Você está na página 1de 72

DIREITO AMBIENTAL

Conceitos Essenciais sobre


Recursos Hídricos e Saneamento
Básico

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240118047695

SAMARA LIMA

Professora de cursinhos para concurso. Bacharela em Direito, especialista em


Gestão Pública, mestra em Políticas Públicas pela UFRN e doutoranda em Direito
Econômico pela UFPB. Professora e pesquisadora em tempo integral.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Bens Ambientais: Conceituação Essencial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Recursos Hídricos: Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3. Noções de Hidrologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
4. Gerenciamento de Recursos Hídricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. Uso e Gestão dos Recursos Hídricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Poluição Hídrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
7. Sistemas de Tratamento de Esgotos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
8. Gestão e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9. Gestão e Disposição de Resíduos Sólidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
10. Sistemas de Drenagem Urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 3 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

APRESENTAÇÃO
Olá, futuro(a) servidor(a) público, tudo bem com você?
Como está a sua preparação para o melhor momento dos concursos públicos da história
do país? Espero que ótimo! Esta é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja,
mais um passinho que te aproxima da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta!
Nesta aula, te apresento um apanhado bem detalhado sobre os elementos da Conceituação
Essencial dos Recursos Hídricos e Saneamento Básico. Ao final da aula, você encontra uma
lista de questões de concursos, seja da banca organizadora do seu certame ou de outra com
o mesmo nível de exigência/padrão de questões, para que a sua preparação seja teórica
e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran, pois
a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco mais, me
contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.
Samara Lima

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 4 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

CONCEITOS ESSENCIAIS SOBRE RECURSOS


HÍDRICOS E SANEAMENTO BÁSICO

1. BENS AMBIENTAIS: CONCEITUAÇÃO ESSENCIAL


A Constituição Federal de 1988 é considerada um marco na defesa do equilíbrio do
meio ambiente, uma vez que dispõe de diferentes seções e capítulos que versam sobre a
obrigatoriedade de preservação do meio ambiente.
Ademais, foi o primeiro texto constitucional do Brasil a utilizar a expressão “Meio
Ambiente”, o que denota a importância que o legislador constitucional conferiu ao tema.
O capítulo VI da CF/1988 traz uma série de conceitos e princípios inovadores que basearam
o direcionamento do Direito Ambiental Nacional. Além disto, a repartição de competências
entre o Poder Público e a coletividade apontam para a responsabilidade coletiva pela defesa e
preservação do meio ambiente, amplificando o ideário de participação popular preconizado
pelo texto constitucional, assim fortalecendo seu caráter de Constituição Cidadã.
De acordo com o artigo n. 225 da CF/1988, todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.
A referida menção faz surgir o direito ao meio ambiente equilibrado, cuja principal
característica é a subjetividade, tendo em vista que se trata de uma garantia individualizada
no sentido de pertencer a cada um dos indivíduos, ao mesmo tempo em que pertence a todos.
O objeto do direito ambiental é, portanto, indivisível, ou seja, ao atender a uma pessoa
com a satisfação de tal direito, atende-se também a coletividade e, do mesmo modo,
a violação de tal direito para uma pessoa também atinge a coletividade. As implicações
jurídicas do direito ambiental acabam se processando em outros ramos, a exemplo do
direito à propriedade, o civil, o administrativo, o processual, dentre outros.
O meio ambiente e os seus recursos naturais foram, durante muito tempo, utilizados
sem mecanismos de controle, uma vez que o senso comum pregava a ideia de que eles
jamais entrariam em escassez.
Todavia, o desenvolvimento do capital privado somado ao aumento populacional foram
responsáveis por lançar inquietações das mais variadas a fim de desfazer a ideia dos recursos
naturais enquanto bens inexauríveis.
Com isto, recursos naturais como a água, o solo, o ar, a luz solar, dentre outros, passaram
a ser tratados como bens juridicamente protegidos. Embora não sejam considerados bens
no sentido estritamente econômico, posto que não são susceptíveis de apropriação, alguns
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 5 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

deles recebem tratamento específico e suas distribuições são oneradas, a exemplo da


água potável.
A necessidade de promover um melhor aproveitamento dos recursos naturais fez surgir
uma série de mudanças no tratamento do tema. Estes bens, inicialmente considerados como
recursos ilimitados, passaram a ser utilizados com mais ponderação e cuidado institucional
e jurídico, daí a serem classificados como bens passíveis de escassez e, com isto, passaram
a dispor de uma valoração econômica.
Diante disto, perceba: qualificar o meio ambiente e os recursos naturais como bens
ameaçados de escassez significa incluí-los no rol de um problema eminentemente econômico.
O exemplo do tratamento e distribuição da água é claro neste sentido, tendo em vista que
a mesma passa de um recurso natural para um bem economicamente distribuído.
Imagine, por exemplo, um cidadão que encontra um rio belo e biologicamente fértil em
uma localidade distante e passa a afirmar que é de sua propriedade. Com isto, caso não
existisse um tratamento jurídico diferenciado que tratasse dos recursos naturais como
bens tutelados pelo Estado, facilmente o cidadão poderia tratar o rio e tudo o que dele
saísse como se fosse de sua titularidade. A questão da exploração dos minérios e do solo
é oura bastante espinhosa que requer um tratamento jurídico diferenciado e cuidadoso.
Diante da limitação dos recursos naturais, insurge a necessidade de estabelecimento de
mecanismos jurídicos de direcionamento para tais categorias. Neste sentido, o tratamento
que a Constituição Federal conferiu à problemática do meio ambiente e dos recursos
naturais revela que houve uma preocupação com alguns eixos estratégicos, a exemplo da
conservação da diversidade biológica, a criação de espaços territoriais ecologicamente
protegidos, da necessidade de realização de estudo de impacto ambiental, dentre outros
elementos que revelam a importância do meio ambiente e dos recursos naturais enquanto
bens ambientais.
As doutrinas jurídicas que se dedicam ao estudo dos bens ambientais são muitas. Por um
lado, teóricos como José Afonso da Silva (2019, p. 86) compreendem que o Meio Ambiente
e os Recursos Naturais são de natureza pública.
O autor demonstra que, o art. 225 da CF/1988, ao declarar que todos têm direito ao
meio ambiente equilibrado, compreende que o objeto do direito de todos não é o meio
ambiente em si, mas sim uma qualificadora do meio ambiente, qual seja, o seu estado de
equilíbrio. Foi esta qualidade que se converteu em bem juridicamente tutelado.
Neste sentido, o autor sustenta que os elementos constitutivos do meio ambiente não
podem ser apropriados por particulares, mesmo quando se encontram nas dependências
do particular.
Significa, portanto, que o proprietário, seja público ou privado, não pode dispor
indiscriminadamente dos elementos ambientais, posto que estes não estão disponíveis para
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 6 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

a utilização particular sem regulação. Mais à frente (p. 88), o autor defende ainda que há
recursos naturais que também não estão disponíveis à apropriação privada, a exemplo do ar
e da água, que são por suas próprias naturezas considerados bens de uso comum do povo.
Memorize que os bens ambientais não são públicos ou particulares, mas sim, são bens
de interesse público, caracterizados por um regime jurídico especial, vinculados à essência
da qualidade de vida e, por fim, frutos de um interesse coletivo, qual seja, o equilíbrio
ecológico do meio ambiente. Neste sentido, o meio ambiente e os recursos naturais podem
ser enxergados sob o enfoque de “macro bens”, ou seja, bens que estão acima das esferas
pública e privada.
Nesta perspectiva, é crescente a fatia da doutrina que compreende a necessidade
de enquadrar os bens ambientais em uma categoria elevada de direito fundamental, de
propriedade constitucional e de interesse coletivo. Desta forma, deve-se classificar tais
bens como difusos, ou seja, de titularidade coletiva, todavia, sem contar com um titular
específico, ao mesmo tempo que, dada a natureza do mesmo, é necessário enquadrá-lo
nas categorias material ou imaterial.
Os bens ambientais são imateriais no sentido de que correspondem a uma qualidade
esperada pelo meio ambiente, qual seja, o seu estado de equilíbrio, não se referindo a um
bem propriamente dito. Por outro lado, se caracterizam como material tendo em vista que
há uma disposição de elementos físicos que são levados em consideração, a exemplo das
florestas, águas, solo, subsolo, dentre outros.
Os bens ambientais também são inseridos na categoria dos bens de terceira geração.
Se unem à perspectiva dos Direitos Humanos e a valores universais, como a fraternidade,
a solidariedade, e são relacionados à ideia de progresso social, à autodeterminação das
comunidades, dentre outros direitos que não são considerados individuais nem coletivos,
mas sim superiores a tais ideias. Assim, seu caráter indivisível se torna evidente, tendo em
vista se tratar de um direito que não pode ser repartido.
Desta forma, os bens ambientais são uma esfera de direitos transindividuais, tendo em
vista que ultrapassam os limites do individual acessam uma categoria superior. Assim, se
trata de um objeto jurídico que, ao mesmo tempo, pertence a todos os indivíduos, todavia,
não pertence a nenhum deles em específico. Neste sentido, os bens ambientais podem
possuir titulares indeterminados, porém, todos se encontram interligados por serem
possuidores do mesmo direito.
Sendo assim, compreenda que os bens e recursos naturais estão disponíveis a todos os
indivíduos, muito embora não seja de titularidade de nenhum. A propriedade privada, neste
cenário, opera com base em diversos limites ambientais, tendo em vista a necessidade de
garantir o equilíbrio ecológico do meio ambiente e dos recursos naturais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 7 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Aqui, o que deve se sobrepor é o equilíbrio ecológico do meio ambiente, e tanto o


poder público quanto a coletividade devem caminhar em conjunto no sentido de garantir
a proteção dos bens referidos.
Conforme você pode perceber, o bem ambiental é algo muito complexo, que necessita
de um olhar bastante especial. O meio ambiente é composto com base em elementos
bióticos (os seres e organismos vivos presentes no meio ambiente) e abióticos (elementos
físicos e químicos não vivos presentes no meio ambiente, como a água, os minerais, as
formações rochosas…), e ambos atuam em conjunto na construção do meio ambiente
natural, que compõe o objeto de estudo da ecologia, da biologia e, não menos importante,
das ciências jurídicas.

2. RECURSOS HÍDRICOS: CONCEITO


Os Recursos Hídricos ocupam uma importância fundamental para a manutenção de todas
as formas de vida existentes no planeta. Por essa razão, ao longo dos anos, o debate acerca
da importância da preservação das águas tem se intensificado, tanto no plano nacional
quanto no internacional, ocupando um lugar de destaque tanto no cenário nacional quanto
no internacional. A água é um recurso fundamental para que a vida seja possível no planeta.
A poluição que os seres humanos depositam nas águas é o principal componente de
ameaça do referido recurso. A água exerce uma importância central no desenvolvimento de
diversas atividades econômicas e, por esta razão, sua utilização equilibrada fica sempre
em segundo plano.
A Terra dispõe de 1.4 milhões de quilômetros cúbicos de água, porém, apenas 2.5% é
composto por água doce. Pois é, a quantidade de água considerada própria para o consumo
humano é muito pequena, quando considerada toda a extensão hídrica disponível no planeta.
No mundo inteiro, 10% da água potável utilizada é direcionada ao abastecimento
público, sendo 23% para as atividades industriais e 67% para a agricultura. Já a água
doce utilizada pelos seres humanos é proveniente de represas, rios, lagos, reservatórios
subterrâneos e afins.
O Dia 22 de Março é o dia de comemoração pelo Dia Mundial da Água. O referido é
comemorado com diversas campanhas de conscientização para que as pessoas compreendam
o tamanho da importância de preservar os recursos hídricos, para que as presentes e futuras
gerações, de todas as espécies, encontrem condições de vida favoráveis e compatíveis para
o desenvolvimento.
O Brasil é um país muito privilegiado no que se refere à quantidade de água disponível.
Aqui está abrigado o maior reservatório de água doce do planeta, que representa mais
de 12% da quantidade disponível no mundo. Todavia, a distribuição desse recurso tão
importante não é justa, muito menos uniforme.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 8 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

A Amazônia é a região que abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, sendo o volume
de águas do Rio Amazonas o maior do planeta e, por esta razão, é considerado um rio de
importância fundamental para todas as formas de vida. Contraditoriamente, a Amazônia
também é uma das regiões com a menor densidade populacional do Brasil.
As maiores populações do território nacional se encontram nos grandes centros urbanos,
ou seja, bem distantes dos grandes rios brasileiros, como o Rio Amazonas, o Rio Paraná e
o Rio São Francisco. Assim, um dos maiores problemas que se apresentam nos limites dos
recursos hídricos no Brasil é o da queda da qualidade da água disponibilizada para captação
e tratamento.
Com base nessa pequena introdução, você já deve ter entendido que os Recursos
Hídricos representam uma conceituação abrangente utilizada para se referir às águas
superficiais ou subterrâneas que se encontram naturalmente na terra e estão disponíveis
para qualquer tipo de uso racional, seja doméstico ou industrial, cuja utilização serve para
propiciar o desenvolvimento de todas as formas de vida.
Em virtude de seu caráter renovável e fluido, é comum que muitas pessoas acreditem
que a água não vai acabar nunca. Todavia, isso não passa de uma inverdade e é urgente
compreender que a água se trata de um bem finito, ou seja, é necessário preserva-lo para
que ele esteja sempre disponível. O uso incorreto dos recursos hídricos coloca a natureza
e a vida, em todas as suas formas, em um risco que pode ser irreversível, do ponto de vista
da degradação do meio ambiente.
As águas subterrâneas também são recursos que ocupam uma importância fundamental
no meio ambiente, tendo em vista que são responsáveis por auxiliar na manutenção da
temperatura e da umidade do solo, garantindo o correto fluxo da água que é utilizada
no consumo. Por esta razão, preservar e proteger as fontes de água subterrânea é tão
importante quanto a mesma ação referida às águas superficiais.
Conforme eu já citei em linhas anteriores, o Brasil é o país mais rico do mundo quando se
trata de recursos hídricos. Aqui, são abrigadas as maiores fontes de água doce do planeta,
bem como os maiores rios e cachoeiras. Assim, o Brasil concentra mais de 12% de toda a
água doce do mundo, embora a distribuição ainda seja muito irregular.
Mais de 80% da água doce disponível no país é proveniente da Amazônia, pois é lá
que se encontra o maior rio do mundo, o Rio Amazonas. O Brasil também abriga o maior
reservatório de água subterrânea do planeta, que é o Sistema Aquífero Guarani, que ocupa
uma área de 1.2 quilômetro quadrado em extensão aquífera subterrânea.

3. NOÇÕES DE HIDROLOGIA
A Hidrogeologia é um ramo das Geociências que analisa as águas subterrâneas e as
suas interferências com o ambiente geológico. Tem por objetivo investigar a movimentação

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 9 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

das águas que se encontram nas cavidades subterrâneas, analisando sua qualidade, volume
e distribuição. São essas águas que preenchem os sedimentos das rochas e dão origem
aos aquíferos.
O estudo da hidrogeologia é fundamental para garantir a preservação das águas
subterrâneas. Isto porque, muitos aquíferos brasileiros estão com a sua qualidade ameaçada
por consequência das ações humanas em atividades como o garimpo. Um dado importante é
que as águas presentes nos aquíferos representam 97% da água doce e líquida disponível no
planeta. Assim, as águas subterrâneas são os recursos naturais mais extraídos da cavidade
do subsolo.
Os aquíferos são fundamentais para o fluxo do ciclo hidrológico. Eles são classificados
de acordo com os índices de permeabilidade das rochas que se encontram em seus limites,
sendo elementos importantíssimos para garantir a manutenção da umidade do solo e os
fluxos dos rios e lagos.
Assim, um aquífero é uma transformação geológica ocorrida no subsolo, e sua construção
se dá por rochas e solos permeáveis que armazenam a água em seus poros ou fraturas.
Os aquíferos são divididos mediante a seguinte classificação:
A) AQUÍFERO LIVRE OU FREÁTICO: É constituído por uma formação geológica superficial
e permeável, que aflora em toda a sua extensão e limita a base por uma camada permeável.
O nível de água deles varia de acordo com a quantidade da chuva. São os aquíferos mais
explorados pela população em atividades relativas aos serviços de turismo ecológico.
B) AQUÍFERO ARTESIANO OU CONFINADO: É o tipo construído por uma formação geológica
permeável, que fica confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis. O
reabastecimento se dá através das águas das chuvas, e os níveis da água se encontram
sob pressão.

4. GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS


Um Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos é um conjunto de organismos,
instituições e instalações públicas e privadas, cujo objetivo é executar a Política Nacional
de Recursos Hídricos, por meio de um modelo de gerenciamento de instrumentos que se
concentram no planejamento da gestão das águas.
Assim, pode-se dizer que é o organograma que promove a dinâmica necessária para
viabilizar formas sustentáveis de utilização dos recursos hídricos.
Nesta perspectiva, o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos
(SINGREH) foi estabelecido pela PNRH e tem por objetivo promover a coordenação da
gestão integrada das águas nacionais, além de arbitrar administrativamente no que se
relaciona aos conflitos relativos aos recursos hídricos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 10 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

De tal maneira, os seus objetivos estão elencados no art. 32 da PNRH, que você vê
logo abaixo:

Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com os seguintes
objetivos:
I – coordenar a gestão integrada das águas;
II – arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos hídricos;
III – implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV – planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos recursos hídricos;
V – promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

Ademais, o SINGERH ainda viabiliza a implementação da PNRH, fomentando a prevenção,


recuperação, planejamento e regulação do uso da água, bem como promove a cobrança
pela utilização hídrica.
Assim, para que o SINGREH seja devidamente implementado, ele atua de forma conjunta
por meio da atuação integrada dos órgãos que estão elencados no art. 34 da PNRH.
I) o Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
II) a Agência Nacional de Águas;
III) os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
IV) os Comitês de Bacia Hidrográfica;
V) os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais
cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;
VI) as Agências de Água.

5. USO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS


O Brasil é o país com a maior disposição de recursos hídricos no mundo. Com efeito, é
brasileiro o domínio da maior bacia hidrográfica do mundo, além da maior parte do Aquífero
Guarani. Há aqui uma grande disponibilidade de água potável, qual seja, aquela própria para
o consumo. Contudo, a sua distribuição ainda é muito irregular, o que ocasiona uma falha
na distribuição equilibrada da água para todos os brasileiros.
Na ordem de atividades que mais demandam distribuição de água no Brasil, estão a
irrigação, o uso doméstico e o uso industrial, respectivamente. Ou seja, são demandas que
carecem de uma disposição hídrica urgente, pois se tratam de atividades fundamentais
para a manutenção da vida em sociedade.
Contudo, a quantidade de água disponível no Brasil e os caminhos que possibilitam (ou
não) uma distribuição justa apresentam uma discrepância histórica. Na Região Nordeste,
por exemplo, há diversas localidades onde a disposição dos recursos hídricos não acompanha
o tamanho da população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 11 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Assim, os problemas ocasionados pelo crescimento demográfico são as principais causas


que justificam a necessidade de gestão dos recursos hídricos. É sobre a referida atividade
que vou falar um pouco ao longo deste tópico. Vamos lá?
A Gestão dos Recursos Hídricos configura o conjunto de ações e normativas desenvolvidas
para regular o uso e proteger a qualidade dos referidos recursos. No Brasil, há uma ampla
gama de legislações regem a gestão das águas, responsáveis pela formulação dos princípios
e diretrizes necessários para garantir a correta utilização da água.
Assim, muito mais do que se concentrar na qualidade e na quantidade da água, a gestão
dos recursos hídricos é uma atividade fundamental para garantir a confiabilidade no que
tange o abastecimento dos referidos recursos.
Tal ponto é fundamental para a execução do planejamento de todas as etapas que
envolvem a cadeia de utilização hídrica. A água, conforme já citei em linhas acima, é um
componente indispensável para o desenvolvimento econômico, e a sua gestão é o que dá
suporte para garantir esse desenvolvimento.
Um dos grandes marcos da gestão dos recursos hídricos é a Lei Federal n. 9.433/1997,
conhecida como a Lei das Águas. Ela é a responsável por instituir a Política Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH), sendo considerada um dos principais instrumentos de gestão
das águas de domínio federal, que são aquelas que atravessam mais de um Estado ou que
estabelecem fronteiras entre eles.
Além disto, a Lei das Águas também estabeleceu a criação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH), além de determinar infrações e penalidades
àqueles que procedem com alguma conduta ilegal no que tange o uso das águas. Assim, a
PNRH é responsável por estabelecer as diretrizes e políticas públicas necessárias para o
melhoramento na utilização dos recursos hídricos.
O elemento central para memorizar sobre a PNRH é que ela é conhecida por agregar
um caráter descentralizador na gestão dos recursos hídricos. Isto porque, ela estabelece
um sistema nacional de gestão de águas que integra a União e os Estados, cujo caráter
participativo permite que as ações acerca da gestão hídrica seja realizada com a participação
e o amparo dos entes estaduais.
Com isto, a instalação dos comitês de bacias hidrográficas é fundamental para
estabelecer a união dos poderes públicos em suas três esferas (Federal, Estadual e Municipal),
além de integrar os usuários dos recursos hídricos e os elementos da sociedade civil, no
intuito de tornar as deliberações mais participativas e, com isso, atender às premissas
constitucionalmente estabelecidas sobre a participação popular.
Nesta perspectiva, a PNRH atua como um instrumento pacificador no que se refere à
solução de conflitos relacionados ao uso das águas, e assim o faz por meio dos planos de
recursos hídricos das bacias hidrográficas, tendo em vista a sua possibilidade de arbitrar
sobre as discrepâncias identificadas ao longo do processo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 12 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Já o Código de Águas, criado a partir do Decreto Federal n. 24.643/1934, é outro


marco jurídico muito relevante na gestão dos recursos hídricos. Dado o tempo de sua
implementação, ainda na década de 1930, tem-se que a PNRH se apresentou como uma
verdadeira reestruturação no que tange a administração das águas, tendo em vista que o
Código de Águas foi marcado por centralizar no setor elétrico as decisões sobre a gestão
dos recursos hídricos.
De tal maneira, ao determinar o fundamento do respeito ao uso múltiplo das águas em
conjunto com a prioridade no abastecimento humano e dessedentação animal em casos de
escassez hídrica, a PNRH avança novamente, dessa vez no sentido de tornar a administração
das águas uma atividade mais democrática e, sobretudo, visando atender às necessidades
observadas nas regiões mais secas do país.
Neste sentido, lembre-se que o princípio fundamental que rege a PNRH é o de que a
água é um bem de domínio público, recurso limitado e dotado de valor econômico. Desta
forma, deve ser utilizada para atender às necessidades dos diversos setores da sociedade,
tendo sua gestão integrada, descentralizada e democrática. Veja abaixo a disposição do
art. 1º da PNRH acerca de seus fundamentos:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e
a dessedentação de animais;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder
Público, dos usuários e das comunidades.

Mais adiante, a PNRH delineia seus objetivos fundamentais, por meio do art. 2º No trecho
a seguir, perceba o quanto a referida Política baseia seus objetivos na busca por assegurar
a disponibilidade das águas para as futuras gerações, a utilização dos recursos hídricos
de forma racional e a prevenção em casos de eventos hidrológicos críticos. Todavia, sem
dúvidas, o objetivo mais interessante e inovador é o incentivo ao tratamento e reutilização
das águas da chuva. Acompanhe:

Art. 2º São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:


I – assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões
de qualidade adequados aos respectivos usos;
II – a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário,
com vistas ao desenvolvimento sustentável;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 13 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

III – a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes
do uso inadequado dos recursos naturais.
IV – incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de águas pluviais.

As diretrizes da PNRH se concentram na gestão sistemática dos recursos hídricos,


amparada por aspectos de quantidade e qualidade das águas, observadas as especificidades
de cada região do país.
Assim, deve-se primar pela busca da integração da gestão hídrica com a gestão ambiental,
bem como articular o planejamento da gestão das águas com os demais elementos da
gestão pública, em todas as unidades gestoras. Acompanhe abaixo o que determina o art.
3º da PNRH:

Art. 3º Constituem diretrizes gerais de ação para implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos:
I – a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade
e qualidade;
II – a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas,
econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;
III – a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;
IV – a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os
planejamentos regional, estadual e nacional;
V – a articulação da gestão de recursos hídricos com a do uso do solo;
VI – a integração da gestão das bacias hidrográficas com a dos sistemas estuarinos e zonas costeiras.
Art. 4º A União articular-se-á com os Estados tendo em vista o gerenciamento dos recursos
hídricos de interesse comum.

A partir do que você viu até aqui, é possível perceber o compromisso da PNRH com a
promoção da descentralização e da democratização de suas atividades.
Sem dúvidas, se trata de um instrumento que muito se esforçou para corresponder
às premissas constitucionais acerca da gestão dos recursos naturais, especialmente em
se tratando do principal desses recursos. Assim, os componentes da descentralização
e democratização são algumas das principais marcas da gestão contemporânea dos
recursos hídricos.

6. POLUIÇÃO HÍDRICA
A Poluição Hídrica configura o processo de contaminação ou deposição de rejeitos nos
corpos d’água e afeta os lagos, rios, córregos, nascentes, mares e oceanos.
É um dos problemas ambientais mais graves dos tempos contemporâneos, tendo em
vista que a água é o recurso natural mais indispensável para a manutenção da vida no
planeta. Ademais, há que se considerar também que se trata de um recurso cada vez mais
escasso, sobretudo no que diz respeito à água própria para o consumo humano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 14 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

O principal agente responsável pela poluição dos corpos hídricos é o processo de


desenvolvimento desenfreado das atividades econômicas, como a agropecuária e a mineração,
principalmente no contexto das grandes cidades. Isso gera o aumento da colocação indevida
de rejeitos perigosos no sistemas de esgoto e de saneamento básico.
Outro fator que pode ser apontado é a destinação incorreta dos lixo, que constantemente
são depositados nos cursos d’água, o que gera problemas ambientais de enormes proporções.
Nas linhas a seguir, acompanhe algumas modalidades de contaminação das águas que
separei para você.
• POLUIÇÃO BIOLÓGICA DAS ÁGUAS: Ocorre quando os corpos de água possuem micro-
organismos patogênicos, tais como bactérias, vírus e vermes que passam pelos esgotos
domésticos e industriais. Eles podem ser lançados diretamente na água ou infiltrar-
se nos solos, atingindo águas e comprometendo seu equilíbrio. Como consequência,
várias doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos e aos animais, como
cólera, leptospirose, hepatites, dentre outras.
• POLUIÇÃO TÉRMICA DAS ÁGUAS: Se dá quando são lançadas nos grandes quantidades
de águas aquecidas nos recursos hídricos, águas essas que já foram usadas nas
indústrias, usinas termelétricas, nucleares e afins. para aquecer caldeiras, em processos
de refrigeração de refinarias, siderurgias e usinas termoelétricas. Nessas situações,
as águas quentes diminuem a solubilidade do gás oxigênio na água, provocando a
morte de diversos exemplares da fauna marinha. Além disso, afeta a potabilidade
da água e compromete o consumo humano.
• POLUIÇÃO QUÍMICA DAS ÁGUAS: Ocorre através da colocação de produtos químicos nos
corpos d’água, sendo essa a mais problemática de todas as modalidades de poluição.
Na lista dos principais poluentes químicos, se destacam os fertilizantes agrotóxicos,
mas também é preciso enumerar os compostos sintéticos, como os depositados pela
indústria farmacêutica, inseticidas, tintas, detergentes, solventes, dentre outros.
• POLUIÇÃO SEDIMENTAR DAS ÁGUAS: Se dá quando há o acúmulo de partículas em
suspensão, como as advindas dos solos e de produtos insolúveis. Tal modalidade de
poluição é resultado, por exemplo, da acumulação de lixos carregados de poluentes
químicos que não são descartados da maneira correta.
• POLUIÇÃO RADIOATIVA DAS ÁGUAS: Ocorre através dos resíduos radioativos que
são lançados no ar e no solo, através das atividades nucleares ou dos lixos gerados
nas usinas nucleares ou em ambientes hospitalares.
Em uma bacia hidrográfica, tudo o que é gerado ou depositado em seu entorno é
escoado para o leito do seu rio imediato. De tal forma, o aumento da poluição nas cidades
ocasiona uma maior carga de poluentes depositados nos cursos d’água que perpassam as
áreas urbanas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 15 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

No espaço rural, o mesmo acontece, quando o uso indiscriminado de fertilizantes nas


plantações gera a contaminação dos recursos hídricos, uma vez que a carga de produtos
químicos tem o lençol freático como destino.
Nos mares e oceanos, também há índices preocupantes de poluição, que é gerada tanto
por ações de porte reduzido, como a colocação de lixos por parte das pessoas adeptas de
práticas turísticas nas praias urbanas, como também em maior porte, como é o caso dos
derramamentos de petróleo no mar, que é uma atividade extremamente perigosa para a
preservação da fauna marinha, além de ser de difícil controle.
As consequências da poluição dos recursos hídricos são muitas. A principal delas, sem
dúvidas, é o comprometimento das águas que são próprias para o consumo. Todavia, outros
pontos devem ser levados e consideração, com o mesmo grau de preocupação, como é o
caso da destruição dos habitats dos animais aquáticos, da perda da biodiversidade, além
dos desequilíbrios sistêmicos causados.
Assim, para combater a poluição das águas, é preciso trabalhar nas campanhas de
educação e conscientização ambiental, promovendo medidas de fiscalização, controle
e punição para os agentes infratores responsáveis por crimes ambientais. A adoção de
medidas de sustentabilidade também devem ser tomadas, a fim de garantir que as futuras
gerações também tenham o direito à água.
Os Aquíferos são águas subterrâneas que se encontram abaixo do nível freático. Um
dado importante é que as águas dos aquíferos representam 97% da água doce e líquida do
planeta. Assim, as águas subterrâneas são os recursos naturais mais extraídos do subsolo.
Por baixo da superfície de um terreno, a água do subsolo é dividida em duas zonas
horizontais, quais sejam: zona saturada e zona não saturada, que são definidas a partir da
proporção do espaço que é ocupado pela água.
As águas dos aquíferos podem ser contaminadas por diversos meios, impactando
diretamente na utilização das águas, seja para o consumo humano, para a manutenção da
biodiversidade local ou afins.
Uma vez contaminadas, as águas subterrâneas necessitam de um elevado custo financeiro
para restabelecer a sua qualidade original, além de necessitar de um tempo considerável
para tal feito. A gestão dos recursos hídricos é um fator determinante para promover a
manutenção da qualidade da água.
Apesar de estarem mais protegidas do que as águas superficiais, as águas subterrâneas
também sofrem muito com as fontes de poluição de grande escala. Desta forma, os materiais
poluentes atravessam as porções do solo, e chegam às águas subterrâneas.
As principais fontes de contaminação das águas subterrâneas são os aterros sanitários
mal operados, os lixões, os acidentes com produtos químicos, o descarte incorreto de
substâncias tóxicas, a atividade industrial de forma geral, com atenção especial para o uso
exacerbado de agrotóxicos e fertilizantes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 16 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

7. SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTOS


A universalização da coleta e do tratamento de esgoto é um desafio de saúde pública para
diversos países, incluindo o Brasil. Tratar o esgoto doméstico é uma condição indispensável,
já que traz impactos diretos na saúde e no meio ambiente.
Toda a água que é usada no cotidiano das residências deve passar pelas etapas de
tratamento de esgoto para, só então, retornar à natureza.
Quando as ligações sanitárias do imóvel não estão conectadas com a rede pública de
esgotos, os líquidos são despejados diretamente no lençol freático, poluindo as fontes de
captação de água e contribuindo com a propagação de doenças e desequilíbrios ambientais.
Ao contrário, quando o esgoto é tratado da forma correta, ele passa por diversos
procedimentos estabelecidos pela legislação ambiental com o objetivo de assegurar que o
descarte dos efluentes não prejudique o meio ambiente e a saúde coletiva.
Com base nisso, é possível afirmar que, para garantir que o tratamento dos esgotos seja
realizado de forma correta, há a existência das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).
Trata-se de espaços projetados com o objetivo de realizar as diversas etapas do
tratamento dos efluentes advindos dos esgotos urbanos, podendo variar de acordo com
as características e necessidades de cada localidade.
A coleta e o tratamento de esgoto são etapas indispensáveis para garantir o correto
funcionamento dos serviços de saneamento. O objetivo principal das referidas atividades é
levar os efluentes dos esgotos para longe das residências, ou seja, da população, garantindo
as condições sanitárias mais adequadas para a saúde pública.
Na fase do tratamento, é possível diminuir a carga poluidora dos resíduos, para que eles
retornem para a natureza sem causar desequilíbrios ambientais.
Dessa maneira, quando chegam na estação de tratamento de esgoto, os efluentes
domésticos, industriais ou comerciais passam por diversos processos que objetivam reduzir
a altíssima concentração de compostos orgânicos e elementos que causam desequilíbrios
ambientais. Com base nisso, vejamos abaixo um resumo contendo os principais detalhes
das etapas mais usuais do processo de tratamento de esgoto.
I – GRADEAMENTO: A água que escoa das residências deve conter algo em torno de
1% de materiais sólidos e 99% de material líquido. Por essa razão, a primeira etapa do
tratamento é a retenção de materiais mais grossos e sólidos, como o lixo, e tal processo é
realizado por meio de um filtro formado por grades. Essa etapa inicial ajuda a deixar a água
livre dos resíduos sólidos descartados incorretamente na rede de esgoto;
II – DESARENAÇÃO: Após o gradeamento, o esgoto segue para uma caixa de areia, onde
é feita a remoção dos detritos sólidos presentes que não foram excluídos na etapa anterior,
mediante sedimentação. A areia, os pedriscos, os cascalhos e outros elementos são então
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 17 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

armazenados no fundo de um tanque, e a água que permanece na superfície segue para


a próxima etapa;
III – TRATAMENTO BIOLÓGICO: Excluídos os resíduos visíveis, o esgoto é enviado para o
tratamento biológico em um tanque de aeração. Nessa etapa, ele é colocado em contato
com seres microscópicos, que promovem reações químicas e condensam a matéria orgânica
em flocos de lodo;
IV – DECANTAÇÃO: Depois da etapa do tratamento biológico, a água é submetida ao
processo de decantação. O lodo formado na etapa anterior vai para o fundo do tanque,
separando-se da parte líquida e se transformando em um subproduto chamado biosólido,
que pode ser utilizado nos processos na agricultura;
V – DESCARTE: O lodo produzido é desidratado e levado para um aterro sanitário
preparado para recebe-lo. Assim, o esgoto tratado é devolvido para o meio ambiente. Em
alguns casos, o efluente passam por tratamentos avançados específicos e se transformam
em água de reuso, que é uma solução sustentável que pode contribuir para o equilíbrio do
meio ambiente e dos recursos naturais. O destino do lodo gerado costuma ser os aterros
sanitários. Porém, as diretrizes e metas estipuladas pela Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) incentivam a busca de alternativas menos prejudiciais ao meio ambiente,
reaproveitando os referidos resíduos antes de encaminhá-los para a sua destinação final.
Conforme já vimos, o Saneamento Básico é um conjunto de ações de fundamental
importância para a garantia e a manutenção da saúde pública, compreendendo, especialmente,
o abastecimento e tratamento de água suficiente para garantir o atendimento das
necessidades da população, garantindo a saúde pública e o equilíbrio da qualidade ambiental
e dos recursos naturas.
Nesta perspectiva, a Lei n. 11.445/2007 é o principal documento normativo nacional
responsável pela regulação da referida temática, ressaltando, em seu art. 3º, que o
Saneamento Básico é o conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações operacionais
de responsável pela definição de uma série de conceituações essenciais para a garantia do
direito ao saneamento básico, dentre as quais é importante ressaltar as seguintes:
I – ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL: constituído pelas atividades e pela disponibilização
e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias ao abastecimento
público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e seus instrumentos
de medição;
II – SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO: constituído pelas atividades e pela
disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias à
coleta, ao transporte, ao tratamento e à disposição final adequados dos esgotos sanitários,
desde as ligações prediais até sua destinação final para produção de água de reuso ou seu
lançamento de forma adequada no meio ambiente;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 18 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

III – SISTEMAS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: constituídos


pelas atividades e pela disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, varrição manual e mecanizada, asseio e conservação urbana,
transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbana;
IV – SISTEMAS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS: constituídos
pelas atividades, pela infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de águas
pluviais, transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a
fiscalização preventiva das redes;
V – SISTEMAS DE GESTÃO ASSOCIADA: associação voluntária entre entes federativos,
por meio de consórcio público ou convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241
da Constituição Federal;
VI – UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios
ocupados ao saneamento básico, em todos os serviços previstos no inciso XIV do caput deste
artigo, incluídos o tratamento e a disposição final adequados dos esgotos sanitários;
VII – CONTROLE SOCIAL: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos de formulação
de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados com os serviços públicos de
saneamento básico;
VIII – PRESTAÇÃO REGIONALIZADA: modalidade de prestação integrada de um ou mais
componentes dos serviços públicos de saneamento básico em determinada região cujo
território abranja mais de um Município;
IX – UNIDADE REGIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO: unidade instituída pelos Estados
mediante lei ordinária, constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente
limítrofes, para atender adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, ou para
dar viabilidade econômica e técnica aos Municípios menos favorecidos;
X – OPERAÇÃO REGULAR: aquela que observa integralmente as disposições constitucionais,
legais e contratuais relativas ao exercício da titularidade e à contratação, prestação e
regulação dos serviços;
XI – SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE INTERESSE COMUM: serviços de
saneamento básico prestados em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões
instituídas por lei complementar estadual, em que se verifique o compartilhamento de
instalações operacionais de infraestrutura de abastecimento de água e/ou de esgotamento
sanitário entre 2 (dois) ou mais Municípios, denotando a necessidade de organizá-los, planejá-
los, executá-los e operá-los de forma conjunta e integrada pelo Estado e pelos Munícipios
que compartilham, no todo ou em parte, as referidas instalações operacionais;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 19 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

XII – SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO DE INTERESSE LOCAL: funções


públicas e serviços cujas infraestruturas e instalações operacionais atendam a um único
Município;
XIII – SISTEMA CONDOMINIAL: rede coletora de esgoto sanitário, assentada em posição
viável no interior dos lotes ou conjunto de habitações, interligada à rede pública convencional
em um único ponto ou à unidade de tratamento, utilizada onde há dificuldades de execução
de redes ou ligações prediais no sistema convencional de esgotamento;
XIV – SISTEMA INDIVIDUAL ALTERNATIVO DE SANEAMENTO: ação de saneamento
básico ou de afastamento e destinação final dos esgotos, quando o local não for atendido
diretamente pela rede pública;
XV – SISTEMA SEPARADOR ABSOLUTO: conjunto de condutos, instalações e equipamentos
destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar exclusivamente esgoto sanitário;
XVI – SISTEMA UNITÁRIO: conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados
a coletar, transportar, condicionar e encaminhar conjuntamente esgoto sanitário e
águas pluviais.
Para garantir o cumprimento da Política Nacional de Saneamento Básico, a União deve
observar uma série de diretrizes e princípios, garantindo o oferecimento de um serviço
justo, democrático e digno para toda a população.
São fixados elementos como a regulação do setor, a disposição financeira dos recursos
e os indicadores de desenvolvimento social, cuja atuação é recepcionada pelos Estados e
Municípios, se operando em todo o território nacional. Assim, há o estabelecimento das
seguintes diretrizes:
a) prioridade para as ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao
saneamento básico;
b) aplicação dos recursos financeiros por ela administrados de modo a promover o
desenvolvimento sustentável, a eficiência e a eficácia;
c) uniformização da regulação do setor e divulgação de melhores práticas, conforme
o disposto na Lei n. 9.984, de 17 de julho de 2000;
d) utilização de indicadores epidemiológicos e de desenvolvimento social no
planejamento, implementação e avaliação das suas ações de saneamento básico;
e) melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde pública;
f) colaboração para o desenvolvimento urbano e regional;
g) garantia de meios adequados para o atendimento da população rural, por meio da
utilização de soluções compatíveis com as suas características econômicas e sociais peculiares;
h) fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, à adoção de tecnologias
apropriadas e à difusão dos conhecimentos gerados;
j) adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, considerados fatores
como nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, porte
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 20 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

populacional municipal, áreas rurais e comunidades tradicionais e indígenas, disponibilidade


hídrica e riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais;
i) adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de
suas ações;
k) estímulo à implementação de infraestruturas e serviços comuns a Municípios,
mediante mecanismos de cooperação entre entes federados;
l) redução progressiva e controle das perdas de água, inclusive na distribuição da água
tratada, estímulo à racionalização de seu consumo pelos usuários e fomento à eficiência
energética, ao reuso de efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva, em
conformidade com as demais normas ambientais e de saúde pública;
m) estímulo ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento de equipamentos e métodos
economizadores de água;
n) promoção da segurança jurídica e da redução dos riscos regulatórios, com vistas
a estimular investimentos públicos e privados;
o) estímulo à integração das bases de dados;
p) acompanhamento da governança e da regulação do setor de saneamento; e
q) prioridade para planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação
dos serviços e das ações de saneamento básico integrado, nos termos desta lei.
A principiologia da Política Federal de Saneamento Básico é bastante complexa, sem
dúvidas chama a atenção como um dos principais componentes do documento. A seguir,
veja o resumo de cada um dos princípios, trazidos pelo art. 49 da Lei n. 11.445/2007.
a) contribuir para o desenvolvimento nacional, a redução das desigualdades regionais,
a geração de emprego e de renda, a inclusão social e a promoção da saúde pública;
b) priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e à ampliação dos
serviços e das ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa
renda, incluídos os núcleos urbanos informais consolidados, quando não se encontrarem
em situação de risco;
c) proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas
e outras populações tradicionais, com soluções compatíveis com suas características
socioculturais;
d) proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações rurais
e às pequenas comunidades;
e) assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público
dê-se segundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação
benefício-custo e de maior retorno social;
f) incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação e fiscalização da
prestação dos serviços de saneamento básico;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 21 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

g) promover alternativas de gestão que viabilizem a autossustentação econômica e


financeira dos serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação federativa;
h) promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico, estabelecendo
meios para a unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, bem como do
desenvolvimento de sua organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de recursos
humanos, contempladas as especificidades locais;
i) fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias
apropriadas e a difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;
j) minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e desenvolvimento
das ações, obras e serviços de saneamento básico e assegurar que sejam executadas de
acordo com as normas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação do solo
e à saúde;
k) incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução
do consumo de água;
l) promover educação ambiental destinada à economia de água pelos usuários;
m) promover a capacitação técnica do setor;
n) promover a regionalização dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala,
por meio do apoio à formação dos blocos de referência e à obtenção da sustentabilidade
econômica financeira do bloco;
o) promover a concorrência na prestação dos serviços; e
p) priorizar, apoiar e incentivar planos, programas e projetos que visem à implantação
e à ampliação dos serviços e das ações de saneamento integrado.

8. GESTÃO E REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO


BÁSICO
De acordo com a disposição contida na Lei Federal n. 14.026/2020, o Saneamento Básico
compõe os “serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, que sejam
realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à
proteção do meio ambiente”
Diferente do que ocorre com os setores de petróleo, a telefonia e a energia elétrica, que
são controlados pela União, devidamente regulados e fiscalizados por agências nacionais, os
serviços de Saneamento Básico são de titularidade e regulação dos Estados e/ou Municípios,
assim produzindo diversos agentes reguladores espalhados ao redor do país, fazendo surgir
uma média de sessenta agências reguladoras vinculadas à Agência Nacional de Águas (ANA),
principal órgão do setor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 22 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável por criar as normas sobre os padrões
adequados para a prestação dos serviços de saneamento básico. Trata-se, inclusive, de um
papel indispensável para definir as tarifas aplicáveis e assegurar o equilíbrio econômico-
financeiro da prestação dos referidos serviços. Nesse sentido, o papel da referida agência
reguladora é importante para definir, dentre outros parâmetros:
Para ilustrar melhor, vamos analisar, no quadro abaixo, um resumo sobre alguns dos
principais setores correlatos do saneamento básico e os seus respectivos órgãos de regulação.
RIOS Agência Nacional de Águas (ANA)
Órgão outorgante do direito de uso dos recursos hídricos (para
acumulação de águas), do potencial hídrico (para hidroeletricidade),
BARRAGENS
dos direitos minerários (para mineração), da licença ambiental (para
disposição final ou temporária de rejeitos).
RESERVATÓRIOS Agência Nacional de Águas (ANA)
ÁGUAS E POÇOS
Estados
SUBTERRÂNEOS
ÁGUA MINERAL Agência Nacional de Mineração (ANM)
SANEAMENTO BÁSICO Agência Nacional de Águas ou Agências Reguladoras Locais.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA Agência Nacional de Mineração ou Agências Reguladoras Locais.

9. GESTÃO E DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Os Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são atividades que
desempenham um papel fundamental para garantir a manutenção da qualidade estrutural
das cidades, fortalecendo a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Dessa
forma, esse serviço abrangem uma série de atividades, desde a coleta até o tratamento
adequado dos resíduos gerados pelas comunidades.
Em sua essência, os referidos serviços têm a função de garantir a manutenção da
higiene das áreas urbanas, bem como a prevenção de doenças infecciosas e a proliferação
de pragas urbanas, como ratos, baratas e afins. A coleta de resíduos é realizada de forma
sistemática, seguindo calendários específicos para cada tipo de material, como orgânicos,
recicláveis e rejeitos.
Dessa maneira, a gestão adequada dos resíduos sólidos é indispensável para garantir
a sustentabilidade ambiental. Após a coleta, os resíduos devem ser encaminhados para
tratamento, onde são separados, processados e, se possível, reciclados. Esse processo
reduz o volume dos aterros sanitários, diminui os impactos ambientais nocivos e contribui
para a saúde pública.
Além disso, os serviços públicos de limpeza urbana também devem se comprometer com
o oferecimento da educação ambiental, conscientizando a população acerca da importância
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 23 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

da separação correta do lixo e da redução do consumo de descartáveis, dentre outras ações


capazes de minimizar os impactos negativos que o excesso de resíduos sólidos é capaz de
causar no meio ambiente.
Todavia, há uma série de desafios que precisam ser superados, como o aumento excessivo
da quantidade de resíduos gerados, a necessidade de investimento em infraestrutura, a
popularização de políticas de reciclagem e a educação e conscientização da população
sobre o problema. É importante ainda que os governos, empresas e sociedade atuem em
conjunto para promover um sistema de gestão de resíduos sólidos mais eficiente, acessível
e sustentável.
Com base nisso, vale mencionar que o Gerenciamento dos Resíduos Sólidos compreende
o conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos,
bem como a disposição final dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada
de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma
da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Art. 3º inciso X da Lei Federal n. 12.305/2010).
No mesmo sentido, o Abastecimento de Água Potável é constituído pelas atividades,
as infraestruturas e as instalações necessárias para garantir o abastecimento público de
água potável, desde a sua captação até a distribuição e as ligações prediais
Já o Esgotamento Sanitário é constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações
operacionais que envolvem os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final
ambientalmente adequada dos esgotos sanitários.
A Limpeza Urbana e o Manejo de Resíduos Sólidos são os conjuntos de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais que envolvem a coleta, o transporte, o transbordo,
o tratamento e a destinação final do lixo doméstico, além de incluir o lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.
Finalmente, a Drenagem e o Manejo das Águas Pluviais Urbanas representa o conjunto
de atividades, infraestruturas e instalações operacionais que envolvem os serviços de
drenagem urbana contida nos cursos das águas pluviais.
Com base nisso, é possível perceber que a limpeza urbana e o manejo de resíduos
sólidos incluem todas as ações e estruturas necessárias para garantir a higiene e a estética
das áreas urbanas, além de prezar pelo correto tratamento e disposição final dos resíduos
sólidos. Nesse âmbito, as atividades incluídas na limpeza urbana são:
a) a coleta do lixo domiciliar;
b) o recolhimento do lixo da limpeza dos espaços públicos;
c) o transporte dos resíduos para os locais de tratamento;
d) o transbordo entre os diferentes meios de transporte;
e) o tratamento de resíduos sólidos (separação, reciclagem, compostagem e outros
processos de transformação).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 24 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

O serviço público de limpeza urbana é regido pela Lei Federal n. 11.445/2007, que
estabelece diretrizes aplicáveis para a gestão dos resíduos sólidos. Ela tem o objetivo de
promover a sustentabilidade ambiental, a qualidade da saúde pública e a responsabilidade
compartilhada para garantir a gestão ambientalmente adequada dos resíduos, dando lugar
a um espaço urbano mais limpo e mais saudável. Com base nisso, a referida responsabilidade
inclui, dentre outros parâmetros, as seguintes prestações:
I – PLANEJAMENTO E REGULAÇÃO: Às autoridades municipais, cabem garantir o
planejamento das ações de infraestruturas necessárias para a efetivação da limpeza urbana
e do manejo dos resíduos sólidos. Aqui, cabe a elaboração de planos, programas e políticas
para atender às necessidades da população, regulando e fiscalizando as atividades;
II – INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURA: As autoridades competentes devem destinar
os recursos financeiros e técnicos necessários para melhorar e modernizar a limpeza urbana;
III – COLETA E TRANSPORTE ADEQUADOS: As autoridades competentes devem também
garantir a implementação de um sistema de coleta de resíduos que contemple toda a área
urbana. Nesse sentido, o transporte dos resíduos coletados deve ser ambientalmente
planejado para evitar problemas como a poluição;
IV – TRATAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL: As autoridades municipais devem se
responsabilizar para assegurar que os resíduos sólidos sejam tratados e destinados de
forma ambientalmente correta. Isso inclui o desenvolvimento de programas de reciclagem,
compostagem e demais formas de tratamento de resíduos;
V – DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL: As autoridades
competentes devem também promover políticas e programas de educação ambiental para
a população, conscientizando sobre a importância da reciclagem, separação de resíduos,
redução de consumo de produtos descartáveis e descarte correto de materiais perigosos,
como os restos de equipamentos eletrônicos e produtos químicos;
VI – ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO SOCIAL: As autoridades competentes devem estimular
a participação efetiva da população na gestão dos resíduos sólidos, por meio também dos
programas de educação ambiental;
VII – MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS IMPLEMENTADAS: As autoridades
precisam ainda monitorar e avaliar de forma periódica a eficiência dos serviços prestados em
torno dos resíduos sólidos. Tal ação permite a identificação de problemas e implementação
de melhorias, garantindo o aprimoramento do serviço.

10. SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA


As chuvas mais intensas e rápidas são muito mais comuns no verão. Porém, os impactos e
as mudanças climáticas ocasionadas nos últimos tempos faz com que essas intercorrências
se tornem cada vez mais frequentes, ocasionando enchentes, deslizamentos de terra e
diversos outros acidentes que colocam em risco a vida da população.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 25 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Por essa razão, é fundamental que o sistema de drenagem de águas pluviais seja
desenvolvido com muita atenção e cautela, com obras chefiadas por equipes multidisciplinares
competentes. Neste tópico, vamos aprender um pouco sobre os principais detalhes do
referido sistema.
Também conhecido como drenagem urbana, o sistema de drenagem das águas pluviais
se concentra em um processo de controle e de gerenciamento das águas ocasionadas pela
chuva. Dessa maneira, o principal objetivo é minimizar os problemas oriundos do excesso
de águas pluviais, a exemplo dos deslizamentos de terras nas encostas e enchentes.
Com a estrutura correta implementada nas vias urbanas, esses sistemas são responsáveis
por canalizar e direcionar o escoamento das águas para bueiros, galerias e outros responsáveis
pela drenagem da água. Dessa maneira, é possível direcionar as águas para que elas recebam
o correto tratamento que resultará em seu reaproveitamento.
Com base nisso, é válido mencionar que existem quatro pontos centrais que devem ser
observados no processo de planejamento de um sistema de drenagem das águas pluviais.
Abaixo, vejamos um resumo sobre cada um deles: aspecto social, legal e institucional,
aspecto tecnológico e, por fim, o aspecto ambiental.
I – ASPECTO AMBIENTAL: Diz respeito à forma como as águas pluviais são direcionadas
para mares, rios e bacias hidrográficas, sem que causem danos à natureza;
II – ASPECTO SOCIAL: É relativo ao controle das áreas que com altos índices de aglomeração
populacional, com o objetivo de evitar qualquer tipo de acidente;
III – ASPECTO TECNOLÓGICO: Concentra as ferramentas adequadas e necessárias para
a operacionalização das instalações que sejam eficazes no escoamento das águas;
IV – ASPECTO LEGAL E INSTITUCIONAL: Indica que cada poder público, especialmente
as prefeituras municipais, possui os seus próprios sistemas de drenagens das águas, ou
ainda podem terceirizam o serviço.
Relativamente aos tipos de sistemas, há ainda duas classificações distintas para a
drenagem de águas pluviais, que são divididas em Microdrenagem, utilizada para garantir a
coleta de águas superficiais ou subterrâneas, por meio de pequenas e médias galerias, ou
a Macrodrenagem, que inclui ainda as galerias de grande porte e outros corpos receptores,
como rios e canais.
Há também alguns itens que compõem o sistema de drenagem, para garantir que ele
seja eficaz e eficiente. Nesse sentido, ao elaborar o projeto, o responsável técnico deve
levar em consideração os índices de precipitação na região, as estrutura de drenagem já
instaladas, as características ambientais, a permeabilidade do solo, a pavimentação do
local, entre outros pontos. Dessa forma, os principais elementos do sistema devem incluir:
• Guias;
• Meio-fio;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 26 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

• Sarjeta;
• Galerias de drenagem;
• Bueiros;
• Bocas-de-lobo;
• Trincheiras;
• Valas;
• Poços de visita;
• Dutos de canalização;
• Outros.
Além desses elementos, um equipamento que pode ajudar a drenar a água e dificultar
a ocorrência de enchentes é a bomba d’água. As mais adequadas para atender à demanda
citada são as bombas submersíveis, que também podem ser utilizadas para a captação
flutuante de água bruta, as estações de tratamento de água, além de aplicações diversas
na construção civil e indústria. Através do motor elétrico, a bomba d’água suga o líquido
de um local e faz o descarte em outro.
Com relação à disposição jurídica nacional acerca do tema, vale mencionar que a
Lei Federal n. 11.445/2007, que estabelece os parâmetros para a Política Nacional do
Saneamento Básico, conceitua a Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas como o
“conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana
de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de
cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas” (art. 3º).
No campo da drenagem, os problemas tendem a se agravar em função da urbanização
desenfreada, somada à falta de planejamento urbano adequado, o que se reflete em
problemas de infraestrutura que podem ser sentidos por toda a população.
Com isso, é fundamental ressaltar que a área urbana deve ser planejada de forma
integrada, levando em conta os elementos do plano urbanístico de expansão, que devem
contar com ações planejadas para a drenagem e o manejo das águas pluviais urbanas, com
o objetivo de delimitar as áreas potencialmente inundáveis e diagnosticar a viabilidade ou
não da ocupação dessas áreas por parte da população.
Nesse sentido, vale ressaltar que um sistema de drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas bem planejado é capaz de proporcionar uma série de benefícios sociais, a exemplo
do desenvolvimento do sistema viário, da melhoria das condições de vida da população, da
redução de gastos com manutenção das vias públicas, da valorização das áreas beneficiadas,
do escoamento rápido das águas superficiais, dentre outros.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 27 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

RESUMO
A Hidrogeologia é um ramo das Geociências que analisa as águas subterrâneas e as
suas interferências com o ambiente geológico. Tem por objetivo investigar a movimentação
das águas que se encontram nas cavidades subterrâneas, analisando sua qualidade, volume
e distribuição. São essas águas que preenchem os sedimentos das rochas e dão origem
aos aquíferos.
O estudo da hidrogeologia é fundamental para garantir a preservação das águas
subterrâneas. Isto porque, muitos aquíferos estão com a sua qualidade ameaçada por
consequência das ações humanas em atividades como o garimpo. Um dado importante é
que as águas presentes nos aquíferos representam 97% da água doce e líquida disponível no
planeta. Assim, as águas subterrâneas são os recursos naturais mais extraídos da cavidade
do subsolo.
Um Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos é um conjunto de organismos,
instituições e instalações públicas e privadas, cujo objetivo é executar a Política Nacional
de Recursos Hídricos, por meio de um modelo de gerenciamento de instrumentos que se
concentram no planejamento da gestão das águas.
Assim, pode-se dizer que é o organograma que promove a dinâmica necessária para
viabilizar formas sustentáveis de utilização dos recursos hídricos. Nesta perspectiva, o
Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SINGREH) foi estabelecido
pela PNRH e tem por objetivo promover a coordenação da gestão integrada das águas
nacionais, além de arbitrar administrativamente no que se relaciona aos conflitos relativos
aos recursos hídricos.
A Gestão dos Recursos Hídricos configura o conjunto de ações e normativas desenvolvidas
para regular o uso e proteger a qualidade dos referidos recursos. No Brasil, há uma ampla
gama de legislações regem a gestão das águas, responsáveis pela formulação dos princípios
e diretrizes necessários para garantir a correta utilização da água.
Assim, muito mais do que se concentrar na qualidade e na quantidade da água, a gestão
dos recursos hídricos é uma atividade fundamental para garantir a confiabilidade no que
tange o abastecimento dos referidos recursos.
Tal ponto é fundamental para a execução do planejamento de todas as etapas que
envolvem a cadeia de utilização hídrica. A água, conforme já citei em linhas acima, é um
componente indispensável para o desenvolvimento econômico, e a sua gestão é o que dá
suporte para garantir esse desenvolvimento.
Um dos grandes marcos da gestão dos recursos hídricos é a Lei Federal n. 9.433/1997,
conhecida como a Lei das Águas. Ela é a responsável por instituir a Política Nacional de
Recursos Hídricos (PNRH), sendo considerada um dos principais instrumentos de gestão

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 28 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

das águas de domínio federal, que são aquelas que atravessam mais de um Estado ou que
estabelecem fronteiras entre eles.
De acordo com a disposição contida na Lei Federal n. 14.026/2020, o Saneamento
Básico compõe os “serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, que
sejam realizados de forma adequada à saúde pública, à conservação dos recursos naturais
e à proteção do meio ambiente”
Diferente do que ocorre com os setores de petróleo, a telefonia e a energia elétrica, que
são controlados pela União, devidamente regulados e fiscalizados por agências nacionais, os
serviços de Saneamento Básico são de titularidade e regulação dos Estados e/ou Municípios,
assim produzindo diversos agentes reguladores espalhados ao redor do país, fazendo surgir
uma média de sessenta agências reguladoras vinculadas à Agência Nacional de Águas (ANA),
principal órgão do setor.
A Agência Nacional de Águas (ANA) é responsável por criar as normas sobre os padrões
adequados para a prestação dos serviços de saneamento básico. Trata-se, inclusive, de um
papel indispensável para definir as tarifas aplicáveis e assegurar o equilíbrio econômico-
financeiro da prestação dos referidos serviços.
Finalmente, os Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
são atividades que desempenham um papel fundamental para garantir a manutenção
da qualidade estrutural das cidades, fortalecendo a preservação do meio ambiente e dos
recursos naturais. Dessa forma, esse serviço abrangem uma série de atividades, desde a
coleta até o tratamento adequado dos resíduos gerados pelas comunidades.
Em sua essência, os referidos serviços têm a função de garantir a manutenção da
higiene das áreas urbanas, bem como a prevenção de doenças infecciosas e a proliferação
de pragas urbanas, como ratos, baratas e afins. A coleta de resíduos é realizada de forma
sistemática, seguindo calendários específicos para cada tipo de material, como orgânicos,
recicláveis e rejeitos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 29 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

EXERCÍCIOS

001. (FCC/SABESP/ANALISTA DE GESTÃO/2014) De acordo com as Diretrizes Nacionais para


o Saneamento Básico (Lei n. 11.445/2007), uma indústria que está situada em área urbana,
abastecida pela rede pública de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
a) pode optar por instalar sistema próprio de afastamento e destinação final de esgoto
sanitário, se essa opção for economicamente mais viável em relação à rede pública.
b) pode optar por instalar sistema próprio de afastamento e destinação final de seus efluentes
industriais, se essa opção for economicamente mais viável em relação à rede pública.
c) estará sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos, decorrentes da
conexão e do uso de tais serviços, não podendo adotar soluções individuais de destinação
de efluentes sanitários ou conectar sua rede hidráulica a outras fontes de abastecimento.
d) pode ser alimentada por outras fontes de abastecimento de água para diminuir sua
dependência no abastecimento pela rede pública e, com isso, reduzir gastos.
e) estará inadimplente com o pagamento das tarifas devidas pelo uso desse serviço público
e poderá ter o abastecimento interrompido, independentemente de prévia notificação.

002. (FCC/SABESP/ANALISTA DE GESTÃO/2014) De acordo com o estabelecido nas Diretrizes


Nacionais para o Saneamento Básico (Lei n. 11.445/2007), é princípio fundamental da
prestação de serviços públicos de saneamento básico:
a) a universalização do acesso.
b) o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos realizados de forma discricionária.
c) a disponibilidade, nas principais áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo
das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e patrimônio público
e privado.
d) a utilização de tecnologias disponíveis, considerando exclusivamente, a capacidade de
pagamento dos usuários.
e) a transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios
sigilosos.

003. (VUNESP/SAAE-SP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2014) O art. 3º do Capítulo I da Lei n.


11.445/2007, de 5 de janeiro de 2007, reza que faz parte do saneamento básico:
a) o abastecimento de energia elétrica.
b) a distribuição de gás industrial.
c) a fiscalização de focos epidêmicos.
d) os recursos hídricos.
e) a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 30 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

004. (CESPE-CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA/2013) Relativamente à PNRH, julgue o item seguinte.


Cabe aos Poderes Executivos estaduais e do DF, obedecidas suas respectivas competências,
outorgar os direitos de uso de recursos hídricos, sendo responsáveis por regulá-los e fiscalizá-los.

005. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO 3º TURMA/2020).


Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do Código Florestal, julgue o
item a seguir.
Define-se área de preservação permanente (APP) toda área que seja coberta por vegetação
nativa e que tenha a função de assegurar a exploração sustentável dos recursos naturais.

006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Acerca


de tutela processual do meio ambiente, de crimes ambientais e de espaços territoriais
especialmente protegidos, julgue o item que se segue.
Situação hipotética:
Portando uma arma de fogo, mas sem licença de autoridade ambiental competente, João
penetrou em uma unidade de conservação.
Assertiva:
Ainda que não abata nenhum animal nem mesmo tente fazê-lo na referida unidade de
conservação, João cometeu um crime ambiental.

007. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2013) Sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos,


analise as afirmações abaixo.
I – A água é um bem de domínio público.
II – A água é um recurso natural ilimitado.
III – A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
IV – A gestão dos recursos hídricos deve ser centralizada e contar com a participação do
Poder Público, dos usuários e das comunidades.
É correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) II e IV
c) II e III
d) II
e) I e III

008. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA ADMINISTRATIVO-SERVIÇOS JURÍDICOS/2019) O


Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos foi instituído com o objetivo de
implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, competindo:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 31 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

a) ao Comitê de Bacia Hidrográfica analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras


a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e
encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos.
b) à Agência de Águas estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de
recursos hídricos e para a cobrança por seu uso, bem como arbitrar, em última instância
administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.
c) ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos promover a articulação do planejamento de
recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais e dos setores usuários,
bem como estabelecer diretrizes para implementação da Política Nacional de Segurança
de Barragens.
d) aos Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados estabelecer os mecanismos de cobrança
pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados, bem como estabelecer
critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum
ou coletivo.
e) ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos deliberar sobre a inclusão de representantes
de comunidades indígenas e da FUNAI nos debates acerca de questões relacionadas a
recursos hídricos com interesse em determinada bacia hidrográfica

009. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL FEDERAL/2018) Com base nas


disposições da Constituição Federal de 1988 e nas resoluções do CONAMA pertinentes a
licenciamento ambiental, julgue o item subsequente.
As atividades ou empreendimentos de extração e tratamento de minerais sujeitos ao
licenciamento ambiental incluem as lavras a céu aberto e subterrânea com ou sem
beneficiamento; a lavra garimpeira; a perfuração de poços e produção de petróleo e gás
natural.

010. (INSTITUTO AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Nos últimos anos, o Município Alfa


tem apresentado avanços no abastecimento de água potável, mas ainda negligenciado
os serviços de esgoto. Com menos de 50% (cinquenta por cento) dos esgotos domésticos
tratados, no semestre passado milhares de crianças com menos de 5 (cinco) anos de idade
apresentaram doenças causadas por protozoários. Todas as Unidades Básicas de Saúde
que prestaram atendimento às crianças noticiaram que a água distribuída na cidade foi a
principal fonte de contaminação. Acerca das diretrizes nacionais para o saneamento básico
definidas pela Lei Federal n. 11.445/2007, com as alterações promovidas pela Lei Federal
n. 14.026/2020, assinale a alternativa correta.
a) Saneamento básico é o conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações
operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 32 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

b) Os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico devem definir


metas de universalização que garantam o atendimento de 99% (noventa e nove por cento)
da população com água potável e de 90% (noventa por cento) da população com coleta e
tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, mas os contratos que estavam em
vigor antes da vigência da Lei Federal n. 14.026/2020 estão dispensados de tais metas
de universalização.
c) A Lei Federal n. 11.445/2007 não trata dos serviços públicos, infraestruturas e instalações
operacionais de esgotamento sanitário.
d) Unicamente os Municípios podem exercer a titularidade dos serviços públicos de
saneamento básico.
e) A prestação dos serviços de saneamento básico atenderá a requisitos mínimos de qualidade,
incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao
atendimento dos usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de
acordo com as normas regulamentares e contratuais, sendo que o Município definirá os
parâmetros mínimos de potabilidade da água.

011. (CEBRASPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Julgue os itens


subsecutivos, referentes à Política Nacional de Recursos Hídricos.
O uso dos recursos hídricos para a geração de energia elétrica, embora esteja sujeito à
obtenção de outorga, é isento de cobrança.

012. (CEBRASPE/EMBASA/ADVOGADO/2010) A respeito da outorga de direitos de uso de


recursos hídricos, julgue o item seguinte.
Independe de outorga pelo poder público o uso de recursos hídricos para a satisfação das
necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural ou urbano.

013. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) A cobrança pelo uso de recursos


hídricos visa:
a) instituir a água como bem econômico e impor ao usuário medidas restritivas de direitos
quanto à outorga e à fruição dos recursos hídricos.
b) incentivar a privatização dos mecanismos de distribuição da água, bem como das estações
de tratamento.
c) incentivar o reuso das águas servidas na produção de ração animal.
d) estabelecer limites diários para a captação das águas superficiais.
e) obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e das intervenções
contempladas nos planos de recursos hídricos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 33 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

014. (CEBRASPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) Discorrendo sobre a regulamentação


do uso da água, o ministro Luiz Fux sustentou, no STJ, que “o particular tem, apenas, o direito
à exploração das águas subterrâneas, mediante autorização do poder público e cobrada a
devida contraprestação”. Acerca desse tema, assinale a opção correta.
a) Exercem o papel de secretarias executivas dos comitês de bacia hidrográfica as
organizações civis de recursos hídricos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos.
b) A outorga de direito de uso da água constitui ato precário, tendo o seu pagamento
natureza tributária.
c) Entre os instrumentos previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos incluem-
se os planos diretores, de âmbito nacional, empregados para fundamentar e orientar o
gerenciamento da referida política.
d) O fato de a água ser considerada bem inalienável reflete-se no pagamento da conta de
água, o que constitui exemplo da aplicação do princípio do usuário-pagador.
e) De acordo com a legislação atual, a extração, para consumo final ou para insumo de
processo produtivo, de água de aquífero subterrâneo não se inclui entre os recursos hídricos
sujeitos a outorga.

015. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ENGENHEIRO DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR/2017) A Lei n.


9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, deve ser de conhecimento
do Engenheiro Ambiental. Essa Lei prevê que a(o):
a) água é um bem de domínio público que não pode ser dotada de valor econômico.
b) gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
c) centralização da produção de dados e informações é princípio básico para o funcionamento
do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
d) extração de água de aquífero subterrâneo para insumo de processo produtivo não está
sujeita a outorga pelo poder público.
e) uso prioritário dos recursos hídricos, em situação de escassez, deve estar voltado à
geração de energia elétrica.

016. (CEBRASPE/TJ-CE/JUIZ/2012) Com base na Lei n. 9.433/1997, que instituiu a Política


Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, e na Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos n. 16/2001, assinale a
opção correta.
a) Sendo o consumo humano, em qualquer situação, o uso prioritário dos recursos hídricos,
deve a gestão desses recursos evitar, sempre que possível, o uso múltiplo das águas e seu
consequente desperdício.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 34 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

b) A outorga de direito de uso de recursos hídricos é ato administrativo mediante o qual a


autoridade outorgante faculta o direito de uso desses recursos, o que não implica, porém,
alienação total ou parcial das águas, que são inalienáveis, nos termos da lei.
c) O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos objetiva coordenar a gestão
integrada das águas e implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, cabendo
diretamente aos entes federativos, por meio de suas agências de águas, arbitrar os conflitos
relacionados aos recursos hídricos.
d) A outorga de direito de uso de recursos hídricos não abrange águas subterrâneas, mas
apenas águas superficiais.
e) Embora seja competência exclusiva da União registrar e fiscalizar as concessões de direitos
de pesquisa e exploração de recursos hídricos, o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos é composto de órgãos federais, estaduais e do DF.

017. (FUNCAB/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2016) No que tange à Política Nacional


de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n. 9.433/1997, assinale a alternativa correta.
a) Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente
a trinta e cinco anos, sendo vedada eventual renovação.
b) O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos é um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes
em sua gestão. Tem como um de seus princípios básicos para funcionamento a centralização
da obtenção e produção de dados e informações na União.
c) A Política Nacional de Recursos Hídricos é baseada em fundamentos e um deles é que
em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais.
d) A outorga de direitos de uso de recursos hídricos, por viabilizar o uso de recursos hídricos,
implica a alienação parcial das águas.
e) Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos a função de secretaria executiva
do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica.

018. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) É objetivo do regime de outorga do


direito de uso de recursos:
a) conceder direitos alternativos ao uso, ao consumo e à captação das águas servidas.
b) assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício
do direito de acesso a ela.
c) autorizar a extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou como insumo
de processo produtivo.
d) aperfeiçoar o aproveitamento dos potenciais hidrelétricos.
e) regular os usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente
em um corpo de água.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 35 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

019. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) Assinale a opção correta quanto à PNRH.


a) A água é bem de domínio público, além de ser recurso natural limitado, dotado de valor
econômico.
b) A outorga de direito de uso, instrumento de gestão dos recursos hídricos, pode ser
concedida por prazo não superior a 35 anos, renovável com alienação parcial das águas.
c) Em caso de interrupção do abastecimento de água por mais de 72 horas, o poder público
local poderá multar a empresa concessionária em decorrência da infração por ela praticada.
d) A bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação do Sistema Nacional
de Irrigação.
e) O objetivo da PNRH é implementar os meios necessários para a cobrança pelo uso e pelo
consumo de água no Brasil.

020. (CEBRASPE/EMBASA/ADVOGADO/2010) No que se refere à legislação acerca do direito


ambiental, julgue os itens que se seguem.
Segundo a Política Nacional de Recursos Hídricos, os planos de recursos hídricos devem ser
elaborados por bacia hidrográfica e por município.

021. (CEBRASPE/EMBASA/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/2010) Acerca da Lei n. 9.433/1997,


que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), julgue o item seguinte.
Um dos fundamentos em que se baseia a PNRH é a gestão descentralizada dos recursos
hídricos, com a participação do poder público, dos usuários e das comunidades.

022. (CEBRASPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) A respeito das


políticas nacionais relativas a recursos hídricos, mudanças climáticas e gestão dos resíduos
sólidos, julgue o seguinte item.
A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê que os comitês de bacia hidrográfica são
competentes para estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos,
mas que não têm competência para sugerir os valores a serem cobrados.

023. (CEBRASPE/EMBASA/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/2017) Acerca da Lei n. 9.433/1997,


que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), julgue o item seguinte.
Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos o Conselho Nacional
de Recursos Hídricos, a Agência Nacional de Águas, a Agência Nacional de Transportes
Terrestres e os comitês de bacias.

024. (CEBRASPE/TJ-PA/JUIZ/2017) Considerando o Sistema Nacional de Gerenciamento


de Recursos Hídricos (SINGREH), a Lei de Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n.
9.433/1997) e a Resolução n. 16/2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, assinale
a opção correta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 36 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

a) Os comitês de bacia hidrográfica são compostos por representantes de usuários e


poluidores das águas da área de drenagem de um conjunto de rios.
b) Nos comitês de bacia hidrográfica de bacias cujos territórios abranjam terras indígenas
devem ser incluídos representantes das comunidades indígenas residentes nos estados-
membros localizados na fronteira da bacia.
c) Os comitês de bacia hidrográfica devem ser dirigidos por um conselho de diretores e um
secretário, indicados pelo governador do estado cujo território se situe na área de atuação
do comitê.
e) A criação de Agências de Água somente pode ser autorizada pelo IBAMA.
f) Compete ao Comitê de Bacia Hidrográfica aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia.

025. (CEBRASPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) Com relação aos recursos hídricos, assinale


a opção correta.
a) Compete ao Comitê Nacional de Recursos Hídricos organizar, implantar e gerir o Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens.
b) Além do representante da FUNAI, os comitês de bacias hidrográficas de rios que abranjam
terras indígenas incluirão representante das comunidades indígenas.
c) Conforme a localização dos corpos d’água, seu domínio divide-se entre a União, os estados
(e por analogia o DF) e os municípios.
d) As competências dos comitês de bacias hidrográficas incluem o exercício do poder de polícia.
e) Cabe à Agência Nacional de Águas, outorgar, mediante permissão, o direito de uso de
recursos hídricos em corpos de água de domínio da União, dos estados e do DF.

026. (CEBRASPE/TJ-DFT/JUIZ SUBSTITUTO/2014) Considerando o processo de poluição de


corpo de água, assinale a opção correta com base no disposto na legislação ambiental brasileira.
a) No que se refere ao controle de resíduos hospitalares que possam contaminar curso de
água, o MP não poderá exigir a realização do plano de gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde dos hospitais se o órgão ambiental não o tiver exigido.
b) O lançamento de esgotos e demais resíduos em lagos artificiais, a exemplo do Lago
Paranoá, em Brasília – DF, não se inclui entre os itens sujeitos à outorga de direitos de uso
de recursos hídricos pelo poder público.
c) No caso de ocorrência de vazamento de óleo em determinado curso de água em que se
constate grave degradação ambiental, é prevista, consoante a Política Nacional de Recursos
Hídricos, apenas a suspensão parcial, por prazo determinado, da outorga de direito de uso
do recurso hídrico.
d) O estabelecimento de mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos é competência
do comitê de bacia da bacia hidrográfica ao qual o curso de água esteja vinculado.
e) É competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), nos termos da Política Nacional do Meio Ambiente, o estabelecimento de padrões
de controle de qualidade dos recursos hídricos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 37 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

027. (COMPERVE/PREFEITURA DE PARNAMIRIM-RN/ADVOGADO/2019) O meio ambiente, bem


de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida da população, recebe tutela
jurídica plural em sede nacional. Não apenas a Constituição Federal de 1988, mas também
variadas outras normativas abordam o assunto, com vistas a estruturar sistema jurídico
de proteção amplo, dotado de medidas de prevenção e precaução de danos, de fiscalização
e de repressão a ilícitos. Nesse contexto,
a) de acordo com a Constituição de 1988, é competência concorrente da União, dos estados e
municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer uma de suas formas.
b) de acordo com a Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, são instrumentos da política nacional
de recursos hídricos a compensação a municípios e a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
c) a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
– TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
d) a Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, considera área verde urbana os espaços, públicos
ou privados, com predomínio de vegetação, exclusivamente nativa ou recuperada, previstos
no Plano Diretor do Município.

028. (FCC/SABESP/BIÓLOGO/2018) Considere:


I – Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
II – Agência Nacional de Águas.
III – Comitês de Bacia Hidrográfica.
IV – Agências de Água.
De acordo com a Lei n. 9.433/1997, integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, dentre outros, os entes indicados em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

029. (IBADE/PREFEITURA DE VILHENA-RO/FISCAL DE OBRAS/2019) Assinale a alternativa


que NÃO é competência do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
a) Financiar projetos de pesquisas nacionais, regionais e estaduais pertinentes ao tratamento
dos recursos hídricos.
b) Arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos.
c) Deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 38 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

d) Analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política


Nacional de Recursos Hídricos
e) Promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos
nacional, regional, estadual e dos setores usuários.

030. (ACEP/PREFEITURA DE ARACATI-CE/FISCAL AMBIENTAL/2018) O Conjunto de órgãos e


colegiados que concebe e implementa a Política Nacional das Águas (PNRH) é denominado(a):
a) Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental (SRQA).
b) Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
c) Órgãos gestores de recursos hídricos estaduais (Entidades Estaduais).
d) Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).

031. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/ADVOGADO JÚNIOR/2018) Nos termos da Lei n. 9.433/1997,


a competência para arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados
aos recursos hídricos é do:
a) Conselho Nacional de Hidrografia
b) Comitê Regional de Recursos Hídricos
c) Conselho Estadual de Recursos Hídricos
d) Organismos Setorial de Hidrografia
e) Comitê de Bacia Hidrográfica

032. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/COZINHEIRO/2018) Como resultado da Lei das Águas, Lei


n. 9.433/1997, foi instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos e criado o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Segundo esse instrumento legal, alguns órgãos integram o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos, EXCETO:
a) Agências de Água
b) Agência Nacional de Águas
c) Comitês de Bacia Hidrográfica
d) Conselho Nacional de Recursos Hídricos
e) Secretaria Especial do Meio Ambiente

033. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR-DIREITO/2012) No que se refere à


Política Nacional do Meio Ambiente e à Política Nacional de Recursos Hídricos, tem-se que a(o):
a) Política Nacional de Recursos Hídricos define a água como recurso limitado e dotado de
valor econômico.
b) bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos, desde que não ultrapasse os limites de um Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 39 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

c) pessoa física ou jurídica indiretamente responsável pela atividade causadora de degradação


ambiental não será considerada poluidora.
d) Conselho Nacional do Meio Ambiente não possui competência para definir padrões
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente.
e) Sistema Nacional do Meio Ambiente é composto por órgãos e entidades da União, dentre
os quais, o CONAMA e IBAMA, não incluindo os estaduais e municipais.

034. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
É correto afirmar que o principal objetivo de um sistema de drenagem urbana é dificultar
a ocorrência de problemas como deslizamentos de terras.

035. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
O processo de planejamento de um sistema de drenagem de águas pluviais prevê dois pontos
centrais para o seu desenvolvimento, sendo eles: o aspecto formal e o aspecto material.

036. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
Os tipos de sistemas de drenagem de águas pluviais são divididos em três categorias: micro
drenagem, média drenagem e super drenagem.

037. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
De acordo com a previsão contida na Política Nacional do Saneamento básico, o manejo das
águas pluviais urbanas prevê, dentre outros elementos, o transporte e a disposição final
das águas pluviais urbanas.

038. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Para garantir o correto tratamento dos esgotos, é indispensável o estabelecimento de uma
Estação de Tratamento para realizar as etapas necessárias.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 40 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

039. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A primeira etapa do tratamento das águas dos esgotos é o gradeamento.

040. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
O tratamento biológico da água visa excluir a presença de seres microscópicos que poluem
os recursos.

041. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
É correto afirmar que os subprodutos originários da etapa da decantação podem ser
utilizados na fertilização dos solos para a agricultura.

042. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Com base na disposição contida na Lei Federal n. 11.445/2007, o Saneamento Básico é o
conjunto de serviços, infraestruturas e instalações responsáveis por garantir os parâmetros
de saúde coletiva e equilíbrio ambiental.

043. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A associação dos entes federativos por meio de consórcio público para a gestão do saneamento
básico se chama responsabilidade compartilhada.

044. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Uma das premissas da gestão do saneamento básico é a participação social.

045. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A atividade da prestação regionalizada na gestão do saneamento básico prevê, por exemplo,
a participação da região metropolitana das cidades principais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 41 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

046. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
As unidades regionais de saneamento básico são constituídas por ato privativo da União.

047. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os serviços públicos de saneamento básico de interesse comum abrangem as regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões instituídas por lei complementar.

048. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os sistemas condominiais de coleta e tratamento de esgotos preveem uma interligação à
rede pública, por meio de diversos pontos hierarquizados à unidade principal de tratamento.

049. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos em torno das noções de coleta e
tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo e E para
valor Errado.
Uma das diretrizes do saneamento básico é a presença de índices de indicadores
epidemiológicos.

050. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os tipos principais de esgotos são dois: o doméstico e o industrial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 42 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

GABARITO

1. c 35. E
2. a 36. E
3. e 37. C
4. C 38. C
5. E 39. C
6. C 40. C
7. e 41. C
8. c 42. C
9. C 43. E
10. a 44. C
11. E 45. C
12. E 46. E
13. e 47. C
14. d 48. E
15. b 49. C
16. b 50. E
17. c
18. b
19. a
20. E
21. C
22. E
23. E
24. e
25. b
26. d
27. b
28. e
29. a
30. d
31. e
32. e
33. a
34. C

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 43 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

GABARITO COMENTADO

001. (FCC/SABESP/ANALISTA DE GESTÃO/2014) De acordo com as Diretrizes Nacionais para


o Saneamento Básico (Lei n. 11.445/2007), uma indústria que está situada em área urbana,
abastecida pela rede pública de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
a) pode optar por instalar sistema próprio de afastamento e destinação final de esgoto
sanitário, se essa opção for economicamente mais viável em relação à rede pública.
b) pode optar por instalar sistema próprio de afastamento e destinação final de seus efluentes
industriais, se essa opção for economicamente mais viável em relação à rede pública.
c) estará sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos, decorrentes da
conexão e do uso de tais serviços, não podendo adotar soluções individuais de destinação
de efluentes sanitários ou conectar sua rede hidráulica a outras fontes de abastecimento.
d) pode ser alimentada por outras fontes de abastecimento de água para diminuir sua
dependência no abastecimento pela rede pública e, com isso, reduzir gastos.
e) estará inadimplente com o pagamento das tarifas devidas pelo uso desse serviço público
e poderá ter o abastecimento interrompido, independentemente de prévia notificação.

De acordo com o art. 45 da Lei n. 11.445/2007, as edificações permanentes urbanas serão


conectadas às redes públicas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
disponíveis e sujeitas ao pagamento de taxas, tarifas e outros preços públicos decorrentes
da disponibilização e da manutenção da infraestrutura e do uso desses serviços.
Letra c.

002. (FCC/SABESP/ANALISTA DE GESTÃO/2014) De acordo com o estabelecido nas Diretrizes


Nacionais para o Saneamento Básico (Lei n. 11.445/2007), é princípio fundamental da
prestação de serviços públicos de saneamento básico:
a) a universalização do acesso.
b) o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos realizados de forma discricionária.
c) a disponibilidade, nas principais áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das
águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e patrimônio público e privado.
d) a utilização de tecnologias disponíveis, considerando exclusivamente, a capacidade de
pagamento dos usuários.
e) a transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios
sigilosos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 44 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Conforme previsão expressa do art. 2º das Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico (Lei
n. 11.445/2007), é princípio fundamental da prestação de serviços públicos de saneamento
básico a universalização do acesso. Veja a disposição legal abaixo referenciada:

Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com


base no seguinte princípio fundamental:
I – universalização do acesso […]

Letra a.

003. (VUNESP/SAAE-SP/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/2014) O art. 3º do Capítulo I da Lei n.


11.445/2007, de 5 de janeiro de 2007, reza que faz parte do saneamento básico:
a) o abastecimento de energia elétrica.
b) a distribuição de gás industrial.
c) a fiscalização de focos epidêmicos.
d) os recursos hídricos.
e) a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos.

O art. 3º da Lei n. 11.445/2007 abarca uma série de normativas acerca do saneamento básico,
que corresponde a um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais,
dentre as quais se destaca a:

Art. 3º, c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas
e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo
doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

Letra e.

004. (CESPE-CEBRASPE/PG-DF/ANALISTA/2013) Relativamente à PNRH, julgue o item seguinte.


Cabe aos Poderes Executivos estaduais e do DF, obedecidas suas respectivas competências,
outorgar os direitos de uso de recursos hídricos, sendo responsáveis por regulá-los e fiscalizá-los.

A alternativa está certa. De acordo com o art. 30 da Lei n. 9.433/1997, a implementação da


Política Nacional de Recursos Hídricos cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito
Federal, na esfera de sua competência, aos quais cabe “I- outorgar os direitos de uso dos
recursos hídricos e regulamentar e fiscalizar os seus usos […]”.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 45 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

005. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO 3º TURMA/2020).


Com base nas disposições da Constituição Federal de 1988 e do Código Florestal, julgue o
item a seguir.
Define-se área de preservação permanente (APP) toda área que seja coberta por vegetação
nativa e que tenha a função de assegurar a exploração sustentável dos recursos naturais.

Erradíssima! Leia a palavra “exploração” e perceba que claramente ela não é condizente
com “sustentável”, não é? Para o direito ambiental, exploração é exploração, não existe
sustentabilidade envolvida! O que seria diferente se caso a expressão utilizada fosse
“utilização”, ou ainda, “manejo” sustentável, aí ok!
Pois bem, veja só: o parágrafo 2º do art. 3º da Lei n. 12.651/2012, que dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa e dá outras providências, entende que a Área de Preservação
Permanente (APP) é definida como:

Art. 3º Para os efeitos desta lei, entende-se por: […]


II – Área de Preservação Permanente – APP: área protegida, coberta ou não por vegetação
nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar
o bem-estar das populações humanas; […]

Ou seja, a função primordial de uma APP é de PRESERVAR os recursos naturais, e não


assegurar a sua exploração, ainda que seja uma exploração “sustentável”.
Errado.

006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE CAMPO GRANDE-MS/PROCURADOR MUNICIPAL/2019) Acerca


de tutela processual do meio ambiente, de crimes ambientais e de espaços territoriais
especialmente protegidos, julgue o item que se segue.
Situação hipotética:
Portando uma arma de fogo, mas sem licença de autoridade ambiental competente, João
penetrou em uma unidade de conservação.
Assertiva:
Ainda que não abata nenhum animal nem mesmo tente fazê-lo na referida unidade de
conservação, João cometeu um crime ambiental.

Questão muito escorregadia, porém, certa. Você deve pensar que aqui o crime não se limitará
ao mero porte de arma de fogo por parte de João (mesmo porque o enunciado não diz se
é um porte autorizado ou não). Se João abateu ou não algum animal nas dependências da
unidade de conservação, ameaçado de extinção ou não, também é secundário. Você deve
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 46 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

se concentrar no disposto no art. 52 da Lei n. 9.605/1998, que dispõe sobre os crimes


ambientais. Desta feita, perceba:

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos


próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença
da autoridade competente:
Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

A questão aqui é só uma: adentrar em unidade de conservação sem licença de autoridade


competente configura crime com pena de detenção prevista entre seis meses a um ano,
mais multa.
Certo.

007. (FCC/DPE-AM/DEFENSOR PÚBLICO/2013) Sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos,


analise as afirmações abaixo.
I – A água é um bem de domínio público.
II – A água é um recurso natural ilimitado.
III – A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
IV – A gestão dos recursos hídricos deve ser centralizada e contar com a participação do
Poder Público, dos usuários e das comunidades.
É correto o que se afirma APENAS em:
a) I
b) II e IV
c) II e III
d) II
e) I e III

A água é um recurso natural limitado e de domínio público. A disposição legal a respeito de


seus fundamentos e gerenciamento se encontra na Lei n. 9.433/1997, que institui a Política
Nacional de Recursos Hídricos. Assim, seu art. 1º fundamenta-se da seguinte maneira:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 47 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder
Público, dos usuários e das comunidades.

Letra e.

008. (FCC/SANASA CAMPINAS/ANALISTA ADMINISTRATIVO-SERVIÇOS JURÍDICOS/2019) O


Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos foi instituído com o objetivo de
implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, competindo:
a) ao Comitê de Bacia Hidrográfica analisar e emitir pareceres sobre os projetos e obras
a serem financiados com recursos gerados pela cobrança pelo uso de Recursos Hídricos e
encaminhá-los à instituição financeira responsável pela administração desses recursos.
b) à Agência de Águas estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de
recursos hídricos e para a cobrança por seu uso, bem como arbitrar, em última instância
administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos.
c) ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos promover a articulação do planejamento de
recursos hídricos com os planejamentos nacional, regional, estaduais e dos setores usuários,
bem como estabelecer diretrizes para implementação da Política Nacional de Segurança
de Barragens.
d) aos Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados estabelecer os mecanismos de cobrança
pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados, bem como estabelecer
critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum
ou coletivo.
e) ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos deliberar sobre a inclusão de representantes
de comunidades indígenas e da FUNAI nos debates acerca de questões relacionadas a
recursos hídricos com interesse em determinada bacia hidrográfica

Segundo o artigo n. 35 da Lei n. 9.433/1997, é de competência do Conselho Nacional de


Recursos Hídricos:

I – promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos


nacional, regional, estaduais e dos setores usuários; […]
XI – zelar pela implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB);
XII – estabelecer diretrizes para implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e
atuação do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB); […]

Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 48 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

009. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/PERITO CRIMINAL FEDERAL/2018) Com base nas


disposições da Constituição Federal de 1988 e nas resoluções do CONAMA pertinentes a
licenciamento ambiental, julgue o item subsequente.
As atividades ou empreendimentos de extração e tratamento de minerais sujeitos ao
licenciamento ambiental incluem as lavras a céu aberto e subterrânea com ou sem
beneficiamento; a lavra garimpeira; a perfuração de poços e produção de petróleo e gás
natural.

A alternativa está certa. De acordo com o anexo I da Resolução n. 237/1997 do Conselho


Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), são atividades ou empreendimentos sujeitos ao
Licenciamento Ambiental:

Extração e tratamento de minerais


- pesquisa mineral com guia de utilização;
- lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento;
- lavra subterrânea com ou sem beneficiamento;
- lavra garimpeira;
- perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural. […]

Certo.

010. (INSTITUTO AOCP/SANESUL/ADVOGADO/2021) Nos últimos anos, o Município Alfa


tem apresentado avanços no abastecimento de água potável, mas ainda negligenciado
os serviços de esgoto. Com menos de 50% (cinquenta por cento) dos esgotos domésticos
tratados, no semestre passado milhares de crianças com menos de 5 (cinco) anos de idade
apresentaram doenças causadas por protozoários. Todas as Unidades Básicas de Saúde
que prestaram atendimento às crianças noticiaram que a água distribuída na cidade foi a
principal fonte de contaminação. Acerca das diretrizes nacionais para o saneamento básico
definidas pela Lei Federal n. 11.445/2007, com as alterações promovidas pela Lei Federal
n. 14.026/2020, assinale a alternativa correta.
a) Saneamento básico é o conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações
operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
b) Os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico devem definir
metas de universalização que garantam o atendimento de 99% (noventa e nove por cento)
da população com água potável e de 90%(noventa por cento) da população com coleta e
tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, mas os contratos que estavam em
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 49 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

vigor antes da vigência da Lei Federal n. 14.026/2020 estão dispensados de tais metas
de universalização.
c) A Lei Federal n. 11.445/2007 não trata dos serviços públicos, infraestruturas e instalações
operacionais de esgotamento sanitário.
d) Unicamente os Municípios podem exercer a titularidade dos serviços públicos de
saneamento básico.
e) A prestação dos serviços de saneamento básico atenderá a requisitos mínimos de qualidade,
incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao
atendimento dos usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de
acordo com as normas regulamentares e contratuais, sendo que o Município definirá os
parâmetros mínimos de potabilidade da água.

Saneamento básico é o conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações


operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Letra a.

011. (CEBRASPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Julgue os itens


subsecutivos, referentes à Política Nacional de Recursos Hídricos.
O uso dos recursos hídricos para a geração de energia elétrica, embora esteja sujeito à
obtenção de outorga, é isento de cobrança.

O art. 12 da PNRH determina quais atividades estão sujeitas à outorga do Poder Público
para viabilizar os usos dos recursos hídricos. Dentre os quais, elenca-se sim a geração de
energia elétrica. Todavia, ele não é isento de cobrança. Já no âmbito do art. 20, a PNRH
determina que os usos de recursos hídricos devem ser cobrados. Veja abaixo a disposição
legal a qual me refiro:

Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos: […]
IV – aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
Art. 20. Serão cobrados os usos de recursos hídricos sujeitos a outorga, nos termos do art. 12
desta lei.

Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 50 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

012. (CEBRASPE/EMBASA/ADVOGADO/2010) A respeito da outorga de direitos de uso de


recursos hídricos, julgue o item seguinte.
Independe de outorga pelo poder público o uso de recursos hídricos para a satisfação das
necessidades de pequenos núcleos populacionais, distribuídos no meio rural ou urbano.

De acordo com o parágrafo 1º do art. 12 da PNRH, a independência de outorga do Poder


Público para o uso dos recursos hídricos abrange apenas a satisfação das necessidades de
pequenos núcleos populacionais distribuídos no meio rural. Desta maneira, veja abaixo a
disposição legal referida:

Art. 12. Estão sujeitos a outorga pelo Poder Público os direitos dos seguintes usos de recursos
hídricos: […]
§ 1º Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:
I – o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais,
distribuídos no meio rural;

Errado.

013. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) A cobrança pelo uso de recursos


hídricos visa:
a) instituir a água como bem econômico e impor ao usuário medidas restritivas de direitos
quanto à outorga e à fruição dos recursos hídricos.
b) incentivar a privatização dos mecanismos de distribuição da água, bem como das estações
de tratamento.
c) incentivar o reuso das águas servidas na produção de ração animal.
d) estabelecer limites diários para a captação das águas superficiais.
e) obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e das intervenções
contempladas nos planos de recursos hídricos.

A PNRH estabelece uma série de objetivos que são perseguidos a partir da determinação da
cobrança pelo uso dos recursos hídricos. No art. 19, é possível conhecer cada um deles. Veja:

Art. 19 – A cobrança pelo uso de recursos hídricos objetiva:


I – reconhecer a água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor;
II – incentivar a racionalização do uso da água;
III – obter recursos financeiros para o financiamento dos programas e intervenções contemplados
nos planos de recursos hídricos.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 51 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

014. (CEBRASPE/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2021) Discorrendo sobre a regulamentação


do uso da água, o ministro Luiz Fux sustentou, no STJ, que “o particular tem, apenas, o direito
à exploração das águas subterrâneas, mediante autorização do poder público e cobrada a
devida contraprestação”. Acerca desse tema, assinale a opção correta.
a) Exercem o papel de secretarias executivas dos comitês de bacia hidrográfica as
organizações civis de recursos hídricos integrantes do Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos.
b) A outorga de direito de uso da água constitui ato precário, tendo o seu pagamento
natureza tributária.
c) Entre os instrumentos previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos incluem-
se os planos diretores, de âmbito nacional, empregados para fundamentar e orientar o
gerenciamento da referida política.
d) O fato de a água ser considerada bem inalienável reflete-se no pagamento da conta de
água, o que constitui exemplo da aplicação do princípio do usuário-pagador.
e) De acordo com a legislação atual, a extração, para consumo final ou para insumo de
processo produtivo, de água de aquífero subterrâneo não se inclui entre os recursos hídricos
sujeitos a outorga.

De acordo com o Princípio do Usuário Pagador, é considerado usuário aquele que se vale,
de forma autorizada, de um determinado recurso natural, em consonância com as normas
vigentes. Trata-se, portanto, de pagar pelo uso privativo de um recurso ambiental de
natureza pública. Assim, sendo a água considerada um bem inalienável, o pagamento pela
sua utilização reflete a aplicação do referido princípio.
Letra d.

015. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ENGENHEIRO DE MEIO AMBIENTE JÚNIOR/2017) A Lei n.


9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, deve ser de conhecimento
do Engenheiro Ambiental. Essa Lei prevê que a(o):
a) água é um bem de domínio público que não pode ser dotada de valor econômico.
b) gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
c) centralização da produção de dados e informações é princípio básico para o funcionamento
do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.
d) extração de água de aquífero subterrâneo para insumo de processo produtivo não está
sujeita a outorga pelo poder público.
e) uso prioritário dos recursos hídricos, em situação de escassez, deve estar voltado à
geração de energia elétrica.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 52 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia sua atuação, dentre outros elementos,
no fato de que a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo
das águas, conforme dispõe o art. 1º inciso IV da Lei n. n. 9.433/1997, conforme você
pode ver abaixo:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos: […]
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas; […]

Letra b.

016. (CEBRASPE/TJ-CE/JUIZ/2012) Com base na Lei n. 9.433/1997, que instituiu a Política


Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos, e na Resolução do Conselho Nacional de Recursos Hídricos n. 16/2001, assinale a
opção correta.
a) Sendo o consumo humano, em qualquer situação, o uso prioritário dos recursos hídricos,
deve a gestão desses recursos evitar, sempre que possível, o uso múltiplo das águas e seu
consequente desperdício.
b) A outorga de direito de uso de recursos hídricos é ato administrativo mediante o qual a
autoridade outorgante faculta o direito de uso desses recursos, o que não implica, porém,
alienação total ou parcial das águas, que são inalienáveis, nos termos da lei.
c) O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos objetiva coordenar a gestão
integrada das águas e implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos, cabendo
diretamente aos entes federativos, por meio de suas agências de águas, arbitrar os conflitos
relacionados aos recursos hídricos.
d) A outorga de direito de uso de recursos hídricos não abrange águas subterrâneas, mas
apenas águas superficiais.
e) Embora seja competência exclusiva da União registrar e fiscalizar as concessões de direitos
de pesquisa e exploração de recursos hídricos, o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos é composto de órgãos federais, estaduais e do DF.

A PNRH determina, em seu art. 18, que a outorga dos usos dos recursos hídricos não implica
na alienação parcial das águas, tendo em vista que elas são inalienáveis. Leia abaixo:

Art. 18. A outorga não implica a alienação parcial das águas, que são inalienáveis, mas o simples
direito de seu uso.

Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 53 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

017. (FUNCAB/PC-PA/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/2016) No que tange à Política Nacional


de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n. 9.433/1997, assinale a alternativa correta.
a) Toda outorga de direitos de uso de recursos hídricos far-se-á por prazo não excedente
a trinta e cinco anos, sendo vedada eventual renovação.
b) O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos é um sistema de coleta, tratamento,
armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores intervenientes
em sua gestão. Tem como um de seus princípios básicos para funcionamento a centralização
da obtenção e produção de dados e informações na União.
c) A Política Nacional de Recursos Hídricos é baseada em fundamentos e um deles é que
em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais.
d) A outorga de direitos de uso de recursos hídricos, por viabilizar o uso de recursos hídricos,
implica a alienação parcial das águas.
e) Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos a função de secretaria executiva
do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica.

A PNRH, logo em seu art. 1º, estabelece os fundamentos da PNRH. A seguir, memorize cada
um deles:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder
Público, dos usuários e das comunidades.

Letra c.

018. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) É objetivo do regime de outorga do


direito de uso de recursos:
a) conceder direitos alternativos ao uso, ao consumo e à captação das águas servidas.
b) assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício
do direito de acesso a ela.
c) autorizar a extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou como insumo
de processo produtivo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 54 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

d) aperfeiçoar o aproveitamento dos potenciais hidrelétricos.


e) regular os usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente
em um corpo de água.

Um dos objetivos do regime de outorga do direito de uso de recursos é assegurar o controle


quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício do direito de acesso a ela.
Esta é a transcrição literal do art. 11 da Lei n. 9.433/1997, que você pode conferir a seguir:

DA OUTORGA DE DIREITOS DE USO DE RECURSOSHÍDRICOS


Art. 11. O regime de outorga de direitos de uso de recursos hídricos tem como objetivos assegurar
o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso
à água.

Letra b.

019. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2009) Assinale a opção correta quanto à PNRH.


a) A água é bem de domínio público, além de ser recurso natural limitado, dotado de valor
econômico.
b) A outorga de direito de uso, instrumento de gestão dos recursos hídricos, pode ser
concedida por prazo não superior a 35 anos, renovável com alienação parcial das águas.
c) Em caso de interrupção do abastecimento de água por mais de 72 horas, o poder público
local poderá multar a empresa concessionária em decorrência da infração por ela praticada.
d) A bacia hidrográfica é a unidade territorial para a implementação do Sistema Nacional
de Irrigação.
e) O objetivo da PNRH é implementar os meios necessários para a cobrança pelo uso e pelo
consumo de água no Brasil.

A PNRH define a água como um bem de domínio público, dotado de valor econômico e a
considera um recurso limitado. Esta interpretação pode ser extraída dos incisos I e II do
art. 1º da referida lei. Veja abaixo:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 55 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

020. (CEBRASPE/EMBASA/ADVOGADO/2010) No que se refere à legislação acerca do direito


ambiental, julgue os itens que se seguem.
Segundo a Política Nacional de Recursos Hídricos, os planos de recursos hídricos devem ser
elaborados por bacia hidrográfica e por município.

Segundo o art. 8º da PNRH, os planos de recursos hídricos devem ser elaborados por bacia
hidrográfica, por Estado e para o País. Leia abaixo:
Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão elaborados por bacia hidrográfica, por Estado e
para o País.

Errado.

021. (CEBRASPE/EMBASA/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/2010) Acerca da Lei n. 9.433/1997,


que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), julgue o item seguinte.
Um dos fundamentos em que se baseia a PNRH é a gestão descentralizada dos recursos
hídricos, com a participação do poder público, dos usuários e das comunidades.

Questão certa! É o que diz, literalmente, o inciso VI do art. 1º da PNRH. Veja abaixo:
Art. 12 […] VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

Certo.

022. (CEBRASPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) A respeito das


políticas nacionais relativas a recursos hídricos, mudanças climáticas e gestão dos resíduos
sólidos, julgue o seguinte item.
A Política Nacional de Recursos Hídricos prevê que os comitês de bacia hidrográfica são
competentes para estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos,
mas que não têm competência para sugerir os valores a serem cobrados.

Os Comitês de Bacias Hidrográficas são competentes tanto para estabelecer os mecanismos


de cobranças pelo uso dos recursos hídricos, como também para sugerir os valores a serem
cobrados. É o que dispõe o art. 38 da PNRH, lembra? Olha só:
Art. 38 – Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação: […]
VI – estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a
serem cobrados;

Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 56 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

023. (CEBRASPE/EMBASA/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/2017) Acerca da Lei n. 9.433/1997,


que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), julgue o item seguinte.
Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos o Conselho Nacional
de Recursos Hídricos, a Agência Nacional de Águas, a Agência Nacional de Transportes
Terrestres e os comitês de bacias.

A questão está errada ao afirmar que a ANTT faz parte do SINGREH. Veja:

PNRH, art. 33 – Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos:


I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
I – A. – a Agência Nacional de Águas;
II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
III – os Comitês de Bacia Hidrográfica;
IV – os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;
V – as Agências de Água.

Errado.

024. (CEBRASPE/TJ-PA/JUIZ/2017) Considerando o Sistema Nacional de Gerenciamento


de Recursos Hídricos (SINGREH), a Lei de Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n.
9.433/1997) e a Resolução n. 16/2001 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, assinale
a opção correta.
a) Os comitês de bacia hidrográfica são compostos por representantes de usuários e
poluidores das águas da área de drenagem de um conjunto de rios.
b) Nos comitês de bacia hidrográfica de bacias cujos territórios abranjam terras indígenas
devem ser incluídos representantes das comunidades indígenas residentes nos estados-
membros localizados na fronteira da bacia.
c) Os comitês de bacia hidrográfica devem ser dirigidos por um conselho de diretores e um
secretário, indicados pelo governador do estado cujo território se situe na área de atuação
do comitê.
e) A criação de Agências de Água somente pode ser autorizada pelo IBAMA.
f) Compete ao Comitê de Bacia Hidrográfica aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia.

Segundo o art. 38 inciso III da PNRH, é de competência do Comitê de Bacia Hidrográfica a


aprovação do Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica competente. Veja abaixo a
disposição legal referida:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 57 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Art. 38 – Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
III – aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia;

Letra e.

025. (CEBRASPE/TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO/2016) Com relação aos recursos hídricos, assinale


a opção correta.
a) Compete ao Comitê Nacional de Recursos Hídricos organizar, implantar e gerir o Sistema
Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens.
b) Além do representante da FUNAI, os comitês de bacias hidrográficas de rios que abranjam
terras indígenas incluirão representante das comunidades indígenas.
c) Conforme a localização dos corpos d’água, seu domínio divide-se entre a União, os estados
(e por analogia o DF) e os municípios.
d) As competências dos comitês de bacias hidrográficas incluem o exercício do poder de polícia.
e) Cabe à Agência Nacional de Águas, outorgar, mediante permissão, o direito de uso de
recursos hídricos em corpos de água de domínio da União, dos estados e do DF.

De acordo com o art. 39 da PNRH, os comitês de bacias hidrográficas de rios que ocupam
terras indígenas devem incluir representantes das comunidades indígenas diretamente
afetadas. Confira abaixo:

Art. 39. Os Comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por representantes: […]
§ 3º Nos Comitês de Bacia Hidrográfica de bacias cujos territórios abranjam terras indígenas
devem ser incluídos representantes:
I – da Fundação Nacional do Índio – FUNAI, como parte da representação da União;
II – das comunidades indígenas ali residentes ou com interesses na bacia.

Letra b.

026. (CEBRASPE/TJ-DFT/JUIZ SUBSTITUTO/2014) Considerando o processo de poluição de


corpo de água, assinale a opção correta com base no disposto na legislação ambiental brasileira.
a) No que se refere ao controle de resíduos hospitalares que possam contaminar curso de
água, o MP não poderá exigir a realização do plano de gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde dos hospitais se o órgão ambiental não o tiver exigido.
b) O lançamento de esgotos e demais resíduos em lagos artificiais, a exemplo do Lago
Paranoá, em Brasília – DF, não se inclui entre os itens sujeitos à outorga de direitos de uso
de recursos hídricos pelo poder público.
c) No caso de ocorrência de vazamento de óleo em determinado curso de água em que se
constate grave degradação ambiental, é prevista, consoante a Política Nacional de Recursos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 58 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Hídricos, apenas a suspensão parcial, por prazo determinado, da outorga de direito de uso
do recurso hídrico.
d) O estabelecimento de mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos é competência
do comitê de bacia da bacia hidrográfica ao qual o curso de água esteja vinculado.
e) É competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), nos termos da Política Nacional do Meio Ambiente, o estabelecimento de padrões
de controle de qualidade dos recursos hídricos.

Compete ao comitê de bacia hidrográfica o estabelecimento de cobrança referente ao uso


dos recursos hídricos provenientes da bacia referida. É o que dispõe o art. 38 da PNRH, que
se dedica a delinear as competências dos comitês das bacias hidrográficas. Veja abaixo:

Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
VI – estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores
a serem cobrados;

Letra d.

027. (COMPERVE/PREFEITURA DE PARNAMIRIM-RN/ADVOGADO/2019) O meio ambiente, bem


de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida da população, recebe tutela
jurídica plural em sede nacional. Não apenas a Constituição Federal de 1988, mas também
variadas outras normativas abordam o assunto, com vistas a estruturar sistema jurídico
de proteção amplo, dotado de medidas de prevenção e precaução de danos, de fiscalização
e de repressão a ilícitos. Nesse contexto,
a) de acordo com a Constituição de 1988, é competência concorrente da União, dos estados e
municípios proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer uma de suas formas.
b) de acordo com a Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997, são instrumentos da política nacional
de recursos hídricos a compensação a municípios e a cobrança pelo uso de recursos hídricos.
c) a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, institui a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental
– TCFA, cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Conselho
Nacional do Meio Ambiente – CONAMA.
d) a Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012, considera área verde urbana os espaços, públicos
ou privados, com predomínio de vegetação, exclusivamente nativa ou recuperada, previstos
no Plano Diretor do Município.

A Lei n. 9.433/1997, que estabelece a Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH)
determina uma série de instrumentos para que a referida Política seja corretamente
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 59 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

viabilizada. Nesse contexto, de acordo com o art. 5º da referida lei, a Compensação aos
Municípios e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos se apresentam como dois desses
instrumentos. Veja:

Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:


I – os Planos de Recursos Hídricos;
II – o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água;
III – a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV – a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V – a compensação a municípios;
VI – o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

Letra b.

028. (FCC/SABESP/BIÓLOGO/2018) Considere:


I – Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
II – Agência Nacional de Águas.
III – Comitês de Bacia Hidrográfica.
IV – Agências de Água.
De acordo com a Lei n. 9.433/1997, integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos, dentre outros, os entes indicados em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

O Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos tem a sua composição determinada


pelo art. 33 da PNRH. Veja abaixo:

Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos:


I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
I – A. – a Agência Nacional de Águas;
II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
III – os Comitês de Bacia Hidrográfica;
IV – os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;
V – as Agências de Água.

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 60 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

029. (IBADE/PREFEITURA DE VILHENA-RO/FISCAL DE OBRAS/2019) Assinale a alternativa


que NÃO é competência do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
a) Financiar projetos de pesquisas nacionais, regionais e estaduais pertinentes ao tratamento
dos recursos hídricos.
b) Arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos
Estaduais de Recursos Hídricos.
c) Deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados.
d) Analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política
Nacional de Recursos Hídricos
e) Promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos
nacional, regional, estadual e dos setores usuários.

As competências do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos estão dispostas no art. 35 da


PNRH. Dentre as quais, NÃO se inclui o financiamento de projetos de pesquisas pertinentes
ao tratamento de recursos hídricos. Veja abaixo a disposição legal referenciada:

Art. 35. Compete ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos:


I – promover a articulação do planejamento de recursos hídricos com os planejamentos nacional,
regional, estaduais e dos setores usuários;
II – arbitrar, em última instância administrativa, os conflitos existentes entre Conselhos Estaduais
de Recursos Hídricos;
III – deliberar sobre os projetos de aproveitamento de recursos hídricos cujas repercussões
extrapolem o âmbito dos Estados em que serão implantados;
IV – deliberar sobre as questões que lhe tenham sido encaminhadas pelos Conselhos Estaduais
de Recursos Hídricos ou pelos Comitês de Bacia Hidrográfica;
V – analisar propostas de alteração da legislação pertinente a recursos hídricos e à Política
Nacional de Recursos Hídricos;
VI – estabelecer diretrizes complementares para implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos, aplicação de seus instrumentos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos;
VII – aprovar propostas de instituição dos Comitês de Bacia Hidrográfica e estabelecer critérios
gerais para a elaboração de seus regimentos;
VIII – (VETADO)
IX – acompanhar a execução e aprovar o Plano Nacional de Recursos Hídricos e determinar as
providências necessárias ao cumprimento de suas metas;
X – estabelecer critérios gerais para a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e para a
cobrança por seu uso.
XI – zelar pela implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB);

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 61 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

XII – estabelecer diretrizes para implementação da PNSB, aplicação de seus instrumentos e


atuação do Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB);
XIII – apreciar o Relatório de Segurança de Barragens, fazendo, se necessário, recomendações
para melhoria da segurança das obras, bem como encaminhá-lo ao Congresso Nacional.

Letra a.

030. (ACEP/PREFEITURA DE ARACATI-CE/FISCAL AMBIENTAL/2018) O Conjunto de órgãos e


colegiados que concebe e implementa a Política Nacional das Águas (PNRH) é denominado(a):
a) Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental (SRQA).
b) Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH).
c) Órgãos gestores de recursos hídricos estaduais (Entidades Estaduais).
d) Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH).

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) tem seus objetivos


especificados no art. 32 da PNRH, dentre os quais se inclui:

Art. 32. Fica criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com os
seguintes objetivos:
III – implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;

Letra d.

031. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/ADVOGADO JÚNIOR/2018) Nos termos da Lei n. 9.433/1997,


a competência para arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados
aos recursos hídricos é do:
a) Conselho Nacional de Hidrografia
b) Comitê Regional de Recursos Hídricos
c) Conselho Estadual de Recursos Hídricos
d) Organismos Setorial de Hidrografia
e) Comitê de Bacia Hidrográfica

O art. 38 da PNRH estabelece as competências dos Comitês de Bacia Hidrográfica. Dentre


as quais, se destaca:

Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no âmbito de sua área de atuação:
II – arbitrar, em primeira instância administrativa, os conflitos relacionados aos recursos
hídricos; […]

Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 62 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

032. (CESGRANRIO/TRANSPETRO/COZINHEIRO/2018) Como resultado da Lei das Águas, Lei


n. 9.433/1997, foi instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos e criado o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Segundo esse instrumento legal, alguns órgãos integram o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos, EXCETO:
a) Agências de Água
b) Agência Nacional de Águas
c) Comitês de Bacia Hidrográfica
d) Conselho Nacional de Recursos Hídricos
e) Secretaria Especial do Meio Ambiente

A Secretaria Especial do Meio Ambiente NÃO integra o Sistema Nacional de Gerenciamento


de Recursos Hídricos. Sua composição é determinada pelo art. 33 da PNRH. Veja abaixo:

Art. 33. Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos: (Redação dada
pela Lei n. 9.984, de 2000)
I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos; (Redação dada pela Lei n. 9.984, de 2000)
I – A. – a Agência Nacional de Águas; (Incluído pela Lei n. 9.984, de 2000)
II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei
n. 9.984, de 2000)
III – os Comitês de Bacia Hidrográfica; (Redação dada pela Lei n. 9.984, de 2000)
IV – os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos; (Redação dada pela Lei n. 9.984,
de 2000)
V – as Agências de Água. (Redação dada pela Lei n. 9.984, de 2000)

Letra e.

033. (CESGRANRIO/LIQUIGÁS/PROFISSIONAL JÚNIOR-DIREITO/2012) No que se refere à


Política Nacional do Meio Ambiente e à Política Nacional de Recursos Hídricos, tem-se que a(o):
a) Política Nacional de Recursos Hídricos define a água como recurso limitado e dotado de
valor econômico.
b) bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos, desde que não ultrapasse os limites de um Estado.
c) pessoa física ou jurídica indiretamente responsável pela atividade causadora de degradação
ambiental não será considerada poluidora.
d) Conselho Nacional do Meio Ambiente não possui competência para definir padrões
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente.
e) Sistema Nacional do Meio Ambiente é composto por órgãos e entidades da União, dentre
os quais, o CONAMA e IBAMA, não incluindo os estaduais e municipais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 63 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

O art. 1º delineia os fundamentos da PNRH. Memorize:

Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I – a água é um bem de domínio público;
II – a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III – em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IV – a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V – a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI – a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder
Público, dos usuários e das comunidades.

Letra a.

034. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
É correto afirmar que o principal objetivo de um sistema de drenagem urbana é dificultar
a ocorrência de problemas como deslizamentos de terras.

O sistema de drenagem urbana também é conhecido como drenagem de águas pluviais, e


se trata de um processo de controle e de gerenciamento das águas ocasionadas pela chuva.
O principal objetivo é minimizar os problemas oriundos do excesso de águas pluviais, a
exemplo dos deslizamentos de terras nas encostas e enchentes.
Certo.

035. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
O processo de planejamento de um sistema de drenagem de águas pluviais prevê dois pontos
centrais para o seu desenvolvimento, sendo eles: o aspecto formal e o aspecto material.

Os pontos centrais para o processo de planejamento de um sistema de drenagem de águas


pluviais prevê quatro elementos, sendo eles: o aspecto ambiental, o social, o tecnológico
e o legal/institucional.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 64 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

036. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
Os tipos de sistemas de drenagem de águas pluviais são divididos em três categorias: micro
drenagem, média drenagem e super drenagem.

Os tipos de sistemas de drenagem das águas pluviais são separados em duas categorias:
A Microdrenagem, utilizada para garantir a coleta de águas superficiais ou subterrâneas,
por meio de pequenas e médias galerias, e a Macrodrenagem, que inclui ainda as galerias
de grande porte e outros corpos receptores, como rios e canais.
Errado.

037. (INÉDITA/2024) Acerca do aprendizado desenvolvido em torno da teoria dos sistemas


de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, analise a assertiva a seguir e atribua
valor C para Certa e E para Errada.
De acordo com a previsão contida na Política Nacional do Saneamento básico, o manejo das
águas pluviais urbanas prevê, dentre outros elementos, o transporte e a disposição final
das águas pluviais urbanas.

A disposição contida na Política Nacional do Saneamento Básico conceitua a Drenagem


e Manejo das Águas Pluviais Urbanas como o “conjunto de atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção
ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das
águas pluviais drenadas nas áreas urbanas” (art. 3º).
Certo.

038. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Para garantir o correto tratamento dos esgotos, é indispensável o estabelecimento de uma
Estação de Tratamento para realizar as etapas necessárias.

Para garantir que o tratamento dos esgotos seja realizado de forma correta, há a existência
das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Trata-se de espaços projetados com o
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 65 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

objetivo de realizar as diversas etapas do tratamento dos efluentes advindos dos esgotos
urbanos, podendo variar de acordo com as características e necessidades de cada localidade.
Certo.

039. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A primeira etapa do tratamento das águas dos esgotos é o gradeamento.

No processo do gradeamento, a água que escoa das residências deve conter algo em torno
de 1% de materiais sólidos e 99% de material líquido. Por essa razão, a primeira etapa do
tratamento é a retenção de materiais mais grossos e sólidos, como o lixo, e tal processo é
realizado por meio de um filtro formado por grades. Essa etapa inicial ajuda a deixar a água
livre dos resíduos sólidos descartados incorretamente na rede de esgoto.
Certo.

040. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
O tratamento biológico da água visa excluir a presença de seres microscópicos que poluem
os recursos.

No tratamento biológico, após excluídos os resíduos visíveis, o esgoto é enviado para o


tratamento biológico em um tanque de aeração. Nessa etapa, ele é colocado em contato
com seres microscópicos, que promovem reações químicas e condensam a matéria orgânica
em flocos de lodo.
Certo.

041. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
É correto afirmar que os subprodutos originários da etapa da decantação podem ser
utilizados na fertilização dos solos para a agricultura.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 66 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Na decantação, que ocorre após a etapa do tratamento biológico, a água é submetida ao


processo de decantação. O lodo formado na etapa anterior vai para o fundo do tanque,
separando-se da parte líquida e se transformando em um subproduto chamado biosólido,
que pode ser utilizado nos processos na agricultura.
Certo.

042. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Com base na disposição contida na Lei Federal n. 11.445/2007, o Saneamento Básico é o
conjunto de serviços, infraestruturas e instalações responsáveis por garantir os parâmetros
de saúde coletiva e equilíbrio ambiental.

A Lei n. 11.445/2007 é o principal documento normativo nacional utilizada para a regulação


da temática do saneamento básico, ressaltando, em seu art. 3º, que se trata do conjunto de
serviços públicos, infraestruturas e instalações operacionais de responsável pela definição
de uma série de conceituações essenciais para a garantia do direito ao saneamento básico.
Certo.

043. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A associação dos entes federativos por meio de consórcio público para a gestão do saneamento
básico se chama responsabilidade compartilhada.

Os Sistemas de Gestão Associada tratam da associação voluntária entre entes federativos,


por meio de consórcio público ou convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241
da Constituição Federal.
Errado.

044. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Uma das premissas da gestão do saneamento básico é a participação social.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 67 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

O Controle Social compreende o conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à


sociedade informações, representações técnicas e participação nos processos de formulação
de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados com os serviços públicos de
saneamento básico, sendo uma das premissas da gestão participativa do saneamento básico.
Certo.

045. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
A atividade da prestação regionalizada na gestão do saneamento básico prevê, por exemplo,
a participação da região metropolitana das cidades principais.

A Prestação Regionalizada é uma modalidade de prestação integrada de um ou mais


componentes dos serviços públicos de saneamento básico em determinada região cujo
território abranja mais de um Município.
Certo.

046. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
As unidades regionais de saneamento básico são constituídas por ato privativo da União.

A Unidade Regional de Saneamento Básico é uma unidade instituída pelos Estados mediante
lei ordinária, constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes,
para atender adequadamente às exigências de higiene e saúde pública, ou para dar viabilidade
econômica e técnica aos Municípios menos favorecidos.
Errado.

047. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os serviços públicos de saneamento básico de interesse comum abrangem as regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões instituídas por lei complementar.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 68 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

Os Serviços Públicos e Saneamento Básico de Interesse Comum são serviços de saneamento


básico prestados em regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões
instituídas por lei complementar estadual, em que se verifique o compartilhamento de
instalações operacionais de infraestrutura de abastecimento de água e/ou de esgotamento
sanitário entre 2 (dois) ou mais Municípios, denotando a necessidade de organizá-los,
planejá-los, executá-los e operá-los de forma conjunta e integrada pelo Estado e pelos
Munícipios que compartilham, no todo ou em parte, as referidas instalações operacionais.
Certo.

048. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os sistemas condominiais de coleta e tratamento de esgotos preveem uma interligação à
rede pública, por meio de diversos pontos hierarquizados à unidade principal de tratamento.

O sistema condominial é uma rede coletora de esgoto sanitário, assentada em posição viável
no interior dos lotes ou conjunto de habitações, interligada à rede pública convencional em
um único ponto ou à unidade de tratamento, utilizada onde há dificuldades de execução
de redes ou ligações prediais no sistema convencional de esgotamento.
Errado.

049. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos em torno das noções de coleta e
tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo e E para
valor Errado.
Uma das diretrizes do saneamento básico é a presença de índices de indicadores
epidemiológicos.

Dentro das diretrizes do saneamento básico, destaca-se a utilização de indicadores


epidemiológicos e de desenvolvimento social no planejamento, implementação e avaliação
das suas ações de saneamento básico.
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 69 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

050. (INÉDITA/2024) Com base nos conhecimentos desenvolvidos em torno das noções de
coleta e tratamento de esgotos, analise a afirmativa a seguir e assinale C para valor Certo
e E para valor Errado.
Os tipos principais de esgotos são dois: o doméstico e o industrial.

Há três tipos de esgotos principais, sendo eles: o doméstico, o industrial e o pluvial. O


doméstico não vem exclusivamente de residências, e é composto por águas utilizadas
em banheiros, cozinhas e lavatórios de casas, comércios, indústrias e áreas públicas. O
industrial representa os resíduos advindos de processos industriais. Finalmente, o pluvial
é responsável pela coleta da água da chuva, com o objetivo de evitar seu acúmulo em vias
públicas, carregando-a até os rios, córregos e mares.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 70 de 72
DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Essenciais sobre Recursos Hídricos e Saneamento Básico
Samara Lima

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9.433/1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21
da CF/1988, altera o art. 1º da Lei n. 8.001/1990 e dá outras providências. Brasília, DF:
Congresso Nacional, 1997.

BRASIL. Lei n. 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o


Saneamento Básico e dá outras providências. Brasília, DF: Congresso Nacional, 2007.

MACHADO, P. A. Direito Ambiental brasileiro. 7. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros,
1998.

SILVA, José Afonso. Direito Ambiental Constitucional. 19. ed. São Paulo: Malheiros Editores,
2019.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

gran.com.br 71 de 72
Abra

caminhos

crie

futuros
gran.com.br

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para PRISCILA MADALENA DUARTE DA MATA - 01014866189, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar