2024 03 19 17 57 46 95201955 Hidrologia e Controle de Qualidade Da Agua E1710881866

DIREITO AMBIENTAL
Hidrologia e Controle de
Qualidade da Água
Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
240130432390
SAMARA LIMA
Professora de cursinhos para concurso. Bacharela em Direito, especialista em

Gestão Pública, mestra em Políticas Públicas pela UFRN e doutoranda em Direito
Econômico pela UFPB. Professora e pesquisadora em tempo integral.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Direito Ambiental
Hidrologia e Controle de Qualidade da Água
Samara Lima
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Hidrologia e Controle de Qualidade da Água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
O que é uma Bacia Hidrográfica? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Hidrologia, Hidrogeologia e Hidrometeorologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Noções de Hidrogeologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Noções de Hidrometeorologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
O Balanço Hídrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Hidrologia Aplicada e Monitoramento Hidrológico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
A Rede Hidrometeorológica Nacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Áreas contaminadas, Qualidade da Água e Poluição Hídrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Sobre a Poluição Hídrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Poluição dos Aquíferos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Padrões e Parâmetros de Qualidade de Água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Monitoramento da Qualidade da Água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Redução e Controle de Perdas em Sistemas de Abastecimento de Água. . . . . . . . . 22
Enquadramento de Corpos D’água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Abastecimento de Água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
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APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) servidor (a) público, tudo bem com você? Como está a sua preparação
para o melhor momento dos concursos públicos da história do país? Espero que ótimo! Esta
é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja, mais um passinho que te aproxima
da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta!
Nesta aula, te apresento um apanhado bem detalhado sobre os principais elementos
que envolvem os temas da Hidrologia e do Controle de Qualidade da Água. Ao final da
aula, você encontra uma lista de questões de concursos, para que a sua preparação seja
teórica e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran Cursos
Online, pois a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco
mais, me contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.
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HIDROLOGIA E CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA
O QUE É UMA BACIA HIDROGRÁFICA?

Uma Bacia Hidrográfica, também chamada de Bacia de Drenagem, compreende toda
a área responsável pela captação natural da água pluvial (derivada das chuvas) que escoa
de maneira superficial rumo a algum corpo de água ou seu correspondente contribuinte.
Nesse sentido, os limites da bacia hidrográfica devem ser definidos pelo seu relevo,
sendo este considerado um dos divisores de águas as áreas mais elevadas. A partir desse
fluxo, são formados os cursos de água como riachos, córregos, ribeirões e os rios, seus
afluentes e subafluentes.
Dessa maneira, o corpo de água principal é o responsável por fornecer o nome de cada
bacia hidrográfica, como, por exemplo, a Bacia do São Francisco, recebendo uma contribuição
essencial de seus afluentes, sendo que cada um deles pode apresentar várias contribuições
de menor proporção, alimentados de maneira direta ou indireta por outras nascentes.
Assim, em uma bacia hidrográfica se observa a existência de várias sub-bacias ou
áreas de drenagem de cada contribuinte. Tratam-se de unidades fundamentais para a
conservação e o manejo hídrico, aqui incluindo a biodiversidade da área, tendo em vista
que a característica ambiental de uma bacia é responsável por refletir o somatório ou as
relações de causa e efeito da dinâmica biológica e da ação humana no conjunto observadas
nas sub-bacias correspondentes.
Dessa maneira, podemos compreender que uma bacia hidrográfica serve como uma
espécie de unidade básica para garantir a gestão dos recursos hídricos e auxiliar também
o processo de gestão ambiental voltada para o equilíbrio ecológico, tendo em vista que os
elementos físicos naturais do meio ambiente se encontram interligados pelo ciclo da água.
Há diferentes tipos de bacias hidrográficas, e cada um deles exerce um papel indispensável
para a gestão e o manejo dos recursos naturais aquáticos. A seguir, vamos analisar
resumidamente cada um desses tipos.
• BACIA ENDORREICA: É o tipo de bacia hidrográfica que não possui uma saída para
que a água se encaminhe para o mar ou o oceano. Assim sendo, a água escoada se
acumula em lagos, lagoas ou pântanos dentro da própria bacia;
• BACIA EXORREICA: Esse tipo de bacia conta com uma saída para o mar ou oceano.
Nela, a água coletada de diferentes fontes, como rios e lagos, flui para um rio principal
que deságua no mar. É o caso da Bacia Amazônica, por exemplo;
• BACIA ARREICA: É o exemplo de bacia que não possui um único rio principal para
escoar a água coletada. Nela, a água se acumula em lagos ou se infiltra pelo solo,
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porém, não tem uma chegada para o mar. Esse tipo de bacia é comum em regiões
mais secas, áridas ou semiáridas;
• BACIA CRIPTORREICA: É a bacia que não possui um escoamento superficial nítido. A
água dela é retida do subsolo, e flui por camadas profunda alimentando os reservatórios
dos aquíferos. Um exemplo é a Bacia do Aquífero Guarani.
Em resumo, podemos concluir que uma bacia hidrográfica corresponde a uma área
que é drenada por um rio e por seus afluentes. Vale ainda destacar que dois elementos
fundamentais para a constituição das bacias hidrográficas: o relevo e a hidrografia.
Isso porque, as bacias são separadas por um divisor entre suas águas. Normalmente,
trata-se de um relevo mais elevado que o outro, responsável por garantir a separação das
nascentes e direcionar os fluxos de água da chuva para os rios entre uma bacia e outra.
Importante lembrar também que o Brasil possui um total de doze regiões hidrográficas,
dentre as quais oito bacias se destacam. São elas:
• BACIA AMAZÔNICA: É a maior bacia hidrográfica do mundo, localizada na região norte
do Brasil, contando com aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados de
extensão, dos quais mais da metade está localizada em território brasileiro. O principal
rio da Bacia Amazônica é o Amazonas, e seus principais afluentes são os rios Negro,
Solimões, Purus, Tapajós, Branco, Juruá, Xingu e Japurá;
• BACIA DO RIO TOCANTINS-ARAGUAIA: Trata-se da maior bacia hidrográfica localizada
em território totalmente brasileiro, localizada entre as regiões norte e central do
país, contando com cerca de 2.500 quilômetros. O seu nome tem origem na união
dos nomes dos dois rios mais importantes da bacia: o Araguaia e o Tocantins;
• BACIA DO RIO PARNAÍBA: Localizada na região do nordeste brasileiro, a bacia do
Parnaíba possui cerca de 340 mil quilômetros quadrados de extensão. O principal rio
é o Parnaíba e seus afluentes mais relevantes são os dos rios Parnaibinha, Gurguéia,
Balsas, Uruçuí-Preto, Poti, Canindé e Longa;
• BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO: Se encontra na região sudeste, especificamente
no Estado de Minas Gerais e, em maior volume, no nordeste do país. Conta com
aproximadamente 640 mil quilômetros quadrados de extensão. Seu principal rio é o
rio São Francisco, também conhecido como “Velho Chico”;
• BACIA DO RIO PARANÁ: Está localizada nas regiões sudeste e sul do Brasil, contando
com cerca de 800 mil quilômetros quadrados de extensão. O principal rio da bacia é
o Paraná, mas há destaques para outros como o Rio Grande e o Tietê;
• BACIA DO RIO PARAGUAI: Localizada na região centro-oeste do país, e possui quase
2 milhões de quilômetros de extensão. O principal rio é o Paraguai, um dos afluentes
do rio Paraná;
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• BACIA DO RIO PARAÍBA DO SUL: Localizada na região sudeste, possui cerca de 60 mil
quilômetros quadrados de extensão. Seu principal rio é o Paraíba do Sul, que passa
pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Seus principais afluentes
são os rios Paraibuna, Jaguari e Muriaé, dentre outros;
• BACIA DO RIO URUGUAI: Localizada na região sul do país, a possui aproximadamente
385 mil quilômetros quadrados de extensão, sendo cerca de 180 mil localizados em
território brasileiro. Seu principal rio é o Uruguai e seus principais afluentes são o Rio
do Peixe, Chapecó, Peperi-Guaçu, Passo Fundo, dentre outros;
• BACIA PLATINA: A Bacia do rio da Prata se constitui das Bacias do Uruguai, Paraná e
Paraguai, sendo considerada uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, com
cerca de 3 milhões de quilômetros quadrados de extensão, sendo quase a metade
localizada em território brasileiro.
HIDROLOGIA, HIDROGEOLOGIA E HIDROMETEOROLOGIA

A Hidrologia é o ramo da Geografia que estuda as águas. Perceba: trata-se de um estudo
geográfico. Os objetos de estudos da área são os lagos, rios, mares, oceanos, águas de
subsolo, dentre outros elementos que compõem as bacias hidrográficas.
Na hidrologia, estuda-se a distribuição, ocorrência e movimentação das águas no planeta.
Neste sentido, inclui também os aspectos como a qualidade da água, a poluição, a ecologia
e as influências destas sobre o meio ambiente. Assim, ao falar em hidrologia, também há
uma referência ao chamado Ciclo da Água.
O Ciclo da Água é o caminho que o referido recurso percorre de um estado físico para
outro na natureza. Tal fenômeno se dá por meio dos processos de: a) precipitação, b)
evaporação, c) condensação, d) infiltração e e) transpiração. A vida no planeta só é possível
se esse processo funcionar de forma saudável, uma vez que a água é um componente
indispensável para a manutenção do meio ambiente e da vida dos seres vivos. Assim, o
referido processo é determinante para as variações climáticas.
Nas próximas linhas, te mostro um pouquinho dos principais detalhes sobre esses
fenômenos. Relembre as aulas de Ciências da época da escola e vem comigo!!
• PRECIPITAÇÃO: Ocorre quando há muita água condensada na atmosfera, e se processa

a partir de gotículas pesadas suspensa no ar. Essas gotículas caem no solo, formando
assim as chuvas. Nas localidades muito frias, as gotículas passam do estado gasoso
para o líquido e, logo em seguida, para o sólido, o que dá origem à neve e à chuva de
granizo.
• EVAPORAÇÃO: Se dá quando as águas dos rios, mares, lagos e oceanos são aquecidas
pelo calor do sol e, em seguida, evaporam. De forma geral, a água em estado líquido
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passa para o estado gasoso conforme “passeia” entre a superfície terrestre e a

atmosfera.
• CONDENSAÇÃO: Ocorre quando o vapor da água fria esfria e acumula na atmosfera,
condensando-se em forma de gotículas que formam nuvens ou nevoeiros. Assim, a
água passa do estado gasoso para o líquido.
• INFILTRAÇÃO: O vapor da água condensado recai sobre a superfície do planeta. Assim,
uma parte dessa água é responsável por alimentar os lençóis subterrâneos.
• TRANSPIRAÇÃO: Se dá quando as plantas absorvem uma parte da água que está
infiltrada no solo. Em seguida, as plantas utilizam essa água e devolvem para a
atmosfera, ocorrendo o processo de transpiração. A água pode evaporar sobre o
solo, e assim abastece os rios que desaguam nos oceanos, iniciando um novo começo
para o ciclo da água.
NOÇÕES DE HIDROGEOLOGIA
A Hidrogeologia é um ramo das Geociências que analisa as águas subterrâneas e as
suas interferências com o ambiente geológico. Tem por objetivo investigar a movimentação
das águas que se encontram nas cavidades subterrâneas, analisando sua qualidade, volume
e distribuição. São essas águas que preenchem os sedimentos das rochas e dão origem
aos aquíferos.
O estudo da hidrogeologia é fundamental para garantir a preservação das águas
subterrâneas. Isto porque, muitos aquíferos brasileiros estão com a sua qualidade ameaçada
por consequência das ações humanas em atividades como o garimpo.
Um dado importante é que as águas presentes nos aquíferos representam 97% da água
doce e líquida disponível no planeta. Assim, as águas subterrâneas são os recursos naturais
mais extraídos da cavidade do subsolo.
Os aquíferos são fundamentais para o fluxo do ciclo hidrológico. Eles são classificados
de acordo com os índices de permeabilidade das rochas que se encontram em seus limites,
sendo elementos importantíssimos para garantir a manutenção da umidade do solo e os
fluxos dos rios e lagos.
Assim, um aquífero é uma transformação geológica ocorrida no subsolo, e sua construção
se dá por rochas e solos permeáveis que armazenam a água em seus poros ou fraturas.
Os aquíferos são divididos mediante a seguinte classificação:
• AQUÍFERO LIVRE OU FREÁTICO: É constituído por uma formação geológica superficial
e permeável, que aflora em toda a sua extensão e limita a base por uma camada
permeável. O nível de água deles varia de acordo com a quantidade da chuva. São os
aquíferos mais explorados pela população em atividades relativas aos serviços de
turismo ecológico;
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• AQUÍFERO ARTESIANO OU CONFINADO: É o tipo construído por uma formação

geológica permeável, que fica confinada entre duas camadas impermeáveis ou
semipermeáveis. O reabastecimento se dá através das águas das chuvas, e os níveis
da água se encontram sob pressão.
NOÇÕES DE HIDROMETEOROLOGIA
A Hidrometeorologia é o ramo da área de conhecimento conhecida como Meteorologia
que tem por objetivo garantir o estudo dos processos que envolvem a relação da água com
a atmosfera, incluindo elementos como a formação e a distribuição das precipitações, a
umidade do ar, a nebulosidade, as chuvas, dentre outros.
No mesmo caminho, a hidrometeorologia também se ocupa de analisar os ciclos
hidrológicos, avaliando a interação existente entre os processos atmosféricos e hidrológicos
e seus impactos no meio ambiente. Nesse sentido, alguns dos elementos avaliados por essa
ciência são:
• Precipitações;
• Umidade Relativa do Ar;
• Névoas;
• Orvalho;
• Ciclos Hidrológicos;
• Geadas;
• Tempestades;
• Escoamento da água;
• Evaporação.
Um dos principais desafios da hidrometeorologia é entender e prever as condições

climáticas e hidrológicas, pois se trata de uma previsão que exerce um papel fundamental
para garantir o equilíbrio das vidas presentes nos ecossistemas e nas atividades humanas,
como agricultura e o abastecimento equilibrado e qualitativo da água.
Por seu turno, a Hidrometria é o ramo da hidrologia responsável por garantir a medição
e o estudo das características físicas e quantitativas presentes nas água em rios, lagos,
reservatórios, canais, poços e outras formas de corpos hídricos.
Trata-se de um ramo do conhecimento cujo objetivo fundamental é fornecer uma
série de informações precisas e confiáveis sobre o comportamento e o fluxo das águas,
permitindo uma gestão adequada e consciente dos recursos hídricos, além de prever o
controle de enchentes, garantir o abastecimento da água potável, promover a geração de
energia hidrelétrica, d entre outros usos e compromissos com a água.
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Alguns dos principais conceitos relacionados à Hidrometria são o Hidrograma e o

Nível da Água. O primeiro é um gráfico desenvolvido pelos profissionais responsáveis que
representa os índices de variação e vazão da água ao longo do tempo, e a sua utilização
tem o fim de analisar o comportamento do fluxo hídrico dos rios em resposta à água das
chuvas ou outras influências. Já o Nível da Água é a altura do nível hídrico em um ponto
determinado do corpo hídrico, e a sua medição se dá através de metros ou centímetros.
O BALANÇO HÍDRICO
O conhecimento dos processos hidrológicos que acontecem em uma bacia hidrográfica é
um elemento fundamental para garantir o direcionamento das ações voltadas para gestão
eficiente e sustentável de recursos hídricos.
O Balanço Hídrico, nesse sentido, além de ser uma ferramenta essencial para atingir a
esse fim, também pode ser conceituado como a contabilização dos fluxos das entradas e
saídas de águas de um espaço hídrico. Assim, ele pode ser calculado para uma camada do
solo, um trecho de rio ou um conjuntos de bacias hidrográficas de uma mesma localidade.
A compreensão do Balanço Hídrico é algo complexo e matemático, e depende de diversas
variáveis, como o conhecimento do ciclo hidrológico (precipitação, escoamento, evaporação,
transpiração, infiltração), a noção das variáveis climáticas, as condições apresentadas na
qualidade do solo e sua utilização, a hidrogeologia da bacia, a utilização da água existentes,
o monitoramento dos parâmetros da qualidade da água, dentre outros.
Nesse sentido, para garantir o cálculo do balanço hídrico é necessário compreender que
ele se divide em duas modalidades: uma quantitativa e uma qualitativa. Para tanto, devem
ser utilizados relatórios temáticos de diagnóstico e disponibilidade da qualidade hídrica e
das demandas apresentadas. Nas próximas linhas, vamos analisar os principais detalhes
sobre cada uma delas.
• BALANÇO HÍDRICO QUANTITATIVO: Deve ser calculado através da diferença

existente entre a disponibilidade hídrica e o somatório geral de demandas das variadas
finalidades de uso disponíveis na bacia hidrográfica. O resultado desse tipo de balanço
hídrico é definido através do Índice de Comprometimento Hídrico (ICH), que relaciona
o consumo, a quantidade de água disponível e a remanescente em cada trecho da
bacia, além de analisar o comprometimento das reservas de água disponíveis em
cada trecho do rio calculado.
• BALANÇO HÍDRICO QUALITATIVO: Nessa modalidade, a avaliação da qualidade da
água se dá com base na interpretação dos dados de monitoramento dos principais
parâmetros da qualidade da água, a exemplo de: Oxigênio Dissolvido (OD), Fósforo Total
(P), Nitrato (NO3), Turbidez, Coliformes Termotolerantes, Sólidos Suspensos Totais,
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temperatura da água e do ar, dentre outros. A análise pode utilizar como referência
os valores apresentados pela Resolução CONAMA N. 357, responsável por enquadrar
as concentrações de poluentes em classes, sendo a melhor qualidade como Classe 1
(classe especial - verde) e a pior qualidade como Classe 4 (vermelho).
Com base nisso, podemos compreender o Balanço Hídrico enquanto uma ferramenta
indispensável para auxiliar o entendimento dos processos que envolvem o ciclo hidrológico
de uma região, o que se dá por meio de uma quantificação das entradas e saídas de água
de um sistema em intervalo de tempo, bem como analisando a qualidade dessa água, e o
resultado é a quantidade de água que permanece no sistema. Trata-se de um processo que
pode ser determinado para um trecho do rio, uma camada do solo, uma bacia hidrográfica
ou um sistemas de abastecimento de água.
O balanço hídrico é uma ferramenta importante para atingir diversos fins, como a
classificação do clima de uma região, a identificação dos períodos de maior deficiência
hídrica, a umidade e os excedentes hídricos da região, dentre outros, e atua como um
elemento indispensável para garantir o desenvolvimento de setores a agricultura, a irrigação,
o manejo do solo, a estimativa do potencial hídrico da localidade, dentre outros.
HIDROLOGIA APLICADA E MONITORAMENTO HIDROLÓGICO

O Monitoramento é uma prática que objetiva o acompanhamento das características de
um sistema, a fim de atender aos objetivos do controle de sua qualidade. Nesse sentido, o
Monitoramento dos Recursos Hídricos é uma atividade que busca acompanhar as alterações
observadas nas características físicas, químicas e biológicas das águas, decorrentes de
ações humanas ou de fenômenos naturais.
O planejamento de uma rede de monitoramento de qualidade de água tem seu início com
a definição dos objetivos do monitoramento. A partir daí, define-se também as características
da rede monitorada e dos parâmetros a serem acompanhados. Estas definições estão
condicionadas à disponibilidade de recursos para o monitoramento.
A partir daí, determinam-se os roteiros de operação, levando em conta a compatibilidade
dos tempos de deslocamento e de coleta com os prazos para o envio e processamento das
amostras. Definidos os roteiros, são identificados os pontos necessários para a coleta e
preservação das amostras, bem como para a determinação dos parâmetros acompanhados.
Dessa maneira, as práticas de monitoramento de qualidade de água incluem a coleta
de dados e amostras de água em locais georreferenciados, sendo realizada em intervalos
regulares de tempo, de modo que seja possível a geração de informações que sejam utilizadas
para a definição das condições de qualidade da água.
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Nesse processo, é fundamental que seja também associado ao monitoramento o processo

de determinação da vazão, com o objetivo de mapear a carga de poluentes afluente.
Com base nisso, o referido monitoramento visa garantir uma avaliação mais adequada da
qualidade da água, podendo se valer de diversas técnicas que possibilitam a localização dos
pontos de monitoramento, da periodicidade e dos parâmetros adotados. A seguir, vejamos
alguns desses parâmetros.
O Monitoramento Básico é o primeiro parâmetro de acompanhamento atualizado, e
é realizado em pontos estratégicos para acompanhar a evolução da qualidade das águas,
identificar e apoiar a elaboração de diagnósticos relacionados com a qualidade da água.
Os resultados obtidos permitem a identificação de locais onde é necessário um maior
detalhamento. A frequência do monitoramento básico acompanha os ciclos hidrológicos e
geralmente é feita com uma frequência trimestral. Os parâmetros devem ser relacionados
com o tipo de uso e ocupação da bacia hidrográfica contribuinte, e tanto a localização das
estações quanto os parâmetros monitorados devem ser reavaliados de forma diligente e
periódica.
Os Inventários são parâmetros de acompanhamento que compreendem observações
e avaliações intensivas com o objetivo de desenvolver um diagnóstico da qualidade das
águas de um trecho específico. Esta avaliação pode ser associada ao acompanhamento de
ações limitadas no tempo, sendo que a frequência de amostragem é alta, podendo variar
entre dias e meses, por um período determinado.
Já na Vigilância, há uma série de observações realizadas em locais onde a qualidade das
águas é uma garantia indispensável para promover um determinado uso, especialmente para
o consumo doméstico. Nessa modalidade, faz-se necessário garantir um monitoramento
quase que em tempo real, o que exige a utilização de aparelhos de medição de frequência.
Por sua vez, o Acompanhamento de Conformidade é uma modalidade que inclui as
observações feitas pelos usuários dos recursos hídricos, quer dizer, o automonitoramento,
com vistas a atender os requisitos legais dos marcos regulatórios como condicionantes das
licenças ambientais e dos termos de outorga. Nessa modalidade, tanto a periodicidade
quanto os parâmetros monitorados são determinados pelos órgãos competentes.
A REDE HIDROMETEOROLÓGICA NACIONAL

A Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) tem a sua coordenação gerida pela Agência
Nacional de Águas e com a parceria de outras instituições federais especializadas, bem como
conta com o apoio de entidades estaduais para garantir a realização do monitoramento
e da disponibilidade de informações e parâmetros a respeito do acompanhamento dos
fluxos hidrológico nacionais.
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Com o apoio dessa rede, é possível mensurar os volumes de chuvas, o nível e a vazão
dos rios, a qualidade das águas pluviais, dentre outras ações. As informações coletadas
nesse processo são indispensáveis para subsidiar a tomada de decisões e garantir um
acompanhamento mais eficiente da gestão dos recursos hídricos.
Através desse acompanhamento, é possível traçar estratégias para o desenvolvimento
de políticas públicas, a avaliação da disponibilidade hídrica, o monitoramento de eventos
hidrológicos, como enchentes e secas, a disponibilização de informações para a gestão de
projetos, identificação do potencial energético da localidade, dentre outros parâmetros.
A Rede de Hidrometria Nacional possuía, até o ano de 2020, quase 23 mil estações
de acompanhamento hídrico que estavam sob a responsabilidade de várias entidades
especializadas. A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável pelo gerenciamento direto
de mais de quatro mil dessas estações, sendo divididas em estratégias de monitoramento
das chuvas e dos rios, vazão e qualidade da água.
ÁREAS CONTAMINADAS, QUALIDADE DA ÁGUA E POLUIÇÃO

HÍDRICA
As Áreas Contaminadas são regiões com altas concentrações de substâncias químicas
ou resíduos perigosos que são introduzidos pelos seres humanos de forma acidental ou
proposital. A contaminação dessas áreas é responsável por causar danos à saúde humana,
ao equilíbrio do meio ambiente e à manutenção dos recursos naturais.
É um problema que precisa de soluções urgentes, por parte do Poder Público, especialmente
no que se refere à qualidade da água, que é um bem essencial para a manutenção da vida,
e o foco da nossa aula.
A gestão dessas áreas é uma das previsões contidas tanto na legislação ambiental
nacional quanto nas agendas ambientais e urbanas dos Estados e Municípios. Tal gestão
tem o objetivo de desenvolver ações efetivas que proponham a recuperação das áreas
contaminadas, promovendo a qualidade ambiental dos espaços rurais ou urbanos.
Para que tal ação seja concreta, é necessário contar com o trabalho técnico de uma
equipe profissional multidisciplinar, além de uma abertura política que favoreça a junção
dos esforços dos entes federativos, do setor privado e da sociedade como um todo, a
fim de propor uma solução efetiva para o problema. Ademais, a modernização da gestão
ambiental e urbana também é um ponto que deve ser levado em consideração.
Nas áreas contaminadas, os poluentes ou contaminantes podem se concentrar na
subsuperfície dos diferentes compartimentos, a exemplo dos solos, rochas, sedimentos,
aterros, paredes, estruturas e até mesmo nas águas superficiais ou subterrâneas.
Tais substâncias podem ser transportadas por diferentes meios, propagando-se por
vias diversas, como o solo, o ar, as águas e, dependendo da forma como são introduzidos no
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meio ambiente, podem determinar a gravidade da contaminação, com grande probabilidade

de se converter em um dano irreversível ou permanente.
Como exemplo, podemos relembrar o caso que ocorreu entre os anos de 2019 e 2020 em
várias praias da Região Nordeste, na ocasião em que as manchas de óleo de um petroleiro
grego começaram a poluir boa parte da extensão da costa brasileira.
O caso ficou conhecido como um dos maiores desastres ambientais do país e, segundo
os dados do Ibama, mais de cinco mil toneladas de óleo foram retiradas dos mares.
É nítido que não há como quantificar o dano ambiental causado por tão lamentável
episódio, e as áreas marítimas contaminadas possivelmente nunca retornarão ao seu estado
natural, pois os ecossistemas marinhos foram comprometidos.
A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei Federal n. 6.938/1981) dispõe de uma
série de parâmetros com relação à proteção do meio ambiente e à regulação das áreas
contaminadas, especialmente os corpos hídricos localizados no território brasileiro. A seguir,
acompanhe alguns mecanismos trazidos pela referida Política para garantir a gestão das
áreas contaminadas:
Este princípio se com o desenvolvimento de políticas

públicas voltadas à manutenção do equilíbrio ecológico, a
I – Ação governamental na manutenção do
exemplo da Lei n. 11.959/2009, que dispõe sobre a Política
equilíbrio ecológico, considerando o meio
Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura
ambiente como um patrimônio público a ser
e da Pesca e regula as atividades pesqueiras. Com este
necessariamente assegurado e protegido,
exemplo, a ação governamental mediante a legislação sobre
tendo em vista o uso coletivo;
a atividade pesqueira garante a manutenção do equilíbrio
ecológico das populações marítimas.
Este princípio pode ser operado em conjunto com o anterior,
de modo a fomentar práticas sustentáveis para a utilização
dos recursos naturais como o solo, o subsolo, a água e o ar.
II – Planejamento e fiscalização do uso dos
Imagine, por exemplo, as situações nas quais a utilização
recursos ambientais;
de agrotóxicos é controlada pelo Estado. Além de garantir
níveis de segurança alimentar, ainda permite uma utilização
mais sustentável do solo.
Aqui se opera mais um princípio que atua na perspectiva
reguladora do Estado, e pode ser viabilizado com
III – Controle e zoneamento das atividades a implementação de políticas públicas voltadas a
potencial ou efetivamente poluidoras; determinadas atividades que representem ameaças ao
equilíbrio ambiental, a exemplo da manipulação de produtos
químicos.
Aqui é mais um exemplo onde um princípio é capaz de
nortear a formulação e implementação de políticas
públicas voltadas ao controle e fiscalização das atividades
IV – Acompanhamento do estado da
consideradas potencial ou efetivamente danosas ao meio
qualidade ambiental;
ambiente. Neste caso, acompanhar tais atividades reflete
efeitos diretos também no monitoramento do estado da
qualidade ambiental.
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Este princípio determina os limites necessários para

viabilizar a recuperação de áreas ambientais degradadas
por atividades econômicas, a exemplo da mineração. Uma
V – Recuperação de áreas degradadas;
área degradada é aquela que sofreu comprometimentos
em sua qualidade originária, podendo essa alteração ser
de forma física, química ou biológica.
Este princípio estabelece que as áreas ameaçadas de
degradação sejam protegidas, com o intuito de proibir que
determinadas atividades econômicas não sejam capazes
VI – Proteção de áreas ameaçadas de
de comprometer o equilíbrio ecossistêmico. Uma área
degradação;
ameaçada de degradação é aquela que guarda elementos
biológicos capazes de chamar a atenção das atividades
econômicas, a exemplo das florestas e bacias hidrográficas.
PADRÃO DE QUALIDADE AMBIENTAL: Este instrumento determina que uma série de padrões ambientais sejam
definidos, a fim de estabelecer os limites que circundam a utilização e o manejo sustentável dos recursos
naturais. Os referidos padrões são estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA): Este instrumento delimita a realização de um estudo que deve
ser realizado anteriormente à instalação de um empreendimento ou atividade considerada potencialmente
causadora de impacto ambiental. Dada a sua importância, a AIA é definida por uma normativa específica,
qual seja, a Resolução n. 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA): Estes instrumentos são
considerados indispensáveis para mensurar os impactos ambientais que podem ser causados em decorrência
da instalação das atividades ou empreendimentos considerados potencialmente danoso ao meio ambiente,
bem como é responsável por propor medidas que sejam capazes de mitigar os referidos danos. Da mesma
forma do AIA, dada a importância de sua realização, o EIA-RIMA se encontra disposto por uma normativa
própria, qual seja, a Resolução 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
LICENCIAMENTO AMBIENTAL: É um procedimento de caráter administrativo, no qual o Sistema Nacional
do Meio Ambiente (SISNAMA) licencia a localização, instalação, operação e/ou ampliação das atividades ou
empreendimentos considerados utilizadores de recursos ambientais. As atividades ou empreendimentos
sujeitos ao licenciamento ambiental estão listados na Resolução n. 237/97 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA).
CRIAÇÃO DE ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS: Se refere à delimitação de reservas
protegidas pelo poder público nas esferas federal, estadual e municipal, como as áreas de proteção ambiental,
cuja proteção é atividade ecologicamente relevante.
PENALIZAÇÃO PELO NÃO CUMPRIMENTO DAS CONDUTAS NECESSÁRIAS PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE: Instrumento que dispõe de sanções penais e administrativas impostas em casos de condutas e
atividades consideradas lesivas ao meio ambiente.
SOBRE A POLUIÇÃO HÍDRICA

Nesse sentido, a Poluição Hídrica configura o processo de contaminação ou deposição
de rejeitos nos corpos d’água e afeta os lagos, rios, córregos, nascentes, mares e oceanos.
É um dos problemas ambientais mais graves dos tempos contemporâneos, tendo em
vista que a água é o recurso natural mais indispensável para a manutenção da vida no
planeta. Ademais, há que se considerar também que se trata de um recurso cada vez mais
escasso, sobretudo no que diz respeito à água própria para o consumo humano.
Direito Ambiental
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O principal agente responsável pela poluição dos corpos hídricos é o processo de

desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, como a agropecuária e a mineração,
principalmente no contexto das grandes cidades. Isso gera o aumento da colocação indevida
de rejeitos perigosos no sistemas de esgoto e de saneamento básico.
Outro fator que pode ser apontado é a destinação incorreta dos lixo, que constantemente
são depositados nos cursos d’água, o que gera problemas ambientais de enormes proporções.
Nas linhas a seguir, acompanhe algumas modalidades de contaminação das águas.
• POLUIÇÃO BIOLÓGICA DAS ÁGUAS: Ocorre quando os corpos de água possuem micro-
organismos patogênicos, tais como bactérias, vírus e vermes que passam pelos esgotos
domésticos e industriais. Eles podem ser lançados diretamente na água ou infiltrar-
se nos solos, atingindo águas e comprometendo seu equilíbrio. Como consequência,
várias doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos e aos animais, como
cólera, leptospirose, hepatites, dentre outras.
• POLUIÇÃO TÉRMICA DAS ÁGUAS: Se dá quando são lançadas nos grandes quantidades
de águas aquecidas nos recursos hídricos, águas essas que já foram usadas nas
indústrias, usinas termelétricas, nucleares e afins. para aquecer caldeiras, em processos
de refrigeração de refinarias, siderurgias e usinas termoelétricas. Nessas situações,
as águas quentes diminuem a solubilidade do gás oxigênio na água, provocando a
morte de diversos exemplares da fauna marinha. Além disso, afeta a potabilidade
da água e compromete o consumo humano.
• POLUIÇÃO QUÍMICA DAS ÁGUAS: Ocorre através da colocação de produtos químicos nos
corpos d’água, sendo essa a mais problemática de todas as modalidades de poluição.
Na lista dos principais poluentes químicos, se destacam os fertilizantes agrotóxicos,
mas também é preciso enumerar os compostos sintéticos, como os depositados pela
indústria farmacêutica, inseticidas, tintas, detergentes, solventes, dentre outros.
• POLUIÇÃO SEDIMENTAR DAS ÁGUAS: Se dá quando há o acúmulo de partículas em
suspensão, como as advindas dos solos e de produtos insolúveis. Tal modalidade de
poluição é resultado, por exemplo, da acumulação de lixos carregados de poluentes
químicos que não são descartados da maneira correta.
• POLUIÇÃO RADIOATIVA DAS ÁGUAS: Ocorre através dos resíduos radioativos que
são lançados no ar e no solo, através das atividades nucleares ou dos lixos gerados
nas usinas nucleares ou em ambientes hospitalares.
Em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado ou depositado em seu entorno é
escoado para o leito do seu rio imediato. De tal forma, o aumento da poluição nas cidades
ocasiona uma maior carga de poluentes depositados nos cursos d’água que perpassam as
áreas urbanas.
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No espaço rural, o mesmo acontece, quando o uso indiscriminado de fertilizantes nas

plantações gera a contaminação dos recursos hídricos, uma vez que a carga de produtos
químicos tem o lençol freático como destino.
Nos mares e oceanos, também há índices preocupantes de poluição, que é gerada tanto
por ações de porte reduzido, como a colocação de lixos por parte das pessoas adeptas de
práticas turísticas nas praias urbanas, como também em maior porte, como é o caso dos
derramamentos de petróleo no mar, que é uma atividade extremamente perigosa para a
preservação da fauna marinha, além de ser de difícil controle.
As consequências da poluição dos recursos hídricos são muitas. A principal delas, sem
dúvidas, é o comprometimento das águas que são próprias para o consumo. Todavia, outros
pontos devem ser levados e consideração, com o mesmo grau de preocupação, como é o
caso da destruição dos habitats dos animais aquáticos, da perda da biodiversidade, além
dos desequilíbrios sistêmicos causados.
Assim, para combater a poluição das águas, é preciso trabalhar nas campanhas de
educação e conscientização ambiental, promovendo medidas de fiscalização, controle
e punição para os agentes infratores responsáveis por crimes ambientais. A adoção de
medidas de sustentabilidade também devem ser tomadas, a fim de garantir que as futuras
gerações também tenham o direito à água.
POLUIÇÃO DOS AQUÍFEROS

Os Aquíferos são águas subterrâneas que se encontram abaixo do nível freático. Um
dado importante é que as águas dos aquíferos representam 97% da água doce e líquida do
planeta. Assim, as águas subterrâneas são os recursos naturais mais extraídos do subsolo. Por
baixo da superfície de um terreno, a água do subsolo é dividida em duas zonas horizontais,
quais sejam: zona saturada e zona não saturada, que são definidas a partir da proporção
do espaço que é ocupado pela água.
As águas dos aquíferos podem ser contaminadas por diversos meios, impactando
diretamente na utilização das águas, seja para o consumo humano, para a manutenção da
biodiversidade local ou afins. Uma vez contaminadas, as águas subterrâneas necessitam de
um elevado custo financeiro para restabelecer a sua qualidade original, além de necessitar
de um tempo considerável para tal feito. A gestão dos recursos hídricos é um fator
determinante para promover a manutenção da qualidade da água.
Apesar de estarem mais protegidas do que as águas superficiais, as águas subterrâneas
também sofrem muito com as fontes de poluição de grande escala. Desta forma, os materiais
poluentes atravessam as porções do solo, e chegam às águas subterrâneas.
As principais fontes de contaminação das águas subterrâneas são os aterros sanitários
mal operados, os lixões, os acidentes com produtos químicos, o descarte incorreto de
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substâncias tóxicas, a atividade industrial de forma geral, com atenção especial para o uso
exacerbado de agrotóxicos e fertilizantes.
PADRÕES E PARÂMETROS DE QUALIDADE DE ÁGUA

A qualidade da água que circula no nosso país é um assunto bastante discutido e reflete
a preocupação com a saúde pública. Os padrões de qualidade da água não são os mesmos
para todos os tipos de uso, quer dizer, por exemplo, a água destinada ao consumo humano
é enquadrada no conceito da potabilidade e possui padrões diferentes daquela utilizada
para recreação, já que esta se localiza no conceito da balneabilidade.
A qualidade da água não pode ser medida apenas por sua cor cristalina, sobretudo a
direcionada ao consumo humano, já que esta deve estar também sem cheiro ou gosto, além
de livre de bactérias e substâncias nocivas à saúde. Assim, para se ter água de qualidade,
é preciso seguir alguns parâmetros de qualidade, que serão detalhados a seguir:
O Índice de Qualidade das Águas (IQA) foi desenvolvido no ano de 1970 pela National
Sanitation Foundation, nos Estados Unidos com o objetivo de estabelecer os padrões
aplicáveis para o consumo da água. Nesse sentido, há diversos parâmetros a serem seguidos
para garantir a qualidade da água para o consumo doméstico, dentre os quais se destacam:
• PARÂMETROS FÍSICOS:
− TEMPERATURA: Elementos como a temperatura da água são importantes, pois in-
fluenciam em diversas propriedades da água, como a densidade e a viscosidade.
Assim, uma água que se encontra em temperaturas elevadas pode ocasionar em
danos para a saúde, inclusive queimaduras;
− ODOR E SABOR: O parâmetro ideal da água é que ela seja sem cheiro e sem sabor,
precisando ser tratada para excluir esses elementos que podem ser absorvidos ao
longo dos processos que envolvem o tratamento da água;
− COR: A coloração da água pode ser causada pela presença de metais, a decompo-
sição de matéria orgânica ou pela presença de esgotos. O padrão é a intensidade
de cor inferior a cinco unidades;
− TURBIDEZ: Deve ser inferior a uma unidade, pois mede a presença de matérias
suspensas na água;
− SÓLIDOS: São resíduos que permanecem na água mesmo após a sua filtragem;
− TURBIDEZ: Inferior a uma unidade, visto que mede a presença de matéria suspensa
na água. O Ministério da Saúde estabelece como padrão de potabilidade a referên-
cia de 1.000 mg/L de sólidos totais dissolvidos. No caso da Resolução CONAMA n.º
20, o valor máximo é de 500 mg/L. Os sólidos são divididos em três categorias: i)
Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período de repouso; ii) Sólidos não
sedimentáveis: podem ser removidos somente por processos de tratamento como
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coagulação, floculação e decantação; iii) Sólidos dissolvidos: matéria em solução

ou em estado coloidal presente na água;
− CONDUTIVIDADE ELÉTRICA: É a capacidade da água de conduzir eletricidade. Quan-
to maior a quantidade de íons dissolvidos na água, maior será sua condutividade.
• PARÂMETROS QUÍMICOS:
− PH: O valor para consumo humano é estabelecido em 7, pois o pH da água depende
de sua origem e pode ser influenciado pela presença de resíduos. O pH baixo (< 7)
torna a água corrosiva, já o pH alto (> 7) torna a água alcalina;
− ALCALINIDADE: Capaz de medir a capacidade da água de neutralizar os ácidos. Quan-
do apresentados em grande quantidade, tornam a água com sabor desagradável;
− RIGIDEZ: Resultado da presença de sais alcalinos terrosos ou de metais bivalentes
que, em grande quantidade, pode provocar sabor desagradável e efeitos laxantes.
O valor máximo permitido é de 500 mg/L;
− CLORETOS: São substâncias provenientes da dissolução de minerais, da introdução
de águas do mar, ou de esgotos. Em alta concentração, deixa um sabor salgado na
água. O valor máximo é de 250 mg/l;
− FERRO E MANGANÊS: Responsáveis por dar uma cor avermelhada (ferro) ou marrom
(manganês) e um sabor metálico à água. A concentração de ferro permitida é de
1,0 mg/l, e de manganês é de 0,05mg/l;
− NITROGÊNIO: O padrão de nitrogênio permitido é de 10mg/L, pois em excesso pode
causar intoxicação;
− FÓSFORO: O nível crítico é de 0,020 a 0,025mg/L, uma vez que, em grandes quan-
tidades, pode se tornar um poluente;
− FLUORETO: É um importante agente no combate à cárie dental, mas se usado em
quantidade acima de 1,0mg/l, pode causar alteração da estrutura óssea nos dentes;
− OXIGÊNIO DISSOLVIDO: Quando presentes em águas naturais, é um sinal de qua-
lidade da água, pois é indispensável para a manutenção da vida plantas e dos
animais aquáticos.
• ORGÂNICOS E INORGÂNICOS:
− MATÉRIA ORGÂNICA: É um componente necessário para a nutrição dos seres vivos.
Contudo, em grandes quantidades, podem causar problemas, como cor, odor, tur-
bidez e consumo do oxigênio dissolvido da água;
− DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO): Trata-se da quantidade de oxigênio
necessária para a oxidação da matéria orgânica por ação de bactérias;
− DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO): É a quantidade de oxigênio necessária para
a oxidação da matéria orgânica, através de um agente químico;
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− COMPONENTES INORGÂNICOS: São componentes presentes na água, entre eles se

destacam os metais pesados e tóxicos para a manutenção da vida e da qualidade
ambiental;
− COMPONENTES ORGÂNICOS: São componentes que podem apresentar Certo re-
sistência à degradação biológica, como, por exemplo, os agrotóxicos.
• PARÂMETROS BIOLÓGICOS:
− COLIFORMES: O padrão indicado é de 4.000 coliformes fecais por 100 ml, o que
indica a presença de microrganismos patogênicos na água. Quando encontrados,
é sinal de contato com esgoto doméstico;
− ALGAS: São elementos responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio no
ambiente aquático, porém, em grandes quantidades trazem sabor, odor, turbidez
e toxicidade para a qualidade da água.
A legislação nacional é clara com relação aos parâmetros necessários para garantir
a qualidade da água. De acordo com a Portaria de Consolidação n. 5/2017 do Ministério
da Saúde, a qualidade de toda a água destinada ao consumo humano deve ser objeto de
controle e vigilância.
A seção IV dispõe a respeito do responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva
de abastecimento de água para consumo humano. Nesse sentido, dentre as principais
responsabilidades dos agentes pelo sistema de abastecimento, se destacam:
• exercer o controle da qualidade da água;
• manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída;
• análises laboratoriais da água;
• exigência do laudo de atendimento dos requisitos de saúde.
• responsabilidades dos estados e municípios
Os Estados e Municípios são os responsáveis pela promoção e o acompanhamento da
vigilância da qualidade da água destinada para o consumo humano, cabendo desenvolver
e executar as ações especificadas e implementar as diretrizes de vigilância da qualidade
da água para consumo humano definidas no âmbito nacional.
Para tanto, a qualidade da água bruta deve ser um ponto de destaque. A água bruta é
aquela encontrada em rios, lagos, fontes, dentre outros reservatórios. Assim, mesmo quando
potável, ela caracteriza-se como não tratada. Para que possa chegar ao consumo humano
de forma segura, há três resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
que estabelecem os parâmetros aplicáveis.
São elas:
Resolução CONAMA n. 357/2005: dispõe sobre a classificação dos corpos de água e das
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.
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Resolução CONAMA n. 396/2008: dispõe sobre a classificação e as diretrizes ambientais

para o enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.
Resolução CONAMA n. 430/2011: dispõe sobre as condições e padrões de lançamento
de efluentes.
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

A promoção da saúde pública implica também a da qualidade de vida, com foco no
desenvolvimento de ambientes saudáveis e sustentáveis, conectados com o meio ambiente
e os recursos naturais, e tal alcance inclui o acesso à água de boa qualidade e ao saneamento
básico. Nesse sentido, é preciso lembrar que o acesso à água é considerado um direito
fundamental da pessoa humana, previsto em diversos diplomas legais oficiais, inclusive a
Constituição Federal de 1988.
A discussão a respeito do direito à água na agenda mundial tem seu início no ano de 1977,
quando as Nações Unidas ampliaram a ideia de que todas as pessoas, independentemente
da situação econômica ou social, possuem o direito de acesso à água potável em quantidade
e qualidade suficiente para garantir o atendimento das suas necessidades básicas.
No ano de 1979, a Convenção pela Eliminação de Todas as Formas de Preconceito contra
a Mulher já reconhecia a urgente necessidade de garantir o acesso à água para as mulheres.
Dez anos depois, no ano de 1989, a Convenção pelos Direitos da Criança estabeleceu o livre
acesso à água para as crianças, tendo em vista que esta seria uma premissa fundamental
para garantir o pleno desenvolvimento para a vida adulta.
Já na década de 2000, o direito à água também foi tocado no General Comment como
sendo um direito fundamental à promoção da saúde humana. Apesar da importância dos
marcos legais anteriormente citados, o acesso à água só passou a ser reconhecido no plano
internacional como direito humano após a instalação da Assembleia Geral das Nações
Unidas, no ano de 2010, com a Resolução A/RES/64/292 que estabelece o Direito Humano
à Água e ao Esgotamento Sanitário.
O acesso à água potável é um processo dificultoso, graças aos diversos fatores envolvidos,
e deve considerar uma série de elementos como a disponibilidade, a qualidade, a segurança,
a aceitação de suas características pelo consumidor final, a acessibilidade física e financeira
do recurso, além de garantir a operacionalização dos princípios gerais dos direitos humanos.
Nesse sentido, é possível perceber que o acesso à água de qualidade engloba a junção
de duas perspectivas: uma perspectiva quantitativa e uma qualitativa. Assim, o mero
acesso à rede de tratamento da água ou o percentual de cobertura e de distribuição dessa
não reflete verdadeiramente a democratização do serviço, muito menos a qualidade do
mesmo. Ou seja, o acesso à água deve considerar também elementos socioeconômicos e
a qualidade dos serviços ofertados.
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A precariedade do acesso à água tratada pode ampliar a incidência de doenças, resultando

em sérios problemas de saúde pública. Assim, no processo de promoção da saúde, as
comunidades assumem papel relevante, uma vez que trata de um processo de capacitação
social para promover melhorias de sua própria qualidade de vida, garantindo a ampliação
da participação social e a melhoria das condições coletivas.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é organizado seguindo uma série de diretrizes
básicas, dentre elas se destaca a participação da comunidade. Nesse sentido, a vigilância
da qualidade da água no Brasil é fundamentada nos princípios e diretrizes básicas do SUS,
dentre os quais se destacam:
• PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS: igualdade e equidade;
• PRINCÍPIOS ORGANIZACIONAIS: descentralização, regionalização E hierarquização;
• PRINCÍPIOS EXECUTIVOS: o uso da epidemiologia, a integração de ações de saúde, meio
ambiente e saneamento, a organização dos serviços, a divulgação de informações e
participação da comunidade;
• PRINCÍPIOS DA ESSENCIALIDADE: o acesso à água em quantidade suficiente e qualidade
adequada para a vida humana.
Com base nisso, tem-se que a disponibilização de informações sobre a qualidade da
água ofertada deve ser realizada de forma clara, garantindo os meios necessários para o
enfrentamento dos problemas. Assim, no processo de vigilância da qualidade da água, a
participação da sociedade deve ser uma das premissas fundantes da gestão dos recursos
hídricos, já que a população é a principal interessada na qualidade da água.
A Lei n. 8.080/1990, que estabelece a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), é o
principal documento que disponibiliza as informações para a sociedade quanto à gestão das
ações em torno da qualidade da água. Nesse sentido, prevê que compete aos responsáveis
pelo controle e vigilância manter a população informada acerca do referido controle.
REDUÇÃO E CONTROLE DE PERDAS EM SISTEMAS DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA
As perdas de água nos sistemas de abastecimento são a soma das diferenças entre o
volume total de água produzido nas estações de tratamento e os volumes medidos nos
hidrômetros instalados nos imóveis dos consumidores. Assim, essas perdas são divididas
em duas modalidades:
• PERDAS REAIS OU FÍSICAS: Representa os volumes de água que não são consumidos
pela população, pois são perdidos por meio de vazamentos encontrados ao longo
do percurso da água, que vai desde as estações de tratamento até os pontos de
entrega, sejam domiciliares ou industriais. Esses vazamentos se dão pelo desgaste das
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tubulações, seja pelo envelhecimento da estrutura ou pela alteração das pressões.

São divididos em dois tipos, sendo eles:
− VAZAMENTOS VISÍVEIS: surgem na superfície do pavimento e das calçadas e são
rapidamente reparados;
− VAZAMENTOS NÃO VISÍVEIS: são mais profundos e os reparos dependem de uma
revisão na rede para precisar a localização e o conserto.
• PERDAS APARENTES E NÃO FÍSICAS: representam os volumes de água que são
consumidos e, consequentemente, não são contabilizados pela empresa distribuidora
de água,. Os principais causadores dessas perdas são as irregularidades das ligações,
os famosos “gatos”, que são fraudes ou ligações clandestinas que desviam a água
de maneira ilegal. Dessa forma, essas perdas representam também uma perda de
faturamento da empresa responsável pelo serviço, não equivalendo à perda física
do recurso hídrico propriamente dito.
O nível de perdas de água nos sistemas de abastecimento está também ligado às

condições da infraestrutura da instalação, e também à eficiência operacional e comercial do
serviço. Com isso, é possível afirmar que não existe fração de perda inexistente, a famosa
“perda zero”, quer dizer, todos os sistemas de abastecimento de água do mundo, por mais
moderna que seja a infraestrutura disponível para a operação e manutenção do serviço,
possuem perdas de água.
Algumas ações podem ser tomadas para combater a perda de água. O trabalho exige
um esforço permanente, já que as perdas de água tendem a aumentar, uma vez que a
tendência natural é o envelhecimento da infraestrutura do serviço, o que faz surgir novos
vazamentos ou facilitar a observância de irregularidades.
Dessa forma, é preciso depreender um esforço na aplicação de recursos, materiais e
humanos, para evitar que as perdas aumentem. Assim, algumas das principais ações de
combate às perdas de água, sejam físicas ou reais, são:
• Realização de obras de setorização dos sistemas de distribuição de água;
• Instalação de válvulas redutoras de pressão em áreas com pressão mais elevadas;
• Varredura para localizar vazamentos não visíveis;
• Reparos periódicos nos vazamentos visíveis e não visíveis;
• Substituição da infraestrutura com a renovação das redes;
• Realização de obras de adequação dos setores de abastecimento;
• Substituição dos hidrômetros;
• Combate e desestímulo às irregularidades.
Um grande passo para a redução progressiva da perda de água no país é o Novo Marco
Legal do Saneamento Básico no Brasil, instaurado por meio da Lei Federal n. 14.026/2020,
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que, em seu artigo 4º, § 1º, inciso VI, estabelece que a redução progressiva e controle da
perda de água deverá fazer parte das ações das operadoras dos sistemas de abastecimento.
Atualmente, as cidades firmam parecerias mediante acordos diretos com as empresas
de água e esgoto, por meio dos contratos de concessão com a empresa privada que vier a
assumir a estatal, e torna obrigatória a abertura de licitação, envolvendo empresas públicas
e privadas, conforme estabelece o novo marco do saneamento.
Assim os contratos de programa que já estão em vigor se mantêm e podem ser prorrogados
por até trinta anos. Contudo, devem comprovar viabilidade econômico-financeira, quer
dizer, as empresas devem demonstrar que conseguem manter seus custos por conta própria,
por meio da cobrança de tarifas e contratação de dívida.
Os contratos também devem se comprometer com metas de universalização do acesso
à água de qualidade, que devem ser cumpridas até o final do ano de 2033. Essas metas
estabelecem uma cobertura de 99% para o fornecimento de água potável e de 90% para
a coleta e o tratamento de esgoto. Essas porcentagens são calculadas sobre a população
da área atendida.
ENQUADRAMENTO DE CORPOS D’ÁGUA

O Enquadramento dos Corpos D’Água em Classes de Uso é o segundo instrumento
trabalhado no âmbito da Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH).
Essa classificação se refere ao estabelecimento de níveis de qualidade hídrica a serem
alcançados ou mantidos para um dado segmento de corpo de água ao longo do tempo. Sendo
assim, não se refere a determinar a classificação atual da água, mas sim a uma propositura
para que um determinado nível de qualidade hídrica seja alcançado ou mantido.
Neste sentido, o referido instrumento atua por meio de uma sistemática preventiva,
com o objetivo de garantir a qualidade da água de acordo com seus usos, bem como diminuir
os gastos resultantes do combate à poluição, daí o caráter de prevenção.
As classes dos corpos de águas são definidas por meio das ações do Conselho Nacional
do Meio Ambiente (CONAMA), mediante a Resolução n. 357/2005.
A Agência Nacional das Águas (ANA) é incumbida de elaborar a proposta de enquadramento
e submetê-la aos comitês de bacias hidrográficas, em uma ação realizada por meio de
audiências públicas, nas quais se discute as alternativas viáveis para o enquadramento dos
corpos de águas nas respectivas classes.
Após a aprovação, a proposta é direcionada ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos
(CNRH) ou ao Conselho Estadual, aos quais cabe verificar o enquadramento e as propostas
para o alcance dos níveis de qualidade hídrica exigidos.
Prosseguindo com a aprovação, cabe aos órgãos gestores dos recursos hídricos os
processos de fiscalização, monitoramento e controle dos corpos de águas enquadrados.
Direito Ambiental
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Assim, bienalmente, o respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica deve receber um relatório

expondo a situação encontrada em cada corpo de água. Desta forma, os corpos de água que
não alcançam as metas estabelecidas devem ser indicados pelos Conselhos, que procederão
com as intervenções necessárias.
Finalmente, perceba que esse instrumento é um elemento estratégico, cujo modelo
é adotado por diversos países, e seu grande diferencial é a produção de uma espécie de
inventário que dão conta dos cursos hídricos disponíveis em cada região do país. Para além,
por meio desse instrumento, é possível estabelecer uma série de objetivos traçados no
planejamento e na gestão dos recursos hídricos.
Nesse sentido, os artigos 9 e 10 da PNRH estabelecem que o enquadramento dos corpos
de água em classes, segundo os usos preponderantes da água, visa a: i) assegurar às águas
qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas; ii) diminuir os
custos de combate à poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes. Nesse
sentido, as classes de corpos de água serão estabelecidas pela legislação ambiental.
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta por água. Contudo, vale dizer que
menos de 3% desse volume total é composto de água doce, e, além disso, a maior parte
da água disponível se encontra concentrada em geleiras. Dessa forma, resta uma pequena
porcentagem de águas superficiais para garantir o atendimento das demandas do planeta
e auxiliar a realização das atividades humanas.
A água que é encontrada na natureza, de forma geral, não é própria para consumo. Assim,
até mesmo a água das chuvas ainda contém impurezas, razão pela qual deve também ser
tratada. Além disso, quando a água pluvial toca os solos, ela absorve substâncias impuras
que alteram ainda mais sua qualidade, de maneira significativa.
Dessa maneira, para que uma água seja considerada própria para o consumo, é necessário
que ela atenda a alguns requisitos de potabilidade. Se houver alguma substância capaz de
alterar o seu padrão de qualidade, então, ela é classificada como impura para o consumo.
Assim sendo, os componentes que indicam a poluição orgânica das águas são muitos,
a exemplo dos compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos. Em locais que não
contam com a existência de um sistema de abastecimento de água pública, a obtenção da
água pode ser feita via poço artesiano.
Dessa maneira, um sistema de abastecimento de água consiste em um conjunto de
obras, equipamentos e serviços desenvolvidos com o objetivo de levar a água em seu
estado potável para garantir o uso do consumo doméstico, das indústrias, do suprimento
de serviços públicos, entre outras finalidades. Esse sistema de abastecimento tem alguns
objetivos separados em dois aspectos. São eles:
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• ASPECTO SOCIAL E SANITÁRIO: Atua com o objetivo de controlar e prevenir doenças,

propaga hábitos higiênicos, facilitar a limpeza pública, propiciar conforto, bem-estar
e segurança, além de ampliar a expectativa de vida da população;
• ASPECTO ECONÔMICO: Tem o objetivo de ampliar a vida média da população, mediante
a redução da mortalidade, aumentar a vida produtiva das pessoas, facilitar a instalação
das indústrias, a proteção dos mananciais, o controle de qualidade da água, dentre
outros aspectos, garantindo o desenvolvimento da economia e atendendo às
necessidades da população.
Nesse sentido, para compreender como se dá a formação de um sistema de abastecimento

de águas, é necessário compreender que ele é formado por diversas unidades. São elas:
• MANANCIAL: é a fonte de onde se retira a água para o abastecimento de uma região;
• CAPTAÇÃO: é o conjunto de equipamentos e instalações que retiram a água do manancial
e a deposita no sistema de abastecimento;
• ADUÇÃO: é a tubulação que liga a captação ao tratamento e/ou à rede de distribuição;
• RESERVATÓRIO: tem a função de armazenar a água. O objetivo é atender às emergência,
manter uma pressão constante na rede e dialogar com a variação de consumo, que
acontece de acordo com os hábitos dos usuários, o clima ou a qualidade da água;
• REDE DE DISTRIBUIÇÃO: é a unidade do sistema que transporta a água do reservatório
para os consumidores finais;
• RAMAL DOMICILIAR: é a ligação que é feita da rua para a residência.
Dessa maneira, para se construir um sistema de distribuição de água, é preciso antes

realizar um estudo detalhado com relação à localidade da obra, além de contar com o apoio
de uma equipe multidisciplinar especializada, que será responsável pela gestão do projeto.
Antes de iniciar a construção, é necessário ainda definir a população que será atendida, a
taxa de crescimento populacional da cidade e mapear as necessidades industriais existentes.
Assim, com base nessas informações, é possível projetar o sistema que vai atender a
população por e garantir a qualidade da água destinada para consumo.
Com base nisso, a escolha do manancial é uma etapa de fundamental importância para
o planejamento de um sistema de abastecimento de água. Ela deve se dar com base em
alguns critérios obrigatórios, a exemplo da localização, da topografia, da vazão e da presença
de possíveis focos de contaminação hídrica. Assim, após a escolha do manancial, deve ser
definido o meio segundo o qual será feita a captação da água.
As formas de captação da água do manancial são duas: uma superficial e outra
subterrânea. A superficial é realizada em rios, lagos ou represas por meio de tecnologia
de bombeamento ou gravidade. A água retirada segue pela adutora com destino à estação
de tratamento.
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Já a subterrânea é realizada por meio de poços artesianos, com o fito de obter a água
que sai dos lençóis subterrâneos. As perfurações são realizadas em uma profundidade
média de cem metros e a água é conduzida por motobombas com destino à estação de
tratamento. Diferente da água superficial, o tratamento artesiano é feito com cloro para
desinfecção. O tratamento da água passa por um processamento de nove fases, até ser
disponibilizada para consumo. Elas se dividem em:
• Oxidação;
• Coagulação;
• Floculação;
• Decantação;
• Flotação com ar dissolvido;
• Filtração;
• Desinfecção;
• Correção do Ph; e
• Fluoretação.
Assim, depois de tratada, a água é encaminhada para os reservatórios. Dependendo
da caracterização do solo da região, os reservatórios podem ser construídos com bases
elevadas, apoiadas ou subterrâneas. Isso porque, a sua principal função é manter uma
Certo regularidade no abastecimento da água, além de atender as demandas emergenciais
dos usuários.
Para chegar até o consumidor final, é preciso que exista uma rede de distribuição eficiente
da água. Por tanto, a pressão que envia a água deve ser ideal e satisfatória ao longo de todo
o trajeto do reservatório até o local do consumo. Assim, nos pontos de menor pressão, é
preciso também promover a instalação de bombas para facilitar o curso da água.
Dependendo da altura do local, é preciso instalar também uma estação de elevação com
bombas mais tecnológicas e com maior potência. Da mesma forma, nos locais que contam
com pressão em excesso, é preciso instalar válvulas de contenção da pressão. Assim, após
percorrido todo o processo, a água chega enfim aos locais domiciliares, pois se unem às
ligações internas de cada residência.
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RESUMO
Os Recursos Hídricos ocupam uma importância fundamental para a manutenção de
todas as formas de vida existentes no planeta. Assim, a Gestão dos Recursos Hídricos
configura o conjunto de ações e normativas desenvolvidas para regular o uso e proteger a
qualidade dos referidos recursos.
No Brasil, há uma ampla gama de legislações regem a gestão das águas, responsáveis
pela formulação dos princípios e diretrizes necessários para garantir a correta utilização
da água. O Ciclo da Água é o caminho que o referido recurso percorre de um estado físico
para outro na natureza. Tal fenômeno se dá por meio dos processos de a) precipitação, b)
evaporação, c) condensação, d) infiltração e e) transpiração.
Nesse sentido, o Monitoramento dos Recursos Hídricos é uma atividade que busca
acompanhar as alterações observadas nas características físicas, químicas e biológicas das
águas, decorrentes de ações humanas ou de fenômenos naturais.
A Hidrogeologia é um ramo das Geociências que analisa as águas subterrâneas e as
suas interferências com o ambiente geológico. Tem por objetivo investigar a movimentação
das águas que se encontram nas cavidades subterrâneas, analisando sua qualidade, volume
e distribuição. São essas águas que preenchem os sedimentos das rochas e dão origem
aos aquíferos.
A Hidrometeorologia é o ramo da área de conhecimento conhecida como Meteorologia
que tem por objetivo garantir o estudo dos processos que envolvem a relação da água com
a atmosfera, incluindo elementos como a formação e a distribuição das precipitações, a
umidade do ar, a nebulosidade, as chuvas, dentre outros.
O Balanço Hídrico, nesse sentido, além de ser uma ferramenta essencial para atingir a
esse fim, também pode ser conceituado como a contabilização dos fluxos das entradas e
saídas de águas de um espaço hídrico. Assim, ele pode ser calculado para uma camada do
solo, um trecho de rio ou um conjuntos de bacias hidrográficas de uma mesma localidade.
A Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) tem a sua coordenação gerida pela Agência
Nacional de Águas e com a parceria de outras instituições federais especializadas, bem como
conta com o apoio de entidades estaduais para garantir a realização do monitoramento
e da disponibilidade de informações e parâmetros a respeito do acompanhamento dos
fluxos hidrológico nacionais.
Os padrões de qualidade da água não são os mesmos para todos os tipos de uso, quer
dizer, por exemplo, a água destinada ao consumo humano é enquadrada no conceito da
potabilidade e possui padrões diferentes daquela utilizada para recreação, já que esta
se localiza no conceito da balneabilidade. O Índice de Qualidade das Águas (IQA) foi
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desenvolvido em 1970 pela National Sanitation Foundation com o objetivo de estabelecer

os padrões aplicáveis para o consumo da água.
O Enquadramento dos Corpos D’Água em Classes de Uso é o segundo instrumento
trabalhado no âmbito da Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH). Essa classificação
se refere ao estabelecimento de níveis de qualidade hídrica a serem alcançados ou mantidos
para um dado segmento de corpo de água ao longo do tempo.
O referido instrumento atua por meio de uma sistemática preventiva, com o objetivo
de garantir a qualidade da água de acordo com seus usos, bem como diminuir os gastos
resultantes do combate à poluição, daí o caráter de prevenção. As classes dos corpos de
águas são definidas por meio das ações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
mediante a Resolução n. 357/2005.
As Áreas Contaminadas são regiões com altas concentrações de substâncias químicas
ou resíduos perigosos que são introduzidos pelos seres humanos de forma acidental ou
proposital. A contaminação dessas áreas é responsável por causar danos à saúde humana,
ao equilíbrio do meio ambiente e à manutenção dos recursos naturais.
É um problema que precisa de soluções urgentes, por parte do Poder Público, especialmente
no que se refere à qualidade da água, que é um bem essencial para a manutenção da vida,
e o foco da nossa aula.
A gestão dessas áreas é uma das previsões contidas tanto na legislação ambiental
nacional quanto nas agendas ambientais e urbanas dos Estados e Municípios. Tal gestão
tem o objetivo de desenvolver ações efetivas que proponham a recuperação das áreas
contaminadas, promovendo a qualidade ambiental dos espaços rurais ou urbanos.
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EXERCÍCIOS
001. (INÉDITA/2024) Com relação aos sistemas de abastecimento de água potável, analise
a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certo e E para Errado.
Já que mais de 70% da superfície terrestre é formada por água, é correto afirmar que todo
esse recurso encontrado na natureza é próprio para o consumo humano.
Dentre os componentes que indicam os parâmetros de potabilidade da água, é possível
citar os componentes nitrogenados e cloretos.
A construção de poço artesiano é a melhor alternativa para as localidades que não contam
com um sistema público de abastecimento de água.
O sistema de abastecimento de água inclui os serviços desenvolvidos pelas empresas
prestadoras responsáveis pelo tratamento da água.
O aspecto social de um sistema de abastecimento de água inclui a facilitação da limpeza
pública.
O aspecto econômico do sistema de abastecimento de água exclui o compromisso com a
redução da mortalidade das pessoas.
A Captação é a fonte de onde se retira a água para o abastecimento de uma região.
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A Adução é a rede de tubulações que separa a captação do tratamento e da distribuição

das águas tratadas.
O objetivo de um reservatório é estar sempre preparado para atender as demandas
emergenciais da população.
A escolha do manancial de captação deve levar em consideração a topografia do lugar e a
facilidade para a extração da água.
As formas de captação das águas de um manancial são três: inicial, intermediária e avançada.
O tratamento artesiano de águas não pode ser realizado com a adição de cloro.
013. (INÉDITA/2024) Com base na disposição contida na Portaria MS n. 508/2004, analise

A revisão da norma de qualidade da água para consumo humano deve ser realizada
periodicamente pelo ICMBio.
A revisão da norma de qualidade da água para consumo humano deve ser realizada a cada
dez anos.
A competência para editar a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano será do
Ministro da Saúde.
016. (INÉDITA/2024) Com base no estudo desenvolvido sobre a Hidrologia, analise a assertiva
a seguir e atribua valor C para Certo e E para Errado.
A Precipitação é o processo da água que dá origem às chuvas.
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Um sistema de abastecimento de água para consumo humano é um conjunto de equipamentos
que se encontram sob a responsabilidade da iniciativa privada.
Uma solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano inclui a instalação
de poços comunitários
As execuções das ações de vigilância da qualidade da água de maneira complementar,
quando constatada a insuficiência da ação estatal, é uma prerrogativa de competência
das secretarias municipais de saúde.
É de competência do Município a avaliação sistemática e permanente dos riscos à saúde
humana representados pelas águas abastecidas por meio de soluções alternativas.
As auditorias de controle de qualidade da água são de competência do Ministério da Saúde.
Compete aos Estados a manutenção e atualização dos registros sobre as características
da água potável distribuída.
Em caso de administração, em regime de concessão ou permissão do sistema de
abastecimento de água, é o Estado ou o Distrito Federal o ente responsável pelo controle
da qualidade da água.
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Com relação ao padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano, o

valor máximo permitido de coliformes termotolerantes deve ser inferior a 20 ml.
No controle de qualidade da água para consumo humano, quando detectadas amostras
com resultados positivos para coliformes totais, é necessário proceder com a mudança da
empresa de tratamento.
Nos sistemas de distribuição, a recoleta deve incluir, no máximo, duas amostras simultâneas.
O percentual de amostras com resultado positivo de coliformes totais em relação ao total
de amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser calculado semestralmente,
incluindo a recoleta.
Em metade das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de
distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas.
Em amostras individuais procedentes de poços, fontes, nascentes e outras formas de
abastecimento sem distribuição canalizada, tolera-se a presença de coliformes totais,
desde que na ausência de Escherichia coli e/ou coliformes termotolerantes.
Após o processo de desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre
de 0,5 mg/L.
A realização de testes para detecção de odor e gosto em amostras de água coletadas deve
se dar de acordo com os parâmetros de cor e turbidez.
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As análises laboratoriais para o controle e a vigilância da qualidade da água podem ser
realizadas em laboratório próprio ou não.
A água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio de
canalização deve incluir tratamento por infiltração.
034. (INÉDITA/2024) Com relação à captação e adução da água bruta, analise a afirmativa
A fase da captação inclui a separação das impurezas físicas mais pesadas da água bruta.
A coagulação inclui a adição de coagulantes insolúveis para promover a união dos elementos
que tornam a água pura.
A fase da Floculação é responsável por separar as partículas grandes e pesadas, transformando-
as em flocos.
Na fase d Decantação, as impurezas retiradas da água são destinadas aos aterro sanitários,
indicando a necessidade de uma boa ligação entre o tratamento da água e o sistema de
esgotos.
Um dos principais compromissos da etapa da Reservação é garantir a distribuição de água
nos horários de maior demanda, quer dizer, quando a população passa mais tempo dentro
de casa.
039. (INÉDITA/2024) Com relação aos sistemas de vigilância e controle da potabilidade da

água, analise a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certo e E para Errado.
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As discussões em torno do direito à água saudável tiveram seu início na década de 1970,
por meio do trabalho de conscientização desenvolvido pela Organização das Nações Unidas.

A discussão sociológica em torno do direito de acesso à água de qualidade é dividida em
duas vertentes, uma quantitativa e outra qualitativa.

Dentre os Princípios Executivos que norteiam a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS),
destacam-se a publicidade e a participação social.

O principal documento normativo responsável pelo estabelecimento das diretrizes em
torno do Sistema Único de Saúde é a Constituição Federal de 1988.
043. (INÉDITA/2024) Com relação à redução e ao controle de perdas em sistemas de

abastecimento de água, analise a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certo e E
para Errado.
As perdas reais e físicas representam também as irregularidades de ligações no sistema de
abastecimento, os chamados “gatos”.

As perdas aparentes e não físicas representam também uma perda de faturamento para
a empresa responsável pela distribuição da água.

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico estabelece a redução da perda de água como
uma das obrigações das operadoras de abastecimento.
046. (INÉDITA/2024) Com relação aos sistemas de aproveitamento da água da chuva, analise
A Reutilização Direta Planejada ocorre quando os efluentes são tratados e descarregados
de forma planejada nos corpos hídricos, sejam nas águas superficiais ou subterrâneas.
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O sistema de Reutilização Indireta Planejada trata os efluentes de maneira geral, sejam de
águas superficiais ou subterrâneas.
048. (INÉDITA/2024) Com relação aos padrões de potabilidade da água, analise a afirmativa
A qualidade da água potável não pode ser medida apenas por sua cor, justamente por isso
que há o Índice de Qualidade da Água, que deve ser seguido.
049. (INÉDITA/2024) Com relação ao enquadramento dos corpos d’água em classes de uso,
analise a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certo e E para Errado.
As classes dos corpos d’água são definidas pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
A Agência Nacional das Águas (ANA) deve elaborar a proposta de enquadramento e submetê-
la aos comitês de bacias hidrográficas, por meio de audiências públicas.
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GABARITO
1. E 35. C
2. C 36. E
3. C 37. C
4. C 38. C
5. C 39. C
6. E 40. C
7. E 41. C
8. E 42. E
9. C 43. E
10. C 44. C
11. E 45. C
12. E 46. E
13. E 47. C
14. E 48. C
15. E 49. E
16. C 50. C
17. E
18. C
19. E
20. C
21. E
22. E
23. E
24. E
25. E
26. E
27. E
28. E
29. C
30. C
31. C
32. C
33. E
34. C
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GABARITO COMENTADO
Já que mais de 70% da superfície terrestre é formada por água, é correto afirmar que todo
esse recurso encontrado na natureza é próprio para o consumo humano.
A água que é encontrada na natureza, de forma geral, não é própria para consumo. Até
mesmo a água das chuvas ainda contém impurezas, razão pela qual deve também ser tratada.
Errado.
Dentre os componentes que indicam os parâmetros de potabilidade da água, é possível
citar os componentes nitrogenados e cloretos.
Dentre os componentes que indicam a poluição orgânica das águas, é possível citar os
exemplos dos compostos nitrogenados, oxigênio consumido e cloretos.
Certo.
A construção de poço artesiano é a melhor alternativa para as localidades que não contam
com um sistema público de abastecimento de água.
Em locais que não contam com a existência de um sistema de abastecimento de água pública,
a obtenção da água pode (e deve) ser feita via poço artesiano, que é a melhor opção para
a reserva de água para consumo.
Certo.
O sistema de abastecimento de água inclui os serviços desenvolvidos pelas empresas
prestadoras responsáveis pelo tratamento da água.
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Um sistema de abastecimento de água consiste em um conjunto de obras, equipamentos e

serviços desenvolvidos com o objetivo de levar a água em seu estado potável para garantir
o uso do consumo doméstico, das indústrias, do suprimento de serviços públicos, entre
outras finalidades.
Certo.
O aspecto social de um sistema de abastecimento de água inclui a facilitação da limpeza
pública.
O aspecto social e sanitário do sistema de abastecimento de água atua com o objetivo de

controlar e prevenir doenças, propaga hábitos higiênicos, facilitar a limpeza pública, propiciar
conforto, bem-estar e segurança, além de ampliar a expectativa de vida da população.
Certo.
O aspecto econômico do sistema de abastecimento de água exclui o compromisso com a
redução da mortalidade das pessoas.
O aspecto econômico do sistema de abastecimento de água tem o objetivo de ampliar a

vida média da população, mediante a redução da mortalidade, aumentar a vida produtiva
das pessoas, facilitar a instalação das indústrias, a proteção dos mananciais, o controle de
qualidade da água, dentre outros aspectos, garantindo o desenvolvimento da economia e
atendendo às necessidades da população.
Errado.
A Captação é a fonte de onde se retira a água para o abastecimento de uma região.
A Captação é o conjunto de equipamentos e instalações que retiram a água do manancial

e a deposita no sistema de abastecimento.
Errado.
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A Adução é a rede de tubulações que separa a captação do tratamento e da distribuição
das águas tratadas.
A Adução é a tubulação que liga a captação ao tratamento e/ou à rede de distribuição.

Errado.
O objetivo de um reservatório é estar sempre preparado para atender as demandas
emergenciais da população.
Um reservatório tem a função de armazenar a água. O objetivo é atender às emergências,

manter uma pressão constante na rede e dialogar com a variação de consumo, que acontece
de acordo com os hábitos dos usuários, o clima ou a qualidade da água.
Certo.
A escolha do manancial de captação deve levar em consideração a topografia do lugar e a
facilidade para a extração da água.
A escolha do manancial é uma etapa de fundamental importância para o planejamento

de um sistema de abastecimento de água. Ela deve se dar com base em alguns critérios
obrigatórios, a exemplo da localização, da topografia, da vazão e da presença de possíveis
focos de contaminação hídrica. Após a escolha do manancial, deve ser definido o meio
segundo o qual será feita a captação da água.
Certo.
As formas de captação das águas de um manancial são três: inicial, intermediária e avançada.
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As formas de captação da água do manancial são duas: uma superficial e outra subterrânea.
A superficial é realizada em rios, lagos ou represas por meio de tecnologia de bombeamento
ou gravidade. Já a subterrânea é realizada por meio de poços artesianos, com o fito de
obter a água que sai dos lençóis subterrâneos.
Errado.
O tratamento artesiano de águas não pode ser realizado com a adição de cloro.
Diferente da água superficial, o tratamento artesiano é feito com cloro para desinfecção.
O tratamento da água passa por um processamento de nove fases, até ser disponibilizada
para consumo.
Errado.
013. (INÉDITA/2024) Com base na disposição contida na Portaria MS n. 508/2004, analise

A revisão da norma de qualidade da água para consumo humano deve ser realizada
periodicamente pelo ICMBio.
O Ministério da Saúde deverá promover, por intermédio da Secretaria de Vigilância em

Saúde – SVS, a revisão da Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano.
Errado.
A revisão da norma de qualidade da água para consumo humano deve ser realizada a cada
dez anos.
A revisão da Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano deve ser realizada no
prazo de 5 anos ou a qualquer tempo, mediante solicitação devidamente justificada de
órgãos governamentais ou não governamentais de reconhecida capacidade técnica nos
setores objeto desta regulamentação.
Errado.
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A competência para editar a Norma de Qualidade da Água para Consumo Humano será do
Ministro da Saúde.
É delegada a competência ao Secretário de Vigilância em Saúde para editar, quando necessário,

normas regulamentadoras sobre a qualidade da água para consumo humano.
Errado.
016. (INÉDITA/2024) Com base no estudo desenvolvido sobre a Hidrologia, analise a assertiva
A Precipitação é o processo da água que dá origem às chuvas.
A Precipitação ocorre quando há muita água condensada na atmosfera, e se processa a

partir de gotículas pesadas suspensa no ar. Essas gotículas caem no solo, formando assim
as chuvas. Nas localidades muito frias, as gotículas passam do estado gasoso para o líquido
e, logo em seguida, para o sólido, o que dá origem à neve e à chuva de granizo.
Certo.
Um sistema de abastecimento de água para consumo humano é um conjunto de equipamentos
que se encontram sob a responsabilidade da iniciativa privada.
Um sistema de abastecimento de água para consumo humano é uma instalação composta

por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição
canalizada de água potável para populações, sob a responsabilidade do poder público,
mesmo que administrada em regime de concessão ou permissão.
Errado.
Uma solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano inclui a instalação
de poços comunitários
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A solução alternativa de abastecimento de água para consumo humano é toda modalidade de

abastecimento coletivo de água distinta do sistema de abastecimento de água, incluindo,
entre outras, fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador, instalações
condominiais horizontal e vertical.
Certo.
As execuções das ações de vigilância da qualidade da água de maneira complementar,
quando constatada a insuficiência da ação estatal, é uma prerrogativa de competência
das secretarias municipais de saúde.
É de competência do Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Vigilância em

Saúde, executar ações de vigilância da qualidade da água, de forma complementar, em
caráter excepcional, quando constatada, tecnicamente, insuficiência da ação estadual, nos
termos da regulamentação do SUS.
Errado.
É de competência do Município a avaliação sistemática e permanente dos riscos à saúde
humana representados pelas águas abastecidas por meio de soluções alternativas.
É de competência municipal efetuar, sistemática e permanentemente, a avaliação de risco

à saúde humana de cada sistema de abastecimento ou solução alternativa, por meio de
informações sobre, dentre outros elementos, a ocupação da bacia contribuinte ao manancial
e o histórico das características de suas águas e as características físicas dos sistemas,
práticas operacionais e de controle da qualidade da água.
Certo.
As auditorias de controle de qualidade da água são de competência do Ministério da Saúde.
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A referida competência é dos Municípios.

Errado.
Compete aos Estados a manutenção e atualização dos registros sobre as características
da água potável distribuída.
Compete aos Municípios manter registros atualizados sobre as características da água

distribuída, sistematizados de forma compreensível à população e disponibilizados para
pronto acesso e consulta pública.
Errado.
Em caso de administração, em regime de concessão ou permissão do sistema de abastecimento
de água, é o Estado ou o Distrito Federal o ente responsável pelo controle da qualidade da
água.
Cabe aos responsáveis pela operação de sistema ou solução alternativa de abastecimento

de água, exercer o controle da qualidade da água. Em caso de administração, em regime
de concessão ou permissão do sistema de abastecimento de água, é a concessionária ou
a permissionária a responsável pelo controle da qualidade da água.
Errado.
Com relação ao padrão microbiológico de potabilidade da água para consumo humano, o
valor máximo permitido de coliformes termotolerantes deve ser inferior a 20 ml.
Conforme estabelece a Tabela 1 da Portaria MG/MS n. 518/2004, o valor referido deve ser
de ausência de 100ml.
Errado.
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No controle de qualidade da água para consumo humano, quando detectadas amostras
com resultados positivos para coliformes totais, é necessário proceder com a mudança da
empresa de tratamento.
No controle da qualidade da água, quando forem detectadas amostras com resultado

positivo para coliformes totais, mesmo em ensaios presuntivos, novas amostras devem ser
coletadas em dias imediatamente sucessivos até que as novas amostras revelem resultado
satisfatório.
Errado.
Nos sistemas de distribuição, a recoleta deve incluir, no máximo, duas amostras simultâneas.
Nos sistemas de distribuição, a recoleta deve incluir, no mínimo, três amostras simultâneas,
sendo uma no mesmo ponto e duas outras localizadas a montante e a jusante.
Errado.
de amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser calculado semestralmente,
incluindo a recoleta.

de amostras coletadas nos sistemas de distribuição deve ser calculado mensalmente,
excluindo as amostras extras (recoleta).
Errado.
Em metade das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de
distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas.
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Em 20% das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de distribuição,
deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e, uma vez excedidas 500 unidades
formadoras de colônia (UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção
local e, se constatada irregularidade, outras providências cabíveis.
Errado.
abastecimento sem distribuição canalizada, tolera-se a presença de coliformes totais,
desde que na ausência de Escherichia coli e/ou coliformes termotolerantes.

abastecimento sem distribuição canalizada, tolera-se a presença de coliformes totais, na
ausência de Escherichia coli e, ou, coliformes termotolerantes, nesta situação devendo ser
investigada a origem da ocorrência, tomadas providências imediatas de caráter corretivo
e preventivo e realizada nova análise de coliformes.
Certo.
Após o processo de desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre
de 0,5 mg/L.
Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L,
sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de
distribuição, recomendando-se que a cloração seja realizada em pH inferior a 8,0 e tempo
de contato mínimo de 30 minutos.
Certo.
A realização de testes para detecção de odor e gosto em amostras de água coletadas deve
se dar de acordo com os parâmetros de cor e turbidez.
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A realização de testes para detecção de odor e gosto em amostras de água coletadas na

saída do tratamento e na rede de distribuição deve se dar de acordo com o plano mínimo
de amostragem estabelecido para cor e turbidez.
Certo.
realizadas em laboratório próprio ou não.

realizadas em laboratório próprio ou não que, em qualquer um dos casos analisados, deve
manter um programa de controle de qualidade interna ou externa ou ainda ser acreditado
ou certificado por órgãos competentes para esse fim.
Certo.
A água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio de
canalização deve incluir tratamento por infiltração.
Toda água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio
de canalização deve incluir tratamento por filtração. Em todos os momentos e em toda
sua extensão, a rede de distribuição de água deve ser operada com pressão superior à
atmosférica.
Errado.
A fase da captação inclui a separação das impurezas físicas mais pesadas da água bruta.
Na etapa da captação, a água destinada ao consumo está presente em mananciais, m seu

estado natural, que contém resquícios de impurezas e, por isso, não pode ser consumida
Direito Ambiental
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sem passar por um tratamento, pois há o risco de contaminação. Nessa fase, a água é
captada e segue para um sistema de grades que retém resíduos sólidos maiores, como os
lixos e galhos.
Certo.
A coagulação inclui a adição de coagulantes insolúveis para promover a união dos elementos
que tornam a água pura.
Na etapa da coagulação, as impurezas presentas na água já são pequenas e leves para

serem sedimentadas e, por isso, permanecem suspensas. Assim, para tornar as partículas
mais pesadas, é adicionado um sulfato de alumínio na própria água captada, que é um
coagulante insolúvel responsável por unir os elementos.
Certo.
A fase da Floculação é responsável por separar as partículas grandes e pesadas, transformando-
as em flocos.
A fase da floculação se dá quando, após a adição do coagulante, a água é submetida a

uma agitação mecânica, para que as impurezas se transformem em flocos maiores e mais
pesados. As partículas e impurezas são juntas, maiores e mais pesadas, e se depositam no
fundo do tanque, facilitando a remoção.
Errado.
Na fase d Decantação, as impurezas retiradas da água são destinadas aos aterro sanitários,
indicando a necessidade de uma boa ligação entre o tratamento da água e o sistema de
esgotos.
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A decantação é a etapa onde há a presença dos tanques de decantação, onde os flocos de

impureza se afundam e são separados. No fundo do tanque, eles formam uma espécie de
lodo que será removido e direcionado para os aterros sanitários.
Certo.
Um dos principais compromissos da etapa da Reservação é garantir a distribuição de água
nos horários de maior demanda, quer dizer, quando a população passa mais tempo dentro
de casa.
A fase da Reservação encerra as etapas do tratamento de água, que é armazenada nos

reservatórios e começa a ser distribuída para o consumo da população. Esse processo garante
que o abastecimento ocorra de forma regular e eficiente, além de permitir a liberação do
fluxo de água nos horários de maior demanda, quer dizer, nos períodos onde a população
está mais dentro de casa.
Certo.

As discussões em torno do direito à água saudável tiveram seu início na década de 1970,
por meio do trabalho de conscientização desenvolvido pela Organização das Nações Unidas.
A discussão a respeito do direito à água na agenda mundial tem seu início no ano de 1977,
quando a Organização das Nações Unidas ampliaram a ideia de que todas as pessoas,
independentemente da situação econômica ou social, possuem o direito de acesso à
água potável em quantidade e qualidade suficiente para garantir o atendimento das suas
necessidades básicas.
Certo.

A discussão sociológica em torno do direito de acesso à água de qualidade é dividida em
duas vertentes, uma quantitativa e outra qualitativa.
Direito Ambiental
Samara Lima
A literatura especializada defende que é possível perceber que o acesso à água de qualidade
engloba a junção de duas perspectivas: uma perspectiva quantitativa e uma qualitativa.
Assim, o acesso à rede de tratamento da água ou o percentual de cobertura e de distribuição
dessa não reflete verdadeiramente a democratização do serviço, muito menos a qualidade
do mesmo. Ou seja, o acesso à água deve considerar também elementos socioeconômicos
e a qualidade dos serviços ofertados.
Certo.

destacam-se a publicidade e a participação social.
destacam-se o uso da epidemiologia, a integração de ações de saúde, meio ambiente e
saneamento, a organização dos serviços, a divulgação de informações e participação da
comunidade.
Certo.

O principal documento normativo responsável pelo estabelecimento das diretrizes em
torno do Sistema Único de Saúde é a Constituição Federal de 1988.
A Lei n. 8.080/1990, que estabelece a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), é o principal
documento normativo que disponibiliza as informações para a sociedade quanto à gestão das
ações em torno da qualidade da água. Nesse sentido, prevê que compete aos responsáveis
pelo controle e vigilância manter a população informada acerca do referido controle.
Errado.
043. (INÉDITA/2024) Com relação à redução e ao controle de perdas em sistemas de

abastecimento de água, analise a afirmativa a seguir e atribua valor C para Certo e E
para Errado.
As perdas reais e físicas representam também as irregularidades de ligações no sistema de
abastecimento, os chamados “gatos”.
Direito Ambiental
Samara Lima
As irregularidades de ligações nos sistemas de abastecimento de água compõem as perdas

aparentes e não físicas.
Errado.

As perdas aparentes e não físicas representam também uma perda de faturamento para
a empresa responsável pela distribuição da água.
As perdas aparentes e não físicas são os famosos “gatos” e representam também uma
perda de faturamento da empresa responsável pelo serviço, não equivalendo à perda física
do recurso hídrico propriamente dito.
Certo.

O Novo Marco Legal do Saneamento Básico estabelece a redução da perda de água como
uma das obrigações das operadoras de abastecimento.
Um grande passo para a redução progressiva da perda de água no país é o Novo Marco Legal
do Saneamento Básico no Brasil, que estabelece que a redução progressiva e controle da
perda de água deverá fazer parte das ações das operadoras dos sistemas de abastecimento.
Certo.
A Reutilização Direta Planejada ocorre quando os efluentes são tratados e descarregados
de forma planejada nos corpos hídricos, sejam nas águas superficiais ou subterrâneas.
A Reutilização Direta Planejada se dá quando os efluentes, após o tratamento, são

encaminhados diretamente dos seus pontos de descarga até o local da reutilização, sem
passar por outros caminhos no meio ambiente. É o exemplo das águas de esgotos tratadas.
Errado.
Direito Ambiental
Samara Lima
O sistema de Reutilização Indireta Planejada trata os efluentes de maneira geral, sejam de
águas superficiais ou subterrâneas.
A Reutilização Indireta Planejada ocorre quando os efluentes são tratados e descarregados

de forma planejada nos corpos hídricos, sejam nas águas superficiais ou subterrâneas. Tal
prática pressupõe que há um controle sobre as possíveis novas descargas de efluentes,
garantindo que a água tratada apenas se misturará com as outras que também já estejam
tratadas ou que naturalmente atendam ao padrão de potabilidade esperado.
Certo.
048. (INÉDITA/2024) Com relação aos padrões de potabilidade da água, analise a afirmativa
A qualidade da água potável não pode ser medida apenas por sua cor, justamente por
isso que há o Índice de Qualidade da Água, que deve ser seguido.
A qualidade da água não pode ser medida apenas por sua cor cristalina, sobretudo a
direcionada ao consumo humano. Para tanto, o Índice de Qualidade das Águas (IQA) foi
desenvolvido com o objetivo de estabelecer os padrões aplicáveis para o consumo da água,
que deve ser norteado por diversos parâmetros de qualidade e monitoramento.
Certo.
As classes dos corpos d’água são definidas pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
A referida incumbência é do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

Errado.
A Agência Nacional das Águas (ANA) deve elaborar a proposta de enquadramento e submetê-
la aos comitês de bacias hidrográficas, por meio de audiências públicas.
Direito Ambiental
Samara Lima
A Agência Nacional das Águas (ANA) é incumbida de elaborar a proposta de enquadramento

e submetê-la aos comitês de bacias hidrográficas, em uma ação realizada por meio de
audiências públicas, nas quais se discute as alternativas viáveis para o enquadramento dos
corpos de águas nas respectivas classes.
Certo.
Direito Ambiental
Samara Lima
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição da República Federativa. Brasília, 1988.
______, Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos

Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta
o inciso XIX do art. 21 da CF/88, altera o art. 1º da Lei n. 8.001/1990 e dá outras
providências. Brasília, 1997.
RIGHETTO, A. Hidrologia e Recursos Hídricos. São Carlos: Escola de Engenharia de São

Carlos-USP, 1998.
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