Você está na página 1de 60

Interpretação dos Exames

Sorológicos nas Doenças Infecciosas


Marcio A B Moreira
Sanimvet
FASES DO DIAGNÓSTICO

INTRODUÇÃO

ALGUNS CONCEITOS

VANTAGENS E DESVANTAGENS

DISCUSSÃO DE CASOS
CASO 1
JORDAN, CANINO, PIT BULL, 2 ANOS.

Márcio – HOVET-AM (2009)


RESULTADOS - EXAMES SOROLÓGICOS

● ELISA: Resultado: Não reagente

● RIFI: Resultado: REAGENTE

O QUE FAZER?
FASES DO DIAGNÓSTICO

§ Histórico

§ Epidemiologia

§ Manifestações clínicas

§ Exames básicos (hemograma, bioquímico, entre outros)

§ Diagnóstico direto x indireto


DIAGNÓSTICO DA DIAGNÓSTICO DA
ENFERMIDADE X INFECÇÃO

§ Diagnóstico de processo infeccioso agudo ou crônico

§ Detecção de infecções assintomáticas em indivíduos vulneráveis

§ Diagnóstico não clínico: triagem, prevalência da doença na região – risco de transmissão


ALGUNS
CONCEITOS...
SENSIBILIDADE

§ Capacidade do teste em detectar verdadeiros positivos

§ Alta sensibilidade: apresenta poucos resultados falso-negativos e muitos falso-


positivos

§ LIMITAÇÕES: infecções assintomáticas, fase de incubação


ESPECIFICIDADE

§ Capacidade do teste em detectar verdadeiros negativos

§ Alta especificidade: poucos resultados falso-positivos e muitos falso-negativos

§ Importante saber a especificidade do teste: falso-positivos


TESTE IDEAL

100% sensibilidade + 100% especificidade

CUSTO + DISPONIBILIDADE
INTERPRETAÇÃO

VANTAGENS:
§ Fácil coleta de material

§ Testar inúmeros animais

§ Alguns métodos são automatizados

§ Realização de inquéritos epidemiológicos


INTERPRETAÇÃO

DESVANTAGENS:
§ Janela imunológica
§ Soroconversão tardia (imunossuprimidos)
§ Existem cães que nunca farão a soroconversão/cães positivos parasitologicamente que podem
se tornar soronegativos
§ Infecção crônica (imunossilenciosos)
§ Teste positivo com Ac maternos (3 meses)
§ Ac podem perdurar por toda a vida
§ Variantes genéticas não detectadas pelo teste
§ Erros dos ensaios laboratoriais
SOROLOGIA - INTERPRETAÇÃO

● Detecção de Ac contra determinado Ag


● Alguns métodos podem detectar Ag
● IgM e IgG
SOROLOGIA - INTERPRETAÇÃO
LEISHMANIOSE

ELISA x RIFI

Fatores que podem fornecer resultados diferentes:

● D.O. (“cut-off”)
● Região endêmica x região não endêmica
● Diferenças de sensibilidade e especificidade entre
os métodos
● Ag totais x Ag recombinantes

Marcio, pessoal
INTERPRETAÇÃO

LEISHMANIOSE

Chagas Ehrlichia Babesia Ehrlichia Toxo Neospora Toxo


Babesia Neospora

ELISA (+) 9 1 0 5 0 0 0
(-) 5 12 12 1 10 8 13

RIFI (+) 6 0 0 0 5 0 0
(-) 8 13 12 6 5 8 13
rK39 (+) 0 1 0 3 1 1 3
(-) 14 12 12 3 9 7 10

Zanette (2006)
INTERPRETAÇÃO
LEISHMANIOSE

16
INTERPRETAÇÃO
LEISHMANIOSE

“... como implicações práticas nas atividades de controle da lv canina na capital mineira, o programa sacrificou 12.924 animais falsos positivos e
deixou de sacrificar 2.003 animais falsos negativos...” Soroprevalência do estudo foi de 3,64%
INTERPRETAÇÃO
LEISHMANIOSE

PROVAS DIFERENCIADAS:

§ Sorologia x presença do parasito

§ Cuidado com PCR (reação em cadeia pela polimerase)

§ Real-Time PCR

§ DPP (dual path platform)


INTERPRETAÇÃO
LEISHMANIOSE

DPP® Leishmaniose Visceral Canina

http://www.uece.br/ppgcv/dmdocument
http://www.bio.fiocruz.br/
s/eudsonjunior.pdf
SOROLOGIA x MOLECULAR
LEISHMANIOSE
SOROLOGIA x MOLECULAR
LEISHMANIOSE
§ 710 cães foram estudados
§ 40% dos cães apresentaram manifestações clínicas indicativas de
Leishmaniose
§ 36,3% (285/710) infecção foi detectada
§ 4,5% (32/710) qPCR
§ 16,2% (115/710) ELISA
§ 15,6% (111/710) detectado pelos dois testes
§ 17,9% (127/710) foram classificados como doentes

§ Cães sintomáticos e com ELISA altos títulos - qPCR + amostras de sangue


§ Cães com ELISA - baixos títulos ou indeterminado - qPCR + ; desenvolveram
§ manifestações clínicas
§ Aspirado de medula óssea e/ou linfonodo - deve ser usado para garantir a
§ ausência do parasito em condições assintomáticas
§ Para ser detectado pelo sangue 100/1000 parasitos por mL - mais de 10%
§ dos casos negativos no qPCR de sangue foram positivas no SWAB conjuntiva
SOROLOGIA x MOLECULAR
LEISHMANIOSE

QPCR PODE SER UTILIZADO:


§ Casos de resultados ELISA inconclusivos;
§ Quando ainda não ocorreu soroconversão;
§ Monitorar tratamento

Material a ser encaminhado para qPCR ?

SANGUE - EVITAR

§ MO
§ Linfonodo DAR
§ Pele PREFERÊNCIA
§ SWAB de conjuntiva
CASO 1
JORDAN, CANINO, PIT BULL, 2 ANOS.

Márcio – HOVET-AM (2009)


RESULTADOS EXAMES SOROLÓGICOS

ELISA: Resultado: Não reagente

RIFI: Resultado: REAGENTE

Qual Ag foi utilizado? Total ou recombinante?


ELISA – Ag recombinante: início de infecção
Reação cruzada (Babesia sp/Ehrlichia sp/Tripanossoma sp)

¯ TITULAÇÃO
RESULTADOS EXAMES SOROLÓGICOS
ELISA – RESULTADO INDETERMINADO

§ Próximo ao “cut-off” (ponto de corte)


§ Evolução – infecção:
v Repelentes e inseticidas: repetir 30 à 60 dias
v Associar outros métodos diagnósticos (pesquisa direta/IHQ/PCR/DPP)
CASO 2
DENIS, CANINO, MACHO, 1 ANO.
RESULTADO POSITIVO PARA LEISHMANIA SP
PM 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

200pb
100pb 120pb

PM 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

200pb 120pb
100pb

Márcio – HOVET-AM
Márcio – HOVET-AM
O QUE FAZER?
CASO 2

§ Canil em SP

§ Nunca saiu de SP

§ Ausência de manifestações clínicas

§ Sorologia (RIFI e ELISA S7): NÃO REAGENTE

§ PAAF de linfonodo e medula óssea: NEGATIVO

§ Nova coleta de PCR: NEGATIVO


INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE

§ ELISA
SNAP 4 DX
Teste positivo: FALSO-POSITIVO
Brasil: A. platys – trombocitopenia branda
Reação cruzada
§ RIFI: maior sensibilidade que ELISA
§ ImmunoComb®
§ Esfregaço sanguíneo: fase aguda à @ 5% dos suspeitos Márcio – HOVET-AM (2008)

encontra-se a mórula.
INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE

Resultado para E. canis – Sorologia


REAGENTE* NÃO REAGENTE

Manifestações Ausência de Manifestações Ausência de


clínicas manifestações clínicas e clínicas e manifestações clínicas e
sugestivas resultados resultados resultados
de Erliquiose laboratoriais laboratoriais laboratoriais
sugestivos
Tratamento e Tratamento e de erliquiose
monitoramento ( Monitoramento (PCR Pesquisar outra
PCR medula possibilidade
PCR medula medula óssea/baço/figado)
óssea/baço/figado)
óssea/baço/fígado)
INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE
Rodríguez-Alarcón et al. Parasites Vectors
https://doi.org/10.1186/s13071-020-04363-0
(2020) 13:518
Parasites & Vectors
Sainz et al. Parasites & Vectors (2015) 8:75
DOI 10.1186/s13071-015-0649-0

RESEARCH Open Access

REVIEW Open Access Demonstrating the presence of Ehrlichia


Guideline for veterinary practitioners on canine canis DNA from different tissues of dogs
with suspected subclinical ehrlichiosis
ehrlichiosis and anaplasmosis in Europe Carlos A. Rodríguez-Alarcón1 , Diana M. Beristain-Ruiz1*, Angélica Olivares-Muñoz2,
Ángel Sainz1*, Xavier Roura2, Guadalupe Miró3, Agustín Estrada-Peña4, Barbara Kohn5, Shimon Harrus6 Andrés Quezada-Casasola1, Federico Pérez-Casio1, Jesús A. Álvarez-Martínez3, Jane Tapia-Alanís1,
and Laia Solano-Gallego7 José J. Lira-Amaya3, Ramón Rivera-Barreno1, Orlando S. Cera-Hurtado1, José A. Ibancovichi-Camarillo4,
Luis Soon-Gómez5, Jaime R. Adame-Gallegos6 and Julio V. Figueroa-Millán3

Abstract
Abstract
Canine ehrlichiosis and anaplasmosis are important tick-borne diseases with a worldwide distribution. Information Background: Nowadays, Ehrlichia canis receives increasing attention because of its great morbidity and mortality in
has been continuously collected on these infections in Europe, and publications have increased in recent years. animals. Dogs in the subclinical and chronic phases can be asymptomatic, and serological tests show cross-reactivity
Prevalence rates are high for Ehrlichia and Anaplasma spp. infections in dogs from different European countries. The and fail to differentiate between current and past infections. Moreover, there could be low parasitaemia, and E. canis
goal of this article was to provide a practical guideline for veterinary practitioners on the diagnosis, treatment, and might be found only in target organs, hence causing results to be negative by polymerase chain reaction (PCR) on
prevention of ehrlichiosis and anaplasmosis in dogs from Europe. This guideline is intended to answer the most blood samples.
common questions on these diseases from a practical point of view. Methods: We evaluated by PCR the prevalence of E. canis in blood, liver, spleen, lymph node and bone marrow sam-
ples of 59 recently euthanised dogs that had ticks but were clinically healthy.
Keywords: Canine ehrlichiosis, canine anaplasmosis, Ehrlichia canis, Anaplasma phagocytophilum, Anaplasma platys,
consensus Results: In total, 52.55% of the blood PCRs for E. canis were negative, yet 61.30% yielded positive results from tissue
biopsies and were as follows: 63.15% from bone marrow; 52.63% from liver; 47.36% from spleen; and 15.78% from
lymph node. In addition, 33% had infection in three tissues (spleen, liver and bone marrow).
Introduction phylogenetically distant from E. canis, and therefore, Conclusions: Our results show the prevalence of E. canis from tissues of dogs that were negative by blood PCR. Ehrli-
Canine ehrlichiosis and anaplasmosis are important they were reclassified under the genera Anaplasma or chia canis DNA in tissue was 30% lower in dogs that tested negative in PCR of blood samples compared to those that
tick-borne diseases with a worldwide distribution. Neorickettsia [5]. were positive. However, it must be taken into account that some dogs with negative results were positive for E. canis
Ehrlichia canis was first identified in 1935 in Algeria; In 2002, a large amount of information on ehrlichial in other tissues.
dogs infested with ticks showed fever and anemia [1]. infections was gathered by the American College of Keywords: Ehrlichia canis, Biopsies, Spleen, Bone marrow, Liver, Lymph node
Later, during the Vietnam War, many military working Veterinary Internal Medicine (ACVIM) Infectious
dogs brought to Vietnam by the US army exhibited a Disease Study Group. That group published a Consensus
Background by the tick Rhipicephalus sanguineus (sensu lato), and,
severe disease called Tropical Canine Pancytopenia [2]. Statement on diseases caused by Ehrlichia spp. in small
Canine monocytic ehrlichiosis (CME) is caused by Ehrli- before infection, the bacteria replicate in monocytes and
INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE

Moreira, M. A. B., Lopes, P. A., Sultanum, C. A. R., Rolan, R. T. & Kajihara, K.


2009. Comparison between the serological methods of indirect
immunofluorescent reaction and immunoenzymatic assay (ELISA) in the canine
ehrlichiosis diagnosis in 55 animals. Pesquisa Veterinária Brasileira 29 (Supl.)
World Congress, 2009

55 (100%) cães com RIFI: 24 (44%)


suspeita de erliquiose com apresentaram
SNAP negativo reação positiva
INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE

ImmunoComb®
Kit para a detecção de
anticorpos IgG contra
Ehrlichia canis

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1098612X11002270
INTERPRETAÇÃO
ERLIQUIOSE Teste Reagente Não reagente

SNAP® 13% 88%


ImmunoComb® 87% 12%

Titulação do ImmunoComb® % de animais acometidos

1:20 18
1:40 25
1:80 29
1:160 4
1:320 6
1:640 7
Não apresentaram titulação 11
Miranda (2013)
CASO 3
ANITA, CANINO, SRD, 3 ANOS
● Anamnese: prostração há 4 dias e hiporexia.
● Exame físico: bom estado geral, apatia e febre.
● Hemograma:

Ht: 45% (37-55%)


PT: 7,2 g/dL (5,5-7,6 g/dL)
Plaquetas: 154.000/mL (200.000-500.000/mL)
Creatinina: 1,0 mg/dL (0,5-1,6 mg/dL)

Arquivo pessoal Marcio Moreira


CASO 3

SUSPEITA DIAGNÓSTICA ?

§ Confirmação do diagnóstico
§ Fase da enfermidade
SOROLOGIA?
PCR?
RESULTADO:
Sorologia: Não reagente
PCR: POSITIVO

Marcio Moreira Arquivo pessoal Marcio Moreira


CASO 4

SHEIK, CANINO, GOLDEN RETRIEVER, 10 ANOS.


Anamnese: apatia, anorexia, êmese, poliúria,
polidipsia, emagrecimento progressivo.

Exame físico: mucosas hipocoradas, desidratação


moderada, estado geral ruim.

Exames complementares???

Márcio – HOVET-AM
CASO 4 HEMOGRAMA

Resultado Referência

Hematócrito 18% 37-55%

Proteína total 8,9 g/dL 5,5-7,6 g/dL

Plaquetas 200.000/mL 200.000-500.000/mL

Creatinina 5,0 mg/dL 0,5-1,6 mg/dL

Ureia 320 mg/dL 10-60 mg/ dL

Potássio 7,3 mEq/L 3,9-5,65 mEq/L


CASO 4
Tratamento (40 dias): Hemograma Dia 0 Dia 40
§ Suporte IR Hematócrito 18% 20%
§ Transfusão de concentrado de hemácias
Proteína total 8,9 g/dL 8,2 g/dL
a cada 15 dias
Plaquetas 101.000/mL 87.000/mL
§ Eritropoetina (100 U/Kg)
Creatinina 5,0 mg/dL 4,6 mg/dL
§ Complexo vitamínico Ureia 320 mg/dL 287 mg/dL
O QUE FAZER???
CASO 4
ESFREGAÇO DE SANGUE PERIFÉRICO ESFREGAÇO DE MO

● Mielograma

ß NORMAL à

ß Sheik à

Márcio – HOVET-AM
Márcio – HOVET-AM
CASO 4
SOROLOGIA PARA EHRLICHIA CANIS

Márcio – HOVET-AM
Márcio – HOVET-AM
REAGENTE

TRATAMENTO ESPECÍFICO: Doxiciclina 5mg/kg/BID por 30 dias


CASO 4

Hemograma Dia 0 Dia 40 Dia 70

Hematócrito 18% 20% 25%

Proteína total 8,9 g/dL 8,2 g/dL 7,8 g/dL

Plaquetas 101.000/mL 87.000/mL 120.000/mL

Creatinina 5,0 mg/dL 4,6 mg/dL 5,0 mg/dL

Ureia 320 mg/dL 287 mg/dL 264 mg/dL


RESOLVE REPETIR SOROLOGIA ???
CASO 4
PCR – PUNÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

PM 106 105 104 103 102 101 100

POSITIVO

Márcio – HOVET-AM

TRATAMENTO: Doxiciclina veterinária


INTERPRETAÇÃO
CINOMOSE
§ ELISA
v Detecção de Ag – células epiteliais
(urina/conjuntiva).
v Detecção de Ac – sorologia pareada: Ac
vacinais e/ou Ac maternos.

§ RIFI

Arquivo pessoal Marcio Moreira

Arquivo pessoal Marcio Moreira


CASO 5
CÃO, SRD, MACHO, 4 MESES
Histórico: apatia, secreção ocular e hiperqueratose.

Arquivo pessoal Marcio Moreira


CASO 5
CASO 5

DIAGNÓSTICO:

X
Arquivo pessoal Marcio Moreira
Arquivo pessoal Marcio Moreira
§ Vacinado
PCR
§ Vacinado + Infectado
INTERPRETAÇÃO
PIF
§ ELISA x RIFI (mais utilizado)
NÃO EXISTE
➢ Reação cruzada com outros coronavírus
DIAGNÓSTICO
➢ Resposta vacinal (não disponível no Brasil)
DEFINITIVO, APENAS
§ Positivo: contato com o vírus
NECRÓPSIA!
§ Negativo:
Ø Ausência de contato
Ø Janela imunológica
Ø Fase terminal: animal anérgico
Ø Contato e diminuição dos títulos (infectar)
CASO 6
FELINO, MACHO, 8 MESES

RESULTADOS DOS EXAMES


§ Titulação 1:400
§ Efusão: exsudato asséptico
§ Relação albumina:globulina = 0,38 (<0,8)
§ Sorologia FIV/FeLV: não reagente
§ Eletroforese de proteínas Arquivo pessoal Marcio Moreira
INTERPRETAÇÃO
LEPTOSPIROSE

§ SOROAGLUTINAÇÃO MICROSCÓPICA (SAM):


▪ > 300 sorovares
▪ Cão: L. icterohaemorrhagiae, L. canicola, L. grippotyphosa, L. pomona, L.
copenhageni, L. autummalis , L. bratislava, L. hardjo, entre outras.
§ Manifestações clínicas associadas
§ Considerações:
▪ Reação cruzada com outros sorovares Cuidado PCR:
inúmeros
▪ Sorologia pareada titulação 1:800 ??? sorovares
▪ Vacinação: titulação positiva (3 a 6 meses)
INTERPRETAÇÃO
LEPTOSPIROSE

DPP® Leptospirose

http://www.bio.fiocruz.br/
CASO 7
CÃO, POODLE, 5 ANOS, FÊMEA
CASO 7
ERITROGRAMA
Valores Normais
Hemácias: 3,89 5,0-8,0 x 106/µl
Hemoglobia: 8,9 12,0-18,0 g/dL
Hematócrito: 28 37-54 (%)
VCM: 71,9 60,0-77,0
HCM: 22,8 22,0-27,0
CHCM: 31,7 31,0-36,0
PT (plasma): 8,1 5,5-7,7 g/dL
Plaquetas: 169.000 200-500 x103/mm3
Eritroblasto: 1 /100 leuc.
Outro:
Observações: Discretas anisocitose e policromasia. Plasma ictérico +++. Trombocitopenia
discreta.
CASO 7
LEUCOGRAMA

LEUCOGRAMA
Valores Normais

LEUCÓCITOS: 29800
6000 -16000/µl

RELATIVO ABSOLUTO
MIELÓCITOS 0 0 0
METAMIELÓCITOS 0 0 0
BASTONETES 5 1490
0-300
SEGMENTADOS 75 22350
3000-11500
LINFÓCITOS 11 3278 1000-4800
MONÓCITOS 5 1490 150-1350
EOSINÓFILOS 4 1192 150-1350
BASÓFILOS 0 0 raros

Observações: Neutrófilos tóxicos moderados apresentando grânulos citoplasmáticos, alguns


com vacúolo.
CASO 7
EXAMES BIOQUÍMICOS

RESULTADO Valores Referência

Albumina 1,87 2,3 - 3,8 g/dL


ALT 798 7,0 - 92 U/L
FA 1089 10 - 96 U/L
PT 7,8 5,3 - 7,7 g/dL
Creatinina 3,8 0,5 - 1,6 mg/dL
Uréia 231 10 - 60 mg/dL
CASO 7

§ Sorologia Babesia canis (RIFI) NÃO REAGENTE

§ Sorologia Ehrlichia spp. (RIFI e Imunocromatografia) NÃO REAGENTE

§ Sorologia Leishmania sp - RIFI e ELISA REAGENTE

§ Sorologia Leptospira icterohaemorrhagiae (SAM) TITULAÇÃO 1:100

Após 2 semanas - titulação leptospira icteroh. - Titulação 1:900


REFERÊNCIAS
§ GREENE, C.E. Infectious disease of the dog and cat. Elsevier. 3 ed. 2006.
§ ANDEREG, P.I.; & PASSOS, L.M.F. Erliquiose canina. Clínica Veterinária, n.18, p.31-38. 1999.
§ BÉLANGER, M. et al. Comparas. of serolog. detect. methods for diagn. of E. canis infect. in dogs. Journal. of Clin. Microbiology,
n.9, v.40, p.3506-3508, 2002.
§ COUTO, C.G. 1998. Doenças riquetsiais, p.138-143. In: BIRCHARD, S.J. & SHERDING, R.G. Manual Saunders. 1a ed. Roca, São
Paulo.
§ CHAICHANASIRIWIYHAYA, W. et al. 1994. Comparas. of PCR with other tests for early diagnosis of canine ehrlichiosis. Journal. of
Clin. Microbiology, n.7, vol.32, p.1658-1662.
§ MORAIS, H.A. et al. Diretrizes gerais para diagnóstico e manejo de cães infectados por Ehrlichia spp. Clínica Veterinária. n.48,
2004, p. 28-30, 2004.
§ WEN, B. et al. Comparas. of nested PCR with immuno.-antib. assay for detect. of E. canis infect. in dogs treat. with doxyci.
Journal of Clin. Microbiology. n.7, vol.35, p.1852-1855, 1997.
§ MOREIRA, M.A.B., LOPES, P.A., SULTANUM, C.A.R., ROLAN, R.T.; KAJIHARA, K. Comparison between the serological methods of
indirect immunofluorescent reaction and immunoenzymatic assay (ELISA) in the canine ehrlichiosis diagnosis in 55 animals.
Pesquisa Veterinária Brasileira 29 (Supl.), world congress, 2009.
§ JÚNIOR, E.M.Q. Validação do teste imunocromatográfico rápido Dual Path Platform para o diagnóstico da Leishmaníase Visceral
Canina. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Faculdade de Veterinária da
Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, Ceará. 2011.
REFERÊNCIAS
§ GEMA, T.; MIYSHITA, N.; SHIN, Y.S.; OKITA, M.; MORI, T.; IWATSUKI, K.; MIKAMI, T.; KAI, C. Serological survey of canine distemper
virus infection using enzyme-linked immunosorbent assay. Journal Vet Med Sci. 1995 Aug;57(4):p.761-3.
§ WARD, M.P.; GLICKMAN, L.T.; GUPTILL, L.F. Prevalence of and risk factors for leptospirosis among dogs in the United States and
Canada: 677 cases (1970-1998). Journal of American Veterinary Medical Association. 2002, v. 220, n. 1, p. 53-58.
§ LANGONI, H.; PIMENTEL, V.L.; SILVA, A.V.;LUCHEIS, S.B.; DENARDI, M.B. Avaliação da dinâmica de anticorpos pós-vacinais contra
Leptospira spp, em cães vacinados, pela prova de soroaglutinação microscópica. Ars Veterinária. 2002, v. 18, n. 1, p. 54-61.
§ PEDRETTI, E.; PASSERI, B.; AMADORI, M.; ISOLA, P.; PEDE, P.D.; TELERA, A.; ESCOVINI, R.;QUINTAVALLA, F.; PISTELLO, M. Low-dose
interferon-alpha treatment for feline immunodeficiencyvirus infection. Veterinary Immunology Immunopathology, , 2006, v. 109, n. 3-4,
p. 245-254.
§ ZANETTI, F.M. Comparação entre os métodos de ELISA, imunofluorescência indireta e imunocromatografia para o diagnóstico da
leishmaniose visceral canina. Tese apresentada no Dpto. de Clínica da UNESP – Araçatuba, 2006.
§ LAURENTI, M.D. Correlação entre o diagnóstico parasitológico e sorológico na LVA canina. Bepa 2009; 6 (67): 13-23.
§ TÁVORA, M.P.F.; PEREIRA, M.A.V.C.; SILVA, V.L.; VITA, G.F. Estudo de validação comparativo entre as técnicas ELISA e RIFI para
diagnosticar Leishmania sp em cães errantes apreendidos no município de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(4):482-483, jul-ago, 2007.
FIM
Marcio A B Moreira
Sanimvet
11-3644-8805 / 11-96355-0307

Você também pode gostar