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DIREITO AMBIENTAL

Conceitos Ambientais Essenciais

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230622567277

SAMARA LIMA

Professora de cursinhos para concurso. Bacharela em Direito, especialista em


Gestão Pública, mestra em Políticas Públicas pela UFRN e doutoranda em Direito
Econômico pela UFPB. Professora e pesquisadora em tempo integral.

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DIREITO AMBIENTAL
Conceitos Ambientais Essenciais
Samara Lima

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Conceitos Ambientais Essenciais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Meio Ambiente e Biodiversidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Desenvolvimento Sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Avaliação de Impacto Ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4. Bacias Hidrográficas: Gestão e Manejo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5. Licenciamento Ambiental (Resolução n. 237/1997 CONAMA) . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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APRESENTAÇÃO
Olá, futuro (a) servidor (a) público, tudo bem com você? Como está a sua preparação
para o melhor momento dos concursos públicos da história do país? Espero que ótimo!
Esta é uma aula do seu curso de Direito Ambiental, ou seja, mais um passinho que te
aproxima da sua tão aguardada nomeação! Esta é a nossa meta.
Nesta aula, te apresento os Conceitos Ambientais Essenciais, aqueles que são os mais
cobrados dos concursos públicos, a exemplo do Meio Ambiente, a Biodiversidade, o Estudo
de Impacto Ambiental, dentre tantos outros importantíssimos para a sua preparação! Ao
final da aula, como sempre, você encontra uma listagem de questões de concursos de
bancas diversas, para que a sua preparação seja teórica e prática!
Espero que você tenha um excelente rendimento na aula e que a sua aprovação esteja
cada vez mais próxima. Muito obrigada por seguir estudando comigo e com o Gran, pois
a sua aprovação é a nossa maior motivação! Para nos aproximarmos um pouco mais, me
contate em @samarataiana.
Um abraço e até a posse.

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CONCEITOS AMBIENTAIS ESSENCIAIS

1. MEIO AMBIENTE E BIODIVERSIDADE


O Direito Ambiental é um ramo do conhecimento jurídico cuja construção se deu conforme
a evolução das relações sociais foi se observando. Neste sentido, é possível afirmar que os
principais elementos que contribuíram para o desenvolvimento da referida matéria foram
a expansão industrial e o aumento populacional nas grandes cidades.
Não por acaso, por se tratar de um tema de relevância social e econômica, tal construção
ainda se estende até os dias de hoje, por meio das evoluções legislativas e doutrinárias
constantemente observadas.
O ponto inicial da sua análise sobre o Direito Ambiental deve versar sobre a construção
do conceito de Meio Ambiente. Mas lembre-se: uma coisa é trabalhar este conceito na
biologia, na ecologia, ou em qualquer área das Ciências Naturais. Outra coisa é analisa-lo
sob um viés jurídico.
A literatura dos mais variados ramos do conhecimento trata da questão ambiental de
forma bastante específica e multidisciplinar. Sendo assim, é interessante você mentalizar
que, a depender do concurso e do cargo que você for concorrer, será necessário sim construir
uma compreensão mais abrangente a respeito do tema ambiental.
Com base na pluralidade de reflexões que a temática ambiental pode despertar, você já
deve ter entendido que a utilização do termo “natureza”, no sentido paisagístico, quando
utilizado para designar alguma questão natural, representa necessariamente algo relacionado
ao meio ambiente. Natureza faz você pensar, portanto, em uma paisagem bonita, seja
natural ou construída, em um rio, uma floresta bem preservada, ou algo do tipo.
Então, diante disto, perceba: a palavra “natureza” sempre diz respeito ao meio ambiente,
e a sua análise separada desta junção te leva a um entendimento bastante deficiente
e comprometido, tendo em vista que tudo o que é natural ou paisagístico, por sua vez,
intuitivamente deve te remeter a alguma coisa relacionada ao meio ambiente.
Já o Meio Ambiente é um conceito, ao mesmo tempo, muito amplo e muito restrito. Sua
amplidão se dá do ponto de vista de que tudo o que você vê é considerado meio ambiente
ou parte dele. Já a sua restrição se observa tendo em vista a própria compreensão do termo
Ambiente, que você verá nas próximas linhas. Assim sendo, o Meio Ambiente é dividido em:
Natural, Artificial, Cultural e do Trabalho.
O Meio Ambiente Natural é assim definido tendo em vista que corresponde aos elementos
ligados à natureza, como a flora, a fauna, os rios e mares, o ar, o solo, os biomas, ou seja,
os meios físicos, químicos e biológicos que integram o ambiente.

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Segundo o artigo 3º inciso I da Lei n. 6.938/1981, que institui a Política Nacional do


Meio Ambiente (PNMA), a conceituação a respeito do meio ambiente pode ser definida
como “um conjunto de condições, leis, influências e integrações de ordem física, química e
biológica, que permite, obriga e rege a vida em todas as suas formas”.
O Meio Ambiente Artificial corresponde à concretização do espaço urbano mediante
a construção de edificações, caracterizadas como enquanto espaços urbanos fechados,
equipamentos públicos ou espaços urbanos abertos, a exemplo de praças, ruas, avenidas,
logradouros e afins. É o que também pode ser chamado de Meio Ambiente Construído.
O Meio Ambiente Cultural é, em síntese, a formação da identidade de uma sociedade.
É ele o elemento responsável por não permitir que as histórias e costumes desapareçam e
sejam preservados para as futuras gerações, para que elas conheçam um pouco mais sobre
o passado de sua cultura, sua região, seu povo.
Desta maneira, esse meio ambiente é constituído pelos patrimônios culturais de um
determinado grupo social, e a sua preservação é necessária para que as próximas gerações
possam conhecer um pouco mais sobre a sua própria história. Desta maneira, veja abaixo
a disposição constitucional do artigo 216 a respeito do patrimônio cultural:
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação,
e de outras formas de acautelamento e preservação.
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental
e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
(...)

Finalmente, o Meio Ambiente do Trabalho corresponde ao espaço ligado ao cotidiano


do ser humano trabalhador de modo direto e imediato. Sendo assim, se caracteriza como
sendo o local onde as pessoas exercem suas atividades laborais, remuneradas ou não, e
deve oferecer condições de salubridade e equilíbrio para que as saúdes física e psíquica
dos trabalhadores sejam preservadas.

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Anote que este conceito é amplo e abrange todos os trabalhadores, sejam homens,
mulheres, efetivos, estagiários, maiores ou menores de idade (no caso dos aprendizes),
empregados da iniciativa privada, servidores públicos, dentre outros.
Com base no exposto, você deve memorizar que a terminologia jurídica contemporânea
considera como meio ambiente todo e qualquer ambiente no qual os seres vivos possam
desenvolver suas práticas de sociabilidade. Sendo seres humanos ou não, todos são, em
certa medida, sujeitos ativos e participante das relações que envolvem meio ambiente.
O Ambiente, por sua vez, pode ser caracterizado como sendo tudo o que permeia um
determinado elemento. Portanto, pode-se compreendê-lo como um conjunto de interações
que rodeiam um ponto específico. Porém, memorize que esta compreensão pode se referir
tanto a elementos concretos quanto abstratos.
A palavra Ambiente é tão ampla que pode ser utilizada enquanto verbo (“Para que você
se ambiente no assunto, estou tratando-o da forma mais didática possível.”), assumindo
a função de adjetivo (“Espero que você esteja estudando em uma temperatura ambiente,
para que possa ter uma experiência agradável.”) ou ainda enquanto substantivo (“Acredito
que no funcionalismo público você terá um ótimo ambiente de trabalho.”). Para qualquer
dos exemplos, lembre-se: o ambiente é tudo aquilo que te rodeia.
Com base nisso, não esqueça que há o conceito geral de meio ambiente, que é mais
abrangente e abarca diversas matrizes teóricas, mas existe também o conceito jurídico,
que foi firmado no ordenamento pátrio através da Lei n. 6.938/1981, que dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), e também pela Constituição Federal de 1988.
Nesta perspectiva, o meio ambiente, em uma concepção mais generalista, corresponde ao
conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos que são responsáveis por inserir os seres
vivos em constantes processos de interações que atendam às premissas do desenvolvimento
das atividades que são realizadas entre esses seres vivos, sejam individualmente ou em grupo.
Desta maneira, esse meio ambiente tem suas características definidas com base em
condições temporais, geográficas, e até mesmo culturais, tendo em vista que as práticas
realizadas em grupo são responsáveis por manter ou modificar as condições pré-estabelecidas
do meio ambiente. Sendo assim, o ponto fundamental aqui é compreender que o meio
ambiente não se restringe apenas à natureza ou aos recursos naturais.
A Constituição Federal de 1988 elegeu um conceito mais amplo a respeito do meio
ambiente, reconhecendo que ele é composto pela integração e o diálogo de elementos
naturais, artificiais e socioculturais. Assim, o texto constitucional compreende como
integrantes do meio ambiente, bem jurídico tutelado pelo Estado brasileiro, tanto os
aspectos biológicos quanto físicos e sociais, sempre compreendidos a partir das relações
que exercem mutuamente entre seus elementos.

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Já a Biodiversidade é um termo gramaticalmente muito rico. Seus significados são tão


infinitos quanto a sua própria disposição no planeta terra. Interpretado ao pé da letra, “bio”
significa vida, ou seja, nos remete às diversas formas de vidas existentes na terra.

Mas, vem cá: você sabia que este fenômeno é um objeto de estudo analisado por di-
versas áreas de conhecimento, como a biologia, a ecologia, as ciências naturais, e até
mesmo o direito?

Se não sabe, vem comigo que esta aula é para você!


Pois bem, deixa eu te explicar: a palavra Biodiversidade, é o elemento central que representa
todas as variedades de manifestações de vida que habitam a terra. Sua construção é resultado
de milhões e milhões de anos de evolução ao longo dos tempos e, para que as formas de
vida atuais se estabelecessem, foi preciso que as espécies antepassadas passassem por
verdadeiros e complexos processos de mutação muito longos e biologicamente inteligentes.
A biodiversidade, ou diversidade biológica, ou ainda diversidade de vida na terra,
corresponde ao somatório dos diversos animais, plantas, microrganismos e afins, bem como
os ecossistemas que esses elementos ajudam a construir em seus ambientes habitados.
De acordo com Primack e Rodrigues (2001, p. 10), a biodiversidade abrange três níveis
diferentes de vida.
São eles:
a) a diversidade das espécies;
b) a variação genética e
c) as comunidades biológicas.
Veja abaixo cada um deles:

Inclui todos os grupos de organismos que


DIVERSIDADE DAS ESPÉCIES habitam a Terra, desde os microrganismos até
os maiores mamíferos do Planeta.
Representa as variedades existentes entre os
VARIAÇÃO GENÉTICA
grupos de indivíduos de uma mesma espécie.
Corresponde aos conjuntos de ecossistemas
COMUNIDADES BIOLÓGICAS que se encontram e as relações que
estabelecem.

Esses níveis, apesar de serem estudados separadamente, não podem ser analisados de
forma isolada. Cada um deles guarda o seu grau de importância para a compreensão geral
que deve ser construída em torno do conceito de biodiversidade. Todos os níveis dialogam
entre si e um é responsável por influenciar o outro. Sendo assim, caso algum dos níveis
sofra alguma alteração, significa dizer que os demais também sofrerão.

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Todos eles exercem fundamental importância para a sobrevivência e a continuidade das


espécies, bem como da própria vida humana. É importante frisar ainda que a diversidade
biológica é responsável por proporcionar a existência de diversas alternativas de vida para
a sobrevivência humana.

EXEMPLO
Pense, por exemplo, nas comunidades tradicionais de pescadores existentes no Norte do
Brasil. O que seria delas se caso houvesse um desequilíbrio biológico que dizimasse todas as
espécies de peixes que elas pescam para manter suas sobrevivências e seus modos de vida
enquanto povos tradicionais?

Um dado interessante: você sabia que 90% das fontes de alimentos consumidas pelos
seres humanos são retiradas de outros seres vivos? Ou ainda, que mais da metade dos
medicamentos desenvolvidos pela farmacologia ocidental provém de plantas e espécies
silvestres presentes na flora do planeta? Agora imagine como o equilíbrio da vida humana
pode ser severamente comprometido se caso os três níveis biológicos que você estudou
passe por algum processo de desarmonia.
As comunidades biológicas são ainda responsáveis pela manutenção desse equilíbrio, pois
elas dão seguimento ao correto funcionamento dos ecossistemas, oferecendo processos
biológicos estabilizadores, como a proteção necessária para o solo e o subsolo, a filtragem
das bacias hidrográficas, o controle das espécies vegetais, dentre vários outros.
Assim, é importante lembrar que um ecossistema diz respeito a todas as manifestações
de vida presentes em um determinado ambiente, de modo que os elementos bióticos
que lá se encontra são capazes de dialogar entre si, e ainda com os demais componentes
ambientais que dão sentido e sustentação à vida que habita o lugar.
Desta maneira, a diminuição dos ecossistemas é capaz de colocar em perigo as
capacidades biológicas que fornecem as condições necessárias para a existência de grande
parte das formas de vida atuais, incluindo a humana. O ser humano, por sua vez, depende
da manutenção de diversos elementos biológicos, como o clima, a atmosfera, o solo e os
seres vivos, para que possa manter suas funções vitais e funcionais.
De tal forma, a exclusão de determinadas populações e espécies biológicas impactam
direta ou indiretamente na manutenção da vida humana, razão pela qual é importante que
os ecossistemas mantenham suas qualidades biológicas protegidas.
Todos os seres da terra, incluindo as plantas e microrganismos, contribuem para que
todas as formas de vidas sejam possíveis, de modo que a alteração de uma população
biológica pode significar mudanças no clima, no solo ou nos recursos naturais.

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Os diversos desequilíbrios ocasionados pela exploração indevida dos ecossistemas e dos


recursos naturais podem aparecer a curto, médio ou longo prazo, e os efeitos biológicos
negativos acompanham a proporção do dano causado. Por esta razão, é importante alertar
que as crescentes extinções de animais típicos de determinadas localidades são um dos
principais elementos causadores dos desequilíbrios ecossistêmicos observados nas mais
diversas partes do mundo.
No caso da fauna brasileira, imagine o nível de comprometimento que os biomas como
a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga atravessam por consequência das décadas e décadas de
exploração indevida de seus recursos. As queimadas, por exemplo, são fatores corriqueiros e
preocupantes responsáveis por um dano ambiental irreparável que, além de sentido a curto,
médio e longo prazo, é responsável por ferir o Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente
Equilibrado.
Elementos biológicos como os solos, as águas, a fauna e a flora desses biomas sofrem
com as constantes ameaças ocasionadas pelo garimpo, pela agroindústria e pelo crescimento
desordenado das cidades.
Espécies da fauna típica dessas localidades, como o lobo-guará, a onça-pintada e o
mico-leão-dourado já constam nas listas oficiais de animais ameaçados de extinção, ao
passo que espécies como a arara-azul-pequena são consideradas totalmente extintas, o
que demonstra as consequências negativas que o desequilíbrio ambiental pode ocasionar.

2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O aumento dos domínios da tutela ambiental, combinado com a postura protetiva
que o Estado e a sociedade assumiram em torno dele, foram responsáveis por fazer surgir
uma série de novas preocupações que se debruçaram no objetivo de garantir o equilíbrio
ambiental para que as presentes e futuras gerações possam conviver em um meio ambiente
ecologicamente pacífico e salubre.
Foi a partir daí que surgiu a temática do Desenvolvimento Sustentável. Em linhas
gerais, compreenda que tal desenvolvimento está ligado à capacidade de preservação
dos recursos naturais no presente, para que as futuras gerações possam também deles
desfrutar. Neste sentido, o desenvolvimento econômico deve também caminhar junto à
busca por essa preservação, de modo que o valor econômico não se sobreponha ao ideal
de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.
O Relatório de Brundtland definiu o Desenvolvimento Sustentável como sendo “o
modelo de desenvolvimento que atende às necessidades dos presentes sem comprometer
a possibilidade das gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades.”

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Neste caminho, criou-se o elo necessário para congregar os preceitos da preservação


do meio ambiente com o desenvolvimento, ou seja, daquilo que mais tarde ficou conhecido
como Ecodesenvolvimento. A partir daí, enfim, elevou-se o desenvolvimento sustentável
ao patamar não apenas conceitual, mas sim de uma principiologia jurídica amplamente
trabalhada em todo o mundo.
No ano de 1983, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou a Comissão Mundial
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), que teve como Presidenta a então
primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland. Essa comissão teve o objetivo de
avaliar os principais problemas ligados ao meio ambiente e ao desenvolvimento mundial,
a fim de formular propostas exequíveis que pudessem solucionar tais problemas.
Assim, no ano de 1987, a referida comissão apresentou o relatório denominado Nosso
Futuro Comum (Our Common Future), que discutiu as possibilidades e necessidades de
conciliação do crescimento econômico com o equilíbrio biológico dos ecossistemas, daí
resultando o conceito de Desenvolvimento Sustentável que, com o passar dos anos, foi
amplamente adotado por estudiosos dos mais diversos ramos do conhecimento.
A carta constitucional de 1988 cumpriu com sua obrigação ambiental ao imprimir o
desenvolvimento sustentável como um de seus elementos essenciais, e assim o fez nos
artigos 3º, II; 170, VI; e 225 caput, pontos que você pode perceber a partir do tocante aos
elementos do desenvolvimento econômico nacional, da preservação do meio ambiente e
da utilização racional dos recursos naturais. Veja abaixo:

Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


(...)
II – garantir o desenvolvimento nacional;
Art. 170 - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios: (...)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Desta maneira, é importante que você compreenda que o desenvolvimento sustentável


deve ser entendido como aquele que corresponde às necessidades das gerações presentes,
sem comprometer a capacidade de as gerações futuras também atenderem as suas próprias
necessidades.

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Perceba que a grande “sacada” da construção desse conceito é justamente a inserção de


uma perspectiva global, que não trata de problemas estritamente ambientais, muito menos
de questões unicamente relacionadas à economia, mas sim promove uma congregação de
ambas as preocupações igualmente importantes.
Por este caminho, analise que o “espírito” do desenvolvimento sustentável se concentra
na necessidade de se desenvolver um conceito amplo, multidimensional, capaz de abarcar
aspectos políticos, institucionais, econômicos, sociais, culturais, biológicos, ecológicos,
enfim, é uma gama muito ampla de prerrogativas e áreas de conhecimentos que se unem
em nome da afirmação e propagação do ideal do desenvolvimento sustentável.
O conceito do desenvolvimento sustentável chama a atenção para a necessidade que ele
naturalmente convida, no sentido de se firmar um ideal de cooperação jurídica internacional,
baseada em uma atuação multilateral e interdisciplinar, de modo a dispor de condições
bem elaboradas e exequíveis para, conjuntamente, enfrentar os problemas ambientais
contemporâneos, que em sua maioria são resultantes dos processos de globalização, do
desenvolvimento do capital e da super expansão urbana.
Neste sentido, problemas sociais como a falta de saneamento básico, a pobreza extrema,
as condições habitacionais menos favorecidas, o aumento dos domínios da agroindústria
e das atividades mineradoras, bem como a precarização dos investimentos em energias
renováveis podem ser considerados alguns dos principais entraves para a ampliação
do desenvolvimento sustentável, e notadamente devem ser combatidos por parte dos
governos que demonstrem aderência à proposta internacionalista da sustentabilidade e
do desenvolvimento econômico.
Levando em conta que o equilíbrio ecológico do meio ambiente é e deve ser um interesse
conjunto de todos aqueles que habitam o planeta, é sabido também que o compromisso
com a afirmação do desenvolvimento sustentável enquanto compromisso conjunto deve
ser firmado por todos os indivíduos, correntes políticas, instituições, classes empresariais
e demais elementos que dependem do equilíbrio ambiental para sobreviver.
Nesta perspectiva, o conceito de desenvolvimento sustentável surgiu sob o nome de
“ecodesenvolvimento”, na década de 70, com a realização da Conferência de Estocolmo
(1972) e demais congressos ambientais internacionais que surgiriam desde então. Foi a
partir daí que a pauta do meio ambiente passou a ser tratada também sob o viés econômico,
na tentativa de fazer com que o desenvolvimento do capital e da tecnologia não fossem
desculpas para destruir ou suprimir os ecossistemas.

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3. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL


A Resolução n. 01/1986, que você verá ao longo deste tópico, foi desenvolvida visando
promover a regulação da Avaliação do Impacto Ambiental (AIA) como sendo um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Isto se deu tendo em vista
a necessidade de estabelecer as definições, as responsabilidades e os critérios básicos
para nortear as ações desenvolvidas pelas atividades e empreendimentos que porventura
representem algum risco ao equilíbrio ambiental.
Assim, conforme dispõe o artigo 1º da referida resolução, o Impacto Ambiental é
definido como “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente”, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, de forma direta ou indireta, afetam:

I – A saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II – As atividades sociais e econômicas;

III – A biota;

IV – As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V – A qualidade dos recursos naturais.

• EIA/RIMA
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) constitui um grupo de levantamentos realizados
por profissionais de diversas áreas de atuação, que atuam em uma equipe multidisciplinar
e cujo objetivo é a realização de um prévio levantamento de dados técnicos detalhados
que autorizam (ou não) e aconselham (ou não) a viabilidade de uma determinada ação ou
empreendimento em área ambiental devidamente conservada e preservada, a exemplo de
áreas limítrofes de bacias hidrográficas, florestas, zonas costeiras e unidades de conservação.
Desta forma, a disposição da Constituição Federal de 1988, no art. 225, parágrafo 1º inciso
IV assegura o Estudo de Impacto Ambiental assentado na seguinte justificativa:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade (...).

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Samara Lima

Dentro dos levantamentos realizados pelo EIA, tem-se o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), que atua como uma espécie de apresentação conclusiva do levantamento que fora
desenvolvido pelo EIA, todavia, contando com uma linguagem menos técnica, mais clara e
acessível ao cidadão comum.
A necessidade de utilização de linguagem mais informal, menos técnica, se justifica
uma vez que, dada a premissa da participação popular na formulação e monitoramento das
Políticas Públicas Ambientais, tal relatório deve proporcionar maior facilidade de análise
por parte de todos os possíveis interessados, incluindo pessoas não detentoras de saberes
técnicos típicos da área ambiental.
Neste ensejo, é importante ressaltar ainda que a Lei Federal n. 6.938/1989 foi a
responsável por instituir tais exigências em sede de estudo ambiental. Isto porque, tendo
em vista que o meio ambiente é um bem de usufruto e cuidado coletivo, o RIMA atua como
um instrumento de análise mais acessível à população, uma vez que esta tem total direito
de tomar conhecimento sobre os impactos, positivos ou negativos, que são difundidos no
meio ambiente.
Desta forma, é de fundamental importância que no RIMA também haja a inclusão
de mapas, diagramas, fluxogramas, figuras e demais elementos visuais que facilitem a
compreensão de uma linguagem que, via de regra, é dotada de tecnicismos.
Por seu turno, o artigo 2º da Resolução n. 01/1986 CONAMA traz uma lista de atividades
específicas que são obrigadas à realização do EIA, todavia, trata-se de levantamento de
caráter exemplificativo, razão que enseja a interpretação para além do que fora exposto
pelo legislador.
Desta maneira, algumas das atividades elencadas pelo texto legal são: Construção
de ferrovias; de portos e terminais de minérios, petróleo e produtos químicos; oleodutos,
gasodutos, minerodutos; linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230 KW; extração
de combustíveis fósseis (xisto, carvão, petróleo); estradas de rodagens com duas ou mais
faixas de rolamento, dentre outros.
Cabe ressaltar também que o acesso aos dados resultantes do EIA é restrito, tendo em
vista que muitas vezes tratam de sigilo industrial. Em compensação, os dados do RIMA são de
natureza pública e, após conclusos, devem ser publicizados em Diário Oficial correspondente,
momento no qual é aberto o prazo de 45 dias para que seja solicitada audiência pública,
cuja solicitação pode se dar por entidade civil, grupo de 50 ou mais cidadãos interessados
ou por provocação do Ministério Público (Art. 2º da Res. n. 09/1987 do CONAMA).
É nesta etapa que são publicamente esclarecidos possíveis pontos obscuros resultantes
do relatório, ocasião onde a sociedade civil tem a possibilidade de fazer valer seu direito
de participação nos processos decisórios, elemento garantido pelo caráter cidadão da
Constituição Federal de 1988. Desta maneira, os direcionamentos das agendas institucionais
devem, daí por diante, levar em conta a opinião pública acerca da matéria.

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Ante o exposto e, dado o caráter de anterioridade do início da ação ou empreendimento


no qual o EIA/RIMA é localizado, resta esclarecer também que os referidos documentos
são exigidos na fase da Licença Prévia de atividades potencialmente danosas ao meio
ambiente. Com isto, garante-se a execução de um planejamento diligente e comprometido
com a sustentabilidade.
Perceba, portanto, o quanto a legislação ambiental brasileira é bem desenvolvida e
comprometida com a preservação dos recursos naturais, cabendo aos órgãos competentes
atuar com o rigor necessário para o cumprimento dos ditames legais.
Neste sentido, vale salientar ainda o caráter punitivo do aparato legal em comento.
Por exemplo, ressalte-se que os órgãos responsáveis podem penalizar o empreendedor
ou responsável pelo projeto que cause dano ambiental, exigindo compensação quando os
impactos ambientais forem preponderantes ou irreversíveis.
Ademais, os empreendimentos, mesmo que licenciados com o EIA/RIMA, são obrigados
a aplicar no mínimo 0,5% de seu capital a título de compensação ambiental em unidade de
conservação pré-determinada.
Desta forma, dentre as principais diferenças do EIA e RIMA, pode-se afirmar que o EIA
é um estudo extremamente aprofundado. É dele a responsabilidade pela coleta e análise
dos materiais responsáveis pela autorização -ou não- da ação ou do empreendimento
pleiteador da licença ambiental.
Já o RIMA, conforme já foi citado em linhas anteriores, trata-se de relatório simplificado,
com linguagem mais clara, posto que um de seus objetivos centrais é o esclarecimento de
termos técnicos utilizados no EIA por parte da equipe multidisciplinar responsável.
Portanto, pode-se concluir que o objetivo do EIA é o desenvolvimento de um estudo
detalhado acerca de possíveis impactos ambientais ocasionados por determinadas ações
ou empreendimentos de terceiros, ao passo que o RIMA tem por escopo o levantamento
de um resumo simplificado do EIA.

• ATIVIDADES TÉCNICAS DESENVOLVIDAS PELO EIA


Conforme já vimos em linhas anteriores, o EIA é composto por uma série de estudos
minuciosos realizados por especialistas das mais diversas áreas, que levantam dados técnicos
detalhados e cujo objetivo é atestar a viabilidade ou inviabilidade da construção de uma
determinada ação ou empreendimento em uma área considerada de proteção ambiental.
O artigo 6º da Resolução n. 01/1986 CONAMA delimita as atividades técnicas a serem
desenvolvidas pelo EIA, as quais veremos adiante. Mais uma vez, o rol trazido é exemplificativo,
ou seja, não se resume à disposição legal e pode ser alargado, mediante necessidade
observada.

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Assim, o EIA desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:

Diagnóstico Ambiental da área de Análise dos Impactos Ambientais do


influência do projeto. Inclui a projeto e de suas alternativas,
descrição e análise dos recursos através de identificação dos
ambientais utilizado e a forma como prováveis impactos ambientais,
irão se comportar diante da considerando: os positivos e
intervenção. Essa atividade considera negativos (benéficos e adversos),
o meio físico, o meio biológico e o diretos e indiretos, imediatos e a
meio socioeconômico. médio e longo prazo, temporários e
permanentes, dentre outros.

Definição das medidas mitigadoras


dos impactos negativos, entre elas os
equipamentos de controle e sistemas
de tratamento de despejos, avaliando
a eficiência de cada uma delas.

Ao determinar a execução de estudo


de impacto ambiental, o órgão
Elaboração do programa de estadual competente, ou a
acompanhamento e monitoramento Secretaria do Meio Ambiente
dos impactos positivos e negativos, (SEMA) ou, quando couber, o
indicando os fatores e parâmetros a Município fornecerá as instruções
serem considerados. adicionais que se fizerem
necessárias, pelas peculiaridades do
projeto e características ambientais
da área.

• ATIVIDADES TÉCNICAS DESENVOLVIDAS PELO RIMA


Retomando o que já vimos nas seções anteriores sobre o RIMA, vale relembrar que este
se trata de um relatório cujo objetivo central é sintetizar os levantamentos já realizados de
modo aprofundado no EIA. Desta maneira, relembre que o RIMA tem que ser desenvolvido com
base em uma linguagem clara e acessível, posto que suas informações serão disponibilizadas
para toda a população.
Neste sentido, memorize que, embora o EIA carregue um caráter sigiloso, o RIMA é de
acesso público e suas informações são publicizadas em Diário oficial competente. Assim,
o artigo 9º da Resolução n. 01/1986 CONAMA determina que o RIMA deve refletir as
conclusões do EIA e conter, no mínimo, os seguintes elementos:

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A descrição do projeto e suas Os objetivos e justificativas do


alternativas tecnológicas e locacionais, projeto, sua relação e
especificando para cada um deles, nas compatibilidade com as políticas
fases de construção e operação a área de setoriais, planos e programas
influência, as matérias-primas, e mão- governamentais;
de-obra, as fontes de energia, os
processos e técnicas operacionais, os A síntese dos resultados dos
prováveis efluentes, emissões, resíduos e estudos de diagnóstico
perdas de energia, os empregos diretos e ambiental da área de influência
indiretos a serem gerados. do projeto.

A descrição dos prováveis impactos A descrição do efeito esperado


ambientais da implantação e das medidas mitigadoras previstas
operação da atividade, considerando o em relação aos impactos
projeto, suas alternativas, os negativos, mencionando aqueles
horizontes de tempo de incidência dos que não puderem ser evitados, e o
impactos e indicando os métodos, grau de alteração esperado;
técnicas e critérios adotados para sua O programa de
identificação, quantificação e acompanhamento e
interpretação. monitoramento dos impactos.

A caracterização da qualidade ambiental futura da


área de influência, comparando as diferentes
situações da adoção do projeto e suas alternativas,
bem como com a hipótese de sua não realização;
A recomendação quanto à alternativa mais favorável
(conclusões e comentários de ordem geral).

Para além, o Parágrafo Único do artigo 9º da Resolução n. 01/1986 CONAMA ainda


prevê que o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão.
As informações devem ser repassadas em linguagem acessível, ilustrada com mapas,
cartas, quadros, gráficos e demais técnicas que viabilizem a comunicação visual, de modo
que se possam compreender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas
as consequências ambientais que porventura sejam ocasionadas por sua implementação.
Desta maneira, podemos compreender que um dos principais compromissos firmados
pelo RIMA é fazer com que suas informações chegue a lugares que o EIA, em virtude de sua
linguagem tecnicista, normalmente não chegaria.
É, portanto, uma forma de incluir a população, em suas mais variadas camadas, nas
discussões e processos decisórios que envolvem os encaminhamentos acerca do correto
uso do meio ambiente, que é o nosso principal bem coletivo juridicamente protegido.

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4. BACIAS HIDROGRÁFICAS: GESTÃO E MANEJO


A Gestão de Bacias Hidrográficas é uma estratégia de planejamento para as ações de
recuperação da qualidade ambiental, incluindo o uso da terra, a conservação e o manejo
das águas, sempre respeitando as leis da natureza e a configuração dos recursos hídricos.
Nas grandes bacias hidrográficas, a qualidade das águas é um fator diretamente ligado
às medidas adotadas para o controle do escoamento superficial dos recursos, favorecendo
a infiltração das águas no solo e prevenindo a erosão deste. Tal fator é importante para
favorecer a manutenção da biodiversidade da bacia, assegurando as bioconexões entre as
diferentes microbacias existentes na bacia principal.
Para que seja realizada uma gestão efetiva e transparente, é fundamental que o
acompanhamento das ações se processe com o auxílio dos seis instrumentos essenciais
trazidos pela Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH).
São eles: a) Plano de Recursos Hídricos; b) Enquadramento dos corpos de águas em
classe, segundo o uso preponderante da água; c) Outorga dos direitos de uso dos recursos
hídricos; d) Cobrança pelo uso dos recursos hídricos; e) Compensação a Municípios e f)
Sistema de informação sobre recursos hídricos. A seguir, veja um levantamento que preparei
sobre cada um deles. Vamos?

I – PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS


O primeiro instrumento trabalhado pela PNRH é o Plano de Recursos Hídricos. Ele se
refere ao estabelecimento de planos diretores que baseiam e orientam a implantação e o
gerenciamento correto da PNRH.
Assim, cada um desses planos tem a incumbência de orientar a correta gestão das
bacias hidrográficas. Ademais, são instrumentos preventivos e conciliadores que atuam
na função de dirimir possíveis conflitos desencadeados pelo uso das águas.
Como consequência das especificidades encontradas nos fluxos naturais das águas
nacionais, bem como respeitando os limites constitucionalmente estabelecidos no que se
refere à utilização destas, o planejamento dos recursos hídricos é determinado por meio
da divisão de quatro grupos de planos diretores, sendo eles:

I – PLANO NACIONAL

II – PLANOS ESTADUAIS

III – PLANOS DE BACIAS DE RIOS DE DOMÍNIO ESTADUAL

IV – PLANOS DE BACIAS DE RIOS DE DOMÍNIO FEDERAL

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Você sabia que o Brasil conta com a atuação de uma agência reguladora específica para
fiscalizar o uso das águas nacionais? Pois é, a Agência Nacional das Águas (ANA) é um
órgão indispensável e estratégico na atividade de gestão dos recursos hídricos. A ANA é a
instituição responsável pela elaboração dos planos, que depois os submete à aprovação
dos respectivos Comitês de Bacias Hidrográficas.
Desta forma, os Comitê de Bacias Hidrográficas são órgãos colegiados instituídos pelo
Poder Público, por determinação da PNRH, que atuam como parte do Sistema Estadual
dos Recursos Hídricos, e contam com atribuições atinentes ao gerenciamento do uso e da
conservação dos corpos hídricos. Assim, esses grupos são conhecidos como Parlamentos
das Águas, tendo em vista que suas atribuições são deliberativas, contando com poderes
decisórios sobre as questões que permeiam a PNRH.
De tal forma, os planos diretores de recursos hídricos devem contar com horizontes
de planejamentos compatíveis com os períodos de implantação dos projetos aos quais
se referem. As ações por eles determinadas devem ser periodicamente avaliadas e, se
necessário, alteradas, visando a correta adequação do plano à realidade observada.

II – ENQUADRAMENTO DOS CORPOS DE ÁGUA EM CLASSE, SEGUNDO OS USOS


PREPONDERANTES DA ÁGUA
O segundo instrumento trabalhado no âmbito da PNRH é o enquadramento dos corpos
de água em classes segundo os seus usos preponderantes das bacias hidrográficas.
Essa classificação se refere ao estabelecimento de níveis de qualidade hídrica a serem
alcançados ou mantidos para um dado segmento de corpo de água ao longo do tempo. Sendo
assim, não se refere a determinar a classificação atual da água, mas sim a uma propositura
para que um determinado nível de qualidade hídrica seja alcançado ou mantido.
Neste sentido, o referido instrumento atua por meio de uma sistemática preventiva,
com o objetivo de garantir a qualidade da água de acordo com seus usos, bem como diminuir
os gastos resultantes do combate à poluição, daí o caráter de prevenção. As classes dos
corpos de águas são definidas por meio das ações do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA), mediante a Resolução n. 357/2005.
A Agência Nacional das Águas (ANA) é incumbida de elaborar a proposta de enquadramento
e submetê-la aos comitês de bacias hidrográficas, em uma ação realizada por meio de
audiências públicas, nas quais se discute as alternativas viáveis para o enquadramento dos
corpos de águas nas respectivas classes.
Após a aprovação, a proposta é direcionada ao Conselho Nacional de Recursos
Hídricos (CNRH) ou ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos, aos quais cabe verificar
o enquadramento e as propostas para o alcance dos níveis de qualidade hídrica exigidos.

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Prosseguindo com a aprovação, cabe aos órgãos gestores dos recursos hídricos os
processos de fiscalização, monitoramento e controle dos corpos de águas enquadrados.
Assim, bienalmente, o respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica deve receber um relatório
no qual conste a situação encontrada em cada corpo de água. Desta forma, os corpos de
água que não alcançam as metas estabelecidas devem ser indicados pelos Conselhos, que
procederão com as intervenções necessárias.

III – OUTORGA DOS DIREITOS DE USO DOS RECURSOS HÍDRICOS


O terceiro instrumento trabalhado pela PNRH é a outorga do direito do uso da água, que
consiste em ato administrativo que autoriza, concede ou permite o direito de utilização
de um determinado recurso hídrico, previamente deferido por autoridade competente da
União ou dos Estados.
Desta forma, o referido direito é concedido por tempo determinado, em consonância
com a disponibilidade hídrica e com o regime de racionamento. O objetivo da referida
outorga é controlar o uso das águas e garantir a justiça de sua distribuição e acesso.
Vale salientar que a outorga pode ser suspendida total ou parcialmente, definitiva ou
temporariamente, a depender da especificidade do caso. Os casos de prevenção de danos
ambientais ou de contenção de calamidades públicas, por exemplo, são exemplos nos quais
é possível se proceder com a suspensão da outorga
Para proceder com a concessão do uso da água, é preciso conhecer a forma atual
como a mesma é utilizada, para que não haja o comprometimento ou a inviabilização dos
usos múltiplos do recurso. Esta é uma das razões que justificam a importância do planos
e dos comitês de bacias hidrográficas. Assim, a outorga é efetivada por ato de autoridade
competente do Poder Executivo Federal, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme
disposição do artigo 14 da PNRH.

IV – COBRANÇA PELO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS


O quarto instrumento trabalhado no âmbito da PNRH estabelece os limites para a
cobrança pela utilização dos recursos hídricos. Por meio dele, objetiva-se incentivar o uso
racional da água, bem como recuperar e preservar a quantidade e a qualidade da água,
além de viabilizar a arrecadação de recursos para o desenvolvimento de programas, políticas,
serviços e demais atividades que utilizam os recursos hídricos.
Para que se proceda com a cobrança pelo uso da água, é necessário que se conheça a
qualidade e a quantidade de água que é retirada e devolvida para os corpos de água. Ademais,
é preciso que se tenha informações precisas sobre os grupos de usuários e o conhecimento
das normativas de cobranças estabelecidas pelo PNRH.

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Os elementos que são quantificáveis na cobrança pelo uso da água são normalmente os
serviços de tratamento e de captação da mesma. Ou seja, o usuário paga às concessionárias
pelo serviço de tratar e captar a água, e não pela água em si.
Conforme determinação legal, o ato de cobrar pelo uso da água é prerrogativa necessária
para a utilização dela, de tal maneira que, em se tratando dos recursos hídricos, todos os
usos passíveis de outorga são também passíveis de cobranças.
Nesta perspectiva, compreenda que o objetivo principal da cobrança pelo uso da água
é a busca pela utilização racional da água, bem como a diminuição da poluição dos recursos
hídricos. Isto porque, em primeiro plano, as concessionárias dos serviços hídricos exercem
um papel fundamental no tratamento da água.
Ademais, imagine os problemas que poderiam existir caso não houvesse a cobrança
pela utilização da água. Isso, sem dúvida, geraria a degradação do recurso de forma muito
mais rápida do que a que você já vê diariamente nos noticiários. Assim, conferir à água um
valor econômico representa, sobretudo, uma estratégia de racionamento.

V – COMPENSAÇÃO A MUNICÍPIOS

O quinto instrumento previsto pela PNRH previa o repasse financeiro a municípios que
abrigassem reservatórios de usinas hidrelétricas pelo uso dos recursos hídricos. Todavia,
esse instrumento foi vetado da PNRH.

VI – SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE RECURSOS HÍDRICOS

O sexto e último instrumento trabalhado no âmbito da PNRH é estabelecido como um


sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações e fatores
intervenientes ligados aos recursos hídricos, cujo objetivo é garantir a consistência das
informações coletadas sobre a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos disponíveis.
Ademais, também é um elemento fundamental para a elaboração dos Planos de Recursos
Hídricos, atuando de forma estratégica nesse sentido.
A Agência Nacional das Águas (ANA) é a responsável pela coleta e armazenamento
dessas informações, além da alimentação do sistema de informações de recursos hídricos,
cujos dados são disponibilizados no intuito de informar a sociedade quanto à qualidade e
quantidade dos recursos hídricos por ela utilizados.

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5. LICENCIAMENTO AMBIENTAL (RESOLUÇÃO N. 237/1997


CONAMA)
Todos os seres humanos têm direito ao meio ambiente sadio. Além disto, é dever de
todos o desenvolvimento de uma colaboração para que as futuras gerações também
tenham o direito de viver em um meio ambiente equilibrado, conhecendo e reconhecendo a
importância da preservação da flora, fauna e bacias hidrográficas para que todos os modos
de vida possam se desenvolver em harmonia.
Todavia, alguns elementos externos, como a expansão da vida urbana, a evolução da
tecnologia e os processos de globalização, sobretudo os mais observados do século XX em
diante, foram responsáveis por suscitar uma série de desafios e ameaças ambientais, a
exemplo das queimadas, desmatamentos, caça e pesca predatórias, mudanças climáticas,
dentre outros.
Por estas razões, diversos organismos internacionais observaram a necessidade de
publicação de documentos e normativas globais relacionados à defesa do meio ambiente,
preparando o terreno para que o Direito Ambiental se firmasse como um dos principais
ramos jurídicos das gerações mais avançadas.
Assim, movimentos como a Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies de Flora
e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES/UICN, 1973) e a Convenção das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92, UNESCO, 1992), foram alguns
dos elementos responsáveis por impulsionar os países a adotar uma postura jurídica mais
rígida no que se refere à proteção do meio ambiente.
Neste sentido, frise-se, há aqueles problemas ambientais típicos de cada país ou
continente, todavia, há também aqueles problemas globais, que excedem as fronteiras e
ultrapassam barreiras culturais ou políticas, e são neles que os tratados internacionais se
baseiam, no intuito de garantir um equilíbrio ambiental universal.
Desta forma, o Estado brasileiro se viu obrigado a desenvolver a Política Nacional do
Meio Ambiente (Lei n. 6.938/1981), cujo objetivo central é instruir acerca da preservação,
melhoria e recuperação da qualidade ambiental favorável à vida, considerando o meio
ambiente como um patrimônio coletivo que deve ser protegido para que as futuras
gerações dele também disponham.
Com isto, um dos principais instrumentos jurídicos inaugurados pela referida Política é
o Licenciamento Ambiental, cuja principal premissa repousa no compromisso de assegurar
a compatibilidade entre o desenvolvimento socioeconômico e o meio ambiente equilibrado.
Este é o assunto principal que você vai ver neste tópico. Bora lá?

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Conforme dispõe o artigo 1º da Resolução n. 327/1997 do Conselho Nacional de Meio


Ambiente (CONAMA), o Licenciamento Ambiental Federal constitui um procedimento
administrativo no qual o órgão ambiental competente é responsável por licenciar a
instalação, operação ampliação ou localização de atividades e empreendimentos utilizadores
de recursos ambientais, considerando e coibindo as efetivas ou potenciais ações poluidoras
ou degradadoras do meio ambiente das quais resultem as atividades ou empreendimentos
passíveis de licenciamento (inciso I).
Para além, a Resolução n. 327/1997/CONAMA define ainda que a Licença Ambiental
é um ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente define as condições,
restrições e medidas de controle ambiental que devem ser seguidas pelo empreendedor
(pessoa física ou jurídica), com vistas a localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos
ou atividades que utilizem recursos ambientais, considerando também as efetivas ou
potenciais ações poluidoras ou degradadoras do meio ambiente.
Ademais, o art. 1º, inc. III institui ainda que os Estudos Ambientais são todos e quaisquer
estudos ligados ao aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação
e ampliação de atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a análise
da licença ambiental requerida.
Neste sentido, configuram exemplos de Estudos Ambientais:
• Relatório Ambiental;
• Plano e Projeto de Controle Ambiental;
• Relatório Ambiental Preliminar;
• Diagnóstico Ambiental;
• Plano de Manejo;
• Plano de Recuperação de Área Degradada;
• Análise Preliminar de Risco.

Por fim, o art. 1º inc. IV determina ainda, o conceito de Impacto Ambiental Regional,
apresentado como todo e qualquer impacto ambiental capaz de afetar diretamente (área
de influência direta do projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.
Mais adiante, a Resolução n. 327/1997/CONAMA traz ainda um rol exemplificativo
dos empreendimentos e atividades profissionais que estão sujeitos à autorização de
funcionamento, por meio do Licenciamento Ambiental.
Analisemos, portanto, a referida disposição no quadro abaixo:

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ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS QUE ESTÃO SUJEITOS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DE MINERAIS: pesquisa mineral com guia de utilização; lavra a céu aberto,
inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento; lavra subterrânea com ou sem beneficiamento; lavra
garimpeira; perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural.
INDÚSTRIA DE PRODUTOS MINERAIS NÃO METÁLICOS: beneficiamento de minerais não metálicos, não
associados à extração; fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como: produção
de material cerâmico, cimento, gesso, amianto e vidro, entre outros.
INDÚSTRIA METALÚRGICA: fabricação de aço e de produtos siderúrgicos; produção de fundidos de ferro e
aço/forjados/arames/relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; metalurgia
dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro; produção de laminados /
ligas/artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia;
relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas; produção de soldas e anodos; metalurgia de metais
preciosos; metalurgia do pó, inclusive peças moldadas; fabricação de estruturas metálicas com ou sem
tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; fabricação de artefatos de ferro/aço e de metais não-
ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia; têmpera e cementação de aço,
recozimento de arames, tratamento de superfície.

INDÚSTRIA MECÂNICA: fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem
tratamento térmico e/ou de superfície.

INDÚSTRIA DE MATERIAL ELÉTRICO, ELETRÔNICO, COMUNICAÇÕES: fabricação de pilhas, baterias e


outros acumuladores; fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação
e informática; fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.
INDÚSTRIA DE MATERIAL DE TRANSPORTE: fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários,
peças e acessórios; fabricação e montagem de aeronaves; fabricação e reparo de embarcações e estruturas
flutuantes.
INDÚSTRIA DE MADEIRA: serraria e desdobramento de madeira; preservação de madeira; fabricação de
chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada; fabricação de estruturas de madeira e
de móveis.
INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE: fabricação de celulose e pasta mecânica; fabricação de papel e papelão;
fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.
INDÚSTRIA DE BORRACHA: beneficiamento de borracha natural; fabricação de câmara de ar e fabricação
e recondicionamento de pneumáticos; fabricação de laminados e fios de borracha; fabricação de espuma
de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex.
INDÚSTRIA DE COUROS E PELES: secagem e salga de couros e peles; curtimento e outras preparações de
couros e peles; fabricação de artefatos diversos de couros e peles; fabricação de cola animal.
INDÚSTRIA QUÍMICA: produção de substâncias e fabricação de produtos químicos; fabricação de produtos
derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira; fabricação de combustíveis
não derivados de petróleo; produção de óleos/gorduras/ceras vegetais-animais/óleos essenciais vegetais e
outros produtos da destilação da madeira; fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e
de borracha e látex sintéticos; fabricação de pólvora/explosivos/detonantes/munição para caça-desporto,
fósforo de segurança e artigos pirotécnicos; recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e
animais; fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos; fabricação de preparados
para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas; fabricação de tintas, esmaltes,
lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes; fabricação de fertilizantes e agroquímicos;
fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários; fabricação de sabões, detergentes e velas; fabricação
de perfumarias e cosméticos; produção de álcool etílico, metanol e similares.

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ATIVIDADES OU EMPREENDIMENTOS QUE ESTÃO SUJEITOS AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE MATÉRIA PLÁSTICA: fabricação de laminados plásticos; fabricação de


artefatos de material plástico.

INDÚSTRIA TÊXTIL, DE VESTUÁRIO, CALÇADOS E ARTEFATOS DE TECIDOS: beneficiamento de fibras


têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos; fabricação e acabamento de fios e tecidos; tingimento,
estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos.

INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS: beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de


produtos alimentares; matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal;
fabricação de conservas; preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados; preparação,
beneficiamento e industrialização de leite e derivados; fabricação e refinação de açúcar; refino / preparação
de óleo e gorduras vegetais; produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação;
fabricação de fermentos e leveduras; fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para
animais; fabricação de vinhos e vinagre; fabricação de cervejas, chopes e maltes; fabricação de bebidas não
alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação de águas minerais; fabricação de bebidas alcoólicas.

INDÚSTRIA DE FUMO: fabricação de cigarros/charutos/cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento


do fumo.

INDÚSTRIAS DIVERSAS: usinas de produção de concreto; usinas de asfalto; serviços de galvanoplastia.

OBRAS CIVIS: rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos; barragens e diques; canais para drenagem;
retificação de curso de água; abertura de barras, embocaduras e canais; transposição de bacias hidrográficas;
outras obras de arte.

SERVIÇOS DE UTILIDADE: produção de energia termoelétrica; transmissão de energia elétrica; estações


de tratamento de água; interceptores, emissários, estação elevatória e tratamento de esgoto sanitário;
tratamento e destinação de resíduos industriais (líquidos e sólidos); tratamento/disposição de resíduos
especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens usadas e de serviço de saúde, entre outros;
tratamento e destinação de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas; dragagem
e derrocamentos em corpos d’água; recuperação de áreas contaminadas ou degradadas.

TRANSPORTES, TERMINAIS E DEPÓSITOS: transporte de cargas perigosas; transporte por dutos; marinas,
portos e aeroportos; terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos; depósitos de produtos
químicos e produtos perigosos.

TURISMO: complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos e autódromos.

ATIVIDADES DIVERSAS: parcelamento do solo; distrito e polo industrial.

ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS: projeto agrícola; criação de animais; projetos de assentamentos e de


colonização.

USO DE RECURSOS NATURAIS: silvicultura; exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos


florestais; atividade de manejo de fauna exótica e criadouro de fauna silvestre; utilização do patrimônio
genético natural; manejo de recursos aquáticos vivos; introdução de espécies exóticas e/ou geneticamente
modificadas; uso da diversidade biológica pela biotecnologia.

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• LICENÇAS

Conforme vimos na seção acima, o Licenciamento Ambiental é um dos elementos da


Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/1981), caracterizado como procedimento
administrativo e cujo objetivo é avaliar a concessão de licença, através do órgão competente,
para a implantação ou operacionalização de empreendimentos ou ações considerados
nocivos para o equilíbrio do meio ambiente.
Desta maneira, para que seja viabilizado, o Licenciamento Ambiental deve seguir uma
série de etapas e, conforme o artigo n. 8 da Resolução n. 327/1997/CONAMA, o Poder Público
deve proceder com a autorização mediante a expedição de algumas licenças específicas.
Desta feita, esta autorização dependerá de prévias análises de impacto ambiental e
respectivos relatórios de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), geridos pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e demais órgãos
e competência Estadual e Municipal, cujas informações serão publicizadas, em respeito ao
princípio da publicidade dos atos estatais.
O seguimento de todas as etapas é obrigatório, sob pena de não liberação da atividade
ou empreendimento. É por meio destas etapas que o órgão competente analisa a viabilidade
da obra, para que ela esteja alinhada com os preceitos de cuidado para com os recursos
naturais e o meio ambiente.
Assim, cada uma das licenças é exigida em uma etapa singular do processo. Vejamos,
no quadro a seguir, as principais características de cada uma delas:

LICENÇA PRÉVIA (LP) LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)

É concedida na fase preliminar do


planejamento do empreendimento É o documento que autoriza a devida É a terceira e última etapa do
ou da atividade, tem por finalidade instalação do empreendimento processo de Licenciamento
a aprovação da localização e ou da atividade a ser licenciada, Ambiental. É concedida após a
concepção do projeto, atestando de acordo com as especificações série de verificações necessárias
a v i a b i l i d a d e a m b i e nta l e constantes dos planos, programas nas etapas anteriores, autorizando
estabelecendo os requisitos e projetos aprovados, incluindo as a operação da atividade ou
básicos e condições a serem medidas de controle ambiental e empreendimento a ser licenciado,
atendidos nas próximas fases. demais condicionantes presentes após a verificação de cumprimento
Nesta etapa, são requeridos na Licença Prévia (LP), da qual das medidas de controle ambiental
relatórios ambientais, como o constituem motivo determinante e condicionantes determinados
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a aprovação ou não do para a liberação da operação.
e o Relatório de Impacto do Meio Licenciamento Ambiental.
Ambiente (RIMA). PRAZO DE VALIDADE: MÍNIMO 4 E
PRAZO DE VALIDADE: ATÉ 6 ANOS MÁXIMO 10 ANOS.
PRAZO DE VALIDADE: ATÉ 5 ANOS

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• COMPETÊNCIAS
De início, ressalte-se que a Resolução n. 327/1997/CONAMA, em seu art. 4º, estabeleceu a
competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) como o órgão responsável por conceder o Licenciamento Ambiental necessário
para a execução de atividades e empreendimentos considerados potenciais ou efetivamente
nocivas para o equilíbrio do meio ambiente.
Todavia, as atribuições e competências do IBAMA foram complementadas e acrescidas,
quatorze anos depois, pelo art. 7º da Lei Complementar n. 140/2011.
Assim, a promulgação da referida lei significou a repartição de competências comuns entre
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a fixação de normas e estabelecimento de
cooperações entre eles, no intuito de desenvolver o processo de Licenciamento Ambiental
de modo descentralizado, tornando-o mais célere, menos burocrático e diminuindo o
dispêndio financeiro, além de conferir-lhe maior agilidade.
Em conformidade com o art. 9º da Lei Complementar n. 140/2011, houve a transferência
de competência para os Municípios no que tange o licenciamento de atividades e
empreendimentos que causem ou possam vir a causar impacto ambiental no âmbito local,
bem como em localidades definidas como unidade de conservação instituída pelo Município,
à exceção das Áreas de Proteção Ambiental (APA’s) e daquelas delegadas pelo Estado por
meio de convênio ou instrumento legal habilitador.
Com isto, a competência dos Estados e Distrito Federal no âmbito do Licenciamento
Ambiental é caracterizada como licenciatória residual, qual seja, aquela que não cabe nas
habilidades e competências dos Municípios, todavia, não condizem com as competências
da União, restando os órgãos ambientais ligados aos Estados e Distrito Federal para gerir
as demandas, não por acaso, residuais. Para além disto, reporte-se ainda ao o art. 8º da
Lei Complementar n. 140/2011, pois ele traz o rol completo de ações de competências dos
Estados em sede de Licenciamento Ambiental.
Ademais, em caso de inexistência de órgão ambiental capacitado ou de Conselho
Municipal de Meio Ambiente, aos Estados caberá ainda a incumbência de desempenhar as
ações administrativas municipais, até que sejam criados os órgãos ou Conselhos específicos
anteriormente citados.
Por conseguinte, na ausência de órgãos e Conselhos do Meio Ambiente no âmbito
estadual, cabe à União desempenhar as ações administrativa supra referenciadas, até a
criação dos referidos órgãos na competência dos entes federados citados.
Para além, é fundamental a compreensão acerca do fato de, inicialmente, a Constituição
Federal de 1988 inseriu o Licenciamento Ambiental dentre as competências comuns de
todos os entes federados.

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Assim, conforme dispõe em seu art. 23, inc. 6º e 7º, “É de competência comum da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (...) VI: Proteger o Meio Ambiente
e combater a poluição em qualquer de suas formas. VII: Preservar as florestas, a fauna e a
flora.”, o que reflete, portanto, que a preocupação quanto à proteção do meio ambiente e à
repartição das competências a ele relacionadas foi uma inclinação do próprio constituinte,
incorporada pelos documentos legais posteriores e decisiva para traçar as normativas
ambientais que surgiriam.

• ETAPAS
O Licenciamento Ambiental, conforme você já viu nas seções anteriores, é um
procedimento de natureza administrativa, cujo objetivo principal é avaliar os potenciais
efeitos danosos ao meio ambiente advindos de ações ou empreendimentos utilizadores
de recursos ambientais.
Para viabilizá-los, conforme dispõe a Resolução n. 327/1997/CONAMA, os órgãos e
instâncias competentes devem realizar uma série de estudos específicos, conceder licenças
e obedecer às etapas que serão listadas a seguir.
Neste sentido, o Licenciamento Ambiental deve, de início, contar com a definição, pelo
órgão ambiental competente, dos documentos, projetos e estudos ambientais necessários
ao início do processo de licenciamento, correspondendo à licença (LP, LI ou LO) requerida
e com a participação do empreendedor interessado (art. 10, inc. I).
Posteriormente, conforme recomenda o inc. II, deve-se dar publicidade aos atos e
documentos requeridos e análise da proposta (inc. III), por parte do órgão competente, do
integrante do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), bem como da realização de
vistoria técnica, quando observada a necessidade.
Mais adiante, solicita-se esclarecimentos e complementações pelo órgão competente
(inc. IV) e integrantes do SISNAMA, conforme haja necessidade de complementação ou de
esclarecimentos, a fim de reaver possíveis obscuridades encontradas nas fases anteriores.
Em seguida, o inc. V prevê a necessidade de realização de audiência pública, quando
couber, a fim de discutir a matéria passível de licenciamento. Aqui cabe ressaltar o caráter
da participação popular trazido pela identidade cidadã da Carta Constitucional de 1988,
bem como evidenciar a importância da oitiva da população nos processos relacionados
ao meio ambiente, posto que se trata do principal bem coletivo juridicamente protegido.
Posterior a este ato, abre-se a solicitação de esclarecimentos e complementações
advindas das discussões resultantes da audiência pública, bem como posteriores alterações,
quando couberem (inc. VI).
Ademais, solicita-se a emissão de parecer técnico conclusivo e jurídico, caso necessário
(inc. VII), seguido de deferimento ou indeferimento do pedido de licença, publicizando o
ato (inc. VIII). Além disto, vale salientar que os parágrafos 1º e 2º do mesmo artigo também
trazem diretrizes essenciais relacionadas às etapas do Licenciamento Ambiental.

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Vejamos:

§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar, obrigatoriamente, a certidão


da Prefeitura Municipal, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão
em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a
autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas pelos órgãos
competentes.
§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de impacto ambiental - EIA,
se verificada a necessidade de nova complementação em decorrência de esclarecimentos já
prestados, conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão motivada
e com a participação do empreendedor, poderá formular novo pedido de complementação.

Finalizando, vale destacar ainda a previsão expressa que trata o art. 11, relacionada
à obrigatoriedade de contratação de uma equipe de profissionais especializados para o
desenvolvimento dos estudos necessários ao processo de licenciamento ambiental, ficando
os custos relacionados a essas contratações totalmente às custas do empreendedor.
De tal maneira, cabe ainda ressaltar que, conforme disposição contida no artigo 12,
os profissionais e o responsável pelo projeto são encarregados por atestar a veracidade
das informações apresentadas, podendo, inclusive, serem responsabilizados nos âmbitos
administrativo, penal e civil, em casos de incidentes relacionados à falta de cautela ou da
devida segurança na execução do projeto licenciado.

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RESUMO
O Direito Ambiental é o ramo jurídico que trata do Meio Ambiente sob a perspectiva
de que ele é um bem tutelado pelo Estado e que a garantia de seu equilíbrio ecológico é
uma prerrogativa constitucional.
O Meio Ambiente é um elemento definido pela Lei n. 6.968/1981 como sendo “o conjunto
de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas.”
O Meio Ambiente Natural é um conceito mais ligado à natureza e aos recursos naturais,
podendo ser definido como a porção física, ecológica e biológica que congrega todas as
formas de vida.
O Meio Ambiente Artificial configura o conjunto de edificações e construções públicas
ou privadas que, dentro das cidades e em conjunto com o Meio Ambiente Natural, abriga as
formas de vida. Também conhecido como Meio Ambiente Construído ou Meio Ambiente Urbano.
O Meio Ambiente Cultural apresenta o agrupamento do patrimônio cultural material e
imaterial que auxilia no processo de construção das características identitárias dos grupos
sociais das mais variadas vertentes.
O Meio Ambiente do Trabalho é o local onde os indivíduos exercem suas atividades
laborais e deve oferecer a eles as condições necessárias para que ele possa desenvolver
seu trabalho de forma salubre e que não comprometa negativamente os demais setores
de suas vidas.
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um levantamento realizado por profissionais
de diversas áreas de atuação, que atuam em uma equipe multidisciplinar e cujo objetivo é
a realização de um prévio levantamento de dados técnicos detalhados que autorizam (ou
não) e aconselham (ou não) a viabilidade de uma determinada ação ou empreendimento
em área ambiental conservada e preservada.
Dentro dos levantamentos realizados pelo EIA, tem-se o Relatório de Impacto Ambiental
(RIMA), que atua como uma espécie de apresentação conclusiva do levantamento que fora
desenvolvido pelo EIA, todavia, contando com uma linguagem menos técnica, mais clara e
acessível ao cidadão comum. Seus dados devem ser publicizados para que toda a sociedade
tenha acesso.
O Licenciamento Ambiental é um instrumento de prevenção e fiscalização ambiental,
determinado pela Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Tem caráter administrativo,
gerido pelo órgão ambiental competente, e seu objetivo é a concessão de licença para a
localização, instalação, ampliação ou operacionalização de empreendimentos ou atividades
que representem algum possível dano ambiental.

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A Gestão das Bacias Hidrográficas configura o conjunto de ações e normativas


desenvolvidas para regular o uso e proteger a qualidade dos referidos recursos. No Brasil,
há uma ampla gama de legislações regem a gestão das águas, responsáveis pela formulação
dos princípios e diretrizes necessários para garantir a correta utilização da água. Um dos
grandes marcos da gestão dos recursos hídricos é a Lei Federal n. 9.433/1997, conhecida
como a Lei das Águas.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3º TURMA/2º


PROVA/2020) Segundo disposição constitucional, cabe ao poder público e à coletividade,
enquanto titular do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o dever de
defender e preservar o meio ambiente.

002. (FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2020) O Meio Ambiente, bem de uso comum do povo,


consiste no equilíbrio ecológico e na higidez do meio e dos recursos naturais, é bem:
a) individual homogêneo, indivisível, indisponível e impenhorável;
b) tangível, disponível e impenhorável;
c) coletivo, divisível e indisponível;
d) comum, geral, difuso, indivisível, indisponível e impenhorável;
e) difuso, divisível, indisponível e impenhorável.

003. (CEBRASPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2017). De


acordo com os princípios do Direito Ambiental, julgue o item que se segue:
O conceito de Meio Ambiente que vem embutido na norma jurídica não abrange o conjunto
de leis que rege a vida em todas as suas formas.

004. (CEBRASPE/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018). Julgue o item seguinte, relativo aos


direitos e garantias fundamentais, ao meio ambiente e à organização político-administrativa.
Constitui regra de garantia do direito humano fundamental ao meio ambiente a possibilidade
de qualquer cidadão ser legitimado a propor ação popular visando à anulação de ato lesivo
ao meio ambiente.

005. (CONSULPLAN/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018). O meio ambiente


ecologicamente equilibrado, como prevê o Art. 225 da Constituição da República Federativa
do Brasil, pressupõe:
a) a proteção somente da flora.
b) a proteção somente da fauna.
c) limitação da propriedade privada.
d) a proteção exclusiva de alguns grupos sociais.

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006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR MUNICIPAL/2017).


A respeito do Direito Ambiental, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF.
a) A proteção jurídica fundamental do meio ambiente ecologicamente equilibrado é
estritamente antropocêntrica, uma vez que se considera o bem ambiental um bem de uso
comum do povo.
b) Além de princípios e direitos, a CF prevê ao poder público e à coletividade deveres
relacionados à preservação do meio ambiente.
c) Será inválida a criação de espaços territoriais ambientalmente protegidos por ato diverso
da lei em sentido estrito.
d) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado consta expressamente na CF
como direito fundamental, o que o caracteriza como direito absoluto.

007. (CESPE-CEBRASPE/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/2017). No que concerne


à Constituição Federal de 1988 (CF) e ao meio ambiente, assinale a opção correta.
a) Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente equilibrado
tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico fundamental que
orienta a aplicação das regras legais.
b) O princípio da livre iniciativa impede que o poder público fiscalize entidades dedicadas
à pesquisa e à manipulação de material genético.
c) O estudo prévio de impacto ambiental será dispensado nos casos de obras públicas
potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental quando elas forem
declaradas de utilidade pública ou de interesse social.
d) Os espaços territoriais especialmente protegidos, definidos e criados por lei ambiental,
poderão ser suprimidos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo municipal para
permitir a moradia de população de baixa renda em área urbana.
e) A competência para proteger o meio ambiente e combater a poluição em todas as suas
formas é concorrente entre a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios, de
modo que a ação administrativa do órgão ambiental da União prevalece sobre a ação dos
demais entes federativos.

008. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO I ÁREA II/2018). A respeito de princípios fundamentais


do direito ambiental, julgue o item subsequente.
Na linha da harmonização entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
econômico, a Constituição Federal de 1988 estabelece a defesa do meio ambiente e permite
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação.

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009. (CEBRASPE/STJ/ANALISTA ÁREA 10/2018). Considerando as disposições legais pertinentes


a sustentabilidade e proteção ambiental, julgue o item a seguir.
Os órgãos da administração pública, inclusive os que compõem o Poder Judiciário, são
responsáveis pela execução da Política Nacional sobre Mudança do Clima, devendo observar,
entre outros, os princípios da precaução, da prevenção e da participação cidadã.

010. (CEBRASPE/PG-DF/PROCURADOR JURÍDICO/2013). Acerca do patrimônio cultural e da


proteção ambiental das terras indígenas, julgue os itens que seguem.
Em rol taxativo, a CF elenca os bens que constituem o patrimônio cultural brasileiro,
como os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.

011. (CEBRASPE/PGDF/ANALISTA JURÍDICO/2020). De acordo com o disposto na Lei n.


6.938/1981, julgue o item a seguir: Um dos objetivos da política nacional do meio ambiente
é a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

012. (CEBRASPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2018). De acordo com o que dispõe a


Lei n.º 6.938/1981, o meio ambiente é considerado como um equipamento público, de
uso comum do povo, a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista a sua
natureza histórica, pan edênica, geracional, ubiquitária e transindividual, abrangendo as
comunidades, os ecossistemas e a biosfera.

013. (CEBRASPE/TRF-1/JUIZ FEDERAL/2011). A biodiversidade integra, na atualidade, a


agenda política, econômica e ambiental em todos os países, sendo sua efetiva proteção
reconhecida como fundamental ao equilíbrio ecológico. Acerca desse tema, assinale a
opção correta.
a) Incluem-se entre os objetos de proteção, no âmbito da biodiversidade, aspectos
relacionados à biotecnologia, tais como a utilização de sistemas biológicos, organismos vivos
e derivados na fabricação ou modificação de produtos ou processos para uso específico.
b) O texto constitucional não incluiu em seus dispositivos a proteção à biodiversidade.
c) A biodiversidade é corretamente definida como a variedade de espécies vivas existentes
nos diversos ecossistemas, não abrangendo as complexas relações que se formam entre
as diversas formas de vida, tampouco os recursos ambientais.
d) A Convenção da Biodiversidade Biológica foi o primeiro documento a definir, no cenário
internacional, a proteção à biodiversidade.
e) Na aplicação das disposições da Política Nacional da Biodiversidade, os limites da jurisdição
nacional restringem-se ao território nacional continental.

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014. (CEBRASPE/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO/2012) Considerando os diversos aspectos que


envolvem o conceito de meio ambiente, particularmente o cultural e o do trabalho, assinale
a opção correta.
a) Considera-se meio ambiente cultural o ambiente integrado pelos equipamentos urbanos
e edifícios comunitários, como as bibliotecas, pinacotecas, museus e instalações científicas
ou similares.
b) O meio ambiente é um bem público classificado pela CF como de uso comum do povo,
razão pela qual não se admite que o seu uso seja oneroso ou imponha a necessidade de
qualquer contraprestação de ordem pecuniária.
c) Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio ambiente,
nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos do Sistema
Único de Saúde.
d) A todos os entes federativos compete a proteção de documentos, obras e outros bens
de valor histórico, artístico, cultural e paisagístico, mas a competência para legislar sobre
esses temas pertence, privativamente, à União.
e) A definição legal de recursos ambientais compreende a fauna e a flora, as águas superficiais
e subterrâneas, o solo e o subsolo, mas não o mar territorial e os demais elementos da biosfera.

015. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018) Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
A sociedade pode acionar o sistema de proteção do meio ambiente e da cultura por meio
de provocação ao Ministério Público e, também, mediante ação popular que vise anular ato
lesivo ao patrimônio público.

016. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). A respeito dos estudos de impacto


ambiental, julgue os itens que se seguem.
Os estudos de impacto ambiental são exigidos, na forma da lei, nos casos de significativa
degradação ambiental.

017. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Há inúmeros princípios ambientais


que orientam a otimização das regras de proteção do meio ambiente. Esses princípios
constam na Política Nacional do Meio Ambiente, na CF e em documentos internacionais
de proteção do meio ambiente, como Conferência de Estocolmo de 1972, Nosso Futuro
Comum (Relatório Brundtland) e Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
de 1992 (ECO-92).
Considerando o texto acima, julgue os itens subsequentes, acerca dos princípios ambientais
e de sua adoção em regras procedimentais de proteção do meio ambiente.
O estudo de impacto ambiental (EIA) e o seu relatório (RIMA) são documentos técnicos de
caráter sigiloso, de forma a impedir danos às empresas concorrentes da obra pública em estudo.

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018. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Com relação ao estudo de impacto


ambiental (EIA), julgue os próximos itens.
Para licenciamento das atividades ou das obras que se enquadram na exigência constitucional
de estudo prévio de impacto ambiental, o empreendedor particular ou a administração
pública deverá, obrigatoriamente, apresentar ao órgão competente estudos que contemplem
todas as alternativas tecnológicas e a localização do projeto, considerando também a
hipótese da sua não execução.

019. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Além dos trabalhos de campo, das


análises de laboratório e do uso da literatura científica e legal pertinente, o estudo de
impacto ambiental inclui a:
a) modelagem e simulação de danos e a redação do memorial que antecede a elaboração
do relatório de impacto ambiental (RIMA).
b) modelação ambiental e a redação do laudo pericial que torna possível a elaboração do RIMA.
c) simulação de riscos e danos, e a elaboração de tutorial socioambiental.
d) redação do RIMA.
e) pesquisa qualitativa, o levantamento estatístico das atividades antrópicas e a redação
do memorial de impacto socioambiental

020. (CEBRASPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012). A respeito do EIA, importante instrumento


da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os próximos itens.
Não poderá ser deferida licença ambiental se o EIA e seu respectivo relatório — EIA/RIMA
— revelarem possibilidade de danos graves ao meio ambiente.

021. (VUNESP/SP-URBANISMO/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO/2014). O procedimento


administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza a localização, instalação, ampliação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental é:
a) o direito ambiental.
b) o impacto ambiental.
c) o licenciamento ambiental.
d) o exploração ambiental.
e) o zoneamento ambiental.

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022. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Acerca do licenciamento ambiental e do


poder de polícia ambiental, julgue o item seguinte.
Para a definição da sanção decorrente de conduta infracional contra o meio ambiente,
deverão ser considerados a gravidade dos fatos e os antecedentes do infrator, sendo vedada
como critério a situação econômica deste.

023. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2010). Das atividades econômicas abaixo, NÃO está


sujeito a prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) o projeto de:
a) portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.
b) ferrovias.
c) exploração econômica de madeira em área acima de 100 hectares.
d) barragem hidrelétrica com potencial de 9mW.
e) estradas de rodagem com duas faixas de rolamento.

024. (FCC/TJ-MS/JUIZ/2010). O tipo de licença ambiental, expedida na fase preliminar do


planejamento do empreendimento, destinada, entre outras finalidades, a atestar a sua
viabilidade ambiental e a estabelecer as condições para a sua instalação denomina- se:
a) auditoria ambiental.
b) licença prévia.
c) relatório ambiental preliminar.
d) licença de instalação.
e) estudo prévio de impacto ambiental.

025. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Acerca do direito ambiental, julgue os


itens seguintes.
Com a finalidade de resguardar o meio ambiente, a legislação prevê controles prévios por
parte de autoridades públicas, materializados mediante licenças, autorizações, permissões,
estudos e relatórios de impactos ambientais destinados a verificar a observância das normas
de direito ambiental pelos respectivos destinatários. Assim, a aprovação da atividade e a
outorga de licença pela autoridade competente liberam o empreendedor da responsabilidade
pelo eventual dano que vier a causar ao meio ambiente e a terceiro.

026. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JÚNIOR-DIREITO/2010). Em projeto


de construção de um gasoduto no território nacional deve-se considerar, entre outros
quesitos, que:
a) a necessidade de submissão da atividade ao prévio procedimento de licenciamento
ambiental dependerá da análise das características e peculiaridades do projeto pelo órgão
ambiental competente, tais como extensão e localização do gasoduto.
b) no curso do licenciamento ambiental deverá ser elaborado Estudo Prévio de Impacto
Ambiental, com seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental, tendo em vista ser a
atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental.
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c) como se trata de atividade que deve se submeter ao prévio licenciamento ambiental,


deverão ser realizadas audiências públicas, que têm como finalidade expor aos interessados
o projeto que se pretende construir.
d) caso o projeto do gasoduto contenha previsão de se desenvolver em terras indígenas, o
órgão ambiental estadual, competente para análise do pedido de licença ambiental, deverá
considerar o exame técnico pro- cedido pela FUNAI.
e) a obtenção da Licença Prévia (LP), expedida pelo órgão ambiental competente, autoriza a
instalação do gasoduto, de acordo com as especificações dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes.

027. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Julgue os seguintes itens, acerca do


licenciamento ambiental.
Para a obtenção da licença prévia, é necessário que o empreendedor efetue o depósito em
juízo de 25% do valor total do empreendimento.

028. (CEBRASPE/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2010). A PNMA foi estabelecida em


1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981, que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei
é o estabelecimento de padrões que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por
meio de mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito desse
assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.
a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos estados e dos
municípios; o DF não compõe esse sistema.
b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da PNMA.
c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.
e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.

029. (CEBRASPE/TRF 5ºREGIÃO/JUIZ FEDERAL/2011). Considerando o conceito e a natureza


econômica do direito ambiental e da PNMA, assinale a opção correta.
a) As diretrizes da PNMA, dispostas na Lei n.º 6.938/1981, orientam a ação do governo federal
no que se refere à qualidade ambiental e à manutenção do equilíbrio ecológico, cabendo
aos estados, ao DF e aos municípios, no exercício de sua autonomia político-legislativa,
estabelecer livremente as normas e os planos ambientais por meio de leis próprias.
b) Ao conceber o meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida humana, o direito ambiental
ostenta índole antropocêntrica, considerando o ser humano o seu único destinatário.

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c) O direito ambiental é dotado de instrumentos que o capacitam a atuar na ordem econômica,


e, nesse sentido, a PNMA visa, entre outros objetivos, assegurar adequado padrão de
desenvolvimento socioeconômico ao país.
d) Ainda que a CF não considere expressamente a defesa do meio ambiente como princípio
que rege a atividade econômica, a livre iniciativa somente pode ser praticada observadas
as regras constitucionais que tratam do tema.
e) A CF estabelece regras mediante as quais a função social da propriedade urbana submete-
se à necessidade de preservação ambiental, contudo, com relação à propriedade rural, o
texto constitucional nada diz a esse respeito, embora disponha sobre a obrigatoriedade de
existirem normas infraconstitucionais que estipulem critérios sobre o tema.

030. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Acerca de competências e cooperação


entre os entes públicos no exercício da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os itens
seguintes.
O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, que constitui instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, é
gerenciado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

031. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2011). A tutela do meio ambiente, devido à


complexidade que engendra, envolve definição de políticas públicas, utilização adequada
de instrumentos de prevenção e controle das atividades econômicas e atuação constante
do poder público. Acerca desse tema, assinale a opção correta.
a) O estudo de impacto ambiental exigido por órgão ambiental competente pode ser objeto
de reforma judicial.
b) Entre as atribuições do Conselho Nacional do Meio Ambiente, integrante do Sistema
Nacional de Meio Ambiente, inclui-se o desenvolvimento de projetos para o uso racional e
sustentável de recursos naturais e para melhorar a qualidade de vida da população.
c) Comparado à avaliação de impacto ambiental, o estudo de impacto ambiental tem
abrangência restrita.
d) O estudo de impacto ambiental tem natureza jurídica de ato administrativo ambiental.
e) A autorização para o funcionamento de atividade potencialmente degradadora do ambiente
independe da localização do empreendimento ou de estudos preliminares de uso do solo.

032. (CEBRASPE/IBRAM-DF/ADVOGADO/2009). Com relação ao estudo de impacto ambiental


(EIA), julgue os próximos itens.
A administração pública poderá dispensar o EIA e o relatório de impacto ambiental (RIMA) de
determinado empreendimento. A dispensa imotivada do EIA/RIMA viola norma constitucional
e é considerada falta grave do servidor que a autorizar.

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033. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Para a finalidade de licenciamento


ambiental, a Resolução CONAMA n.º 001/1986 estabelece que o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) deverá conter o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto
avaliado, completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área antes da implantação do projeto.

034. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Alguns empreendimentos, como


aqueles relacionados à indústria de papel e celulose, são dispensados de licenciamento
ambiental pelo CONAMA.

035. (CEBRASPE/IBAMA/ ANALISTA AMBIENTAL /2013) O processo de licenciamento ambiental


é composto por um grupo de três licenças: licença prévia, licença de instalação e licença de
operação. Essas licenças são complementares e interdependentes.

036. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013) Se o procedimento de licenciamento foi


baseado em EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador obriga-se a realizar audiência pública
em todos os municípios diretamente afetados pelo empreendimento.

037. (CEBRASPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) O relatório de impacto


ambiental (RIMA), que condensa os dados e as conclusões do estudo de impacto ambiental
(EIA), deve considerar o meio físico, o biológico e o socioeconômico da área a ser afetada
pelo empreendimento avaliado.

038. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA JURÍDICO/2018) Dentre os principais documentos empregados


em Processos de Licenciamento Ambiental no Brasil, o:
a) Relatório de Conservação Ambiental (RCA) é elaborado ao final do empreendimento
e deve descrever, de forma pormenorizada, os procedimentos de controle dos impactos
ambientais de médio e longo prazo resultantes da atividade ou empreendimento.
b) PRAD decorre da regra de que os empreendimentos que se destinam à exploração dos
recursos minerais deverão, quando da apresentação do EIA e do RIMA, submeter, à aprovação
do órgão ambiental competente, um plano de recuperação de áreas degradadas.
c) PCA é exigido para empreendimentos e/ou atividades com elevada capacidade de gerar
impactos ambientais irreversíveis, exigindo, pelo princípio da precaução, revalidação da
licença ambiental em cada fase do projeto.
d) EIA e o PCA são condições para concessão das Licenças Prévia e de Instalação, ao passo
que o PRAD e o RIMA são necessários para obtenção da Licença de Operação.
e) EIA é uma espécie de resumo executivo do RIMA, elaborado de modo a tornar inteligível
ao público em geral o impacto ambiental resultante da atividade ou do empreendimento.

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039. (FCC/SEMAR-PI/AUDITOR FISCAL AMBIENTAL/2018) Conforme regulamentação


estabelecida pela Resolução n. 237/1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente − CONAMA
em relação ao licenciamento ambiental:
a) O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para
cada modalidade de licença, em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento,
bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo
máximo de 3 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento
ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública,
quando o prazo será de até 6 meses.
b) O prazo de validade da Licença Prévia − LP deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo
cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento
ou atividade, não podendo ser superior a 10 anos.
c) O prazo de validade da Licença de Operação − LO deverá considerar os planos de controle
ambiental e será de, no mínimo, 4 anos e, no máximo, 5 anos.
d) O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença
expedida, quando ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas
legais.
e) A Licença de Instalação − LI autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

040. (CEBRASPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL-PROCESSUAL /2018). Considerando


essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base em aspectos legais a ela
relacionados.
O aspecto cultural do meio ambiente é objeto da lide na medida em que um dos fundamentos
apresentados pelo cidadão é a proteção da área em que está construído o cemitério.

041. (CEBRASPE/TRF 5º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013). O Direito ao Meio Ambiente é um


direito de interesse:
a) Individual homogêneo de grande relevância social.
b) Coletivo.
c) Difuso.
d) Meramente individual.
e) Exclusivo do Poder Público.

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042. (CEBRASPE/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/2020). Com


relação ao tratamento constitucional dado à questão ambiental, é correto afirmar que a
Constituição Federal de 1988:
a) prevê a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado como dever apenas
de parte da coletividade e obrigação do poder público.
b) confere juridicidade ao valor ético da alteridade, objetivando uma pretensão universal de
solidariedade social, ao tratar das gerações futuras e dos animais como sujeitos de direito.
c) estabelece que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é não só um direito, mas
também um dever de toda a coletividade e do poder público.
d) reconhece o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, um direito fundamental
de segunda geração, segundo a jurisprudência do STF.
e) estabelece que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado corresponde ao
princípio do desenvolvimento sustentável, com suas facetas cultural, social e econômica.

043. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018). Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizam seus respectivos sistemas de
cultura a partir das determinações constantes da Constituição Federal de 1988, sendo
vedada a criação de leis próprias sobre o assunto por cada um desses entes.

044. (FCC/TRF-5/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2017). Considere as


afirmações abaixo sobre o patrimônio cultural brasileiro.
I – Os modos de criar, fazer e viver, bem como as formas de expressão, portadores de
referência à identidade, ação e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira constituem patrimônio cultural brasileiro.
II – Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas
dos antigos quilombos.
III – É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de
despesas com pessoal e encargos sociais, serviço da dívida e qualquer outra despesa corrente
não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
IV – As edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais não
constituem patrimônio cultural brasileiro.
À luz da Constituição Federal, está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
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045. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA 1-ÁREA 4/2018). Com relação à preservação do patrimônio


cultural brasileiro e ao papel do Estado nesse assunto, julgue o item subsecutivo.
No direito brasileiro, a preservação do patrimônio cultural tem prevalência sobre a tentativa
de equilíbrio social.

046. (FGV/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO-ADVOGADO/2016). A CRFB/88 destacou o direito


ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como essencial à sadia qualidade de vida.
Sobre a disciplina constitucional do meio ambiente, assinale a afirmativa correta.
a) Os espaços territorialmente protegidos criados pela Constituição são bens de uso comum
do povo, de modo que restou excluída a possibilidade de propriedade privada nos mesmos.
b) É vedada a manipulação de material genético em território nacional, tendo em conta o
princípio da precaução ambiental.
c) A instalação de empreendimento potencialmente causador de significativa degradação
do meio ambiente exige estudo prévio de impacto ambiental.
d) Os Estados não detêm competência constitucional para legislar sobre meio ambiente,
atuando de forma supletiva à legislação federal.
e) Em homenagem ao princípio da norma mais favorável ao meio ambiente, lei estadual
pode vedar a instalação de usina que opere com reator nuclear em seu território.

047. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA/ADVOGADO/2008). Com relação à tutela


jurídica da fauna no ordenamento jurídico brasileiro, assinale (V) para a afirmativa verdadeira
e (F) para a falsa.

( ) De forma excepcional e mediante lei específica, é possível a submissão de animais a


tratamentos cruéis, quando em benefício da saúde e segurança públicas.
( ) Não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que
sejam manifestações culturais, devendo ser regulamentadas por lei específica.
( ) São vedadas práticas que coloquem em risco a função ecológica dos animais, ainda
que em benefício da saúde pública.

As afirmativas são, respectivamente:


a) V – V - V
b) F – V – V
c) V – V - F
d) V – F - V
e) F – F – V

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048. (FCC/MPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019). Segundo prevê o art. 225 da


Constituição Federal “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”. Nesse caso,
a) degradação ambiental e poluição são expressões que se equivalem.
b) como cabe ao Poder Público o dever de defender o meio ambiente, jamais poderá ser
responsabilizado por sua degradação.
c) o poluidor será sempre a pessoa física ou jurídica de direito privado, responsável, direta
ou indiretamente, pela degradação ambiental.
d) o poluidor será a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,
direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
e) a poluição será sempre ilícita.

049. (FCC/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO/2014). A Política Nacional do Meio Ambiente tem por


objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar no País:
a) o aparelhamento do Estado no controle das atividades poluidoras e degradadoras,
principalmente do bioma amazônico;
b) condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e
à proteção da dignidade da vida humana;
c) a estabilidade agrícola;
d) a permanência de espécies ameaçadas de extinção;
e) a livre concorrência sustentável.

050. (FCC/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO/2012). O artigo 225 da Constituição Federal


estabelece que constituem patrimônio nacional, com utilização prevista na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais, as seguintes regiões do Brasil:
a) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira.
b) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal Mato-Grossense
e a Zona Costeira.
c) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira.
d) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e o Pampa gaúcho.
e) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado, o Pampa gaúcho
e a Zona Costeira.

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GABARITO

1. C 35. C
2. d 36. E
3. E 37. C
4. C 38. b
5. c 39. d
6. b 40. C
7. a 41. c
8. C 42. c
9. C 43. E
10. E 44. d
11. C 45. E
12. E 46. c
13. a 47. b
14. c 48. d
15. C 49. b
16. C 50. c
17. E
18. C
19. d
20. E
21. c
22. E
23. d
24. b
25. E
26. b
27. E
28. c
29. c
30. E
31. c
32. C
33. C
34. E

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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3º TURMA/2º
PROVA/2020) Segundo disposição constitucional, cabe ao poder público e à coletividade,
enquanto titular do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, o dever de
defender e preservar o meio ambiente.

Tendo em vista que o texto constitucional delimita a atuação conjunta do poder público
e da sociedade enquanto responsáveis pela defesa e preservação do meio ambiente, para
que as presentes e futuras gerações disponham do equilíbrio ecológico necessário para o
desenvolvimento da vida em sociedade.
Certo.

002. (FCC/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO/2020) O Meio Ambiente, bem de uso comum do povo,


consiste no equilíbrio ecológico e na higidez do meio e dos recursos naturais, é bem:
a) individual homogêneo, indivisível, indisponível e impenhorável;
b) tangível, disponível e impenhorável;
c) coletivo, divisível e indisponível;
d) comum, geral, difuso, indivisível, indisponível e impenhorável;
e) difuso, divisível, indisponível e impenhorável.

A resposta da questão pode ser solucionada com base na interpretação do artigo 225 da
Constituição Federal de 1988, que assim dispõe: “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações.”
Assim, para chegar à resposta correta, você precisa dividir a interpretação do artigo por
partes: primeiro, o fato de o meio ambiente ser um “bem de uso comum do povo” rapidamente
subentende seu caráter “comum, geral e difuso.” Por sua vez, o viés indivisível do meio
ambiente se dá tendo em vista que, caso fosse dividido, perderia parte de seu valor e de sua
unicidade. Memorize, portanto, que um bem indivisível é aquele que não pode ser fracionado,
sob pena de perda ou alteração do valor de sua substância (Vide artigo 87 do Código Civil).
Já a indisponibilidade do meio ambiente se materializa em virtude do seu caráter de direito
humano fundamental, tendo em vista ser “essencial à sadia qualidade de vida” sendo,
portanto, fundamental para a composição do mínimo existencial. Assim, perceba, se é
essencial, é fundamental, se é fundamental, é indisponível, ou seja, não se pode abrir mão ou
negociar. Por fim, por se tratar de um bem público, comum e indisponível, sua característica
impenhorável encerra a interpretação e responde corretamente à exigência do enunciado.
Letra d.
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003. (CEBRASPE/PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2017). De


acordo com os princípios do Direito Ambiental, julgue o item que se segue:
O conceito de Meio Ambiente que vem embutido na norma jurídica não abrange o conjunto
de leis que rege a vida em todas as suas formas.

Você precisa ter em mente o conceito trabalhado no artigo 3º da Lei n. 6.938/1981, ao


determinar que o meio ambiente compreende “o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas.”
Questão puramente “decoreba” de lei.
Errado.

004. (CEBRASPE/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2018). Julgue o item seguinte, relativo aos


direitos e garantias fundamentais, ao meio ambiente e à organização político-administrativa.
Constitui regra de garantia do direito humano fundamental ao meio ambiente a possibilidade
de qualquer cidadão ser legitimado a propor ação popular visando à anulação de ato lesivo
ao meio ambiente.

A alternativa está certa, e para solucioná-la, você não pode esquecer a relevância constitucional
dada à matéria do meio ambiente. Ainda segundo o artigo 5º LXXIII da CF/88, “qualquer
cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.”
Certo.

005. (CONSULPLAN/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO/2018). O meio ambiente


ecologicamente equilibrado, como prevê o Art. 225 da Constituição da República Federativa
do Brasil, pressupõe:
a) a proteção somente da flora.
b) a proteção somente da fauna.
c) limitação da propriedade privada.
d) a proteção exclusiva de alguns grupos sociais.

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Mais uma questão para te provar a importância de memorizar a literalidade de alguns


dispositivos legais que são considerados chaves para algumas áreas de concursos. Ademais,
perceba o quanto os termos excludentes (“somente”, “exclusiva”) facilitam a resolução
da questão com base na eliminação. Por óbvio, a proteção da flora, da fauna e de alguns
grupos sociais, como os indígenas e remanescentes de quilombolas, são prerrogativas
constitucionais acerca do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Sendo assim, para
além da questão exigir que você tenha memorizado o artigo 225 da CF/88, perceba também
a necessidade de compreender os princípios da função social da propriedade. Neste sentido,
vide também o texto do artigo 1.228 do Código Civil, que versa justamente acerca da
limitação da propriedade privada. Vejamos:

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-
la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas
e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial,
a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico,
bem como evitada a poluição do ar e das águas.

Letra c.

006. (CEBRASPE/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/PROCURADOR MUNICIPAL/2017).


A respeito do Direito Ambiental, assinale a opção correta de acordo com o disposto na CF.
a) A proteção jurídica fundamental do meio ambiente ecologicamente equilibrado é
estritamente antropocêntrica, uma vez que se considera o bem ambiental um bem de uso
comum do povo.
b) Além de princípios e direitos, a CF prevê ao poder público e à coletividade deveres
relacionados à preservação do meio ambiente.
c) Será inválida a criação de espaços territoriais ambientalmente protegidos por ato diverso
da lei em sentido estrito.
d) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado consta expressamente na CF
como direito fundamental, o que o caracteriza como direito absoluto.

a) Errada. A proteção jurídica fundamental do meio ambiente ecologicamente equilibrado


inaugurada pela CF/88 guarda sim um posicionamento preponderantemente antropocêntrico,
tendo em vista que apenas os seres humanos são capazes de compreender e cumprir os
dispositivos legais e, por consequência, serem considerados tutelares de direitos, todavia,
esta visão não é estrita, tendo em vista que o texto constitucional também agrega uma

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visão biocêntrica na qual defende a existência valorativa das demais formas de vida para
além da humana e, para tanto, cita elementos como a flora, a fauna e os recursos naturais.
b) Certa. Questão de memorização da letra da lei. Conforme dispõe o artigo 225 da CF/88,
“todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (...) impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”
c) Errada. Inexiste previsão legislativa que exija lei restritiva para a criação de espaços
territoriais ambientalmente protegidos. Todavia, há casos de supressão ou alteração de
tais espaços, conforme disposição legal trazida pelo inciso III do artigo 225 da CF/88, que
assim determina:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
(...)
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a
serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através
de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem
sua proteção;
(...)

d) Errada. É improvável falar em direito absoluto no ordenamento jurídico brasileiro quando,


mesmo se tratando de direitos fundamentais dos mais básicos, sua relativização é totalmente
possível mediante as especificidades que cada caso concreto apresenta.
Letra b.

007. (CESPE-CEBRASPE/PC-GO/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/2017). No que concerne


à Constituição Federal de 1988 (CF) e ao meio ambiente, assinale a opção correta.
a) Entende-se a previsão constitucional de um meio ambiente ecologicamente equilibrado
tanto como um direito fundamental quanto como um princípio jurídico fundamental que
orienta a aplicação das regras legais.
b) O princípio da livre iniciativa impede que o poder público fiscalize entidades dedicadas
à pesquisa e à manipulação de material genético.
c) O estudo prévio de impacto ambiental será dispensado nos casos de obras públicas
potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental quando elas forem
declaradas de utilidade pública ou de interesse social.

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d) Os espaços territoriais especialmente protegidos, definidos e criados por lei ambiental,


poderão ser suprimidos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo municipal para
permitir a moradia de população de baixa renda em área urbana.
e) A competência para proteger o meio ambiente e combater a poluição em todas as suas
formas é concorrente entre a União, os estados, o Distrito Federal (DF) e os municípios, de
modo que a ação administrativa do órgão ambiental da União prevalece sobre a ação dos
demais entes federativos.

a) Certa. Compreensão corretíssima que se pode extrair do artigo 225 da CF/88 e demais
dispositivos pertinentes à temática do meio ambiente. Com base na interpretação da
previsão ambiental da CF/88, é possível chegar a tal conclusão.
b) Errada. Não existe condição que permita que o princípio da livre iniciativa impeça a
fiscalização do poder público em qualquer contexto, muito menos em se tratando de
matéria ambiental. Ademais, dispõe o inciso II do parágrafo 1º do artigo 225 CF/88 que as
incumbências do poder público alcançam a atividade de “II - preservar a diversidade e a
integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa
e manipulação de material genético (...)”.
c) Errada. Alternativa que contradiz o inciso IV do artigo 225, parágrafo 1º da CF/88, que
assim dispõe: § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: (...)
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que
se dará publicidade; (...).”
d) Errada. Mais uma alternativa que contradiz o parágrafo 1º do artigo 225 da CF/88, desta
vez se relacionando ao inciso III, que assim dispõe:

(...) definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção (...).

e) Errada. Municípios não são dotados de competência concorrente. Neste caso, a competência
é comum para com os demais entes federados. Posto isto, atente ao disposto no artigo 23 da
CF/88: “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (...).”
Letra a.

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008. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO I ÁREA II/2018). A respeito de princípios fundamentais


do direito ambiental, julgue o item subsequente.
Na linha da harmonização entre a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento
econômico, a Constituição Federal de 1988 estabelece a defesa do meio ambiente e permite
tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus
processos de elaboração e prestação.

O texto constitucional prevê o direcionamento de tratamento diferenciado em conformidade


com a magnitude do impacto ambiental realizado. Veja abaixo a fundamentação legal para
tal afirmação:

CF/88. Art. 170, caput: A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observando os seguintes princípios:
(...)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.

Certo.

009. (CEBRASPE/STJ/ANALISTA ÁREA 10/2018). Considerando as disposições legais pertinentes


a sustentabilidade e proteção ambiental, julgue o item a seguir.
Os órgãos da administração pública, inclusive os que compõem o Poder Judiciário, são
responsáveis pela execução da Política Nacional sobre Mudança do Clima, devendo observar,
entre outros, os princípios da precaução, da prevenção e da participação cidadã.

Segundo o artigo 3º da Lei n. 12.187/2009, que estabelece a Política Nacional sobre Mudança
do Clima (PNMC), os princípios norteadores de sua atividade são: da precaução, da prevenção,
da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e das responsabilidades comuns.
Certo.

010. (CEBRASPE/PG-DF/PROCURADOR JURÍDICO/2013). Acerca do patrimônio cultural e da


proteção ambiental das terras indígenas, julgue os itens que seguem.
Em rol taxativo, a CF elenca os bens que constituem o patrimônio cultural brasileiro,
como os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.

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A Constituição Federal de 1988 não apresenta todos os bens que compõem o patrimônio
cultural brasileiro. Neste âmbito, o rol trazido pelo artigo 216 tem o caráter meramente
exemplificativo, podendo haver outros bens culturais que não estão constitucionalmente
especificados. Desta maneira, veja abaixo o referido artigo:
Art. 216 - Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações
artístico-culturais;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico.
§ 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação,
e de outras formas de acautelamento e preservação.

Errado.

011. (CEBRASPE/PGDF/ANALISTA JURÍDICO/2020). De acordo com o disposto na Lei n.


6.938/1981, julgue o item a seguir: Um dos objetivos da política nacional do meio ambiente
é a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.

De acordo com a Lei n. 6.938/1981, em seu artigo 4º parágrafo 1º, um dos objetivos da
Política Nacional do Meio Ambiente é:

I – a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade


do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
(...)

Certo.

012. (CEBRASPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2018). De acordo com o que dispõe a


Lei n.º 6.938/1981, o meio ambiente é considerado como um equipamento público, de
uso comum do povo, a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista a sua
natureza histórica, pan edênica, geracional, ubiquitária e transindividual, abrangendo as
comunidades, os ecossistemas e a biosfera.

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De acordo com o inciso I do parágrafo 3º da Lei n. 6.938/1981, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente (PNMA), entende-se por Meio Ambiente o “conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege
a vida em todas as suas formas. (...).” Note que, ao descrever o meio ambiente, não há
menção à palavra “equipamento”.
Errado.

013. (CEBRASPE/TRF-1/JUIZ FEDERAL/2011). A biodiversidade integra, na atualidade, a


agenda política, econômica e ambiental em todos os países, sendo sua efetiva proteção
reconhecida como fundamental ao equilíbrio ecológico. Acerca desse tema, assinale a
opção correta.
a) Incluem-se entre os objetos de proteção, no âmbito da biodiversidade, aspectos
relacionados à biotecnologia, tais como a utilização de sistemas biológicos, organismos vivos
e derivados na fabricação ou modificação de produtos ou processos para uso específico.
b) O texto constitucional não incluiu em seus dispositivos a proteção à biodiversidade.
c) A biodiversidade é corretamente definida como a variedade de espécies vivas existentes
nos diversos ecossistemas, não abrangendo as complexas relações que se formam entre
as diversas formas de vida, tampouco os recursos ambientais.
d) A Convenção da Biodiversidade Biológica foi o primeiro documento a definir, no cenário
internacional, a proteção à biodiversidade.
e) Na aplicação das disposições da Política Nacional da Biodiversidade, os limites da jurisdição
nacional restringem-se ao território nacional continental.

O estudo da Biodiversidade evoluiu conforme a tecnologia se aprimorou. Por isto, além


de proteger as formas de vida, ela passou a incluir o conjunto de técnicas que envolvem
a manipulação de organismos vivos para a formulação de produtos biológicos aplicados
à saúde, à agricultura, à indústria e afins. Este evolução se transformou em uma nova
ciência, denominada Biotecnologia, que passou a utilizar sistemas biológicos em favor do
desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos especiais.
Letra a.

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014. (CEBRASPE/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO/2012) Considerando os diversos aspectos que


envolvem o conceito de meio ambiente, particularmente o cultural e o do trabalho, assinale
a opção correta.
a) Considera-se meio ambiente cultural o ambiente integrado pelos equipamentos urbanos
e edifícios comunitários, como as bibliotecas, pinacotecas, museus e instalações científicas
ou similares.
b) O meio ambiente é um bem público classificado pela CF como de uso comum do povo,
razão pela qual não se admite que o seu uso seja oneroso ou imponha a necessidade de
qualquer contraprestação de ordem pecuniária.
c) Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio ambiente,
nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos do Sistema
Único de Saúde.
d) A todos os entes federativos compete a proteção de documentos, obras e outros bens
de valor histórico, artístico, cultural e paisagístico, mas a competência para legislar sobre
esses temas pertence, privativamente, à União.
e) A definição legal de recursos ambientais compreende a fauna e a flora, as águas superficiais
e subterrâneas, o solo e o subsolo, mas não o mar territorial e os demais elementos da
biosfera.

a) Errada. O Meio Ambiente Cultural é integrado pelo patrimônio cultural material e imaterial,
conforme você já viu nos tópicos anteriores.
b) Errada. O Meio Ambiente é um bem público devidamente classificado pela CF/88 e o seu
uso é admitido em casos que sejam onerosos ou imponham a necessidade de contraprestação
pecuniária, ponto que se sustenta com base no princípio do Usuário Pagador, que você
aprenderá na aula sobre os Princípios do Direito Ambiental.
c) Certa. Ao estabelecer a tutela do meio ambiente, a CF dispõe que a proteção do meio
ambiente, nele compreendido o meio ambiente do trabalho, constitui um dos objetivos
do Sistema Único de Saúde, conforme previsão do artigo 200 da CF/88, que assim dispõe:

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
(...)
VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

d) Errada. A competência para legislar sobre a proteção do patrimônio cultural é repartida


entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a fim de que as diversidades regionais
possam ser devidamente protegidas mediante a criação de leis específicas para atender
a cada caso concreto.
e) Errada. A definição dos recursos ambientais compreende a flora, a fauna, as bacias
hidrográficas abrangentes e demais elementos da biosfera.
Letra c.

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015. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018) Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
A sociedade pode acionar o sistema de proteção do meio ambiente e da cultura por meio
de provocação ao Ministério Público e, também, mediante ação popular que vise anular ato
lesivo ao patrimônio público.

Para solucionar, mais uma vez, você deve recorrer à clássica “decoreba” da letra de lei. A
memorização de alguns conceitos jurídicos considerados chaves são fundamentais para
que você consiga responder a este tipo de questão puramente legislativa.
Desta maneira, atente à previsão legal contida no artigo 5º inciso LXXIII da CF/88 e só com
isso dá pra “matar” a questão. Veja:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa,
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
(...)

Certo.

016. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). A respeito dos estudos de impacto


ambiental, julgue os itens que se seguem.
Os estudos de impacto ambiental são exigidos, na forma da lei, nos casos de significativa
degradação ambiental.

Para memorizar, veja o que dispõe o artigo 225 da CF/88 a respeito dos estudos de impacto
ambiental:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
(...)
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
(...)

Certo.

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017. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Há inúmeros princípios ambientais


que orientam a otimização das regras de proteção do meio ambiente. Esses princípios
constam na Política Nacional do Meio Ambiente, na CF e em documentos internacionais
de proteção do meio ambiente, como Conferência de Estocolmo de 1972, Nosso Futuro
Comum (Relatório Brundtland) e Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,
de 1992 (ECO-92).
Considerando o texto acima, julgue os itens subsequentes, acerca dos princípios ambientais
e de sua adoção em regras procedimentais de proteção do meio ambiente.
O estudo de impacto ambiental (EIA) e o seu relatório (RIMA) são documentos técnicos de
caráter sigiloso, de forma a impedir danos às empresas concorrentes da obra pública em
estudo.

Ao contrário do que ela sugere, diversos são os instrumentos legais que apontam para a
necessidade de publicização dos atos e informações responsáveis por guiar o Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Veja alguns abaixo:
Constituição Federal, artigo 215, parágrafo 1º, inciso IV:

IV – Exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora


de significativa degradação do meio ambiente, o estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade;

Artigo 11 da Resolução n. 001/1981 do CONAMA:

Art. 11 - Respeitado o sigilo industrial, assim solicitando e demonstrando pelo interessado


o RIMA será acessível ao público. Suas cópias permanecerão à disposição dos interessados,
nos centros de documentação ou bibliotecas da SEMA e do estadual de controle ambiental
correspondente, inclusive o período de análise técnica.

ARTIGO 3º da Resolução n. 237/1997 do CONAMA:

Art. 3º- A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou


potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo
de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao
qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de
acordo com a regulamentação.

Errado.

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018. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Com relação ao estudo de impacto


ambiental (EIA), julgue os próximos itens.
Para licenciamento das atividades ou das obras que se enquadram na exigência constitucional
de estudo prévio de impacto ambiental, o empreendedor particular ou a administração
pública deverá, obrigatoriamente, apresentar ao órgão competente estudos que contemplem
todas as alternativas tecnológicas e a localização do projeto, considerando também a
hipótese da sua não execução.

Segundo a Resolução 237 do CONAMA, somente o empreendedor carrega a obrigação de


arcar, em todos os âmbitos, com as demandas e custos relacionados à instalação, execução
e localização da atividade ou empreendimento. De tal maneira, veja o que dispõe o artigo
11 da referida resolução:

Artigo 11 – Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por


profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor.

Certo.

019. (CEBRASPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2023). Além dos trabalhos de campo, das


análises de laboratório e do uso da literatura científica e legal pertinente, o estudo de
impacto ambiental inclui a:
a) modelagem e simulação de danos e a redação do memorial que antecede a elaboração
do relatório de impacto ambiental (RIMA).
b) modelação ambiental e a redação do laudo pericial que torna possível a elaboração do
RIMA.
c) simulação de riscos e danos, e a elaboração de tutorial socioambiental.
d) redação do RIMA.
e) pesquisa qualitativa, o levantamento estatístico das atividades antrópicas e a redação
do memorial de impacto socioambiental

O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é uma etapa inclusa na Avaliação de Impacto


Ambiental (EIA).
Letra d.

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020. (CEBRASPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012). A respeito do EIA, importante instrumento


da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os próximos itens.
Não poderá ser deferida licença ambiental se o EIA e seu respectivo relatório — EIA/RIMA
— revelarem possibilidade de danos graves ao meio ambiente.

O EIA/RIMA não vincula ou obriga a decisão a ser tomada pelo órgão ambiental. A realização
do referido estudo serve para indicar quais são as possibilidades de danos graves ao meio
ambiente. Após a identificação dessas incorrências, a administração pública deve exigir o
cumprimento de medidas exequíveis para impossibilitar a realização de danos ambientais
potencialmente causados. Como exemplo, lembre-se do caso da instalação da Usina de
Belo Monte.
Errado.

021. (VUNESP/SP-URBANISMO/ANALISTA DE DESENVOLVIMENTO/2014). O procedimento


administrativo pelo qual o órgão ambiental autoriza a localização, instalação, ampliação e
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental é:
a) o direito ambiental.
b) o impacto ambiental.
c) o licenciamento ambiental.
d) o exploração ambiental.
e) o zoneamento ambiental.

A definição legal de Licenciamento Ambiental está disposta na Lei Complementar n. 140/2011,


art. 2º, I:

I – Licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou


empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores
ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental;

Ademais, de acordo com o artigo 10 da Lei n. 6.938/1981:

Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades


utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob
qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental.

Letra c.

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022. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Acerca do licenciamento ambiental e do


poder de polícia ambiental, julgue o item seguinte.
Para a definição da sanção decorrente de conduta infracional contra o meio ambiente,
deverão ser considerados a gravidade dos fatos e os antecedentes do infrator, sendo vedada
como critério a situação econômica deste.

A Lei n. 9.605/1998 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas


e atividades lesivas ao meio ambiente. Assim, em seu artigo 6º, prevê:

Art. 6º - Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:


I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde
pública e para o meio ambiente;
II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III – a situação econômica do infrator, no caso de multa.

Errado.

023. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2010). Das atividades econômicas abaixo, NÃO está


sujeito a prévio Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) o projeto de:
a) portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos.
b) ferrovias.
c) exploração econômica de madeira em área acima de 100 hectares.
d) barragem hidrelétrica com potencial de 9mW.
e) estradas de rodagem com duas faixas de rolamento.

A Resolução n. 01/1986 do CONAMA estabelece, dentre outros parâmetros, um rol


exemplificativo de atividades que são consideradas potencialmente causadoras de degradação
ambiental significativa. Neste sentido, por força do artigo 2º, precisamente na alínea G,
determina que, dentre tais atividades, inclui-se as “barragens para fins hidrelétricos acima
de 10MW.”
Letra d.

024. (FCC/TJ-MS/JUIZ/2010). O tipo de licença ambiental, expedida na fase preliminar do


planejamento do empreendimento, destinada, entre outras finalidades, a atestar a sua
viabilidade ambiental e a estabelecer as condições para a sua instalação denomina- se:
a) auditoria ambiental.
b) licença prévia.
c) relatório ambiental preliminar.
d) licença de instalação.
e) estudo prévio de impacto ambiental.

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A Licença Prévia é a licença que aprova a localização do projeto a ser desenvolvido, e ainda
certifica a viabilidade ambiental do mesmo. Por esta razão, em se tratando de uma licença
preliminar à efetiva realização do projeto, é expedida na fase preliminar do planejamento
da atividade.
Letra b.

025. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Acerca do direito ambiental, julgue os


itens seguintes.
Com a finalidade de resguardar o meio ambiente, a legislação prevê controles prévios por
parte de autoridades públicas, materializados mediante licenças, autorizações, permissões,
estudos e relatórios de impactos ambientais destinados a verificar a observância das normas
de direito ambiental pelos respectivos destinatários. Assim, a aprovação da atividade e a
outorga de licença pela autoridade competente liberam o empreendedor da responsabilidade
pelo eventual dano que vier a causar ao meio ambiente e a terceiro.

Veja o que dispõe o artigo 225 da CF/88 acerca da responsabilização dos infratores ambientais:

Art. 225. (...)


§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.

Errado.

026. (CESGRANRIO/PETROBRAS/PROFISSIONAL JÚNIOR-DIREITO/2010). Em projeto


de construção de um gasoduto no território nacional deve-se considerar, entre outros
quesitos, que:
a) a necessidade de submissão da atividade ao prévio procedimento de licenciamento
ambiental dependerá da análise das características e peculiaridades do projeto pelo órgão
ambiental competente, tais como extensão e localização do gasoduto.
b) no curso do licenciamento ambiental deverá ser elaborado Estudo Prévio de Impacto
Ambiental, com seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental, tendo em vista ser a
atividade potencialmente causadora de significativo impacto ambiental.
c) como se trata de atividade que deve se submeter ao prévio licenciamento ambiental,
deverão ser realizadas audiências públicas, que têm como finalidade expor aos interessados
o projeto que se pretende construir.

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d) caso o projeto do gasoduto contenha previsão de se desenvolver em terras indígenas, o


órgão ambiental estadual, competente para análise do pedido de licença ambiental, deverá
considerar o exame técnico pro- cedido pela FUNAI.
e) a obtenção da Licença Prévia (LP), expedida pelo órgão ambiental competente, autoriza a
instalação do gasoduto, de acordo com as especificações dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes.

O EIA/RIMA só é exigido em casos de significativa, potencial ou efetiva degradação ambiental


que determinado projeto ou atividade possa ocasionar. Todavia, há casos em que se presume
a existência de uma significativa degradação ambiental, e tais casos estão previstos de
forma exemplificativa no artigo 2º da Resolução n. 01/1986 do CONAMA. Veja:
Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de
impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e
do IBAMA e1n caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente,
tais como:
(...)
V – Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
(...)

Letra b.

027. (CEBRASPE/IPHAN/TÉCNICO ÁREA 1/2018). Julgue os seguintes itens, acerca do


licenciamento ambiental.
Para a obtenção da licença prévia, é necessário que o empreendedor efetue o depósito em
juízo de 25% do valor total do empreendimento.

A Licença Prévia (LP) é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento


ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental
e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação.
Errado.

028. (CEBRASPE/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2010). A PNMA foi estabelecida em


1981 mediante a edição da Lei n.º 6.938/1981, que criou o SISNAMA. O objetivo dessa lei
é o estabelecimento de padrões que tornem possível o desenvolvimento sustentável, por
meio de mecanismos e instrumentos para maior proteção do ambiente. A respeito desse
assunto e considerando o disposto na lei, assinale a opção correta.

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a) O SISNAMA congrega os órgãos e as instituições ambientais da União, dos estados e dos


municípios; o DF não compõe esse sistema.
b) Poluição e poluidor são conceitos doutrinários não definidos na lei da PNMA.
c) É objetivo da PNMA a compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a
preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
d) O SISNAMA possui dois órgãos superiores e cinco órgãos locais.
e) Órgãos municipais estão impedidos de elaborar normas ambientais.

De acordo com o artigo 4º da Lei n. 6.938/1981, um dos objetivos da Política Nacional do


Meio Ambiente é “a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação
da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.” (inciso I).
Letra c.

029. (CEBRASPE/TRF 5ºREGIÃO/JUIZ FEDERAL/2011). Considerando o conceito e a natureza


econômica do direito ambiental e da PNMA, assinale a opção correta.
a) As diretrizes da PNMA, dispostas na Lei n.º 6.938/1981, orientam a ação do governo federal
no que se refere à qualidade ambiental e à manutenção do equilíbrio ecológico, cabendo
aos estados, ao DF e aos municípios, no exercício de sua autonomia político-legislativa,
estabelecer livremente as normas e os planos ambientais por meio de leis próprias.
b) Ao conceber o meio ambiente como o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química e biológica que permite, abriga e rege a vida humana, o direito ambiental
ostenta índole antropocêntrica, considerando o ser humano o seu único destinatário.
c) O direito ambiental é dotado de instrumentos que o capacitam a atuar na ordem econômica,
e, nesse sentido, a PNMA visa, entre outros objetivos, assegurar adequado padrão de
desenvolvimento socioeconômico ao país.
d) Ainda que a CF não considere expressamente a defesa do meio ambiente como princípio
que rege a atividade econômica, a livre iniciativa somente pode ser praticada observadas
as regras constitucionais que tratam do tema.
e) A CF estabelece regras mediante as quais a função social da propriedade urbana submete-
se à necessidade de preservação ambiental, contudo, com relação à propriedade rural, o
texto constitucional nada diz a esse respeito, embora disponha sobre a obrigatoriedade de
existirem normas infraconstitucionais que estipulem critérios sobre o tema.

Para compatibilizar o meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico, desenvolveu-


se o Princípio do Desenvolvimento Sustentável. Assim, a Lei n. 6.938/1981 compreende,
em seu artigo 2º, que a PNMA deve se pautar na preservação, melhoria e recuperação da

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qualidade ambiental propícia à vida, assegurando condições necessárias para viabilizar o


desenvolvimento socioeconômico, os interesses da segurança nacional e a proteção da
dignidade humana. Adiante, no artigo 4º, a PNMA prima pela busca da compatibilização do
desenvolvimento socioeconômico com a preservação da qualidade do meio ambiente e
do equilíbrio ecológico.
Letra c.

030. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Acerca de competências e cooperação


entre os entes públicos no exercício da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os itens
seguintes.
O Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, que constitui instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, é
gerenciado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente.

De acordo com o artigo 17 da Lei n. 6.938/1981, o Cadastro Técnico Federal de Atividades


Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais é de responsabilidade do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Leia abaixo
a referida disposição legal:

Art. 17 - Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis - IBAMA:
I – Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para registro
obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre problemas
ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos
destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
II – Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades
potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e comercialização de produtos
potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna
e flora.

Errado.

031. (CEBRASPE/TRF 2º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2011). A tutela do meio ambiente, devido à


complexidade que engendra, envolve definição de políticas públicas, utilização adequada
de instrumentos de prevenção e controle das atividades econômicas e atuação constante
do poder público. Acerca desse tema, assinale a opção correta.

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a) O estudo de impacto ambiental exigido por órgão ambiental competente pode ser objeto
de reforma judicial.
b) Entre as atribuições do Conselho Nacional do Meio Ambiente, integrante do Sistema
Nacional de Meio Ambiente, inclui-se o desenvolvimento de projetos para o uso racional e
sustentável de recursos naturais e para melhorar a qualidade de vida da população.
c) Comparado à avaliação de impacto ambiental, o estudo de impacto ambiental tem
abrangência restrita.
d) O estudo de impacto ambiental tem natureza jurídica de ato administrativo ambiental.
e) A autorização para o funcionamento de atividade potencialmente degradadora do ambiente
independe da localização do empreendimento ou de estudos preliminares de uso do solo.

De acordo com a Resolução n. 01/1986 do CONAMA, o licenciamento ambiental está vinculado


à Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) de atividades ou empreendimentos considerados
potencialmente causadores de poluição ambiental, e requerem a elaboração de Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Desta
forma, percebe-se que o EIA/RIMA possuem uma abrangência restrita, tendo em vista
que são exigidos para o licenciamento de obras ou empreendimentos que representem
significativa degradação ambiental.
Letra c.

032. (CEBRASPE/IBRAM-DF/ADVOGADO/2009). Com relação ao estudo de impacto ambiental


(EIA), julgue os próximos itens.
A administração pública poderá dispensar o EIA e o relatório de impacto ambiental (RIMA) de
determinado empreendimento. A dispensa imotivada do EIA/RIMA viola norma constitucional
e é considerada falta grave do servidor que a autorizar.

Ainda que a atividade a ser desenvolvida pelo empreendimento esteja listada no rol apresentado
no artigo 2º da Resolução 01/1986 do CONAMA, a administração deve analisar o caso concreto
para, assim, determinar se há ou não a possibilidade de dispensa do EIA/RIMA.
Certo.

033. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Para a finalidade de licenciamento


ambiental, a Resolução CONAMA n.º 001/1986 estabelece que o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA) deverá conter o diagnóstico ambiental da área de influência do projeto
avaliado, completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, de modo
a caracterizar a situação ambiental da área antes da implantação do projeto.

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Com base no conteúdo que estudamos ao longo desta unidade, lembramos que a Resolução
n. 001/1986 do CONAMA determina as diretrizes do Estudo de Impacto Ambiental (EIA)
que devem ser seguidas pelo empreendedor do projeto a ser executado. Dentre as quais, o
art. 6º inc. I determina que: “O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as
seguintes atividades técnicas: I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem,
de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto.”
Desta forma, percebemos que a questão trata puramente de memorização do texto legal.
Certo.

034. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013). Alguns empreendimentos, como


aqueles relacionados à indústria de papel e celulose, são dispensados de licenciamento
ambiental pelo CONAMA.

Para solucionar esta questão, deve-se memorizar ao menos as grandes áreas que abrangem
os empreendimentos sujeitos ao Licenciamento Ambiental. Assim, a Resolução n. 237/1997
do CONAMA, em seu Anexo 1, determina que a Indústria de Papel e Celulose (fabricação
de celulose e pasta mecânica; fabricação de papel e papelão e fabricação de artefatos de
papel) não estão dispensadas do Licenciamento Ambiental.
Errado.

035. (CEBRASPE/IBAMA/ ANALISTA AMBIENTAL /2013) O processo de licenciamento ambiental


é composto por um grupo de três licenças: licença prévia, licença de instalação e licença de
operação. Essas licenças são complementares e interdependentes.

De acordo com a Resolução n. 237/1997 do CONAMA, o processo de Licenciamento Ambiental


só é viabilizado mediante a emissão de três licenças de funcionamento, destinadas ao
empreendimento passível de licenciamento. São elas: Licença Prévia (LP), concedida na fase
preliminar do planejamento do empreendimento ou da atividade; Licença de Instalação
(LI), responsável pela autorização da instalação do empreendimento ou atividade a ser
licenciada e, por fim, a Licença de Operação (LO), que é a terceira e última etapa do processo
de Licenciamento Ambiental, a qual cabe a autorização, após as etapas anteriores, do
início das operações da atividade ou empreendimento licenciado. Desta maneira, graças
às próprias especificações de cada uma das licenças, é possível concluir que elas são sim,
complementares e dependentes entre si, tornando a questão totalmente verdadeira.
Certo.

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036. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL/2013) Se o procedimento de licenciamento foi


baseado em EIA/RIMA, o órgão ambiental licenciador obriga-se a realizar audiência pública
em todos os municípios diretamente afetados pelo empreendimento.

Para solucionar, inicialmente retomemos ao conteúdo estudado sobre a Participação


Popular no processo de Licenciamento Ambiental. Neste âmbito, temos que a Audiência
Pública é uma importante etapa deste licenciamento, pois garante a participação popular
nos processos decisórios que envolvem a questão do Meio Ambiente.
De acordo com o art. 1º da Resolução n. 09/1987 do CONAMA, ela “tem por finalidade expor
aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas
e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito.” Todavia, segundo a mesma
legislação, a obrigatoriedade de realização de audiência pública se dá, conforme previsão
do art. 2º, “Sempre que (o Órgão Licenciador) julgar necessário, ou quando for solicitado
por entidade civil, pelo Ministério Público ou por 50 (cinquenta) ou mais cidadãos.” Neste
sentido, a questão se torna errada unicamente pela ausência de previsão tão específica
por parte do texto legal.
Errado.

037. (CEBRASPE/TCE-PA/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2016) O relatório de impacto


ambiental (RIMA), que condensa os dados e as conclusões do estudo de impacto ambiental
(EIA), deve considerar o meio físico, o biológico e o socioeconômico da área a ser afetada
pelo empreendimento avaliado.

Conforme já vimos no nosso estudo, o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) constitui uma
síntese detalhada dos levantamentos obtidos por meio do Estudo de Impacto Ambiental
(EIA), desenvolvida com linguagem simplificada para facilitar a compreensão de qualquer
terceiro interessado no assunto.
De acordo com o que determina a Resolução n. 01/1986 do CONAMA, em seu artigo 6º, o EIA
deve envolver, dentre outras atividades, o diagnóstico ambiental da área influenciada pelo
projeto, caracterizando a situação ambiental da localidade antes da implantação do projeto,
considerando o meio físico (subsolo, solo, águas, recursos minerais, dentre outros), o meio
biológico e os ecossistemas naturais (flora e fauna, áreas de preservação permanente (APP),
dentre outros) e o meio socioeconômico (uso e ocupação do solo, das águas, as relações de
dependência entre as comunidades locais e os recursos naturais, dentre outros elementos).
Certo.

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038. (FCC/SEAD-AP/ANALISTA JURÍDICO/2018) Dentre os principais documentos empregados


em Processos de Licenciamento Ambiental no Brasil, o:
a) Relatório de Conservação Ambiental (RCA) é elaborado ao final do empreendimento
e deve descrever, de forma pormenorizada, os procedimentos de controle dos impactos
ambientais de médio e longo prazo resultantes da atividade ou empreendimento.
b) PRAD decorre da regra de que os empreendimentos que se destinam à exploração dos
recursos minerais deverão, quando da apresentação do EIA e do RIMA, submeter, à aprovação
do órgão ambiental competente, um plano de recuperação de áreas degradadas.
c) PCA é exigido para empreendimentos e/ou atividades com elevada capacidade de gerar
impactos ambientais irreversíveis, exigindo, pelo princípio da precaução, revalidação da
licença ambiental em cada fase do projeto.
d) EIA e o PCA são condições para concessão das Licenças Prévia e de Instalação, ao passo
que o PRAD e o RIMA são necessários para obtenção da Licença de Operação.
e) EIA é uma espécie de resumo executivo do RIMA, elaborado de modo a tornar inteligível
ao público em geral o impacto ambiental resultante da atividade ou do empreendimento.

A Instrução Normativa n. 11/2014 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade


(ICMBio) é responsável por estabelecer os procedimentos necessários para a elaboração,
análise, aprovação e acompanhamento da execução de Projeto de Recuperação de Área
Degradada ou Perturbada (PRAD). Os órgãos ambientais competentes, a exemplo do
próprio ICMBio, solicitam este projeto como parte integrante do processo de Licenciamento
Ambiental, nos casos de atividades degradadoras ou modificadoras do meio ambiente, ou
ainda após o empreendimento ou ação licenciada receber punição administrativa por haver
causado degradação ambiental.
Nestes termos, o PRAD constitui conjunto de medidas que oportunizam às áreas degradadas
condições favoráveis para o estabelecimento de um reequilíbrio ambiental mais dinâmico,
oferecendo ao solo, às bacias hidrográficas, às florestas e à paisagem ambiental novas
condições para viverem em harmonia.
Letra b.

039. (FCC/SEMAR-PI/AUDITOR FISCAL AMBIENTAL/2018) Conforme regulamentação


estabelecida pela Resolução n. 237/1997 do Conselho Nacional do Meio Ambiente − CONAMA
em relação ao licenciamento ambiental:
a) O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para
cada modalidade de licença, em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento,
bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo
máximo de 3 meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento
ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública,
quando o prazo será de até 6 meses.
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b) O prazo de validade da Licença Prévia − LP deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo


cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento
ou atividade, não podendo ser superior a 10 anos.
c) O prazo de validade da Licença de Operação − LO deverá considerar os planos de controle
ambiental e será de, no mínimo, 4 anos e, no máximo, 5 anos.
d) O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os
condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença
expedida, quando ocorrer violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas
legais.
e) A Licença de Instalação − LI autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

Por se tratar de uma questão mais complexa, vamos começar a resolução por itens.
a) Errada. A alternativa A está errada no que se refere aos prazos elencados, razão pela qual
ressalta-se a necessidade de memorizar as questões numéricas trazidas pela Resolução
n. 237/1997-CONAMA. Desta maneira, o primeiro prazo trazido pelo enunciado é de no
máximo 06 (seis) meses, ao passo que o segundo é de até 12 (doze) meses.
b) Errada. O prazo de validade da Licença Prévia (LP) é de até 5 (cinco) anos.
c) Errada. Uma vez que o prazo de validade da Licença de Operação (LO) é de no mínimo 4
(quatro) e no máximo 10 (dez) anos.
d) Certa. Em conformidade com o art. 19 da Resolução n. 237/1997-CONAMA, o órgão
ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e
as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando
ocorrer, segundo o parágrafo 1º, violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou
normas legais.
e) Errada. A Licença de Instalação (LI) é o documento que autoriza a devida instalação do
empreendimento ou da atividade a ser licenciada, de acordo com as especificações constantes
dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
demais condicionantes presentes na Licença Prévia (LP). Diante destas explicações, perceba
a importância da memorização dos prazos trazidos pela legislação ambiental vigente, para
não correr o risco de errar as questões por tão pouco!
Letra d.

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040. (CEBRASPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL-PROCESSUAL /2018). Considerando


essa situação hipotética, julgue o item que se segue, com base em aspectos legais a ela
relacionados.
O aspecto cultural do meio ambiente é objeto da lide na medida em que um dos fundamentos
apresentados pelo cidadão é a proteção da área em que está construído o cemitério.

A resposta está correta e, para solucioná-la, você deve lembrar que toda análise a respeito
do meio ambiente vai te levar necessariamente a uma construção teórica baseada em algo
natural ou paisagístico. Sendo assim, o cemitério, por mais que tenha sido construído, faz
parte do meio ambiente, e todas as suas definições (natural, artificial, cultural e do trabalho)
serão amplamente trabalhadas ao longo deste material. Por esta razão, entenda: por mais
que o cemitério seja algo artificial, e ainda que você não o considere uma paisagem bonita,
ele é sim considerado como parte do meio ambiente!
Certo.

041. (CEBRASPE/TRF 5º REGIÃO/JUIZ FEDERAL/2013). O Direito ao Meio Ambiente é um


direito de interesse:
a) Individual homogêneo de grande relevância social.
b) Coletivo.
c) Difuso.
d) Meramente individual.
e) Exclusivo do Poder Público.

O Direito ao Meio Ambiente é um direito de interesse difuso. Para chegar a essa compreensão,
você deve memorizar o conceito de Direito Difuso. Diferentemente do Direito Coletivo, no
qual os sujeitos detentores são passíveis de determinação, tendo em vista que são direitos
direcionados a grupos e categorias estritas (lembra do Direito do Trabalho? Então...), os
Direitos Difusos são mais abrangentes. Esta abrangência se dá em virtude de seus titulares
serem considerados indeterminados ou indetermináveis, sendo assim definidos como
direitos transindividuais. Desta maneira, o Direito ao Meio Ambiente é considerado um
direito difuso, tendo em vista a amplitude e a indeterminação de seus sujeitos passíveis.
Tudo bem que qualquer pessoa é considerada detentora do direito ao meio ambiente
equilibrado, mas você deve entender que é justamente nesse “qualquer pessoa” que mora
a indeterminação do sujeito do direito em comento.
Letra c.

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042. (CEBRASPE/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/2020). Com


relação ao tratamento constitucional dado à questão ambiental, é correto afirmar que a
Constituição Federal de 1988:
a) prevê a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado como dever apenas
de parte da coletividade e obrigação do poder público.
b) confere juridicidade ao valor ético da alteridade, objetivando uma pretensão universal de
solidariedade social, ao tratar das gerações futuras e dos animais como sujeitos de direito.
c) estabelece que o meio ambiente ecologicamente equilibrado é não só um direito, mas
também um dever de toda a coletividade e do poder público.
d) reconhece o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, um direito fundamental
de segunda geração, segundo a jurisprudência do STF.
e) estabelece que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado corresponde ao
princípio do desenvolvimento sustentável, com suas facetas cultural, social e econômica.

Esta é uma típica questão daquelas que nos mostram a necessidade de fazer aquela decoreba
da letra da lei, sabe? Para solucioná-la, apenas memorizando o texto constitucional você
seguramente acerta!
O caput artigo 225 da CF/88, que você acabou de estudar nas linhas anteriores, te dá a
resposta literal da questão. Assim diz: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações.”
Letra c.

043. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA I-ÁREA 4/2018). Com base nas disposições legais acerca
de patrimônio cultural, julgue o próximo item.
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizam seus respectivos sistemas de
cultura a partir das determinações constantes da Constituição Federal de 1988, sendo
vedada a criação de leis próprias sobre o assunto por cada um desses entes.

Tendo em vista que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios possuem competência


para atuar na criação de seus respectivos sistemas de cultura, mediante legislações próprias
para tal fim. Isto se dá tendo em vista que, ao conceder tal liberdade, o texto constitucional
reconhece e dá o aval necessário para que cada ente federado, ao criar seus próprios sistemas
de cultura, possam abranger as diversidades regionais de cada localidade e ainda proteger
de forma mais efetiva os seus respectivos meios ambientes culturais. Para memorizar este
conceito, veja o que trata o artigo 216-A da CF/88:

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Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma


descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas
públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a
sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com
pleno exercício dos direitos culturais.
(...)
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão seus respectivos sistemas de
cultura em leis próprias.

Errado.

044. (FCC/TRF-5/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2017). Considere as


afirmações abaixo sobre o patrimônio cultural brasileiro.
I – Os modos de criar, fazer e viver, bem como as formas de expressão, portadores de
referência à identidade, ação e memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira constituem patrimônio cultural brasileiro.
II – Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas
dos antigos quilombos.
III – É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de
despesas com pessoal e encargos sociais, serviço da dívida e qualquer outra despesa corrente
não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados.
IV – As edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais não
constituem patrimônio cultural brasileiro.
À luz da Constituição Federal, está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, III e IV.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

Mais uma questão que demonstra a necessidade de memorização dos dispositivos legais. A
alternativa correta apresenta exatamente a sequência literal do artigo 216 da CF/88. Veja:

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial,
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: (...)
II – os modos de criar, fazer e viver; (...)

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§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas


dos antigos quilombos.
§ 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à
cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de:
I – despesas com pessoal e encargos sociais;
II – serviço da dívida;
III – qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações
apoiados.

Letra d.

045. (CEBRASPE/IPHAN/ANALISTA 1-ÁREA 4/2018). Com relação à preservação do patrimônio


cultural brasileiro e ao papel do Estado nesse assunto, julgue o item subsecutivo.
No direito brasileiro, a preservação do patrimônio cultural tem prevalência sobre a tentativa
de equilíbrio social.

De início, lembre-se que não existe supremacia entre normas constitucionais. Assim, nos
casos em que há o aparente conflito entre direitos constitucionalmente previstos, deverá
o intérprete optar pela ponderação de interesses e pela análise do caso concreto para,
assim, identificar a convergência dos princípios constitucionais e determinar qual deles
deve ser viabilizado no caso concreto.
Assim, tanto a preservação do patrimônio cultural quanto o equilíbrio social são
consideradas normas constitucionalmente previstas, elencadas no âmbito dos direitos
e garantias individuais. Neste caso, quando há a ocorrência de duas normas em conflito,
memorize que a obrigatoriedade é sempre pela harmonização das mesmas, ou seja, deve-
se optar pela interpretação que melhor favoreça o elemento de maior valor social, daí
surgindo a ideia de harmonização.
Errado.

046. (FGV/CODEBA/ANALISTA PORTUÁRIO-ADVOGADO/2016). A CRFB/88 destacou o direito


ao meio ambiente ecologicamente equilibrado como essencial à sadia qualidade de vida.
Sobre a disciplina constitucional do meio ambiente, assinale a afirmativa correta.
a) Os espaços territorialmente protegidos criados pela Constituição são bens de uso comum
do povo, de modo que restou excluída a possibilidade de propriedade privada nos mesmos.
b) É vedada a manipulação de material genético em território nacional, tendo em conta o
princípio da precaução ambiental.

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c) A instalação de empreendimento potencialmente causador de significativa degradação


do meio ambiente exige estudo prévio de impacto ambiental.
d) Os Estados não detêm competência constitucional para legislar sobre meio ambiente,
atuando de forma supletiva à legislação federal.
e) Em homenagem ao princípio da norma mais favorável ao meio ambiente, lei estadual
pode vedar a instalação de usina que opere com reator nuclear em seu território.

O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um levantamento realizado para avaliar os potenciais de


degradação do meio ambiente e é exigido sempre que há a instalação de um empreendimento
cuja obra ou operação represente ameaça ao patrimônio ambiental.
Letra c.

047. (FGV/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE RORAIMA/ADVOGADO/2008). Com relação à tutela


jurídica da fauna no ordenamento jurídico brasileiro, assinale (V) para a afirmativa verdadeira
e (F) para a falsa.

( ) De forma excepcional e mediante lei específica, é possível a submissão de animais a


tratamentos cruéis, quando em benefício da saúde e segurança públicas.
( ) Não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que
sejam manifestações culturais, devendo ser regulamentadas por lei específica.
( ) São vedadas práticas que coloquem em risco a função ecológica dos animais, ainda
que em benefício da saúde pública.

As afirmativas são, respectivamente:


a) V – V - V
b) F – V – V
c) V – V - F
d) V – F - V
e) F – F – V

Questão muito bem elaborada pela banca, mas você tem que atentar para não cair nas
pegadinhas. Primeiro, é meio que óbvio falar em “tutela jurídica da fauna” e julgar cabível
a submissão dos animais a tratamentos cruéis. Com base nisto, você já elimina a primeira
alternativa. Em seguida, mais uma vez é imprescindível a “decoreba” da letra da lei contida
no artigo 225 da CF/88, especialmente o inciso VII. Relembre:

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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(...)
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

Além disto, outro ponto que não pode deixar de ser levado em consideração é a Emenda
Constitucional n. 96/2017, que incluiu o parágrafo 7º na redação do artigo 225, que assim
dispôs:

§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram
cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais,
conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza
imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei
específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 96, de 2017)

Sendo assim, um exemplo perfeito para que você memorize e não erre questões deste tipo,
é a questão das vaquejadas e rodeios, tão típicas das regiões Nordeste e Centro-Oeste do
país, respectivamente. A prática desportiva que envolve animais, portanto, é legal, desde
que devidamente regulamentadas por lei específica e que não conduza os animais envolvidos
a tratamentos cruéis, assegurando assim o bem-estar deles.
Letra b.

048. (FCC/MPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019). Segundo prevê o art. 225 da


Constituição Federal “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”. Nesse caso,
a) degradação ambiental e poluição são expressões que se equivalem.
b) como cabe ao Poder Público o dever de defender o meio ambiente, jamais poderá ser
responsabilizado por sua degradação.
c) o poluidor será sempre a pessoa física ou jurídica de direito privado, responsável, direta
ou indiretamente, pela degradação ambiental.
d) o poluidor será a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,
direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.
e) a poluição será sempre ilícita.

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Proteger o meio ambiente para as presentes e futuras gerações é uma responsabilidade


compartilhada entre o poder público e a coletividade. Nesta perspectiva, de acordo com o
artigo 3º da Lei n. 6.938/1981, se entende por:
Degradação ambiental: “a alteração adversa das características do meio ambiente.” (inciso II)
Poluição Ambiental: “a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente.” (inciso III)
Poluidor: “a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental.” (inciso IV)
Letra d.

049. (FCC/TJ-CE/JUIZ SUBSTITUTO/2014). A Política Nacional do Meio Ambiente tem por


objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar no País:
a) o aparelhamento do Estado no controle das atividades poluidoras e degradadoras,
principalmente do bioma amazônico;
b) condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e
à proteção da dignidade da vida humana;
c) a estabilidade agrícola;
d) a permanência de espécies ameaçadas de extinção;
e) a livre concorrência sustentável.

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) é disposta pela Lei n. 6.938/1981, e tem por
objetivo, conforme aponta o seu artigo 2º, a preservação, a melhoria e a recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições favoráveis para
o desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendendo uma série de princípios que são dispostos entre os
incisos I a X.
Letra b.

050. (FCC/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO/2012). O artigo 225 da Constituição Federal


estabelece que constituem patrimônio nacional, com utilização prevista na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais, as seguintes regiões do Brasil:
a) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, o Cerrado, a Serra do Mar, o Pantanal
Mato-Grossense e a Zona Costeira.
b) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pantanal Mato-Grossense
e a Zona Costeira.
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c) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-


Grossense e a Zona Costeira.
d) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e o Pampa gaúcho.
e) a Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Cerrado, o Pampa gaúcho
e a Zona Costeira.

Questão puramente decoreba da letra da lei, e existe um macete bem bacana que vou
deixar aqui para que você nunca mais esqueça. Mas antes, vamos ao que dispõe o artigo
225 da CF/88:

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
(...)
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.

Agora que você já viu a disposição constitucional sobre a matéria, vamos ao macete: O
patrimônio nacional é resumido em “FAMA SeM PaZ”. Floresta Amazônica brasileira, MAta
Atlântica, SErra do Mar, PAntanal Mato-Grossense e Zona Costeira.
Letra c.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa. 1988.

_____. RESOLUÇÃO CONAMA n. 1, de 23 de janeiro de 1986.

_____. RESOLUÇÃO CONAMA N. 237, de 19 de dezembro de 1997.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Convenção sobre a Biodiversidade. Paris, 1992.

PRIMACK, Richard B.; RODRIGUES, Efraim. Biologia da Conservação. Londrina: [Planta],


2001. ISBN 8590200213.

SILVA, José Afonso. Direito Ambiental Constitucional. Ed. 19, Malheiros Editores, São
Paulo, 2019.

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