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"Não importa quantas afirmações antigas possamos documentar ou

pressupor, independentemente de sua possível confiabilidade: no


fim, acabamos defrontando com uma lacuna. Mas os escritores
antigos, como os historiadores, desde então, não toleravam as
lacunas e preenchiam-nas de uma forma ou de outra, em última
instância recorrendo à pura invenção" p.14, história antiga -
testemunhos e modelos - Finley.M.
Esse trecho levanta importantes discussões importantes sobre a
CONFIABILIDADE dos registros históricos antigos. Mesmo quando
existem documentos e testemunhos que suportam determinadas
afirmações, devemos sempre TER/ LEVAR EM CONTA que a informação
pode ser perdida ou distorcida ao longo do tempo.

É importante que o historiador seja CRÍTICO ao analisar as fontes


históricas, e entender que nem tudo que está escrito pode ser
tomado como fato.

É necessário que os historiadores sejam TRANSPARENTES, HONESTOS,


sobre as lacunas existentes em seu trabalho. Eles devem INFORMAR
CLARAMENTE sobre a falta de informações, as suposições e
conclusões baseadas em evidências limitadas. (O historiador assim
como qualquer cientista ou investigador deve RECONHECER que sua
capacidade de conhecimento é PARCIAL e LIMITADA a certas
circunstâncias). Isso permite que outros historiadores continuem
investigando e preenchendo essas lacunas no futuro. Em geral, a
BUSCA PELA VERDADE HISTÓRICA É UM PROCESSO CONTÍNUO E NUNCA
COMPLETAMENTE CONCLUÍDO.
Por fim, fazer invenções ou especulações infundadas pode
comprometer a integridade histórica e distorcer a
compreensão dos eventos passados.
Se não há nenhum tipo de fonte histórica para preencher as
lacunas, o historiador deve recorrer à sua honestidade. Para se
fazer boa história, deve-se ser HONESTO, não ocultar nada que
saiba ter acontecido. O historiador que coloca sua ideologia,
crença ou seu sistema explicativo acima da História, tem diante
de si a tentação de PREFERIR fatos que SE AJUSTEM à SUA ideia e
OCULTAR o que sabe que pode fazer com que seu leitor DISCORDE
DELE.

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