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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
MARINGÁ, FEVEREIRO/2020
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Mais de 700 mil mortes são causadas por microorganismos transmitidos por vetores
por ano. Entre essas doenças, é possível destacar a leishmaniose, uma doença
negligenciada transmitida pelo mosquito palha. A leishmaniose está presente em 98
países e coloca em risco saúde de mais de 350 milhões pessoas. Atualmente, os
medicamentos utilizados no tratamento da leishmaniose apresentam alta toxicidade e
vários efeitos colaterais, de tal maneira, o desenvolvimento de novos compostos com
atividade antileishmania, mais seletivos e menos tóxicos são de extrema importância.
Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo a síntese de 4-
hidrazonocarbotiamida pirazóis trifluormetilados por um procedimento one-pot
sequencial a partir da ciclcondensação de β-enaminodicetonas trifluormetiladas com
fenilidrazina e subsequente reação com tiossemicarbazida, a qual deu origem a 6
novos compostos (4a-f) com rendimentos que variaram de 63-94%. A derivatização
dos compostos 4a-f mostrou-se efetiva, dando origem aos derivados S-metilados 5a-
f, com rendimentos de 61-85%, e aos híbridos pirazol-tiadiazol 6a-f através da
ciclização oxidativa intermediada por iodo molecular, com rendimentos de 20-56%. Os
compostos sintetizados foram avaliados para a forma promastigota da Leishmania
amazonensis com valores de IC50 que variaram de 13,9 a 61,2 µM, sendo que a série
dos derivados 4-isotiossemicarbazonas (5a-f) apresentou os melhores resultados de
atividade, onde o composto 5d apresentou maior atividade (13,9 µM). A atividade
antioxidante dos compostos sintetizados também foi avaliada via os métodos DPPH,
FRAP e ORAC, apresentando atividade apenas pelo método ORAC com valores que
variaram de 51,98 a 2391,47 μmol de equivalente Trolox g-1 de amostra, sendo a série
dos derivados 4-hidrazonocarbotioamida pirazóis trifluormetilados (4a-f) mais ativa de
modo geral, e o composto híbrido pirazol-tiadiazol 6f o mais ativo dentre os compostos
testados. Adicionalmente foi realizada a comparação dos resultados dos ensaios
biológicos os quais não apresentaram uma correlação direta.
More than 700 thousand deaths are caused by microorganisms transmitted by vectors
per year. Among these diseases, it is possible to highlight leishmaniosis, a neglected
disease transmitted by the phlebotomine sandfly and it is present in 98 countries,
putting at risk the health of more than 350 million people. Currently, the drugs used in
the treatment of leishmaniosis have high toxicity and a number of colateral effects, in
such a way, the development of new compounds with antileishmanial activity, more
selective and less toxic are of extreme importance. In this context, the present work
had as objective the synthesis of 4-hydrazonocarbotiamide pyrazoles
trifluoromethylated by a sequential one-pot procedure from the cyclodensation of
trifluoromethylated β-enaminodiketones with phenylhydrazine and subsequent
reaction with thiosemicarbazide (4a-f) with yields of 63-94%. The derivatization of
compounds 4a-f proved to be effective, giving rise to the new S-alkyl 5a-f, with yields
of 61-85%, and the pyrazole-thiadiazole hybrids 6a-f through the oxidative cyclization
mediated by molecular iodine, with yields of 20-56%. The synthesized compounds
were evaluated for the promastigote form of Leishmania amazonensis with values of
IC50 that ranged 13,9 to 61,2 µM, being the series of derivatives 4-
isothiosemicarbazones (5a-f) that showed the best results of activity, where the
compound 5d exhibited higher activity (13,9 µM). The antioxidant activity of the
synthesized compounds was also measure by the DPPH, FRAP and ORAC methods,
presenting activity only by the ORAC method with values that ranged from 51,98 to
2391,47 μmol of Trolox equivalent g-1 of sample. The series of 4-
hydrazonocarbothioamide derivatives trifluoromethylated pyrazoles (4a-f) was the
most active in general, and the the hybrid compound pyrazol-thiadiazole 6f was the
most active among the others compounds tested. Additionally, was performed the
comparison of the results of the biological tests which did not present a direct
correlation.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 13
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 18
2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 18
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................... 18
3 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................... 21
3.1 ESTRESSE OXIDATIVO E ANTIOXIDANTES...................................................... 21
3.2 ATIVIDADE PRÓ-OXIDANTE ................................................................................. 22
3.3 PRINCIPAIS MÉTODOS PARA A DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE ...................................................................................................................... 23
3.3.1 Atividade antioxidante através do sequestro do radical DPPH•.................... 23
3.3.2 Atividade antioxidante via ABTS•+ ................................................................ 24
3.3.3 Atividade antioxidante FRAP ........................................................................ 25
3.3.4 Atividade antioxidante ORAC ....................................................................... 25
3.3.5 Atividade antioxidante in vitro para substratos orgânicos............................. 27
3.4 LEISHMANIOSE....................................................................................................... 31
3.5 ATIVIDADE ANTILEISHMANIA .............................................................................. 35
3.5.1 Pirazóis com atividade antileishmania.......................................................... 35
3.5.2 Atividade antileishmania de pirazóis trifluormetilados .................................. 38
3.5.3 Atividade antileishmania de tiossemicarbazonas ......................................... 38
3.5.4 Atividade antileishmania de tiadiazóis .......................................................... 40
3.6 SÍNTESE DE PIRAZÓIS .......................................................................................... 41
3.6.1 Síntese de pirazóis a partir de β-enaminodicetonas .................................... 42
3.6.2 Síntese de pirazóis trifluormetilados a partir de β-enaminodicetonas
trifluormetiladas ......................................................................................................... 45
3.7 SÍNTESE DE TIOSSEMICARBAZONAS ............................................................... 49
3.8 SÍNTESE DE ISOTIOSSEMICARBAZONAS ........................................................ 53
3.9 SÍNTESE DE TIADIAZÓIS ...................................................................................... 55
3.9.1 Síntese de 2-amino 1,3,4-tiadiazóis via ciclização oxidativa ........................ 57
3.10 Híbridos pirazol-1,3,4-tiadiazol e suas atividades farmacológicas ........................ 58
4 RESULTADOS ............................................................................................ 60
4.1 SÍNTESE DAS Β-ENAMINODICETONAS TRIFLUORMETILADAS (3a-f)......... 63
4.2 SÍNTESE ONE POT DE 4-HIDRAZONACARBOTIOAMIDA PIRAZÓIS
TRIFLUORMETILADOS (4a-f)............................................................................................... 64
4.2.1 Caracterização estrutural das tiossemicarbazonas 4a-f............................... 68
4.3 SÍNTESE DOS 4-ISOTIOSSEMICARBAZONAS PIRAZÓIS
TRIFLUORMETILADOS (5) ................................................................................................... 75
4.3.1 Caracterização estrutural dos 4-isotiossemicarbazonas pirazóis
trifluormetilados ......................................................................................................... 78
4.4 SÍNTESE DOS 4-(2-AMINO-1,3,4-TIADIAZOLIL) PIRAZÓIS
TRIFLUORMETILADOS (6) ................................................................................................... 81
4.4.1 Caracterização estrutural dos híbridos tiadiazol-pirazol 6a-f........................ 86
4.5 ATIVIDADE BIOLÓGICA ......................................................................................... 91
4.5.1 Atividade antioxidante .................................................................................. 91
4.5.2 Atividade antileishmania............................................................................... 93
5 CONCLUSÕES ............................................................................................ 97
6 PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................ 98
6.1 INSTRUMENTAÇÃO E REAGENTES ................................................................... 98
6.2 SÍNTESE DE 4-HIDRAZONOCARBOTIOAMIDA PIRAZÓIS
TRIFLUORMETILADOS ......................................................................................................... 98
6.3 SÍNTESE DE 4-ISOTIOSSEMICARBAZONAS PIRAZÓIS
TRIFLUORMETILADOS ......................................................................................................... 99
6.4 SÍNTESE DE 1,3,4-TIADIAZÓIS ...........................................................................100
6.5 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE ...................................................100
6.5.1 Atividade Antioxidante via o método DPPH ............................................... 101
6.5.2 Atividade Antioxidante via o método FRAP ................................................ 101
6.5.3 Atividade Antioxidante via o método ORAC ............................................... 102
6.6 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA ...............................................102
6.6.1 Parasitas e cultura celular .......................................................................... 102
6.6.2 Ensaio anti-proliferativo .............................................................................. 103
6.6.3 Ensaio de citotoxicidade em células de mamíferos .................................... 103
6.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................................104
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 105
8 ANEXOS .................................................................................................... 116
8.1 ESPECTROS DE RMN (1H E 13C) E MAPAS DE CONTORNOS HSQC E
HMBC PARA OS DERIVADOS 4a-f (ANEXOS 1-39) ............................................. 105
8.2 ESPECTROS DE RMN (1H E 13C) E MAPAS DE CONTORNOS HSQC E
HMBC PARA OS DERIVADOS 5a-f (ANEXOS 40-81) ........................................... 105
8.3 ESPECTROS DE RMN (1H E 13C) E MAPAS DE CONTORNOS HSQC E
HMBC PARA OS DERIVADOS 6a-f (ANEXOS 82-118) ......................................... 203
LISTA DE FIGURAS
Ama Amastigota
d Dupleto
dd Dubleto de dupleto
DMSO Dimetilsulfóxido
DPPH 2,2-difenil-1-picril-hidrazila
Hz Hertz
IS Índice de Seletividade
J Constante de acoplamento
LC Leishmania Cutânea
LV Leishmania Visceral
m Multipleto
M Molar
NFOBS N-fluoro-o-benzenodisulfonimida
Pro Promastigota
q Quarteto
1-clorometil-4-fluoro-1,4-diazonibiciclo[2,2,2] octano
Selectofluor®
bis(tetrafluoroborato)
13
propriedades físicas e químicas diferentes de seus hidrocarbonetos análogos,
conferindo-lhes grande aplicabilidade nas indústrias de materiais, agrícola e,
principalmente, farmacêutica15,18. Adicionalmente, estes compostos são
amplamente encontrados na natureza, participando de importantes processos
biológicos 15,16, além da ocorrência natural, diversos compostos sintéticos
possuem núcleos heterocíclicos com importantes propriedades biológicas,
sendo que grande parte desses anéis contém pelo menos um átomo de
nitrogênio (aza-heterociclos)19.
Assim, é possível destacar os seguintes núcleos dentro dessa classe:
pirazol, aza-heterociclo aromático de cinco membros contendo dois átomos de
nitrogênio adjacentes20 e tiadiazol, o qual é um anel aromático de cinco membros
contendo dois átomos de nitrogênio e um de enxofre, podendo existir nas formas
isoméricas 1,2,3-tiadiazol, 1,2,4-tiadiazol, 1,2,5-tidiazol e 1,3,4-tiadiazol21.
Compostos com estes núcleos têm sido objeto de estudo para o
desenvolvimento de moléculas biologicamente ativas devido à ampla gama de
propriedades farmacológicas que apresentam, tais como antileishmania12,22,
anti-inflamatória22,23, antimicrobiana22,24, anticonvulsivante22,25, antiviral22,26,
entre outras.
Dessa forma, estes núcleos estão presentes em fármacos comerciais e
protótipos a fármacos, como o lonazolac (Atrilon®)27 e celecoxibe (Celebra®)28,
usados como agentes anti-inflamatórios, razaxaban29, agente anticoagulante,
cefazolina (Kefazol®)30, utilizado como antibiótico, megazol31, com atividade
antitripanosoma e sulfametizol32 como antimicrobiano (Figura 1).
14
Figura 1 – Estrutura química de fármacos contendo os núcleos heterocíclicos pirazol e tiadiazol
(destacados em azul) com diferentes aplicações terapêuticas
15
Assim, as β-enaminodicetonas trifluormetiladas (BEDT) têm se mostrado
como um interessante bloco precursor para síntese de aza-heterociclos, pois
apresentam ao menos três centros eletrofílicos os quais podem reagir com
nucleófilos/dinucleófilos por meio da reação de ciclocondensação (Esquema 2).
Esquema 2 – Bloco precursor BEDT, seus centros eletrofílicos e principais heterociclos que
podem ser obtidos
16
Assim, as diferentes atividades farmacológicas dos aza-heterociclos, em
combinação com as características impares provenientes do grupo trifluormetila,
justificam o estudo desses compostos na Química Medicinal. Além disso, o
desenvolvimento de metodologias para a síntese de compostos com potencial
atividade farmacológica, em especial antileishmania, é de extrema importância,
seja pela iminente ameaça da doença, ou pela melhoria causada no tratamento
a partir de novos fármacos e/ou do sinergismo com outros medicamentos.
17
2 OBJETIVOS
Esquema 4
Esquema 5
18
tiossemicarbazida irá gerar as 4-hidrazonacarbotioamidapirazóis (Esquema
6);
Esquema 6
Esquema 7
Esquema 8
19
• Avaliar a atividade antioxidante dos compostos 4-6 por meio das
metodologias via DPPH, FRAP e ORAC.
20
3 REVISÃO DA LITERATURA
21
a partir de processos enzimáticos1–3, como a fontes exógenas, por exemplo
álcool, cigarro, pesticidas, alguns tipos de comida, luz ultravioleta, entre outras2.
Dessa forma, a presença de ERO/ERN em concentrações elevadas é
capaz de causar danos celulares a macromoléculas biológicas como, proteínas
e lipídios, bem como ao material genético (DNA). Os danos causados podem
levar a diversos tipos de doenças, como diabetes, câncer, artrite, doenças
neurodegenerativas, autoimunes, cardiovasculares e outras45–47.
Pró-oxidantes
Exógenos Endógenos
Metabólitos
Ingredientes Poluição do endógenos
Patógenos Medicamentos Toxicantes Clima
alimentares meio ambiente
Metabólitos de
Metais de medicamentos
Bactérias Lipidios
Transição
Metabolismo
Celular
Virus Carboidratos Pesticidas
Ansiedade
Comida Resíduos de
Fungos
processada drogas
Fisiopatologia
Parasitas Antioxidantes
Isquemia
22
3.3 PRINCIPAIS MÉTODOS PARA A DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE
23
Figura 3 – Estrutura química do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazila, DPPH•.
24
Inicialmente a técnica emprega o uso de uma solução de persulfato de
amônio para oxidar o ABST ao cátion radicalar ABTS•+, assim, ao ser formado o
radical o mesmo é reagido com um antioxidante via SET, passando de uma
coloração verde escuro para verde-azulado claro54.
25
Figura 5 – Estrutura da Fluoresceína e do AAPH
26
3.3.5 Atividade antioxidante in vitro para substratos orgânicos
27
existem na literatura sobre moléculas que apresentam essa unidade e seus
derivados58.
Nguyen, Le e Bui (2013)61 realizaram a síntese a avaliação da atividade
antioxidante in vitro e in vivo de tiossemicarbazonas (I) derivadas de
benzaldeídos substituídos e N-(tetra-O-acetil-β-D-galactopiranosil) tiosemi-
carbazida (Figura 6). Os testes realizados in vitro foram por meio do ensaio de
DPPH. Os resultados de IC50 variaram de 56 μM a >300 μM. O padrão utilizado
foi o resveratrol, o qual é um polifenol, o mesmo apresentou IC50=94 μM.
28
Esquema 12 – Reação entre os derivados I com o radical DPPH
29
concentrações testadas. Neste caso com apenas 1 μM as tiossemicarbazonas
inibiram aproximadamente 15% do radical e para a concentração de 10 μM
valores de 60 a 65% de inibição do radical, com exceção para o composto II
R1=R2=CH3, o qual os valores foram mais baixos, porém não foram
representados.
Segundo a revisão da literatura descrita por Yehye et al. (2015)58, a S-
alquilação da porção tiouréia faz com que a atividade antioxidante seja perdida.
Adicionalmente, quando os derivados de tiouréia, como
tiossemicarbazidas/tiossemicarbazonas, reagem com radicais livres, são obtidos
como produto isotiossemicarbazidas/isotiossemicarbazonas. O mecanismo de
reação proposto pelos autores está presente no Esquema 13.
Esquema 13
30
Figura 8 – Tiadiazóis III avaliados contra o radical DPPH
R R1 R2 R3
a CH3 H H H
b CH3 H F H
c CH3 H H Cl
d CH3 Br H H
e CH3 H Br H
f CH3 NO2 H H
g CH3 H H NO2
h C2H5 H H H
i C6H5 H H H
j o-F- C6H4 H F H
k m-F -C6H4 H H H
l p-F-C6H4 H H H
m m-Cl-C6H4 H H H
n p-Cl-C6H4 H H H
o o-Br-C6H4 H H H
p m-Br-C6H4 H H H
q o-NO2-C6H4 H H H
r o-OCH3-C6H4 H H H
s -CH=CH-C6H4 H H H
3.4 LEISHMANIOSE
31
Figura 9 – Classificação taxonômica das espécies de Leishmania
32
Figura 10 – Ciclo de vida da Leishmania spp.
34
Tabela 1 – Fármacos atuais para o tratamento da leishmaniose e seus efeitos tóxicos
(Continuação).
Fármacos Efeitos Tóxicos
Distúrbios gastrintestinais, hepatotoxicidade, toxicidade renal, entre
Miltefosina outros.
35
R=4-Br, apresentou IC50 de 272 μM. Os compostos testados para a L. infanum
apresentaram baixa atividade com valores de IC50 superiores a 500 μM,
enquanto que o padrão apresentou IC50 de 100 μM.
Faria et al. (2013)70, relataram a síntese e avaliação da atividade
antileishmania para uma série de derivados de 5-(1-aril-3-metil-1H-pirazol-4-il)-
1H-tetrazol e seu precursor nitrílico (Figura 13), com inibição da multiplicação in
vitro das espécies L. amazonensis e L. brasiliensis do protozoário na forma
promastigota. As variações de IC50 foram de 15,38 a >900 μM, os quais foram
maiores que o padrão, pentamidina, com 13 μM. Em relação à citotoxicidade dos
compostos, os valores da concentração citotóxica (CC50) variaram de 90,34 a
>1000 μM para os compostos testados, apresentaram em sua maioria, melhor
índice de seletividade (IS) do que o padrão utilizado.
37
3.5.2 Atividade antileishmania de pirazóis trifluormetilados
38
forma promastigota, assim os compostos com IC50 inferior a 25 μM foram
testados para a forma amastigota.
39
IC50 obtidos variaram de 0,1403 a 8,26 μM e o CC50 foi calculado para os dois
compostos mais ativos XXV e XXVIII (R=4-Br), os quais foram muito seletivos,
com seletividade acima de 3 mil (Figura 18).
O composto XXVIII com R=4-Br foi o que se apresentou mais ativo para
ambas formas, promastigota com IC50=0,1403 μM e amastigota com IC50=1,0
μM, enquanto que para a estrutura XXVIII com R=COOH a atividade diminuiu
significativamente (IC50pro=7,4104 μM; IC50ama=6,04 μM), ainda assim, os valores
de IC50 da forma promastigota foram todos mais ativos que o padrão.
Na literatura não são relatados casos de atividade antileishmania para
isotiossemicarbazonas.
40
Figura 19 – Atividade antileishmania dos derivados tiadiazóis XXIX e XXX.
41
diferentes rotas sintéticas são relatadas na literatura para a obtenção de pirazóis
substituídos77.
Entre os principais métodos utilizados para sintetizar núcleos pirazolínicos
é possível destacar a síntese via ciclocondensação 3+2 relatada por Knorr em
188378. Esta consiste na ciclocondensação de hidrazinas (1,2-dinucleófilo) com
compostos 1,3-dicarbonílicos ou derivados, geralmente resultando em uma
mistura regioisomérica de pirazóis (Esquema 14)78,79.
Esquema 14
42
Esquema 15
R XXXVI XXXVII
H 66% 33%
Ph 75% 25%
43
Esquema 16
Esquema 17
44
os solventes apolares não houve seletividade entre os regioisômeros. Dessa
forma, a condição adequada para a formação do regioisômero XLI é utilizando
MeCN (Entrada 4), a qual apresentou a maior regiosseletividade e com bons
rendimentos. Enquanto que para a formação do regioisômero XL a melhor
condição é utilizando H2O/EtOH, formando 100% do regioisômero desejado com
rendimento de 75% (Entrada 3).
Da Silva et al. (2017)38 relataram a síntese altamente regiosseletiva de
pirazóis a partir de β-enaminodicetonas secundárias não simétricas.
Primeiramente foi realizada a troca do substituinte N-dimetilamino por N-
tercbutilamino, com o intuito de modificar a reatividade do carbono- por meio
do aumento do impedimento estérico do mesmo diminuindo a acessibilidade do
nucleófilo. Além disso, foi utilizado um ativante de carbonila, neste caso o ácido
de Lewis eterato de trifluoreto de boro (BF3.OEt2), o qual proporcionou a adição
do grupo primário (-NH2) das arilidrazinas na carbonila de cetona vizinha ao
grupo éster, seguida de heterociclização na carbonila do grupo benzoíla. Por
meio dessa metodologia foi obtido apenas um regioisômero com rendimentos
entre 68 e 95% (Esquema 18).
Esquema 18
45
trifluormetilados e derivados, como 1,3-dicarbonílicos, enaminonas, β-
alcoxivinilcetonas ou β-enaminodicetonas com hidrazinas79.
Assim, considerando a utilização das BEDT como substratos para o
preparo de pirazóis trifluormetilados neste trabalho, serão abordados nesta
revisão, metodologias sintéticas baseadas nessa transformação.
Okada et al. (1992)84 realizaram a síntese de pirazóis trifluormetilados a
partir do bloco precursor β-enaminodicetona trifluormetilada XLIV com
metilidrazina, cloridrato de terc-butilidrazina e fenilidrazina. Os resultados obtidos
foram altamente regiosseletivos para cloridrato de terc-butilidrazina e
metilidrazina, sendo observada a formação de apenas um regioisômero.
Enquanto, ao utilizar fenilidrazina foi obtida uma mistura de regioisômeros com
maior proporção do pirazol XLVI. Dessa forma é possível constatar que a
estrutura da hidrazina influencia a regioquímica da reação (Esquema 19).
Esquema 19
Rendimento (%)
R
XLV XLVI
Me 97 -
Ph 5 95
tBu - 94
46
Esquema 20
Rendimento (%)
R—NHNH2
XLVIII XLIX L
H 96 - -
Ph - 75 25
47
estrutura do bloco precursor são fatores dominantes na regiosseletividade dos
produtos. (Esquema 21).
Esquema 21
Rendimento (%)
R X
LII LIII LIV LV
Me H 45 17 19 -
Me Cl 66 24 - -
Ph H - 54 - 28
Ph Cl 4 85 - -
Esquema 22
48
Dessa forma, devido ao grupo com alto impedimento estérico no carbono-
β e a presença de um grupo fortemente retirador de elétrons, o –CF3, juntamente
com o ativante de carbonila BF3.OEt2 o ataque do nucleófilo (fenilidrazina) ocorre
primeiramente na carbonila vizinha ao grupo trifluormetila, por estar mais
eletrofílica, seguida de heterociclização na carbonila do grupo benzoíla, sendo
obtido apenas um regioisômero (LVIII) (Esquema 23).
Esquema 23
49
Este tipo de composto é proveniente da reação de condensação entre um
aldeído ou cetona com tiossemicarbazidas, onde o grupo carbonila é substituído
por uma dupla ligação carbono-nitrogênio95. Outros métodos podem ser
utilizados para a síntese indireta de tiossemicarbazonas, também chamadas de
reação multicomponente, a partir da obtenção de tiossemicarbazidas.
A obtenção das tiossemicarbazidas se dá como consequência à reação
de hidrato de hidrazina com isotiocianatos, dissulfeto de carbono,
ditiocarbamatos e ácido tiocarbamoiltioglicólico, para posterior reação com
compostos carbonilados94.
A Figura 23 apresenta três rotas diferentes para a síntese de
tiossemicarbazonas. Inicialmente para a rota a é obtida a tiossemicarbazida a
partir da reação de hidrazina com tiocianatos, então o produto é reagido com um
aldeído ou cetona para a obtenção da tiossemicarbazona. A rota b apresenta a
reação entre hidrazina e um aldeído ou cetona, formando uma hidrazona a qual
ao ser reagida com tiocianato leva a formação do produto desejado. Por último,
a rota c apresenta uma reação multicomponente para a síntese de
tiossemicarbazonas a partir da construção da unidade tiossemicarbazida.
50
Du et al. (2002)97, realizaram a síntese de aril tiossemicarbazonas a partir
da condensação de aldeído ou cetonas com tiossemicarbazida, utilizando
metanol seco como solvente, em atmosfera inerte de nitrogênio e refluxo por um
período de 3 horas para os aldeídos e uma noite para as cetonas. Ainda para as
cetonas foi realizada catálise ácida com 1% de ácido acético (Esquema 24).
Esquema 24
R R1 R R1
2-Cl-tienil CH3 3-trifluorfenil H
2-Br-tienil CH3 3-trifluorfenil CH3
2-Cl-C6H4 H 3,4-diCl-C6H3 H
3,4-diCl-C6H3 CH3 2,3-diCl-C6H3 H
3,5-ditrifluorfenil H 2-Br-C6H4 H
3,5-ditrifluorfenil CH3 2-Br-C6H4 CH3
2-trifluorfenil H 2-OCH3-C6H4 CH3
2-Br-C6H4 H C6H5 CH2CH3
2-Br-C6H4 CH3 4-OCH3-C6H4 CH2CH3
2-Cl-C6H4 H 4-Cl-C6H4 CH2CH3
2-Cl-C6H4 CH3 4-Br-C6H4 CH2CH3
3,4-diCl-C6H3 CH2CH3 3-Cl-C6H4 CH2CH3
3,5-ditrifluorfenil CH2CH3 3-trifluorfenil CH2CH3
3-Br-C6H4 CH2CH3 3-F-C6H4 CH2CH3
H H
H CH2CH3
H H
H H
H H
51
tiossemicarbazona, com rendimento de 60%, e as 2-cloro e 2-bromoacetofenona
tiossemicarbazonas, com 40% e 45% de rendimento, respectivamente.
Ansari et al. (2019)98, realizaram a síntese de uma série de
ariloxiacetofenona tiossemicarbazonas LXVI, utilizando as fenóxiacetofenonas
LXV e as tiossemicarbazidas LXIV em etanol, catálise ácida com ácido clorídrico,
temperatura ambiente, acompanhada por cromatografia em camada delgada
(CCD) até o consumo do material de partida e então deixada overnight no
refrigerador. Os rendimentos variaram de 45 a 91% (Esquema 25).
Esquema 25
52
Esquema 26
R1 R2 R3 Rendimentos (%)
H Br CH3 37,5
H CH3 Br 39,1
Ph CH3 Br 94,6
Ph Br CH3 35,7
4-OCH3-C6H4 CH3 Br 54,0
4-OCH3-C6H4 Br CH3 71,3
4-CH3-C6H4 Br CH3 40,3
4-CH3-C6H4 CH3 Br 32,1
4-C2H5-C6H4 Br CH3 87,8
4-C2H5-C6H4 CH3 Br 59,2
53
Esquema 27 – Esquema geral da síntese de isotiossemicarbazonas
Esquema 28
54
Esquema 29
R1 R2 R3 Rendimentos (%)
H Br Propil 90
H Br Butil 80
H Br Pentil 75
H Br Hexil 85
H Br Heptil 82
H Br Octil 79
H Br Nonil 85
H Br Dodecil 80
H H Propil 80
Cl Cl Propil 75
Esquema 30
55
Figura 25 – Formas isoméricas do núcleo tiadiazol
56
Esquema 31
57
Esquema 32
R1 Rendimento(%)
C6H5 65
4-OCH3-C6H4 60
4-CH3-C6H4 62
4-Cl-C6H4 70
3-Cl-C6H4 70
60
Esquema 33
R1 Rendimento (%)
4-CH3-C6H4 81
4-NO2-C6H4 74
2,4,6-triCH3-C6H2 81
4-OCH3-C6H4 54
3-trifluorfenil 86
4-CN-C6H4 65
4-Cl-C6H4 60
2-F-C6H4 84
2,4-diCl-C6H3 81
76
39
70
59
4 RESULTADOS
Esquema 34
60
Tabela 3 – Nomenclatura dos compostos sintetizados e seus respectivos códigos
Numeração Estrutura Nomenclatura
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-1-fenil-5-(4-
4a.
nitrofenil)-3-(trifluormetil)-1H-pirazol
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-1-fenil-5-(4-
4b
fluorfenil)-3-(trifluormetil)-1H-pirazol
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-5-(4-clorofenil)-
4c
1-fenil-3-(trifluormetil)-1H-pirazol
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-5-(4-bromofenil)-
4d
1-fenil-3-(trifluormetil)-1H-pirazol
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-1,5-difenil-3-
4e
(trifluormetil)-1H-pirazol
4-[(2-carbamotioil-hidrazinilideno)metil]-1-fenil-3-5-(4-
4f
metóxifenil)-(trifluormetil)-1H-pirazol
(E)-metil-N'-(1-fenil-5-(4-nitrofenil)-3-(trifluormetil)-1H-
5a.
pirazol-4-il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
61
Tabela 3 – Nomenclatura dos compostos sintetizados e seus respectivos códigos (Continuação)
Numeração Estrutura Nomenclatura
(E)-metil-N'-(1-fenil-5-(4-fluorfenil)-3-(trifluormetil)-1H-
pirazol-4-il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
5b
(E)-metil-N'-(5-(4-clorofenil)-1-fenil-3-(trifluormetil)-1H-
pirazol-4-il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
5c
(E)-metil-N'-(5-(4-bromofenil)-1-fenil-3-(trifluormetil)-1H-
pirazol-4-il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
5d
(E)-metil-N'-(1,5-difenil-3-(trifluormetil)-1H-pirazol-4-
il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
5e
(E)-metil-N'-(1-fenil-5-(4-metóxifenil)-3-(trifluormetil)-1H-
pirazol-4-il)metileno)-tiossemicarbazona-S-metilada
5f
4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-1-fenil-5-(4-nitrofenil)-3-
6a.
(trifluorometil)-1H-pirazol
4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-1-fenil-5-(4-fluorfenil)-3-
6b
(trifluorometil)-1H-pirazol
6c 4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-5-(4-clorofenil)-1-fenil-3-
(trifluorometil)-1H-pirazol
62
Tabela 3 – Nomenclatura dos compostos sintetizados e seus respectivos códigos (Continuação)
Numeração Estrutura Nomenclatura
4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-5-(4-bromofenil)-1-fenil-3-
6d
(trifluorometil)-1H-pirazol
4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-1,5-difenil-3-(trifluorometil)-
6e
1H-pirazol
4-[(2-amino)-1,3,4-tiadiazolil]-5-(4-metóxifenil)-1-fenil-3-
6f
(trifluorometil)-1H-pirazol
63
Esquema 35
R Rendimentos (%)a
NO2 92
F 88
Cl 82
Br 87
H 89
OCH3 85
a Rendimento calculado a partir do produto isolado mediante recristalização em EtOH
64
Esquema 36
Esquema 37
65
No primeiro teste, após a formação in situ do intermediário LVIII, a reação
foi deixada a temperatura ambiente, foi adicionado ao meio reacional 1
equivalente de tiossemicarbazida e deixada sob agitação por 10 minutos
(Entrada 1, Tabela 4). Foi possível observar que houve a formação do produto
4a, entretanto, foi recuperado grande parte do material de partida. Assim, a
quantidade de equivalentes de tiossemicarbazida foi aumentada para 2
equivalentes e o tempo reacional mantido, entretanto, ainda não houve
conversão total ao produto desejado (Entrada 2, Tabela 4).
Com o intuito de observar se 2 equivalentes de tiossemicarbazida são
suficientes para a conversão total ao produto 4a foi realizado o teste da Entrada
3, onde o tempo reacional foi de 2 horas. Entretanto, ao analisar o espectro de
RMN de 1H do produto obtido, foi observado que não houve conversão total ao
produto e ainda verificou-se a formação de aldeído como subproduto. Dessa
forma, no teste seguinte foram utilizados 3 equivalentes de tiossemicarbazida, e
a reação foi deixada a temperatura ambiente, por apenas 10 minutos, sendo que
a taxa de conversão aumentou consideravelmente (90%) (Entrada 4, Tabela 4).
Assim, a quantidade de equivalentes de tiossemicarbazida foi mantida e o tempo
reacional foi aumentado para 30 minutos. Nessas condições, foi observado que
ocorreu conversão total e o produto desejado 4a foi obtido com rendimento de
94% após purificação por recristalização em éter etílico (Entrada 5, Tabela 4).
Como mostrado anteriormente, as metodologias relatadas na literatura
para a síntese de tiossemicarbazonas são a partir da condensação de um
composto carbonílico com tiossemicarbazida, utilizando catálise ácida. Porém,
neste trabalho a síntese das tiossemicarbazonas foi realizada a partir do
potencial reativo do intermediário imínio LVIII e tiossemicarbazida. Assim a
reação ocorreu via adição nucleofílica do nitrogênio mais nucleofílico da
tiossemicarbazida ao carbono imínico ativado do intermediário LVIII, seguida da
eliminação de terc-butilamina. O produto 4a foi obtido após o workup básico da
reação (Esquema 38).
66
Esquema 38 — Mecanismo reacional para formação da tiossemicarbazonas 4a
C18H13F3N6O2S
4a. 94 Sólido amarelo 226,5
434,3972
67
Tabela 5 – Constantes físico-químicas dos compostos 4a-f (Continuação)
Formula
Rendimento Característica P.F.
Estrutura molecular PM (g
a
(%) da amostra (ºC)
mol-1)
C18H13F4N5O2S
4b 63 Sólido branco 221,18
407,3906
C18H13ClF3N5S
4c 78 Sólido branco 225,37
423,8422
C18H13BrF3N5S
4d 73 Sólido branco 226,12
468,2962
C15H14F3N5S
4e 70 Sólido branco 211,27
389,4002
C19H16F3N5OS
4f 65 Sólido branco 212,65
419,4262
68
Através do espectro de RMN de 1H em DMSO-d6 do composto 4a foi
possível verificar a presença dos hidrogênios do grupo fenila na região de
hidrogênios aromáticos com δH 7,34-7,42 (m, 5H), e dos hidrogênios do anel 4-
nitrofenila em δH 7,69 (d, J= 8,90 Hz, 2H) e δH 8,25 (d, J= 8,81 Hz, 2H). A
formação da unidade 4-hidrazonacarbotioamida foi confirmada pela presença
dos sinais de hidrogênio em δH 6,49 (sl, 1H) e δH 8,31 (sl, 1H) referentes aos
hidrogênios do grupo –NH2, os quais não apresentaram nenhuma correlação nos
mapas de contorno HMBC e HSQC e o hidrogênio imínico em δH 8,01 (s, 1H)
(Figura 27).
69
de RMN com experimentos em diferentes temperaturas confirmando essa
hipótese, de tal maneira, ao aumentar a temperatura, há energia suficiente para
romper a barreira de energia de rotação do grupo amino e assim os dois
hidrogênios tornam-se equivalentes, sendo exibidos como um singleto.
70
126,0, 129,5 e 137,8, onde o carbono ligado diretamente ao átomo de nitrogênio
se encontra em δC 137,8.
71
Figura 30 – Espectro de RMN 13C (125,77 MHz) do composto 4a em DMSO-d6
a Espectrômetro Bruker avance III HD operando à 500,13 MHz para 1H e 125,77 para 13C
b Espectrômetro Bruker avance III HD operando à 300,06 MHz para 1H e 75,46 para 13C
72
Tabela 6 – Dados de RMN de 1H e 13C dos compostos 4a-f (Continuação)
Composto Estrutura RMN 1H, , J (Hz) RMN 13C, , J (Hz)
6,23 (sl, 1H, -CSNH2), 114,1 (C4), 116,5 (2JC-F = 22,0, 4-F-
6,87 (sl, 1H, -CSNH2), C6H4), 121,2 (q, 1JC-F = 269,9, CF3),
7,12 (dd, J = 8,9, 2H, 4-F- 123,7 (4JC-F = 3,6, 4-F-C6H4), 125,4 (-
4bb
C6H4), 7,20-7,24 (m, 4H, - C6H5), 129,0 (-C6H5), 129,4 (-C6H5),
(CDCl3)
C6H5; 4-F-C6H4), 7,33- 132,3 (3JC-F = 8,5, 4-F-C6H4), 133,7 (-
7,38 (m, 5H, -C6H5), 7,70 CH=N), 138,2 (-C6H5), 140,3 (q, 2JC-F =
(s, 1H, -CH=N), 9,61 (s, 38,2, C3), 144,1 (C5), 163,5 (d, 1JC-F =
1H, NH). 252,1, 4-F-C6H4), 178,4 (-C=SNH2).
6,64 (sl, 1H, -CSNH2), 114,6 (C4), 121,4 (q, 1JC-F = 269,2,
7,32-7,53 (m, 7H, -C6H5 CF3), 125,9 (-C6H5), 126,3 (4-Cl-
e 4-Cl-C6H4), 7,52 (d, J = C6H4), 128,8 (4-Cl-C6H4), 129,2 (-
4cb 8,6, 2H, 4-Cl-C6H4), 7,97 C6H5), 129,3 (-C6H5), 132,4 (4-Cl-
(DMSO-d6) (s, 1H, -CH=N), 8,42 (sl, C6H4), 133,0 (-CH=N), 134,8 (4-Cl-
1H, -CSNH2), 11,51 (s, C6H4), 137,9 (-C6H5), 138,2 (q, 2JC-F
1H, -NH). = 37,3, C3), 143,9 (C5), 178,0 (-
C=SNH2)
6,65 (sl, 1H, -CSNH2), 114,6 (C4), 121, 4 (q, 1JC-F = 269,3,
7,32-7,45 (m, 7H, -C6H5 CF3), 125,8 (4-Br-C6H4),126,6 (4-Br-
e 4-Br-C6H4), 7,65 (d, J = C6H4), 129,2 (-C6H5), 129,3 (-C6H5),
4db 8,5, 2H, 4-Br-C6H4), 7,97 131,7 (4-Br-C6H4), 132,6 (-C6H5),
(DMSO-d6)
(s, 1H, -CH=N), 8,44 (sl, 133,0 (-CH=N), 137,9 (-C6H4), 138,2
1H, -CSNH2), 11,50 (l, (q, 2JC-F = 37,6, C3), 144,0 (C5),
1H, NH). 178,0 (-C=SNH2).
6,44 (s, 1H, -CSNH2), 114,0 (C4), 121,3 (q, 1JC-F = 270,0,
6,84 (s, 1H, -CSNH2), CF3), 133,9 (-CH=N), 127,8; 128,8;
7,19-7,41 (m, 10H, - 129,1; 129,2; 130,1; 130,2; 138,4
4eb
C6H5 – A e B), 7,79 (s, (C6H5 – A e B), 140,3 (q, 2JC-F = 38,4,
(CDCl3)
1H, -CH=N), 10,24 (s, C3), 145,1 (C5), 178,4 (-C=SNH2).
1H, NH).
9,97 (s, 1H, NH), 7,76 (s, 55,5 (-OCH3), 113,7 (C4), 114,6 (4-
1H, -CH=N), 7,23-7,34 OCH3-C6H4), 119,6 (4-OCH3-C6H4),
(m, 5H, -C6H5), 7,12 (d, J 121,4 (q, 1JC-F = 269,7, CF3), 125,3
4fb = 8,74, 2H,4-OCH3- (-C6H5), 128,7 (-C6H5), 129,3 (-C6H5),
(CDCl3) C6H5), 6,90-6,92 (d, J = 131,7 (4-OCH3-C6H4), 134,0 (-
8,75, 2H,4-OCH3-C6H5), CH=N), 138,5 (-C6H5), 140,2 (q, 2JC-
6,95 (s, 1H, -CSNH2), F = 38,2 , C3), 145,3 (C5), 160,8 (4-
6,39 (s, 1H, -CSNH2). OCH3-C6H4), 178,6 (-C=SNH2).
a Espectrômetro Bruker avance III HD operando à 500,13 MHz para 1H e 125,77 para 13C
b Espectrômetro Bruker avance III HD operando à 300,06 MHz para 1H e 75,46 para 13C
73
grupamento Ph (fenila), o íon fragmento com m/z de 359 Da. A Figura 31
apresenta o espectro de massas de alta resolução e na Figura 32 está a
proposta de fragmentação.
1
869.1551
0
100 200 300 400 500 600 700 800 900 m/z
4
418.0595
3
359.0764
398.0535
2 339.0700
313.0830
1
377.0881
0
250 300 350 400 450 500 m/z
Tabela 7 – Dados de espectrometria de massas de alta resolução dos compostos 4a-f via
ionização por eletronspray
Composto ESI-MS/MS m/z
4a. 432 [M+H]+, (pico base), 418, 398, 359, 339, 313.
4b 408 [M+H]+, 391(pico base), 371, 332, 312.
4c 424 [M+H]+, 407 (pico base), 387, 348, 328.
4d 470 [M+H]+, 453, 430, 394 (pico base), 369, 313.
4e 390 [M+H]+, 373 (pico base), 353, 314, 292.
4f 420 [M+H]+, 403, 383, 344 (pico base), 325.
74
Figura 32 – Proposta de fragmentações para o composto 4a
75
desejado (Entrada 1, Tabela 8). Dessa forma, aumentou-se a quantidade de
equivalentes de Na2CO3, mas, não houve mudança significativa na conversão
(Entrada 2, Tabela 8).
Assim, a reação foi testada com um excesso de iodeto de metila (3
equivalentes) e 1,2 equivalentes de Na2CO3 o produto 5a foi obtido com
rendimento de 86% (Entrada 3, Tabela 8).
Através do mecanismo observa-se que, inicialmente, ocorre o
deslocamento do par de elétrons do átomo de nitrogênio e dessa forma o átomo
de enxofre ataca o haleto de alquila via uma reação de substituição nucleofílica
bimolecular (SN2), então ao intermediário formado é adicionada uma base, nesse
caso Na2CO3, para a neutralização do produto levando ao produto metilado
(Esquema 39).
76
Tabela 9 – Rendimento e constantes físico-químicas dos compostos 5a-f
Formula
Estrutura molecular PM Rendimento Característica
P.F. (ºC)
-1 a
(g mol ) (%) da amostra
C18H11F3N6O2S
5a 85 Sólido amarelo 190,7
432,3812
C18H11F4N5S
5b 78 Sólido bege 145,5
405,3746
C18H11ClF3N5S
5c 61 Sólido amarelo 188,5
421,8262
C18H11BrF3N5S
5d 80 Sólido branco 137,4
466,2802
C18H12F3N5S
5e 73 Sólido bege 167,65
387,3842
C19H14F3N5OS
5f 68 Sólido branco 126,2
417,4102
77
4.3.1 Caracterização estrutural dos 4-isotiossemicarbazonaspirazóis
trifluormetilados
A caracterização estrutural dos compostos 5a-f foi realizada por meio das
técnicas de RMN de 1H,13C, HSQC e HMBC, e espectrometria de massas de alta
resolução.
Através do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 5a foi possível
verificar a presença dos hidrogênios do grupo fenila como multipletos na região
de aromáticos em δH 7,21-7,24 (m, 2H) e δH 7,34-7,37 (m, 3H), e dos hidrogênios
do grupo 4-nitrofenila em δH 7,48 (d, J=8,92 Hz, 2H) e δH 8,20-8,25 (m, 3H, 4-
NO2C6H4, H-6’). A metilação da unidade 4-hidrazonacarbotioamida foi
confirmada pelo sinal em δH 2,45 (s, 3H) e o desaparecimento do sinal em δH
11,50 pertencente ao grupo –NH do precursor 4a. Adicionalmente, os sinais
referentes aos hidrogênios do grupo –NH2 são apresentados como um singleto
em δH 5,22, devido a serem equivalentes por conta da ausência do grupo
tioamida (Figura 33).
78
No espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 5a, apresentado na
Figura 34 foi possível confirmar a S-metilação da unidade 4-
hidrazonacarbotioamida pela presença do sinal em δC 12,8 referente ao carbono
da metila.
79
Figura 35 – RMN de HSQC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
80
Tabela 10 – Dados de RMN de 1H e 13C dos compostos 5a-f (Continuação)
Composto Estrutura RMN 1H, δ (ppm), J (Hz) RMN 13C, δ (ppm), J (Hz)
2,45 (s, 3H, -SCH3), 5,22 12,8 (-SCH3), 116,8 (C4), 121,4
(s, 2H, -NH2), 7,21-7,24 (q, CF3, 1JC-F = 269,8), 125,9 (-
(m, 2H, -C6H5), 7,34-7,37 C6H5), 126,3, 128,8 (4-Cl-C6H4),
5ca (m, 3H, -C6H5), 7,48 (d, 129,2, 129,3 (-C6H5), 132,4,
(CDCl3) 2H, 4-Cl-C6H4, J = 8,9), 134,8 (4-Cl-C6H4), 133,0 (-
8,23 (d, 2H, 4-Cl-C6H4, J CH=N ), 137,9 (-C6H5), 138,2 (q,
= 8,9), 8,25 (s, 1H, - C3, 2JC-F = 37,3), 143,9 (C5),
CH=N) 178,0 (-C-S)
2,45 (s, 3H, -SCH3), 5,26 12,8 (-SCH3), 116,2 (C4), 121,5
(s, 2H, NH2), 7,14 (d, 2H, (q, CF3, 1JC-F = 269,6), 124,1,
4-Br-C6H4, J = 8,6), 7,22- 127,6 (4-Br-C6H4), 125,4,
5da 7,25 (m, 2H, -C6H5), 7,32- 128,7, 129,3 (-C6H5), 132,0,
(CDCl3) 7,36 (m, 3H, -C6H5), 7,51 132,1 (4-Br-C6H4), 138,4 (-
(d, 2H, 4-Br-C6H4, J = C6H5), 140,8 (q, C3, 2JC-F =
8,6), 8,22 (s, 1H, -CH=N) 37,9), 143,3 (-CH=N), 143,4
(C5), 163,3 (C-S)
2,44 (s, 3H, -SCH3), 5,25 12,8 (-SCH3), 116,0 (C4), 121,6
(s, 2H, -NH2), 7,23-7,39 (q, CF3, 1JC-F = 269,6), 125,3,
(m, 10H, -C6H5 A e B), 128,5, 128,7, 128,8, 129,1,
5ea 8,24 (s, 1H, -CH=N) 129,5, 130,5, 138,7 (-C6H5 – A e
(CDCl3) B), 140,6 (q, C3, 2JC-F = 37,9),
143,7 (-CH=N), 144,8 (C5),
163,1 (-C-S)
81
Esquema 40
82
maior tempo reacional para a conversão total ao produto 6a. Quando comparado
aos testes utilizando I2 o tempo utilizado foi três vezes maior, entretanto, é
possível observar que não houve variações significantes nos rendimentos entre
as Entradas 3 (56%) e 6 (52%).
Outro agente oxidante utilizado foi o diacetóxiiodo benzeno (DIB),
entretanto, não ocorreu a formação do produto desejado, Entradas 9 a 11.
A Entrada 12 foi realizada em acetonitrila com as mesmas condições
utilizadas para as Entradas 1 e 2, o intuito do teste foi para realizar a síntese
one-pot de 1,3,4-tiadiazóis, entretanto não foi observada a formação do produto
desejado. Para tal teste, inicialmente foi realizada a síntese do intermediário
LVIII, a seguir, foram adicionados 3 equivalentes de Na2CO3 e 1,2 equivalentes
de iodo molecular e deixado em refluxo por 24 horas (Esquema 41).
Esquema 41
83
As propostas de mecanismo para a formação do núcleo 1,3,4-tiadiazol
utilizando I2 ou FeCl3 estão apresentadas nos Esquemas 42122 e 43,
respectivamente.
O mecanismo proposto para a formação do núcleo 1,3,4-tiadiazol
utilizando I2, consiste inicialmente no ataque ao iodo molecular pelo nitrogênio
imínico formando sal de imínium. A seguir, na presença de uma base (iodeto ou
bicarbonato e sódio) ocorre um ataque intramolecular ao carbono imínico e por
último uma base promove a aromatização do sistema.
84
Esquema 43 — Proposta de mecanismo para formação do núcleo 1,3,4-tiadiazol 6a a partir da
ciclização oxidativa da tiossemicarbazona 4a utilizando FeCl3
Formula
Ponto de
Estrutura molecular PM Rendimento Característica
fusão
(g mol-1) (%)a da amostra
(ºC)
C18H11F3N6O2S
6a. 56 Sólido branco 236,7
432,3812
C18H11F4N5S
6b 44 Sólido branco 243,3
405,3746
85
Tabela 12 – Constantes físico-químicas dos compostos 6a-f (Continuação)
Formula
Ponto de
Estrutura molecular PM Rendimento Característica
fusão
(g mol-1) (%)a da amostra
(ºC)
C18H11ClF3N5S
6c 46 Sólido branco 224,9
421,8262
C18H11BrF3N5S
6d 42 Sólido branco 239,2
466,2802
C18H12F3N5S
6e 39 Sólido branco 275,5
387,3842
C19H14F3N5OS
6f 20 Sólido branco 239,1
417,4102
86
núcleo tiadiazol, sendo que tal atribuição está de acordo com a literatura 113
(Figura 36).
Figura 36 – Espectro de RMN 1H (500 MHz) do composto 6a em DMSO-d6
87
Figura 37 – Espectro de RMN 13C (125,77MHz) composto 6a em DMSO-d6
88
Tabela 13 – Dados de RMN de 1H e 13C dos compostos 6a-f (Continuação)
Composto Estrutura RMN 1H, δ (ppm), J (Hz) RMN 13C, δ (ppm), J (Hz)
7,23-7,29 (m, 2H, 4-F- 112,2 (C4), 116,6 (d, 4-F-C6H4,
C6H4), 7,36-7,46 (m, 9H, 2J 1
C-F = 21,9), 121,7 (q, CF3, JC-F
4-F-C6H4, C6H5 e NH2) = 269,1), 124,3 (d, 4-F-C6H4, 4JC-
6bb F = 3,1), 126,6, 129,8, 129,8
(DMSO-d6) (C6H5), 133,9 (d, 4-F-C6H4, 3JC-F
= 8,5), 138,7 (C6H5), 137,4 (q, C3,
2J 5
C-F = 38,4), 144,3 (C ), 163,6 (d,
1
4-F-C6H4, JC-F = 248,2)
7,33 (s, 2H, NH2), 7,39- 111,4 (C4), 121,1 (q, CF3, 1JC-F =
7,44 (m, 7H, C6H5 e 4-Cl- 269.6 Hz), 126,0 (C6H5), 126,1 (4-
C6H4), 7,49 (d, 2H, 4-Cl- Cl-C6H4), 128,9, 129,2 (C6H5),
6cb
C6H4, J = 8,5) 129,2, 132,6, 135,1 (4-Cl-C6H4),
(DMSO-d6) 138,0 (C6H5), 138.7 (q, C3, 2JC-F =
36,8), 143,3 (C5), 169,6 (C-NH2)
7,31-7,33 (m, 4H, 4-Br- 111,4 (C4), 121,1 (q, CF3, 1JC-F =
C6H4 e NH2), 7,37-7,45 269,7), 124,0, 126,4 (4-Br-C6H4),
(m, 5H, C6H5), 7,62 (d, 2H, 126,0, 126,4, 129,2 (C6H5), 131,8,
6db
4-Br-C6H4, J = 8.4) 132,8 (4-Br-C6H4), 138,0 (C6H5),
(DMSO-d6) 138,8 (q, C3, 2JC-F = 37,0), 143,3
(C5)
7,27 (s, 2H, NH2), 7,34- 111,3 (C4), 121,1 (q, CF3, 1JC-F =
7,44 (m, 10H, C6H5 A e B) 269,8), 125,9, 127,1, 128,7, 129,1,
129,1, 130,1, 130,7, 138,2 (C6H5 –
6eb
A e B), 138,7 (q, C3, 2JC-F = 36,9),
(DMSO-d6) 144,5 (C5)
89
ressonância no sistema. De tal maneira, as demais fragmentações derivam
dessa, sendo que o íon fragmento com m/z 399,0640 Da corresponde a perda
do grupo NH2 (Figura 38).
865.1411
2.0
1.5
1.0
0.5
388.0875 803.3857
0.0
200 400 600 800 1000 1200 m/z
Intens. Fernanda J-TD-NO2.d: +MS2(433.0743), 30.0eV, 0.2min #14
x106
413.0683
1.5
1.0
433.0743
0.5 399.0640
Tabela 14 – Dados de espectrometria de massas de alta resolução dos TDZ 6a-f a partir da
ionização por electrospray
Composto ESI-MS/MS m/z (% Intensidade relativa)
6a. 433 [M+H]+, 413 (100), 399, 391, 367, 342.
6b Em análise
6c 422 [M+H]+, 402 (100), 380, 360, 296.
6d 466 [M+H]+, 445 (100), 346.
6e 388 [M+H]+, 368 (100), 326, 306, 294, 262.
6f Em análise
90
4.5 ATIVIDADE BIOLÓGICA
91
Tabela 15 – Resultados da atividade antioxidante via ORAC para os compostos sintetizados
A série dos compostos 4a-f foi a que se apresentou mais ativa, sendo que
os compostos 4a-e não apresentaram diferenças significativas conforme o teste
de Tukey. O composto mais ativo dessa série foi o composto 4f com 1753,71583
μmol de equivalente Trolox g-1 de amostra, seguido pelo composto 4b com
1546,329 μmol de equivalente Trolox g-1 de amostra. De tal maneira, observou-
se que a presença dos substituintes 4-flúor e 4-metóxi no anel aromático
forneceu maior atividade aos derivados sintetizados
Os compostos 5a-f apresentaram valores que variaram de 51,97 a
1077,46 μmol de equivalente Trolox g-1 de amostra, onde a presença do
substituinte 4-bromo no anel aromático fez com que o composto apresentasse a
92
maior atividade, enquanto que o substituinte 4-metóxi no anel aromático foi o que
apresentou menor atividade.
Para a série dos compostos 6a-f foram apresentados valores que
variaram de 328,620 a 2391,473 μmol de equivalente Trolox g-1 de amostra. Os
compostos mais ativos foram o 6e e 6f, sem diferenças significativas segundo o
teste de Tukey. Enquanto que o menos ativo foi com o substituinte 4-bromo, isso
demonstra que a presença dos substituintes metóxi ou a ausência de
substituintes no anel aromático aumentou a atividade dos derivados.
Os compostos mais ativos entre os sintetizados foram o 6e e 6f,
respectivamente com valores de 2391,47 e 2128,83 μmol de equivalente Trolox
g-1 de amostra, ainda é possível destacar que entre as séries sintetizadas os
compostos 4 apresentaram-se de modo geral mais ativos, seguido dos
compostos 6, sendo relatado na literatura58 que as tiossemicarbazonas
apresentam maior atividade antioxidante que seus derivados cíclicos.
Os derivados 5 provenientes da S-metilação foram os que apresentaram
menor resultados de atividade antioxidante. A baixa atividade da série desses
compostos pode ser atribuída ao fato de que tioéteres atuam como antioxidantes
secundários, ao invés de capturarem radicais reagem via reações redox levando
a produtos que não são estáveis58.
93
Tabela 16 – Resultados do ensaio de atividade antileishmania dos compostos sintetizados
94
Os compostos 5a-f apresentaram bons valores de atividade que variaram
de 13,9 a 44,7 µM, onde a presença do substituinte 4-bromo, 4-metóxi e 4-nitro
no anel aromático fez com que houvesse uma melhoria na atividade, enquanto
que sem substituição no anel aromático foi o que apresentou menor atividade.
Para a série dos compostos 6a-f foram obtidos valores de IC50 que
variaram de 14,7 a 52,4 µM. Os compostos mais ativos foram com a presença
do substituinte 4-bromo (6d), 4-metóxi (6f) e 4-nitro (6a) no anel fenila, os quais
não apresentaram diferenças significativas segundo o teste de Tukey. Enquanto
que o composto menos ativo foi o 6e, o qual não apresenta substituição no anel
fenila.
Além disso, e possível destacar que a derivatização do núcleo
tiossemicarbazona (4) para os núcleos isotiossemicarbazona (5) ou tiadiazol (6)
conferiu às moléculas maior atividade antileishmania, sendo que a série das
isotiossemicarbazonas, de modo geral, apresentou-se mais ativa.
Os compostos 4d, 4f, 5a, 5d, 5f, 6a, 6d e 6f não apresentaram diferenças
significativas segundo o teste de Tukey, apresentando os melhores valores de
atividade, sendo o composto 5d o mais ativo, com valor de IC50 = 13,9 µM. É
possível analisar a influência dos substituintes nos anéis aromáticos das
estruturas 4, 5 e 6, onde nota-se que a presença dos grupos 4-NO2-C6H4, 4-Br-
C6H4 e 4-OCH3-C6H4 é interessante, pois os compostos com estes grupos foram
os que apresentaram os melhores resultados, sendo, em sua maioria, valores de
IC50<20 µM, enquanto que a presença dos grupos 4-F-C6H4 e 4-Cl-C6H4,
apresentaram atividades inferiores para as três séries com IC50>30 µM.
Em relação a análise de citotoxicidade, observou-se que os compostos
mais seletivos para as células epiteliais LLMCK2 foram os compostos 4a
(IS=11,3), 6a (IS=10,8), 6c (IS=10,7), enquanto que para a linhagem de
macrófagos J774A1 o composto mais seletivo foi o 6a (IS=14,5), seguido dos
compostos 5a (IS=12,1) e 4a (IS=9,1). Notoriamente, a presença do grupo 4-
NO2-C6H5 aumenta a seletividade para estas linhagens de células, enquanto que
a presença do grupo 4-F-C6H5, faz com que a seletividade diminua.
Em um trabalho em desenvolvido pelo nosso grupo de pesquisa, foi
realizada a síntese a avaliação e atividade antileishmania para a forma
promastigota da L. amazonensis de 4-formilpirazóis trifluormetilados. A Tabela
17 apresenta os valores obtidos para o ensaio.
95
Tabela 17 – Resultados do ensaio de atividade antileishmania dos compostos sintetizados
L. amazonensis Cels epiteliais Macrófagos
Composto Estrutura (promastigotas) LLCMK2 J774A1
IC50 (µM) CC50 (µM) CC50 (µM)
96
5 CONCLUSÕES
97
6 PARTE EXPERIMENTAL
98
temperatura ambiente, foram adicionados 2 equivalentes do ácido de Lewis
BF3.OEt2 (0,530 mL, 2,0 mmols), seguido de 1 equivalente de fenilidrazina (0,111
g, 1,0 mmol) e deixada em refluxo por um período de 7 horas. Após o fim do
tempo reacional a mistura ficou em repouso até atingir temperatura ambiente, a
seguir, foram adicionados 3 equivalentes de tiossemicarbazida (0,276 g, 3,0
mmols) e deixado em agitação por mais 30 minutos. Ao término do tempo
reacional foram adicionados 15 mL de diclorometano e a mistura foi lavada com
uma solução a 3% de carbonato de sódio (3x15 mL). A fase orgânica foi seca
com sulfato de sódio anidro e o solvente evaporado em evaporador rotatório sob
pressão reduzida. O produto 4 foi obtido puro após secagem e recristalização
em éter etílico (Esquema 44).
Esquema 44
99
Esquema 45
Esquema 46
101
6.5.3 Atividade Antioxidante via o método ORAC
102
6.6.2 Ensaio anti-proliferativo
103
WaveXSspectrophotometer) a 570 nm. Os valores de CC50 (concentração
citotóxica de 50%) foram estimados em relação ao controle anfotericina B.
104
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115
8 ANEXOS
Anexo 1 – Espectro de RMN de 13C (500,13 MHz) do composto 4a em DMSO-d6 ......... 122
Anexo 2 – Espectro de RMN de 13C (125,77 MHz) do composto 4a em DMSO-d6 ......... 123
Anexo 3 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77
MHz) ................................................................................................................................ 124
Anexo 4 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13
x 125,77 MHz) ................................................................................................................. 125
Anexo 5 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77
MHz) ................................................................................................................................ 126
Anexo 6 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13
x 125,77 MHz) ................................................................................................................. 127
Anexo 7 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13
x 125,77 MHz) ................................................................................................................. 128
Anexo 8 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4b em CDCl3 ............... 129
Anexo 9 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4b em CDCl3 ................ 130
Anexo 10 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 131
Anexo 11 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 132
Anexo 12 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 133
Anexo 13 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 134
Anexo 14 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4c em DMSO-d6 ........ 135
Anexo 15 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4c em DMSO-d6 ......... 136
Anexo 16 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 137
Anexo 17 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 138
Anexo 18 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 139
Anexo 19 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 140
Anexo 20 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4d em DMSO-d6 ........ 141
Anexo 21 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4d em DMSO-d6 ......... 142
Anexo 22 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 143
Anexo 23 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 144
Anexo 24 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 145
Anexo 25 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 146
Anexo 26 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 147
Anexo 27 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4e em CDCl3 .............. 148
Anexo 28 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4e em CDCl3 .............. 149
Anexo 29 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 150
Anexo 30 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 151
Anexo 31 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 152
Anexo 32 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 153
Anexo 33 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 154
Anexo 34 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4f em CDCl3 .............. 155
Anexo 35 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4f em CDCl3 ............... 156
Anexo 36 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 157
Anexo 37 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 158
Anexo 38 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 159
Anexo 39 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 160
Anexo 40 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5a em CDCl3 .............. 161
Anexo 41 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5a em CDCl3 .............. 162
Anexo 42 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 163
Anexo 43 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 164
Anexo 44 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 165
Anexo 45 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 166
Anexo 46 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 167
Anexo 47 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5b em CDCl3 ............. 168
Anexo 48 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5b em CDCl3 .............. 169
Anexo 49 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 170
Anexo 50 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 171
Anexo 51 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 172
Anexo 52 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 173
Anexo 53 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 174
Anexo 54 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5c em CDCl3 .............. 175
Anexo 55 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5c em CDCl3 .............. 176
Anexo 56 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 177
Anexo 57 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 178
Anexo 58 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 179
Anexo 59 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 180
Anexo 60 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5d em CDCl3 ............. 181
Anexo 61 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5d em CDCl3 .............. 182
Anexo 62 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 183
Anexo 63 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 184
Anexo 64 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 185
Anexo 65 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 186
Anexo 66 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 187
Anexo 67 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5e em CDCl3 .............. 188
Anexo 68 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5e em CDCl3 .............. 189
Anexo 69 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 190
Anexo 70 – Expansão espectro de RMN de HSQC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 191
Anexo 71 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 192
Anexo 72 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 193
Anexo 73 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 194
Anexo 74 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5f em CDCl3 .............. 195
Anexo 75 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5f em CDCl3 ............... 196
Anexo 76 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 197
Anexo 77 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 198
Anexo 78 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 199
Anexo 79 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 200
Anexo 80 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 201
Anexo 81 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x
75,46 MHz) ...................................................................................................................... 202
Anexo 82 – Espectro de RMN de 1H do composto 6a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
......................................................................................................................................... 203
Anexo 83 – Espectro de RMN de 13C do composto 6a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
......................................................................................................................................... 203
Anexo 84 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6a em DMSO-d6 (500,06 x 125,77
MHz) ................................................................................................................................ 205
Anexo 85 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6a em DMSO-d6 (500,13
x 125,77 MHz) ................................................................................................................. 206
Anexo 86 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77
MHz) ................................................................................................................................ 207
Anexo 87 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 6a em DMSO-d6 (500,13
x 125,77 MHz) ................................................................................................................. 208
Anexo 88 – Espectro de RMN de 1H do composto 6b em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 209
Anexo 89 – Espectro de RMN de 13C do composto 6b em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
......................................................................................................................................... 210
Anexo 90 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6b em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 211
Anexo 91 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6b em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 212
Anexo 92 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6b em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 213
Anexo 93 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 6b em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 214
Anexo 94 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 6c em CDCl3 .............. 215
Anexo 95 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 6c em CDCl3 .............. 216
Anexo 96 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 217
Anexo 97 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6c em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 218
Anexo 98 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 219
Anexo 99 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6c em DMSO-d6 (300,06
x 75,46 MHz) ................................................................................................................... 220
Anexo 100 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 6d em DMSO-d6 ...... 221
Anexo 101 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 6d em DMSO-d6 ....... 222
Anexo 102 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 223
Anexo 103 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6d em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 224
Anexo 104 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 225
Anexo 105 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 6d em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 226
Anexo 106 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 6e em DMSO-d6 ...... 227
Anexo 107– Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 6e em DMSO-d6 ........ 228
Anexo 108 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6e em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 229
Anexo 109 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6e em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 230
Anexo 110 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6e em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 231
Anexo 111 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 6e em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 232
Anexo 112 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 6f em DMSO-d6 ....... 233
Anexo 113 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 6f em DMSO-d6 ........ 234
Anexo 114 – Espectro de RMN de HSQC do composto 6f em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 235
Anexo 115 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6f em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 236
Anexo 116 – Espectro de RMN de HMBC do composto 6f em DMSO-d6 (300,06 x 75,46
MHz) ................................................................................................................................ 237
Anexo 117 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 6f em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 238
Anexo 118 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 6f em DMSO-d6
(300,06 x 75,46 MHz) ...................................................................................................... 239
Anexo 1 – Espectro de RMN de 13C (500,13 MHz) do composto 4a em DMSO-d6
Anexo 2 – Espectro de RMN de 13C (125,77 MHz) do composto 4a em DMSO-d6
Anexo 3 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
Anexo 4 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
Anexo 5 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
Anexo 6 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
Anexo 7 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)
Anexo 8 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4b em CDCl3
Anexo 9 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4b em CDCl3
Anexo 10 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 11 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 12 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 13 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 14 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4c em DMSO-d6
Anexo 15 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4c em DMSO-d6
Anexo 16 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 17 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 18 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 19 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4c em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 20 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4d em DMSO-d6
Anexo 21 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4d em DMSO-d6
Anexo 22 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 23 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 24 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 25 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 26 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4d em DMSO-d6 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 27 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4e em CDCl3
Anexo 28 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4e em CDCl3
Anexo 29 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 30 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 31 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 32 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 33 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 34 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 4f em CDCl3
Anexo 35 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 4f em CDCl3
Anexo 36 – Espectro de RMN de HSQC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 37 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 38 – Espectro de RMN de HMBC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 39 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 4f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 40 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5a em CDCl3
Anexo 41 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5a em CDCl3
Anexo 42 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 43 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 44 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 45 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 46 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5a em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 47 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5b em CDCl3
Anexo 48 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5b em CDCl3
Anexo 49 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 50 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 51 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 52 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 53 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5b em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 54 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5c em CDCl3
Anexo 55 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5c em CDCl3
Anexo 56 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 57 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 58 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 59 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5c em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 60 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5d em CDCl3
Anexo 61 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5d em CDCl3
Anexo 62 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 63 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 64 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 65 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 66 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5d em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 67 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5e em CDCl3
Anexo 68 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5e em CDCl3
Anexo 69 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 70 – Expansão espectro de RMN de HSQC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 71 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 72 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 73 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5e em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 74 – Espectro de RMN de 1H (300,06 MHz) do composto 5f em CDCl3
Anexo 75 – Espectro de RMN de 13C (75,46 MHz) do composto 5f em CDCl3
Anexo 76 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 77 – Espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 78 – Expansão do espectro de RMN de HSQC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 79 – Espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 80 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 81 – Expansão do espectro de RMN de HMBC do composto 5f em CDCl3 (300,06 x 75,46 MHz)
Anexo 82 – Espectro de RMN de 1H do composto 6a em DMSO-d6 (500,13 x 125,77 MHz)