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DIREITO AMBIENTAL
Políticas Públicas na Área Ambiental
Nilton Coutinho
Apresentação..................................................................................................................4
1. Política Nacional do Meio Ambiente.............................................................................4
1.1. Princípios Orientadores da PNMA.. .............................................................................4
1.2. Dos Objetivos da PNMA. ............................................................................................5
1.3. Do Sisnama...............................................................................................................6
1.4. Dos Instrumentos da PNMA...................................................................................... 7
1.5. Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)................................................................... 7
1.6. Estudo e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA...............................................8
1.7. Zoneamento Ambiental........................................................................................... 10
1.8. Lei n. 10.650, de 16 de Abril de 2003..................................................................... 12
2. Licenciamento Ambiental.......................................................................................... 14
2.1. Das Espécies de Licenças Ambientais..................................................................... 15
2.2. Competência para o Licenciamento Ambiental....................................................... 16
3. Política Nacional de Recursos Hídricos.......................................................................17
3.1. Fundamentos da PNRH. ............................................................................................17
3.2. Objetivos da PNRH. ................................................................................................. 18
3.3. Diretrizes da PNRH................................................................................................. 18
3.4. Dos Instrumentos da PNRH.................................................................................... 19
3.5. Da Implementação da PNRH.................................................................................. 20
3.6. Das Organizações Civis de Recursos Hídricos........................................................ 20
3.7. Das Infrações e Penalidades................................................................................... 21
4. Política Nacional de Resíduos Sólidos.. ......................................................................22
4.1. Dos Princípios da PNRS...........................................................................................22
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Apresentação
Neste segundo módulo, analisaremos as principais leis que tratam sobre políticas públicas
na área ambiental, sendo certo que o procedimento de licenciamento ambiental e o EIA/RIMA,
ao lado da Lei n. 6.938/1981 são os temas mais relevantes dentro deste segundo módulo.
Contudo, as demais leis que tratam sobre políticas públicas (política nacional de resíduos
sólidos, política nacional de recursos hídricos, política nacional de mudança do clima, política
nacional de educação ambiental, entre outras) também podem ser exigidas pela banca FGV.
No mais, espero que as aulas do módulo I tenham contribuído para que você tenha uma
noção melhor acerca da importância da proteção do meio ambiente em nosso ordenamento
jurídico. Os conhecimentos que você adquiriu acerca dos princípios de direito ambiental e re-
partição de competências na área ambiental ajudará em muito seu processo de aprendizagem
nesse módulo
Abraços e bons estudos,
Politicas Públicas na Área Ambiental
Tal tema encontra-se regulamentado por meio da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Tal
lei apresenta os objetivos e os princípios orientadores da Política Nacional do Meio Ambiente
Assim, a Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições
ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana1.
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A Lei n. 6.938/1981 foi explícita em relação aos objetivos da Política Nacional do Meio
Ambiente. Assim, segundo estabelece o art. 4º da referida lei, a PNMA visará:
Tratam-se de princípios que servirão de baliza e orientarão a atuação dos profissionais que
atuam na área ambiental e da sociedade como um todo.
2
Cf. art. 2º da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981.
3
Tem-se aqui expressa menção ao princípio do poluidor-pagador, o qual deve, em princípio, arcar com o custo da poluição,
com a devida atenção ao interesse público. Neste sentido, cf. também o princípio 16 da Declaração do Rio/1992.
4
Tal inciso dá amparo legal ao princípio do usuário-pagador. Deste modo, o usuário dos recursos ambientais deve suportar
o conjunto dos custos destinados a tornar possível a sua utilização. Tal medida visa fazer com que os custos não sejam
suportados nem pelos Poderes Públicos, nem por terceiros
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1.3. Do Sisnama
5
Cf. art. 6º da lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981.
6
Neste sentido, veja-se o art. 6º da Resolução CONAMA n. 237/97: “Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os
órgãos competentes da União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendi-
mentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou
convênio”.
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9
Cf. art. 1º da resolução CONAMA n. 1, de 23 de janeiro de 1986.
10
Para mais detalhes, cf. capítulo atinente ao “licenciamento ambiental” nesta obra.
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Objetivos do EIA/EPIA. Tal estudo tem como objetivos: proteger o ambiente para as futu-
ras gerações; garantir a saúde, a segurança e a produtividade do meio ambiente, assim como
seus aspectos estéticos e culturais; garantir a maior amplitude possível de usos, benefícios
dos ambientes não degradados, sem riscos ou outras consequências indesejáveis; preservar
aspectos históricos, culturais e naturais de nossa herança nacional; manter a diversidade am-
biental; garantir a qualidade dos recursos renováveis; introduzir a reciclagem dos recursos não
renováveis; permitir uma ponderação entre os benefícios de um projeto e seus custos ambien-
tais, normalmente não computados nos seus custos econômicos; etc11.
RIMA. Com a conclusão do estudo prévio de impacto ambiental, será apresentado um rela-
tório de impacto ambiental (RIMA). Tal relatório refletirá as conclusões do estudo de impacto
ambiental e conterá, no mínimo:
11
Cf.: Artigo 5º da resolução CONAMA n. 1, de 23 de janeiro de 1986.
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12
Cf.: Artigo 9º da resolução CONAMA n. 1, de 23 de janeiro de 1986.
13
Para mais detalhes, cf. MEIRA, Liziane Angelotti; LEAL, Rhauá Hulek Linário; BARROSO, Pérsio Henrique. Zoneamento Eco-
lógico-Econômico e Imposto Territorial Rural Instrumentos para o desenvolvimento sustentável. In: Revista de Informação
Legislativa. Ano 50 Número 198 abr./jun. 2013. Disponível em:
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/496959/000983408.pdf?sequence=1. Acesso em 25 dez. 2016.
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Em linhas gerais, o ZEE tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir
da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a proteção ambiental. Segun-
do estabelece o art. 3º do referido Decreto, o ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma
vinculada, as decisões dos agentes públicos e privados quanto a planos, programas, projetos
e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena ma-
nutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas. Em resumo: seu objetivo é o
uso sustentável dos recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas existentes.
Assim, este mecanismo de gestão ambiental consiste na delimitação de zonas ambientais
e atribuição de usos e atividades compatíveis entre si, segundo as características (potenciali-
dades e restrições) de cada uma delas.
Por fim, registre-se que o ZEE tem sido utilizado pelo poder público com o objetivo de efe-
tivar ações de planejamento ambiental territorial.
Zoneamento industrial. Do mesmo modo, foi criada a lei n. 6.803, de 2 de julho de 1980
com o objetivo de dispor sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas deno-
minadas áreas críticas de poluição15. Assim, os locais destinados à instalação de indústrias
nessas áreas, serão definidos em esquema de zoneamento urbano, aprovado por lei, que com-
patibilize as atividades industriais com a proteção ambiental.
As zonas industriais subdividem-se em: a) zonas de uso estritamente industrial16; b) zonas
de uso predominantemente industrial17; c) zonas de uso diversificado18.
14
Cf. art. 14 da Lei n. 12.651, de 25 de maio de 2012.
15
Sobre áreas críticas de poluição veja o art. 4º do Decreto-lei n. 1.413, de 14 de agosto de 1975
16
Art . 2º As zonas de uso estritamente industrial destinam-se, preferencialmente, à localização de estabelecimentos indus-
triais cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações possam causar perigo à saúde,
ao bem-estar e à segurança das populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento
de efluentes, nos termos da legislação vigente.
17
Art . 3º As zonas de uso predominantemente industrial destinam-se, preferencialmente, à instalação de indústrias cujos
processos, submetidos a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, não causem incômodos sensíveis às
demais atividades urbanas e nem perturbem o repouso noturno das populações.
18
Art . 4º As zonas de uso diversificado destinam-se à localização de estabelecimentos industriais, cujo processo produtivo
seja complementar das atividades do meio urbano ou rural que se situem, e com elas se compatibilizem, independente-
mente do uso de métodos especiais de controle da poluição, não ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes à saúde,
ao bem-estar e à segurança das populações vizinhas.
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Dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades
integrantes do Sisnama.
Texto legal:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a se-
guinte Lei:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o acesso público aos dados e informações ambientais existentes nos
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – Sisnama, instituído pela
Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração Pública, direta, indireta e fundacional, integrantes
do Sisnama, ficam obrigados a permitir o acesso público aos documentos, expedientes e processos
administrativos que tratem de matéria ambiental e a fornecer todas as informações ambientais que
estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, sonoro ou eletrônico, especialmente as relativas a:
I – qualidade do meio ambiente;
II – políticas, planos e programas potencialmente causadores de impacto ambiental;
III – resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de poluição e de atividades
potencialmente poluidoras, bem como de planos e ações de recuperação de áreas degradadas;
IV – acidentes, situações de risco ou de emergência ambientais;
V – emissões de efluentes líquidos e gasosos, e produção de resíduos sólidos;
VI – substâncias tóxicas e perigosas;
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Art. 9º As informações de que trata esta Lei serão prestadas mediante o recolhimento de valor cor-
respondente ao ressarcimento dos recursos despendidos para o seu fornecimento, observadas as
normas e tabelas específicas, fixadas pelo órgão competente em nível federal, estadual ou municipal.
Art. 10. Esta Lei entra em vigor quarenta e cinco dias após a data de sua publicação.
2. Licenciamento Ambiental
Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instala-
ção, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas
técnicas aplicáveis ao caso21.
Entende-se por licenciamento ambiental o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, com fundamento no poder de polícia, licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efeti-
va ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso, bem como os avanços científicos e tecnológicos22.
19
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2008.
20
MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
21
Artigo 1º, I, da Resolução Conama n. 237, de 19.12.1997.
22
OLIVEIRA, Daniela Bogado Bastos de. Características constitucionais do município e seu papel na proteção da ambiência
conforme o sistema de repartição de competência: a possibilidade do licenciamento ambiental municipal. In: Revista de
direito e política. v. 3, n. 10, p. 47–60, jul./set., 2006. São Paulo: IBAP, 2006.
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Para obter licença de instalação de sua atividade, deverá o interessado submeter-se a rigorosas for-
malidades envolvendo a realização de estudos por uma equipe multidisciplinar sobre o local onde
se instalará a atividade, envolvendo todos seus aspectos geofisiográficos, como topografia, clima,
recursos naturais existentes, predominância da direção das correntes aéreas, natureza das ativida-
des econômicas desenvolvidas e sobre suas eventuais projeções de interferências sobre o sossego
e saúde da população das imediações. A estes estudos, se seguirá o Relatório de Impacto Ambien-
tal, que conterá uma síntese de tais estudos e será o instrumento com o qual o empreendedor se
apresentará à autoridade concernente para pedir a licença24.
A segunda licença a ser concedida será a licença de instalação, que autoriza instalação do
empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, pro-
gramas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicio-
nantes, da qual constituem motivo determinante25. É nesta fase que se autoriza a construção e
instalação do empreendimento.
23
Artigo 8º, I, da Resolução Conama n. 237, de 19.12.1997.
24
CONTAR, Alberto. Meio ambiente: dos delitos e das penas (doutrina-legislação-jurisprudência). Rio de Janeiro: Forense,
2004. p. 78
25
Artigo 8º, II, da Resolução Conama n. 237, de 19.12.1997.
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A última espécie de licença prevista é a licença de operação, que é expedida pelo Poder
Público e autoriza operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo
cumprimento do constante nas licenças prévia e de instalação, com as medidas de controle
ambiental e condicionantes determinados para a operação26, concedida por um prazo mínimo
de 04 anos e máximo de 10 anos.
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III – harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição de atuação entre os
entes federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir uma atuação administrativa
eficiente; e
IV – garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas as peculiaridades
regionais e locais29.
A Política Nacional de Recursos Hídricos foi instituída por meio da Lei n. 9.433, de 8 de
janeiro de 1997, a qual cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regu-
lamentando o inciso XIX do art. 21 da CRFB.
29
Art. 3º, da Lei Complementar n. 140/2011.
30
Cf. art. 17 da LC n. 140/2011.
31
Princípio da dominialidade pública (a água é bem dedomínio público.
32
Princípio da finitude (a água é recurso natural limitado)
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• a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do
Poder Público, dos usuários e das comunidades33.
tes e futuras gerações; a sustentabilidade dos usos da água, admitidos somente os de cunho
racional; e a proteção das pessoas e do meio ambiente contra os eventos hidrológicos críticos,
I – a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de quantidade e
qualidade;
II – a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas, demográficas,
econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;
III – a integração da gestão de recursos hídricos com a gestão ambiental;
IV – a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e com os pla-
nejamentos regional, estadual e nacional;
33
princípio da gestão descentralizada e democrática.
34
Cf. REsp 994120/RS. Rel.: Min. Herman Benjamin
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35
Cf. art. 1º da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
36
Cf. Art. 12 da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
37
Cf. Art. 5º da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
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É importante frisar que, para integrar o Sistema Nacional de Recursos Hídricos, as organi-
38
Art. 30. Na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, cabe aos Poderes Executivos Estaduais e do Distrito
Federal, na sua esfera de competência: I – outorgar os direitos de uso de recursos hídricos e regulamentar e fiscalizar os
seus usos; II – realizar o controle técnico das obras de oferta hídrica; III – implantar e gerir o Sistema de Informações sobre
Recursos Hídricos, em âmbito estadual e do Distrito Federal; IV – promover a integração da gestão de recursos hídricos
com a gestão ambiental. (art. 30). E, na implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos, os Poderes Executivos
do Distrito Federal e dos municípios promoverão a integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação
e conservação do solo e de meio ambiente com as políticas federal e estaduais de recursos hídricos. (Art. 31.)
39
Obs. O Poder Executivo Federal indicará, por decreto, a autoridade responsável pela efetivação de outorgas de direito de uso
dos recursos hídricos sob domínio da União.
40
Art. 47 da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
41
Art. 48 da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
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I – derivar ou utilizar recursos hídricos para qualquer finalidade, sem a respectiva outorga de direito
de uso;
II – iniciar a implantação ou implantar empreendimento relacionado com a derivação ou a utilização
de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique alterações no regime, quantidade
ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos órgãos ou entidades competentes;
III – (VETADO)
IV – utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços relacionados com os mesmos
em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;
V – perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-los sem a devida autorização;
VI – fraudar as medições dos volumes de água utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos;
VII – infringir normas estabelecidas no regulamento desta Lei e nos regulamentos administrativos,
compreendendo instruções e procedimentos fixados pelos órgãos ou entidades competentes;
VIII – obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades competentes no exercício de suas
funções.
No tocante às penalidades, observe-se que àquele que infringir qualquer disposição legal
ou regulamentar referentes à execução de obras e serviços hidráulicos, derivação ou utilização
de recursos hídricos de domínio ou administração da União, ou pelo não atendimento das so-
licitações feitas, ficará, a critério da autoridade competente, sujeito às seguintes penalidades:
I – advertência por escrito, na qual serão estabelecidos prazos para correção das irregularidades;
II – multa, simples ou diária, proporcional à gravidade da infração, de R$ 100,00 a R$ 10.000,00.
III – embargo provisório, por prazo determinado, para execução de serviços e obras necessárias ao
efetivo cumprimento das condições de outorga ou para o cumprimento de normas referentes ao
uso, controle, conservação e proteção dos recursos hídricos;
IV – embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor incontinenti, no seu
antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens, nos termos dos arts. 58 e 59 do Código de
Águas42 ou tamponar os poços de extração de água subterrânea43.
Indenização por danos. No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa,
serão cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administração para tornar efetivas
42
decreto n. 24.643, de 10 de julho de 1934.
43
Art. 50, da lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
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as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos arts. 36, 53, 56 e 58 do Código de
Águas, sem prejuízo de responder pela indenização dos danos a que der causa44.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, em nível federal, foi instituída por meio da Lei n.
12.305, de 2 de agosto de 2010. Tal lei dispõe sobre princípios, objetivos, instrumentos e dire-
trizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos.
De início, registre-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de prin-
cípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, iso-
ladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou parti-
culares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos
resíduos sólidos46.
Trata-se de é um marco na legislação ambiental brasileira, por ser a primeira norma federal
criada com foco na problemática dos resíduos sólidos. Assim, a referida lei trata de questões
relevantes relacionadas a interesses sociais, ambientais e econômicos em praticamente todas
as atividades.
44
Art. 50, § 2º, da Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
45
Art. 50, § 4º, da Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997.
46
Art. 4º da Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010.
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47
Consoante estabelece a Lei n. 11.445, de 2007 (art. 7º), o serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sóli-
dos urbanos é composto pelas atividades de coleta, transbordo e transporte dos resíduos; triagem para fins de reúso ou
reciclagem, de tratamento, (inclusive por compostagem) e de disposição final dos resíduos; de varrição, capina e poda de
árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.
48
Lei de diretrizes nacionais para o saneamento básico.
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Princípios. Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos
seguintes princípios fundamentais:
I – universalização do acesso;
II – integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada
um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformida-
de de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
III – abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;
IV – disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e manejo das águas
pluviais, limpeza e fiscalização preventiva das respectivas redes, adequados à saúde pública e à
segurança da vida e do patrimônio público e privado50;
V – adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;
VI – articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à
pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante
interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico
seja fator determinante;
50
Redação dada pela Lei n. 13.308, de 2016.
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Da possibilidade de delegação dos serviços. Estabelece a lei que os titulares dos serviços pú-
blicos de saneamento básico poderão delegar a sua organização, regulação, fiscalização e pres-
tação, nos termos do art. 241 da Constituição Federal e da Lei n. 11.107, de 6 de abril de 2005.
Da prestação regionalizada dos serviços. Do mesmo modo, permitiu a lei a prestação re-
gionalizada de serviços públicos de saneamento básico, a ser realizada por órgão, autarquia,
fundação de direito público, consórcio público, empresa pública ou sociedade de economia
mista estadual, do Distrito Federal, ou municipal, na forma da legislação; ou empresa a que
se tenham concedido os serviços. Nestes casos, as atividades de regulação e fiscalização
poderão ser exercidas por órgão ou entidade de ente da Federação a que o titular tenha dele-
gado o exercício dessas competências por meio de convênio de cooperação entre entes da
Federação, ou por consórcio público de direito público integrado pelos titulares dos serviços.
Planejamento. Para a adequada prestação de tais serviços é necessário um plano de ação,
o qual deverá conter, no mínimo:
I – diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indi-
cadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das
deficiências detectadas;
II – objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções
graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
III – programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compa-
tível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identi-
ficando possíveis fontes de financiamento;
IV – ações para emergências e contingências;
V – mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações
programadas51.
51
Cf. Art. 19 da Lei n. 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
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I – prioridade para as ações que promovam a equidade social e territorial no acesso ao saneamento
básico;
II – aplicação dos recursos financeiros por ela administrados de modo a promover o desenvolvimen-
to sustentável, a eficiência e a eficácia;
III – estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;
IV – utilização de indicadores epidemiológicos e de desenvolvimento social no planejamento, imple-
mentação e avaliação das suas ações de saneamento básico;
V – melhoria da qualidade de vida e das condições ambientais e de saúde pública;
VI – colaboração para o desenvolvimento urbano e regional;
VII – garantia de meios adequados para o atendimento da população rural dispersa, inclusive median-
te a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;
VIII – fomento ao desenvolvimento científico e tecnológico, à adoção de tecnologias apropriadas e
à difusão dos conhecimentos gerados;
IX – adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, levando em consideração fatores
como nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, disponibilidade
hídrica, riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais;
X – adoção da bacia hidrográfica como unidade de referência para o planejamento de suas ações;
XI – estímulo à implementação de infraestruturas e serviços comuns a Municípios, mediante meca-
nismos de cooperação entre entes federados;
XII – estímulo ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos e métodos economizado-
res de água52.
Com relação aos objetivos, constituem objetivos da Política Federal de Saneamento Básico:
52
Art. 48 da Lei n. 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
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V – assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se se-
gundo critérios de promoção da salubridade ambiental, de maximização da relação benefício-custo
e de maior retorno social;
VI – incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação e fiscalização da prestação
dos serviços de saneamento básico;
VII – promover alternativas de gestão que viabilizem a autossustentação econômica e financeira
dos serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação federativa;
VIII – promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico, estabelecendo meios para
a unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua
organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de recursos humanos, contempladas as
especificidades locais;
IX – fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a
difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;
X – minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e desenvolvimento das ações,
obras e serviços de saneamento básico e assegurar que sejam executadas de acordo com as nor-
mas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação do solo e à saúde;
XI – incentivar a adoção de equipamentos sanitários que contribuam para a redução do consumo
de água;
XII – promover educação ambiental voltada para a economia de água pelos usuários53.
A Política Nacional sobre Mudança do Clima foi regulamentada por meio da Lei n. 12.187,
de 29 de dezembro de 2009.
Segundo estabelece a referida lei, a PNMC e as ações dela decorrentes observarão os prin-
cípios da precaução, da prevenção, da participação cidadã, do desenvolvimento sustentável e
o das responsabilidades comuns.
Nesta linha tem-se que:
I – todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a redução dos
impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático;
II – serão tomadas medidas para prever, evitar ou minimizar as causas identificadas da mudança
climática com origem antrópica no território nacional, sobre as quais haja razoável consenso por
parte dos meios científicos e técnicos ocupados no estudo dos fenômenos envolvidos;
53
Art. 49 da Lei n. 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
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54
Art. 3º da Lei n. 12.187, de 29 de dezembro de 2009.
55
Art. 4º.
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I – os compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mu-
dança do Clima, no Protocolo de Quioto e nos demais documentos sobre mudança do clima dos
quais vier a ser signatário;
II – as ações de mitigação da mudança do clima em consonância com o desenvolvimento susten-
tável, que sejam, sempre que possível, mensuráveis para sua adequada quantificação e verificação
a posteriori;
III – as medidas de adaptação para reduzir os efeitos adversos da mudança do clima e a vulnerabi-
lidade dos sistemas ambiental, social e econômico;
IV – as estratégias integradas de mitigação e adaptação à mudança do clima nos âmbitos local,
regional e nacional;
V – o estímulo e o apoio à participação dos governos federal, estadual, distrital e municipal, assim
como do setor produtivo, do meio acadêmico e da sociedade civil organizada, no desenvolvimento e
na execução de políticas, planos, programas e ações relacionados à mudança do clima;
VI – a promoção e o desenvolvimento de pesquisas científico-tecnológicas, e a difusão de tecnolo-
gias, processos e práticas orientados a:
a) mitigar a mudança do clima por meio da redução de emissões antrópicas por fontes e do fortale-
cimento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa;
b) reduzir as incertezas nas projeções nacionais e regionais futuras da mudança do clima;
c) identificar vulnerabilidades e adotar medidas de adaptação adequadas;
VII – a utilização de instrumentos financeiros e econômicos para promover ações de mitigação e
adaptação à mudança do clima, observado o disposto no art. 6º;
VIII – a identificação, e sua articulação com a Política prevista nesta Lei, de instrumentos de ação
governamental já estabelecidos aptos a contribuir para proteger o sistema climático;
IX – o apoio e o fomento às atividades que efetivamente reduzam as emissões ou promovam as
remoções por sumidouros de gases de efeito estufa;
X – a promoção da cooperação internacional no âmbito bilateral, regional e multilateral para o finan-
ciamento, a capacitação, o desenvolvimento, a transferência e a difusão de tecnologias e processos
para a implementação de ações de mitigação e adaptação, incluindo a pesquisa científica, a obser-
vação sistemática e o intercâmbio de informações;
XI – o aperfeiçoamento da observação sistemática e precisa do clima e suas manifestações no
território nacional e nas áreas oceânicas contíguas;
XII – a promoção da disseminação de informações, a educação, a capacitação e a conscientização
pública sobre mudança do clima;
XIII – o estímulo e o apoio à manutenção e à promoção:
a) de práticas, atividades e tecnologias de baixas emissões de gases de efeito estufa;
b) de padrões sustentáveis de produção e consumo56.
56
Art. 5º da Lei n. 12.187, de 29 de dezembro de 2009.
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o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima; os Planos de Ação para a Prevenção e Controle
do Desmatamento nos biomas; a Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de acordo com os critérios estabelecidos por essa
Convenção e por suas Conferências das Partes; as resoluções da Comissão Interministerial de
Mudança Global do Clima; as medidas fiscais e tributárias destinadas a estimular a redução
das emissões e remoção de gases de efeito estufa, incluindo alíquotas diferenciadas, isen-
ções, compensações e incentivos, a serem estabelecidos em lei específica; as linhas de crédito
e financiamento específicas de agentes financeiros públicos e privados; o desenvolvimento de
linhas de pesquisa por agências de fomento; as dotações específicas para ações em mudança
do clima no orçamento da União; os mecanismos financeiros e econômicos referentes à miti-
gação da mudança do clima e à adaptação aos efeitos da mudança do clima que existam no
âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Protocolo de
Quioto; os mecanismos financeiros e econômicos, no âmbito nacional, referentes à mitigação
e à adaptação à mudança do clima; as medidas existentes, ou a serem criadas, que estimulem
o desenvolvimento de processos e tecnologias, que contribuam para a redução de emissões e
remoções de gases de efeito estufa, bem como para a adaptação, dentre as quais o estabeleci-
mento de critérios de preferência nas licitações e concorrências públicas, compreendidas aí as
parcerias público-privadas e a autorização, permissão, outorga e concessão para exploração
de serviços públicos e recursos naturais, para as propostas que propiciem maior economia
de energia, água e outros recursos naturais e redução da emissão de gases de efeito estufa
e de resíduos; os registros, inventários, estimativas, avaliações e quaisquer outros estudos de
emissões de gases de efeito estufa e de suas fontes, elaborados com base em informações
e dados fornecidos por entidades públicas e privadas; as medidas de divulgação, educação e
conscientização; o monitoramento climático nacional; os indicadores de sustentabilidade; o
estabelecimento de padrões ambientais e de metas, quantificáveis e verificáveis, para a redu-
ção de emissões antrópicas por fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de ga-
ses de efeito estufa; a avaliação de impactos ambientais sobre o microclima e o macroclima57.
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Porém, com o objetivo de tratar a matéria de forma mais específica, foi criada a Lei n. 9.795,
de 27 de abril de 1999, a qual dispõe sobre a educação ambiental, institui a política Nacional de
entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade
constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e
sua sustentabilidade (art. 1º).
A lei da Política Nacional de Educação ambiental atribuiu uma série de obrigação ao poder
público, às instituições educativas, aos órgãos integrantes do SISNAMA, aos meios de comu-
nicação, às empresas, entidades de classe, instituições (públicas e privadas) e à sociedade
como um todo. Assim, tem-se que:
Ao Poder Público, incumbe o dever de definir políticas públicas que incorporem a dimensão
ambiental, promovam a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da
sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
No que tange às instituições educativas incumbe-lhe a missão de promover a educação
ambiental de maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem.
58
Entendem-se por educação ambiental formal aquela desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino
públicas e privadas.
59
Entendem-se por educação ambiental não formal as ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade
sobre as questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente (art. 13 da Lei
n. 9.795, de 27 de abril de 1999).
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Aos órgãos integrantes Sisnama incumbe o dever de promover ações de educação am-
biental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
Em razão de sua área de atuação, aos meios de comunicação de massa foi conferida a
missão de colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práti-
cas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação.
Do mesmo modo, as empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas deve
promover programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao
controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo
produtivo no meio ambiente.
Por fim, a sociedade em geral também possui uma missão importante nesse processo,
cabendo-lhe agir de modo a estimular a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção,
a identificação e a solução de problemas ambientais.
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e com-
plexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômi-
cos, científicos, culturais e éticos;
60
Cf. art. 4º da Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999.
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61
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão diretri-
zes, normas e critérios para a educação ambiental, respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação
Ambiental. (Art. 16)
62
TUPIASSA, Lise Vieira da Costa. O direito ambiental e seus princípios informativos. In: Revista de Direito Ambiental. Ano 8,
abr/jun. 2003, n. 30, p. 174
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Pensando assim, nossa Constituição estabeleceu que a educação ambiental deverá fazer
parte dos currículos escolares, conscientizando-se a sociedade acerca da necessidade de pre-
servação do meio ambiente.
Observe-se, por oportuno, que a própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n.
9.394/1996) inseriu a educação ambiental em sua proposta de Parâmetros Curriculares
Nacionais, passando a fazer parte do currículo do ensino fundamental. Tais medidas visam
conscientizar os cidadãos acerca da importância da proteção do meio ambiente, face às
consequências danosas que a sua violação pode trazer a todos os seres vivos.
63
Cf. art. 13, parágrafo único, da lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999
64
Com efeito, o código de defesa do consumidor estabelece que este tem o direito à informação adequada e clara sobre
produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e
preço, bem como sobre os riscos que apresentem. (Para mais detalhes, cf. COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. O Estado
e a proteção do consumidor. Brasília: Coutinho, 2016.
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65
Sobre o tema, veja-se: Recurso Especial n. 1438347 – SC
66
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Comentários ao Estatuto da Cidade. São Paulo: Atlas, 2013, p. 17
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Do mesmo modo, o Estatuto traz, em seu art. 4º, um extenso rol de instrumentos da política
urbana. São eles:
67
Cf. Estatuto da Cidade – lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
68
Cf. COUTINHO Nilton Carlos De Almeida. Desastres, cidadania e o papel do estado: as relações entre os direitos fundamen-
tais e a proteção contra desastres “naturais” hidrológicos. (tese de doutorado) São Paulo: Mackenzie, 2013
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No tocante às áreas em que incidirá o direito de preempção, tem-se que estas serão delimi-
tadas por Lei municipal, baseada no plano diretor a qual fixará prazo de vigência, não superior
a cinco anos, renovável a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de vigência.
74
Com relação ao procedimento expropriatório, veja-se Decreto-Lei n. 3.365/1941 (arts. 11 a 30).
75
Art. 21, § 1º, da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
76
Art. 25 da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
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Segundo estabelece o Estatuto da cidade (art. 28) o plano diretor poderá fixar áreas nas
quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente de aproveitamento77
básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.
É importante salientar que o plano diretor poderá fixar coeficiente de aproveitamento básico
único para toda a zona urbana ou diferenciado para áreas específicas dentro da zona urbana78.
Do mesmo modo, (art. 28, § 3º) o plano diretor definirá os limites máximos a serem atingi-
dos pelos coeficientes de aproveitamento, considerando a proporcionalidade entre a infraes-
trutura existente e o aumento de densidade esperado em cada área.
Das operações urbanas consorciadas. Considera-se operação urbana consorciada o con-
junto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participa-
ção dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o ob-
jetivo de alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais
e a valorização ambiental. Nestes casos, Lei municipal específica, baseada no plano diretor,
poderá delimitar área para aplicação das operações consorciadas79.
Do mesmo modo, lei municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura públi-
ca, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele decorrente.
Tal possibilidade estará presente quando o referido imóvel for considerado necessário
para fins de:
77
Para os efeitos desta Lei, coeficiente de aproveitamento é a relação entre a área edificável e a área do terreno (art. 28, § 1º).
78
Art. 28, § 2º, da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
79
Para mais detalhes, cf. art. 32 e parágrafos.
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III – servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda e habitação de interesse social80.
endimento84.
Segundo estabelece o Estatuto da Cidade, o plano diretor, aprovado por lei municipal, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana, devendo englobar o
território do Município como um todo. Observe-se, ainda, que o plano diretor é obrigatório para
cidades: com mais de vinte mil habitantes; integrantes de regiões metropolitanas e aglomera-
ções urbanas; onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no
80
Art. 35 da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
81
Art. 36 da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001
82
Dente as questões relevantes, citem-se: I – adensamento populacional; II – equipamentos urbanos e comunitários; III – uso
e ocupação do solo; IV – valorização imobiliária; V – geração de tráfego e demanda por transporte público; VI – ventilação
e iluminação; VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural
83
Art. 37 da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001..
84
MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Tutela do Patrimônio Cultural Brasileiro. Doutrina – Jurisprudência – Legislação. Belo
Horizonte: Del Rey. 2006.
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85
São eles: I – parcelamento ou edificação compulsórios; II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana pro-
gressivo no tempo; e III –desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente apro-
vada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o
valor real da indenização e os juros legais.
86
Art. 41 da Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001.
87
Sobre o tema, cf. COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. Desastres, cidadania e o papel do Estado: as relações entre os direi-
tos fundamentais e a proteção contra desastres “naturais” hidrológicos. Tese (Doutorado em Direito Político e Econômico)
– Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2014; COUTINHO, Nilton Carlos de Almeida. Direitos fundamentais e
desenvolvimento sustentável: a importância da proteção contra desastres hidrológicos In: Revista Eletrônica do Curso de
Direito da UFSM. v. 11, n. 3 / 2016 p. 915-930. Disponível em www.ufsm.br/revistadireito. Acesso em 20 dez. 2016.
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A participação popular constitui-se como um pressuposto indispensável para que algo seja
considerado democrático. Assim, para que a gestão da cidade seja considerada democrática,
tivas dos vários segmentos da comunidade. Trata-se de uma diretriz geral da política urbana,
políticas públicas ambientais. Do mesmo modo, deve a ele ser assegurado os mecanismos
Desse modo, para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, diversos
instrumentos, tais como: órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e
se urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal; iniciativa popular de projeto de lei e de
88
FARIAS, Talden Queiroz. Princípios gerais do direito ambiental. Disponível em: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/
anexos/26874-26876-1-PB.pdf. Acesso em 20 jan. 2018.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO – IV/PRIMEIRA FASE/2011) Assi-
nale a alternativa correta quanto ao licenciamento ambiental e ao acesso aos dados e informa-
ções existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama.
a) Caso a área que sofrerá o impacto ambiental seja considerada estratégica para o zonea-
mento industrial nacional de petróleo e gás e em áreas do pré-sal, o órgão ambiental poderá
elaborar estudo prévio de impacto ambiental sigiloso.
b) Um cidadão brasileiro pode solicitar informações sobre a qualidade do meio ambiente em
um município aos órgãos integrantes do Sisnama, mediante a apresentação de título de eleitor
e comprovação de domicílio eleitoral no local.
c) A exigência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental para aterros sanitários depende de
decisão discricionária do órgão ambiental, que avaliará no caso concreto o potencial ofensivo
da obra.
d) Uma pessoa jurídica com sede na França poderá solicitar, aos órgãos integrantes do
Sisnama, mediante requerimento escrito, mesmo sem comprovação de interesse específi-
co, informações sobre resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de
poluição e de atividades potencialmente poluidoras das empresas brasileiras.
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em área urbana de uma grande metrópole. Nesse sentido, consulta seu advogado e indaga
sobre quais são as exigências legais para o empreendimento.
Sobre a situação apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) Não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, por ser área urbana, ou es-
tudo de impacto de vizinhança, uma vez que não foi editada até hoje lei complementar exigida
pela Constituição para disciplinar a matéria.
b) É necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao licenciamento ambiental,
a ser efetivado pelo município, em razão de o potencial impacto ser de âmbito local.
c) É necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança, desde que o empreendimento
esteja compreendido no rol de atividades estabelecidas em lei municipal.
d) É necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o qual não será precedido ne-
cessariamente por licenciamento ambiental, uma vez que a atividade não é potencialmente
causadora de impacto ambiental.
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b) O licenciamento ambiental dessa obra é facultativo, podendo ser realizado com outros estu-
dos ambientais diferentes do Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA), visto que ela se realiza
em mais de uma unidade da Federação.
c) O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), gerado no âmbito do Estudo prévio de Impac-
to Ambiental (EIA), deve ser apresentado com rigor científico e linguagem técnica, a fim de
permitir, quando da sua divulgação, a informação adequada para o público externo.
d) Qualquer atividade ou obra, para ser instalada, dependerá da realização de Estudo prévio de
Impacto Ambiental (EIA), ainda que não seja potencialmente causadora de significativa degra-
dação ambiental.
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b) A sociedade empresária será responsável pelo retorno dos produtos após o uso pelo consu-
midor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana.
c) A destinação final dos pneus, de responsabilidade solidária do distribuidor e do consumidor
final, se dará no âmbito do serviço público de limpeza urbana.
d) Previamente à distribuição de pneus, a sociedade empresária deve celebrar convênio com o pro-
dutor, para estabelecer, proporcionalmente, as responsabilidades na destinação final dos pneus.
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Questão 12 A Lei n. 9.795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental, instituiu a Política
Nacional de Educação Ambiental. Esse instrumento legal definiu incumbências para alguns
atores. A esse respeito, relacione os atores às respectivas incumbências.
1) Poder Público
2) Meio de comunicação de massa
3) Instituição educativa
4) Sociedade
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( ) Deve definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental e promovam o en-
gajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
( ) Deve promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais
que desenvolve.
( )
Deve colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práticas
educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação.
( ) Deve manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que pro-
piciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solu-
ção de problemas ambientais.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2 – 4.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 2 – 3 – 1.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 2 – 1.
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a) priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e ampliação, nas áreas ocu-
padas por populações de baixa renda, dos serviços e ações de saneamento básico.
b) proporcionar condições adequadas de salubridade ambiental às populações rurais e de
pequenos núcleos urbanos isolados.
c) promover alternativas de gestão que viabilizem a autossustentação econômica e financeira
dos serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação federativa.
d) permitir e facilitar o monitoramento e a avaliação da eficiência e da eficácia da prestação
dos serviços de saneamento básico.
e) promover a educação ambiental entre os usuários, voltada para a economia de água.
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GABARITO
1. d
2. d
3. c
4. d
5. a
6. a
7. d
8. b
9. b
10. b
11. a
12. a
13. e
14. d
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/2011/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO – IV/PRIMEIRA FASE) Assi-
nale a alternativa correta quanto ao licenciamento ambiental e ao acesso aos dados e informa-
ções existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama.
a) Caso a área que sofrerá o impacto ambiental seja considerada estratégica para o zonea-
mento industrial nacional de petróleo e gás e em áreas do pré-sal, o órgão ambiental poderá
elaborar estudo prévio de impacto ambiental sigiloso.
b) Um cidadão brasileiro pode solicitar informações sobre a qualidade do meio ambiente em
um município aos órgãos integrantes do Sisnama, mediante a apresentação de título de eleitor
e comprovação de domicílio eleitoral no local.
c) A exigência de Estudo Prévio de Impacto Ambiental para aterros sanitários depende de
decisão discricionária do órgão ambiental, que avaliará no caso concreto o potencial ofensivo
da obra.
d) Uma pessoa jurídica com sede na França poderá solicitar, aos órgãos integrantes do Sisna-
ma, mediante requerimento escrito, mesmo sem comprovação de interesse específico, infor-
mações sobre resultados de monitoramento e auditoria nos sistemas de controle de poluição
e de atividades potencialmente poluidoras das empresas brasileiras.
Letra d.
Art. 2º, III e § 1º, da Lei n. 10.650/2003:
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Letra d.
Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico. Lei n.
11.445/2007.
Sobre as demais alternativas, veja:
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a) Não é necessária a realização de estudo de impacto ambiental, por ser área urbana, ou es-
tudo de impacto de vizinhança, uma vez que não foi editada até hoje lei complementar exigida
pela Constituição para disciplinar a matéria.
b) É necessário o estudo prévio de impacto ambiental, anterior ao licenciamento ambiental,
a ser efetivado pelo município, em razão de o potencial impacto ser de âmbito local.
c) É necessária a realização de estudo de impacto de vizinhança, desde que o empreendimento
esteja compreendido no rol de atividades estabelecidas em lei municipal.
d) É necessária a realização de estudo de impacto ambiental, o qual não será precedido ne-
cessariamente por licenciamento ambiental, uma vez que a atividade não é potencialmente
causadora de impacto ambiental.
Letra c.
Lei n. 10.257/2001, art. 36:
Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que
dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança.
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Letra d.
Vide CF, art. 225.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de sig-
nificativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publi-
cidade;
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Letra a.
Lei n. 7.347: disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e pai-
sagístico(VETADO) e dá outras providências.
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b) Errada. A instauração do inquérito civil não impede (nem suspende) eventual ação civil públi-
ca em curso. Lembre-se de que o Ministério Público não é o ÚNICO legitimado para ação civil
pública, conforme estabelece o art. 5º da Lei n. 7.347/1985:
Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar:
c
) Errada. Uma vez que é admissível o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da
União, do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei.
d) Errada. Segundo estabelece o art. 16, a sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos li-
mites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente
por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação
com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.
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Letra a.
Em caso de instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degra-
dação do meio ambiente, é exigível a realização de Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA),
sem o qual não é possível se licenciar nesta hipótese. C, artigo 225. 1º, IV da Constituição Fe-
deral de 1988 nos seguintes termos:
Art. 225. 1º, IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causa-
dora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade.
Art. 225. 1º, IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causa-
dora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se
dará publicidade.
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Letra d.
Sobre o tema, vide artigo 18, caput e parágrafo primeiro (inciso II), da Lei n. 12.305/2010.
Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos pre-
vistos por esta Lei, é condição para o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da
União, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza ur-
bana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos
de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.
§ 1º Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput os Municípios que:
I – optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos, incluída
a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos
planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no § 1º do art. 16;
II – implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de asso-
ciação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa
renda.
§ 2º Serão estabelecidas em regulamento normas complementares sobre o acesso aos recursos da
União na forma deste artigo.
a) Errada. A cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos foi
expressamente inserida como um dos objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(art. 7º).
c) Errada. O auxílio financeiro é possível, desde que o Município elabore plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos, nos termos do art. 18. Assim, não existe a condicionante
de que o município possua 20 mil habitantes ou seja integrante de área de especial interesse
turístico.
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Letra b.
Vide Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010, art. 33:
São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos pro-
dutos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana
e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
III – pneus.
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d) É válido, tendo como conteúdo mínimo a aplicação de 1% (um por cento) da receita corrente
líquida de cada município consorciado.
Letra b.
a) Errada. A definição de resíduos sólidos nos termos da Lei n. 12.305/2010 não exclui os resí-
duos de saúde, ao contrário, determina que sejam observadas as normas do Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária (SNVS)
b) Certa. Conforme disposto no art. 45 da Lei n. 12.305/2010.
Art. 45. Os consórcios públicos constituídos, nos termos da Lei n. 11.107/2005, com o objetivo de
viabilizar a descentralização e a prestação de serviços públicos que envolvam resíduos sólidos, têm
prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal.
c) Errada. A lei que trata dos consórcios públicos (Lei n. 11.107/2005) estabelece que podem
constituir associação pública ou pessoa jurídica de direito privado (art. 1º, § 1º).
d) Errada. Não existe essa previsão na lei.
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Letra b.
Vide art. 35 da Lei n. 11.445/2007 (Lei da Política Nacional de Saneamento Básico):
Letra a.
Lei n. 9.433/1997, art. 12:
Estão sujeito a outorga pelo Poder Público os direito dos seguintes usos de recursos hídricos:”
I – derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo de água para consumo final,
inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo;
II – extração de água de aquífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo;
III – lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou
não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV – aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V – outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo
de água.
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Questão 12 A Lei n. 9.795/1999, que dispõe sobre a educação ambiental, instituiu a Política
Nacional de Educação Ambiental. Esse instrumento legal definiu incumbências para alguns
atores. A esse respeito, relacione os atores às respectivas incumbências.
1) Poder Público
2) Meio de comunicação de massa
3) Instituição educativa
4) Sociedade
( ) Deve definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental e promovam o en-
gajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente.
( ) Deve promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas educacionais
que desenvolve.
( ) Deve colaborar de maneira ativa e permanente na disseminação de informações e práti-
cas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua progra-
mação.
( ) Deve manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades que pro-
piciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a solu-
ção de problemas ambientais.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2 – 4.
b) 1 – 4 – 2 – 3.
c) 4 – 2 – 3 – 1.
d) 2 – 4 – 3 – 1.
e) 4 – 3 – 2 – 1.
Letra a.
Vide art. 3º:
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação ambiental, incumbindo:
I – ao Poder Público, nos termos dos e definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambien-
tal, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;
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II – às instituições educativas, promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas
educacionais que desenvolvem;
III – aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – Sisnama, promover ações de
educação ambiental integradas aos programas de conservação, recuperação e melhoria do meio
ambiente;
IV – aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e permanente na dissemina-
ção de informações e práticas educativas sobre meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental
em sua programação;
V – às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas desti-
nados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o ambiente
de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio ambiente;
VI – à sociedade como um todo, manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e ha-
bilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a
solução de problemas ambientais.
Letra e.
Sobre o tema, a Lei n. 11.455:
Art. 2º Os serviços públicos de saneamento básico serão prestados com base nos seguintes prin-
cípios fundamentais:
I – universalização do acesso;
II – integralidade,
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I – saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações ne-
cessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e
respectivos instrumentos de medição;
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Letra d.
a) Errada. Consoante art. 49, II.
b) Errada. Consoante art. 49, IV.
c) Errada. Consoante art.49, VII.
d) Certa. Consoante art. 53, III, objetivo do SINISA.
e) Errada. Consoante art. 49, XII.
Base legal:
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