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outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o
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CÓDIGO:
230622567277
SAMARA LIMA
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DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Ambientais Essenciais
Samara Lima
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Conceitos Ambientais Essenciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Meio Ambiente e Biodiversidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Desenvolvimento Sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Avaliação de Impacto Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4. Bacias Hidrográficas: Gestão e Manejo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5. Licenciamento Ambiental (Resolução n. 237/1997 CONAMA) . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
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Conceitos Ambientais Essenciais
Samara Lima
APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) servidor (a) público, tudo bem com você? Como está a sua preparação
para o melhor momento dos concursos públicos da história do país? Espero que ótimo!
Esta é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja, mais um passinho que te
aproxima da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta.
Nesta aula, te apresento os Conceitos Ambientais Essenciais, aqueles que são os mais
cobrados dos concursos públicos, a exemplo do Meio Ambiente, a Biodiversidade, o Estudo
de Impacto Ambiental, dentre tantos outros importantíssimos para a sua preparação! Ao
final da aula, como sempre, você encontra uma listagem de questões de concursos de
bancas diversas, para que a sua preparação seja teórica e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran, pois
a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco mais, me
contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.
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Anote que este conceito é amplo e abrange todos os trabalhadores, sejam homens,
mulheres, efetivos, estagiários, maiores ou menores de idade (no caso dos aprendizes),
empregados da iniciativa privada, servidores públicos, dentre outros.
Com base no exposto, você deve memorizar que a terminologia jurídica contemporânea
considera como meio ambiente todo e qualquer ambiente no qual os seres vivos possam
desenvolver suas práticas de sociabilidade. Sendo seres humanos ou não, todos são, em
certa medida, sujeitos ativos e participante das relações que envolvem meio ambiente.
O Ambiente, por sua vez, pode ser caracterizado como sendo tudo o que permeia um
determinado elemento. Portanto, pode-se compreendê-lo como um conjunto de interações
que rodeiam um ponto específico. Porém, memorize que esta compreensão pode se referir
tanto a elementos concretos quanto abstratos.
A palavra Ambiente é tão ampla que pode ser utilizada enquanto verbo (“Para que você
se ambiente no assunto, estou tratando-o da forma mais didática possível.”), assumindo
a função de adjetivo (“Espero que você esteja estudando em uma temperatura ambiente,
para que possa ter uma experiência agradável.”) ou ainda enquanto substantivo (“Acredito
que no funcionalismo público você terá um ótimo ambiente de trabalho.”). Para qualquer
dos exemplos, lembre-se: o ambiente é tudo aquilo que te rodeia.
Com base nisso, não esqueça que há o conceito geral de meio ambiente, que é mais
abrangente e abarca diversas matrizes teóricas, mas existe também o conceito jurídico,
que foi firmado no ordenamento pátrio através da Lei n. 6.938/1981, que dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), e também pela Constituição Federal de 1988.
Nesta perspectiva, o meio ambiente, em uma concepção mais generalista, corresponde ao
conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos que são responsáveis por inserir os seres
vivos em constantes processos de interações que atendam às premissas do desenvolvimento
das atividades que são realizadas entre esses seres vivos, sejam individualmente ou em grupo.
Desta maneira, esse meio ambiente tem suas características definidas com base em
condições temporais, geográficas, e até mesmo culturais, tendo em vista que as práticas
realizadas em grupo são responsáveis por manter ou modificar as condições pré-estabelecidas
do meio ambiente. Sendo assim, o ponto fundamental aqui é compreender que o meio
ambiente não se restringe apenas à natureza ou aos recursos naturais.
A Constituição Federal de 1988 elegeu um conceito mais amplo a respeito do meio
ambiente, reconhecendo que ele é composto pela integração e o diálogo de elementos
naturais, artificiais e socioculturais. Assim, o texto constitucional compreende como
integrantes do meio ambiente, bem jurídico tutelado pelo Estado brasileiro, tanto os
aspectos biológicos quanto físicos e sociais, sempre compreendidos a partir das relações
que exercem mutuamente entre seus elementos.
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Mas, vem cá: você sabia que este fenômeno é um objeto de estudo analisado por di-
versas áreas de conhecimento, como a biologia, a ecologia, as ciências naturais, e até
mesmo o direito?
Esses níveis, apesar de serem estudados separadamente, não podem ser analisados de
forma isolada. Cada um deles guarda o seu grau de importância para a compreensão geral
que deve ser construída em torno do conceito de biodiversidade. Todos os níveis dialogam
entre si e um é responsável por influenciar o outro. Sendo assim, caso algum dos níveis
sofra alguma alteração, significa dizer que os demais também sofrerão.
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EXEMPLO
Pense, por exemplo, nas comunidades tradicionais de pescadores existentes no Norte do
Brasil. O que seria delas se caso houvesse um desequilíbrio biológico que dizimasse todas as
espécies de peixes que elas pescam para manter suas sobrevivências e seus modos de vida
enquanto povos tradicionais?
Um dado interessante: você sabia que 90% das fontes de alimentos consumidas pelos
seres humanos são retiradas de outros seres vivos? Ou ainda, que mais da metade dos
medicamentos desenvolvidos pela farmacologia ocidental provém de plantas e espécies
silvestres presentes na flora do planeta? Agora imagine como o equilíbrio da vida humana
pode ser severamente comprometido se caso os três níveis biológicos que você estudou
passe por algum processo de desarmonia.
As comunidades biológicas são ainda responsáveis pela manutenção desse equilíbrio, pois
elas dão seguimento ao correto funcionamento dos ecossistemas, oferecendo processos
biológicos estabilizadores, como a proteção necessária para o solo e o subsolo, a filtragem
das bacias hidrográficas, o controle das espécies vegetais, dentre vários outros.
Assim, é importante lembrar que um ecossistema diz respeito a todas as manifestações
de vida presentes em um determinado ambiente, de modo que os elementos bióticos
que lá se encontra são capazes de dialogar entre si, e ainda com os demais componentes
ambientais que dão sentido e sustentação à vida que habita o lugar.
Desta maneira, a diminuição dos ecossistemas é capaz de colocar em perigo as
capacidades biológicas que fornecem as condições necessárias para a existência de grande
parte das formas de vida atuais, incluindo a humana. O ser humano, por sua vez, depende
da manutenção de diversos elementos biológicos, como o clima, a atmosfera, o solo e os
seres vivos, para que possa manter suas funções vitais e funcionais.
De tal forma, a exclusão de determinadas populações e espécies biológicas impactam
direta ou indiretamente na manutenção da vida humana, razão pela qual é importante que
os ecossistemas mantenham suas qualidades biológicas protegidas.
Todos os seres da terra, incluindo as plantas e microrganismos, contribuem para que
todas as formas de vidas sejam possíveis, de modo que a alteração de uma população
biológica pode significar mudanças no clima, no solo ou nos recursos naturais.
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2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O aumento dos domínios da tutela ambiental, combinado com a postura protetiva
que o Estado e a sociedade assumiram em torno dele, foram responsáveis por fazer surgir
uma série de novas preocupações que se debruçaram no objetivo de garantir o equilíbrio
ambiental para que as presentes e futuras gerações possam conviver em um meio ambiente
ecologicamente pacífico e salubre.
Foi a partir daí que surgiu a temática do Desenvolvimento Sustentável. Em linhas
gerais, compreenda que tal desenvolvimento está ligado à capacidade de preservação
dos recursos naturais no presente, para que as futuras gerações possam também deles
desfrutar. Neste sentido, o desenvolvimento econômico deve também caminhar junto à
busca por essa preservação, de modo que o valor econômico não se sobreponha ao ideal
de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
O Relatório de Brundtland definiu o Desenvolvimento Sustentável como sendo “o
modelo de desenvolvimento que atende às necessidades dos presentes sem comprometer
a possibilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades.”
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III – A biota;
• EIA/RIMA
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) constitui um grupo de levantamentos realizados
por profissionais de diversas áreas de atuação, que atuam em uma equipe multidisciplinar
e cujo objetivo é a realização de um prévio levantamento de dados técnicos detalhados
que autorizam (ou não) e aconselham (ou não) a viabilidade de uma determinada ação ou
empreendimento em área ambiental devidamente conservada e preservada, a exemplo de
áreas limítrofes de bacias hidrográficas, florestas, zonas costeiras e unidades de conservação.
Desta forma, a disposição da Constituição Federal de 1988, no art. 225, parágrafo 1º inciso
IV assegura o Estudo de Impacto Ambiental assentado na seguinte justificativa:
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade (...).
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Dentro dos levantamentos realizados pelo EIA, tem-se o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), que atua como uma espécie de apresentação conclusiva do levantamento que fora
desenvolvido pelo EIA, todavia, contando com uma linguagem menos técnica, mais clara e
acessível ao cidadão comum.
A necessidade de utilização de linguagem mais informal, menos técnica, se justifica
uma vez que, dada a premissa da participação popular na formulação e monitoramento das
Políticas Públicas Ambientais, tal relatório deve proporcionar maior facilidade de análise
por parte de todos os possíveis interessados, incluindo pessoas não detentoras de saberes
técnicos típicos da área ambiental.
Neste ensejo, é importante ressaltar ainda que a Lei Federal n. 6.938/1989 foi a
responsável por instituir tais exigências em sede de estudo ambiental. Isto porque, tendo
em vista que o meio ambiente é um bem de usufruto e cuidado coletivo, o RIMA atua como
um instrumento de análise mais acessível à população, uma vez que esta tem total direito
de tomar conhecimento sobre os impactos, positivos ou negativos, que são difundidos no
meio ambiente.
Desta forma, é de fundamental importância que no RIMA também haja a inclusão
de mapas, diagramas, fluxogramas, figuras e demais elementos visuais que facilitem a
compreensão de uma linguagem que, via de regra, é dotada de tecnicismos.
Por seu turno, o artigo 2º da Resolução n. 01/1986 CONAMA traz uma lista de atividades
específicas que são obrigadas à realização do EIA, todavia, trata-se de levantamento de
caráter exemplificativo, razão que enseja a interpretação para além do que fora exposto
pelo legislador.
Desta maneira, algumas das atividades elencadas pelo texto legal são: Construção
de ferrovias; de portos e terminais de minérios, petróleo e produtos químicos; oleodutos,
gasodutos, minerodutos; linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230 KW; extração
de combustíveis fósseis (xisto, carvão, petróleo); estradas de rodagens com duas ou mais
faixas de rolamento, dentre outros.
Cabe ressaltar também que o acesso aos dados resultantes do EIA é restrito, tendo em
vista que muitas vezes tratam de sigilo industrial. Em compensação, os dados do RIMA são de
natureza pública e, após conclusos, devem ser publicizados em Diário Oficial correspondente,
momento no qual é aberto o prazo de 45 dias para que seja solicitada audiência pública,
cuja solicitação pode se dar por entidade civil, grupo de 50 ou mais cidadãos interessados
ou por provocação do Ministério Público (Art. 2º da Res. n. 09/1987 do CONAMA).
É nesta etapa que são publicamente esclarecidos possíveis pontos obscuros resultantes
do relatório, ocasião onde a sociedade civil tem a possibilidade de fazer valer seu direito
de participação nos processos decisórios, elemento garantido pelo caráter cidadão da
Constituição Federal de 1988. Desta maneira, os direcionamentos das agendas institucionais
devem, daí por diante, levar em conta a opinião pública acerca da matéria.
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I – PLANO NACIONAL
II – PLANOS ESTADUAIS
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Você sabia que o Brasil conta com a atuação de uma agência reguladora específica para
fiscalizar o uso das águas nacionais? Pois é, a Agência Nacional das Águas (ANA) é um
órgão indispensável e estratégico na atividade de gestão dos recursos hídricos. A ANA é a
instituição responsável pela elaboração dos planos, que depois os submete à aprovação
dos respectivos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Desta forma, os Comitê de Bacias Hidrográficas são órgãos colegiados instituídos pelo
Poder Público, por determinação da PNRH, que atuam como parte do Sistema Estadual
dos Recursos Hídricos, e contam com atribuições atinentes ao gerenciamento do uso e da
conservação dos corpos hídricos. Assim, esses grupos são conhecidos como Parlamentos
das Águas, tendo em vista que suas atribuições são deliberativas, contando com poderes
decisórios sobre as questões que permeiam a PNRH.
De tal forma, os planos diretores de recursos hídricos devem contar com horizontes
de planejamentos compatíveis com os períodos de implantação dos projetos aos quais
se referem. As ações por eles determinadas devem ser periodicamente avaliadas e, se
necessário, alteradas, visando a correta adequação do plano à realidade observada.
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Prosseguindo com a aprovação, cabe aos órgãos gestores dos recursos hídricos os
processos de fiscalização, monitoramento e controle dos corpos de águas enquadrados.
Assim, bienalmente, o respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica deve receber um relatório
no qual conste a situação encontrada em cada corpo de água. Desta forma, os corpos de
água que não alcançam as metas estabelecidas devem ser indicados pelos Conselhos, que
procederão com as intervenções necessárias.
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Os elementos que são quantificáveis na cobrança pelo uso da água são normalmente os
serviços de tratamento e de captação da mesma. Ou seja, o usuário paga às concessionárias
pelo serviço de tratar e captar a água, e não pela água em si.
Conforme determinação legal, o ato de cobrar pelo uso da água é prerrogativa necessária
para a utilização dela, de tal maneira que, em se tratando dos recursos hídricos, todos os
usos passíveis de outorga são também passíveis de cobranças.
Nesta perspectiva, compreenda que o objetivo principal da cobrança pelo uso da água
é a busca pela utilização racional da água, bem como a diminuição da poluição dos recursos
hídricos. Isto porque, em primeiro plano, as concessionárias dos serviços hídricos exercem
um papel fundamental no tratamento da água.
Ademais, imagine os problemas que poderiam existir caso não houvesse a cobrança
pela utilização da água. Isso, sem dúvida, geraria a degradação do recurso de forma muito
mais rápida do que a que você já vê diariamente nos noticiários. Assim, conferir à água um
valor econômico representa, sobretudo, uma estratégia de racionamento.
V – COMPENSAÇÃO A MUNICÍPIOS
O quinto instrumento previsto pela PNRH previa o repasse financeiro a municípios que
abrigassem reservatórios de usinas hidrelétricas pelo uso dos recursos hídricos. Todavia,
esse instrumento foi vetado da PNRH.
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Por fim, o art. 1º inc. IV determina ainda, o conceito de Impacto Ambiental Regional,
apresentado como todo e qualquer impacto ambiental capaz de afetar diretamente (área
de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.
Mais adiante, a Resolução n. 327/1997/CONAMA traz ainda um rol exemplificativo
dos empreendimentos e atividades profissionais que estão sujeitos à autorização de
funcionamento, por meio do Licenciamento Ambiental.
Analisemos, portanto, a referida disposição no quadro abaixo:
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EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DE MINERAIS: pesquisa mineral com guia de utilização; lavra a céu aberto,
inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem beneficiamento; lavra
garimpeira; perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural.
INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS: beneficiamento de minerais não metálicos, não
associados à extração; fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção
de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.
INDÚSTRIA METALÚRGICA: fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; produção de fundidos de ferro e
aço/forjados/arames/relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; metalurgia
dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; produção de laminados /
ligas/artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia;
relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas; produção de soldas e anodos; metalurgia de metais
preciosos; metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; fabricação de estruturas metálicas com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; fabricação de artefatos de ferro/aço e de metais não-
ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; têmpera e cementação de aço,
recozimento de arames, tratamento de superfície.
INDÚSTRIA MECÂNICA: fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico e/ou de superfície.
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OBRAS CIVIS: rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; barragens e diques; canais para drenagem;
retificação de curso de água; abertura de barras, embocaduras e canais; transposição de bacias hidrográficas;
outras obras de arte.
TRANSPORTES, TERMINAIS E DEPÓSITOS: transporte de cargas perigosas; transporte por dutos; marinas,
portos e aeroportos; terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos; depósitos de produtos
químicos e produtos perigosos.
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• LICENÇAS
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• COMPETÊNCIAS
De início, ressalte-se que a Resolução n. 327/1997/CONAMA, em seu art. 4º, estabeleceu a
competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) como o órgão responsável por conceder o Licenciamento Ambiental necessário
para a execução de atividades e empreendimentos considerados potenciais ou efetivamente
nocivas para o equilíbrio do meio ambiente.
Todavia, as atribuições e competências do IBAMA foram complementadas e acrescidas,
quatorze anos depois, pelo art. 7º da Lei Complementar n. 140/2011.
Assim, a promulgação da referida lei significou a repartição de competências comuns entre
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a fixação de normas e estabelecimento de
cooperações entre eles, no intuito de desenvolver o processo de Licenciamento Ambiental
de modo descentralizado, tornando-o mais célere, menos burocrático e diminuindo o
dispêndio financeiro, além de conferir-lhe maior agilidade.
Em conformidade com o art. 9º da Lei Complementar n. 140/2011, houve a transferência
de competência para os Municípios no que tange o licenciamento de atividades e
empreendimentos que causem ou possam vir a causar impacto ambiental no âmbito local,
bem como em localidades definidas como unidade de conservação instituída pelo Município,
à exceção das Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) e daquelas delegadas pelo Estado por
meio de convênio ou instrumento legal habilitador.
Com isto, a competência dos Estados e Distrito Federal no âmbito do Licenciamento
Ambiental é caracterizada como licenciatória residual, qual seja, aquela que não cabe nas
habilidades e competências dos Municípios, todavia, não condizem com as competências
da União, restando os órgãos ambientais ligados aos Estados e Distrito Federal para gerir
as demandas, não por acaso, residuais. Para além disto, reporte-se ainda ao o art. 8º da
Lei Complementar n. 140/2011, pois ele traz o rol completo de ações de competências dos
Estados em sede de Licenciamento Ambiental.
Ademais, em caso de inexistência de órgão ambiental capacitado ou de Conselho
Municipal de Meio Ambiente, aos Estados caberá ainda a incumbência de desempenhar as
ações administrativas municipais, até que sejam criados os órgãos ou Conselhos específicos
anteriormente citados.
Por conseguinte, na ausência de órgãos e Conselhos do Meio Ambiente no âmbito
estadual, cabe à União desempenhar as ações administrativa supra referenciadas, até a
criação dos referidos órgãos na competência dos entes federados citados.
Para além, é fundamental a compreensão acerca do fato de, inicialmente, a Constituição
Federal de 1988 inseriu o Licenciamento Ambiental dentre as competências comuns de
todos os entes federados.
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Assim, conforme dispõe em seu art. 23, inc. 6º e 7º, “É de competência comum da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (...) VI: Proteger o Meio Ambiente
e combater a poluição em qualquer de suas formas. VII: Preservar as florestas, a fauna e a
flora.”, o que reflete, portanto, que a preocupação quanto à proteção do meio ambiente e à
repartição das competências a ele relacionadas foi uma inclinação do próprio constituinte,
incorporada pelos documentos legais posteriores e decisiva para traçar as normativas
ambientais que surgiriam.
• ETAPAS
O Licenciamento Ambiental, conforme você já viu nas seções anteriores, é um
procedimento de natureza administrativa, cujo objetivo principal é avaliar os potenciais
efeitos danosos ao meio ambiente advindos de ações ou empreendimentos utilizadores
de recursos ambientais.
Para viabilizá-los, conforme dispõe a Resolução n. 327/1997/CONAMA, os órgãos e
instâncias competentes devem realizar uma série de estudos específicos, conceder licenças
e obedecer às etapas que serão listadas a seguir.
Neste sentido, o Licenciamento Ambiental deve, de início, contar com a definição, pelo
órgão ambiental competente, dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários
ao início do processo de licenciamento, correspondendo à licença (LP, LI ou LO) requerida
e com a participação do empreendedor interessado (art. 10, inc. I).
Posteriormente, conforme recomenda o inc. II, deve-se dar publicidade aos atos e
documentos requeridos e análise da proposta (inc. III), por parte do órgão competente, do
integrante do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), bem como da realização de
vistoria técnica, quando observada a necessidade.
Mais adiante, solicita-se esclarecimentos e complementações pelo órgão competente
(inc. IV) e integrantes do SISNAMA, conforme haja necessidade de complementação ou de
esclarecimentos, a fim de reaver possíveis obscuridades encontradas nas fases anteriores.
Em seguida, o inc. V prevê a necessidade de realização de audiência pública, quando
couber, a fim de discutir a matéria passível de licenciamento. Aqui cabe ressaltar o caráter
da participação popular trazido pela identidade cidadã da Carta Constitucional de 1988,
bem como evidenciar a importância da oitiva da população nos processos relacionados
ao meio ambiente, posto que se trata do principal bem coletivo juridicamente protegido.
Posterior a este ato, abre-se a solicitação de esclarecimentos e complementações
advindas das discussões resultantes da audiência pública, bem como posteriores alterações,
quando couberem (inc. VI).
Ademais, solicita-se a emissão de parecer técnico conclusivo e jurídico, caso necessário
(inc. VII), seguido de deferimento ou indeferimento do pedido de licença, publicizando o
ato (inc. VIII). Além disto, vale salientar que os parágrafos 1º e 2º do mesmo artigo também
trazem diretrizes essenciais relacionadas às etapas do Licenciamento Ambiental.
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Vejamos:
Finalizando, vale destacar ainda a previsão expressa que trata o art. 11, relacionada
à obrigatoriedade de contratação de uma equipe de profissionais especializados para o
desenvolvimento dos estudos necessários ao processo de licenciamento ambiental, ficando
os custos relacionados a essas contratações totalmente às custas do empreendedor.
De tal maneira, cabe ainda ressaltar que, conforme disposição contida no artigo 12,
os profissionais e o responsável pelo projeto são encarregados por atestar a veracidade
das informações apresentadas, podendo, inclusive, serem responsabilizados nos âmbitos
administrativo, penal e civil, em casos de incidentes relacionados à falta de cautela ou da
devida segurança na execução do projeto licenciado.
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RESUMO
O Direito Ambiental é o ramo jurídico que trata do Meio Ambiente sob a perspectiva
de que ele é um bem tutelado pelo Estado e que a garantia de seu equilíbrio ecológico é
uma prerrogativa constitucional.
O Meio Ambiente é um elemento definido pela Lei n. 6.968/1981 como sendo “o conjunto
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas.”
O Meio Ambiente Natural é um conceito mais ligado à natureza e aos recursos naturais,
podendo ser definido como a porção física, ecológica e biológica que congrega todas as
formas de vida.
O Meio Ambiente Artificial configura o conjunto de edificações e construções públicas
ou privadas que, dentro das cidades e em conjunto com o Meio Ambiente Natural, abriga as
formas de vida. Também conhecido como Meio Ambiente Construído ou Meio Ambiente Urbano.
O Meio Ambiente Cultural apresenta o agrupamento do patrimônio cultural material e
imaterial que auxilia no processo de construção das características identitárias dos grupos
sociais das mais variadas vertentes.
O Meio Ambiente do Trabalho é o local onde os indivíduos exercem suas atividades
laborais e deve oferecer a eles as condições necessárias para que ele possa desenvolver
seu trabalho de forma salubre e que não comprometa negativamente os demais setores
de suas vidas.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um levantamento realizado por profissionais
de diversas áreas de atuação, que atuam em uma equipe multidisciplinar e cujo objetivo é
a realização de um prévio levantamento de dados técnicos detalhados que autorizam (ou
não) e aconselham (ou não) a viabilidade de uma determinada ação ou empreendimento
em área ambiental conservada e preservada.
Dentro dos levantamentos realizados pelo EIA, tem-se o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), que atua como uma espécie de apresentação conclusiva do levantamento que fora
desenvolvido pelo EIA, todavia, contando com uma linguagem menos técnica, mais clara e
acessível ao cidadão comum. Seus dados devem ser publicizados para que toda a sociedade
tenha acesso.
O Licenciamento Ambiental é um instrumento de prevenção e fiscalização ambiental,
determinado pela Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Tem caráter administrativo,
gerido pelo órgão ambiental competente, e seu objetivo é a concessão de licença para a
localização, instalação, ampliação ou operacionalização de empreendimentos ou atividades
que representem algum possível dano ambiental.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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015. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018) Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
A sociedade pode acionar o sistema de proteção do meio ambiente e da cultura por meio
de provocação ao Ministério Público e, também, mediante ação popular que vise anular ato
lesivo ao patrimônio público.
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043. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018). Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizam seus respectivos sistemas de
cultura a partir das determinações constantes da Constituição Federal de 1988, sendo
vedada a criação de leis próprias sobre o assunto por cada um desses entes.
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GABARITO
1. C 35. C
2. d 36. E
3. E 37. C
4. C 38. b
5. c 39. d
6. b 40. C
7. a 41. c
8. C 42. c
9. C 43. E
10. E 44. d
11. C 45. E
12. E 46. c
13. a 47. b
14. c 48. d
15. C 49. b
16. C 50. c
17. E
18. C
19. d
20. E
21. c
22. E
23. d
24. b
25. E
26. b
27. E
28. c
29. c
30. E
31. c
32. C
33. C
34. E
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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3º TURMA/2º
PROVA/2020) Segundo disposição constitucional, cabe ao poder público e à coletividade,
enquanto titular do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o dever de
defender e preservar o meio ambiente.
Tendo em vista que o texto constitucional delimita a atuação conjunta do poder público
e da sociedade enquanto responsáveis pela defesa e preservação do meio ambiente, para
que as presentes e futuras gerações disponham do equilíbrio ecológico necessário para o
desenvolvimento da vida em sociedade.
Certo.
A resposta da questão pode ser solucionada com base na interpretação do artigo 225 da
Constituição Federal de 1988, que assim dispõe: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.”
Assim, para chegar à resposta correta, você precisa dividir a interpretação do artigo por
partes: primeiro, o fato de o meio ambiente ser um “bem de uso comum do povo” rapidamente
subentende seu caráter “comum, geral e difuso.” Por sua vez, o viés indivisível do meio
ambiente se dá tendo em vista que, caso fosse dividido, perderia parte de seu valor e de sua
unicidade. Memorize, portanto, que um bem indivisível é aquele que não pode ser fracionado,
sob pena de perda ou alteração do valor de sua substância (Vide artigo 87 do Código Civil).
Já a indisponibilidade do meio ambiente se materializa em virtude do seu caráter de direito
humano fundamental, tendo em vista ser “essencial à sadia qualidade de vida” sendo,
portanto, fundamental para a composição do mínimo existencial. Assim, perceba, se é
essencial, é fundamental, se é fundamental, é indisponível, ou seja, não se pode abrir mão ou
negociar. Por fim, por se tratar de um bem público, comum e indisponível, sua característica
impenhorável encerra a interpretação e responde corretamente à exigência do enunciado.
Letra d.
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A alternativa está certa, e para solucioná-la, você não pode esquecer a relevância constitucional
dada à matéria do meio ambiente. Ainda segundo o artigo 5º LXXIII da CF/88, “qualquer
cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.”
Certo.
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Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-
la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas
e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial,
a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico,
bem como evitada a poluição do ar e das águas.
Letra c.
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visão biocêntrica na qual defende a existência valorativa das demais formas de vida para
além da humana e, para tanto, cita elementos como a flora, a fauna e os recursos naturais.
b) Certa. Questão de memorização da letra da lei. Conforme dispõe o artigo 225 da CF/88,
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (...) impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”
c) Errada. Inexiste previsão legislativa que exija lei restritiva para a criação de espaços
territoriais ambientalmente protegidos. Todavia, há casos de supressão ou alteração de
tais espaços, conforme disposição legal trazida pelo inciso III do artigo 225 da CF/88, que
assim determina:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
(...)
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção;
(...)
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a) Certa. Compreensão corretíssima que se pode extrair do artigo 225 da CF/88 e demais
dispositivos pertinentes à temática do meio ambiente. Com base na interpretação da
previsão ambiental da CF/88, é possível chegar a tal conclusão.
b) Errada. Não existe condição que permita que o princípio da livre iniciativa impeça a
fiscalização do poder público em qualquer contexto, muito menos em se tratando de
matéria ambiental. Ademais, dispõe o inciso II do parágrafo 1º do artigo 225 CF/88 que as
incumbências do poder público alcançam a atividade de “II - preservar a diversidade e a
integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa
e manipulação de material genético (...)”.
c) Errada. Alternativa que contradiz o inciso IV do artigo 225, parágrafo 1º da CF/88, que
assim dispõe: § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: (...)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará publicidade; (...).”
d) Errada. Mais uma alternativa que contradiz o parágrafo 1º do artigo 225 da CF/88, desta
vez se relacionando ao inciso III, que assim dispõe:
(...) definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção (...).
e) Errada. Municípios não são dotados de competência concorrente. Neste caso, a competência
é comum para com os demais entes federados. Posto isto, atente ao disposto no artigo 23 da
CF/88: “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (...).”
Letra a.
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CF/88. Art. 170, caput: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observando os seguintes princípios:
(...)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Certo.
Segundo o artigo 3º da Lei n. 12.187/2009, que estabelece a Política Nacional sobre Mudança
do Clima (PNMC), os princípios norteadores de sua atividade são: da precaução, da prevenção,
da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e das responsabilidades comuns.
Certo.
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A Constituição Federal de 1988 não apresenta todos os bens que compõem o patrimônio
cultural brasileiro. Neste âmbito, o rol trazido pelo artigo 216 tem o caráter meramente
exemplificativo, podendo haver outros bens culturais que não estão constitucionalmente
especificados. Desta maneira, veja abaixo o referido artigo:
Art. 216 - Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação,
e de outras formas de acautelamento e preservação.
Errado.
De acordo com a Lei n. 6.938/1981, em seu artigo 4º parágrafo 1º, um dos objetivos da
Política Nacional do Meio Ambiente é:
Certo.
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De acordo com o inciso I do parágrafo 3º da Lei n. 6.938/1981, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA), entende-se por Meio Ambiente o “conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas. (...).” Note que, ao descrever o meio ambiente, não há
menção à palavra “equipamento”.
Errado.
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a) Errada. O Meio Ambiente Cultural é integrado pelo patrimônio cultural material e imaterial,
conforme você já viu nos tópicos anteriores.
b) Errada. O Meio Ambiente é um bem público devidamente classificado pela CF/88 e o seu
uso é admitido em casos que sejam onerosos ou imponham a necessidade de contraprestação
pecuniária, ponto que se sustenta com base no princípio do Usuário Pagador, que você
aprenderá na aula sobre os Princípios do Direito Ambiental.
c) Certa. Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio
ambiente, nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos
do Sistema Único de Saúde, conforme previsão do artigo 200 da CF/88, que assim dispõe:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
(...)
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
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015. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018) Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
A sociedade pode acionar o sistema de proteção do meio ambiente e da cultura por meio
de provocação ao Ministério Público e, também, mediante ação popular que vise anular ato
lesivo ao patrimônio público.
Para solucionar, mais uma vez, você deve recorrer à clássica “decoreba” da letra de lei. A
memorização de alguns conceitos jurídicos considerados chaves são fundamentais para
que você consiga responder a este tipo de questão puramente legislativa.
Desta maneira, atente à previsão legal contida no artigo 5º inciso LXXIII da CF/88 e só com
isso dá pra “matar” a questão. Veja:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
(...)
Certo.
Para memorizar, veja o que dispõe o artigo 225 da CF/88 a respeito dos estudos de impacto
ambiental:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
(...)
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
(...)
Certo.
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Ao contrário do que ela sugere, diversos são os instrumentos legais que apontam para a
necessidade de publicização dos atos e informações responsáveis por guiar o Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Veja alguns abaixo:
Constituição Federal, artigo 215, parágrafo 1º, inciso IV:
Errado.
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Certo.
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O EIA/RIMA não vincula ou obriga a decisão a ser tomada pelo órgão ambiental. A realização
do referido estudo serve para indicar quais são as possibilidades de danos graves ao meio
ambiente. Após a identificação dessas incorrências, a administração pública deve exigir o
cumprimento de medidas exequíveis para impossibilitar a realização de danos ambientais
potencialmente causados. Como exemplo, lembre-se do caso da instalação da Usina de
Belo Monte.
Errado.
Letra c.
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Errado.
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A Licença Prévia é a licença que aprova a localização do projeto a ser desenvolvido, e ainda
certifica a viabilidade ambiental do mesmo. Por esta razão, em se tratando de uma licença
preliminar à efetiva realização do projeto, é expedida na fase preliminar do planejamento
da atividade.
Letra b.
Veja o que dispõe o artigo 225 da CF/88 acerca da responsabilização dos infratores ambientais:
Errado.
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Letra b.
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Art. 17 - Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA:
I – Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para registro
obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas
ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos
destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
II – Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades
potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos
potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna
e flora.
Errado.
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a) O estudo de impacto ambiental exigido por órgão ambiental competente pode ser objeto
de reforma judicial.
b) Entre as atribuições do Conselho Nacional do Meio Ambiente, integrante do Sistema
Nacional de Meio Ambiente, inclui-se o desenvolvimento de projetos para o uso racional e
sustentável de recursos naturais e para melhorar a qualidade de vida da população.
c) Comparado à avaliação de impacto ambiental, o estudo de impacto ambiental tem
abrangência restrita.
d) O estudo de impacto ambiental tem natureza jurídica de ato administrativo ambiental.
e) A autorização para o funcionamento de atividade potencialmente degradadora do ambiente
independe da localização do empreendimento ou de estudos preliminares de uso do solo.
Ainda que a atividade a ser desenvolvida pelo empreendimento esteja listada no rol apresentado
no artigo 2º da Resolução 01/1986 do CONAMA, a administração deve analisar o caso concreto
para, assim, determinar se há ou não a possibilidade de dispensa do EIA/RIMA.
Certo.
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Com base no conteúdo que estudamos ao longo desta unidade, lembramos que a Resolução
n. 001/1986 do CONAMA determina as diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
que devem ser seguidas pelo empreendedor do projeto a ser executado. Dentre as quais, o
art. 6º inc. I determina que: “O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as
seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem,
de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto.”
Desta forma, percebemos que a questão trata puramente de memorização do texto legal.
Certo.
Para solucionar esta questão, deve-se memorizar ao menos as grandes áreas que abrangem
os empreendimentos sujeitos ao Licenciamento Ambiental. Assim, a Resolução n. 237/1997
do CONAMA, em seu Anexo 1, determina que a Indústria de Papel e Celulose (fabricação
de celulose e pasta mecânica; fabricação de papel e papelão e fabricação de artefatos de
papel) não estão dispensadas do Licenciamento Ambiental.
Errado.
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Conforme já vimos no nosso estudo, o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) constitui uma
síntese detalhada dos levantamentos obtidos por meio do Estudo de Impacto Ambiental
(EIA), desenvolvida com linguagem simplificada para facilitar a compreensão de qualquer
terceiro interessado no assunto.
De acordo com o que determina a Resolução n. 01/1986 do CONAMA, em seu artigo 6º, o EIA
deve envolver, dentre outras atividades, o diagnóstico ambiental da área influenciada pelo
projeto, caracterizando a situação ambiental da localidade antes da implantação do projeto,
considerando o meio físico (subsolo, solo, águas, recursos minerais, dentre outros), o meio
biológico e os ecossistemas naturais (flora e fauna, áreas de preservação permanente (APP),
dentre outros) e o meio socioeconômico (uso e ocupação do solo, das águas, as relações de
dependência entre as comunidades locais e os recursos naturais, dentre outros elementos).
Certo.
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Por se tratar de uma questão mais complexa, vamos começar a resolução por itens.
a) Errada. A alternativa A está errada no que se refere aos prazos elencados, razão pela qual
ressalta-se a necessidade de memorizar as questões numéricas trazidas pela Resolução
n. 237/1997-CONAMA. Desta maneira, o primeiro prazo trazido pelo enunciado é de no
máximo 06 (seis) meses, ao passo que o segundo é de até 12 (doze) meses.
b) Errada. O prazo de validade da Licença Prévia (LP) é de até 5 (cinco) anos.
c) Errada. Uma vez que o prazo de validade da Licença de Operação (LO) é de no mínimo 4
(quatro) e no máximo 10 (dez) anos.
d) Certa. Em conformidade com o art. 19 da Resolução n. 237/1997-CONAMA, o órgão
ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e
as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando
ocorrer, segundo o parágrafo 1º, violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou
normas legais.
e) Errada. A Licença de Instalação (LI) é o documento que autoriza a devida instalação do
empreendimento ou da atividade a ser licenciada, de acordo com as especificações constantes
dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
demais condicionantes presentes na Licença Prévia (LP). Diante destas explicações, perceba
a importância da memorização dos prazos trazidos pela legislação ambiental vigente, para
não correr o risco de errar as questões por tão pouco!
Letra d.
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A resposta está correta e, para solucioná-la, você deve lembrar que toda análise a respeito
do meio ambiente vai te levar necessariamente a uma construção teórica baseada em algo
natural ou paisagístico. Sendo assim, o cemitério, por mais que tenha sido construído, faz
parte do meio ambiente, e todas as suas definições (natural, artificial, cultural e do trabalho)
serão amplamente trabalhadas ao longo deste material. Por esta razão, entenda: por mais
que o cemitério seja algo artificial, e ainda que você não o considere uma paisagem bonita,
ele é sim considerado como parte do meio ambiente!
Certo.
O Direito ao Meio Ambiente é um direito de interesse difuso. Para chegar a essa compreensão,
você deve memorizar o conceito de Direito Difuso. Diferentemente do Direito Coletivo, no
qual os sujeitos detentores são passíveis de determinação, tendo em vista que são direitos
direcionados a grupos e categorias estritas (lembra do Direito do Trabalho? Então...), os
Direitos Difusos são mais abrangentes. Esta abrangência se dá em virtude de seus titulares
serem considerados indeterminados ou indetermináveis, sendo assim definidos como
direitos transindividuais. Desta maneira, o Direito ao Meio Ambiente é considerado um
direito difuso, tendo em vista a amplitude e a indeterminação de seus sujeitos passíveis.
Tudo bem que qualquer pessoa é considerada detentora do direito ao meio ambiente
equilibrado, mas você deve entender que é justamente nesse “qualquer pessoa” que mora
a indeterminação do sujeito do direito em comento.
Letra c.
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Esta é uma típica questão daquelas que nos mostram a necessidade de fazer aquela decoreba
da letra da lei, sabe? Para solucioná-la, apenas memorizando o texto constitucional você
seguramente acerta!
O caput artigo 225 da CF/88, que você acabou de estudar nas linhas anteriores, te dá a
resposta literal da questão. Assim diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”
Letra c.
043. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018). Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizam seus respectivos sistemas de
cultura a partir das determinações constantes da Constituição Federal de 1988, sendo
vedada a criação de leis próprias sobre o assunto por cada um desses entes.
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Errado.
Mais uma questão que demonstra a necessidade de memorização dos dispositivos legais. A
alternativa correta apresenta exatamente a sequência literal do artigo 216 da CF/88. Veja:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: (...)
II – os modos de criar, fazer e viver; (...)
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Letra d.
De início, lembre-se que não existe supremacia entre normas constitucionais. Assim, nos
casos em que há o aparente conflito entre direitos constitucionalmente previstos, deverá
o intérprete optar pela ponderação de interesses e pela análise do caso concreto para,
assim, identificar a convergência dos princípios constitucionais e determinar qual deles
deve ser viabilizado no caso concreto.
Assim, tanto a preservação do patrimônio cultural quanto o equilíbrio social são
consideradas normas constitucionalmente previstas, elencadas no âmbito dos direitos
e garantias individuais. Neste caso, quando há a ocorrência de duas normas em conflito,
memorize que a obrigatoriedade é sempre pela harmonização das mesmas, ou seja, deve-
se optar pela interpretação que melhor favoreça o elemento de maior valor social, daí
surgindo a ideia de harmonização.
Errado.
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Questão muito bem elaborada pela banca, mas você tem que atentar para não cair nas
pegadinhas. Primeiro, é meio que óbvio falar em “tutela jurídica da fauna” e julgar cabível
a submissão dos animais a tratamentos cruéis. Com base nisto, você já elimina a primeira
alternativa. Em seguida, mais uma vez é imprescindível a “decoreba” da letra da lei contida
no artigo 225 da CF/88, especialmente o inciso VII. Relembre:
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(...)
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
Além disto, outro ponto que não pode deixar de ser levado em consideração é a Emenda
Constitucional n. 96/2017, que incluiu o parágrafo 7º na redação do artigo 225, que assim
dispôs:
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 96, de 2017)
Sendo assim, um exemplo perfeito para que você memorize e não erre questões deste tipo,
é a questão das vaquejadas e rodeios, tão típicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste do
país, respectivamente. A prática desportiva que envolve animais, portanto, é legal, desde
que devidamente regulamentadas por lei específica e que não conduza os animais envolvidos
a tratamentos cruéis, assegurando assim o bem-estar deles.
Letra b.
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A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é disposta pela Lei n. 6.938/1981, e tem por
objetivo, conforme aponta o seu artigo 2º, a preservação, a melhoria e a recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições favoráveis para
o desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendendo uma série de princípios que são dispostos entre os
incisos I a X.
Letra b.
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Questão puramente decoreba da letra da lei, e existe um macete bem bacana que vou
deixar aqui para que você nunca mais esqueça. Mas antes, vamos ao que dispõe o artigo
225 da CF/88:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
(...)
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.
Agora que você já viu a disposição constitucional sobre a matéria, vamos ao macete: O
patrimônio nacional é resumido em “FAMA SeM PaZ”. Floresta Amazônica brasileira, MAta
Atlântica, SErra do Mar, PAntanal Mato-Grossense e Zona Costeira.
Letra c.
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REFERÊNCIAS
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Convenção sobre a Biodiversidade. Paris, 1992.
SILVA, José Afonso. Direito Ambiental Constitucional. Ed. 19, Malheiros Editores, São
Paulo, 2019.
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