Apostila 1 - Apostila Eneagrama

Microsemeiótica Iridea Terapia Flor de Iris® Dr.
Clodoaldo Pacheco
ENEAGRAMA
“Conhecer é conhecer tudo.
Não conhecer tudo é não conhecer.
Para conhecer tudo é necessário muito pouco.
Mas, para conhecer esse pouco, é necessário conhecer muito”
G. Gurdief.
Visão Terapia Flor de Íris: Seres humanos saudáveis, com liberdade, confiança e
sabedoria. Página 1
Microsemeiótica Iridea Terapia Flor de Iris® Dr. Clodoaldo Pacheco
ENEAGRAMA
DESCUBRA SI MESMO
E AS COMPULSÕES DE SEUS PACIENTES ATRAVÉS DA ÍRIS DOS OLHOS
O Olho
O Olho é uma espécie de globo,
é um pequeno planeta
com pinturas do lado de fora.
Muitas pinturas:
azuis, verdes, amarelas.
É um globo brilhante:
parece cristal,
é como um aquário com plantas
finamente desenhadas: algas,
sargaços,miniaturas marinhas,
areias, rochas,naufrágios e peixes de ouro.
Mas por dentro há outras pinturas,
que não se vêem:
umas são imagens do mundo,
outras são inventadas.
O Olho é um teatro por dentro.
E às vezes, sejam atores, sejam cenas,
e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,
formam, no Olho, lágrimas.
Cecília Meireles
ENEAGRAMA
Descubra si mesmo
e os seres humanos através da íris dos olhos
Compreenda as tipologias humanas
para evoluir conscientemente
PREFÁCIO
Terapeuta, este livro foi criado especificamente para o Microseometista Irideo Flor de Iris®.
Enriqueci com estudos sobre a origem das figuras geométricas. Muitos, de fato, perguntam-me
porque o Eneagrama tem uma singular representação: neste livro respondo ao quesito
analisando o círculo, o triangulo, o hexágono irregular e o heptágono.
Além do mais, inseri, nas descrições das tipologias, também alguns conselhos para o
aperfeiçoamento pessoal e para diminuir a compulsão.
Enfim, elaborei para você terapeuta flor de íris um teste pupilar que poderá ser usado para
descobrir a sua tipologia espiritual, psicológica e a de seus clientes. Na minha publicação
anterior demonstrei um sistema baseado na neurofisiologia, nos gestos não verbais e algumas
perguntas direcionadas as “Compulsões”. Com o presente livro desejo ampliar o argumento,
deixando a você a escolha do sistema mais adequado às suas exigências.
Por este motivo aconselho você a fazer uma analise sistêmica através da íris.
Na seqüência, o melhor modo de aprender o Eneagrama é com as pessoas: prepare-se então

para compreender os outros, ver, escutar e perceber como se comportam na realidade as
várias tipologias.
INTRODUÇÃO AO ENEAGRAMA
Falar do Eneagrama não é algo fácil porque se trata de um sistema complexo, que aprofunda
suas raízes num passado muito distante. Pessoalmente, não me considero um expert, mas
somente alguém que encontrou o sistema durante o seu crescimento e que descobriu uma
parte. Esta porção desejo compartilhá-la contigo porque me ajudou muitíssimo e espero que
tenha o mesmo efeito sobre você. O meu objetivo é aquele de dar um input que te estimule a
continuar a pesquisa e descobrir as diversas aplicações do sistema.
O que é o Eneagrama
O Eneagrama Irideo dos Tipos Psicológicos e Espiritual é um sistema para identificar as

personalidades. É uma definição um pouco restritiva, uma vez que serve também para uma
equilibrada evolução interior. Do grego a palavra enea significa “nove”, enquanto grama
significa “sinal”. O símbolo gráfico é aquele de uma estrela de nove pontas inscrita num
círculo, onde cada uma das pontas representa um tipo de personalidade.
A figura na realidade é composta por quatro elementos:
1. um círculo
2. um triangulo central
3. um hexágono
4. um heptágono
(Imagem da estrela do eneagrama tradicional)
(Imagem da estrela do eneagrama irideo – Íris Direita)
(Imagem da estrela do eneagrama irideo – Íris Esquerda)
1. O círculo representa o continum ao longo do qual os pontos se movem. Representa a

dinamicidade onde não existe nenhum tipo de estagnação. Neste sentido, a figura geométrica
reforça um conceito fundamental:
Ninguém deve considerar-se bloqueado numa tipologia, mas existe uma dinâmica que nos leva
a experimentar diversas experiências. O círculo nos exorta a “mover-se” do próprio tipo para
“recuperar” e/ou desenvolver os lados dos outros tipos que não expressamos (fig.2)
Seguindo a numeração (do Um ao Nove) percorremos o círculo no sentido horário e

cumprimos um processo. Por sua vez percorrendo o círculo novamente, porém, no sentido
anti-horário (do Nove ao Um), nos ajuda a compreender o que deu certo e o que deveria ser
mudado.
2. O triângulo representa a lei dos 3 (número recorrente em todo o sistema). A lei do 3 e as

forças merecem uma explanação.
Existem 3 forças: Positiva (ou criativa), quando a força positiva esta acometida do estresse
viceral perdemos a capacidade criativa e liberdade de irmos para o futuro, vivemos presos no
passado, é necessário então abrirmos nosso portal para reinterpretar os eventos negativos do
passado e assim se torna possível encontrarmos nossa maturidade. A terapia portal do tempo
é prescrita ao paciente para restaurar a felicidade, encontrar a liberdae e desenvolver a força
criativa. A terapia portal do tempo atua nos ajudando a desenvolver corretamente a nossa
força interna, a criatividade, espontaneidade e capacidade sentir prazer e cuidar de si,
equilibra o nosso eneatipo veceral.
Força negativa (ou conservadora) esta relacionada com o estresse emocional, os eneatipos
dois, três e quatro quando em desarmonia perdem a capacidade de segurança, confiaça e
força, então conquistamos novamente a maturidade emocional e espiritual destes eneatipos
com a nossa essência proteção e equilibrio. A terapia proteção e equilibrio restaura a
maturidade dos eneatipos emocionais proporcionando confiança, ação e intuição. A terapia
proteção e equilibrio atua no poder da comunicação, expressão de si e nos confrontos consigo
mesmo e com os outros. Conhecer o eneagrama emocional e quando o mesmo estiver em
desequilibrio a ação proteção e equilibrio é indicada para restaurar a confiança, a segurança e
a maturidade.
Força harmonizadora, essa força esta ligada diretamente com as glândulas, força angélica e
amor philias (Cristico) com os eneatipos cinco, seis e sete. Quando estes eneatipos perdem seu
equilibrio desenvolvem estresse mental, fadiga e esgotamento. Para restaurar o equilibrio
destes eneatipos e para viverem na maturidade utilizamos a terapia master para restaurar a
mente, o amor philias, conexão com os anjos e equilibrar os hemisférios cerebrais direito e
esquerdo. A terapia master proporciona sabedoria e expansão da consciência. Terapia Master
libera a força mental vital e canaliza para o organismo. Master organiza nosso sistema
glandular, nos harmonizando por completo. Master é um conjunto de ações indicadas para nos
liberarmos do estresse mental.
Façamos um exemplo concreto de como estas três forças agem no quotidiano.
Suponhamos que um amigo pretenda iniciar uma dieta (princípio portal positivo) e esteja
verdadeiramente decidido. Inicia o primeiro dia e respeita a escala dos alimentos. No segundo
dia, briga com um amigo (portal negativo) e na mesa diz:
“Mas sim, como alguma coisa mais. Amanhã inicio seriamente”. (imaturidade)
No dia seguinte vai almoçar com uns colegas que pedem uma pizza bem condimentada. A vê,
não deveria comê-la, mas justifica-se: “Trabalhei muito esta manhã, mereço um prêmio!
Portanto, comerei a pizza”. (imaturidade, portal negativo)
No dia seguinte, sofre uma grande repreensão do seu superior. Nervoso, vai ao restaurante e
pede tudo aquilo que não deveria comer por estar de dieta e diz a si mesmo: “Hoje eu a salto...
amanhã veremos”. (imaturidade, portal e proteção negativos)
O que acontece? Ativa-se a força conservadora (causas externas e automatismos mentais) que
anula a força criativa positiva.
Passam os meses e engorda alguns quilos. Infelizmente está fora de forma e cada passo é
sempre mais cansativo. As escadas há muito tempo são uma mera recordação porque o
elevador é mais cômodo. E continua a engordar sempre mais. Um dia, decide subir as escadas,
esforça-se muito, sente uma pontada no coração e se sente mal. Os médicos lhe dizem que
teve um infarto: deve emagrecer e mudar a dieta, caso contrário, morrerá.
Neste ponto, decide fazer a dieta seriamente (portal positivo). O medo de morrer funciona
neste caso como princípio harmonizador (Master positivo).
A correlação das 3 forças (portal, proteção e master) permitem alcançar os objetivos e passar
de uma vida baseada na fatalidade para uma existência fundada sobre o livre arbítrio,
eneagrama maduro baseado na força espiritual e psicológica.
O triângulo espiritual observado no eneagrama através da íris representa a essência de um

processo animado.
3. O hexágono é irregular com a base aberta. Alguns afirmam que representa as forças
criadoras que se formam do vazio (pupila – equilibrar a OPI para liberar a força suprema do
amor AGAPE). Além do mais, trata-se de uma figura irregular e a natureza é formada por uma
geometria semelhante (fractal). De fato, uma costa marítima não é regular e reproduzível com
as figuras geométricas clássicas. Porém, é possível reproduzi-la com a geometria fractal.
4. O heptágono. Se examinarmos com atenção a figura, notaremos que as interseções entre o

círculo e o hexágono formam um heptágono observado através da BSNA através das intro e
eextroflexões.
O número 7 tem uma forte valência esotérica. Sem adentrarmos em específicos discursos, a lei
do 7 representa os ciclos da vida que se cumprem. Se dividirmos o número 1 pelo 7 obteremos a
raiz periódica: 0,142857142857142857...
Podemos notar que a seqüência 142857 se repete sempre e coincide com o movimento do
Eneagrama (ver fig. 1).
A lei do 7 exprime o conceito cíclico: a existência se move baseada em ondas crescentes e
decrescentes.
Além disso, podemos encontrar uma relação com o 7º chakra (centros de energia do corpo
humano).
Ao agirmos sobre os setésimos do tempo irideo através do toque supremo estamos agindo
diretamente no conceito cíclico do 7 e assim, resumidamente os eneatipos saem da imaturidade
e direcionam-se para a maturidade.
O Eneagrama descreve nove tipos diferentes de personalidade, nove estratégias de relacionar-se
com a realidade. Possui origens históricas remotas: as últimas crônicas remontam a 2.500 anos
atrás. As origens são ignoradas, apesar de existirem referimentos históricos inerentes a
Babilônia e ao Oriente Médio.
A seguir, encontramos testemunhos nos séculos XIV e XV referentes ao Sufismo. Deles provem
a compilação de G.I. Gurdijieff (1910), ao qual se deve a difusão do Eneagrama na Europa.
Palavras de Gurdijieff:
“O eneagrama é o movimento perpétuo, é esse perpetuum mobile que os homens buscaram

desde a mais remota antiguidade, sempre em vão. E não é difícil compreender porque não
podiam encontrá-lo. Buscavam fora de si mesmo o que estava dentro deles. E tentavam
construir um movimento perpétuo como quem constrói uma máquina, quando o movimento
perpétuo é parte de outro movimento perpétuo e não pode ser criado fora deste...
A compreensão desse símbolo e a capacidade de utilizá-lo dá ao homem um poder muito
grande.
“O movimento perpétuo é também a pedra filosofal dos alquimistas”.
Essas palavras foram ditas por Gurdjieff em 1917, quando introduzia o Eneagrama a um grupo
de alunos em São Petersburgo. Desde que Gurdjieff trouxe para o Ocidente esse símbolo
sagrado, muito se falou dele, mas pouco se compreendeu, pois ele só se revela àqueles que
saibam lê-lo.
Este é um trabalho inédito, um novo desenvolvimento sobre a iridologia e o caráter, o estudo e
a aplicação prática do Eneagrama através da PUPILA que busca elevar os terapeutas a um
nível superior de compreensão do Divino, do Universo e do Ser Humano para que os
movimentos sejam sentidos e percebidos na prática”.
Sucessivamente, temos outras referências da parte de Ichazo (1960) que afirmou ter aprendido a
técnica dos Sufis e não de Gurdjieff. Aqui se cria uma divisão: os ensinamentos de Gurdjieff
permanecem no interior dos seus grupos de estudo, enquanto aqueles de Ichazo passam através
do Istituto de Arica; desta forma Claudio Naranjo por sua vez ensinará o Eneagrama aos
Jesuítas. Atualmente o Eneagrama foi reavaliado enormemente, revelando-se um dos mais
potentes e práticos métodos para identificar as personalidades e a espiritualidade real humana.
Parte-se do pressuposto que cada pessoa, no nascimento, encontra dificuldades. Em base ao tipo
de dificuldades ou problemas e a como se reage aos mesmos, cria-se uma estratégia que tenderá
a permanecer por toda a vida.
Antes de prosseguirmos com o Eneagrama precisamos entender o significado da palavra caráter
para então entendermos as nossas múltiplas facetas (mascaras) que apresentamos ao mundo.
Caráter é uma palavra derivada do grego Carassw (Sarasso) que significa esculpir, caráter
refere-se aquilo que permanece constante na pessoa até porque já se encontra esculpido dentro,
e, portanto, aos condicionamentos comportamentais, emocionais e cognitivos. O caráter pode
ser descrito como um conjuntos de traços, como identificação a uma característica de um dos
pais ou, ao contrário, como desejo de não assemelhar-se àquele aspecto particular. Geralmente
estamos adormecidos diante das nossas motivações e as nossas preocupações estão distorcidas
pelas defesas psicológicas. O problema é que escondemos de nós mesmos os traços negativos
do caráter através de um complexo sistema de amortização interno (Gurdjieff), isto é
mecanismos psicológicos de defesa. A utilização destes amortizadores ocorre porque no homem
existem múltiplas contradições: nas ações, nos pensamentos, naquilo que diz, e naquilo que faz.
Mas o homem não pode destruir as suas contradições, porem Stª Tereza D Ávila nos ensina que
não precisamos matar o Dragão, mas sim domestica-lo e adestra-lo. Definitivamente a função
dos amortizadores é aquela de reduzir os atritos entre as partes contraditórias. O homem com
amortizadores muito eficientes não sente a necessidade de justificar-se porque é totalmente
inconsciente das suas próprias incoerências e tende a aceitar-se, satisfeito com o seu estado. O
caráter estrutura-se segundo um determinado grupo de modalidade que determinam o
predomínio de um ou de outro aspecto da estrutura mental. O esqueleto mental pode ser
representado como uma estrutura de cristal que pode romper-se de vários modos, mas todos pré-
determinados.
Do mesmo modo, na personalidade do indivíduo, entre todas as principais características

estruturais, uma somente destas estruturas terá predominância.
Segundo esta ótica, existem noves caráteres fundamentais.
Uma das aspirações da psicologia moderna é a de organizar as síndromes caracterias conhecidas

de acordo com aquilo que foi definido como um modelo circumplexo. O modelo circulo-
complexo é um continuum aonde os caracteres próximos ao longo da circunferência são muito
semelhantes entre si. O modelo circulo-complexo, podemos afirmar, descreve o campo dos
traços interpessoais da personalidade.
O esquema acima apresentado seja talvez o modelo circulo-complexo mais convincente.

Este reconhece três grupos fundamentais; o grupo esquizóide, o histeróide, o epileptóide.
A exigência de receber dos pais o amor necessário pode vir frustrada ou obtída de vários
modos.
O nosso modo de viver neste mundo é um modo de ser que temos adotado para defender nós
mesmos e o nosso bem estar graças a uma “adaptação” que em geral apresenta-se mais como
rebelião do que aceitação.
Para reagir a falta de algo que tinha necessidade a criança é obrigada a recorrer à
manipulação e às vezes podemos dizer que o caráter é um sistema de contra-manipulação.
Então a vida não é guiada pelo instinto, mas pelo perdurar de uma precoce estratégia
adaptativa que luta contra o instinto no senso mais amplo do termo.
Por exemplo, se na infância um indivíduo sofre violentas agressões de adultos significativos,

sobretudo nos momentos nos quais se mostra frágil e fraco, tenderá a desenvolver estratégias de
resposta a estas agressões, é aqui neste ponto que eu quero que você reflita: Qual área da íris
você apresenta o maior numero de sinais?
É nesta área que você apresentar o maior numero de sinais que se iniciou os seus desequilíbrios
espirituais, emocionais, mentais e assim se manifesta como patologias físicas. Portanto, é de
importância fundamental saber em qual corpo esta o maior numero dos sinais irideos, para então
agir suprindo as carências do ser humano que procura você, sem se iludir com as descrições
sintomáticas faladas por seu paciente, mas sim penetrar na alma da pessoa que esta a sua frente
e prescrever suas necessidades reais para o retorno a saúde plena – espiritual, emocional, mental
e física.
Tenderá a ser forte, violento se necessário, não se mostrará mais fraco e frágil. Construirá uma
“couraça de força” que o preservará das agressões externas. Preferirá uma estratégia em relação
a nove disponíveis.
De fato, o Eneagrama mostra nove diferentes modos de reagir a realidade. Escolhemos um
renunciando aos demais oito. A história familiar tem uma importância fundamental na criação
da personalidade. Se não trabalharmos o perdão em nossa família (Portal do Tempo), a nossa
segurança e confiança em relação ao mundo externo e interno (Proteção e Equilibrio) e a
sabedoria superior (Master) dificilmente conseguiremos evoluir e sermos saudáveis na vida.
Cada personalidade é associada a um número, por se tratar de um elemento neutro e não a uma
etiqueta ou estereótipo. De fato, atribuir um nome equivaleria a etiquetarmos uma pessoa. Mas,
inicialmente, durante a fase de aprendizado, se faz necessário a utilização de alguns nomes que
nos permitam uma fácil memorização. A figura 5 mostra o numero e o relativo nome:
Recorde que na íris é realizado um movimento de 120º.
O que o Eneagrama não é.
O Eneagrama não é um sistema para enclausuramos as pessoas. Esta advertência se faz

necessária para que não se caia facilmente no erro de classificarmos as pessoas (e a si mesmo)
em um dos 9 tipos, como se fossem meros compartimentos onde colocamos as pessoas dentro.
Parte-se de um tipo, mas em seguida, graças às experiências de vida, interagem-se as estratégias
de outras tipologias. Na PNL (Programação Neuro-Lingística) este fenômeno é chamado
modelagem: quando se quer afrontar uma situação que não se conhece e não se possui os meios-
experiência para afrontá-la, nos inspiramos em outra pessoa (também pedindo conselhos) que já
enfrentou um evento semelhante. Portanto, aprendendo as estratégias de um outro indivíduo,
somos capazes de resolver situações que não somos capazes de afrontar. Isto nos leva a
incorporar os meios e a ampliar a própria visão do mundo. É evidente que o resultado se traduza
como um enriquecimento para a personalidade: incorporam-se aspectos de outras
personalidades mesmo mantendo a nossa. Este enriquecimento, claramente, depende do grau de
abertura mental e flexibilidade dos indivíduos.
Não existem, por exemplo, dois Tipos Um iguais, porque as suas diferentes experiências de vida
os tornam únicos. Possuem muitos traços em comum, mas existem nuances que os diferenciam.
Além do mais, no sistema não existem personalidades piores ou melhores, mas somente
diferentes modos de afrontar e filtrar a vida. Pode-se falar, pelo contrário, de personalidades
maduras ou imaturas. Nas primeiras evidenciam-se mais os lados positivos, nas segundas os
lados negativos.
AS NOVE TIPOLOGIAS
Neste módulo dou uma descrição das tipologias.
Para cada tipologia são indicados conselhos, exercícios, atividades e o estrato original Portal do
Tempo com a aplicação externa do Gel Portal do Tempo para se realizar o crescimento
individual de forma madura, assim equilibramos a saúde integral do físico ao espiritual.
Nitidamente, tratam-se, de sugestões não muito apreciadas pelas tipologias, pois se apresentam
claramente em oposição as compulsões, que por sua vez, é um comportamento inconsciente,
dificilmente controlável e que identifica cada tipo do Eneagrama (indicada em cada uma das
descrições).
A chave para desenvolver-se é aceitar a própria compulsão de modo a reduzir o Ego e
aproximar-se do Verdadeiro Eu. Estou certo que quando os conselhos forem lidos, nem todos
estarão absolutamente de acordo: mas esta é a prova tangível que são as sugestões certas. Não é
por acaso que a chave para a nossa evolução pessoal encontra-se justo aonde nos faz mais mal.
Tipo Um – Perfeccionista
Compulsão: Perfeição – O desejo é aquele de alcançar a perfeição, afastando tudo aquilo que
não for perfeito (emoções intensas como ira, raiva e cólera).
O Perfeccionista ama o respeito pelas regras e tende a ser preciso. Na sua vida evita tudo aquilo
que é imperfeito; por exemplo, tende a reprimir algumas emoções como a ira ou a cólera. Mas
quanto mais as suprime, mais estas tendem a explodir sem controle. Adere a ideais de perfeição
que defende com força e deseja que as pessoas se adéqüem ao sistema das regras. Tende a
privilegiar os detalhes a racionalidade, filtros através dos quais percebe a existência.
Nas relações tende a mostrar o lado mais luminoso de si mesmo, escondendo a parte mais
obscura.
Aspira projetar uma imagem de pessoa honesta e geralmente cumpre com a palavra dada.
Prefere os objetivos a longo prazo porque lhe permitem uma atenta planificação para se alcançar
os melhores resultados possíveis.
As tipologias menos maduras tendem a serem intolerantes, rígidas, demasiado apegadas às
regras, julgadoras e críticas.
Lados positivos (presentes nas tipologias evoluídas):
. é metódico
. é honesto e confiável
. possui um forte senso ético
. mantém a palavra dada
. ama aperfeiçoar-se
. nas tipologias evoluídas aproxima-se da sabedoria.
Lados negativos (presentes nas tipologias menos evoluídas):
. é obsessivo
. é intolerante
. é julgador
. é muito sério
. é rígido
. acredita estar sempre com a razão.
Conselhos para o desenvolvimento pessoal:
. ser menos rígido e apegado ao sistema de regras

. submeter-se a discussões: nem sempre se tem razão!
. viver a vida de maneira mais irresponsável e menos séria
. abandonar a abordagem lógica a favor daquela emocional.
Exercício quotidiano para o Perfeccionista
Ao menos por uma vez durante o dia, o “tipo um” deve experimentar a realidade através da
emoção.
Deveria iniciar a ter contato com as suas emoções de maneira sana (até que faz, mas geralmente
quando tem explosões de ira). Por exemplo, poderia começar afrontando alguns pequenos
problemas quotidianos seguindo mais o instinto e as sensações, dando espaço à sua parte
emocional.
Além do mais, deveria começar a ser menos sensível às críticas alheias. Quando as recebe,
deveria levar em consideração que provavelmente possuem um fundo de verdade.
Atividades úteis aconselhadas para o aprimoramento pessoal:
. massagens
. trabalhar o corpo (dança, biodança etc.)
. freqüentar grupos de trabalho sobre a emotividade (ou cursos)
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo I:
São as clássicas boas crianças, aprendem a comportar-se como se deve, a assumir as

responsabilidades, e a comportar-se bem na presença dos outros.
Os seus valores são àqueles do trabalho, a retidão, a orgulhosa independência, a convicção de
que o bom senso e a bondade podem prevalecer sobre os lados obscuros da natureza humana.
Estão convencidos de que a vida é difícil, que as comodidades são conquistadas a custa de
muito suor e que o prazer deve vir em último lugar, depois dos deveres.
No geral os perfeccionistas são inconscientes quanto à negação do prazer. Estão totalmente
absorvidos naquilo que devem fazer e naquilo que deve ser feito, e se interrogam raramente
sobre aquilo que desejariam da vida. Os desejos já foram postos de lado desde a infância.
Vivem continuamente uma censura interior.
No mundo mental deles existe sempre uma voz julgadora que critica tudo aquilo que pensa ou
faz.
A sua atenção está concentrada a tal ponto sobre aquilo que deve ser feito que não deixa espaço
para que os verdadeiros desejos possam emergir da consciência.
O juízo se concentra, sobretudo sobre a raiva e a sexualidade, isto é, os impulsos que foram
punidos na infância. No geral não estão conscientes das suas raivas. A raiva e a dor derivam do
fato que as suas necessidades nunca foram levados em consideração. Os desejos foram
reprimidos e substituídos por uma lista de deveres. Esta privação determina uma irritação que
ferve debaixo da superfície da polidez formal.
Irritam-se, sobretudo com as pessoas que exprimem os lados obscuros da natureza humana
porque evocam aquilo que jamais admitiriam em compartilhar.
O conflito existente entre os desejos reprimidos e a exigência de não errar torna-se evidente nas
escolhas pessoais.
As decisões são a armadilha na qual a escolha pelo modo justo pode desencadear a raiva deles
por que não fizeram aquilo que teriam desejado, enquanto que optar por aquilo que desejam
desencadeia o medo de ter cometido um erro.
O seu mais profundo desejo é aquele de ser amado não obstante a sua imperfeição.
Na infância o amor era o prêmio por um comportamento correto e isto lhe fez crer de não poder
ser amado até o momento em que nele ainda permanecer qualquer imperfeição.
Na vida a dois é difícil para ele convencer-se de que o companheiro possa amá-lo assim como
ele é, aceitando os lados bons e ruins da sua personalidade.
À medida que se aprofunda a intensidade, as pequenas faltas assumem dimensões sempre mais
gigantescas.
Quando a tensão alcança o nível crítico se tornam assim tão vulneráveis à rejeição que como por
autodefesa colocam o companheiro sob juízo.
Nascem assim conflitos alimentados pela convicção de que antes ou depois o companheiro irá
embora seja como for, e então, porque não terminar imediatamente antes de ficar
demasiadamente envolvido?
HARMONIA & DESARMONIA
O ponto de desarmonia para o eneatipo UM é ir em direção ao eneatipo QUATRO, quando o

eneatipo UM está desintegrado ele quer ter razão a todo custo e condena os outros. É zeloso
demais, impessoal e cheio de raiva reprimida. Quando está esgotado, dirige as agressões contra
ele mesmo e assume os traços mais subjetivos, melancólico-depressivos e destrutivos do
eneatipo QUATRO não redimido. Nessa situação, a pessoa pode começar a incensar-se. No pior
dos casos, a pessoa termina em completa resignação e já não é capaz de fazer nada para
melhorar a sua situação (ou do mundo).
O ponto de harmonia para o eneatipo UM é ir em direção ao eneatipo SETE, quando o eneatipo

um está em harmonia é porque ele aprendeu a se soltar, ser alegre, festejar e “não fazer tanto
caso das coisas”.
Continua trabalhando duro, mas encontrou a felicidade e a paz interior. É capaz de aceitar que
está a caminho e que ainda não atingiu o objetivo. Lutero, integrado, dizia:
“Aqui estou, tomando minha cerveja de Wittenberg, enquanto o Reino de Deus avança sozinho
e cresce sem que nós o percebamos”.
Tipo Dois – Altruísta

Compulsão: Condescendência – Condescendência para sentir-se aceito e amado.
A sua compulsão é a condescendência para sentir-se amado. Tende a ser sempre disponível em
relação ao próximo.
A condescendência é um sistema inconsciente para tornar-se indispensável e sentir-se amado.
Nas amizades prefere a abordagem emocional e não a racional. Pensa que a utilização da lógica
nas amizades possa induzi-lo ao erro. Nas relações a sua atenção encontra-se concentrada em
todos os sinais que despertam-lhe o interesse nos seus confrontos, agradando ou não ao seu
interlocutor.
É a figura mais sedutora do Eneagrama: inconscientemente, por prazer, tende a lançar
mensagens sensuais e sedutoras.
Quando conhece alguém não pensa em eventuais enganos, mas se concentra tão somente no fato
de poder estabelecer uma amizade.
A sua vida roda entorno das amizades, elemento fundamental.
As tipologias menos maduras tendem a serem manipuladores (apelam aos sentimentos de culpa:
“Eu fiz tudo isto por você!”, passsivo-agressor.
. é amável
. está aberto em relação aos outros
. é sempre disponível
. sabe tratar as pessoas
.é agradável nas relações.
. é manipulativo (cria dependência nas suas relações)

. é pouco hábil em compreender quando os outros querem enganá-lo
. está muito concentrado em fazer-se ser aceito pelos outros
. antepõe as necessidades dos outros sobre as suas com a finalidade de parecer agradável nas
suas relações.
. tornar-se mais analítico nas relações

. por em prática mecanismo de seleção das amizades
. boicotar o mecanismo da “aceitação”: evitar de basear a própria auto-estima sobre o
reconhecimento dos outros.
Exercício quotidiano para o Altruísta
Quando conhece alguém ou se relaciona com as pessoas, deveria pensar que quem está diante
poderia querer enganá-lo. Portanto, deveria iniciar a concentrar a sua atenção sobre eventuais
pontos obscuros nas argumentações do outro sem pensar no fato de “agradar ou não agradar”.
. grupos de trabalho com dinâmicas sobre os comportamentos (ou cursos)

. ler muitos livros que ajudem a desenvolver o pensamento analítico
.frequentar pessoas tendencialmente desconfiadas (para aprender como filtrar o mundo
diferentemente da confiança absoluta).
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo II:
Relacionam-se com outros como se procurassem a resposta para a pergunta interior: serei
amado?
Possuem uma profunda necessidade de afeto e aprovação, querem ser amados, protegidos e
sentirem-se importantes para os outros. Na infância receberam amor e segurança graças à
adesão aos desejos dos outros.
Nesta busca de aprovação desenvolveram um radar muito preciso para os estados de ânimo e às
preferências dos outros.
Afirmam que adaptam a própria sensibilidade às necessidades dos outros para deste modo
asseguram o consenso. Se não obtém a aprovação almejada, a adaptação pode se tornar um
comportamento forçado que os leva a anular totalmente os próprios desejos na busca
desesperada do amor através da adulação.
Tendo crescido com a idéia de que a sobrevivência depende da aprovação dos outros, sentem as
relações como algo fundamental.
Referem que se descobrem alterando involuntariamente a si mesmos para resultarem desejáveis.

Sabem apresentar-se de modo a dar a impressão de agradáveis, mas é um comportamento que se
torna pesado até porque possíveis reações são transformadas com o propósito de dar ao outro
aquilo que se deseja.
Sentem-se formados por muitos EUS, intercambiáveis para aderir aos desejos das pessoas
importantes nas suas vidas. O resultado pode ser uma profunda sensação de confusão.
As primeiras fases de uma relação são dedicadas no exprimir os aspectos de si que lisonjeiam as
expectativas do companheiro. As fases terminais são dominadas pela sensação de sentir-se
manipulado pela vontade do companheiro (a), junto a um poderoso desejo por liberdade.
Vivem o conflito entre o plasmar a própria imagem para resultarem-se irresistíveis ao
companheiro (a) e, a necessidade de fazerem livremente aquilo que desejam.
Os eneatipo dois foram crianças amadas pela suas agradabilidade. Aprenderam rapidamente a
reconhecer em si as qualidades que agradavam aos adultos e a comprazer as suas expectativas.
Foram crianças amadas que aprenderam como atrair para si um constante afeto.
Uma outra tipologia é aquela de que se aperceberam das possibilidades manipulativas no
tornarem-se indispensáveis usando as próprias qualidades dedutivas para obter dos outros aquilo
do qual têm necessidade.
Afirmam que a sensação de EU deles se desenvolve em base às reações dos outros nos seus
confrontos.
O hábito de se adaptar os leva freqüentemente a sentir que estão enganando os amigos, como
comportamento de defesa contra os riscos de fazerem-se ver como são de verdade e, portanto
julgados, repetindo a sensação infantil de que o amor se obtém escondendo os lados inaceitáveis
do outro.
O problema é que sabem contentar melhor os outros que a si mesmos. Uma criança na qual a
segurança depende da disponibilidade em dar, se sente orgulhosa da própria indispensabilidade,
desenvolvendo ao mesmo tempo relutância em levar em consideração as necessidades pessoais.
As necessidades pessoais arriscam de fato a não obterem a aprovação das potenciais fontes de
afeto.
Buscam a satisfação dos desejos através de outras pessoas capazes de materializá-los.
A síndrome da mãe é uma das tantas estratégias inconscientes no dar para ter.
Uma outra estratégia consiste em apresentar os outros aspectos diferentes de si, como no caso da
santa e da prostituta, tanto das mulheres nos confrontos com os homens que vice-versa.
A nível psicológico se assiste freqüentemente a um verdadeiro terror pelas necessidades sexuais
já que este sentimento na origem era direcionado a um dos pais, ou então, era sentido por um
dos pais como incestuosamente direcionado para a criança. Na infância teve de reprimir aquelas
primeiras respostas sexuais pelo interesse da sua sobrevivência emocional, mas a nível mais
profundo se tratam de inter-relações pais filhos ainda não resolvidos.
Frequentemente se envolvem em triângulos amorosos por dois motivos. O primeiro deriva das
implicações sexuais no relacionamento com um dos pais, e que quando adulto se transforma na
necessidade de ser o preferido de maneira escondida e ao mesmo tempo aquele que compreende
verdadeiramente o outro.
Se o companheiro (a) for casado, não experimenta o desejo de romper o matrimônio, mas sim
aquele de ser amado e de se tornar uma figura especial. Os triângulos amorosos podem também
derivar do fato que sentem que os companheiros diversos fazem emergir aspectos diferentes de
si mesmo, dos quais não se sabe qual seja o autêntico.
Ter que escolher entre dois amantes pode se tornar muito difícil.
Reconduzir a atenção ao interior é frequentemente, para os do tipo dois, um forte fator de
ansiedade.
Se bem que assim seja mais fácil reconhecer as próprias necessidades, tirar do outro a atenção
interrompe um hábito do qual os eneatipo dois fazem depender a própria segurança emotiva.
Falam freqüentemente do medo que dentro deles não exista nenhum si, que na barriga exista
uma espécie de buraco negro do qual não existe ninguém.
Podem habituar-se totalmente à atenção das necessidades do outro a ponto tal de não saberem
exigir um preço em troca da ajuda oferecida. Tomam consciência da sua dependência pelos
outros quando se encontram obrigados a agir sozinhos. Agir sozinho pode desencadear uma
ansiedade terrível, sobretudo se si deve ir contra os desejos de uma pessoa a qual desejaria o
prazer.
O ponto de desarmonia do eneatipo DOIS é ir em direção ao eneatipo OITO. O eneatipo DOIS

desarmonizado se acha “insubstituível” e quer que os outros tenham culpa por isso.
No eneatipo DOIS ferve uma raiva desconhecida, pelo fato dos seus companheiros (e Deus)
serem tão ingratos.
Quando se sente humilhado e rejeitado por muito tempo, parte para o ataque e se assemelha ao
eneatipo OITO não ridimido (“Sou poderoso”).
Nessa situação, é regido por uma “escuridão” que apaga sua capacidade amorosa. Seu ódio e
sua amargura para com as pessoas que não correspondem de modo adequado podem ser
ilimitados.
Normalmente a manifestação se dá através de comportamento passivo-agressivo, mas às vezes
pode ser através de ações violentas. Exemplo: São João pedindo que desça fogo do céu....
O ponto de harmonia, de integração do eneatipo DOIS e se dirige ao QUATRO maduro, é

quando ele abandona a idéia de fazer justiça a todos e de salvar o mundo. Sua auto-imagem
(“sou o amor em pessoa”) pode ser relativizada.
Assim, a pessoa assume o lado escuro da própria personalidade em vez de culpar os outros por
isso.
Constata sua fragilidade e pecaminosidade, quebrando o orgulho e abrindo os olhos para ver que
também precisa de redenção e de viver da graça de Deus.
A experiência do amor de Deus leva à aceitação de si mesmo, dando-lhe capacidade de aceitar a
solidão, descobrir suas próprias necessidades e desenvolver seu lado criativo. O ser humano em
harmonia é capaz de ser agradecido e se alegrar pela vida que tem. Seu amor já não é pegajoso e
interesseiro, mas permite a autonomia do amado. Quando faz o bem, visa sobretudo à pessoa a
quem ajuda, e não tanto o reconhecimento.
Tipo Três – Manager

Compulsão: Sucesso – Faz de tudo para ter sucesso e projetar uma imagem positiva.
Esta tipologia é amante do sucesso social. Tende a querer ocupar posições prestigiosas e ama
escalar a hierarquia empresarial. É hiperativo e odeia permanecer parado: por este motivo
planifica antecipadamente a sua agenda.
O seu pior pesadelo é o medo do fracasso e fará de tudo para evitá-lo.
Prefere a eficiência e geralmente não ama refletir muito sobre as situações; de fato, o seu lema
é:
“Quem dorme não pega peixe”.
Ama circundar-se com objetos que representam a expressão de uma pessoa de sucesso (roupas
de marca, belos automóveis, etc.). Podem estender este mecanismo também sobre as pessoas:
amigos e/ou partner belos para poder apresentar aos outros.
Esta tipologia prefere os objetivos facilmente alcançáveis, uma vez que ama a ação e pouco a
reflexão.
São “árduos trabalhadores”, mas se não existe a possibilidade de uma carreira tendem a
procurar outro trabalho junto à outra empresa que possa dar-lhe possibilidades de sucesso.
As tipologias menos maduras tendem a ser os clássicos escaladores sociais, se sentem o cheiro
do fracasso, cogitam um sistema para descarregar as responsabilidades sobre o grupo ou sobre
um bode expiatório.
Tendem a engrandecer aquilo que fazem para assombrar os seus interlocutores. Na competição
pelo sucesso não têm escrúpulos em subir sobre os adversários.
. é eficiente
. é um árduo trabalhador
. sabe realizar com sucesso os objetivos de curto prazo (pensamento convergente)
. cuida da sua imagem tornando-se carismático nas atividades relacionais
. é o exemplo do pensamento positivo.
. é enganador
. fará qualquer coisa pelo seu sucesso
. é vingativo com quem lhe barra a estrada do sucesso
. não cuida da sua imagem interior

. a modo de evitar o fracasso, se puder, descarrega e sacrifica outras pessoas no seu lugar.
. aceitar o fracasso como uma possibilidade que pode acontecer

. tornar-se mais sábio quando estabelecer seus objetivos: evitar agir sem refletir nas
consequências a médio e longo prazo.
. além de cuidar da imagem externa deve tornar-se consciente da sua interioridade e submeter-se
a um exame de consciência.
Exercício quotidiano para o Manager
São aconselháveis exercícios de meditação e outras práticas orientais que o estimulem a ser
menos hiperativo e centrado no exterior; estas atividades geralmente não lhe agradam muito
uma vez que o seu ego o impulsiona a não entrar em contato com o seu verdadeiro Eu.
. meditação
. yoga
. longas visualizações guiadas
. grupos de trabalho introspectivo (ou cursos)
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo TRÊS:
Os eneatipo três foram crianças apreciadas pelos seus sucessos. Foram recompensados mais
pelo sucesso e pela imagem do que pelas interações emotivas ou pela profundidade dos
relacionamentos.
Tendo sido amados pelos seus sucessos aprenderam a anular as emoções pessoais e a concentrar
a atenção sobre a imagem externa que lhes garantia o amor. Fundamental era evitar os
insucessos porque somente os vencedores são dignos de amor.
São personalidades camaleônicas que se sobressaem em qualquer grupo e inconscientemente
podem crer de conseguir encarnar qualquer imagem que receba aprovação das pessoas que
estimam.
Parecem não conhecer o sofrimento e podem passar toda a vida sem reconhecer o fato de ter
perdido o contato com a vida interior.
O trabalho representa a área privilegiada e dado que o valor deles depende dos sucessos no
trabalho sabem dedicar-se a um dever com empenho total. Mas a vida centrada sobre o sucesso
exterior sacrifica forçadamente aquela vida interior que nasce da intimidade e das exigências
sobre a própria emotividade.
A maior parte não sabe que a preocupação pelo fazer impede a emersão de uma criatividade que
nasce somente dos longos períodos dedicados ao ser e ao sentir.
Um momento de tempo livre sem nada programado é terrificante para pessoas condicionadas a
crer que o valor pessoal depende daquilo que se faz ao invés daquilo que se é.
O tempo livre é evitado porque poderia trazer a tona os sentimentos pessoais interferindo com a
eficiência no trabalho.
Exprimem o amor através da ação e a família se torna um conjunto de quadros perfeitos. Os do
tipo três enganam a si mesmos e aos outros se aderindo a uma imagem que suscita respeito e
este comportamento é fonte de sofrimento. São impelidos pela necessidade neurótica de
sobressair-se, e que a atenção deles é absorvida a tal ponto pelo trabalho que se tornam o
protótipo da profissão deles a ponto de não conseguirem distinguir entre a figura profissional e a
personalidade.
Na infância receberam apreciação por aquilo que faziam e não por si mesmos.
Deste modo aprenderam que o caminho para a aprovação e para o amor passa através do
sucesso. Desenvolveram assim um comportamento de promoção publicitária de si mesmos
assumindo as características ideais de um personagem.
Pode produzir-se uma crise quando desperta à discrepância entre os reais sentimentos e a
projeção enganosa de uma fachada agradável. Pode sentir-se um impostor, sentir de estar
mentindo sem ser descoberto.
A descoberta que os reais sentimentos podem não corresponder com o papel apreciado pelos
outros pode suscitar raiva.
A fratura entre o real e o que faz, desenvolvida na infância, se torna particularmente evidente
nos relacionamentos íntimos. Podem projetar a imagem do companheiro perfeito e estarem
conscientes ao mesmo tempo de personificar um papel. Diante a uma exigência de
sensibilidade, podem se mostrar sensíveis sem sê-lo de verdade e o emergir das reais emoções
provoca uma sensação de inexperiência.
O ponto de desarmonia do eneatipo TRÊS é o de ir em direção ao eneatipo NOVE, o eneatipo

TRÊS desintegrado e em desarmonia se perde nos múltiplos papeis que representa e não
consegue perceber seus sentimentos.
Entra no sorvedouro do desespero, perde o interesse de si mesmo e já não consegue manter sua
“imagem”. Isso acontece, sobretudo quando falta o reconhecimento. Não há motivação nem
força para tentar procurar o “verdadeiro eu”. Sua vida parece vazia e sem sentido. Dirige toda a
raiva e animosidade contra si mesmo. Em situação extrema, corre perigo de suicídio. Fica em
letargia. Sem engajamento e subordinação, corre o perigo de se tornar vitima da própria
ambição.
O ponto de harmonia e integração do eneatipo TRÊS é ir em direção do eneatipo SEIS. O
eneatipo TRÊS em harmonia conseguiu resolver a questão da fidelidade, dependência e
confiança. Sua fidelidade leva-o a ter uma amizade incondicional. Os papéis e máscaras foram
postos a nu e perderam sua eficácia.
A união é a única possibilidade de superar a fixação em papéis e crescer internamente. Ai o
eneatipo TRÊS mostra seu lado interno, subdesenvolvido e necessitado. O ser humano em
harmonia coloca seus dons a serviço de uma causa que é maior do que ela, em vez de usá-los
unicamente para fins pessoais e egoístas.
Desenvolve sua consciência, reconhecendo valores que estão acima dele. Reconhece seus
próprios limites e os limites daquilo que pode esperar dos outros, de si mesmo e da vida.
Tipo Quatro – Romântico
Compulsão: Autenticidade – Tende à autenticidade para não sentir-se inadequado e perder as
pessoas amadas.
Tipologia intuitiva desenvolve uma forte empatia por causa de sofrimentos vividos.
Extremamente introspectivo, não tem medo de olhar dentro de si e nos outros. É capaz de
perceber o estado d’animo alheio devido a uma leve mudança do tom da voz, na postura, etc.
Sente a vida e as pessoas mais verdadeiras quando existe intensidade emocional, elemento que
busca inconscientemente.
Tende a refletir muito sobre suas emoções e a agir pouco. Não está centrado no aqui agora, mas
sim voltado a um futuro ideal: espera a chegada de uma pessoa qualquer que catalisará as suas
potencialidades (mestre, partner, etc.).
De fato, tende a idealizar também a pessoa amada, não enxergando inicialmente os aspectos
reais. Na vida a dois está a procura de uma pessoa que seja a prova “de abandono” e traição.
. é intuitivo e criativo
. compreende o sofrimento alheio (empatia)
. é profundo
. transforma aquilo que entra na sua realidade tornando original e único.
. é sonhador
. age pouco para realizar os seus ideais
. vive num futuro idealizado sem agir no presente
. fechar-se no seu sofrimento
. recorre à criatividade (criações artísticas, poesias, etc.). Como meio de comunicação, ao invés
de fazê-lo diretamente.
. tornar-se mais concreto e menos sonhador

. deveria viver mais no aqui e agora, ao invés de permanecer parado esperando um futuro ideal
que poderá não chegar jamais
. para alcançara os seus objetivos deveria agir mais e pensar menos
. deveria renunciar à visão de um amor ideal (espera do príncipe encantado ou da mulher ideal).
Exercício quotidiano para o Romântico
Quando estabelecer-se um objetivo deveria deixar de pensar e começar a agir para o seu
alcance.
Deveria aprender a separar-se do juízo alheio e desenvolver a Vontade, isto é, a capacidade de

concretizar as suas ideias, anulando o medo de sentir-se não adequado e condenado. Deve
deixar de pensar de ser acusado de superficialidade ou de pouca profundidade.
Deve estabelecer um objetivo diário e fazer de tudo para alcançá-lo.
. frequentar pessoas dinâmicas e atentas a imagem
- cuidar da própria imagem externa.
. atividades lúdicas (Sport, simulação, jogos com características “físicas”) baseadas na ação
imediata.
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo QUATRO:
O romântico trágico
Viveram quando crianças uma experiência de abandono e como conseqüência sofre de uma
sensação de perda e de ausência. A situação interior deles é personificada no protótipo do
romântico que, mesmo dispondo de reconhecimentos e sucessos materiais, permanece
inabalavelmente ligado ao amor perdido, ao amor impossível, ao amor perenemente esperado e
a ideia de felicidade que somente o amor poderá trazer.
Falam da tristeza da depressão; alguns a aceitam com fatalismo enquanto outros a combatem
tornando-se imperiosos. Falam também de um humor chamado melancolia, um estado de ânimo
muito atraente que pareceria um refúgio emotivo à perda e à dor.
Sentem-se vivos nas rajadas das névoas emotivas: nada é permanente porque o estado de ânimo
de hoje pode ser diferente do de amanhã.
O sentimento central é aquele da perda com a conseqüente diminuição da auto-estima.
Na história pessoal figura freqüentemente um abandono real ou perdas precoces, mas de
qualquer modo, na idade adulta os sentimentos de abandono são dolorosamente procurados na
direção da atração pelo inalcançável e através dos hábitos, geralmente reconhecidos, de rejeitar
aquilo que é fácil de obter.
Concentram inconscientemente a atenção sobre os melhores lados do objeto perdido pelo qual,
o confronto, o real objeto a disposição se torna muito menos atraente.
Um dos lados mais doces da melancolia é a união da tristeza pelo amor perdido com a
prefiguração romântica do companheiro ideal que chegará no futuro. Tem a sensação de que o
presente seja somente uma prova para a realidade que virá.
Quando se inicia a perfilar uma situação real, se bem que preparada em anos de fantasias e de
esforços, a atenção se encaminhará na direção dos seus lados falhos. A atenção vai
repetidamente à direção da coisa bela e perdida, e em comparação aquilo que é disponível
parece insuficiente e desprovido de valor.
A imagem de um futuro radiante que o amor prometia é ameaçada pelos aspectos incômodos do
relacionamento real. Ter que se adaptar à falta de sensibilidade do companheiro (a) desencadeia
a raiva e a feroz necessidade de manter-se livre para o futuro despertar o amor ideal.
Se a relação parece requerer a renuncia ao nível dos ideais, buscará afastar-se do companheiro
(a) ou irá obrigar a deixá-lo antes que a imagem de um relacionamento, precioso e autêntico,
venha manchada pelos aspectos realísticos negativos. A culpa é claramente do companheiro.
Quando depois estiver a uma distância de segurança do relacionamento, iniciará a lamentá-lo.
Os seus relacionamentos são do modelo puxa e solta: soltar aquilo que é disponível e puxar
aquilo que inatingível.
Se bem que tenha uma forte necessidade de intimidade, a intimidade real faz desencadear o
medo de sentir-se inadequado e, portanto, potencialmente abandonado de novo.
Renunciar ao sofrimento de uma vida intensamente emotiva significa sacrificar a sensação de
ser especial, estimulado pelo drama. Para ele a perspectiva da felicidade é sentida como uma
ameaça à intensidade do seu mundo emotivo ou, pior ainda, como o risco de cair em uma visão
estéril de uma vida qualquer.
O tema dominante é uma perda durante a infância. Às vezes se trata de um abandono real e o
caso mais comum é o divórcio ou então o nascimento em uma família infeliz na qual a criança
era solicitada a identificar-se com o descontentamento dos adultos. Ou então, porque um dos
pais era hora presente, hora ausente, ou então hora amorável, hora severo. A criança dependia
da promessa do amor e provava a raiva quando esta lhe era subtraída.
É freqüentemente presente uma sensação de raiva por ter sido submetido a privações, de ira nos
confrontos com os pais por causa da dor, enquanto outros tiveram muito mais. No geral não
existe a real possibilidade de descarregar a raiva contra uma figura que se afastou e agora dirige
a própria raiva contra si mesmo, em forma de auto-acusação por ter sido inadequado a receber o
amor.
A sensação de perda o diferencia das massas, o deixa trágico, diferente, especial porque a sente
muito mais intensamente que os outros.
Habitualmente tendem a engrandecer as emoções e os hábitos a engrandecer inconscientemente
as sensações, fazendo-os perderem os sentimentos reais em favor da intensidade deles.
O sentimento de ter sido vitima trabalha na direção de uma escassa auto-estima. A criança
abandonada sente que não o teriam abandonado se tivesse sido menos inadequado, e mais um
vencedor.
A busca de um sentido profundo freqüentemente o desvia, levando-o a crer que uma relação
despreocupada seja uma relação superficial, portanto indigna de consideração.
O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo QUATRO é ir em direção ao eneatipo

DOIS, o eneatipo QUATRO em desarmonia é melancólico, atrapalhado, alheado e duvida de si
mesmo.
Quando se sente derrotado, procura recobrar o contato com a realidade apresentando-se como
indispensável aos outros (“eu ajudo”). Como caricatura do eneatipo DOIS, procura alcançar sua
identidade através do amor e dedicação aos outros. Sempre que fica desolado, aumenta sua
dificuldade com os relacionamentos próximos.
Desintegrado e desarmonioso, é totalmente incapaz de se voltar realmente para outra pessoa, e
quer apenas receber compaixão e apoio. Ao mesmo tempo começa a odiar essa pessoa da qual
depende, o que acaba destruindo a relação.
O ponto de harmonia e integração do eneatipo QUATRO é ir em direção ao eneatipo UM, o

eneatipo QUATRO integrado e em harmonia assume o mundo dos valores, da confiança e da
consciência do eneatipo UM, o que é um equilíbrio salutar para o caos sentimental, a
autodesconfiança e o subjetivismo do QUATRO.
A idealização do eneatipo UM (“tenho razão”) ajuda o eneatipo QUATRO a conseguir uma
sadia auto-aceitação.
Os valores passam a ser mais importantes do que os sentimentos, o trabalho mais do que a
genialidade, a razão mais do que a inspiração. A sabedoria do eneatipo UM ajuda-o a tomar
distancia de si mesmo e a adquirir a capacidade de examinar criticamente suas próprias
fantasias.
Ele precisa do trabalho e do perfeccionismo do UM para transformar suas intuições geniais em
realidade. Integração, para o eneatipo QUATRO, significa aceitar a critica objetiva sem se
deixar diminuir como pessoa.
O relacionamento que o eneatipo UM tem com a natureza ajuda o eneatipo QUATRO a entrar
em contato com sua própria naturalidade e originalidade.
Para o crescimento de Thomas Merton, foi preciso submeter-se à disciplina de um mosteiro
severo.
Tipo Cinco – Eremita

Compulsão: Saber – Centra a sua vida no receber e aumentar o seu conhecimento.
Baseia a sua vida no saber e no conhecimento, elementos que o estimulam intensamente.
Observador, prefere a reflexão à ação. Amante da privacidade, odeia pessoas invasoras, muito
emocionais, que o procuram sem terem sido convidadas.
Naturalmente, comporta-se diferentemente com poucas pessoas, que deixa entrar no seu espaço
sagrado. Cria relações entre diferentes disciplinas e é estimulado por sistemas complexos (por
exemplo, o Eneagrama).
O seu sonho é a onisciência (irrealizável) e a sua preparação intelectual é desconcertante: tende,
a saber, um pouco de tudo, dado que lê muitíssimo. Vivem num mundo mental onde planeja
encontros, eventos e vivencia as experiências que o estressaram para compreender o que não
funcionou.
Vê a sua casa como um castelo a onde refugiar-se é carregar as baterias dos “extenuantes
encontros” com as pessoas.
. é objetivo
. é um forte detentor do saber
. cria conexões entre as diferentes disciplinas
. é revolucionário nas suas pesquisas.
. pode ser arrogante do ponto de vista intelectual

. é demasiadamente centrado no seu mundo mental
. é avarento no concessão do seu saber
. pode isolar-se demasiadamente.
. tornar-se mais ativo: passar da observação à ação

. ama viver num mundo mental, deve começar a associar-se com o mundo exterior
. retém o seu saber, deve passar do “receber” ao “dar” conhecimento.
Exercício quotidiano para o Eremita
Durante o dia deve agir mais para expressar o seu potencial. De responsável por trás do palco,
deveria aprender a ser o protagonista no mundo real.
Por um dia, do receber deveria passar ao dar, da reflexão à ação coordenada e construtiva.
. frequentar pessoas ativas que agem e que sejam pouco observadoras

. formar pequenos grupos dos quais deverá fornecer o próprio saber.
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo CINCO:
O observador
O Eu do observador é como um castelo, uma alta e impenetrável estrutura com minúsculas

janelas em cima.
O proprietário deixa raramente os seus muros e espia secretamente do interior sem ser
observado.
São pessoas muito reservadas, amam viver em locais escondidos, longe das tensões
emocionais.
Quando crianças se sentiam invadidas: os muros do castelo foram violados e foram privados da
sua intimidade.
Desenvolveram a estratégia defensiva do retiro reduzindo ao mínimo os contatos e
simplificando ao máximo as necessidades. No esforço contínuo de proteger o próprio espaço
privado.
O mundo exterior é sentido como invasor e perigoso. Preferem não se deixarem envolver. As
relações econômicas são perigosas, as obrigações são coercivas, a ira e a competitividade são
controladas e os apegos emocionais são desgastantes.
Mantém-se afastados das relações das quais arriscam-se de virem a ser julgados. Pensam que os
desejos e uma intensa emotividade assinalem uma falta de controle e que assim os sentimentos
que se tornem dolorosos, devem ser abandonados.
São seguramente pessoas independentes, sabem viver bem sozinhos, possuem necessidades
modestas.
Extraem satisfação das suas vidas fantásticas. A independência deles se baseia na capacidade de
desviar a atenção da vida emotiva e instintiva, com o desagradável efeito colateral de ter que
viver, sobretudo, a nível mental.
Quando nasce um desejo de contato, percebe-se da dificuldade de andar na direção dos outros e
de quanto frequentemente permanece a observar a vida passar. Frequentemente são
desconfiados porque os desejos poderiam torná-los dependente dos outros.
Afirmam de estarem em contato com os seus sentimentos quando estão sós. É difícil deixar
emergir o seu verdadeiro eu na presença de outras pessoas, e a solidão é o trampolim de
lançamento para uma vida de fantasias privadas.
As dinâmicas familiares que geralmente impelem a criança a retirar-se são duas. A primeira é
uma sensação de abandono que vem fantasticamente aceito, mas assumindo a separação dos
sentimentos como estratégia de sobrevivência. A segunda é uma família assim fisicamente
invasora que a criança escolhe o fechamento emotivo como uma estratégia de fuga. A criança
que prova desejos de fuga elabora várias estratégias para manter-se à distância. Uma é fechar-se
no próprio quarto, outra é erguer um muro entre si e a própria emotividade.
Desenvolve assim a capacidade de estar na presença de uma pessoa que deseja entrar a força na
sua vida sem manifestar reações à invasão.
A autonomia dos influxos coercitivos é mais bem controlada na ausência de contatos emotivos
fortes.
A sua estratégia para manter a situação sob controle é não reagir, ao invés de intervir sobre o
problema ou sobre outra pessoa.
Os outros são observados como se entre si e o próximo existisse um amplo espaço vazio como
se estivesse no lado de cá de um espelho unidirecional.
A tática defensiva do não envolvimento no emaranhado emotivo se aplica tanto às emoções
negativas que àquelas positivas. Desejar alguma coisa que equivalha ao escancarar as portas
para a possibilidade da perda e desejá-la intensamente significa entregar-se ao apego ou a
dependência.
A estratégia da distância é mantida separando a atenção de modo que os fatos potencialmente
carregados de emotividade sejam divididos em compartimentos. De fato os eneatipo cinco
dividem muito precisamente os setores das suas vidas. Cada setor é ocupado por determinadas
pessoas que não serão nunca apresentadas ao acaso. Considera esta separação em
compartimentos da vida uma garantia de privacidade e não como medo de ser conhecido na sua
totalidade.
Sentem-se vivos quando estão sozinhos. Frequentemente devem afastar-se dos outros para
recarregar as baterias e deixar emergir os sentimentos que suspenderam enquanto estavam
acompanhados.
Amam a solidão porque são fundamentalmente independentes. Não buscam a aprovação dos
outros.
Possuem a capacidade de engarrafar a complexidade dos comportamentos humanos em um
modelo abstrato global; podem considerar um terremoto emotivo por uma perspectiva
totalmente abstrata e conhecendo os mecanismos emotivos, podem falar tranquilamente de
sentimentos sem sentirem-se envolvidos pessoalmente.
O tema central nos relacionamentos do casal é o medo dos sentimentos. A intimidade é uma
ruptura ao comportamento defensivo de deslocamento da atenção das fortes emoções. Se
apaixonado estará dividido entre uma forte emotividade e o hábito de desviar a atenção dos
sentimentos.
Facilmente cansados por um contato profundo e contínuo se retiram para compreender a própria
posição e esta repentina retirada pode ferir o companheiro se este não possuir também a sua
mesma capacidade de afastamento.
O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo CINCO é ir em direção ao eneatipo SETE,

o eneatipo CINCO em desarmonia e desintegrado assume traços niilistas, esquizóides e autistas.
Ameaça perder o contato com a realidade e viver em jogos ilusórios de pensamentos.
Torna-se egoísta, procura diversões e se recolhe para dentro de um dos seus muitos segmentos
do pensar que diz: “Estou muito bem”. Em vez de se tornar objetivamente ativo, perde-se num
ativismo sem objetivo ou cultiva caprichos tolos. Procura, às vezes, o consolo nos prazeres
sensuais. Com isso, comete traição contra a sua verdadeira força: profundidade de reflexão,
contemplação e lúcida sabedoria. Além disso, permanece no âmbito da cabeça, em vez de

perceber as próprias emoções e ousar o passo do pensar para fazer.
O ponto de harmonia e integração é o de ir em direção ao eneatipo OITO, o eneatipo CINCO

integrado e harmonioso está disposto a converter o seu conhecimento, por mais imperfeito e
provisório que pareça, em prática. Isso é manifestação de autentica ousadia. Acredita que nem
sempre precisa tomar, mas que tem algo original e irrenunciável a dar, que pode enriquecer ou
mudar o mundo.
O desafio de agir consiste em trocar conhecimentos provisórios e confiar em que, a partir da
experiência, novos conhecimentos, que não nascem da mesa do escritório, podem ser
adquiridos.
O passo para a ação significa entrar em contato corporal com a realidade e que a cabeça e
barriga se encontram.
Tipo Seis – Cético

Compulsão: Segurança – Tem medo de errar e que as pessoas queiram enganá-lo.
Extremamente desconfiado, concede a sua confiança somente depois de diversos exames aos
quais submete as pessoas. Pessimista, pensa que de um momento ao outro possa lhe ocorrer algo
de terrível.
Ansioso, sempre a procura de problemas, tem dificuldades em tomar importantes decisões
(casar-se, mudar de trabalho, casa, etc.). Por isto tende a buscar uma autoridade (que pode ser
tanto uma pessoa como uma entidade ou uma empresa) na qual possa confiar cegamente. Em
troca, torna-se leal e empenhado.
Pessimista por natureza vê sempre os aspectos negativos de qualquer situação: quando trava
conhecimento da mesma, pensa a eventuais danos e nos casos mais “graves” são extremamente
paranóicos.
Amam o grupo enquanto instrumento para mimetizar-se e ser atingindo individualmente com
mais dificuldade.
Amam as regras, enquanto permitirem proteger-se dos “danos”. Por este motivo são
desconfiados com relação as novidades.
. é arguto
. é leal
. é empenhado junto as pessoas caras a ele
. é analítico
. é paranóico
. é desconfiado
. é pessimista
. procura pessoas que reputa autoridades que possam decidir no seu lugar
. encontra sempre problemas para resolver sem conceder-se momentos de prazer.
. deveria boicotar o filtro do “enganação” e ser menos desconfiado em relação ao exterior

. deveria interromper o mecanismo da procrastinação: agir hoje sem adiar para o futuro
. dado que vive cheio de obrigações, deveria iniciar a presentear-se momentos de prazer
. deveria começar a tornar-se responsável pelas próprias escolhas sem buscar uma outra pessoa
que decida por ele.
Exercício quotidiano para o Cético
Ao menos uma vez por dia deveria relacionar-se com os outros sem pensar a eventuais “danos”
e aproveitar o dia sem procrastinar o prazer.
Além do mais, deveria desenvolver a Compaixão.
. freqüentar pessoas confiantes no próximo

. freqüentar grupos de trabalho ou cursos que ensinem a confiar, entregar-se
. freqüentar grupos de trabalho ou cursos sobre o perdão
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo SEIS:
O cético
Perderam na infância a confiança na autoridade. Recordam com medo o poder exercitado sobre
eles e a incapacidade de agir no próprio interesse. Estas recordações alimentam na vida adulta
um comportamento duvidoso no confronto das motivações dos outros e então tentam aliviar a
própria insegurança ou buscando uma forte figura protetora ou opondo-se à autoridade no papel
de um cético.
Tendo medo de agir no próprio interesse, não conseguem colocar em prática os projetos. O
pensamento se substitui a ação, porque a atenção passa do impulso de colocar em ato uma idéia
para a crítica daquela mesma idéia, assumindo um ponto de vista contrário. Esta duvida
generalizada provém da necessidade de manter afastada a interferência autoritária durante a
infância.
A dúvida conduz ao adiamento que visa evitar o medo da punição sofrida pela oposição infantil
pela autoridade.
Possuem o hábito de hesitar, não porque não saibam afrontar os seus deveres, mas porque
colocam continuamente em discussão as próprias capacidades.
Uma demonstração de afeto faz levantar ainda mais a guarda porque a confiança infantil dele o
expôs a feridas nos momentos nos quais abaixavam a guarda.
Se si sentem ameaçados, o hábito de examinar a tudo se intensifica. Quanto mais perigos
sentem, mais se tornam duvidosos enganando-se freqüentemente sobre a real gravidade da
ameaça.
Podem ter duas diferentes estruturas paranóicas. O fóbico que se apresenta de modo
amedrontado e duvidoso nos confrontos da vida, hesita, substitui a ação pela análise cheia de
contradições e de dúvidas sobre si mesmo.
O contrafóbico pode recorrer à estratégia de manter os outros incomodados e se si mostram
aborrecidos então saberá que preparam intenções malignas.
Contam de terem sido criados por autoridades que não se demonstraram dignas de confiança. A
perda da confiança gerou punições ou humilhações infligidas pelos pais, sobretudo no caso de
pais com comportamento mutável e imprevisível. Suportaram explosões de ira inesperadas dos
adultos, sem terem sido informados sobre a culpa cometida. Lembra-se de pais mentalmente
perturbados que os puniam sem motivos aparentes, por isto o desenvolvimento de um contínuo
e atento exame dos adultos.
Assustados pela possibilidade de serem feridos ou de se sentirem culpados, foram obrigados na
infância a descobrir as intenções dos adultos antes de fazer qualquer coisa.
A figura comum é aquela de uma criança desprovida de proteção, desprovida de um lugar aonde
se sentir segura. A ânsia que marca a vida adulta se deriva diretamente da sensação de estar ao
lado da parte perdedora, sem a proteção de uma figura forte.
Sentido-se impotentes durante a infância, como adultos possuem dificuldade para agir.
Possuem o dom e ao mesmo tempo a desgraça de uma forte imaginação que lhes dá a
possibilidade de prever o comportamento dos adultos e de imaginar os desenvolvimentos
futuros para manter afastadas as ameaças.
O ponto fraco da atenção é que já possuem uma opinião antes de receber as provas e os indícios.
Possuem a característica de retardar a ação porque os riscos superam abundantemente as
probabilidades de sucesso.
Que possa andar torto é um dado de fato, enquanto as probabilidades de sucesso iscam o medo
de expor-se aos outros.
O adiar é alimentado por um forte hábito inconsciente de duvidar de si. A atenção se desloca da
uma ideia e do impulso a colocá-la em ato a um re-pensamento igualmente potente que coloca
em dúvida a exatidão da ideia.
São muito hábeis no interpor obstáculos aos seus sucessos.
Nas relações do casal a confiança se constrói lentamente por causa da vulnerabilidade da

dúvida.
Um problema de nada pode colocar em discussão a inteira relação. Examinará e re-examinará
muitas vezes as premissas de base e o “confio de verdade?”. É a questão sempre em aberto.
É necessário uma grande coragem para trabalhar na direção dos propósitos agradáveis porque o
início da confiança coincide com uma recrudescência do medo e da dúvida. Se si sente amado
se torna facilmente duvidoso da seriedade do empenho do companheiro temendo que se trate de
um empenho não tomado conscientemente e de não conhecer os motivos que o levaram a tomá-
lo.
Falam da sensibilidade às intenções não expressas pelos outros, afirmam de sentirem-se
ameaçados por sentimento inconscientes dos outros e de estarem seguros da verdade do seu
juízo.
O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo SEIS é o de ir em direção ao eneatipo

TRÊS, o eneatipo SEIS desarmonioso é autoritário e doentiamente desconfiado. Pelo fato de
não possuir qualquer sentimento de valor próprio, entrega-se à dependência de alguma “força
maior”. O eneatipo SEIS não atinge a competência e a eficiência no eneatipo TRÊS, mas
sucumbe à hostilidade escondida do eneatipo TRÊS: de masoquista passa sádico, que dirige seu
ódio acumulado contra os outros e quer compensar seu sentimento de inferioridade por um
complexo de superioridade; de vitima do medo, passa a causador do medo.
Não presta atenção aos seus sinais internos de alerta; é capaz de mentir, trair e ser infiel, para
salvar a própria pele, e ao final sair perdendo.
O ponto de harmonia e integração é ir em direção ao eneatipo NOVE, o eneatipo SEIS,
integrado e harmonizado assume a calma e a serenidade do eneatipo NOVE, que são os
melhores remédios para o seu medo. Alcança segurança e é capaz também de confiar nos
outros.
Assumindo o lado redimido do eneatipo NOVE, torna-se receptivo, pacifico, conseqüente, puro,
amável e forte.
Tipo Sete – Artista

Compulsão: Liberdade – Tende a nunca dar-se uma folga, buscando sempre ser livre para não
parar jamais e assim não entrar em contato com os seus sofrimentos interiores.
Tipologia orientada para a irresponsabilidade, amante de tudo aquilo que está relacionado ao
prazer e a alegria, concentra a sua atenção sobre o lado mais luminoso da vida: existe somente o
belo e não o feio, somente a alegria e não a tristeza. Evita o sofrimento e tudo aquilo que pode
limitar a sua liberdade.
De fato, o Artista é extremamente hiper-ativo, sempre na busca de experiências novas.
Ama experimentar novas situações sem se deter muito: tende a não aprofundar-se e busca novos
eventos que possam sempre assegurar-lhe movimento. “Liberdade” é uma palavra mágica para
esta tipologia e para conservá-la faria qualquer coisa:
“Se não és livre para escolher, és uma pessoa acabada”.
Muitos poderiam objetar: “Para quem não é importante a liberdade?”.
A diferença está no fato que o Artista não aceita a mínima limitação e o mínimo compromisso
(senão eventualmente tendo em vista uma liberdade futura).
. é alegre
. é criativo e artístico
. enaltece o nível energético do local em que se encontra
. cada dia é cheio de potencial positivo
. é disperso na hiperatividade
. não finaliza aquilo que inicia, porque dedica-se a novidades mais estimulantes.
. foge de situações de sofrimento
. não contata a sua esfera interior
. não tem uma percepção dual da vida (alegria/sofrimento – amor/ódio, etc.).
. deve travar conhecimento dos sofrimentos interiores que prefere ignorar.

. deveria iniciar ser menos hiperativo e mais reflexivo
. deve compreender que a vida é dual: sofrimento e alegria, beleza e feiúra, amor e ódio, etc.
. deveria tornar-se mais empenhado na atividade que empreende, ao invés de deixar pela metade
quando for estimulado pelos outros.
Exercício quotidiano para o Artista
Como para o eneatipo TRÊS, também o eneatipo SETE deve realizar exercícios de meditação e
outras atividades que o induzam a contatar o seu Eu mais profundo.
. meditação
. yoga
. longas visualizações guiadas
. grupos de trabalho introspectivos (ou cursos).
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo SETE:
O epicurista
A estratégia de reação deles ao medo infantil é representada pelo fato que exteriormente não
manifestam apreensão, fascinam e desarmam com a sua agradabilidade.
Foram crianças que fragmentaram o medo refugiando-se nas possibilidades ilimitadas da
imaginação.
Não exprimem a própria apreensão, não manifestam o medo e se apresentam como pessoas
alegres e evidentes, fortemente dependentes dos projetos e do jogo. A paranóia não se manifesta
desde que a mente esteja canalizada em imaginações de sucessos futuros.
A figura arquétipo é Peter Pan, a eterna criança. É também Narciso, o adolescente que se
apaixona pela própria imagem.
Todos temos necessidade de um pouco de são narcisismo, todos devemos reconhecer o nosso
valor pessoal e dignidade. Os problemas nascem quando nos tornamos tão convencidos da
excepcionalidade do nosso valor a ponto de não escutar os conselhos da realidade objetiva.
Os epicuristas querem saborear o melhor da vida, exigem viver em alto estilo: aventuras e
grandes expectativas.
Estão ligados a crença de que a vida é ilimitada, existem sempre coisas interessantes para se
fazer.
O empenho é sempre acompanhado pela possibilidade de reserva. As decisões são tomadas
sobre aquilo no qual sentem ser justo naquele momento. Manter aberta todas as possibilidades é
uma estratégia defensiva para poder gozar os prazeres da vida eliminando o tédio e a dor.
A característica deles é a de conservar as recordações agradáveis da infância. Mesmo tendo
vivido situações objetivamente dolorosas, não existem resíduos de ódio ou de culpabilidade. O
deslocamento da atenção vai para a direção das recordações positivas.
Para eles cada dia é um dia cheio de possibilidades. Existe uma lista mental de coisas
interessantes para fazer. São os menos tendentes à depressão porque misturam o trabalho com o
jogo da imaginação. Possuem a convicção otimista de que a vida oferece possibilidades

ilimitadas desde que sejam mantidas todas em aberto.
O inserimento das possibilidades o impede de deixar-se engaiolar em uma única coisa. Na
mente dos epicuristas estão presentes ao mesmo tempo muitos interesses e propósitos diferentes
que, estando todos engastados, conseguem se conciliar e parecem fazer parte de um único filão.
O seu medo é de ir demasiadamente a fundo em uma única coisa, medo mascarado pela atração
por múltiplos interesses.
A atração pelo prazer é visto em termos positivos, mas na realidade esconde o medo da dor. A
sua dificuldade está no restringimento do campo de ação porque faz emergir as capacidades
reais. Submetida a um exame aproximado, qualquer presunção de excepcionabilidade se
dissolve.
A sua dor é aquela de conhecer-se muito menos do quanto crê.
Prefere o igualitarismo a autoridade. Na realidade já que a verdadeira preocupação deles é o
medo, o interpor-se sem nenhuma rigidez é uma estratégia para desarmar o poder da autoridade.
Entram em uma relação de casal apreciando os recíprocos aspectos positivos, mas com uma
nítida consciência das limitações impostas pelo casal. Empenhar-se em uma única relação, por
mais que estimulante, traz uma sensação de saciedade e de tédio, e além do mais se constitui um
impedimento a outras possíveis histórias de amor.

O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo SETE é o de ir em direção ao eneatipo UM,
o eneatipo SETE desarmonisado e desintegrado deixa de funcionar seu mecanismo de repressão,
por isso cresce o medo de entrar em contato com a dor e com a escuridão. A simples idéia de
aconselhamento espiritual ou terapia mobiliza pressentimentos terríveis. Tudo isso fortalece o
ativismo febril do eneatipo SETE e/ou seu pendor para prazeres excessivos. O aproximar-se do
eneatipo UM pode ser uma tentativa de recuperar o controle sobre o mundo de seus
sentimentos.
Pode assumir um sistema ideológico “impermeável” que defende com unhas e dentes.
Pode maldizer tudo o que, de acordo com sua necessidade, impede o caminho para uma
cosmo visão “positivo”. Mistura-se alegria e intolerância. Sempre sorrindo e em nome do bem,
essas pessoas são capazes, em casos extremos, de prejudicar profundamente os outros, e, no
final das contas, a si mesmas.
O ponto de harmonia e integração do eneatipo SETE é ir em direção do eneatipo CINCO, o
eneatipo SETE integrado e harmonioso “viaja para o seu interior”, renunciando às falsas
consolações do mundo externo.
(Francisco de Assis, retirava-se para a solidão e rezava sem cessar: “Senhor, quem sois vós e
quem sou eu?”). Indo em direção ao eneatipo CINCO, pára de reprimir o sofrimento e confia em
que sua alegria e gratidão pela vida são fortes o suficiente para suportar um confronto profundo
com a vida toda. Torna-se mais recolhido e sóbrio. Já não explora o mundo, mas aprende a ter
responsabilidade pela sua conservação.
Tipo Oito – Chefe

Compulsão: Controle – Tende a controlar os outros e a não querer ser controlado
Amante do leadership e do controle, tende a assumir o comando do grupo no qual se vive (seja
de um team empresarial ou de um grupo de amigos). Se não desempenha um papel oficialmente,
tende a exercitar o controle de fato. Possui uma concepção subjetiva da justiça: por exemplo,
defende os seus amigos de ataques externos, mesmo se tiverem errado. No geral, se vê como um
elemento que deve trazer justiça ao grupo.
Estima os indivíduos que se confrontam com ele de maneira franca e sincera, enquanto odeia
aqueles que fogem ou que buscam vencer graças a manipulações e enganos. Por um lado
protege quem está sob o seu controle, mas em troca exige lealdade. A agressividade é usada
somente nos casos extremos e para sondar a força de um potencial adversário.
No exterior, assume uma postura segura e corajosa para não mostrar pontos frágeis. Desarma-se
da couraça somente com pouquíssimas pessoas: atacá-lo neste momento é perigoso uma vez que
o Chefe é extremamente vingativo.
. é protetor
. exprime força
. empenha-se pelas pessoas que defende
. infunde segurança
. é um bom leader.
. é possessivo
. é vingativo
. é desconfiado
. é agressivo
. deveria começar a renunciar um pouco o controle sobre os outros e sobre si mesmo: controlar
os outros os deixa escravos do próprio controle.
Exercício quotidiano para o Chefe
Por um instante, durante o dia, deveria viver sem pensar no controle sobre os outros, livre de
qualquer mecanismo de poder (tanto no bem quanto no mal).
. freqüentar pessoas irresponsáveis e amantes da liberdade.

. acompanhar grupos de estudo ou cursos para liberar-se dos condicionamentos e do controle
. trabalhar dentro de si para renunciar o sentido de vingança e possessão dos outros.
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo OITO:
O chefe
Falam de uma infância difícil na qual somente o forte era respeitado. Para não se encontrarem
numa posição de desvantagem, aprenderam a se proteger desenvolvendo uma forte sensibilidade
pelas intenções negativas dos outros. Tendem a se ver como protetores, como escudos, aos
amigos e aos fracos.
O amor deles passa mais através da proteção do que através das atitudes afetuosas.
O tema fundamental é o controle: quer exercitar o poder e manter sob controle os rivais.
Se desejar compreender as intenções do outro iniciará uma batalha. Trata-se de uma exigência
de intimidade porque creem que a vida venha à tona no conflito.
A sua couraça exterior protege o coração de uma criança exposta prematuramente a
circunstâncias adversas.
Muitos não mais descobriram dentro de si a ternura que esconderam no momento da perda da
inocência infantil. O doloroso resultado do hábito de observar o exterior na busca de alguém
para culpar, é porque quando finalmente a atenção se dirige ao interior, a descoberta de que
todos nós somos responsáveis pela nossa infelicidade pode ferí-lo com força terrível.
São enormemente desconfiados de tudo aquilo que é ambigüidade, falta de clareza ou
contradição.
São crianças que durante a infância sobreviveram desenvolvendo modalidades de defesa
coriáceas. Sentido o mundo dominado por figuras maiores e mais fortes que queriam controlá-
lo, começaram a lutar contra a injustiça usando qualquer forma de confronto capaz de fazer
recuar os inimigos. São crianças que aprenderam a rejeitar os próprios limites para parecerem
fortes.
A negação dos próprios limites pode trazer também a negação da dor física ou psíquica.
A alteração da consciência necessária para negar uma experiência dolorosa é um instrumento
indispensável para um bom lutador, mas pode transformar-se em uma fonte de sofrimento se o
lutador começar a sofrer pela opinião alheia ou quando se apaixona.
Possui um grande respeito pelo confronto leal.
A imagem idealizada de si mesmos como indivíduos fortes é projetada sobre pessoas que
defendem decididamente as próprias opiniões.
As suas defesas psicológicas giram entorno da idéia da própria força.

Um outro modo para bloquear as intuições desagradáveis é negá-las com tanta força que cessam
de ser verdadeiras, não as sepultando, mas deslocando a atenção sobre qualquer excesso.
A manifestação desprovida de inibição da raiva é um seu aspecto psicológico peculiar e
constitui um ponto de orgulho e sofrimento ao mesmo tempo. O orgulho está no fato que, se
existe alguma coisa para dizer, o dirá com a possível recriminação que as palavras ditadas pela
ira podem causar a ruptura de uma amizade.
A recompensa lhe é sempre dada pela força e, portanto é um bruto golpe descobrir que
prevalecer em uma discussão pode lhe trazer além do respeito, também a rejeição.
Possuem uma baixa tolerância para a frustração, não conseguem controlar a raiva, a não
manifestar uma atração sexual e a não encher duas vezes o prato. Os desejos insatisfeitos se
apresentam continuadamente tornando-os ansiosos e irritáveis e não conseguem passar para a
ação.
Na relação como casal, estão mais propensos à solidão do que a convivência como casal. À
medida que a amizade se transforma em relação, reencontra-se na insólita condição de ter de se
consultar com uma outra pessoa. A vulnerabilidade deles emerge muito lentamente e com
trepidez. Querem criar um terreno macio aonde possam abaixar a guarda entrando nos
mecanismos da relação.
Por reação a consciência de começar depender do amor de outro, apresentar-se-á como um
poderoso aliado e protetor. O desejo de assumir-se a responsabilidade pelo outro se transforma
facilmente no desejo de controlar a vida do companheiro, para se sentir menos vulnerável.
DESARMONIA & HARMONIA
O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo OITO é ir em direção ao eneatipo CINCO,

o eneatipo OITO desintegrado e em desarmonia é hostil e violento. Aproximando-se da
idealização do eneatipo CINCO (“sou sábio”), começa a pensar, duvidar e repensar. Os temores
crescem, sobretudo o medo de perder o poder. São poucos os que se retiram livremente para
lugares tranqüilos. Muitas vezes isso ocorre como conseqüência de doenças ou fraqueza
corporal. Nessa situação, experimenta, pela primeira vez, profunda impotência cuja a presença
nunca havia permitido até agora. Toma conta do eneatipo OITO o temor de que os outros se
aproveitem de sua fraqueza e se vinguem das humilhações que dele sofreram.
Surgem sentimentos de culpa. Seu senso de justiça faz com que ele tome consciência, de
repente, da sua própria injustiça, que exige punição e retribuição. Finalmente volta a sua
agressividade contra si mesmo.
O eneatipo OITO desintegrado e desarmonizado, sem poder, sem raio de ação, sem metas de
agressão e sem súditos, está em grande perigo de cometer suicídio.
O ponto de integração e harmonia do eneatipo OITO é ir de encontro ao eneatipo DOIS, o
eneatipo OITO integrado e harmonioso desativa o instinto do poder e incentiva o lado macio
que deseja ajudar, nutrir e proteger. Já não quer apenas dominar, mas também curar; abandona
seu isolamento voluntário, torna-se mais sociável, terno e vulnerável. Coloca seus dons de
liderança a serviço da justiça e do amor. É capaz de iniciar uma revolução do amor. Ser fraco,
vulnerável e meigo, é o maior feito heróico que o eneatipo OITO pode realizar.
Tipo Nove – Diplomático

Compulsão: Paz e Harmonia – Busca da paz e a participação para não enfrentar problemas.
Tipologia amante da paz e da harmonia, tende a aplacar eventuais desacordos, exprimindo
consenso mesmo quando não está de acordo com o seu interlocutor. Para o Diplomático, a Paz é
importante com o prejuízo do confronto. Tende a evitar tudo aquilo que representa um problema
e a não distinguir o útil do fútil. Verifica se este mecanismo até porque não ama afrontar os
problemas e prefere preencher o dia com compromissos inúteis. O resultado de tal postura pode
traduzir-se no irresponsável acúmulo de acontecimentos não resolvidos. De fato, a sua
abordagem em relação à vida resolve-se com frases como: “Os problemas se resolvem
sozinhos”, “Fecha-se uma cancela e se abre um portão”. Por este motivo é chamado de “Buddha
não iluminado”, enquanto parecer adotar um pensamento oriental, mas de maneira errada.
Tende a não ter a percepção das suas necessidades e a absorver aquelas de quem está próximo
(por exemplo, ajuda um amigo a terminar um projeto).
O Diplomático tende a ser uma pessoa pacífica, que não tem quase nunca episódios de ira; um
modo para expressar a raiva que sente contra alguém consiste em fechar-se nos seus confrontos.
. é pacífico
. é disponível
. é amante da paz
. está direcionado aos outros
. é conciliador e diplomático
. é pouco concentrado
. não tem consciência das suas necessidades

. não é confiável (tende a não cumprir as responsabilidades assumidas)
. não afronta os problemas da sua vida.
. deveria tornar-se consciente das suas necessidades e compreender do que tem necessidade
. deve renunciar à participação a qualquer custo.
. deveria aprender a dizer “Não” quando não se está de acordo.
. deve iniciar a concentrar a sua atenção sobre as coisas mais importantes a serem resolvidas
evitando os mecanismos de narcotização (assume compromissos inúteis que não lhe fazem
sentir o peso dos problemas a serem resolvidos).
Exercício quotidiano para o Diplomata
Passar um bom tempo escrevendo o que desejaria da vida. Poderia ajudá-lo a pensar que é o seu
último dia na Terra. Uma vez compreendido o que se quer da vida, agir para realizá-lo. Além do
mais, deve comprometer-se quotidianamente na resolução dos seus problemas sem adiá-los,
aprender a ser plenamente responsável.

.
definir os próprios objetivos da vida
. acompanhar grupos de estudo ou cursos para compreender as próprias necessidades
. trabalhar dentro de si para descobrir aquilo que se deseja da vida (e não aquilo que querem os
outros)
. renunciar ao sentido de “participação” e definir a própria identidade
De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo NOVE:
O mediador
Sentiram-se negligenciados na infância. Recordam que a opinião deles vinha raramente escutada
e que as necessidades dos outros eram antepostas às suas. A defesa é constituída em anestesiar-
se desviando a atenção dos verdadeiros desejos e deslocando-a para as pequenas comodidades e
substitutivos amorosos. Diante à falta de consideração das suas necessidades, aprenderam a
turvar-se, a desviar a energia das necessidades e a se auto-excluir.
O emergir de qualquer necessidade pessoal é despistado. Quanto mais dispõe de tempo e
energia para dedicar às próprias necessidades, mais tende a despistá-los em coisas de secundária
importância. Afirmam de terem perdido o contato com os próprios desejos assumindo sobre si
aqueles dos outros, mudando o rumo da energia para deveres secundários.
Tendem a concordar com os programas dos outros, seguros do fato que a posição deles será
negligenciada, mas desejosos em não perder o contato aprenderam a fazer dos desejos dos
outros os seus próprios.
Dizer não é extremamente difícil para o tipo psicológico que assume como seus os sentimentos
dos outros.
Pensam que dizer não ao outro equivale a negar alguma coisa a si mesmos.
A relação, que se estabeleceu entre a criança e os adultos, desenvolveu-se sobre a capacidade de
andar com o passo ao lado dos outros, de perceber os desejos dos adultos e de adequarem-se.
A facilidade com a qual se adaptam ao ponto de vista do outro, faz sim que encontrem os lados
positivos em todos os aspectos de uma situação.
Diante da necessidade de ter de tomar uma decisão podem continuar a parecer condescendentes
e consencientes, mas a tranqüilidade externa esconde uma tempestade interior.
A lista das indecisões é infinita e a atenção oscila sobre todos os aspectos do problema.
Refugiaram-se na segurança de não saber o que querem e de não ter uma posição para defender,
permanecendo em um limbo abúlico no qual as decisões são sempre um talvez. O ter que tomar
uma decisão não significa ter de fazer algo apressadamente. Se alguém quiser estimulá-lo ou
impelí-lo a tomar uma decisão, eles firmam o pé e se bloqueiam. Para ele evadir-se não significa
automaticamente dizer não.
A decisão é aquela de não tomar decisões, de aborrecer-se sem manifestá-lo, de parecer estar de
acordo estando internamente dividido.
São definidos mediadores e pacificadores porque a natural ambivalência deles consente de
aceitar qualquer ponto de vista sem partilhá-lo.
A capacidade de decidir é diminuída também pelo fato de ter a mente cheia de necessidades não
resolvidas.
Recordações de fatos acontecidos muitos anos antes podem irromper com a mesma força de um
fato acontecido na semana passada, exigindo de serem vividos ainda uma outra vez.
Tomar uma decisão significa cortar algo, deixar ir, mudar e proceder, e tudo isto reacende o
medo da separação. Retém muito e deixam ir pouco.
A indecisão, a raiva e a irresolução derivam pelo sentir-se excluídos delegando aos outros a
decidir por eles.
A obsessão neurótica ao acordo ou o desacordo é tanto um peso como uma benção. O peso
deriva do não saber o que se quer, enquanto a benção é habilitada pelo descer-se intuitivamente
nas instâncias mais profundas dos outros.
Os do tipo nove se sentiram negligenciados quando crianças e como conseqüência não dão
importância às próprias reais necessidades. Falam de situações familiares que vão do serem
ignorados, a serem colocados na sombra dos irmãos, do serem reprovados ou abertamente
atacados se exprimissem as suas ideias. Comum a todos é a sensação de não serem escutados e a
compreensão que a expressão direta da raiva não ajudava no desejo de serem escutados.
Sente-se perdido em uma esquina entre a necessidade de aprovação e a necessidade de
desobediência.
Anestesiam-se a si mesmos, afim de que a atenção deles recaia no problema de estar de acordo
ou não com as opiniões dos outros, ao invés de procurar uma própria posição. O problema de ter
de tomar uma posição aumenta o dilema. A criança procura resolver o dilema abstendo-se das
escolhas.
Existe sempre tempo, existe sempre um depois, e na falta de uma forte motivação falta o
impulso para decidir por uma direção ou por outra. Na falta de uma posição firme, existiria
sempre tempo para que os problemas se resolvessem por si só.
A ânsia da decisão é atenuada pelo amor às rotinas.
Fragmentando a energia em deveres inúteis e diferentes, não deixa energia suficiente para
afrontar o conflito que nasce da materialização dos reais desejos. Reter energia assegura um
estado de estalo.
A energia funciona em baixo regime para cumprir o inútil, enquanto o essencial é adiado. Deste
modo não existe espaço para a depressão que se insinua somente nos momentos de vazio.
O ter de escolher é um trauma que freqüentemente a decisão é adiada até que a situação se
deteriore a tal ponto que não é mais possível salvá-la. Dado que sabem aquilo que não querem,
mas não aquilo que querem, tendem a armazenar as desilusões até que transbordem em uma
violenta explosão e a escolha venha feita sobre a insustentabilidade da situação.
A raiva deles tem necessidade de tempos longos para emergir porque em um primeiro momento
as opiniões do outro parecem absolutamente legítimas. Vem depois o longo período de
indecisões no qual o problema é examinado em todos os aspectos. E finalmente, nasce a decisão
de que a própria raiva é justa e freqüentemente possa ser expressa com tal violência reprimida
que pode espantar quem esteja habituado ao seu modo de agir acomodado do mediador.
Na relação como casal assumem os interesses e as necessidades do companheiro como se
fossem as próprias.
O companheiro se torna o ponto de referência para as decisões. Descrevem a atenção centrada
sobre o companheiro como uma espécie de fusão com o outro. Sustentam que a fusão é
implícita em uma relação de amor e com esta desaparece a sensação de separação.
Se a relação se rompe, é vivida sempre muito dolorosamente até porque existe a sensação de
amputação de uma parte de si mesmo. Tendem, portanto a prolongar a relação, mesmo se tudo
já tenha terminado, impostando a relação sobre os hábitos ao invés de sobre as escolhas.
Tendem a absorver a identidade do ambiente ou das pessoas que as influenciam. A nível
psicológico as necessidades de identificar-se com os desejos do outro revela a exigência de ser
aceito e de receber uma compensação pela sua auto-exclusão.
DESARMONIA & HARMONIA
O ponto de desarmonia e desintegração do eneatipo NOVE é ir em direção ao eneatipo SEIS, o

eneatipo NOVE desintegrado e desarmonioso pode perder qualquer contato com a vida.
O eneatipo NOVE esteve a vida toda ocupado em reprimir impulsos fortíssimos de ordem
positiva e negativa. Seu único mecanismo de defesa cai por terra, a retirada. Todos os temores
do mundo o assaltam e afogam. A falta de orientação tornou-se insuportável. Pode entrar em
ação a tendência do eneatipo SEIS de se punir. Pode acontecer que seu pendor à narcotização
tome conta ou mesmo que a morte, como “sono eterno”, se torne atraente.
Podetambém tornar-se dependente dos outros (autoridades) de forma masoquista e achar que
eles devem viver, decidir e desenvolver a paz da alma por ele.
O ponto de harmonia e integração do eneatipo NOVE é ir de encontro ao eneatipo TRÊS, o
eneatipo NOVE integrado aprende a agir com o objetividade e construtivamente. Supera a
“síndrome de Jonas”.
Para de se “vender abaixo do preço” e começa a descobrir e empregar os seus dons. Torna-se
autônomo, consciente e não mais se define a partir das expectativas e impulsos dos outros.
Toma iniciativas e constata admirado que os outros se sintam enriquecidos com isso. Em
harmonia e integrado, pode mudar o mundo. Pode-se confiar em um eneatipo NOVE integrado,
porque ele coloca seus dons a serviço do amor e não a serviço de seus interesses pessoais. Não
empreende muitas coisas, mas o que faz sempre tem êxito. Transparece grande paz e serenidade.
Como harmonizar o eneatipo?
STRESS E REPOUSO
As tipologias do Eneagrama estão relacionadas entre si através de um sistema de setas, que

indicam a direção tendo como base o momento vivido. Estas trocas de estratégias são
denominadas “Stress” e “Repouso”.
Quando uma tipologia não consegue satisfazer a sua compulsão tende a deslocar-se a uma ou
outra tipologia, absorvendo parte dos lados negativos das mesmas. O Repouso, ao invés, é uma
fase extremamente positiva de calibragem, na qual a tipologia se move na direção de outra
(sempre através do sistema das setas) absorvendo os lados positivos. Trata-se de fases
temporárias, dado que a seguir tende-se a tornar na tipologia originária.
Em outras palavras, quando se está sob o efeito do Stress parece que a tipologia tende a
desintegrar-se colocando em evidência os lados piores; no Repouso, a tipologia parece evoluir-
se, reduzindo a sua compulsão e os lados negativos.
Stress e Repouso podem ser um ótimo indicador do estado interno dos seres humanos, um modo
para compreender que tipo de fase se está atravessando para tornar-se mais consciente.
Toda tipologia pode mover-se durante estas fases somente na direção de outras duas tipologias
(associadas a primeira).
O resumo a seguir mostra para cada tipo as respectivas tipologias de Stress e Repouso:
Tipo Um
1-Perfeccionista
4-Romântico
7-Artista
Stress no Quatro
Tende a depressão, à melancolia, perde a sua capacidade de ser concreto
Repouso no sete
Torna-se menos rígido, tende à ter esperanças e tende a ser menos apegado às regras
Tipo Dois
2-Altruísta
4-Romântico
8-Chefe
Stress no Oito
Coloca em ação estratégias passivo-agressivas,

aumenta as dinâmicas para se tornar indispensável.
Repouso no Quatro
Diminui as estratégias para se tornar indispensável, torna-se mais analítico nas escolhas das
amizades.
Tipo Três
3-Manager
6-Cético
9-Diplomático
Stress no Nove
Perde a sua proverbial eficiência, torna-se preguiçoso e direciona o ódio (que geralmente
experimenta nos confrontos com os rivais) para si mesmo.
Repouso no Seis
Torna-se mais leal, confiável e mais compromissado com as pessoas que o circundam ao invés
do sucesso.
Tipo Quatro
4-Romântico
2-Altruísta
1-Perfeccionista
Stress no Dois
Tende a criar dependência pondo-se de maneira altruística (mas manipuladora).
Repouso no Um
Torna-se mais crítico com as suas fantasias, mais concreto e age construtivamente para alcançar
os seus objetivos.
Tipo Cinco
5-Eremita
7-Artista
8-Chefe
Stress no Sete
Torna-se hiper-ativo, mas de maneira dispersiva e não conclusiva.
Repouso no Oito
Do “mental” passa ao “real” exprimindo o seu potencial escondido, do “receber” passa ao “dar”.
Tipo Seis
6-Cético
3-Manager
9-Diplomata
Stress no Três
Perde a virtude da lealdade, aumentando a sua dependência na direção da autoridade (indivíduos

ou entidades).
Repouso no Nove
Afronta a vida com uma visão diferente daquela do engano, torna-se mais otimista e positiva.
Tipo Sete
7- Artista
5-Eremita
1-Perfeccionista
Stress no Um
Torna-se intolerante, rígido e excessivamente ligado às suas idéias.
Repouso no Cinco
Toma contato com os seus sofrimentos interiores, descobre o aspecto dual da vida (belo e feio,
vida e morte, alegria e sofrimento).
Tipo Oito
8-Chefe
2-Altruísta
5-Eremita
Stress em Cinco
Fecha-se em si mesmo, vê engano em todos os lugares, nesta fase é muito perigoso (ataca
qualquer fonte que é considerada uma ameaça).
Repouso em Dois
O controle e a força são usados para o bem do grupo, direciona as suas energias positivamente
na direção dos outros.
Tipo Nove
9-Diplomata
3-Manager
6-Cético
Stress no Seis
Torna-se pessimista, aumenta as suas dinâmicas de narcotização (procrastina a solução dos

problemas), torna-se extremamente irresponsável
Repouso no Três
Torna-se mais compromissado, concreto e eficiente resolvendo os seus problemas.
MICROSEMEIÓTICA IRIDEA FLOR DE ÍRIS (IRIDOLOGIA

CONTEMPORÂNEA) E ENEAGRAMA
Após o conhecimento sobre o eneagrama e a experiência por Eu vivida de crescimento, neste
momento afirmo que os olhos e a Terapia Flor de Iris®, em especial através da íris, foi o meio
mais fiel, dinâmico objetivo de ajudar o SER HUMANO em minha frente para encontrar a sua
via de equilíbrio. Estudar a íris me permite a possibilidade de encontrar Deus, e a felicidade de
saber que Deus abriu para nós, humanos, mais essa possibilidade.
Continue estudando, agora através da Íris.
BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL
Vincenzo Fanelli, Migliora le tue relazioni con l’Eneagrama e a PNL, Edizione Essere Felice
Tiziana Fumagalli, Enneagramma in pratica, Demetra.
Om Oskraham, Halladhah, Il Potere di cambiare as coisas, Adea Edizioni.
Richard Rohr, Andreas Herbert, Scoprire l’Enneagramma – Alla ricerca dei novi volti
dell’anima, Edizioni
San Paolo.
Domingos Cunha, Csh e Luís Carlos, Csh – Quem é você? Construindo a pessoa à luz do
eneagrama, Ed.
Paulus.

Apostila 1 - Apostila Eneagrama

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Microsemeiótica Iridea Terapia Flor de Iris® Dr.

“Conhecer é conhecer tudo.

Não conhecer tudo é não conhecer.

Para conhecer tudo é necessário muito pouco.

Mas, para conhecer esse pouco, é necessário conhecer muito”

O Olho é uma espécie de globo,

com pinturas do lado de fora.

azuis, verdes, amarelas.

é como um aquário com plantas

finamente desenhadas: algas,

areias, rochas,naufrágios e peixes de ouro.

Mas por dentro há outras pinturas,

que não se vêem:

umas são imagens do mundo,

outras são inventadas.

O Olho é um teatro por dentro.

E às vezes, sejam atores, sejam cenas,

e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,

formam, no Olho, lágrimas.

e os seres humanos através da íris dos olhos

Compreenda as tipologias humanas

para evoluir conscientemente

Na seqüência, o melhor modo de aprender o Eneagrama é com as pessoas: prepare-se então

O Eneagrama Irideo dos Tipos Psicológicos e Espiritual é um sistema para identificar as

A figura na realidade é composta por quatro elementos:

(Imagem da estrela do eneagrama tradicional)

(Imagem da estrela do eneagrama irideo – Íris Direita)

(Imagem da estrela do eneagrama irideo – Íris Esquerda)

1. O círculo representa o continum ao longo do qual os pontos se movem. Representa a

Seguindo a numeração (do Um ao Nove) percorremos o círculo no sentido horário e

2. O triângulo representa a lei dos 3 (número recorrente em todo o sistema). A lei do 3 e as

Façamos um exemplo concreto de como estas três forças agem no quotidiano.

O triângulo espiritual observado no eneagrama através da íris representa a essência de um

4. O heptágono. Se examinarmos com atenção a figura, notaremos que as interseções entre o

“O eneagrama é o movimento perpétuo, é esse perpetuum mobile que os homens buscaram

Do mesmo modo, na personalidade do indivíduo, entre todas as principais características

Segundo esta ótica, existem noves caráteres fundamentais.

Uma das aspirações da psicologia moderna é a de organizar as síndromes caracterias conhecidas

O esquema acima apresentado seja talvez o modelo circulo-complexo mais convincente.

Por exemplo, se na infância um indivíduo sofre violentas agressões de adultos significativos,

Recorde que na íris é realizado um movimento de 120º.

O que o Eneagrama não é.

O Eneagrama não é um sistema para enclausuramos as pessoas. Esta advertência se faz

Lados positivos (presentes nas tipologias evoluídas):

Lados negativos (presentes nas tipologias menos evoluídas):

Conselhos para o desenvolvimento pessoal:

. ser menos rígido e apegado ao sistema de regras

Exercício quotidiano para o Perfeccionista

Atividades úteis aconselhadas para o aprimoramento pessoal:

De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo I:

São as clássicas boas crianças, aprendem a comportar-se como se deve, a assumir as

HARMONIA & DESARMONIA

O ponto de desarmonia para o eneatipo UM é ir em direção ao eneatipo QUATRO, quando o

O ponto de harmonia para o eneatipo UM é ir em direção ao eneatipo SETE, quando o eneatipo

Tipo Dois – Altruísta

Lados positivos (presentes nas tipologias evoluídas):

Lados negativos (presentes nas tipologias menos evoluídas):

. é manipulativo (cria dependência nas suas relações)

Conselhos para o desenvolvimento pessoal:

. tornar-se mais analítico nas relações

Exercício quotidiano para o Altruísta

Atividades úteis aconselhadas para o aprimoramento pessoal:

. grupos de trabalho com dinâmicas sobre os comportamentos (ou cursos)

De criança a adulto. O que aconteceu ao eneatipo II: