);
alínea a) do n.º 1 desde que possua, no mínimo, cinco anos consecutivos e) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes per-
de experiência profissional no exercício de funções semelhantes ou equi- tinentes para o desempenho das funções.
valentes num operador com COA., reportados ao período imediatamente
anterior ao(s) pedido(s) de averbamento da(s) aeronave(s).
4 — Os responsáveis pelo sistema de gestão da continuidade da ae- SECÇÃO III
ronavegabilidade referidos nos números 1 e 2, devem preencher, ainda,
os requisitos seguintes: Gestores sectoriais
a) Possuir experiência profissional comprovada na aplicação de ín- Artigo 16.º
dices de segurança e de práticas operacionais;
b) Possuir conhecimentos de métodos de manutenção; Sistema de qualidade
c) Possuir conhecimentos de sistemas de qualidade; O gestor do sistema de qualidade tem de preencher os requisitos
d) Possuir conhecimentos abrangentes das partes relevantes de re- seguintes:
quisitos e procedimentos operacionais, de especificações da operação
do titular do COA e do conteúdo ou de partes relevantes do Manual de a) Ser, ou ter sido, titular de uma licença de piloto de linha aérea ou
Operações do operador, quando aplicável; de piloto comercial; ou
e) Possuir sólidos conhecimentos sobre a organização de gestão da b) Ter como habilitações um grau académico num dos seguintes
continuidade de aeronavegabilidade do operador; cursos:
f) Ter sólidos conhecimentos das leis, regulamentos e normas rele- i) Engenharia aeroespacial;
vantes para o desempenho das funções; ii) Engenharia aeronáutica;
g) Possuir conhecimentos de tipo(s) relevante(s) de aeronaves através iii) Engenharia das telecomunicações;
de cursos de formação que devem ser de nível equivalente ao previsto iv) Engenharia electrónica;
no Anexo III, Parte 66, apêndice III, Nível 1 — Familiarização genérica, v) Engenharia electrotécnica;
do Regulamento (CE) n.º 2042/2003, da Comissão, de 20 de Novembro vi) Engenharia mecânica;
de 2003, ministrados por uma organização certificada, nos termos do vii) Outros cursos de Engenharia, em Ciências de Engenharia ou em
Anexo IV, Parte 147, do Regulamento (CE) n.º 2042/2003, da Comissão, Ciências Aeronáuticas relevantes para a operação e manutenção e gestão
de 20 de Novembro de 2003, pelo fabricante ou por outra organização da continuidade de aeronavegabilidade de aeronaves;
aceite pelo INAC, I. P.;
h) Ter concluído um curso em Fuel Tank Safety, se aplicável às ae- c) Possuir, no mínimo, cinco anos de experiência profissional na área
ronaves associadas ao COA do operador; de transporte aéreo comercial, no exercício de funções relevantes num
i) Ter concluído um curso em «Factores Humanos» na manutenção; operador com COA; ou
j) Ter concluído um curso de manutenção para responsáveis (nomi- d) Possuir, no mínimo, cinco anos de experiência na área da
nated postholder); qualidade no exercício de funções de supervisão de actividades de
l) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes perti- manutenção aeronáutica e ou gestão da continuidade de aeronave-
nentes para o desempenho das funções. gabilidade;
5 — A apreciação dos conhecimentos referidos nas alíneas b) a g) e) Possuir formação de base, formação contínua e formação específica
do número anterior é efectuada com recurso a avaliação curricular e a em sistemas da qualidade;
entrevista profissional. f) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes perti-
nentes para o exercício das funções.
Artigo 14.º
Formação e treino do pessoal de voo Artigo 17.º
1 — O responsável pela formação e treino do pessoal de voo tem de Programa da prevenção de acidentes, de segurança
preencher os requisitos seguintes: de voo e do sistema de gestão de segurança
a) Ser titular de uma licença válida de piloto de linha aérea ou de O gestor do programa da prevenção de acidentes, de segurança de
piloto comercial, com as qualificações inerentes ao tipo, classe e ou voo e do sistema de gestão de segurança tem de preencher os requisitos
desempenho das aeronaves utilizadas pelo operador; seguintes:
b) Manter válida uma qualificação de CRI/TRI ou CRE/TRE em a) Ser, ou ter sido, titular de uma licença de piloto de linha aérea ou
qualquer tipo/classe de aeronave utilizada pelo operador; de piloto comercial, com as qualificações inerentes ou equivalentes ao
c) Possuir, no mínimo, três anos de experiência profissional no exer- tipo, classe e ou desempenho das aeronaves utilizadas pelo operador; ou
cício de funções semelhantes num operador com COA; ou b) Ter como habilitações um grau académico num dos seguintes
d) Ter 1000 horas de voo como piloto em operações de transporte aéreo cursos:
comercial em aeronaves de tipo, classe e ou desempenho das aeronaves
utilizadas pelo operador; i) Engenharia aeroespacial;
e) Ter concluído um curso de formação e treino do pessoal de voo ii) Engenharia aeronáutica;
para responsáveis (nominated postholder); iii) Engenharia das telecomunicações;
f) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes per- iv) Engenharia electrónica;
tinentes para o desempenho das funções e que abranja, também, as v) Engenharia electrotécnica;
autorizações especiais constantes do COA do operador. vi) Engenharia mecânica;
vii) Outros cursos de Engenharia ou em Ciências de Engenharia
2 — São dispensados os requisitos previstos nas alíneas a) e b) do relevantes para a manutenção e gestão da continuidade de aeronavega-
número anterior, se o operador nomear um responsável adjunto pela bilidade de aeronaves;
formação e treino do pessoal de voo que seja titular de uma licença válida
de piloto de linha aérea ou de piloto comercial e que mantenha válida c) Possuir, no mínimo, três anos de experiência profissional na área
uma qualificação de CRI/TRI ou CRE/TRE em qualquer tipo/classe de de transporte aéreo comercial, no exercício de funções relevantes num
aeronave utilizada pelo operador. operador com COA;
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d) Possuir formação de base, formação contínua e formação especí- c) Os cursos referidos nas alíneas e) e f) do n.º 1 do artigo 14.º;
fica na área de prevenção de acidentes, segurança de voo e gestão do d) Os cursos referidos nas alíneas c), d) e e) do artigo 15.º;
sistema de segurança; e) O curso referido na alínea f) do artigo 16.º;
e) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes rele- f) O curso referido na alínea e) do artigo 17.º;
vantes para o exercício das funções. g) O curso referido na alínea f) do artigo 18.º;
h) Os cursos referidos nas alíneas b) e d) do artigo 19.º
Artigo 18.º
Programa da gestão electrónica de dados de navegação (EFB) Artigo 21.º

O gestor do programa da gestão electrónica de dados de navegação Substituições


tem de preencher os requisitos seguintes: O disposto no presente regulamento aplica-se às substituições dos
a) Ser titular de uma licença de piloto de linha aérea ou de piloto co- administradores responsáveis (accountable manager), dos responsáveis
mercial, com as qualificações inerentes ao tipo, classe e ou desempenho pelas áreas operacionais (nominated postholders), dos gestores sectoriais
das aeronaves utilizadas pelo operador; ou e dos supervisores, previstas no artigo 9.º
b) Ter como habilitações um grau académico num dos seguintes
cursos: Artigo 22.º
i) Engenharia aeroespacial; Processos pendentes
ii) Engenharia aeronáutica; Os processos de emissão de um COA pendentes à data da entrada
iii) Engenharia das telecomunicações; em vigor do presente regulamento são apreciados e decididos de acordo
iv) Engenharia electrónica; com os procedimentos de aprovação instituídos pelo INAC, I. P., à data
v) Engenharia electrotécnica; da sua apresentação.
vi) Engenharia informática;
vii) Engenharia mecânica; Artigo 23.º
viii) Outros cursos de Engenharia ou em Ciências de Engenharia
relevantes para a manutenção e gestão da continuidade de aeronavega- Entrada em vigor
bilidade de aeronaves; Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 20.º, o presente regula-
mento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
c) Possuir, no mínimo, três anos de experiência profissional na área
de transporte aéreo comercial, no exercício de funções relevantes num 29 de Outubro de 2010. — O Presidente do Conselho Directivo, Luís
operador com COA; A. Fonseca de Almeida.
d) Possuir formação de base, formação contínua e formação específica 203884845
na área da gestão electrónica de dados;
e) Possuir formação de base, formação contínua e formação específica Regulamento n.º 832/2010
na área de garantia de qualidade;
f) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes rele- Normas relativas à operação de aeronaves em regime
vantes para o exercício das funções. de contrato de locação, por operadores
nacionais, no âmbito do transporte aéreo
SECÇÃO IV O recurso à prática da locação de aeronaves entre transportadoras
aéreas tem vindo a ser cada vez mais generalizado, como forma de as
Supervisor transportadoras aéreas oferecerem condições de operação eficientes
com custos mais reduzidos.
Artigo 19.º O Regulamento n.º 32/2003, de 1 de Julho, alterado pelos Regulamen-
tos n.os 249/2007 e 417/2008, respectivamente de 29 de Junho e 22 de
Transporte aéreo de mercadorias perigosas Julho, veio fixar as condições de aprovação pelo Instituto Nacional de
O supervisor das operações de transporte aéreo de mercadorias peri- Aviação Civil, I. P., da operação de aeronaves com recurso a contratos
gosas tem de preencher os requisitos seguintes: de locação, adoptando as normas e práticas internacionais relativas a
esta matéria emanadas da Organização da Aviação Civil Internacional e
a) Possuir, no mínimo, três anos de experiência profissional no exercí-
melhor explicitadas nos documentos emitidos pela mesma Organização,
cio de funções relevantes num operador com COA, nos quais se devem
obrigatoriamente compreender dois anos no exercício de funções em bem como os requisitos técnicos e procedimentos administrativos da
técnicas de assistência em escala; Joint Aviation Authorities (JAA).
b) Ter concluído um curso de «Transporte Aéreo de Mercadorias Sucede, porém, que o Regulamento (CE) n.º 1008/2008, do Parla-
Perigosas», IATA, Categoria 6; mento Europeu e do Conselho, de 24 de Setembro de 2008, que ex-
c) Possuir formação de base, formação contínua e formação específica pressamente revogou o Regulamento (CEE) n.º 2407/92, do Conselho,
na área de transporte aéreo de mercadorias perigosas; de 23 de Julho de 1992, veio estabelecer novas regras no que concerne
d) Ter concluído um curso de legislação aeronáutica nas partes rele- à locação de aeronaves entre operadores comunitários e entre estes e
vantes para o exercício das funções. países terceiros.
A norma OPS 1.165, constante do Regulamento (CE) n.º 859/2008,
da Comissão, de 20 de Agosto de 2008, que alterou o anexo III do
Regulamento (CEE) n.º 3922/91, do Conselho, de 16 de Dezembro de
CAPÍTULO IV 1991, regula, igualmente, alguns aspectos da locação de aeronaves entre
operadores comunitários e operadores comunitários e outras entidades
Disposições transitórias e finais que não sejam operadores comunitários.
Desta forma, com o presente regulamento pretende-se criar um qua-
Artigo 20.º dro normativo conforme às novas regras em vigor, que regulamente e
Administrador responsável (accountable manager), responsáveis complemente o regime constante dos identificados Regulamentos do
pelas áreas operacionais (nominated postholders), Parlamento Europeu e do Conselho e da Comissão, razão pela qual se
gestores sectoriais e supervisor em exercício efectivo de funções procede à terceira alteração ao Regulamento n.º 32/2003, de 1 de Julho,
do INAC, I. P., publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 175, de
1 — O disposto no presente regulamento não se aplica aos adminis- 31 de Julho de 2003.
tradores responsáveis (accountable manager), aos responsáveis pelas Assim, o Conselho Directivo do Instituto Nacional da Aviação
áreas operacionais (nominated postholders), aos gestores sectoriais e Civil, I. P., ao abrigo do disposto no artigo 15.º do Decreto-Lei
aos supervisores que, à data da sua entrada em vigor, se encontrem em n.º 145/2007, de 27 de Abril, por deliberação de … de 2010, aprova
exercício efectivo dessas mesmas funções. o seguinte regulamento:
2 — No prazo máximo de 12 meses, a contar da data da entrada em
vigor do presente regulamento, os operadores devem apresentar ao
Artigo 1.º
INAC, I. P. evidência de que os dirigentes referidos no número anterior
concluíram a seguinte formação: Alteração ao Regulamento n.º 32/2003, de 1 de Julho
a) Os cursos referidos nas alíneas d) e e) dos n.os 1 e 2 do artigo 12.º; Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 8.º, 10.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º, 19.º e 20.º
b) Os cursos referidos nas alíneas h), i), j) e l) do n.º 4 do artigo 13.º; do Regulamento n.º 32/2003, de 1 de Julho, alterado pelos Regulamentos

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