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Hidráulico-Sanitárias
2a. Edição
Campinas, 2007
Revisada em 2013
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA – BAE –
UNICAMP
ISBN
978-85-906854-0-1
Dedicatória
À minha mãe Angelina e à minha sogra Orieta, duas mulheres que admiro por fazerem de
todos os seus dias o dia dos filhos.
À Jane, minha esposa, pelo amor, apoio, paciência e dedicação.
Aos meus filhos, Olívia e Lorenzo, minhas paixões e razão de tudo.
Instalações Hidráulico-Sanitárias
Agradecimentos
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1
1.1 – Generalidades...................................................................................................... 1
1.2 – A qualidade das instalações hidráulicas............................................................. 1
1.3 – Projeto Hidráulico................................................................................................. 2
1.4 – Referências bibliográficas.................................................................................... 7
CAPÍTULO 2
SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO (SPES)............................................. 8
2.1 – Introdução............................................................................................................ 8
2.2 – Terminologia adotada na NBR-8160/99............................................................... 8
2.3 – Classificação dos Sistemas Prediais de Esgotos Sanitários............................... 17
2.4 – Projeto do Sistema Predial de Esgoto Sanitário.................................................. 20
2.5 – Recomendações gerais....................................................................................... 22
2.6 – Dimensionamento................................................................................................ 27
2.7 – Referências bibliográficas.................................................................................... 56
ANEXO A: Símbolos..................................................................................................... 57
ANEXO B: Convenções gráficas................................................................................... 58
ANEXO C: Aparelhos sanitários – medidas.................................................................. 59
CAPÍTULO 3
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA (SPAF).............................................................. 63
3.1 – Introdução........................................................................................................... 63
3.2 – Terminologia adotada na NBR 5626/1998.......................................................... 63
3.3 – Fontes de abastecimento.................................................................................... 69
3.4 – Sistemas de abastecimento e distribuição.......................................................... 69
3.5 – Componentes e características do SPAF........................................................... 74
3.6 – Dimensionamento das tubulações da rede predial de distribuição..................... 93
3.7 – Dimensionamento do sistema de recalque......................................................... 119
3.8 – Cavitação em bombas........................................................................................ 125
3.9 – Projeto do Sistema Predial de Água Fria (SPAF)............................................... 134
3.10 – Problemas práticos propostos............................................................................ 150
3.11 – Referências bibliográficas.................................................................................. 151
ANEXO Alturas dos pontos de utilização dos aparelhos e peças em relação ao piso
acabado e detalhes.......................................................................................... 152
CAPÍTULO 4
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA QUENTE (SPAQ)...................................................... 163
4.1 – Introdução............................................................................................................ 163
4.2 – Terminologia adotada na NBR 7198/1993........................................................... 163
4.3 – Fundamentos sobre aquecimento de água.......................................................... 166
Instalações Hidráulico-Sanitárias [iii]
CAPÍTULO 5
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS (SPAP)............................................... 237
5.1 – Introdução............................................................................................................ 237
5.2 – Terminologia adotada na NBR 10844/89............................................................. 237
5.3 – Exigências da NBR 10844/89.............................................................................. 240
5.4 – Classificação dos sistemas prediais de águas pluviais........................................ 240
5.5 – Parâmetros hidrológicos...................................................................................... 240
5.6 – Vazão de projeto.................................................................................................. 244
5.7 – Coberturas horizontais de laje............................................................................. 246
5.8 – Calhas.................................................................................................................. 248
5.9 – Condutores horizontais........................................................................................ 253
5.10 – Condutores verticais.......................................................................................... 256
5.11 – Problemas práticos propostos............................................................................ 266
5.12 – Referências bibliográficas.................................................................................. 266
CAPÍTULO 6
SISTEMA PREDIAL DE GÁS COMBUSTÍVEL (SPGC).............................................. 267
6.1 – Introdução............................................................................................................ 267
6.2 – Definições mais importantes utilizadas pelas NBR 13932/97 e NBR
13933/97....................................................................................................................... 267
6.3 – Requisitos gerais (p/ GLP e GN).......................................................................... 271
6.4 – Sistema Predial de Gás Combustível – GLP....................................................... 277
6.5 – Sistema Predial de Gás Combustível – GN......................................................... 298
6.6 – Materiais empregados nos Sistemas Prediais de Gás Combustível................... 309
6.7 – Aparelhos de utilização e sua adequação aos ambientes................................... 312
6.8 – Chaminés............................................................................................................. 313
[iv] Instalações Hidráulico-Sanitárias
CAPÍTULO 7
SISTEMAS PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO:
HIDRANTES/MANGOTINHOS E EXTINTORES.......................................................... 326
7.1 – Introdução............................................................................................................ 326
7.2 – Principais substâncias utilizadas no combate a incêndio.................................... 326
7.3 – Classificação das edificações e áreas de risco.................................................... 328
7.4 – Sistema de proteção por extintores de incêndio.................................................. 329
7.5 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos segundo NBR – 13714/2000 da
ABNT e IT22-CB-SP........................................................................................ 332
7.6 – Dimensionamento segundo a NBR 13714/2000 e a IT.22-CB/SP....................... 348
7.7 – Reserva de incêndio ........................................................................................... 351
7.8 – Reservatórios....................................................................................................... 352
7.9 – Bombas de incêndio segundo a NBR 13 714 e IT.22-CB/SP................... 357
7.10 – Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos segundo a NBR 13
714 e IT.22-CB/SP........................................................................... 360
7.11 - Bombas acopladas a motores de combustão interna segundo a NBR
13714 e IT.22-CB/SP.......................................................................... 363
7.12 - Casos de isenção de sistemas de hidrantes e de mangotinhos segundo
a IT.22-CB/SP.................................................................................... 365
7.13 – Dimensionamento de Sistemas de Hidrantes e ou Mangotinhos por
gravidade utilizando a IT.22-CB/SP................................................................. 366
7.14 – Dimensionamento de Sistemas de Hidrantes e ou Mangotinhos utilizando
bomba de incêndio........................................................................................... 369
7.15 – Problemas práticos propostos............................................................................ 382
7.16 – Referências bibliográficas.................................................................................. 383
ANEXO A
DECRETO Nº 56.819, DE 10 DE MARÇO DE 2011 ESTADO DE SÃO PAULO.
PARCIAL....................................................................................................................... 385
ANEXO B
CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO....................................... 407
Instalações Hidráulico-Sanitárias [1]
Introdução
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1.1 – Generalidades
Segundo CREA e IBAPE (1999) “O homem criou os edifícios, até certo ponto, à sua
imagem e semelhança”.
- Assim como o ser humano tem esqueleto, os edifícios têm estruturas.
- Assim como o ser humano tem musculatura, os edifícios têm alvenaria.
- Assim como o ser humano tem pele, os edifícios têm revestimentos.
- Assim como o ser humano tem sistema circulatório, os edifícios têm instalações
hidráulicas e elétricas”.
Segundo CREA e IBAPE (1999) para a garantia de sua perfeita utilização e manutenção
recomenda-se manter em arquivo; e com conhecimento dos responsáveis pela edificação,
todos os documentos e desenhos integrantes do projeto completo de hidráulica.
Ainda segundo CREA e IBAPE, em conseqüência de vazamentos e/ou infiltrações,
podem ocorrer as seguintes situações indesejáveis:
Por: Evaldo Miranda Coiado
[2] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Introdução
Outros
Pátio
9%
17%
Estrutura
9%
Aquecimento,
Luz
Pintura, 18%
Aberturas
25%
Instalaçôes
Hidráulicas
22%
0,50
MAX. 2,20
MIN. 2,00
1,30
1,10
Figura 1.2 – Encaminhamento das tubulações dos SPES e SPAF – Trechos verticais
embutidos na alvenaria e trechos horizontais passando por forro falso.
Figura 1.3 – Encaminhamento das tubulações – trechos verticais pelos vazios dos blocos e
trechos horizontais por forro falso
Esta solução permite o acesso praticamente a todos os trechos dos SHP. Consiste
na adoção conjunta de “shafts” para o encaminhamento das colunas e sobreposição à
alvenaria dos ramais e sub-ramais, sem enchimento.
Vantagens:
• Não há necessidade de efetuar cortes na alvenaria;
• A execução é facilitada;
TQ CV
"SHAFTS"
Figura 1.5 – Encaminhamento das tubulações – trechos verticais (colunas) passando por
“shafts” e trechos horizontais por forro falso.
50
190
25 110 25 110 25
47,5
50
5
145
29
47,5
14
5
295
CREA - IBAPE. Manual do Proprietário: A Saúde dos Edifícios. Rip Editores, 1999.
LICHTENSTEIN, N. B.. Patologia das Construções. 1985. Dissertação de Mestrado
(Mestrado em Engenharia Civil) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
/USP, São Paulo.
SANTOS, D. C. dos; ILHA, M. S. O.; e NUNES, S. S. Qualidade dos Sistemas Hidráulicos
Prediais: EC. 712 – Instalações Prediais, Hidráulicas e Sanitárias. Faculdade de
Engenharia Civil. UNICAMP, 2003.
CAPÍTULO 2
SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO (SPES)
2.1 – Introdução
Figura 2.1a – Indicação da altura do fecho Figura 2.1b – Indicação da altura do fecho
hídrico em um sifão. hídrico em uma bacia sanitária.
- Cálculo do volume de
retenção na caixa de
gordura individual (CGI):
- Caixa de gordura
individual (CGI) também
chamada caixa de
gordura pequena (CGP)
de concreto. Usada para
uma cozinha.
- Fecho hídrico 20 cm.
2.2.14 – Desconector
É o dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no
sentido oposto ao deslocamento do esgoto. Exemplos: sifões sanitários, ralos sifonados e
caixas sifonadas. (Figura 2.1).
2.2.31 – Sifão
É o desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto
sanitário. (Figura 2.1.)
2.2.34 – Subcoletor
É a tubulação que recebe efluente de um ou mais tubos de queda ou ramais de
esgotos. (Figuras 2.5 e 2.11).
Por: Evaldo Miranda Coiado
[16] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES]
2.2.35 – Tubo de queda
É a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga. (Figuras 2.11).
Esta tipologia, conforme Figura 2.14, diferencia-se da tipologia anterior apenas pelo
fato de não apresentar ramais de ventilação, isto é, a ventilação secundária consta somente
de uma coluna conectada ao tubo de queda.
Figura 2.13 – SPES com ventilação através do tubo primário, coluna e ramais de
ventilação.
Figura 2.14 – SPES com ventilação através do tubo ventilador primário e coluna de
ventilação.
• Planejamento;
• Dimensionamento;
• Desenhos e memorial descritivo.
2.4.1 – Planejamento
Nesta etapa o projetista deve definir juntamente com os outros projetistas envolvidos
(arquitetos, engenheiros de estruturas, engenheiros elétricos, e etc) as técnicas construtivas
a serem adotadas. Devem ser observadas todas as recomendações das normas, bem como
os componentes e características do SPES. Por exemplo, tipo de material a ser adotado
existente no mercado, PVC, ou outro. É considerada a etapa mais importante.
2.4.2 – Dimensionamento
2.4.3.1 – Desenhos
• Detalhes 1:20
- Plantas dos ambientes sanitários apresentando o traçado e diâmetros das
tubulações.
Em todas as plantas devem constar:
- Identificação da obra;
- Nome do responsável técnico e seu número no CREA;
- Lista de material;
- Tipo de material;
- Numeração das colunas, caixas, etc;
- Simbologia.
Memorial descritivo.
“A Instalação de Esgotos Sanitários segue rigorosamente os princípios preconizados
na NBR-8160/99, disposições legais do Estado (Código Sanitário Estadual) e do Município
(Prescrição Municipal), bem como as prescrições dos fabricantes dos diversos materiais e
equipamentos. A IES compõem-se do conjunto de canalizações, aparelhos sanitários e
demais acessórios”.
Especificações técnicas.
As especificações, devidamente subdivididas pelos tipos de projeto e relacionadas
por itens, devem apresentar todas as características dos serviços, materiais e equipamentos.
Em relação aos materiais, devem ser citadas as normas a eles pertinentes, seu padrão de
qualidade e eventuais testes para recebimento e aceitação. Com relação aos equipamentos,
a marca, características técnicas e critérios de recebimento.
Figura 2.17 – Dispositivos de inspeção nos ramais de descarga das pias de cozinha e
máquinas de lavar louças.
E) Para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, devem ser previstos tubos de
queda especiais com ventilação primária. Estes tubos devem descarregar em
uma caixa de gordura coletiva.
F) Recomenda-se o uso de caixas de gordura para efluentes que contenham
resíduos gordurosos.
G) As pias de cozinha e/ou máquinas de lavar louças instaladas superpostas em
vários pavimentos devem descarregar em tubos de quedas exclusivos, os quais
conduzem os esgotos para caixas de gordura coletivas; sendo vetado o uso de
caixas de gordura individuais nos andares.
H) O interior das tubulações deve ser sempre acessível através de dispositivos de
inspeção.
I) Desvios em tubulações enterradas devem ser feitos empregando-se caixas de
inspeção.
J) A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou de uma coluna de
ventilação deve:
• Prolongar-se verticalmente pelo menos 0,30 m acima da cobertura; todavia,
quando esta atender outros fins além de simples cobertura, a elevação
vertical deve ser, no mínimo, de 2,00 m, Figura 2.19; não sendo conveniente
o referido prolongamento, pode ser usado um barrilete de ventilação;
• Conter um terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a
entrada das águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.
K) O projeto do subsistema de ventilação dever ser feito de modo a impedir o
acesso de esgoto sanitário na interior do mesmo.
2.6 – Dimensionamento
O SPES funciona por gravidade, isto é, existe pressão atmosférica ao longo de todas
as tubulações, característica esta mantida pelo sistema de ventilação.
As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades
Hunter de Contribuição (UHC) ou pelo Método Hidráulico devendo, em qualquer um dos
casos, ser respeitados os diâmetros mínimos dos ramais de descarga apresentados no
Quadro 2.2.
Neste texto será apresentado somente o Método das Unidades de Contribuição
(UHC) por ser o mais utilizado. O Método Hidráulico pode ser consultado em ABNT/NBR
8160:1999.
A) - Tubulações
B) - Desconectores
No caso das caixas sifonadas especiais, o fecho hídrico deve ter altura mínima de 20
cm; as mesmas devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível e o
orifício de saída deve ter o diâmetro nominal, de no mínimo DN75.
C) - Dispositivos complementares
V = 2.N + 20 (2.1)
Na qual:
N = número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a
caixa de gordura no turno em que existe mais afluxo;
V = volume em litros.
D) Dispositivos de inspeção
O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de
dispositivo de inspeção. Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser
respeitadas, no mínimo as seguintes condições:
i) A distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25m,
Figura 2.24;
ii) A distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de
inspeção mais próximo não deve ser superior a 15m, Figura 2.24;
Por: Evaldo Miranda Coiado
[36] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES]
iii) Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias
sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os
dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a 10,0m.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas
devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita.
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser
instaladas a menos de 2m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas, Figura
2.24.
2.6.3.1 – Introdução
A caixa coletora, Figura 2.25, deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar
a freqüência exagerada de partida e parada das bombas por um volume insuficiente, bem
como a ocorrência de estados sépticos por um volume exagerado.
No caso da caixa coletora receber os efluentes de bacias sanitárias, deve ser
considerado o atendimento aos seguintes aspectos:
A) A caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual a 90 cm, a contar
da geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa; o fundo deve ser
suficientemente inclinado, para impedir a deposição de materiais sólidos quando
a caixa for esvaziada completamente;
B) A caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente
independente de qualquer outra ventilação utilizada no edifício;
C) Deve ser instalado pelo menos dois grupos moto-bombas para funcionamento
alternado. Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com diâmetro
de 6 cm, e o diâmetro nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN
75.
No caso da caixa coletora não receber os efluentes de bacias sanitárias, devem ser
considerados os seguintes aspectos:
A) A profundidade mínima deve ser igual a 60 cm;
B) As bombas devem permitir a passagem de esfera de 1,8 cm e o diâmetro
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 40.
As tubulações de sucção devem ser previstas de modo a se ter uma para cada
bomba e possuir diâmetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulações de recalque.
Q.t (2.2)
Vu =
4
Na qual:
Vu = volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da
caixa (faixa de operação da bomba), em metros cúbicos;
O volume total da caixa coletora é igual a soma do volume útil da caixa coletora e
os volumes ocupados pelas bombas (se forem do tipo submersível), tubulações e acessórios
da instalação que se encontrem no interior da caixa coletora.
Vt (2.3)
d=
q
Na qual:
d = tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em minutos. Não deve ser
maior que 30 minutos;
Vt = volume total da caixa coletora, em m3;
q = vazão média de esgoto afluente, em m3/min.
O diâmetro nominal do ramal de ventilação não deve ser inferior aos limites que
constam no Quadro 2.9.
O diâmetro nominal mínimo de cada trecho de acordo com o Quadro 2.10, sendo
que o número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda
Figura 2.26.d – Área de serviço e cozinha de um dos apartamentos dos pavimentos tipo.
Solução:
B) TUBOS DE QUEDA
C) SUB-COLETORES, E COLETOR.
C.1) SUB-COLETORES
C.2) COLETOR
Cada pavimento, térreo e tipo, contém 4 apartamentos iguais e cada apartamento contribuirá
com 273 UHC, resultando para o coletor 1092UHC. Para a declividade de 1%, obtém do
Quadro 2.6, o DN200. Para a declividade de 2%, obtém do Quadro 2.6, o DN200.
D) RAMAL DE VENTILAÇÃO
Trecho (2 – CV1):
Para 18 UHC, e grupos de aparelhos com bacias sanitárias, obtém-se do Quadro 2.9 o
diâmetro nominal do ramal de ventilação igual a DN75.
E) COLUNA DE VENTILAÇÃO
F) BARRILETE DE VENTILAÇÃO
Para efeito de exemplo, considere que os três tubos de queda (TQ1, TQ2, e TQ3) serão
conectados a um barrilete de ventilação. O (TQ1) contribuirá com 72UHC, o (TQ2)
contribuirá com 36UHC, e o (TQ3) contribuirá com 216UHC, totalizando 324UHC. Com:
[DN100]; [324UHC→(320<UHC≤530]; [comprimento da (CV1) igual a 41m→(6<UHC≤46)],
obtém-se do Quadro 2.10 o diâmetro nominal do barrilete de ventilação igual a DN75.
G) CAIXA DE GORDURA
Cada caixa de gordura receberá efluentes de 13 pias de cozinhas, portanto será considerada
especial. Considerando 4 pessoas por apartamento, então 52 pessoas serão servidas pelas
cozinhas que contribuem para a caixa de gordura. O volume da caixa de gordura será:
Vol. = 2x52 +20 = 124 litros;
Altura molhada = 60 cm;
Parte submersa do septo = 40 cm;
Diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída = DN100.
Por: Evaldo Miranda Coiado
[54] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES]
Exemplo prático 2.2
Considere uma situação em que o efluente de todos os aparelhos sanitários será reunido
numa caixa coletora e esgotado por bombeamento. Trata-se de um prédio de apartamentos
com 72 apartamentos de 2 quartos. Dimensione a caixa coletora, e a instalação de recalque.
As tubulações de sucção e de recalque serão de PVC.
SOLUÇÃO:
Para prédios de apartamentos são previstas 2 pessoas por dormitório (Quadro 3.5/SPAF).
Portanto, o número de pessoas será igual a: 4 x 72 = 288 habitantes.
Consumo per capita = 200 litro por dia (Quadro 3.4/SPAF).
Consumo diário = 288 x 200 = 57.600 litros.
57.600
q= ≈ 0,67 L/s ou 0,04 m3/min.
24 x3600
C) CAPACIDADE DA BOMBA:
Segundo a ABNT/NBR 8160:1999: [“o intervalo entre duas partidas consecutivas do motor
não seja inferior a 10 minutos.”); (“o tempo de detenção do esgoto na caixa coletora não
deve ultrapassar a 30 minutos”)]. Para atender a norma, o intervalo de tempo entre duas
partidas consecutivas será assumida igual a 30 minutos, assim, durante o período de 24
horas, o conjunto moto-bomba funcionará 12 horas.
0,08 x30
Vu = ≈ 0,60 m3 ou 600 litros.
4
E) VOLUME TOTAL DA CAIXA COLETORA:
0,75
d= ≈ 19 minutos.
0,04
A vazão de recalque é 1,34 L/s, e a bomba será acionada a cada 30 minutos, portanto
funcionará 12 horas por dia. Utilizando a fórmula de Forchheimer, (Consulte item 3.7.8, do
Capitulo 3), tem-se:
Por: Evaldo Miranda Coiado
[56] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Esgoto Sanitário [SPES]
0 , 25
12
Dr = 1,3. . 1,34.10−3 = 0,040 m ou (PVC-DN40; Di = 44 mm)
24
ANEXO A: Símbolos
Mictório suspenso
[Desenho modificado extraído de: Highlight Caddproj Hidráulica, 2006]
Lavatório
[Desenho modificado extraído de: Highlight Caddproj Hidráulica, 2006]
Tanque
CAPÍTULO 3
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA FRIA (SPAF)
3.1 – Introdução
3.2.5 – Barrilete
Tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de
distribuição, quando o tipo de abastecimento é indireto, (Figura 3.2). No caso de tipo de
abastecimento direto, pode ser considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal
predial ou diretamente ligada á fonte de abastecimento particular.
3.2.6 – Camisa
Disposição construtiva na parede ou piso de um edifício, destinada a proteger e/ou
permitir livre movimentação à tubulação que passa no seu interior.
3.2.11 – Duto
Espaço fechado projetado, para acomodar tubulações de água e componentes em
geral, construído de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu
comprimento como em pontos específicos através da remoção de uma ou mais coberturas,
sem ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo. Incluí
também o “shaft” que usualmente é entendido como um duto vertical.
3.2.13 – Junta
Resultado da união de dois componentes através de um determinado processo,
envolvendo ou não materiais complementares.
3.2.19 – Ramal
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
(Figura 3.3).
3.2.24 – Retrossifonagem
Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à pressão ser inferior à
atmosférica.
3.2.26 – Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal a ponto de utilização. (Figura 3.3).
3.2.27 – Tubulação
Conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e
registros, destinado a conduzir água fria.
O abastecimento de uma instalação predial de água fria pode ser feito pela rede
pública ou por fonte particular (nascentes ou lençol subterrâneo).
Nos casos de nascentes e lençol subterrâneo, há a necessidade de verificação
periódica da potabilidade.
A utilização da rede pública é sempre preferencial em função de a água ser potável,
o que pode não ocorrer em relação a outras fontes. O padrão de potabilidade é estabelecido
pela Portaria nº 36 do Ministério da Saúde.
A água não potável pode também abastecer parcialmente um sistema de água fria,
desde que sejam tomadas precauções para que as duas redes não se conectem, evitando-
se a chamada conexão cruzada. Essa água, geralmente de menor custo, pode atender a
pontos de limpeza de bacias e mictórios, combate a incêndio, uso industrial, lavagem de
pisos e automóveis, jardinagem, e etc., onde não se fizer necessário o requisito de
potabilidade. Esse sistema deve ser totalmente independente daquele de água potável e
caracterizado com avisos alertando da não potabilidade.
A NBR 5626/1998 deixa livre a escolha do tipo de sistema a ser utilizado, mas
recomenda consultar as condições da concessionária local.
O Código Sanitário de São Paulo, Decreto nº 12342 – 27/03/78, apresenta,
basicamente, dois artigos que referenciam os tipos de sistemas prediais de água fria a
serem adotados:
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [73]
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
• Artigo 10: “Sempre que o abastecimento de água não puder ser feito com
continuidade e sempre que for necessário para o bom funcionamento das
instalações prediais, será obrigatória a existência de reservatórios prediais”.
• Artigo 12: “Não será permitida: I) A instalação de dispositivos para a sucção
da água diretamente da rede”.
A SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, refere-se
ao sistema predial de água fria nos seguintes artigos:
• Artigo 28: “ ...deverão ser providos de reservatórios...:”
Item I – Prédios com mais de 3 pavimentos deverão ter reservatórios inferior e
superior.
• Artigo 29: Veta qualquer dispositivo de sucção ligado diretamente à rede
pública.
3.5.1.2 – Dimensionamento
3.5.2 – Cavalete/hidrômetro
As NBR 10925/89, NBR 11304/90, e NBR 14122/98, tratam dos cavaletes de PVC
DN 20, de polipropileno DN 20, e de aço galvanizado, respectivamente, para ramais prediais.
A NBR 8193/97 trata dos hidrômetros taquimétricos para água fria até 15 m3/hora.
O cavalete deve ser instalado em abrigo próprio para proteção contra o sol e
intempéries contendo um registro, para o caso comum de ramais prediais, com diâmetro de
25 mm. Cada Concessionária adota um modelo, na prática muito parecidos entre si.
Usualmente, devem ser colocados, no máximo, a 1,50 m da divisa frontal do terreno, de
modo a facilitar a leitura do hidrômetro pela concessionária.
3.5.2.2 – Dimensionamento
O alimentador predial (ou ramal interno) inicia a partir do hidrômetro e se estende até
a torneira de bóia ou outro componente que cumpra a mesma função. Tendo em vista a
facilidade de operação do reservatório, a NBR 5626/98 recomenda que um registro de
fechamento seja instalado fora dele, para permitir sua manobra sem necessidade de
remover a tampa.
Ainda segundo a NBR 5626/98, o alimentador predial pode ser aparente, enterrado,
embutido ou recoberto. No caso de ser enterrado, deve-se observar uma distância mínima
horizontal de 3,0 m de qualquer fonte potencialmente poluidora, como fossas negras,
sumidouros, valas de infiltração, etc, respeitando a NBR 7229/93 – Projeto, construção e
operação de sistemas de tanques sépticos, e em outras disposições legais. No caso de
serem instaladas, na mesma vala, tubulações enterradas de esgoto, o alimentador predial
deve apresentar sua geratriz inferior 30 cm acima da geratriz superior das tubulações de
esgoto.
Quando enterrado, a NBR 5626/98 recomenda que o alimentador predial seja
posicionado acima do nível do lençol freático para diminuir o risco de contaminação da
instalação predial de água fria em uma circunstância acidental de não estanqueidade da
tubulação e de pressão negativa no alimentador predial.
Nos casos em que há a necessidade de reservatório inferior a extremidade de
jusante do alimentador dotada de uma das seguintes soluções:
• Caixa piezométrica, Figura 3.11. A caixa piezométrica é uma caixa
reguladora do nível piezométrico de 200 a 300 litros, com entrada da água a
3 m acima do meio fio, (Macintyre, 3a. Edição);
Figura 3.12 – Alimentação do reservatório inferior, com torneira bóia a 50 cm, no mínimo,
acima do nível do meio fio.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [79]
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
CD
Qmin = (3.1)
86400
Na qual:
Qmin = vazão mínima em (l/s);
CD = consumo diário em (litros).
Utilizando a equação da continuidade pode-se calcular o diâmetro do alimentador
predial através de:
4.Qmin
D AP = (3.2)
π .V
Adotando o valor da velocidade de escoamento na rede pública igual a 0,6 m/s,
menor valor do intervalo 0,60 m/s ≤ V ≤ 1,0 m/s, obtém-se:
Observação: nas Equações (3.3) e (3.4) a unidade do valor da vazão (Qmin) é (m3/s).
- Para a velocidade média de escoamento na rede pública igual a 1,0 m/s, obtém-se:
D1, 0 = 1,128. 1,12 x10 −3 = 0,040 m ou 40 mm
Na qual:
VRI = volume do reservatório inferior;
CD = consumo diário;
VI = volume de combate a incêndio;
Voutros = outros volumes.
Na qual:
VRS = volume do reservatório superior;
CD = consumo diário;
VI = volume de combate a incêndio;
Voutros = outros volumes.
Nas Figuras 3.14 e 3.15 são apresentados cortes esquemáticos com alguns
componentes dos reservatórios, superior e inferior
Os reservatórios de capacidade superior a 4000 litros devem ser divididos em dois
compartimentos iguais, comunicantes através de um barrilete provido de registros de
fechamento (exemplo: gaveta) para facilitar a limpeza, ou conserto de qualquer dos
compartimentos, ficando o outro em uso.
Os reservatórios superiores devem ficar com o fundo no mínimo a 0,80 m acima do
piso do compartimento, sobre o qual estejam situados para facilidade de acesso aos
barriletes e encanamento de limpeza, (Macintyre, 3a. Edição).
A NBR 5626/98, estabelece que o acesso ao interior do reservatório, para inspeção
e limpeza, deve ser garantido através de abertura com dimensão mínima de 60 cm, em
Por: Evaldo Miranda Coiado
[86] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
qualquer direção. No caso de reservatório inferior, abertura deve ser dotada de rebordo com
altura mínima de 10 cm para evitar a entrada de água de lavagem de piso e outras.
A NBR 5626/98 recomenda observar uma distância mínima de 60 cm (que pode ser
reduzida até 45 cm), no caso de reservatório de pequena capacidade até 1000 litros:
• Entre qualquer ponto do reservatório e o eixo de qualquer tubulação
próxima, com exceção daquelas diretamente ligadas ao reservatório;
• Entre qualquer ponto do reservatório e qualquer componente utilizado na
edificação que possa ser considerado um obstáculo permanente;
• Entre o eixo de qualquer tubulação ligada ao reservatório e qualquer
componente utilizado na edificação que possa ser considerado um obstáculo
permanente.
Cada compartimenta do reservatório inferior deve conter uma canalização de sucção
para água limpa. O crivo da canalização de sucção deve ficar numa posição tal que respeite
as seguintes dimensões:
a) Para evitar a entrada de ar na tubulação de sucção da bomba:
Nas quais:
H1 = profundidade indicada na Figura 3.15 em (m);
V = velocidade média da água no tubo de sucção em (m/s);
Ds = diâmetro interno da tubulação de sucção;
g = aceleração da gravidade em (m/s2).
Nas quais:
H2 = profundidade indicada na Figura 3.15 em (m);
Ds = diâmetro interno da tubulação de sucção;
Visando atender a NBR 5626/98, para que o extravasor tenha capacidade de escoar
o volume de água em excesso, o diâmetro interno da tubulação de extravasão deverá ter
diâmetro superior da tubulação de alimentação do reservatório.
Para isto, deverá ser prevista uma altura (h) de revanche, Figuras 3.14 e 3.15, acima
do nível de extravasão, para vencer a taquicarga (V2/2.g) e as perdas de carga singulares e
distribuídas desde a entrada do extravasor até a sua saída, calculadas com a vazão do
alimentador e um diâmetro comercial acima do diâmetro da tubulação do alimentador.
Assim, a altura (h) será dada por:
8.Qa2
h = ∆hT + (3.12)
π 2 .De4 .g
Na qual:
h = profundidade acima do nível de extravasamento;
∆hT = perda de carga total desde a entrada até a saída do extravasor;
Segundo Macintyre, 3a Ed., para atender a boa prática, o extravasor deve ser
constituído por um tubo horizontal, um joelho, um tubo vertical com cerca de 50 cm, tendo na
extremidade uma tela de proteção contra insetos. Para compensar a perda de carga devido
a presença da tela, pode-se alargar a secção da saída do extravasor.
A tubulação de aviso dever ter diâmetro igual ou superior a 19 mm que escoará
parte do volume extravasado em local de fácil visualização, enquanto o restante (com maior
vazão) irá para outro local de fácil escoamento, canaleta ou ralo de águas pluviais, de modo
a não causar transtorno às atividades da edificação.
Solução:
a) O diâmetro do extravasor deverá ser maior que o da tubulação da linha de recalque. Será,
portanto, adotado para o extravasor o diâmetro de 3” (75mm).
Comprimento equivalente
Denominação
(m)
1 entrada de borda (3”) 2,2
1 cotovelo de 900 raio curto (3”) 2,1
1 saída de canalização (3”) 2,2
Comprimento real 0,50
Comprimento virtual = Lv 7,0
4,51,88
J = 20,2 x10 5. = 0,02416mca / m
75 4,88
8.0,0045 2
R.: h = 0,17 + = 0,22 m ou ≅ 25 cm
π 2 .0,0754.9,81
Segundo Botelho e Ribeiro Jr, 1998, no caso de se utilizar uma das alternativas
apresentadas na Figura 3.17, a coluna de ventilação deve ser executada de acordo com as
seguintes características abaixo:
• Ter diâmetro igual ou superior ao da coluna, de onde se deriva (a NBR 5626/98,
recomenda adotar o diâmetro da coluna de ventilação igual ao da coluna de
distribuição);
• O ponto de ligação, entre a tubulação de ventilação e a coluna de distribuição, será
sempre localizado à jusante do registro de fechamento existente na própria coluna;
• Haver uma para cada coluna que serve a aparelho possível de provocar
retrossifonagem;
• Ter sua extremidade livre acima do nível máximo admissível do reservatório.
3.5.4 – Barrilete
Cada peça de utilização é projetada para funcionar mediante determinada vazão que
não poderá ser menor que a vazão de projeto apresentada no Quadro 3.8.
Para instalações destinadas ao uso normal da água e dotadas de aparelhos
sanitários e peças de utilização usuais, nunca há o caso de se utilizar todas as peças ao
mesmo tempo. Assim, por razões de economia, é usual estabelecer uma demanda
simultânea de água menor do que a máxima possível.
Baseado na experiência foi proposto o método de pesos relativos que permite obter
uma vazão estimada considerando a não simultaneidade de uso dos aparelhos. Esta vazão
pode ser calculada através da seguinte equação:
Q = 0,3. ∑ P (3.13)
Na qual:
Q = vazão estimada (de dimensionamento) no trecho de tubulação considerado, em
litros por segundo;
∑P = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pelo
trecho de tubulação considerado.
Os pesos relativos foram estabelecidos empiricamente em função da vazão de
projeto e são apresentados no Quadro 3.8.
Segundo a NBR 5626/98, o método dos pesos relativos não se aplica quando o uso
é intensivo (como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde se torna
necessário estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos de
demanda.
8. f .L.Q 2
∆hd = 2 5
π .Di .g (3.14)
8. f .Q 2
J= 2 5
π .Di .g (3.15)
Nas quais:
∆hd = perda de carga ao longo do comprimento (L) do tubo em (mca);
L = comprimento do tubo em (m);
Q = vazão em (m3/s);
f = fator de atrito ou coeficiente de perda de carga;
Di= diâmetro interno da tubulação em (m);
J = perda de carga unitária em (mca/m).
O fator de atrito (f) pode ser calculado utilizando a equação de Swamee (1993), para
todos os regimes de escoamento (laminar, turbulento hidraulicamente liso, transição, e
turbulento hidraulicamente rugoso):
0 ,125
64 8 e 5,74 2500
6 −16
f = + 9,5.ln + 0,9 − (3.16)
Re 3,7.Di Re Re
Na qual:
e = rugosidade absoluta da tubulação;
Di= diâmetro interno da tubulação em;
Re = número de Reynolds, dado por:
4.Q
Re = (3.17)
π .Di .υ
Na qual:
Q = vazão;
Di = diâmetro interno da tubulação;
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [95]
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
Equações de Fair-Whipple-Hsiao:
Q1,88
J = 20,2 x10 5. (3.18)
Di4,88
Q1,75
J = 8,69 x10 5. (3.19)
Di4, 75
Nas quais:
J = perda de carga unitária, em metros coluna de água por metro (mca/m);
Q = vazão em (L/s);
Di = diâmetro interno do tubo em (mm).
As perdas de carga nas conexões que ligam os tubos, formando as tubulações, deve
ser expressa em termos de comprimento equivalentes desses tubos. Os Quadros 3.10 a
3.14 apresentam esses comprimentos.
Q2
∆hreg . = 8.105.K . (3.21)
π 2 .Di4
Na qual:
∆hreg.= perda de carga no registro em (mca);
K = coeficiente de perda de carga do registro (consultar NBR 10071);
Q = vazão estimada em (L/s);
Di = diâmetro interno da tubulação, em (mm).
2
Q
∆hhid . = 129,6. (3.22)
Qmax
Na qual:
∆hhid. = perda de carga no hidrômetro em (mca);
Q = vazão estimada em (L/s);
Qmax. = vazão máxima especificada para o hidrômetro, em (m3/h) (consultar Quadro
3.15).
A perda de carga total é igual a soma das perdas de carga distribuídas mais as
localizadas dada por:
Na qual:
∆hT = perda de carga total na tubulação considerada;
∑∆hd = somatória das perdas de carga distribuídas;
∑∆hl = somatória das perdas localizadas.
Ou
Na qual:
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [97]
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
∆hT = J. Lv (3.26)
π .Dmin
2
Qed = .
.Vmax . (3.27)
4
Na qual:
Qed = vazão estimada de dimensionamento (m3/s);
Dmin. = menor diâmetro interno possível tal que a velocidade média de escoamento
não ultrapasse o valor de 3,0 m/s;
Vmax = limite superior admitido para a velocidade média. A NBR 5626/98 estabelece
(Vmax = 3m/s).
Assim, pode-se determinar o valor máximo da vazão estimada para cada diâmetro
da tubulação utilizando a seguinte expressão.
Qed = 2,356.Dmin
2
(3.28)
O Quadro 3.17, apresenta os valores máximos da vazão estimada e das somas dos
pesos relativos permitidas para cada diâmetro de tubos de aço galvanizado ou PVC.
Portanto, a utilização deste Quadro atende a NBR 5626/98 no que diz respeito à velocidade
máxima permitida e ao princípio econômico (de mínimo diâmetro).
Para cada ramal faz-se a soma dos pesos relativos dos aparelhos sanitários/peças
alimentados pelo referido ramal (mais de um aparelho). Utilizando a Equação 3.13 calcula-se
a vazão estimada. Com esta vazão ou com a própria soma dos pesos relativas obtém-se, do
Quadro 3.17, o diâmetro mínimo.
Para cada trecho da coluna considerada faz-se a soma dos pesos relativos dos
aparelhos sanitários/peças alimentados pelo referido trecho. Utilizando a Equação 3.13
calcula-se a vazão estimada. Com esta vazão ou com a própria soma dos pesos relativas
obtém-se, do Quadro 3.17, o diâmetro mínimo.
Para cada trecho do barrilete faz-se a soma dos pesos relativos dos aparelhos
sanitários/peças alimentados pelo referido trecho. Utilizando a Equação 3.13 calcula-se a
vazão estimada. Com esta vazão ou com a própria soma dos pesos relativas obtém-se, do
Quadro 3.17, o diâmetro mínimo.
A outra alternativa é fixar uma cota para o nível mínimo da água armazenada no
reservatório, e ir aumentando convenientemente os diâmetros dos vários trechos da
instalação predial, a partir dos diâmetros mínimos obtidos no pré-dimensionamento, de modo
a atender as pressões dinâmicas mínimas nos pontos de utilização da água fria por meio da
redução das perdas de carga. Esta solução é a usualmente adotada, e estabelecida pela
NBR 5626/98. A seguir é apresentada no Quadro 3.1 a rotina para o dimensionamento das
tubulações, orientando a utilização da planilha eletrônica da “Microsoft Excel”, Quadro 3.2.
Pmon Pjus
= ± Z + ∆hT (3.29)
γ γ
Na qual:
Pmon = pressão dinâmica efetiva a montante do trecho considerado;
Pjus = pressão dinâmica efetiva a jusante do trecho considerado;
∆hT = perda de carga total entre os pontos que definem o trecho;
Z = diferença de cotas geométricas dos pontos que definem o trecho:
Ou
Pjus Pmon
= ± Z − ∆hT (3.30)
γ γ
...Continuação
Obter a perda de carga total de cada trecho, pela multiplicação das colunas
13º L =J2*K2
(11) e (12).
O primeiro trecho faz a conexão entre o reservatório e o barrilete. A pressão
14º de montante será igual à a altura da coluna de água acima do início desse M A preencher
trecho.
Determinar a pressão disponível a jusante de cada trecho, subtraindo da
15º pressão disponível de montante, coluna 14, a perda de carga total, coluna N =M2+G2-L2
(13), e somando o desnível Z, coluna (8).
Se a pressão disponível a jusante do trecho for menor que a pressão requerida no ponto de utilização, ou se a pressão for negativa,
16º
aumentar, gradativamente o diâmetro interno comercial do trecho, corrigindo somente os comprimentos equivalentes.
Solução:
Considerando a pressão estática ou dinâmica efetivas, o ponto desfavorável é o do
chuveiro localizado no último pavimento (10º andar). Portanto, deve-se iniciar o
dimensionamento tal que se tenha nesse ponto uma pressão dinâmica efetiva (pressão
disponível) igual ou superior a 1,0 mca.
O caminhamento inicia no ponto (1), localizado no reservatório, e vai até o ponto (6),
localizado na entrada do chuveiro.
Organiza-se uma planilha eletrônica de cálculos seguindo os passos apresentados
no Quadro (3.1), segundo o modelo do (Quadro 3.2).
Para melhor entendimento da seqüência de cálculo, foram mantidas todas as etapas
de dimensionamento, denominadas de “Tentativas”.
Levantamento dos pesos relativos nos pontos de utilização. (Valores tirados do Quadro 3.8):
Comprimentos equivalentes:
Trecho (1-2):
Singularidades (peças) Le (m)
Uma entrada de borda de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE = 32 mm) 1,2
Um joelho de 900 de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE = 32 mm) 1,5
Dois Tês 900 saída de lado de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE = 32 mm) 6,2
Um registro de gaveta aberto de 1” 0,3
∑Le = 9,2
Trecho (2-3):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Te de 900 saída de lado de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE =25 mm) 2,4
∑Le = 2,4
Trecho (3-4):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,3
Dois joelhos de 900 de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,2
Um registro de gaveta aberto de 1/2” 0,1
∑Le = 4,6
Trecho (4-5):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,3
Um joelho de 900 de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 1,1
Um registro de pressão de 1/2” 11,1
∑Le = 14,5
Trecho (5-6):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,3
Um joelho de 900 de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 1,1
∑Le = 3,4
Trecho (4-7):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 0,7
∑Le = 0,7
Trecho (7-8):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 0,7
∑Le = 0,7
Trecho (8-9):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 0,7
Dois joelhos de 900 de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,2
∑Le = 2,9
Trecho (1-2):
Singularidades (peças) Le (m)
Uma entrada de borda de Di = 44,0 mm (Ref. = 1.1/2”; DE = 50 mm) 2,3
Um joelho de 900 de Di = 44,0 mm (Ref. = 1.1/2”; DE = 50 mm) 3,2
Dois Tês 900 saída de lado de Di = 44 mm (Ref. = 1.1/2”; DE = 50 mm) 14,6
Um registro de gaveta aberto de 1.1/2” 0,7
∑Le = 20,8
Trecho (2-3):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Te de 900 saída de lado de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE =32 mm) 3,1
∑Le = 3,1
Trecho (3-4):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
Dois joelhos de 900 de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
Um registro de gaveta aberto de 3/4” 0,2
∑Le = 5,0
Trecho (4-5):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
Um joelho de 900 de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 1,2
Um registro de pressão de 3/4” 11,4
∑Le = 15,0
Trecho (5-6):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
Um joelho de 900 de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 1,2
∑Le = 3,6
Trecho (1-2):
Singularidades (peças) Le (m)
Uma entrada de borda de Di = 53,4 mm (Ref. = 2”; DE = 60 mm) 2,8
Um joelho de 900 de Di = 53,4 mm (Ref. = 2”; DE = 60 mm) 3,4
Dois Tês 900 saída de lado de Di = 53,4 mm (Ref. = 2”; DE = 60 mm) 15,2
Um registro de gaveta aberto de 2” 0,8
∑Le = 22,2
Trecho (2-3):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Te de 900 saída de lado de Di = 44mm (Ref. = 1.1/2”; DE = 50 mm) 7,3
∑Le = 7,3
Dimensionamento da Coluna 1:
∑Pe=8,8. Ou seja, à medida que se vai descendo há um decréscimo de 1,1 pesos relativos
por andar.
Em relação aos comprimentos equivalentes, segue o mesmo procedimento
apresentado anteriormente. Neste caso, considera-se, para cada trecho, apenas o
comprimento equivalente correspondente ao Tê de 900 passagem direta.
Uma vez que os pontos de utilização alimentados pela Coluna 1, (ver Quadro 3.16),
admitem diâmetros internos mínimos correspondentes ao diâmetro de referencia de meia
polegada, então, o diâmetro interno mínimo desta coluna poderá ser reduzido até o
correspondente ao de meia polegada.
Dimensionamento da cozinha:
Levantamento dos pesos relativos nos pontos de utilização. (Valores tirados do Quadro 3.8):
Comprimentos equivalentes:
Trecho (2-19):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE = 32 mm) 0,9
Um joelho de 900 de Di = 27,8 mm (Ref. = 1”; DE = 32 mm) 1,5
∑Le = 2,4
Trecho (19-20):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
Um registro de gaveta aberto de 3/4” 0,2
∑Le = 2,6
Trecho (20-21):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 saída de lado de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 2,3
Um joelho de 900 de Di = 17,0 mm (Ref. = 1/2”; DE = 20 mm) 1,1
∑Le = 3,4
Trecho (20-22):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 0,8
Dois joelhos de 900 de Di = 21,6 mm (Ref. = 3/4”; DE = 25 mm) 2,4
∑Le = 3,2
Trecho (2-19):
Singularidades (peças) Le (m)
Um Tê 900 passagem direta de Di = 35,2 mm (Ref. = 1.1/4”; DE = 40 mm) 1,5
Um joelho de 900 de Di = 35,2 mm (Ref. = 1.1/4”; DE = 40 mm) 2,0
∑Le = 3,5
Dimensionamento da Coluna 2:
No Quadro 3.3H, é apresentado o dimensionamento dos diâmetros internos dos
trechos que constituem a Coluna 2. O dimensionamento inicia-se a partir dos valores
correspondentes aos trechos (1-2) e (2-19) definidos, respectivamente, na Tentativa 3 –
Dimensionamento do banheiro desfavorável, Quadro 3.3C, e Tentativa 2 – Dimensionamento
da cozinha, Quando 3.3G.
No cálculo da vazão de dimensionamento é necessário obter, para cada trecho da
Coluna (2) a somatória dos pesos relativos. Assim, o trecho (2-19) alimentará 10 cozinhas
sobrepostas resultando: ∑Pe=17,0. O trecho (19-23) alimentará 9 cozinhas sobrepostas
resultando: ∑Pe=15,3. O trecho (23-24) alimentará 8 cozinhas sobrepostas resultando:
∑Pe=13,60. Ou seja, à medida que se vai descendo há um decréscimo de 1,7 pesos
relativos por andar.
Aplicando a equação da energia entre os pontos (0) e (1), das Figuras 3.22 e 3.23, e
considerando como referencial o eixo da bomba tem-se:
V02
P0
et1 = et0 − ∆hs = + ± H s − ∆hs (3.31)
γ 2. g
No caso de se manter os níveis da água nos reservatórios constantes e livres, têm-
se: (P0/γ = 0), e (V02/2.g = 0), resultando:
Na qual:
Hs = altura estática de sucção;
Sinal (+) da altura estática de sucção para bomba afogada;
Sinal (-) da altura estática de sucção para bomba não afogada;
∆hs = perda de carga na linha de sucção.
Aplicando a equação da energia entre os pontos (2) e (3), das Figuras 3.22 e 3.23,
considerando como referencial o eixo da bomba tem-se:
P3 V32
et 2 = et 3 + ∆hr = + + H r + ∆hr (3.33)
γ 2. g
et 2 = H r + ∆hr (3.34)
Das Figuras 3.22 e 3.23 tem-se que o desnível entre os reservatórios é dado por:
Bomba afogada :
Hg = Hr - Hs (3.36)
Hg = Hr + Hs (3.37)
Portanto:
Por: Evaldo Miranda Coiado
[122] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
γ .Q.(et2 − et1 )
Pb = (3.39)
75.η
ou
γ .Q.H m
Pb = (3.40)
75.η
Na qual:
Pm = Pb + Folga (3.41)
Na qual:
Pm = potência do motor elétrico;
Pb = potência da bomba;
Folga é tabelada em função da potência da bomba. (consultar Quadro 3.18).
A potência do motor elétrico comercial será obtida do Quadro 3.19, a partir do
conhecimento de (Pm).
8. f r .Lr .Q 2 8. f s .Ls .Q 2
Hm = Hg + + 2 5 (3.43)
π 2 .Dr5 .g π .Ds .g
Ou
Na qual:
8. f r .Lr . 8. f s .Ls
Kr = , e Ks =
π .Dr .g
2 5
π 2 .Ds5 .g
De = K . Q (3.45)
Na qual:
De em (m);
Q em (m3/s);
K varia de 0,7 a 1,6.
No caso de instalações que não são operadas continuamente, foi proposta a fórmula
de Forchheimer:
0 , 25
nhfd
De = 1,3. . Q (3.46)
24
Na qual:
De em (m);
Q em (m3/s);
nhfd = número de horas de funcionamento por dia.
3.8.1 – O fenômeno
de vapor que provocam de imediato uma diminuição da massa específica do líquido. Estas
bolhas ou cavidades, sendo arrastadas no seio do escoamento, atingem regiões em que a
pressão reinante é maior que a pressão existente na região onde elas se formaram. Esta
brusca variação de pressão provoca o colapso das bolhas por um processo de implosão.
Este processo de criação e colapso das bolhas é extremamente rápido, chegando à ordem
de centésimos de segundos, conforme constatações efetuadas com auxílio da fotografia.
O desaparecimento destas bolhas ocorrendo junto a uma fronteira sólida, como
paredes das tubulações ou partes rodantes das bombas, provoca um processo destrutivo.
P2 V22 Pv
NPSH d = + − (3.47)
γ 2. g γ
P1 V12 P V2
+ + Z 1 = 2 + 2 + Z 2 + ∆hs (3.48)
γ 2g γ 2. g
Na qual:
P1/γ) = Patm/γ) = pressão atmosférica local)
V12
= 0 (nível constante)
2g
Z1= - Hs (não afogada)
Z1= + Hs (afogada)
Z2=0 (referencial)
Não afogada:
Patm − Pv
NPSH d = − H s − ∆hs (3.49)
γ
Afogada:
Patm − Pv
NPSH d = + H s − ∆h s (3.50)
γ
Patm − Pv
H ( S ) MAX = − NPSH r − ∆hs (3.51)
γ
Pv − Patm
H ( S ) Min = + NPSH r + ∆hs (3.52)
γ
NPSH r
σc = (3.54)
Hm
Ou
Na qual:
n. Q
N s = 3,65. (3.56)
H m3 / 4
Na qual:
n = rotação da bomba em rpm (rotação por minuto);
Q = vazão em m3/s;
Hm = altura manométrica em mcH2O.
97.000
Qr = = 4,49 L/s
6.60.60
Por: Evaldo Miranda Coiado
[130] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
0 , 25
6
De = 1,3. . 5,0.10 − 3 ≅ 0,065 m (65 mm)
24
20,2.10 5.5,01,88
Js = ≅ 0,0295 mca/m
75 4,88
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [131]
Sistema Predial de Água Fria [SPAF]
20,2.10 5.5,01,88
Jr = ≅ 0,069 mca/m
63 4,88
Perda de carga total na linha de sucção:
∆hs = 0,069 . 85,6 ≅ 5,9 mca.
Altura manométrica:
Hm = 44,0 + 0,85 + 5,9 ≅ 50,8 mca.
Ponto de funcionamento: Q = 5,0 L/s (=18 m3/h); Hm ≅ 50,8 mca. Das curvas características,
Figura 3.29, obtém-se um rendimento de aproximadamente 53,5 %.
1000.5,0.10 −3.50,8
Pb = = 6,33 CV ou 6,24 HP (EUA)
75.0,535
Pm = Pb + folga
Determinação da folga: Com o valor da potência da bomba igual a 6,24 HP, obtém do
Quando 3.18 a folga de 20%, assim, a potência do motor elétrico resulta:
Entrando com o par de valores: Hm = 50,8 mca; Q = 5,0 L/s = 18 m3/h, obtém-se na Figura
3.29 o rotor φ169.
e.3) Para bombas não afogadas, a máxima altura estática de sucção é calculada utilizando a
equação (3.51)
Hs(masx.) = 9,45 – 0,24 – 2,50 – 0,85 = 5,86 mca.
Do esquema da Figura 3.20 tem-se que a altura estática de sucção Hs = 0,50 mca.
Como Hs(max.) = 5,86 mca > Hs = 0,5 mca, então não ocorrerá cavitação.
3.9.1 – Planejamento
Nesta etapa o projetista deve definir juntamente com os outros projetistas envolvidos
(arquitetos, engenheiros de estruturas, engenheiros elétricos, e etc) as técnicas construtivas
a serem adotadas. Devem ser observadas todas as recomendações das normas, bem como
os componentes e características do SPAF. Por exemplo, tipo de material a ser adotado
existente no mercado, PVC, ou outro. É considerada a etapa mais importante.
3.9.2 – Dimensionamento
3.9.3.1 – Desenhos
Memorial descritivo:
O Projeto de Instalação de Água Fria segue rigorosamente os princípios
preconizados na NBR-5626/98, disposições legais do Estado (Código Sanitário Estadual) e
do Município (Prescrição Municipal), bem como as prescrições dos fabricantes dos diversos
materiais e equipamentos.
A Instalação de água fria (IAF) compõe-se do conjunto de tubulações, conexões,
registros, válvulas e demais acessórios detalhados.
O Projeto obedece ao sistema de distribuição (citar o tipo), sendo o(s) reservatório(s)
localizado(s) em (citar o local), que atenderá a pressão mínima necessária.
A reserva acha-se locada no(s) reservatório(s) (citar e caracterizar). A partir do
reservatório superior derivam as colunas que irão abastecer os (citar os locais).
As canalizações e conexões serão em (citar o material PVC, aço galvanizado ou
outro).
Itens a serem inseridos e caracterizados:
- Bombas (tipo, localização, material, localização);
- Reservatórios (tipo, material, localização, estrutura, etc.);
- Rede de distribuição (número de colunas, critérios de localização, aparelhos
conectados, etc.);
- Dispositivos espaciais (válvulas, etc.).
Memorial de cálculo:
A Instalação de Água Fria foi dimensionada com base nas unidades de carga (pesos
relativos), de acordo com as tabelas apresentadas na NBR 5626/98 – Instalação Predial de
Água Fria. Foram observados as recomendações dos diversos fabricantes das tubulações,
aparelhos, e dispositivos a serem instalados.
Especificações técnicas:
As especificações, devidamente subdivididas pelos tipos de projeto e relacionadas
por itens, devem apresentar todas as características dos serviços, materiais e equipamentos.
Em relação aos materiais, devem ser citadas as normas a eles pertinentes, seu padrão de
qualidade e eventuais testes para recebimento e aceitação. Com relação aos equipamentos,
a marca, características técnicas e critérios de recebimento.
Quadro 3.8 – Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização.
(Fonte: NBR 5626/98)
Vazão de
Peso
Aparelho sanitário Peça de utilização projeto
relativo
(L/s)
Caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,70 32,0
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1
Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30 1,0
Torneira ou misturador
Lavatório 0,15 0,3
(água fria)
Com sifão
Válvula de descarga 0,50 2,8
integrado
Caixa de descarga,
Mictório cerâmico
Sem sifão registro de pressão ou
0,15 0,3
integrado válvula de descarga
para mictório
0,15
Caixa de descarga ou
Mictório tipo calha por metro de 0,3
registro de pressão
calha
Torneira ou misturador
0,25 0,7
Pia (água fria)
Torneira elétrica 0,10 0,1
Tanque Torneira 0,25 0,7
Torneira de jardim ou lavagem em
Torneira 0,20 0,4
geral
Quadro 3.11 – Comprimento equivalente para tubo liso (tubo plástico, cobre ou
liga de cobre
(Fonte: NBR 5626/98)
Tipo de conexão
Diâmetro
Tê Tê
nominal Cotovelo Cotovelo Curva Curva
0 0 0 0 passagem passagem
(DN) 90 45 90 45
direta lateral
15 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3
20 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4
25 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1
32 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6
40 3,2 1,0 1,2 0,6 2,2 7,3
50 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6
65 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8
80 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0
100 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3
125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10,0
150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1
Quadro 3.12a - Comprimento equivalente à perdas localizadas, em metros de tubo de ferro fundido ou
aço galvanizado.
Registro 0 Saída Válvula de
Diâmetro aberto
Tê 90 de passagem Válvula
de retenção
de pé e
Pres- bi- canali- tipo tipo
(D) gaveta ângulo direta lado crivo
são lateral zação leve pesada
(mm) (pol.)
13 1/2 0,1 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 1,6
19 3/4 0,1 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 2,4
25 1 0,2 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 3,2
32 1.1/4 0,2 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 2,7 4,0
38 1.1/2 0,3 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 4,8
50 2 0,4 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 6,4
63 2.1/2 0,4 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 8,1
75 3 0,5 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 9,7
100 4 0,7 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 8,4 12,9
125 5 0,9 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 16,1
150 6 1,1 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 19,3
200 8 1,4 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,6 25,0
250 10 1,7 85,0 43,0 5,5 1,60 1,60 65,0 7,5 20,0 32,0
300 12 2,1 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 38,0
350 14 2,4 120,0 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 45,0
Quadro 3.12b - Comprimento equivalente à perdas localizadas, em metros de tubo de ferro fundido ou
aço galvanizado.
Entrada de
Cotovelo Curva
Diâmetro canalização
0 0 0 0 0
90 90 90 90 90
0 0
(D) raio raio raio 45 R/D R/D 45 normal borda
longo médio curto 1”.1/2 1”
(mm) (pol.)
13 1/2 0,3 0,4 0,5 0,2 0,2 0,3 0,2 0,2 0,4
19 3/4 0,4 0,6 0,7 0,3 0,3 0,4 0,2 0,2 0,5
25 1 0,5 0,7 0,8 0,4 0,3 0,5 0,2 0,3 0,7
32 1.1/4 0,7 0,9 1,1 0,5 0,4 0,6 0,3 0,4 0,9
38 1.1/2 0,9 1,1 1,3 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 1,0
50 2 1,1 1,4 1,7 0,8 0,6 0,9 0,4 0,7 1,5
63 2.1/2 1,3 1,7 2,0 0,9 0,8 1,0 0,5 0,9 1,9
75 3 1,6 2,1 2,5 1,2 1,0 1,3 0,6 1,1 2,2
100 4 2,1 2,8 3,4 1,5 1,3 1,6 0,7 1,6 3,2
125 5 2,7 3,7 4,2 1,9 1,6 2,1 0,9 2,0 4,0
150 6 3,4 4,3 4,9 2,3 1,9 2,5 1,1 2,5 5,0
200 8 4,3 5,5 6,4 3,0 2,4 3,3 1,5 3,5 6,0
250 10 5,5 6,7 7,9 3,8 3,0 4,1 1,8 4,5 7,5
300 12 6,1 7,9 9,5 4,6 3,6 4,8 2,2 5,5 9,0
350 14 7,3 9,5 10,5 5,3 4,4 5,4 2,5 6,2 11,0
Quadro 3.13a - Comprimento equivalente à perdas localizadas, em metros de tubo de PVC rígido ou
cobre.
Registro 0 Saída Válvula de
Diâmetro aberto
Tê 90 de passagem
Válvula de retenção
Pres- bi- de pé e canali- tipo tipo
(D) gaveta são ângulo direta lado lateral crivo zação leve pesada
Interno Ref.
(mm) (pol.)
17,0 1/2 0,1 11,1 5,9 0,7 2,3 2,3 8,1 0,8 2,5 3,6
21,6 3/4 0,2 11,4 6,1 0,8 2,4 2,4 9,5 0,9 2,7 4,1
27,8 1 0,3 15,0 8,4 0,9 3,1 3,1 13,3 1,3 3,8 5,8
35,2 1.1/4 0,4 22,0 10,5 1,5 4,6 4,6 15,5 1,4 4,9 7,4
44,0 1.1/2 0,7 35,8 17,0 2,2 7,3 7,3 18,3 3,2 6,8 9,1
53,4 2 0,8 37,9 18,5 2,3 7,6 7,6 23,7 3,3 7,1 10,8
66,6 2.1/2 0,9 38,0 19,0 2,4 7,8 7,8 25,0 3,5 8,2 12,5
75,6 3 0,9 40,0 20,0 2,5 8,0 8,0 26,8 3,7 9,3 14,2
97,8 4 1,0 42,3 22,1 2,6 8,3 8,3 28,6 3,9 10,4 16,0
124,4 5 1,1 50,9 26,2 3,3 10,0 10,0 37,4 4,9 12,5 19,2
142,0 6 1,2 56,7 29,0 3,8 11,1 11,1 43,4 5,5 13,9 21,4
30; 35; 40; 45; 50; 60; 80; 100; 125; 150; 200; 250.
3.1 - A vazão bombeada para o reservatório superior é de 4,0 (L/s). A tubulação da linha de
recalque é de 2” (50 mm). Pede-se determinar o diâmetro do extravasor e a altura h de
água no reservatório acima do mesmo. (R.: Para diâmetro do extravasor de 2.1/2” ,
h= 32 cm. Para diâmetro do extravasor de 3”, h= 16cm).
3.3 – Para uma vazão de recalque de 3,16 (L/s), dimensionar as tubulações de recalque e de
sucção. Considere que o recalque será feito durante 6 horas diárias e que a tubulação
será de PVC. (R: Linha de recalque: Di = 53,4 mm, Ref. = 2”, DE = 60 mm. Linha
de sucção: Di = 66,6 mm; Ref. = 2.1/2”, DE = 75 mm)).
3.4 – Para o sistema de recalque mostrada no esquema da Figura 3.30, a vazão será de 4,0
(L/s). Determine: a) a altura manométrica; b) a potência da bomba (η=60%) e do motor
elétrico comercial; c) verifique ocorrência de cavitação para água a 20 0C, altitude do
local da instalação de 700 m, e rotação da bomba de 3500rpm. Observações: 1) A
tubulação será de aço galvanizado; 2) A bomba funcionará durante 6 horas diárias. R:
Hm = 61,4m; Pb = 5,4 HP; Pmc = 7.1/2 HP para uma folga de 20%; Pmc = 6,0 HP
para uma folga de 11%; Não ocorrerá cavitação, pois, Hsmax = 7,30 m >Hs = 1,0
m, (Critério de Thoma)
ANEXO
Figura A10 – Altura do ponto de alimentação da bacia sanitária com caixa acoplada.
CAPÍTULO 4
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA QUENTE (SPAQ)
4.1 – Introdução
O Sistema Predial de Água Quente (SPAQ), destina a conduzir água quente da fonte
de aquecimento aos pontos de utilização. As instalações hidráulicas prediais de água quente
devem atender a NBR 7198/1993. Essa norma se aplica às instalações prediais de água
quente para uso humano cuja temperatura seja, no máximo, de 70 0C.
A NBR 7198/1993 estabelece que as instalações de água quente devem ser
projetadas e executadas de modo a:
• Garantir o fornecimento de água de forma continua, em quantidade, suficiente e
temperatura controlável, com segurança, aos usuários, com as pressões e
velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos sanitários e
das tubulações;
• Preservar a potabilidade da água;
• Proporcionar o nível de conforto adequado aos usuários;
• Racionalizar o consumo de energia.
Quanto à temperatura da água, a NBR 7198/93 estabelece que a água fornecida ao
ponto de utilização para uso humano não deve ultrapassar a 400C visando proporcionar
conforto e segurança ao usuário.
4.2.2 – Aquecedor
Aparelho destinado a aquecer a água.
4.2.11 – Dreno
Dispositivo destinado ao esvaziamento de recipiente ou tubulação, para fins de
manutenção ou limpeza.
4.2.12 – Engate
Tubulação flexível ou que permite ser curvada, utilizada externamente para conectar
determinados aparelhos sanitários; geralmente bidês e lavatórios, aos respectivos pontos de
utilização.
4.2.16 – Misturador
Dispositivo que mistura água quente e fria.
4.2.18 – Ramal
Tubulação derivada da coluna de distribuição, destinada a alimentar aparelhos e/ou
sub-ramais.
4.2.23 – Respiro
Dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação.
4.2.25 – Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização.
Vários são os meios pelos quais a água pode ser aquecida. Esses meios são
produtores de calorias as quais são transmitidas para a água. Os meios usados para a
produção de calorias podem ser classificados em:
• Energia elétrica (eletricidade): resistência ou efeito Joule (RI2);
• Combustíveis sólidos: madeira, carvão;
• Combustíveis líquidos: álcool, querosene, gasolina, óleo;
• Combustíveis gasosos: gás de rua, gás engarrafado, biodigestores;
• Aproveitamento de água de resfriamento de certos equipamentos industriais
(compressores, motores, etc.);
• Gases quentes resultantes de diversos processos fabris, por exemplo,
oriundos de altos-fornos;
• Vapor, por meio de serpentinas ou misturando-se á água;
• Energia solar, com o emprego de aquecedores solares.
As fontes de calorias mais utilizadas neste tipo de sistema são: gás combustível
eletricidade, óleo combustível, lenha e energia solar.
Considerando o princípio de funcionamento, os equipamentos a gás combustível e a
eletricidade podem ser classificados em:
• Aquecedores de passagem. Quando a água vai sendo aquecida à medida
que passa pela fonte de calor, sem requerer reservação;
• Aquecedores de acumulação. Quando se tem a reservação do volume de
água a ser aquecido.
Os aquecedores elétricos do tipo “boiler”, Figura 4.4, são aquecedores de
acumulação, isto é, o elemento resistivo lentamente aquece a água nas horas sem consumo
para que, nas ocasiões de uso, a água já esteja na temperatura adequada. A potência
elétrica é pequena em comparação com os chuveiros elétricos, por exemplo, onde o tempo
que a água permanece em contacto com a resistência é muito menor.
O “boiler” bem isolado termicamente (lã de vidro, amianto, e etc) pode manter a
temperatura da água durante 12 horas, sem consumo, com uma queda de somente 3 0C.
A Figura 4.5 apresenta um esquema de um sistema central privado residencial
constituindo de um aquecedor elétrico do tipo “boliler”. A Figura 4.6 apresenta um esquema
de sistemas centrais privados de um edifício constituído de aquecedores elétrico do tipo
“boiler”.
transmite o calor à água fria que chega pela tubulação 3, perde calor, voltando sob a forma
líquida à caldeira, pela tubulação (2). A água aquecida no storage sobe aos pontos de
consumo pela tubulação (4), auxiliado pela pressão disponível da caixa de água e pela
diferença de densidade das águas quente e fria (convecção). Na cobertura deve ser
instalado uma ventosa com ladrão para escapamento do excesso de vapor.
A água quente que sai da caldeira para o storage, praticamente não é consumida,
servindo apenas como transmissora de calor da fonte quente para a água fria que chega
pelo tubo (3), sendo transportada pela tubulação (4). A válvula de retenção evita que a água
quente retorne à caixa de água.
(1)=Caixa de água.
(2)=Coluna de alimentação exclusiva para os
aquecedores.
(3)=Coluna de alimentação de água fria para
as demais peças.
(4)=Tubulação que deriva da coluna (2) para
abastecer o aquecedor. Deve ser
derivado de uma posição acima do
aquecedor.
(5)= Registro de gaveta para controle da
vazão de alimentação do aquecedor.
(6)=Registro de gaveta para esvaziar o
aquecedor quando necessário.
(7)=Tubulação para esvaziar o aquecedor.
(8)=Ralo onde deságua a tubulação (7).
(9)=Uniões.
(10)=Aquecedor.
(11)=Saída de água quente para os pontos
desejados.
(12)=Válvula de retenção que permite a saída
de vapor para a coluna de ventilação
(13) e impede que um aquecedor
roube a água do outro.
(13)= Coluna de ventilação (responsável pela
segurança do aquecedor), evitando a
compressão interna.
Figura 4.6 – Esquema de sistemas centrais privados em edifício.
se mais tubulações, porém ao abrir uma torneira ou registro, a água quente sai
imediatamente. O efeito termossifão (movimento convectivo) é obtido pelo fato de a água
quente ser mais leve do que a fria.
Segundo Macintyre, 3a. Ed., se gasta de 10 a 15 % mais de combustível para
provocar a circulação da água quando não se faz o bombeamento, uma vez que a água
neste caso deve ser aquecida a uma temperatura mais elevada.
Neste sistema, Figura 4.8, a água quente sobe, por convecção, pela tubulação (4),
retornando ao storage pela tubulação (5). Por economia, faz-se o retorno no piso do último
pavimento.
Neste sistema a água do storage vai até um barrilete na cobertura, de onde descem
colunas que irão alimentar os aparelhos dos andares, Figura 4.9. As colunas se reúnem no
pavimento onde se encontra o storage, para alimentá-lo novamente com a água não
consumida. Uma bomba intercalada na alimentação de água quente do barrilete fornece a
energia para compensar as perdas de carga e permitir uma circulação contínua com
velocidade e pressão adequadas. Esse sistema é muito empregado em edifícios, pois
proporciona um reduzido gasto de tubulação.
Na qual:
tq = temperatura da água quente no aquecedor (=70 0C);
tf = temperatura da água fria (=15 0C no inverno);
tm = temperatura da água misturada no aparelho de uso (valor médio de 42,7 0C);
vq = volume de água quente no aquecedor, isto é, a capacidade do aquecedor;
vf = volume de água fria misturada no aparelho;
vm = volume misturada no aparelho de uso.
Mas:
vq + vf = vm (4.3)
vq = 0,504.vm (4.4)
P = R.I2 (4.5)
Na qual:
P = potência, em (watts);
R = resistência, em (ohms);
I = corrente, em (ampères).
E=P.t (4.6)
Na qual:
P = potencia, em (watts);
t = tempo, em (horas).
Na qual:
G = quantidade de calor, em (kcal);
v = volume de água, em (litros);
c = calor específico da água, em (kcal/kg.0C) = 1;
t = temperatura final, em (0C);
t0 = temperatura inicial, em (0C).
A quantidade de calor em (kcal) produzida numa resistência (R), por uma corrente
de (I) ampéres em (t) segundos pode ser calculada por:
G = 0,00024.R.I2.t (4.8)
Na qual:
G = quantidade de calor, em (kcal);
R = resistência, em (ohms);
Por: Evaldo Miranda Coiado
[180] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Água Quente [SPAQ]
I = corrente, em (ampères);
t = tempo, em (segundos).
G
Gb = (4.9)
η
Na qual:
η = rendimento do sistema produtor de água quente.
1 kW = 1000 (joule/seg.)
Por um fio de cobre, cuja resistência é de 18 ohms e imerso em 100 litros de água, passará
durante 2 horas uma corrente 5,7 ampères. Determine a temperatura final da água e a
potencia consumida considerando que a temperatura inicial da água é de 15 0C.
Solução:
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [181]
Sistema Predial de Água Quente [SPAQ]
R.: t = 25,1 0C
alimentação que liga a coluna ao boiler deve derivar da coluna em cota superior ao
aquecedor, entrando no mesmo, por uma posição localizada na sua parte inferior, Figura
4.11; esta tubulação deve ser provida de registro de gaveta e válvula de segurança, sendo
proibida pela NB 7298/93 a instalação de válvula de retenção quando a mesma não for
protegida por respiro.
A tubulação que alimenta de água quente os aparelhos sai pela parte superior
oposta, sendo desaconselhada a sua ligação a um respiro conjugado para todos os
pavimentos, Macintyre, 3a. Edição.
Os aquecedores individuais são fabricados para funcionar com gás de rua ou gás
engarrafado. Pode-se instalar um aquecedor em cada banheiro, um na cozinha e um na área
de serviço, para fornecer água quente à máquina de lavar roupa ou ao tanque e banheiro de
empregada.
Os aquecedores a gás podem ser de dois tipos: de acumulação, e de passagem (ou
instantâneo).
Quadro 4.7 – Dados técnicos do aquecedor de água por acumulação a gás (Fonte: Catálogo Morganti).
Disponibilidade Consumo de gás Tempo inicial de
de água quente Vazão Potência Potência aquecimento do
a Deposito
Tipo na 1 hora de (L/h) Nominal Efetiva GLP GN depósito
consumo (Litros) ∆t=500C (Litros) 3
0
(kcal/h) (kcal/h) (Kg/h) (m /h) (min.)
∆t=50 C ∆t=50 C
0
300 = vq + vf → vf = 300 - vq
Substituindo na equação anterior tem-se:
70. vq + 20 . (300 – vq) = 42,7 . 300
Isolando vq resulta:
Vq ≅ 136 litros de água quente a 70 0C.
Seleção:
a) Alternativa 1: Não considerando a vazão de recuperação, escolheria do Quadro 4.6
o modelo KG com capacidade de deposito de 130 litros. Nesta alternativa os
usuários teriam, após a água do aquecedor ter atingido a temperatura de 700C,
praticamente todo o volume diário de água quente necessário.
b) Alternativa 2: Considerando a vazão de recuperação, escolheria do Quando 4.7 o
modelo STO-75, com capacidade de deposito de 75 litros. Esta alternativa tem o
inconveniente de que os usuários teriam disponíveis os 136 litros de água quente a
70 0C, somente após, decorridos aproximadamente 117 minutos do início do
aquecimento, (65 minutos para aquecer o deposito de 75 litros de água + 52 minutos
para a produção do volume complementar de 61 litros, uma vez que a vazão de
recuperação é de 71 L/h ).
5º) Quantidade de calor diária necessária para elevar a temperatura da água de 20 0C para
70 0C:
G = 136 . 1,0 . (70 – 20) = 6800 kcal. (Equação 4.7)
7º) Quantidade de calor bruta para um rendimento de 85%:
6800 8.000 kcal
Gb = =
0,85
8º) O poder calorífico do GLP vale 11.000 kcal/kg
8.000
= 0,73 kg
11.000
Determine a vazão que escoa por um aquecedor de passagem a gás para aquecer a água
para um chuveiro com e sem misturador. A temperatura inicial da água será de 18 0C.
Solução:
10) Sem misturador. A temperatura da água deverá ser elevada de 18 0C para
aproximadamente 380C, ou seja uma elevação ∆t = 20 0C. Portanto a vazão que passa pelo
aquecedor será igual àquela exigida pelo chuveiro que é de 0,20 L/s (ou 12 L/min), consulte
Quadro 4.16. Do Quadro 4.9, o aquecedor KO 6005 atende esta situação, e do Quadro 4.10,
o aquecedor WB 275 pode também ser utilizado.
20) Com misturador. Neste caso a temperatura da água deverá ser elevada de 18 0C para
700C, ou seja uma elevação ∆t = 52 0C. A vazão que passa pelo aquecedor será calculada
da seguinte maneira:
Vq Vf Vm
70. + 18. = 38.
t t t
Mas:
Qm = Qq + Qf ou Qf = Qm - Qq
Portanto:
Ou:
Qq = 0,385.Qm
0
Qq = 0,38.0,20 = 0,076 L/s a 70 C.
Vr = 1,33.Vt (4.10)
5º) Com o consumo total diário de água quente (Ctd) e a relação (Vt / Ctd) tirar do
Quadro 4.14 a capacidade da caldeira a óleo e a quantidade de água aquecida
de um diferencial (∆t = 50 0C). Consultando-se os catálogos dos fabricantes de
caldeiras, seleciona-se o tipo comercial de capacidade igual ou imediatamente
superior ao valor encontrado, caso a caldeira se destine unicamente ao
aquecimento da água.
Quadro 4.13 – Relação entre o volume teórico do storage e o consumo total diário.
Tipo de prédio (Vt / Ctd)
Residências grandes 1/3
Apartamentos para 5 pessoas 1/5
Apartamentos muito grandes 1/7
Determine a potência de uma caldeira em (kcal/h) para produzir água quente para um prédio
de apartamentos contendo 24 apartamentos com 3 quartos sociais e um quarto de
empregada. Considere a eficiência da caldeira de 85% e 15% de perdas no sistema de
canalização.
Solução:
Figura 4.13 – Instalação mista constituída de aquecedor solar e aquecedor elétrico sem
retorno.
GD
S= (4.11)
I .η
Na qual:
GD = quantidade de calor necessária em kcal/dia;
I = 4 200 kcal/m2.dia
Determine a área do coletor solar necessário para aquecer água para uma residência uni
familiar de 7 pessoas. Considere aquecimento de 15 0C a 70 0C.
Solução:
1º) Do Quadro 4.1, o consumo de água quente misturada por pessoa, para residências, é de
45 L/dia. Para 7 pessoas resulta: 45 x 7 = 315 L/dia.
2º) Quantidade de água a 70 0C:
V = 0,504 . 315 ≅ 159 L/dia
3º) Quantidade de calor necessária:
G = GD = 159 . 1,0 (70 – 15) = 8.745 kcal/dia
4º) Área do coletor solar:
8.745
S= ≅ 4,2 m2
4.200.0,5
Na prática utilizam-se coletores em células de 2 m2. Portanto, serão necessárias
entorno de 2 células de 2 m2.
A NBR 7198/93, estabelece que, salvo casos especiais, deve-se admitir, para a
determinação das vazões de projeto das tubulações, o funcionamento não simultâneo de
todos os pontos de utilização instalados, a jusante do trecho considerado.
Portanto, no dimensionamento das colunas e ramais utilizam-se os mesmos
métodos empregados para o caso de instalação predial de água fria baseados no consumo
máximo provável, ou seja empregando a equação:
Qe = 0,30. ΣP (4.12)
Na qual:
Qe = vazão estimada de dimensionamento em (L/s);
ΣP = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pelo
trecho considerado obtido do Quadro 4.16.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [203]
Sistema Predial de Água Quente [SPAQ]
Segundo a NBR 7198/93 a pressão estática máxima nos pontos de utilização não
deve ser superior a 400 Kpa (40 mca).
No caso da necessidade de válvula redutora de pressão, devem ser instaladas
sempre duas unidades em paralelo, servindo uma de reserva da outra, sendo proibida a
instalação de desvio (by-pass) referente às válvulas redutoras de pressão que alimentam
aquecedores, NBR 7198/93.
As pressões dinâmicas nas tubulações não devem ser inferior a 5 kPa (0,5 mca),
NBR 7198/93.
A velocidade da água nas tubulações não deve ser superior a 3 m/s, NBR 7198/93.
Nos locais, onde o nível de ruído possa perturbar o repouso ou o desenvolvimento
das atividades normais, a velocidade da água deve ser limitada a valores compatíveis com o
isolamento acústico, NBR 7198/93.
π .Di2
Qmax = 3,0. (4.13)
4
Quadro 4.17 – Vazões e somatórias dos pesos máximas permitidas em tubos
de cobre – classe E
DR DN DI Qmax
(ΣP)max
(pol.) (mm) (mm) (L/s)
1/2 15 14,0 0,46 2,4
3/4 22 20,8 1,02 11,5
1 28 26,8 1,69 31,8
1.1/4 35 33,6 2,66 78,6
1.1/2 42 40,4 3,85 164,3
2 54 52,2 6,42 458,0
2.1/2 66 64,3 9,74 1054,4
3 79 77,0 13,97 2168,4
4 104 102,4 24,71 6782,3
DR = diâmetro de referência DI = diâmetro interno
DN = diâmetro nominal
4.14.5 – Tubulações
Com referência às tubulações dos sistemas prediais de água quente, a NBR 7198/93
estabelece:
• Considerar a necessidade do isolamento térmico e acústico;
• Considerar os efeitos de dilatação e contração da tubulação;
• O cálculo das perdas de cargas nas tubulações deve ser feito mediante o emprego
das fórmulas pertinentes;
• As tubulações não devem ser solidárias aos elementos estruturais, devendo ser
alojadas em passagens projetadas para este fim;
• Devem ser previstos registros de fechamento no início de cada coluna de
distribuição e em cada ramal, no trecho compreendido entre a respectiva derivação
e o primeiro sub-ramal;
• As tubulações de água fria, que alimentam misturadores, não podem estar
conectadas a barrilete, colunas de distribuição e ramais que alimentam válvulas de
descarga;
• Deve ser permitida tubulação única desde que não alimente válvulas de descarga,
para alimentação de aquecedores e pontos de água fria, contanto que seja
impossibilitado o retorno de água quente para a tubulação de água fria;
• A tubulação de retorno da água quente deve ser instalada com declive e provida, se
necessário, de dispositivo de recirculação;
• Na conexão de ramais de retorno, cada ramal deve ser provido de válvula de
retenção protegida de registro ou de dispositivo que possibilite o controle de vazão;
• A instalação de misturadores é obrigatória se houver possibilidade da temperatura
da água fornecida, ao ponto de utilização para uso humano, ultrapassar 40 0C;
• Na instalação de misturadores, deve ser evitada a possibilidade de inversão de água
quente no sistema frio, ou vice-versa, em situações normais de utilização.
Nos sistemas prediais de água quente é usual o emprego de tubos e conexões de cobre
e de CPVC (cloreto de polivinil pós – clorado). Nos Quadros 4.18 e 4.19 são apresentados
os diâmetros dos tubos de cobre – classe E e de CPVC, respectivamente.
Os diâmetros nominais (DN) mínimos dos sub – ramais, e dos respectivos engates e
tubos de ligação, devem ser escolhidos em função dos valores das velocidades e vazões
consideradas, e do tipo de material especificado, verificando-se as pressões dinâmicas
mínimas necessárias para o funcionamento dos respectivos aparelhos sanitários, NBR
7198/93.
Assim, os sub – ramais não devem ter diâmetros inferiores aos indicados no Quadro
4.20.
O cálculo das perdas de carga é feito do mesmo modo que o indicado no Capítulo 3
para instalação de água fria.
8. f .L.Q 2
∆hd = 2 5
π .Di .g (4.14)
8. f .Q 2
J= 2 5
π .Di .g (4.15)
Nas quais:
∆hd = perda de carga ao longo do comprimento (L) do tubo em (mca);
L = comprimento do tubo em (m);
Q = vazão em (m3/s);
f = fator de atrito ou coeficiente de perda de carga;
Di= diâmetro interno da tubulação em (m);
J = perda de carga unitária em (mca/m).
O fator de atrito (f) pode ser calculado utilizando a equação de Swamee (1993), para
todos os regimes de escoamento (laminar, turbulento hidraulicamente liso, transição, e
turbulento hidraulicamente rugoso):
0 ,125
64 8 e 5,74 2500
6 −16
f = + 9,5.ln + 0,9 − (4.16)
Re
3, 7.D Re Re
i
Na qual:
e = rugosidade absoluta da tubulação;
Di= diâmetro interno da tubulação em;
Re = número de Reynolds, dado por:
4.Q
Re = (4.17)
π .Di .υ
Na qual:
Q = vazão;
Di = diâmetro interno da tubulação;
ν = viscosidade cinemática da água à temperatura de utilização. Valores
apresentados no Quadro 3.9 – Capítulo 3, em função da temperatura.
Q1,75
J = 8,69 x105. (4.18)
Di4, 75
Na qual:
J = perda de carga unitária, em metros coluna de água por metro (mca/m);
Q = vazão em (L/s);
Di = diâmetro interno do tubo em (mm).
A perda de carga nas conexões que ligam os tubos, formando as tubulações, deve
ser expressa em termos de comprimento equivalentes desses tubos. Recomendam-se os
Quadros 3.11 e 3.13 do Capítulo 3.
a) Vazões de dimensionamento:
No esquema da Figura 4.15, o trecho (A-B) alimenta dez chuveiros, dez lavatórios, e
dez bidês, resultando: (ΣPe=10x1,1=11,0). O trecho (B-1) alimenta um chuveiro, um
lavatório, e um bidê: (ΣPe=1,1). O trecho (1-Ch), é um sub-ramal e alimenta somente o
chuveiro: (Qp=0,20 L/s). O trecho (1-3) alimenta o lavatório e o bidê: (ΣPe= 0,6). O trecho (3-
Lv) é um sub-ramal e alimenta o lavatório: (Qp = 0,20 L/s). O trecho (3-Bi), é um sub-ramal,
e alimenta somente o bidê, (Qp = 0,10 L/s). O trecho (B-C) alimenta nove banheiros:
(ΣPe=9x1,1=9,9). O trecho (C-D) alimenta oito banheiros: (ΣPe=8x1,1=8,8). O trecho (D-E)
alimenta sete banheiros: (ΣPe=7x1,1=7,7). O trecho (E-F) alimenta seis banheiros:
(ΣPe=6x1,1=6,6). O trecho (F-G) alimenta cinco banheiros: (ΣPe=5x1,1=5,5). O trecho (G-H)
alimenta quatro banheiros: (ΣPe=4x1,1=4,4). O trecho (H-I) alimenta três banheiros:
(ΣPe=3x1,1=3,3). O trecho (I-J) alimenta dois banheiros: (ΣPe=2x1,1=2,2). O trecho (J-L)
alimenta um banheiro: (ΣPe=1x1,1=1,1).
b) Comprimentos equivalentes:
Trecho (1-3):
Le (m) – (Cobre E)
Singularidades (peças) 1/2” 3/4”
(14,0 mm) (20,8 mm)
Um Tê passagem direta 0,7 0,8
Um joelho de 900 1,1 1,2
∑Le = 1,8 2,0
Trecho (3-Lv):
Le (m) – (Cobre E)
Singularidades (peças) 1/2” 3/4”
(14,0 mm) (20,8 mm)
Um Tê passagem direta 0,7 0,8
Um Tê de 900 saída de lado 2,3 2,4
Um registro de pressão 11,1 11,4
Um joelho de 900 1,1 1,2
∑Le = 15,2 15,8
Trecho (3-Bi):
Le (m) – (Cobre E)
Singularidades (peças) 1/2” 3/4”
(14,0 mm) (20,8 mm)
Dois Tês de 900 saída de lado 4,6 4,8
Um registro de pressão 11,1 11,4
Dois joelhos de 900 2,2 2,4
∑Le = 17,9 18,6
Trechos (B-C); (C-D); (D-E); (E-F); (F-G); (G-H); (H-I); (I-J); (J-L): Para cada um destes
trechos, considerar-se-á apenas o comprimento equivalente de um Tê passagem direta
referente ao respectivo diâmetro.
O aquecedor selecionado fornece 7,0 L/min de água quente a 70 0C, para uma
pressão dinâmica mínima igual a 8,0 mca, (= ∆haquecedor).
Do Quadro 4.21A, obtém-se: ∆hA-B = 0,54 mca; ∆hB-1 = 1,07 mca; ∆h1-Ch = 0,54 mca;
Assim, o pressurizador deve fornecer uma altura manométrica igual a:
Hm = 8,0 + 1,0 + 0,54 + 1,07 + 0,54 – 4,20 = 6,95 mca e uma vazão de 7,0 L/min.
Portanto, o ponto de funcionamento do pressurizador será: Hm ≅ 7,0 mca; Q = 7,0
L/min.
Por: Evaldo Miranda Coiado
[214] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Água Quente [SPAQ]
O aquecedor selecionado fornece 7,0 L/min de água quente a 70 0C, para uma
pressão dinâmica mínima igual a 8,0 mca, (= ∆haquecedor).
Do Quadro 4.21A, obtém-se: ∆hA-B = 0,54 mca;
Do Quadro 4.21B, obtém-se: ∆hB-C = 0,40 mca; ∆hC-1 = 1,07 mca; ∆h1-Ch = 0,54 mca
Assim, o pressurizador deve fornecer uma altura manométrica igual a:
Hm = 8,0 + 1,0 + 0,54 + 0,40 + 1,07 + 0,54 – (4,20+2,80) = 4,55 mca e uma vazão de
7,0 L/min.
Portanto, o ponto de funcionamento do pressurizador será: Hm ≅ 4,6 mca; Q = 7,0
L/min.
O aquecedor selecionado fornece 7,0 L/min de água quente a 70 0C, para uma
pressão dinâmica mínima igual a 8,0 mca, (= ∆haquecedor).
Do Quadro 4.21A, obtém-se: ∆hA-B = 0,54 mca; a;
Do Quadro 4.21B, obtém-se: ∆hB-C = 0,40 mca;
Do Quadro 4.21C, obtém-se: ∆hC-D = 0,36 mca; ∆hD-1 = 1,07 mca; ∆h1-Ch = 0,54 mca
Assim, o pressurizador deve fornecer uma altura manométrica igual a:
Hm = 8,0 + 1,0 + 0,54 +0,40 + 0,36 + 1,07 + 0,54 – (4,20+5,60) = 2,11 mca e uma
vazão de 7,0 L/min.
Portanto, o ponto de funcionamento do pressurizador será: Hm ≅ 2,1 mca; Q = 7,0
L/min.
É importante lembrar que, no procedimento adotado, a pressão no chuveiro, sem a
presença do aquecedor, e sem a necessidade do pressurizador, deve ser maior que 9,0
mca, ou seja 8,0 mca para vencer as perdas no aquecedor quando presente, e 1,0 mca
como pressão dinâmica mínima exigida pelos chuveiros.
Verifica-se, portanto, no Quadro 4.21D, que a partir do 70 Andar não há necessidade
de pressurizador, já que a pressão dinâmica disponível no chuveiro desse andar é 9,36 mca.
Ao considerar o aquecedor, e sua perda de carga, resulta ainda a pressão mínima no
chuveiro de 1,36 mca.
A partir do 6º andar, já foi possível reduzir o diâmetro de alguns trechos, e ainda
manter a pressão no chuveiro superior a 9,0 mca sem a necessidade do pressurizador.
.
Na qual:
Hd = altura devido à diferença de densidades da água no barrilete e no storage;
Hbs = distância vertical entre o centro do barrilete e o centro do storage;
dr55oC = densidade relativa da água no barrilete a 55 0C;
dr70oC = densidade relativa da água no storage a 70 0C.
5º) Com a vazão estimada máxima de dimensionamento, calculada com a Equação
(4.12), e a velocidade de 1,5 m/s determinar o diâmetro (D):
D = 0,9213. Qmax a
Na qual:
D = diâmetro em (m);
Qmax = vazão estimada máxima em (m3/s).
6º) Com a vazão Qmax e o D, utilizando uma das Equações, (4.15) ou (4.18)
determine a perda de carga unitária (J).
7º) Determinar as perdas de cargas totais (∆hT) nos seguintes trechos:
Pd
= H rb + H d − ∆hT (4.22)
γ
Na qual:
Pd/γ = pressão disponível no barrilete;
Hrb = distância vertical entre o nível da água no reservatório de água fria e o centro
do barrilete;
Hd = altura devido à diferença de densidades da água no barrilete e no storage;
∆hT = perda de carga total da tubulação desde o reservatório de água fria até o
barrilete.
A pressão disponível (Pd/γ) deverá ser suficiente para equilibrar a altura de água
representativa das perdas de carga ao longo da tubulação, num movimento ascendente da
água e no retorno, para que o escoamento se faça sem bombeamento.
9º) Calcular a perda de carga total num anel de circulação, (∆hTC). Para formar o
anel, considere o trecho ascendente e um trecho descendente. A parcela da perda de carga
total, do trecho ascendente, será calculada com a vazão estimada para este trecho (Qmax) e
o diâmetro (D). A parcela da perda de carga total, referente ao trecho descendente, será
calculada com a vazão estimada para este trecho (Qp), e um diâmetro (Dd) calculado
considerando a velocidade de 1,5 m/s, utilizando a seguinte equação:
Dd = 0,9213. Q p (4.23)
Na qual:
Dd = diâmetro do trecho descendente em (m);
Qp = vazão estimada em (m3/s);
10º). Se (∆hTC) for maior que a pressão disponível no barrilete (Pd/γ) então será
necessário instalar uma bomba circuladora de água quente dimensionada da seguinte
maneira:
Pd
γ .Qmax . . ∆hTC −
γ (4.24)
Pb =
75.ηb
Na qual:
γ = peso específico da água quente em (kgf/m3);
Qmax = vazão estimada máxima em (m3/s);
∆hTC = perda de carga total no anel em (mca);
(Pd/γ) = pressão disponível no barrilete em (mca).
Trecho [R-S]: Q p = 0,30. 64,8 = 2,41 L/s (água fria). Para a velocidade máxima de 1,5
−3
m/s tem-se: Dcalc. = 0,9213. 2,41.10 = 0,045m. Adota-se como diâmetro comercial de
aço galvanizado (2”) ou diâmetro interno igual a 50 mm.
Trecho [S1-T2]: Q p = 0,30. 64,8 = 2,41 L/s (água quente). ). Para a velocidade máxima
de 1,5 m/s tem-se: Dcalc. = 0,9213. 2,41.10 −3 = 0,045m, Adota-se como diâmetro
comercial de cobre classe E de (2”) ou diâmetro interno igual a 52,2 mm.
Trechos [T2-(1)-T1] e [T2-(2)-T1]: Q p = 0,30. 32,4 = 1,71 L/s (água quente). ). Para a
−3
velocidade máxima de 1,5 m/s tem-se: Dcalc. = 0,9213. 1,71.10 = 0,038m. Adota-se
como diâmetro comercial de cobre classe E de (1.1/2”), ou diâmetro interno igual a 40,4mm.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [225]
Sistema Predial de Água Quente [SPAQ]
Trecho [T1-S2]: Q p = 0,30. 64,8 = 2,41 L/s (água quente). Para a velocidade máxima de
−3
1,5 m/s tem-se: Dcalc. = 0,9213. 2,41.10 = 0,045m, Adota-se como diâmetro comercial
de cobre classe E de (2”) ou diâmetro interno igual a 52,2 mm.
3º) Perdas de carga de cada trecho
Trecho R-S: Q = 2,41 L/s; Ф=2”, (Di = 50,0 mm); aço galvanizado.
2,411,88
j = 20,2.10 5. = 0,054 m/m
50,0 4,88
Peças Comprimentos equivalentes e virtual em (m)
1 entrada de borda 1,5
4 cotovelos 900 (RC) 4 x 1,7=6,8
1 Te saída de lado 3,5
2 registros de gaveta 2 x 0,4=0,8
1 válvula de retenção pesada 6,4
1 saída de canalização 1,5
ΣLe = 20,5
ΣLr = 52,1
Lv= 72,6
∆h = 72,6 x 0,054 = 3,92 mca
Trecho [S1-T2]: Q = 2,41 L/s; Ф=2”, (Di = 52,2 mm); cobre classe E.
2,411, 75
j = 8,69.105. = 0,02809 m/m
52,2 4, 75
Trechos [T2-(1)-T1]: Q = 1,71 L/s; Ф=1.1/2”, (Di = 40,4 mm); cobre classe E.
1,711, 75
j = 8,69.10 5. = 0,052 m/m
40,4 4, 75
Trechos [T2-(2)-T1]: Q = 1,71 L/s; Ф=1.1/2”, (Di = 40,4 mm); cobre classe E.
1,711, 75
j = 8,69.10 .5
= 0,052 m/m
40,4 4, 75
Trecho [T1-S2]: Q = 2,41 L/s; Ф=2” (Di = 52,2 mm); cobre classe E.
2,411, 75
j = 8,69.10 5. = 0,02809 m/m
52,2 4, 75
Peças Comprimentos equivalentes e virtual em (m)
1 Te saída de lado 7,6
1 Te passagem direta 2,3
1 saída de canalização 3,3
ΣLe = 13,2
ΣLr = 3,0
Lv= 16,2
∆h = 16,2 x 0,02809 = 0,46 mca
7º) Pressão mínima necessária no ponto (T2) para que se tenha, no chuveiro
hidraulicamente desfavorável, um valor de pressão dinâmica mínima de 1,0 mca.
Trecho [T2 – T*]: Q = 1,71 L/s; Ф=1.1/2”, (Di = 40,4 mm); cobre classe E.
1,711, 75
j = 8,69.10 5. = 0,052 m/m
40,4 4, 75
Peças Comprimentos equivalentes e virtual em (m)
1 Te saída de lado 7,3
1 joelhos 900 3,2
1 registro de gaveta 0,7
ΣLe = 11,2
ΣLr = 6,6
Lv= 17,8
∆h = 17,8 x 0,052 = 0,93 mca
Trecho [T*-a]:
Chuveiro (peso=0,5)
Lavatório (peso=0,5)
Pia cozinha (peso=0,7)
Q p = 0,30. 1,7 = 0,39 L/s, segundo norma tem-se: Фmin.=1/2”, (Di = 14 mm); cobre classeE.
0,391, 75
j = 8,69.105. =0,60 m/m.
14 4,75
Trecho [a-ch]:
Chuveiro (vazão de projeto = 0,20 L/s); segundo norma tem-se: Фmin=1/2”, (Di = 14 mm),
cobre classe E.
0,201,75
j = 8,69.10 . 4, 75 =0,19 m/m.
5
14
Peças Comprimentos equivalentes e virtual em (m)
1 Te passagem direta 0,7
1 registro de pressão 11,1
1 Te saída de lado 2,3
1 joelho 900 1,1
ΣLe = 15,2
ΣLr = 1,35
Lv= 16,55
∆h = 16,55 x 0,19 = 3,15 mca
Assim, tem-se:
L1 + L2 = 46,0 m
1,711, 75
j = 8,69.10 . 5
= 0,052 m/m
40,4 4, 75
1,711,75
j = 8,69.10 5. = 0,125 m/m
33,6 4, 75
com 18,0 m de comprimento, e o trecho (X-T1) deve ser de (1.1/4”) com um comprimento de
28,0 m.
A fim de não dissipar o calor antes da água atingir os sub-ramais, as tubulações dos
sistemas prediais de água quente devem ser isolados com material isolante térmico. Podem-
se empregar os seguintes materiais:
• Mica expandida;
• Silicato de magnésio hidratado;
• Silicato de cálcio hidratado com fibras de amianto;
• Lã de rocha ou lã mineral;
• Sílica em fios;
• Canaleta de cortiça prensada.
A espessura das calhas isolantes é geralmente de 25,4 mm para tubos de até 3
polegadas, e de 38,1 mm para tubos de 4, 6, e 8 polegadas.
ANEXO
Esquemas de montagem de aquecedor de acumulação
CAPÍTULO 5
SISTEMA PREDIAL DE ÁGUAS PLUVIAIS (SPAP)
5.1 – Introdução
5.2.5 – Calha
Canal que recolhe a água de cobertura, terraços e similares e a conduz a um ponto
de destino.
5.2.17 – Ralo
Caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais.
5.2.20 – Saída
Orifício na calha, cobertura, terraço e similares, para onde as águas pluviais
convergem.
As águas pluviais não devem ser lançadas em redes de esgoto usadas apenas para
águas residuárias (despejos, líquidos domésticos ou industriais).
A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e
condução das águas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras
instalações prediais.
Quando houver risco de penetração de gases, deve ser previsto dispositivo de
proteção contra o acesso destes gases ao interior da instalação.
Neste caso todos os elementos que constituem o sistema predial de águas pluviais
localizam-se acima da galeria do logradouro público ou da sarjeta, e por esta razão, todas as
águas coletadas pelo sistema são conduzidas para esses locais por gravidade. A Figura 5.3
ilustra esta situação.
Neste caso parte dos elementos que constitui o sistema predial de águas pluviais
encontra-se em cotas inferiores à do logradouro público ou da sarjeta. Assim, é necessário
que toda a água coletada pelo sistema predial seja armazenada num poço de águas pluviais,
e a partir desta, bombeada até uma caixa de passagem, de onde, por gravidade, escoe para
a galeria pública. A Figura 5.4 ilustra este caso.
A determinação da intensidade pluviométrica (i), para fins de projeto, deve ser feita a
partir da fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de
retorno. Tomam-se como base dados pluviométricos locais, (NBR 10844/89).
Figura 5.3 – Coleta e transporte das águas pluviais totalmente por gravidade.
P
i= (5.1)
t
Na qual:
i = intensidade pluviométrica;
P = altura pluviométrica;
t = duração de precipitação (tempo).
Para construção até 100 m2 de área de projeção horizontal, salvo casos especiais,
pode-se adotar a intensidade pluviométrica i = 150 mm/h, NBR 10844/89.
Segundo Macintyre, 3a. Edição, para locais em que os índices pluviométricos são
extraordinariamente elevados para chuvas de curta duração, tem-se adotado o valor de
intensidade pluviométrica i = 170 mm/h, e onde a extrema segurança é necessária, como no
caso dos acessos às estações subterrâneas do metrô, adota-se no cálculo de drenagem o
valor de intensidade pluviométrica de 216 mm/h.
Para a determinação da máxima intensidade pluviométrica média observada podem-
se também utilizar as fórmulas empíricas. A seguir apresentam-se fórmulas empíricas para
algumas cidades brasileiras.
1677,6.TR0,112
i= (5.2)
(t + 15)0,86.(T )
− 0 , 0144
R
1747,9.TR0,181
i= (5.3)
(t + 15)0,89
A fórmula (5.3) foi obtida por WILKEN, 1978, período de estudos 1934 a 1959.
1239.TR0,15
i= (5.4)
(t + 20)0,74
A fórmula (5.4) foi obtida pelo Engo. Ulysses Alcântara.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [243]
Sistema Predial de Águas Pluviais [SPAP]
5950.TR0,127
i= (5.5)
(t + 26)1,15
• Para a cidade de São Carlos-SP:
1519.TR0, 236
i= (5.6)
(t + 16)0,935
• Para a cidade Porto Alegre - RS:
509,86.TR0,196
i= (5.7)
(t + 10)0,72
• Para a cidade Belo Horizonte - MG:
1447,9.TR0,100
i= (5.8)
(t + 20)0,84
• Para a cidade Campinas - SP:
2524,86.TR0,1359
i= (5.9)
(t + 20)0,9483.T
− 0 , 007
R
4653,8.TR0,1726
i= para t ≤ 2,0 horas (5.10)
(t + 25)1,087.T
0 , 0056
R
A ação dos ventos deve ser levada em conta através da adoção de um ângulo de
inclinação da chuva em relação à horizontal igual a arc tg2 θ, para o cálculo da quantidade
de chuva a ser interceptada por superfícies inclinadas ou verticais. O vento deve ser
considerado na direção que ocasionar maior quantidade de chuva interceptada pelas
superfícies consideradas, Figura 5.5.
i.A
Q= (5.11)
60
Na qual:
Q = vazão de projeto, em (L/min);
i = intensidade pluviométrica, em (mm/h);
A = área de contribuição, em (m2).
4653,8.50,1726
i= = 147,33 mm/h
(5 + 25)1,087.5
0 , 0056
147,33.(8,0 x10)
Q= ≅ 196,5 L/min
60
Solução:
As áreas (A1) e (A2) formam duas superfícies verticais adjacentes e
perpendiculares, (veja Figura 5.6-F) e o telhado é uma superfície inclinada, (veja Figura 5.6-
B). Portanto, a área de contribuição a ser considerada no cálculo da vazão de projeto será
igual a:
A12 + A22 h
Ac = + a + .b
2 2
Figura 5.7
5.8 – Calhas
Segundo a NBR 10844/89, o dimensionamento das calhas deve ser feito utilizando a
fórmula de Manning-Strickler:
S
Q = 60.000. .Rh2 / 3 . I (5.12)
n
Na qual:
Q = vazão de projeto, em (L/min);
S = seção molhada, em (m2);
Rh = raio hidráulico, em (m);
I = declividade da calha, em (m/m);
n = coeficiente de Manning-Strickler (Tabela 5.2).
S
Rh = (5.13)
p
Na qual:
p = perímetro molhado, em (m).
A (b . y) (b + 2y)
B (b + Z.y).y ( b + 2. y. (1 + Z 2 ) )
C (b + 0,5.Z.y).y (b + y ( (1 + Z 2 ) + 1)
D (Z.y2) ( 2. y. (1 + Z 2 )
E (0,3927.D2) (1,5708.D)
Figura 5.8 – Elementos geométricos das seções dos canais retangular, triangular,
trapezoidal, e semicircular.
(λ + 2 )
3/8 1/ 4
n.Q
y = . (5.14)
60.000. I λ5 / 8
Na qual:
b
λ= (5.15)
y
λ=2 (5.16)
y=
n.Q
.
3/8
(
λ + 2. 1 + Z 2 )
1/ 4
(5.17)
60.000. I (λ + Z )5 / 8
Na qual:
Z= cotg Φ
(
λ = 2. 1 + Z 2 − Z ) (5.18)
y=
n.Q
.
3/8
(
1+ λ + 1+ Z 2 )
1/ 4
(5.19)
60.000. I (λ + 0,5.Z )5 / 8
Para a seção de formato trapezoidal assimétrico de mínimo perímetro molhado
obtém-se:
λ = 1+ 1+ Z 2 − Z (5.20)
y=
n.Q
.
3/8
(
2. 1 + Z 2 )
1/ 4
(5.21)
60.000. I (Z )5 / 8
Por: Evaldo Miranda Coiado
[252] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Águas Pluviais [SPAP]
(n.Q) 0,375
D = 0,0323. (5.22)
I 0,1875
Nas Equações (5.14), (5.17), (5.19), (5.21), e (5.22) têm-se:
Dado o telhado (A3), mostrado na Figura 5.9, determine a vazão de projeto na seção
de saída (S) e dimensione a calha retangular de plástico, para conduzir a vazão resultante
de uma chuva de intensidade igual a 150 mm/h.
Figura 5.9
Solução:
1º) Cálculo da área de contribuição:
A1 = (7 x 4) + (7 x 0,7)/2 = 30,45 m2
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [253]
Sistema Predial de Águas Pluviais [SPAP]
A2 = (7 x )2 = 14 m2.
2 2
150x68,21
QP = ≅ 170,5 L/min.
60
3/ 8
0,011x170,5 (2 + 2)1/ 4
y = .
60.000. 0,01 25 / 8
• A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio
longo, com inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou
enterrado.
(0,5594.D2)
1,9177.D
(n.Q) 0,375
D = 0,0273. (5.23)
I 0,1875
Na qual:
D = diâmetro interno, em (m);
Q = vazão de projeto em, em (L/min);
I = declividade do condutor, em (m/m);
n = coeficiente de Manning-Strickler.
2524,86 x50,1359
i= ≅154 mm/h
(5 + 20)0,9483 x5
− 0 , 007
154x300
QP = ≅ 770 L/min
60
3º) Dimensionamento do condutor horizontal:
Da Tabela 5.2, para concreto alisado, obtém-se n=0,012.
D = 0,0273.
(0,012 x770,0)0,375 ≅ 0,150 m ou 150 mm.
0,010,1875
O dimensionamento dos condutores verticais deve ser feito a partir dos seguintes dados:
Q = vazão de projeto, em (L/min);
y = altura da lâmina de água na calha, em (m);
L = comprimento do condutor vertical, em (m);
D = diâmetro interno.
O diâmetro interno (D) do condutor vertical é obtido através dos ábacos das Figuras
(5.13) e Figura (5.14).
Para calhas com saída em aresta viva utiliza a Figura (5.13), e para calhas com
saída em funil utiliza-se a Figura (5.14).
O procedimento para a obtenção do diâmetro é o seguinte:
• Levantar uma vertical a partir da vazão de projeto (Q) até interceptar as curvas de
(y) e (L) correspondentes;
• No caso de não haver curvas dos valores de (y) e (L), interpolar entre as curvas
existentes, e transportar a interseção mais alta até o eixo (D);
• Adotar o diâmetro nominal cujo diâmetro interno seja superior ou igual ao valor
encontrado.
Na prática pode-se utilizar, como condutor vertical, a série reforçada, fabricada para
esgoto sanitário. Os diâmetros existentes são os apresentados no Quadro 5.1.
Dimensione o condutor vertical saindo de calhas em aresta viva para aduzir uma vazão de
1400 L/min. A lâmina líquida na calha (y) será igual a 90 mm e o comprimento (L) do
condutor vertical igual a 3,0 m.
Solução:
Considera-se, no gráfico da Figura 5.13, a intersecção entre a linha vertical, referente à
vazão de 1400 L/min, e a linha referente ao comprimento L=3,0 m, (Isto porque o valor da
lâmina líquida é maior que o necessário para conduzir a referida vazão). Assim, obtém-se o
diâmetro interno entre 90 e 95 mm. Adota-se o DN100 (DI=96,6 mm) da série reforçada,
(consulte Quadro 5.1).
Solução:
Considera-se primeiramente, no gráfico da Figura 5.13, a intersecção entre a linha vertical
referente à vazão de 1000 L/min, e a linha referente ao comprimento L=3,0 m. Uma vez que
a lâmina líquida necessária para aduzir 1000 L/min é maior que a lâmina líquida dada,
prolonga-se a vertical até a linha correspondente ao y = 70 mm, obtendo-se uma nova
intersecção, agora entre a linha da vazão e a da lâmina líquida y=70 mm,. Assim, obtém-se
o diâmetro interno igual a 90 mm. Adota-se o DN100 (DI=96,6 mm) da série reforçada,
(consulte Quadro 5.1).
Dimensione o condutor vertical saindo de calhas em aresta viva para aduzir uma vazão de
600 L/min. A lâmina líquida na calha (y) será igual a 60 mm e o comprimento (L) do condutor
vertical igual a 3,0 m.
Solução:
Para este caso procura-se, no gráfico da Figura 5.13, a intersecção entre a linha vertical,
referente à vazão de 600 L/min, a linha referente ao comprimento L=3,0 m, e a linha
referente ao y = 60 mm. Assim, obtém-se o diâmetro interno entre 60 e 65 mm igual. Uma
vez que, segundo a NBR 10844/89, o diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de
seção circular é 70 mm, adota-se o DN75 (DI=71,7 mm) da série reforçada, (consulte
Quadro 5.1).
Dimensione o condutor vertical saindo de calhas em funil para aduzir uma vazão de 1400
L/min. A lâmina líquida na calha (y) será igual a 90 mm e o comprimento (L) do condutor
vertical igual a 3,0 m.
Solução:
Para este caso considera-se, no gráfico da Figura 5.14, a intersecção entre a linha vertical,
referente à vazão de 1400 L/min, e a linha referente ao comprimento L=3,0 m, (Isto porque o
valor da lâmina líquida é maior da necessária para conduzir a referida vazão). Assim, obtém-
se o diâmetro interno entre 85 e 90 mm. Adota-se o DN100 (DI=96,6 mm) da série reforçada,
(consulte Quadro 5.1).
vertical L = 6 m e que sairá de calha em funil. A profundidade (y) será igual à profundidade
da lâmina líquida no final do trecho 4.
Solução:
1º) Cálculo da intensidade pluviométrica.
Para terraço TR = 5 anos, e a duração da chuva (t) deve ser fixada em 5 minutos.
2524,86 x5 0,1359
i= 0 , 9483
≅154 mm/h
(5 + 20) 5 0 , 007
D = 0,0273.
(0,011x257 )0,375 = 0,096 m; ou 96 mm (DN100)
(0,01)0,1875
Trecho 2:
Para o trecho 2 a área de contribuição será igual a 200 m2.
154,0 x 200
Q p1 = ≅ 514 L/min
60
O diâmetro do condutor horizontal do trecho 2 será igual a:
Por: Evaldo Miranda Coiado
[260] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Águas Pluviais [SPAP]
D = 0,0273.
(0,011x514)0,375 = 0,124 m; ou 124 mm (DN150)
(0,01)0,1875
Trecho 3:
Para o trecho 3 a área de contribuição será igual a 300 m2.
154,0 x300
Q p1 = ≅ 770 L/min
60
O diâmetro do condutor horizontal do trecho 3 será igual a:
D = 0,0273.
(0,011x770 )
0 , 375
= 0,144 m; ou 144 mm (DN150)
(0,01)0,1875
Trecho 4:
Para o trecho 4 a área de contribuição será igual a 400 m2.
154,0 x 400
Q p1 = ≅ 1.027 L/min
60
O diâmetro do condutor horizontal do trecho 4 será igual a:
D = 0,0273.
(0,011x1027 )0,375 = 0,161 m ; ou 161 mm (DN200)
(0,01)0,1875
Condutor vertical:
A vazão de projeto para o condutor vertical será igual à do trecho 4, ou seja 1.027
L/min.
A lâmina líquida será igual a:
2
y = .200 = 133,3 mm
3
Para y = 133,3 mm; Qp = 1.027 L/min; L = 6 m; calha em funil, obtém-se do gráfico
da Figura 5.14 o diâmetro interno entre 70 e 75 mm. Do quadro 5.1 escolhe-se o DN75.
1-5. Para uma residência, localizada na cidade de Campinas/SP, com o telhado mostrado na
figura, (de duas águas), determine a vazão de projeto. R.: Q = 295,2 (L/min)
CAPÍTULO 6
SISTEMA PREDIAL DE GÁS COMBUSTÍVEL (SPGC)
6.1 – Introdução
6.2.6 – Concessionária
Entidade pública ou particular responsável pelo fornecimento, abastecimento,
distribuição e venda de gás canalizado.
6.2.10 – Derivação
Tubulação no recinto ou abrigo interno, destinada à alimentação de um grupo de
medidores.
6.2.11 – Economia
Propriedade servindo para qualquer finalidade ocupacional, que caracteriza um ou
mais consumidores de gás (residências isoladas; apartamento de um prédio; loja ou
subdivisão, de um prédio, tendo cada uma sua numeração própria; sala ou grupo de salas,
constituindo um escritório; casa de um conjunto habitacional ou condomínio; cada com
numeração, construída em terreno comum a outras, embora de um mesmo proprietário;
edificações de uso coletivo, desde que seja previsto sistema de medição ou rateio
proporcional ao consumo individual de cada consumidor).
6.2.15 – Medidor
Aparelho destinado à medição do consumo de gás.
6.2.23 – Prumada
Tubulação vertical, parte constituinte da rede interna ou externa, que conduz o gás
por um ou mais pavimentos.
6.2.37 – Tubo-luva
Tubo no interior do qual a tubulação de gás é montada e cuja finalidade é não
permitir o confinamento de gás em locais não ventilados, Figura 6.1.
As tubulações não devem passar por pontos que a sujeitem a tensões inerentes à
estrutura da edificação. Na travessia de elementos estruturais deve ser utilizado tubo-luva,
vedando-se o espaço entre ele e o tubo de gás.
É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico.
Quando os cruzamentos de tubulações de gás com condutores elétricos forem
inevitáveis, deve-se colocar entre elas um material isolante elétrico.
As tubulações aparentes devem:
• a) ter as distâncias mínimas entre a tubulação de gás e condutores de eletricidade
de 0,30 m, se condutor for protegido por conduíte, e 0,50 m, nos casos contrários;
• b) ter um afastamento das demais tubulações o suficiente para ser realizada
manutenção nas mesmas;
• c) ter um afastamento no mínimo de 2 m de pára-raios e seus respectivos pontos de
aterramento;
• d) em caso de superposição de tubulação, a tubulação de gás deve ficar acima das
outras tubulações.
6.4.1 – Generalidades
Figura 6.3a – Sistema predial de GLP. Central de gás constituída de bateria de recipientes
removíveis, e com um regulador de 2º estágio em cada pavimento.
Figura 6.3b – Sistema predial de GLP. Central de gás constituída de recipiente fixo, e com
um regulador de 2º estágio em cada pavimento.
Figura 6.3c – Sistema predial de GLP. Central de gás constituída de recipiente fixo, e com
único regulador de 2º estágio.
Por: Evaldo Miranda Coiado
[280] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Figura 6.3d – Sistema predial de GLP. Central de gás constituída de bateria de recipientes
removíveis, e com um regulador de 2º estágio para cada aparelho de utilização.
(Fonte: Macintyre, 3a. Edição)
6.4.5 – Dimensionamento
1a) Utilizando o Quadro 6.2, determinar a potencia computada (C) a ser instalada no
trecho considerado, por meio da somatória das potências nominais dos aparelhos de
utilização de gás por ele supridos.
2a) Calcular a potência adotada (A), multiplicando-se o fator de simultaneidade (F)
pela potência computada (C), ou seja:
A=FxC (6.1)
Na qual:
A = potência adotada, em (kcal/h);
C = potência computada, em (kcal/h);
F = fator de simultaneidade, (adimensional), calculado utilizando as seguintes
equações:
Para: Então:
(6.2)
C < 350 F = 100
Para: Então:
350 < C < 9 612 100
F= (6.3)
1 + 0,001.(C − 349)
0,8712
Para: Então:
9 612 < C < 20 000 100
F= (6.4)
1 + 0,4705.(C − 1055)
0 ,19931
Para: Então:
(6.5)
C > 20 000 F = 23
Observação: Nas equações 6.2 a 6.5 entrar com os valores da potência computada,
(C), em kcal/min.
3a) Calcular a vazão de gás (Q), dividindo-se a potência adotada (A) pelo Poder
Calorífico Inferior do gás (PCI), utilizando a seguinte equação:
A
Q= (6.6)
PCI
Por: Evaldo Miranda Coiado
[282] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Na qual:
Q = vazão do gás, em (m3/h);
A = potência adotada, em (kcal/h);
PCI = poder calorífico inferior do GLP = 24 000 kcal/m3.
5a) A partir das pressões iniciais máximas (consultar item 6.4.3), do diâmetro
adotado, e da vazão do gás, calcular a perda de carga total.
6a) Verificar as condições limites estabelecidas pela NBR 13932/97, que são:
• A) Perda de carga máxima de 15 kPa (0,153 kgf/cm2) nas redes primárias;
• B) Pressão mínima final, no ponto de utilização de 2,6 kPa (0,0265 kgf/cm2),
(consultar item 6.4.4).
7a) Considerar a perda de pressão devida ao peso da coluna de GLP nos trechos
verticais, calculada utilizando a seguinte equação:
Na qual:
∆P = é a perda de pressão, em (kPa);
Z = é a altura do trecho vertical, em (m);
drg = densidade relativa do GLP, (adotar 1,8).
8a) Para o cálculo das perdas de pressão devidas à resistência ao escoamento nas
tubulações utilizar as seguintes equações:
Nas quais:
PAabs = pressão absoluta inicial na saída do regulador de primeiro estágio em média
pressão, em (kPa);
PBabs = pressão absoluta na entrada do regulador de segundo estágio no ponto mais
crítico do trecho, em (kPa);
PA = pressão inicial na saída do regulador de segundo estágio ou estágio único em
baixa pressão, em (kPa);
PB = pressão na entrada do aparelho de utilização, ponto mais crítico do trecho, em
(kPa);
drg = densidade relativa do GLP, (adotar 1,8);
LT = comprimento equivalente total, em (m);
Di = diâmetro interno da tubulação, em (mm);
Q = vazão, em m3/h.
Planilha Eletrônica Modelo 6.1 - Dimensionamento da rede primária do sistema de gás combustível GLP.
Col.
A B C D E F G H I J K L M
Linha
Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Lreal Leq. Lvirt. (Pinicial)e
Trecho Nº.φI ψ
1
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2
Col.
N O P Q R S T
Linha
(Pinicial)a (Pfinal)e Z ∆Pz Pfinal (∆P)res. DN
1
kPa kPa kPa kPa kPa kPa pol.
2
Célula A2: Indicar o primeiro trecho da isométrica da rede primária do sistema de gás combustível a ser
dimensionado. Inicia pelo trecho imediatamente a jusante do regulador de primeiro estágio.
Célula B2: Somatória das potências nominais dos aparelhos de utilização de gás supridos pelo trecho A2. Os
valores das potências nominais dos aparelhos são apresentados no Quadro 6.2.
Célula C2: = B2/60
Célula D2: =SE(C2>20000;23;SE(E(C2>9612;C2<=20000);(100/(1+0,4705*(C2-
1055)^0,19931));SE(C2<=350;100;(SE(E(C2>350;C2<=9612);(100/(1+0,001*(C2-349)^0,8712)))))))
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [285]
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Planilha Eletrônica Modelo 6.2 - Dimensionamento da rede secundária do sistema de gás combustível GLP.
Col.
A B C D E F G H I J K L
Linha
Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Lreal Leq. Lvirt. Pinicial
1 Trecho
Nº.φI
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2
Col.
M N O P Q
Linha
∆Pr Z ∆Pz Pfinal DN
1
kPa m kPa kPa pol.
2
Célula A2: Indicar o primeiro trecho da isométrica da rede secundária do sistema de gás combustível a ser
dimensionado. Inicia pelo trecho imediatamente a jusante do regulador de segundo estágio.
Célula B2: Somatória das potências nominais dos aparelhos de utilização de gás supridos pelo trecho A2. Os
valores das potências nominais dos aparelhos são apresentados no Quadro 6.2.
Célula C2: = B2/60
Célula D2: =SE(C2>20000;23;SE(E(C2>9612;C2<=20000);(100/(1+0,4705*(C2-
1055)^0,19931));SE(C2<=350;100;(SE(E(C2>350;C2<=9612);(100/(1+0,001*(C2-349)^0,8712)))))))
Célula E2: =B2*D2/100
Célula F2: =E2/24000
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [287]
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Célula G2: = Diâmetro interno inicial adotado. Inicia pelo diâmetro interno correspondente à 1/2”, (consulte os
Quadros 6.5, 6.6, e 6.7).
Célula H2: = Quantidade, de diâmetros internos, correspondente aos comprimentos equivalentes às perdas
localizadas existentes no trecho em questão, (consulte o Quadro 6.1).
Célula I2: = Comprimento real do trecho em questão.
Célula J2: =H2*G2/1000
Célula K2: =I2+J2
Célula L2: =2,8
Célula M2: =(2273*1,8*K2*(F2^1,82))/(G2^4,82)
Célula N2: Desnível geométrico vertical do trecho em questão, (assume valor negativo quando está subindo;
assume valor positivo quando está descendo; assume o valor zero quando o trecho for horizontal).
Célula O2: =(1,318/100)*N2*(1,8-1)
Célula P2: =(L2-M2+O2)
Célula q2: = Diâmetro nominal final tal que as pressões nos pontos de utilização sejam superiores a 2,6 kPa.
Observação: No caso de se obter, em qualquer um dos trechos, pressão inferior a 2,6 kPa, deve-se aumentar
convenientemente os diâmetros dos trechos até obter valores de pressão, em todos os trechos, superiores a 2,6
kPa.
Solução:
No dimensionamento da rede primária foi utilizada a Planilha Eletrônica Modelo 6.1.
Os cálculos estão apresentados na Planilha Eletrônica 6.3.
No dimensionamento da rede secundária foi utilizada a Planilha Eletrônica Modelo
6.2. Os cálculos estão apresentados na Planilha Eletrônica 6.4.
Planilha Eletrônica 6.3 - Dimensionamento da rede primária do sistema de gás combustível GLP, Figura 6.4.
Col.
A B C D E F G H I J K L
Linha
Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Nº.φI Lreal Leq. Lvirt. (Pinicial)e
1 Trecho
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2 AB 400000 6666,67 32,82 131291,5 5,47 14,8 104 19,35 1,54 20,89 150
3 BC 320000 5333,33 37,53 120085,2 5,00 14,8 60 3 0,89 3,89 148,19
4 CD 240000 4000,00 44,07 105758,3 4,41 14,8 60 3 0,89 3,89 147,88
5 DE 160000 2666,67 53,93 86283,9 3,60 14,8 60 3 0,89 3,89 147,63
6 EF 80000 1333,33 71,17 56933,1 2,37 14,8 60 3 0,89 3,89 147,44
Col.
M N O P Q R S T
Linha
ψ (Pinicial)a (Pfinal)e Z ∆Pz Pfinal (∆P)res. DN
1
kPa kPa kPa kPa kPa kPa pol.
2 885,2 251,33 148,23 -3,65 -0,0385 148,19 1,81 1/2"
3 140,1 249,52 147,91 -3,00 -0,0316 147,88 0,31 1/2"
4 111,2 249,21 147,66 -3,00 -0,0316 147,63 0,25 1/2"
5 76,7 248,96 147,47 -3,00 -0,0316 147,44 0,19 1/2"
6 36,0 248,77 147,37 -3,00 -0,0316 147,34 0,10 1/2"
Σ(∆P)res.= 2,66
Comprimentos equivalentes: Observação:
Trecho AB: Σ(∆P)res.= 2,66 kPa < 15 kPa, portanto os diâmetros dos trechos
2 cotovelos, 1 registro de esfera = 104.φI poderão ser de 1/2”.
Trechos BC, CD, DE, DF:
1 Tê = 60.φI
Por: Evaldo Miranda Coiado
[290] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Planilha Eletrônica 6.4 - Dimensionamento da rede secundária do sistema de gás combustível GLP, Figura 6.4.
Col.
A B C D E F G H I J K L
Linha
Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Lreal Leq. Lvirt. Pinicial
1 Trecho Nº.φI
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2 f1f2 20000 333,3 100,0 20000 0,83 16,00 50 6,5 0,80 7,30 2,800
3 f2f2´ 9000 150,0 100,0 9000 0,38 16,00 110 1,0 1,76 2,76 2,766
4 f2f3´ 11000 183,3 100,0 11000 0,46 16,00 100 3,7 1,60 5,30 2,753
6.4.7 – Válvulas
A ligação dos aparelhos de utilização à rede secundária deve ser feita por meio de
conexões rígidas, interpondo-se um registro para cada aparelho e a rede. Quando o
aparelho de utilização for deslocável, ou a ligação for submetida a vibrações, é permitido o
uso de mangueiras flexíveis para a ligação, desde que:
a) A mangueira permaneça com suas extremidades rigidamente fixadas;
b) A mangueira tem no máximo o comprimento de 0,80;
c) Haja um registro de fácil acesso na parte rígida da tubulação, no ponto em que a
mangueira é conectada;
Q
NC = (6.10)
QMAX
Na qual:
Q = Vazão de gás, em (Kg/h);
QMAX = Vazão máxima proporcionada por tipo de recipiente de GLP, em (Kg/h),
obtida na Tabela 6.2.
Q
NTC = 2. (6.11)
QMAX
Exemplo prático 6. 2
Solução:
1º) Consultando a Planilha Eletrônica 6.3, tem-se que a vazão necessária para atender todos
os aparelhos, levando em consideração o fator de simultaneidade, é de 5,47 m3/h. Para uma
γ GLP γ
dr = = 1,8 = GLP ∴ γ GLP = 1,8 x1,22 ≅ 2,2 kgf/m3.
γ ar 1,22
12
NC = = 12 cilindros
1,0
3º) O número total de cilindros de cilindros de 45 kgf (consumo + reserva) será igual a:
NTC = 2 x 12 = 24 cilindros
6.5.1 – Generalidades
Figura 6.7 – Sistema predial de gás combustível com gás natural tradicional.
(medição individual no térreo)
6.5.5 – Dimensionamento
A=FxC (6.12)
Na qual:
Para: Então:
(6.13)
C < 350 F = 100
Para: Então:
350 < C < 9 612 100 (6.14)
F=
1 + 0,001.(C − 349)
0 ,8712
Para: Então:
9 612 < C < 20 000 100 (6.15)
F=
1 + 0,4705.(C − 1055)
0 ,19931
Para: Então:
(6.16)
C > 20 000 F = 23
Observação: Nas equações 6.13 a 6.16 entrar com os valores da potência computada, (C),
em kcal/min.
3a) Calcular a vazão de gás (Q), dividindo-se a potência adotada (A) pelo Poder
Calorífico Inferior do gás (PCI), utilizando a seguinte equação:
A
Q= (6.17)
PCI
Na qual:
Q = vazão do gás, em (m3/h);
A = potência adotada, em (kcal/h);
PCI = poder calorífico inferior do GN = 9 230 kcal/m3.
5a) A partir da pressão inicial máxima igual a 1,96 kPa, do diâmetro adotado, e da
vazão do gás, calcular a perda de carga total utilizando uma das seguintes equações:
(4,67.105.d rg .L.Q1,82 )
PA 2
abs − PB 2
abs = (6.19)
Di4,82
Nas quais:
Q = vazão do gás, em (m3/h);
Di = diâmetro interno do tubo, em (mm);
∆h = perda de carga máxima admitida, em (kPa);
Por: Evaldo Miranda Coiado
[304] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
6a) Verificar a condição limites estabelecida pela NBR 13933/97: A perda de carga
máxima admitida para toda a rede interna é de 0,19 kPa (0,0019 kfg/cm2, ou 19 mmca.
Conforme Figura 6.7, a rede interna de gás natural inicia no regulador de 2º estágio,
portanto, deve ser dimensionada em baixa pressão. O trecho entre o regulador de 1º estágio
e o de 2º estágio deve ser dimensionado em média pressão.
A Planilha Eletrônica Modelo 6.5, foi desenvolvida para o dimensionamento da rede
interna de gás natural.
Planilha Eletrônica Modelo 6.5 - Dimensionamento da rede interna do sistema de gás combustível GN.
Col.
A B C D E F G H I J K L
Linha
Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Lreal Leq. Lvirt. Pinicial
Trecho Nº.φI
1
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2
Col.
M N O P Q R
Linha
∆Pr Z ∆Pz Pfinal ∆Pt DN
1
kPa m kPa kPa kPa pol.
2
Célula A2: Indicar o primeiro trecho da isométrica da rede interna do sistema de gás combustível a ser
dimensionado. Inicia pelo trecho imediatamente a jusante do regulador de segundo estágio.
Célula B2: Somatória das potências nominais dos aparelhos de utilização de gás supridos pelo trecho A2. Os
valores das potências nominais dos aparelhos são apresentados no Quadro 6.4.
Célula C2: = B2/60
Célula D2: =SE(C2>20000;23;SE(E(C2>9612;C2<=20000);(100/(1+0,4705*(C2-
1055)^0,19931));SE(C2<=350;100;(SE(E(C2>350;C2<=9612);(100/(1+0,001*(C2-349)^0,8712)))))))
Célula E2: =B2*D2/100
Célula F2: =E2/9230
Célula G2: = Diâmetro interno inicial adotado. Inicia pelo diâmetro interno correspondente à 1/2”, (consulte os
Quadros 6.5, 6.6 e 6.7).
Por: Evaldo Miranda Coiado
[306] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Célula H2: = Quantidade, de diâmetros internos, correspondente aos comprimentos equivalentes às perdas
localizadas existentes no trecho em questão, (consulte o Quadro 6.1).
Célula I2: = Comprimento real do trecho em questão.
Célula J2: =H2*G2/1000
Célula K2: =I2+J2
Célula L2: =1,96
Célula M2: =(2273*0,61*K2*(F2^1,82))/(G2^4,82)
Célula N2: Desnível geométrico vertical do trecho em questão, (assume valor negativo quando está subindo;
assume valor positivo quando está descendo; assume o valor zero quando o trecho for horizontal).
Célula O2: =N2*0,005
Célula P2: =(L2-M2-O2)
Célula Q2: =L2-P2
Célula R2: = Diâmetro nominal final tal que a perda de carga máxima admitida para toda a rede interna é de 0,19
kPa.
Observação: No caso de se obter um valor de perda de carga para toda a rede interna superior a 0,19 kPa, deve-
se aumentar o diâmetro, convenientemente em alguns trechos, de modo a obter um valor inferior a 0,19 kPa.
Dimensione a rede interna da instalação de gás natural (GN) do prédio de apartamentos com
5 pavimentos tipos e 4 apartamentos por pavimento, conforme Figura 6.9. Em cada
apartamento, serão alimentados: um aquecedor de passagem de 6 L/min e um fogão de 6
bocas com forno. A tubulação será de cobre Classe A.
Planilha Eletrônica 6.6 - Dimensionamento da rede interna do sistema de gás combustível GN.
Col.
A B C D E F G H I J K L
Linha
Trecho Pcalc. Pcalc. FS Padot. Vazão φI Nº.φI Lreal Leq. Lvirt. Pinicial
1
kcal/h kcal/min (%) kcal/h m3/h mm (m) (m) (m) kPa
2 AB 400000 6666,7 32,8 131291 14,22 39,80 104,00 19,35 4,14 23,49 1,960
3 BC 320000 5333,3 37,5 120085 13,01 32,80 60,00 3,00 1,968 4,968 1,899
4 CD 240000 4000,0 44,1 105758 11,46 32,80 60,00 3,00 1,968 4,968 1,878
5 DE 160000 2666,7 53,9 86284 9,35 32,80 60,00 3,00 1,968 4,968 1,864
6 EF 80000 1333,3 71,2 56933 6,17 32,80 60,00 3,00 1,968 4,968 1,859
7 f1f2 20000 333,3 100,0 20000 2,17 20,20 50,00 6,5 1,01 7,51 1,865
8 f2f2´ 9000 150,0 100,0 9000 0,98 13,50 60,00 1,00 0,81 1,81 1,843
9 f2f3´ 11000 183,3 100,0 11000 1,19 13,50 100,00 3,70 1,35 5,05 1,839
Col. Comprimentos equivalentes:
M N O P Q R
Linha Trecho AB:
0
∆Pr Z ∆Pz Pfinal ∆Pt DN 2 cotovelos 90 ; 1 registro de esfera = 104. φI
1
kPa m KPa kPa kPa pol. Trechos BC, CD, DE, EF:
2 0,0794 -3,65 -0,0183 1,899 0,061 1.1/2" 1 Tê = 60.φI
3 0,0363 -3,00 -0,0150 1,878 0,021 1.1/4" Trecho f1f2:
4 0,0288 -3,00 -0,0150 1,864 0,014 1.1/4" 1 cotovelo 90º = 50 φI
5 0,0199 -3,00 -0,0150 1,859 0,005 1.1/4" Trecho f2f2’:
6 0,0093 -3,00 -0,0150 1,865 -0,006 1.1/4" 1 Tê = 60. φI ; 1 cotovelo 90º = 50 φI; Total: 110. φI.
7 0,0217 0,00 0,0000 1,843 0,022 3/4" Trecho f2f3’:
2 cotovelos 90º = 100 φI
8 0,0085 -1,00 -0,0050 1,839 0,004 1/2"
Coluna Q:
9 0,0343 -0,70 -0,0035 1,808 0,031 1/2" Σ∆Pt =0,152 kPa < 0,15 kPa, Fim.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [309]
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
6.6.1 – Introdução
Segundo, Ilha (2003), os materiais mais empregados nas instalações de gás são o
aço (preto, ou galvanizado), cobre e ligas de cobre, todos sem costura.
Por: Evaldo Miranda Coiado
[310] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
Quadro 6.5 – Diâmetros dos tubos de aço sem costura, galvanizados e pretos.
(Fonte: Ilha, M. S.)
DIN 2440 DIN 2441
Referência
Externo Interno Externo Interno
(Pol.)
(mm) (mm) (mm) (mm)
1/2 21,3 16,0 21,3 14,8
3/4 26,9 21,6 26,9 20,4
1 33,7 27,2 33,7 25,6
1.1/4 42,4 35,9 42,4 34,3
1.1/2 48,3 41,8 48,3 40,2
2 60,3 53,0 60,3 51,3
2.1/2 76,1 68,8 76,1 67,1
3 88,9 80,8 88,9 79,2
4 114,3 105,3 114,3 103,5
Quadro 6.6 – Diâmetros dos tubos de aço sem costura, galvanizados e pretos.
(Fonte: Ilha, 2003)
SCH 40 SCH 80
Referência
Externo Interno Externo Interno
(Pol.)
(mm) (mm) (mm) (mm)
1/2 21,8 15,8 21,8 13,8
3/4 26,7 21,0 26,7 18,9
1 33,4 26,6 33,4 24,3
1.1/4 42,2 35,1 42,2 32,5
1.1/2 48,3 40,1 48,3 38,1
2 60,3 52,5 60,3 49,2
2.1/2 73,0 62,7 73,0 59,0
3 88,9 77,9 88,9 73,7
4 114,3 102,2 114,3 97,2
Segundo Macintyre, 3a. Edição, fogões com capacidade superior a 250 kcal/min
deverão possuir coifa ou exaustor para condução dos produtos de combustão para o ar livre
ou para o prisma de ventilação. A seção real do prisma de ventilação deve:
• Ser uniforme em todo a sua altura;
• Conter a seção retangular mínima de 0,1 m2 por pavimento, cujo lado maior deve ser
igual no máximo 1,5 vez o lado menor.
Av = 2,5.Ca (6.20)
Na qual:
Av = área de ventilação em (cm2);
Ca = consumo de todos os aparelhos em (kcal/min).
• Os banheiros com ventilação mecânica devem ter na parte inferior da porta uma
área de ventilação permanente igual a 600 cm2;
• Os aquecedores não devem ser instalados imediatamente abaixo e sob a mesma
vertical que passa pelos basculantes, janelas ou quaisquer aberturas de ventilação
do ambiente;
• No caso de ventilação mecânica, devem ficar pelo menos a 1 m ao lado de
insuflamento de ar, Figura 6.12.
6.8 – Chaminés
A exaustão de todo aquecedor de água a gás deve possuir um defletor que liga a
chaminé primária com a secundária, Figura 6.13.
Defletor. “Parte da chaminé provida de dispositivo destinado a evitar que a
combustão no aparelho de utilização sofra efeitos de condições adversas, tais como ventos
que sopram para o interior da chaminé e existência de elevada pressão estática em volta do
terminal, obstrução parcial da chaminé ou outros fatores que possam prejudicar a combustão
do gás”, Macintyre, 3a. Edição.
A chaminé é dimensionada em função da capacidade nominal do aparelho. O
fabricante apresenta em seus catálogos a potência útil do aquecedor.
Pu
Pn = (6.21)
η aq.
Na qual:
Pn = potência nominal;
Pu = potência útil, (fornecido pelo fabricante);
ηaq.= rendimento do aquecedor, (≈ 75%).
2.H
He = (6.22)
(2 + k1 + k 2 + ... + k n )
Na qual:
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [315]
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
O trecho vertical da chaminé individual que antecede o primeiro desvio deve ter
altura mínima de 0,20 m a partir da parte superior do defletor do aquecedor até o início da
primeira curva.
Cada chaminé coletiva deve servir no máximo a 9 pavimentos, sendo que a distância
do defletor do último aparelho ligado na chaminé até o terminal da chaminé coletiva deve ter
no mínimo 5 m.
A ligação da chaminé secundária na coletiva deve ter um ângulo maior ou igual a
1350.
O trecho não vertical, quando existente, entre o aparelho e a chaminé coletiva deve
ter uma inclinação mínima de 300.
Na parte inferior da chaminé coletiva deve existir uma abertura de no mínimo 100
cm2.
O número máximo de aparelhos ligados numa chaminé coletiva deve atender o
Quadro 6.13.
O dimensionamento da chaminé coletiva deve atender à tabela apresentada no
Quadro 6.14.
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [317]
Sistema Predial de Gás Combustível [SPGC]
H e = ( y + h) + 0,5.Z .( N − 1) (6.23)
Na qual:
He = altura média efetiva;
N = número de pavimentos;
y = distância vertical do terminal da chaminé até a última laje;
h = distância vertical do defletor à laje (forro);
Z = pé direito.
Exemplo prático 6. 4
Solução:
1º) Dimensionamento da chaminé secundária:
Para o aquecedor de passagem de 8,0 L/min obtém-se do Quadro 6.4 a potência do
aquecedor igual a 14 kW (12.000 kcal/h). Do Quadro 6.9 para aquecedores com potências
entre 10.000 a 15.000 kcal/h, o diâmetro da chaminé secundária deve ser de no mínimo 9
cm. Adota-se o diâmetro de 100 mm (4 polegadas).
Utilizando-se o Quadro 6.10, para potências dos aquecedores entre 10,5 a 21,0 kW
obtém-se também o diâmetro de 4 polegadas.
2º) Dimensionamento da chaminé coletiva:
Capacidade nominal = 14 x 5 = 70 kW
Do Quadro 6.14, para a altura da chaminé de 17,6 m (=distância vertical do defletor
do aquecedor do 1º pavimento até o terminal da chaminé), e capacidade nominal de 70 kW,
obtém-se o diâmetro da chaminé coletivo igual a 15,5 cm. Adota-se o diâmetro de 150 mm (6
polegadas).
3º) Número máximo de aparelhos ligados à chaminé coletiva:
Cálculo da altura média efetiva:
He = (y + h) + 0,5.Z.(N-1)
Do Quadro 6.13, para a altura média efetiva igual a 11,6 m, e capacidade nominal de
70 kW, obtém-se o número máximo de 11 aparelhos ligados à chaminé coletiva.
2x0,80
He = = 0,69 m > 0,60 m
(2 + 0,25 + 0,06)
Do Quadro 6.4, tem-se que para o aquecedor de passagem de 8 L/min a potência é
14 kW.
Do Quadro 6.12, para He = 0,69 m e potência de 14 kW, obtém-se o diâmetro da
chaminé de 4 polegadas.
1.6 – Dimensionar a rede secundária, Figura 6.16, da instalação de gás liquefeito de petróleo
(GLP) de uma residência. Considere AQ10 (=aquecedor de passagem de 10 L/min), F6
(=fogão de 6 bocas com forno), e S6000 (=secadora de roupa). A tubulação será de aço
galvanizado sem costura (DIN 2440). R.: Todos os trechos serão de 1/2”.
2.6 – Dimensionar a rede interna, Figura 6.17, da instalação de gás natural (GN) de uma
residência mostrada na. Considere AQ10 (=aquecedor de passagem de 10 L/min), F6
(=fogão de 6 bocas com forno), e S6000 (=secadora de roupa). A tubulação será de
cobre classe A. R.: Trechos AB, BC, e CC’ de 3/4”; Trechos BB’ e CD de 1/2”.
3.6 –Dimensione a chaminé do aquecedor individual mostrado na Figura 6.18. O aquecedor
será de passagem com 10 L/minuto. R.: Chaminé com diâmetro de 4 polegadas.
4.6 – Considere um edifício de apartamentos com 10 pavimentos, 2 aquecedores de
passagem com 10 l/min, por pavimento. Dimensione a chaminé coletiva mostrada na
Figura 6.19. Dado: pé direito igual a 3m. Determine o número máximo de aparelhos
ligados à chaminé coletiva. Considere as seções transversais das chaminés de
formato circula. R.: O número máximo de aparelhos ligados à chaminé coletiva
será de 12. Portanto, serão 2 chaminés ligadas, cada uma, à 10 aquecedores.
Cada chaminé terá um diâmetro interno de 18 cm (8 polegadas).
6.11 – Símbolos
CAPÍTULO 7
SISTEMAS PREDIAIS DE COMBATE A INCÊNDIO:
HIDRANTES/MANGOTINHOS E EXTINTORES
7.1 – Introdução
7.2.1 – Água
A água por ter grande capacidade de absorver calor é uma substância muito eficaz
para resfriar os materiais e apagar o incêndio. A água é a substância mais empregada no
combate ao fogo e é empregada sob as seguintes formas:
• Jato sólido ou jato denso: usam-se bocais com ponteiras chamados requintes,
ligados a mangueiras que são conectadas a hidrantes.
• Aspersão: empregam-se aspersores especiais denominados “sprinklers”.
• Emulsificação com água: os óleos combustíveis, lubrificantes e de
transformadores; as tintas, vernizes e alguns líquidos inflamáveis tornam-se
incombustíveis por meio da formação de uma emulsão temporária com água sobre
sua superfície. Para conseguir isso se utiliza água pressurizada sob a forma de
gotas finas muito dispersas, com alta velocidade e distribuídas uniformemente sobre
a área visada pelo projetor. O impacto da água sob essa forma atomizada, na
superfície, que cria a emulsão.
7.2.2 – Espuma
Quadro 7.1 – Meios de combate a incêndio em função dos produtos cujo incêndio deve ser
extinto
(Macintyre, 3ª Edição)
Água em jato Gás
Pó
denso. carbônico
Meios de combate carboquímico
Extintores com Neblina (CO2)
a incêndio e sua Espuma Extintotes.
carga soda- de água Extintores e
classificação Instalações
ácido ou Instalações
fixas
líquido fixas
A – Materiais
sólidos, fibras
SIM SIM SIM SIM* SIM*
têxteis, madeira,
papel, etc
B – Líquidos
inflamáveis,
NÃO SIM SIM** SIM SIM
derivados de
petróleo
C – Maquinaria
elétrica, motores,
NÃO NÃO SIM** SIM SIM
geradores,
transformadores
D – Gases
NÃO***
inflamáveis, sob NÃO NÃO NÃO*** SIM
pressão
(*) Indicado somente para princípios de incêndios de pequena extensão.
(**) Indicado somente após estudo prévio.
(***) Embora não indicado, existem possibilidades de emprego, após prévio estudo e
consulta ao Corpo de Bombeiros e ao Departamento Nacional de Segurança e Higiene do
Trabalho do Ministério do Trabalho.
O efeito produzido pelo gás carbônico (CO2) na extinção dos incêndios se deve ao
fato que ele substitui rapidamente o oxigênio do ar, fazendo com que o teor de oxigênio
baixe a um valor com o qual a combustão não pode prosseguir. Ao ser liberado no ar, o seu
volume pode expandir 450 vezes, Macintyre, 3a. Edição. O seu emprego é recomendado em:
• Centros de processamento de dados, instalação de computadores;
• Transformadores a óleo; geradores elétricos; equipamentos energizados;
• Indústrias químicas;
• Cabines de pintura;
• Centrais térmicas; geradores diesel elétricos;
• Turbogeradores;
• Tipografia; filmotecas; arquivos;
• Bibliotecas; museus, e caixas fortes;
• Navios; nas centrais de controle.
A carga de incêndio, nas edificações e áreas de risco, foi instruída pela Instrução
Técnica Nº 14/01 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, ANEXO B.
A) A capacidade extintora de cada tipo de extintor portátil, para que constitua uma unidade
extintora deve ser:
• Carga de água: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo 2-A.
(Extintores de incêndio com carga de água, consultar NBR 11715).
• Carga de espuma mecânica: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo,
2-A:10-B. (Extintores de incêndio com carga de espuma mecânica, consultar NBR
11751).
• Carga de Dióxico de Carbono (CO2): um extintor com capacidade extintora de, no
mínimo, 5-B : C. (Extintores de incêndio com carga de gás carbônico, consultar NBR
11716).
• Carga de pó BC: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 20-B: C,
(Pressurização: direta 4 kg, indireta 8 kg). (Extintores de incêndio com carga de pó,
consultar NBR 10721).
• Carga de pó ABC: um extintor com capacidade extintora de, no mínimo, 2-A : 20-B:
C.
• Carga de compostos halogenados: um extintor com capacidade extintora de, no
mínimo, 5-B : C.
•
Observações:
B) Os extintores devem ser distribuídos de tal forma que o operador não percorra mais
que:
• Risco baixo – 25 m;
• Risco médio – 20 m;
• Risco alto – 15 m.
7.5.1 – Terminologia
7.5.1.1 – Abrigo
Compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar
mangueiras, esguichos, carretéis e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de
proteger contra intempéries e danos diversos.
7.5.1.9 – Esguicho
Dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras, destinado a dar forma,
direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato
compacto.
7.5.1.10 – Hidrante
Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo
válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e
demais acessórios.
7.5.1.12 – Instalador
Pessoa física ou jurídica responsável pela execução da instalação do sistema de
proteção contra incêndio em uma edificação.
7.5.1.14 – Mangotinho
Ponto de tomada de água onde há uma (simples) saída contendo válvula de
abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-rígida, esguicho regulável e
demais acessórios, Figura 7.1.
7.5.1.19 – Tubulação
Conjunto de tubos, conexões e outros acessórios destinados a conduzir a água,
desde a reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos.
7.5.1.20 – Válvula
Acessório de tubulação destinado a controlar ou bloquear o fluxo de água no interior
das tubulações.
Jato compacto
2 40 30 2 300
Φ16mm ou regulável
Jato compacto
3 65 30 2 900
Φ25mm ou regulável
(1)
As edificações do grupo A, conforme Quadro 7.5, devem ser protegidas por sistemas Tipo
1 com vazão de 80 L/min, dotados de pontos de tomada de água de engate rápido para
mangueiras de diâmetro 40 mm (1.1/2”), Figura 7.1.
(2)
As edificações dos grupos B, D, E e H e das divisões F1, F2, F3, F4, e F5, conforme
Quadro 7.5, devem ser protegidas por sistemas Tipo 1 com vazão de 100 L/min, dotados de
pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de 40 mm (1.1/2”, Figura 7.2.
Notas:
a) Os diâmetros dos esguichos e das mangueiras são nominais.
b) As vazões correspondem a cada saída.
Figura 7.1 – Sistema Tipo 1 – Mangotinho com ponto de tomada de água para mangueira de
40 mm.
[Fonte: NBR 13714/2000]
Figura 7.2 – Sistema Tipo 2 – Hidrante duplo com mangueira semi-rígida acoplada.
[Fonte: NBR 13714/2000]
1 25 25 30 simples 100 80
2 40 40 30 simples 150 30
3 40 40 30 simples 200 40
40 40 30 simples 300 65
4
65 65 30 simples 300 30
5 65 65 30 duplo 600 60
Quadro 7.5A.....continuação
Grupo Ocupação/uso Sistema Divisão Descrição Exemplos
Locais onde
há objetos
F-1 Museus, galerias de arte
de valor
inestimável
Templos e
F-2 Igrejas, sinagogas, templos e auditórios em geral.
auditórios
1(2)
Centros Estágios, ginásios e piscinas cobertas com
F-3
esportivos arquibancadas, arenas em geral.
Boates e clubes noturnos em geral, salões de baile,
F-4 Clubes restaurantes dançantes, clubes sociais e
sociais assemelhados.
Locais de
Locais para Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,
F reunião de F-5
refeições. cantinas e outros.
público
Estações e
Estações rodo-ferroviárias, aeroportos, estações de
F-6 terminais de
transbordo e outros.
passageiros
Locais para
produção e
Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de
2(3) F-7 apresentaçã
estúdios de rádio e televisão e outros.
o de artes
cênicas
Locais para
F-8 pesquisa e Arquivos, bibliotecas e assemelhados.
consulta
Quadro 7.5A.....continuação
Grupo Ocupação/uso Sistema Divisão Descrição Exemplos
Garagens com ou sem
acesso de público Garagens automáticas, coletivas, oficinas,
Serviços
G 2 - abastecimento de borracharias, postos de combustíveis,
automotivos
combustível, serviços de rodoviárias, etc.
manutenção e reparo.
Hospitais, clínicas e consultórios veterinários
e assemelhados (inclui-se alojamento com
ou sem adestramento), asilos, orfanatos,
abrigos geriátricos, reformatórios sem celas,
Serviços de hospitais, casa de saúde, prontos-socorros,
(2)
H saúde e 1 - Hospitais em geral clínicas com internação, ambulatórios e
institucionais postos de atendimento de urgência, postos
de saúde e puericultura, quartéis, centrais de
polícia, delegacias distritais, postos policiais,
hospitais psiquiátricos, reformatórios, prisões
em geral e instituições assemelhadas.
Atividades que manipulam e/ou
Locais onde as depositam os materiais classificados
atividades exercidas e como de baixo risco de incêndio, tais
Industrial, I-1
os materiais utilizados como fábricas em geral, onde os
I atacadista e 2 Baixo
e/ou depositados materiais utilizados não são
depósitos risco
apresentam baixo combustíveis e os processos não
potencial de incêndio. envolvem a utilização intensiva de
materiais combustíveis.
Quadro 7.5A.....continuação
Grupo Ocupação/uso Sistema Divisão Descrição Exemplos
Locais onde as
Atividades que manipulam e/ou depositam os
atividades exercidas e
materiais classificados como de médio risco de
os materiais utilizados
I-2 incêndio, tais como marcenarias, fábricas de
e/ou depositados
2 Médio caixas, de colchões, subestações, lavanderias a
apresentam médio
risco seco, estúdios de TV, impressoras, fábrica de
potencial de incêndio.
doces, heliportos, oficinas de consertos de
Industrial, Depósitos sem
veículos e outros.
I atacadista e conteúdo específico.
depósitos Fábricas e depósitos de explosivos, gases e
Locais onde há alto
líquidos inflamáveis, materiais oxidantes e outros
risco de incêndio pela
definidos pelas normas brasileiras, tais como
3 I-3 existência de
destilarias, refinarias (exceto petróleo, terminais e
Alto risco quantidade suficiente
bases de distribuição de derivados e
de materiais
petroquímicos) e elevadores de grãos, tintas,
perigosos.
borrachas e outros.
(1)
As edificações do grupo A, conforme Quadro 7.5, devem ser protegidas por sistemas Tipo 1 com vazão de 80 L/min, dotados
de pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de diâmetro 40 mm (1.1/2”). Figura 7.1.
(2)
As edificações dos grupos B, D, E e H e das divisões F1, F2, F3, F4, e F5, conforme Quadro 7.5, devem ser protegidas por
sistemas Tipo 1 com vazão de 100 L/min, dotados de pontos de tomada de água de engate rápido para mangueiras de 40mm
(1.1/2”). Figura 7.2.
(3)
As edificações do grupo C e das divisões F6, F7 e F8, conforme Quadro 7.5, devem ser protegidas por sistemas Tipo 2, com
saídas duplas de 40 mm (1.1/2”), dotados de pontos de tomada de água com mangueiras semi-rígidas acopladas, Figura 7.2.
Portanto, cada ponto de hidrante deve conter duas mangueiras de incêndio de 40 mm e uma mangueira semi-rígida, sendo
que esta última deve estar permanentemente acoplada.
O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante
ou mangotinho não deve exceder os limites estabelecidos no Quadro 7.4A, segundo a NBR
13714/2000, e no Quadro 7.4B, segundo a T.22-CB/SP. Para sistemas de hidrantes, deve
preferencialmente utilizar lances de mangueiras de 15 metros.
As mangueiras de incêndio devem ser acondicionada dentro dos abrigos: em
ziguezague ou aduchadas conforme especificado na NBR 12779, sendo que as mangueiras
semi-rígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou
em forma de oito, permitindo sua utilização com facilidade e rapidez.
No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu
manuseio e manutenção estejam garantidos.
Os abrigos devem ser em cor vermelha, possuindo apoio ou fixação própria,
independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho. [IT22-CB-SP: mantém o
texto exceto a cor. “os abrigos podem ser construídos de materiais metálicos, de madeira, de
fibra de vidro, podendo ser pintado em qualquer cor, desde que sinalizados de acordo com a
Intstrução Técnica nº 20”].
Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do
calor, mantendo seu funcionamento normal.
A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2.1/2”).
Por: Evaldo Miranda Coiado
[346] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Para sistemas Tipo 1, (ver Quadro 7.4), poderá ser utilizado tubulação com diâmetro
nominal DN50 (2”), desde comprovada tecnicamente o desempenho hidráulico dos
componentes e do sistema e aprovado pelo órgão competente. [NBR 13714/2000]
Para sistemas Tipo 1 ou 2 pode ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50
(2”), desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do
sistema, através de laudo do laboratório oficial competente. [IT.22-CB/SP].
A tubulação aparente do sistema deve ser em cor vermelha.
Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou horizontais
e que sejam visíveis através da porta de inspeção, devem ser em cor vermelha. [IT.22-
CB/SP].
Opcionalmente a tubulação aparente do sistema pode ser pintada em outras cores,
desde que identificada com anéis vermelhos com 0,20 m de largura e dispostos no máximo a
5,0 m um do outro, exceto para edificações do Grupo I, J, L e M da Tabela A1. [IT.22-
CB/SP].
As tubulações destinadas à alimentação dos hidrantes e de mangotinhos não podem
passar pelos poços de elevadores e/ou dutos de ventilação. [IT.22-CB/SP].
A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de
suportes metálicos, conforme NBR 10897/90, rígidos e espaçados em no máximo 4 m, de
modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais
a carga de 100 Kg.
O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema não deve ser inferior a
10 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato. [IT.22-CB/SP mantém o
texto e acrescenta: …, após adentrar 1m.].
Para esguicho regulável, a distância acima mencionada de 8 m é verificada na
posição de jato compacto. [IT.22-CB/SP mantém o texto e acrescenta: …, com o jato
paralelo ao solo.].
As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angulares de diâmetro DN65 (2.1/2”).
Poderá ser utilizada, para os hidrantes, válvula angular com diâmetro DN40 (1.1/2”)
para sistemas que utilizem mangueiras de 40 mm, desde que comprovado seu desempenho
para esta aplicação. [NBR 13714/2000].
As válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de passagem
plena e diâmetro mínimo DN25 (1”).
7.6.1 – Exigências
A) Fórmula universal:
Lv .V 2
∆h = f . (7.1)
Di .2.g
Na qual:
∆h = é a perda de carga total, em (mca);
f = fator de atrito;
Lv = comprimento virtual da tubulação (tubos + conexões), em (m);
Di = diâmetro interno do tubo, em (m);
V = velocidade média do fluído, em (m/s);
g = aceleração da gravidade, em (m/s2).
Q1,85
J = 10,65. (7.2)
C 1,85 .Di4,87
Na qual:
J = perda de carga unitária, em (mca/m);
Q = vazão, em (m3/s);
Di = diâmetro interno do tubo, em (m);
C = fator de atrito de Hazen-Williams (dado no Quadro 7.7)
L .V 2 V2
∆h = f . + Σk . (7.3)
Di .2.g 2.g
Na qual:
∆h = é a perda de carga total, em (mca);
f = fator de atrito (Diagrama de Moody-House);
L = comprimento da tubulação, em (m);
Di = diâmetro interno do tubo, em (m);
V = velocidade média do fluído, em (m/s);
g = aceleração da gravidade, em (m/s2);
Σk = somatória dos coeficientes de perda de carga das singularidades (conexões).
∆h = J .Lt (7.4a)
Q1,85 (7.4b)
J = 10,65. 1,85 4,87
C .Di
Nas quais:
∆h = é a perda de carga total, em (mca);
J = perda de carga unitária, em (mca/m);
Lt = soma dos comprimentos da tubulação e dos comprimentos equivalentes das
conexões, em (m);
Q = vazão, em (m3/s);
Di = diâmetro interno do tubo, em (m);
C = fator de atrito de Hazen-Williams (dado no Quadro 7.7).
7.6.3 – Velocidades
Q
V= (7.5)
Ai
Na qual:
V = velocidade média, em (m/s);
Q = vazão, em (m3/s);
Ai = área interna da seção transversal da tubulação calculada utilizando o diâmetro
interno, em (m2).
A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não deve ser
superior a 4 m/s. [NBR 13714/2000].
A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não devem ser
superior a 2 m/s (sucção negativa = bomba não afogada) ou 3 m/s (sucção positiva = bomba
afogada).[IT.22-CB/SP].
A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate, durante
determinado tempo. Após este tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros mais próximo
atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões tanques ou fontes naturais.
Para qualquer sistema de hidrante ou de mangotinho, o volume mínimo de água da
reserva de incêndio deve ser determinado através da seguinte equação:
(7.6)
Vri. = Q.t
Na qual:
Vri = volume de reserva de incêndio, em (litros);
Q = vazão de duas saídas do sistema aplicado, conforme Quadro 7.4A, em (L/min.);
t = tempo de 60 minutos para Sistemas dos Tipos 1 e 2, e de 30 minutos para
Sistema do Tipo 3.
As águas provenientes de fontes naturais (lagos, rio, açudes, etc.) podem ser
utilizadas no combate ao incêndio (consultar Anexo A da NBR 13714/2000).
A reserva de incêndio deve ser prevista para permitir o primeiro combate durante
determinado tempo.
O volume de água da reserva de incêndio encontra-se no Quadro 7.5B.
Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio,
sob comando ou automáticos, através da interligação das tubulações, desde que atenda aos
parâmetros da IT 23/01 (sistema de chuveiros automáticos).
As águas provenientes de fontes naturais (lagos, rio, açudes, etc.) podem ser
utilizadas no combate ao incêndio (consultar Anexo B da IT.22-CB/SP).
7.8 – Reservatórios
65 250 80
80 310 80
100 370 100
150 500 100
200 620 150
250 750 150
7.13 1 – Formulação
H 1 = H 1' + ∆H c + ∆H m (7.7)
Na qual:
H1’ = perda de carga no bocal/requinte do último pavimento tipo;
∆Hc = perda de carga total na canalização devida à vazão Q1;
∆Hm = perda de carga na mangueira devida à vazão Q1.
V12 8.Q12
H '1' = k req. = k req. (7.8)
2.g g .π 2 .Dr4
8. f c .LT .Q12
∆H c = 2 5 (7.9)
π .Dc .g
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [367]
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Na quais:
kreq. = coeficiente de perda de carga no requinte, obtido do Quadro 7.9 em função do
diâmetro do requinte;
Q1 = vazão mínima no hidrante mais desfavorável hidraulicamente, em (m3/s);
Dr = diâmetro do requinte, em (m);
g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s2;
fc = coeficiente de perda de carga da Equação Universal de Perda de Carga, obtido
dos Quadros 7.11;
LT = comprimento total, em (m), sendo a soma dos comprimentos reais da
canalização e dos comprimentos equivalentes das conexões, obtidos do Quadro 3.12,
Capítulo 3;
Lm = comprimento, em (m) da mangueira;
Dc = diâmetro interno da canalização, em (m);
Ψ= coeficiente, obtido do Quadro 7.10, em função do diâmetro e do tipo de
mangueira.
A pressão no ponto (1), expressa em (mca), pode também ser calculada em relação
ao reservatório elevado utilizando a seguinte equação:
H 1* = Z 0−1 − ∆H c (7.11)
Na qual:
Z0-1 = diferença das cotas do fundo do reservatório, ponto (0), e do ponto (1), quando
a adução for feita na parte inferior do reservatório. Ou igual à diferença das cotas da face
superior do tubo de adução, ponto (0), e do ponto (1), quando a adução for feita nas paredes
laterais do reservatório.
∆Hc = perda de carga total na canalização que une o ponto (0) e o ponto (1) devida à
soma das vazões: (Q1 + Q2);
A vazão (Q2) no segundo hidrante mais desfavorável pode ser calculado por:
H 1 + Z1−2
Q2 =
8 8. f c .LT (7.12)
k req. + 2 51− r 2 + Ψ.Lm
g.π .Dr π .Dc .g
2 4
V22 8.Q22
H 2' = k req. = k req. (7.13)
2.g g .π 2 .Dr4
Passo 1:
Selecionar do Quadro 7.4B, a vazão mínima (Q1) no hidrante mais desfavorável,
(hidrante do último pavimento tipo), para o sistema exigido.
Passo 2:
Calcular a pressão no ponto (1), (= H1), utilizando as Equações de (7.7 a 7.10), para
o diâmetro mínimo da canalização igual a DN65 (2.1/2”) e diâmetro da mangueira do sistema
exigido.
Passo 3:
Calcular a pressão na entrada do bocal (H1’ ), utilizando a Equação (7.8).
Passo 4:
Calcular a vazão (Q2) utilizando a Equação (7.12).
Passo 5:
Calcular a pressão na entrada do bocal/requinte (H2’), utilizando a Equação (7.13).
Passo 6:
Somar (Q1 + Q2) e calcular a pressão no ponto (1), (= H1*), utilizando a Equação
(7.11).
Passo 7:
Se H1 ≤ H1*, fim do procedimento;
Se H1 > H1*, aumentar o diâmetro do trecho (L0-1) para DN78 (3”) e repetir os
procedimentos (Passos de 1 a 6),
Se persistir que H1 > H1*, então utilize uma bomba de incêndio.
Passo 8:
Caso H1 ≤ H1*, então verifique se as seguintes exigências da IT.22-CB/SP:
a) Se as velocidades em todos os trechos são inferiores ou igual a 5 m/s;
b) Se as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassam duas
vezes daquela obtida no esguicho mais desfavorável hidraulicamente.
Passo 9:
Para o caso de se persistir que H1 > H1*, então desenvolva os passos de 1 a 7, do
item anterior, considerando o diâmetro mínimo da canalização DN65 (2.1/2”).
Passo 10:
Com a vazão QB=(Q1 + Q2) e o diâmetro DN65 (2.1/2”) calcule a perda de carga na
linha de recalque da bomba de incêndio (∆Hr).
Com a vazão QB=(Q1 + Q2) e o diâmetro DN78 (3”) calcule a perda de carga na linha
de sucção da bomba de incêndio (∆Hs).
Passo 11:
Calcule a altura manométrica da bomba utilizando a seguinte equação:
H m = H 1 + ∆H s + ∆H r − Z 0−1 (7.14)
Passo 12:
Calcule a potência da bomba utilizando a equação seguinte:
γ .QB .H m
PB = (7.15)
75.η B
Passo 13:
Calcule a potencia do motor elétrico utilizando:
PM = PB + FOLGA (7.16)
Passo14:
Verifique se as seguintes exigências da IT.22-CB/SP:
a) Se as velocidades em todos os trechos são inferiores ou igual a 5 m/s;
b) Se as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassam duas
vezes daquela obtida no esguicho mais desfavorável hidraulicamente;
c) Se a velocidade média de escoamento na linha de sucção da bomba não
ultrapassa 2 m/s (bomba não afogada), ou 3 m/s (bomba afogada).
Quadro 7.11a- Fator (C) de Hazen Williams e coeficiente de perda de carga (fc) da Equação
Universal de Perda de Carga para tubos de ferro fundido e aço novo.
Anos Coef. Diâmetros em (mm) e em (polegadas)
de Q C Valores
L/min 50 63 75 100 150 200
uso f Médios
(2”) (2.1/2”) (3”) (4”) (6”) (8”)
C 130 130 130 130 130 130 130
80
f 0,029 0,030 0,031 0,032 0,033 0,035 0,032
C 130 130 130 130 130 130 130
100
f 0,028 0,029 0,030 0,031 0,032 0,034 0,031
C 130 130 130 130 130 130 130
130
f 0,028 0,029 0,030 0,031 0,032 0,034 0,031
zero
C 130 130 130 130 130 130 130
200
f 0,025 0,026 0,027 0,028 0,029 0,030 0,028
C 130 130 130 130 130 130 130
400
f 0,023 0,023 0,024 0,025 0,026 0,027 0,025
C 130 130 130 130 130 130 130
600
f 0,021 0,022 0,022 0,023 0,025 0,026 0,023
Valores C 130 130 130 130 130 130 130
médios f 0,026 0,027 0,027 0,028 0,030 0,031 0,028
Quadro 7.11b- Fator (C) de Hazen Williams e coeficiente de perda de carga (fc) da Equação
Universal de Perda de Carga para tubos de ferro fundido e aço considerando o
envelhecimento de 10 anos.
Anos Coef. Diâmetros em (mm) e em (polegadas)
de Q C Valores
L/min 50 63 75 100 150 200 Médios
uso f (2”) (2.1/2”) (3”) (4”) (6”) (8”)
C 104 105 105 106 108 109 106
80
f 0,044 0,044 0,045 0,046 0,047 0,048 0,046
C 104 105 105 106 108 109 106
100
f 0,042 0,043 0,044 0,045 0,046 0,047 0,045
C 104 105 105 106 108 109 106
130
f 0,038 0,041 0,042 0,043 0,044 0,045 0,042
10
C 104 105 105 106 108 109 106
200
f 0,038 0,039 0,039 0,040 0,041 0,042 0,040
C 104 105 105 106 108 109 106
400
f 0,034 0,035 0,036 0,036 0,037 0,038 0,036
600 C 104 105 105 106 108 109 106
f 0,032 0,033 0,034 0,034 0,035 0,035 0,034
Valores C 104 105 105 106 108 109 106
médios f 0,038 0,039 0,040 0,041 0,042 0,043 0,041
Quadro7.11c- Fator (C) de Hazen / Williams e coeficiente de perda de carga (fc) da Equação
Universal de Perda de Carga para tubos de ferro fundido e aço considerando o
envelhecimento de 15 anos.
Anos Coef. Diâmetros em (mm) e em (polegadas)
de Q C Valores
L/min 50 63 75 100 150 200
uso f Médios
(2”) (2.1/2”) (3”) (4”) (6”) (8”)
C 94 95 96 98 99 101 97
80
f 0,053 0,053 0,054 0,054 0,055 0,055 0,054
C 94 95 96 98 99 101 97
100
f 0,051 0,052 0,052 0,052 0,053 0,053 0,052
C 94 95 96 98 99 101 97
130
f 0,046 0,050 0,050 0,050 0,051 0,051 0,050
15
C 94 95 96 98 99 101 97
200
f 0,046 0,046 0,047 0,047 0,048 0,048 0,047
C 94 95 96 98 99 101 97
400
f 0,041 0,042 0,042 0,042 0,043 0,043 0,042
C 94 95 96 98 99 101 97
600
f 0,039 0,039 0,040 0,040 0,041 0,041 0,040
Valores C 94 95 96 98 99 101 97
médios f 0,046 0,047 0,048 0,048 0,049 0,049 0,048
Quadro 7.11.d - Fator (C) de Hazen / Williams e coeficiente de perda de carga (fc) da
Equação Universal de Perda de Carga para tubos de ferro fundido e aço considerando o
envelhecimento de 20 anos.
Anos Coef. Diâmetros em (mm) e em (polegadas)
de Q C Valores
50 63 75 100 150 200
uso L/min f Médios
(2”) (2.1/2”) (3”) (4”) (6”) (8”)
C 85 86 88 89 92 93 89
80
f 0,064 0,064 0,063 0,064 0,063 0,064 0,064
C 85 86 88 89 92 93 89
100
f 0,061 0,062 0,061 0,062 0,061 0,062 0,062
C 85 86 88 89 92 93 89
130
f 0,055 0,059 0,058 0,059 0,059 0,060 0,058
20
C 85 86 88 89 92 93 89
200
f 0,055 0,056 0,055 0,056 0,055 0,056 0,056
C 85 86 88 89 92 93 89
400
f 0,050 0,050 0,049 0,050 0,050 0,050 0,050
C 85 86 88 89 92 93 89
600
f 0,047 0,047 0,046 0,047 0,047 0,048 0,047
Valores C 85 86 88 89 92 93 89
médios f 0,055 0,056 0,056 0,056 0,056 0,057 0,056
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [373]
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Figura 7.12
Por: Evaldo Miranda Coiado
[374] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Solução:
a) Extintores de Incêndio
Informações:
5 pavimentos tipo;
1 pavimento térreo (garagem);
1 pavimento cobertura (casa de máquinas);
Cada pavimento deve possuir, 1 para incêndio classe A → água/gás: 2A (10 litros)
no mínimo, 2 unidades extintoras: 1 para incêndio classe B e C → CO2: 5B (6 Kg)
b) Hidrantes
b1) Definição do tipo de sistema e distribuição dos hidrantes [Consultar item 7.6.1].
Informações:
Lm = 15 m;
Área total : (14 x.16) x 7 = 1568 m2 > 750 m2;
Do Quadro 7.5-B, para áreas até 2500 m2 e classificações A2, G1/G2, I1 → pode-se utilizar
Sistema tipo 1 ou Sistema tipo 2;
Optou-se pelo Sistema tipo 2 de acordo com a IT.22-CB/SP.
b2) Dimensionamento: considerar 2 hidrantes hidraulicamente desfavoráveis [Consultar item
7.6.1]
Equações:
8. f c .LT .Q12
∆hc = (7.9)
g.π 2 .Dc5
Procedimentos:
1,18.8 8.0,059.15,18
H1 = + + 21204,4.15,0 .0,002167 2
9,81.π 2
. 0,013 4
9,81 .π 2
. 0, 0635
H1 = 17,9 mca
'
Passo 3: Calculo da pressão na entrada do primeiro bocal ( H 1 )
8.Q12 8.0,002167 2
H 1' = k req. . = 1,18.
g.π .Dr
2 4
9,81.π 2 .0,0134
17,9 + 3,0
Q2 = = 0,002335 m3/s = 140,1 L/min
1,18.8 8.0,059.19,48
+ + 21204,4.15,0
9,81.π 2 .0,0134 9,81.π 2 .0,0635
'
Passo 5: Calculo da pressão na entrada do segundo bocal ( H 2 )
8.Q12 8.0,0023352
H 2' = k req. . = 1,18. = 18,61 mca (Pavimento Tipo 4)
g.π 2 .Dr4 9,81.π 2 .0,0134
Passo 6:
Q1 + Q2 = 0,002167 + 0,002335 = 0,004502 m3/s = 270,1 L/min → fc = 0,056 (Consulte
Quadro 7.11.d.
*
Calculo de H 1 :
H 1* = Z 0−1 − ∆H c
8.0,056.37,8.0,004502 2
H 1* = 21,5 −
9,81.π 2 .0,0635
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [377]
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
*
Passo 7: Uma vez que H 1 >H1, fim do procedimento.
Passo 8: Verificações [V ≤ 5,0 m/s, e pressões nas entradas dos esguichos têm que ser
menores que (2 x 16,03 = 32,06 mca.)].
Velocidades:
4.Q 4.Q
V= = = 320,8.Q
π .Di π .0,063 2
2
Para Q1 = 130 L/min = 0,002167 m3/s, obtém-se V1 = 0,70 m/s < 5,0 m/s.
Para Q2 = 140,1 L/min = 0,002335 m3/s, obtém-se V2 = 0,75 m/s < 5,0 m/s.
Para Q1 + Q2 = 270,1 L/min = 0,004502 m3/s, obtém-se V2 = 1,44 m/s < 5,0 m/s.
17,9 + 6,0
Q3 = = 0,00249 m3/s = 149,6 L/min
1,18.8 8.0,056.23,78
+ + 21204,4.15,0
9,81.π 2 .0,0134 9,81.π 2 .0,0635
8.0,00249 2
H 3' = 1,18. = 21,17 mca < 32,06 mca.
9,81.π 2 .0,0134
Para Q3 = 149,6 L/min = 0,00249 m3/s, obtém-se V3 = 0,80 m/s < 5,0 m/s.
17,9 + 9,0
Q4 = = 0,00264 m3/s = 158,4 L/min
1,18.8 8.0,056.28,08
+ + 21204,4.15,0
9,81.π 2 .0,0134 9,81.π 2 .0,0635
8.0,00264 2
H 4' = 1,18. = 23,8 mca < 32,06 mca.
9,81.π 2 .0,0134
Para Q4 = 149,6 L/min = 0,00264 m3/s, obtém-se V4 = 0,85 m/s < 5,0 m/s.
17,9 + 12,0
Q5 = = 0,00277 m3/s = 166,2 L/min
1,18.8 8.0,056.32,38
+ + 21204,4.15,0
9,81.π 2 .0,0134 9,81.π 2 .0,0635
8.0,00277 2
H 5' = 1,18. = 26,19 mca < 32,06 mca.
9,81.π 2 .0,0134
Para Q5 = 166,2 L/min = 0,00277 m3/s, obtém-se V5 = 0,89 m/s < 5,0 m/s.
17,9 + 15,0
Q6 = = 0,00290 m3/s = 174,2 L/min
1,18.8 8.0,056.36,68
+ + 21204,4.15,0
9,81.π 2 .0,0134 9,81.π 2 .0,0635
8.0,00290 2
H 6' = 1,18. = 28,71 mca < 32,06 mca.
9,81.π 2 .0,0134
Para Q5 = 174,2 L/min = 0,00290 m3/s, obtém-se V5 = 0,93 m/s < 5,0 m/s.
Figura 7.13
Por: Evaldo Miranda Coiado
[380] Instalações Hidráulico-Sanitárias
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Solução:
Exceto as distâncias dos fundos dos reservatórios em relação à última laje, observam-se
semelhanças entre a Figura 7.12, do Exemplo prático 7.1, e a Figura 7.13, do Exemplo
prático 7.2, portanto, também no Exemplo prático 7.2, para que os dois hidrantes
desfavoráveis sejam atendidos com vazões iguais ou superior a 130 L/min, a pressão no
ponto (1) tem que ser igual ou superior a 17,9 mca, calculada seguindo os passos de 1 a 5.
Passo 6 a 9:
Q1 + Q2 = 0,002167 + 0,002335 = 0,004502 m3/s = 270,1 L/min → fc = 0,056 (Consulte
Quadro 7.11.d).
*
Calculo de H 1 :
H 1* = Z 0−1 − ∆H c
8.0,056.12,8.0,004502 2
∆hr = =0,50 mca
9,81.π 2 .0,0755
1000.0,004502.16,73
Pb = = 1,67 CV ou 1,65 HP
75.0,60
2.7 – Para o edifício apresentado no problema prático proposto (1.7), determine as unidades
extintoras que deverão ser instaladas nos pavimentos tipo, sub-solo, e cobertura.
Respostas: A = 360 m2, tem-se risco baixo. Nos pavimentos tipo; na garagem (sub-solo); e
na cobertura (casa de máquinas): Uma unidade extintora 2-A (10 litros, e uma unidade
extintitura 5-B (6 kg).
Figura 7.14
ANEXO A
CAPÍTULO II
Das Definições
CAPÍTULO III
Da Aplicação
CAPÍTULO VII
Da Altura e Área das Edificações
CAPÍTULO VIII
Da Classificação das Edificações e Áreas de Risco
CAPÍTULO IX
Das Medidas de Segurança contra Incêndio
TABELA A1
Ocupação
Grupo Divisão Descrição Exemplos
/Uso
Local para
Escritórios administrativos ou técnicos, instituições
prestação de
financeiras (que não estejam incluídas em D-2),
D-1 serviço profissional
repartições públicas, cabeleireiros, centros
ou condução de
profissionais e assemelhados
negócios
Serviço D-2 Agência bancária Agências bancárias e assemelhados
D
profissional Serviço de
Lavanderias, assistência técnica, reparação e
reparação (exceto
D-3 manutenção de aparelhos eletrodomésticos,
os classificados em
chaveiros, pintura de letreiros e outros
G-4)
Laboratórios de análises clínicas sem internação,
D-4 Laboratório
laboratórios químicos, fotográficos e assemelhados
Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos
E-1 Escola em geral
supletivos e pré-universitário e assemelhados
Escolas de artes e artesanato, de línguas, de cultura
E-2 Escola especial geral, de cultura estrangeira, escolas religiosas e
assemelhados
Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais,
Educacional e ginástica (artística, dança, musculação e outros)
E Espaço para cultura
cultura física E-3 esportes coletivos (tênis, futebol e outros que não
física
estejam incluídos em F-3), sauna, casas de fisioterapia
e assemelhados
Centro de
E-4 treinamento Escolas profissionais em geral
profissional
E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins-de-infância
Escola para
Educacional e Escolas para excepcionais, deficientes visuais e
E E-6 portadores de
cultura física auditivos e assemelhados
deficiências
Local onde há
Museus, centro de documentos históricos, bibliotecas
F-1 objeto de valor
e assemelhados
inestimável
Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos,
Local religioso e
F-2 cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de funerais
velório
e assemelhados
Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas,
Centro esportivo e
F-3 rodeios, autódromos, sambódromos, arenas em geral,
de exibição
academias, pista de patinação e assemelhados
Estações rodoferroviárias e marítimas, portos, metrô,
Estação e terminal
F-4 aeroportos, heliponto, estações de transbordo em
Local de de passageiro
geral e assemelhados
F Reunião de
Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de
Público Arte cênica e
F-5 estúdios de rádio e televisão, auditórios em geral e
auditório
assemelhados
Boates, clubes em geral, salões de baile, restaurantes
Clubes social e
F-6 dançantes, clubes sociais, bingo, bilhares, tiro ao alvo,
Diversão
boliche e assemelhados
Construção
F-7 Circos e assemelhados
provisória
Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,
F-8 Local para refeição
cantinas e assemelhados
Jardim zoológico, parques recreativos e
F-9 Recreação pública
assemelhados. Edificações permanentes
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [395]
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Locais onde as
atividades exercidas
e os materiais
Atividades que manipulam materiais com médio risco
utilizados
de incêndio, tais como: artigos de vidro; automóveis,
apresentam médio
I-2 bebidas destiladas; instrumentos musicais; móveis;
potencial de
alimentos marcenarias, fábricas de caixas e
incêndio. Locais
assemelhados
I Indústria com carga de
incêndio entre 300 a
1.200MJ/m2
Locais onde há alto Fabricação de explosivos, atividades industriais que
risco de incêndio. envolvam líquidos e gases inflamáveis, materiais
I-3 Locais com carga oxidantes, destilarias, refinarias, ceras, espuma
de incêndio superior sintética, elevadores de grãos, tintas, borracha e
a 1.200 MJ/m² assemelhados
Depósitos de Edificações sem processo industrial que armazenam
J-1 material tijolos, pedras, areias, cimentos, metais e outros
incombustível materiais incombustíveis. Todos sem embalagem
Todo tipo de
J-2 Depósitos com carga de incêndio até 300MJ/m2
J Depósito Depósito
Todo tipo de Depósitos com carga de incêndio entre 300 a
J-3
Depósito 1.200MJ/m2
Todo tipo de Depósitos onde a carga de incêndio ultrapassa a
J-4
Depósito 1.200MJ/m²
Comércio em geral de fogos de artifício e
L Explosivos L-1 Comércio
assemelhados
TABELA A2
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA
Tipo Denominação Altura
TABELA A3
CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À CARGA DE INCÊNDIO
Carga de Incêndio
Risco
(MJ/m2)
Baixo até 300MJ/m²
TABELA A4
EXIGÊNCIAS MÍNIMAS PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES
Período de existência da Área construída ≤ 750 m2 e Área construída >750 m2 e/ou
edificação e áreas de risco Altura ≤ 12 m Altura > 12 m
NOTAS GERAIS:
a – Os riscos específicos devem atender às ITCB respectivas e às regulamentações do SvSCI;
b – As instalações elétricas e o sistemas de proteção contra descarga atmosféricas (SPDA) devem estar em conformidade
com as normas técnicas oficiais.
TABELA A5
EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES COM ÁREA MENOR OU IGUAL A 750 M2 E ALTURA INFERIOR OU
IGUAL A 12,00 M
F H L
Medidas de Segurança A, D,
B C IeJ
contra Incêndio E,G F2, F3, F4, F9 e H1, H4, H2, H3 e
F1 e F5 L1
F6, F7, F8 F10 e H6 H5
Controle de Materiais de
- X - X X - - X - X
Acabamento
Saídas de Emergência X X X X X X X X -
1 1 3 3 3 1 1 1
Iluminação de Emergência X X² X X X X X X X -
Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X
Extintores X X X X X X X X X X
4 4 4
Brigada de Incêndio - - - X X X - - - X
NOTAS ESPECÍFICAS:
1 – Somente para as edificações com mais de dois pavimentos;
2 – Estão isentos os motéis que não possuam corredores internos de serviços;
3 - Para edificação com lotação superior a 50 pessoas ou edificações com mais de dois pavimentos;
4 – Exigido para lotação superior a 100 pessoas.
TABELA A6
EDIFICAÇÕES DO GRUPO A COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 OU ALTURA SUPERIOR A 12,00 M
Grupo de ocupação e uso Grupo A -Residencial
Divisão A-2 – A-3 e Condomínios Residenciais
Medidas de Segurança contra Classificação quanto à altura (em metros)
Incêndio Térrea H≤6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 23 23 < H ≤ 30 Acima de 30
Acesso de Viatura na Edificação X X X X X X
Segurança Estrutural contra
X X X X X X
Incêndio
2 2
Compartimentação Vertical - - - X X X2
Controle de Materiais de
- - - X X X
Acabamento
Saídas de Emergência X X X X X X1
Brigada de Incêndio X X X X X X
Iluminação de Emergência X X X X X X
Alarme de Incêndio X2 X2 X2 X2 X2 X
Sinalização de Emergência X X X X X X
Extintores X X X X X X
Hidrante e Mangotinhos X X X X X X
1 – Deve ter elevador de emergência para altura superior a 80m;
2 – Pode ser substituído por controle de sistema de fumaça somente nos átrios.
TABELA A7
EDIFICAÇÕES DO GRUPO B COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR A 12,00 m
Grupo de ocupação e uso Grupo B – Serviços de Hospedagem
Divisão B-1 e B-2
Classificação quanto à altura (em metros)
Medidas de Segurança contra Incêndio
Térrea H≤6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 23 23 < H ≤ 30 Acima de 30
Acesso de Viatura na Edificação X X X X X X
Segurança Estrutural X X X X X X
1 1 2 2
Compartimentação Horizontal X X X X X
3 3 7
Compartimentação Vertical X X X
Controle de Materiais de Acabamento X X X X X X
9
Saídas de Emergência X X X X X X
Plano de Emergência X X
Brigada de Incêndio X X X X X X
4 4
Iluminação de Emergência X X X X X X
4;5 5
Detecção de Incêndio X X X X X
6 6 6 6 6 6
Alarme de Incêndio X X X X X X
Sinalização de Emergência X X X X X X
Extintores X X X X X X
Hidrante e Mangotinhos X X X X X X
Chuveiros Automáticos X X
8
Controle de Fumaça X
NOTAS ESPECÍFICAS:
TABELA A8
EDIFICAÇÕES DO GRUPO C COM ÁREA SUPERIOR A 750 M2 OU ALTURA SUPERIOR A 12,00 M
Grupo de ocupação e uso Grupo C – Comercial
Divisão C-1. C-2 e C-3
Classificação quanto à altura (em metros)
Medidas de Segurança contra Incêndio
Térrea H ≤ 6 6 < H ≤ 12 12 < H ≤ 23 23 < H ≤ 30 Acima de 30
Acesso de Viatura na Edificação X X X X X X
Segurança Estrutural contra Incêndio X X X X X X
1 1 2 2 2
Compartimentação Horizontal X X X X² X X
8,9 3 10
Compartimentação Vertical - - - X X X
Controle de Materiais de Acabamento X X X X X X
Saídas de Emergência X X X X X X
4 4 4 4
Plano de Emergência X X X X X X
Brigada de Incêndio X X X X X X
Iluminação de Emergência X X X X X X
5 5 5 5 5
Detecção de Incêndio X X X X X X
Alarme de Incêndio X X X X X X
Sinalização de Emergência X X X X X X
Extintores X X X X X X
Hidrante e Mangotinhos X X X X X X
Chuveiros Automáticos - - - - X X
7
Controle de fumaça - - - - - X
NOTAS ESPECÍFICAS:
ANEXO B
CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS POR OCUPAÇÃO
(1 kg de madeira equivale a 19,0 magajoules)
(Fonte: IT.14/2011.CB/SP)
Carga de incêndio (qfi) em
Ocupação/Uso Descrição Divisão
MJ/m2
Alojamentos estudantis A-3 300
Apartamentos A-2 300
Residencial
Casas térreas ou sobrados A-1 300
Pensionatos A-3 300
Hotéis B-1 500
Serviços de
hospedagem Motéis B-1 500
Apart-hotéis B-2 500
Açougue C –1 40
Antigüidades C –2 700
Animais (“pet shop”) C-2 600
Aparelhos eletrodomésticos C –1 300
Aparelhos eletrônicos C-2 400
Comercial varejista, Armarinhos C -2 600
Loja Armas C -1 300
Artigos de bijouteria, metal ou vidro C –1 300
Artigos de cera C -2 2100
Artigos de couro, borracha,esportivos C –2 800
Automóveis C –1 200
Bebidas destiladas C –2 700
Brinquedos C –2 500
Calçados C –2 500
Couro, artigos de C-2 700
Drogarias (incluindo depósitos) C –2 1000
Esportes, artigos de C-2 800
Ferragens C –1 300
Floricultura C –1 80
Galeria de quadros C –1 200
Joalheria C-1 300
Livrarias C –2 1000
Comercial varejista, Lojas de departamento ou centro de
C –2/ C –3 800
Loja compras (Shoppings)
Materiais de construção C-2 800
Máquinas de costura ou de
C –1 300
escritório
Materiais fotográficos C –1 300
Móveis C –2 400
Papelarias C –2 700
Perfumarias C –2 400
Produtos têxteis C –2 600
Relojoarias C –2 500
Supermercados (vendas) C –2 600
Por: Evaldo Miranda Coiado
Instalações Hidráulico-Sanitárias [409]
Sistemas Prediais de Combate a Incêndio
Tapetes C –2 800
Tintas e vernizes C –2 1000
Comercial varejista,
Loja Verduras frescas C –1 200
Vinhos C –1 200
Vulcanização C –2 1000
Asilos H -2 350
Clínicas e consultórios médicos ou
H -6 300
odontológicos.
Serviços de saúde e Hospitais em geral H-1/H-3 300
Institucionais
Presídios e similares H-5 200
Quartéis e similares H-4 450
Veterinárias H-1 300
Aparelhos eletroeletrônicos,
I-2 400
fotográficos, ópticos
Acessórios para automóveis I–1 300
Acetileno I-2 700
Alimentação (alimentos) I-2 800
Aço, corte e dobra, sem pintura, sem
I-1 40
embalagem
Artigos de borracha, coriça, couro,
I–2 600
Industrial feltro, espuma
Artigos de argila, cerâmica ou
I–1 200
porcelanas
Artigos de bijuteria I–1 200
Artigos de cera I–2 1000
Artigos de gesso I–1 80
Artigos de madeira em geral I-2 800
Artigos de madeira, impregnação I-3 3000
Artigos de mármore I–1 40
Artigos de metal, forjados I-1 80