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III. Eventuais razões de disparos não deflagrados; §1º. O armamento e munições acautelados deverão ser apresentados
IV. Tipo de arma, munição, quantidade de disparos efetuados; semestralmente ao setor de controle de armamento do GAP, para devida
V. Número total de feridos e/ou mortos; conferência.
VI. Quantidade de agentes envolvidos na ocorrência. §2º. Caso o integrante da Segurança Penitenciária tenha efetuado
§2º. Encaminhar-se-á cópia do relatório ao Grupo de Apoio Penitenciário – disparo(s) com a munição acautelada, deverá comunicar formalmente o
GAP para fins de controle e providências. fato ao GAP, justificando as razões do uso dos cartuchos deflagrados,
bem como, a impossibilidade da devolução.
Seção IV
Acautelamento do armamento e munições Subseção II
Art.15. A Secretaria da Justiça e Cidadania acautelará armas de fogo para Da cautela em intendência
os integrantes da Segurança Penitenciária. Art.21. O armamento empregado nas escoltas, na defesa e segurança das
§1º. São tipos de cautela regulamentados nesta Portaria: unidades prisionais, administrativas ou especializadas não poderá ser
I. A cautela individual, de caráter pessoal e intransferível, de acautelado individualmente ou em urgência, sendo sua utilização exclusiva
arma de fogo institucional, autorizada aos integrantes da para atender a Unidade para qual foi destinado.
Segurança Penitenciária nos termos da Lei Federal 10.826 de §1º. O controle de emprego de armamento utilizado nas escoltas e na
22 de dezembro de 2003, observadas as disposições deste defesa e segurança das unidades será diário, exigindo-se o visto da chefia
normativo; imediata da unidade.
II. A cautela em intendência, de armamento empregado na defesa §2º. Cumpre acompanhamento sistemático, daqueles responsáveis
e segurança das unidades prisionais, administrativas ou estabelecidos no §2º, do Art.28, desta portaria, o controle dos materiais,
especializadas, com controle de emprego diário, registrado na equipamentos e o gerenciamento da logística do armamento em
intendência da unidade; intendência empregado na defesa e segurança de sua(s) unidade(s).
III. A cautela de urgência, para o atendimento de diligências
urgentes, não previstas ou com prazo determinado não Subseção III
superior a 90 (noventa) dias, que não possam ser atendidas Da cautela de urgência
pela cautela Individual ou de intendência. Art.22. O requerimento para cautela de urgência, de arma de fogo
§2º. A cautela de arma de fogo institucional tem natureza jurídica de institucional e de outros equipamentos de segurança, deverá ser instruído
autorização, sendo unilateral, precária e discricionária, não perfazendo a no modelo do Anexo I e endereçado à Coordenadoria Especial do Sistema
mera apresentação dos documentos previstos, mesmo com o preenchimento Penal, contendo necessariamente:
dos requisitos elencados, garantia de concessão da cautela requisitada. I. Declaração informando a efetiva necessidade, expondo os
Art.16. É vedado ao integrante da Segurança Penitenciária, que fatos relevantes ou circunstâncias laborais, ordem de serviço
responderá administrativamente, sem prejuízo das responsabilidades cíveis ou diligência para qual se destina ou justifique o pleito, com
e penais, por utilizar a arma de fogo institucional para fins particulares prazo determinado para o início e término;
estranhos a defesa pessoal e funcional, bem como, permitir que terceiros II. Cópia autenticada da Identidade Funcional ou acompanhada
venham portar, deter, adquirir, receber, ter em depósito, transportar, do original que conste autorização para o porte de arma de
ceder, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda, ocultar, ainda fogo.
que gratuitamente, acessório, arma de fogo e munição do Estado. Parágrafo único. A cautela de urgência terá validade pelo prazo das
Parágrafo único – Os acautelamentos de arma de fogo, de que trata esta circunstâncias laborais, ordem de serviço ou diligência, não superior a
Portaria, em regra, presta-se para fins de defesa individual e funcional. 90 (noventa) dias.
Art.23. Em quaisquer dos casos de indeferimento de acautelamento de
Subseção I arma de fogo, caberá recurso à Secretaria Executiva da Justiça e Cidadania,
Do acautelamento individual a qual decidirá, por ato motivado.
Art.17. A cautela individual, de caráter pessoal e intransferível, de arma
de fogo institucional, será autorizada aos membros da Segurança Subseção IV
Penitenciária por intermédio da Coordenadoria Especial do Sistema Do termo de cautela
Penal, nos termos da Lei Federal nº10.826 de 2003, observadas as Art.24. O termo de cautela de arma de fogo, acessório ou munição será
disposições desta Portaria. assinado pelo Coordenador Especial do Sistema Penitenciário do Estado
Art.18. O requerente do acautelamento individual de arma de fogo deverá do Ceará, e controlada pelo GAP, observando-se o seguinte:
protocolar requerimento, no modelo do Anexo I, endereçado à I. Registro em livro próprio, que conterá termos de abertura e
Coordenadoria Especial do Sistema Penal, devendo ser instruído com a encerramento, e no qual serão lançados sucessivamente:
seguinte documentação probatória: a) Identificação do detentor-usuário (nome, filiação, cargo/
I. Cópia autenticada da Identidade Funcional ou acompanhada função, RG, CPF, telefone, e-mail, endereço);
do original que conste autorização para o porte de arma de b) Dados da arma de fogo, acessório ou munição (tipo,
fogo; calibre, números patrimonial e de fábrica, espécie,
II. Certidões Criminais da Justiça Comum, dos Juizados Especiais quantidade);
Criminal do Estado, da Justiça Federal, da Polícia Civil e c) Período em que o(s) bem(ns) ficará(ão) sob
Federal; responsabilidade do requerente, com as assinaturas do
III. Certidão da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de responsável pelo setor de controle do GAP e do
Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado do Ceará requerente.
– CGD, sobre procedimento administrativo disciplinar ou II. O registro e guarda das informações relativas à cautela expressa
sindicância em nome do requerente; no inciso I, deste artigo, implica o lançamento dos referidos
IV. Duas fotos 3x4; dados em arquivo eletrônico para pronta consulta.
V. Comprovante de endereço atualizado; Parágrafo único. Ao termino do período previsto no termo de cautela,
VI. Declaração do Diretor da Unidade de lotação, a qual justifique não sendo esse renovado para os fins que destinou o armamento, munições
a efetiva necessidade de utilização da arma, com exposição e outros artefatos bélicos deverão ser devolvidos ao GAP mediante recibo.
dos fatos e circunstâncias laborais. Art.25. O GAP deverá providenciar o desenvolvimento e o gerenciamento
Art.19. A cautela individual de arma de fogo de que trata esta Portaria será de programas que possibilite o acesso, em sistema digital interno da SEJUS-
concedida, preenchidos os requisitos estabelecidos, havendo disponibilidade CE, aos bancos de dados relativos ao controle de armamento, de forma
de armamento e observada à logística da segurança do sistema penitenciário, que seja possível a obtenção das seguintes informações:
no prazo de 30 (trinta) dias, mediante Termo de Cautela, com validade de I. Prontuário da cada arma de fogo;
36 (trinta e seis) meses, na forma do Anexo II, e será precedida de prévia II. Quantidade de armas de fogo sob administração da SEJUS-CE;
análise e decisão da Coordenadoria Especial, ouvidos os coordenadores, III. Quantidade de armas de fogo acauteladas:
administrativo e operacional, todos do Sistema Penal do Estado. a) Cautela individual;
Parágrafo único: Aprovada a requisição, a Coordenadoria Especial do b) Cautela em intendência;
Sistema Penal emitirá autorização para o Termo de Cautela junto ao c) Cautela de urgência.
GAP, que procederá ao acautelamento registrando-a no sistema de IV. Cautela suspensa;
controle de armamentos. V. Quantidade de armas de fogo cadastradas de propriedade
Art.20. Ao integrante da Segurança Penitenciária a quem a cautela particular;
individual for deferida será concedido o quantitativo de até 30 (trinta) VI. Quantidade de armas de fogo furtadas, extraviadas ou roubadas
munições. de propriedade da SEJUS-CE.
56 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO SÉRIE 3 ANO IX Nº022 FORTALEZA, 31 DE JANEIRO DE 2017
Parágrafo único. Os encarregados pela produção e alimentação dos I. Recolher armamento, munições e outros artefatos controlados,
documentos relativos às armas de fogo deverão zelar pela correção de quando houver irregularidades no uso, razões disciplinares,
todos os dados, assim como pela sua apresentação, adotando os segurança, servidor inapto e outras situações dispostas neste
formulários constantes nesta Portaria. regulamento, emitindo relatório circunstanciado;
Art.26. No caso do integrante da Segurança Penitenciária inativo, pleitear II. Expedir instruções técnicas para o uso, guarda, manutenção e
a cautela individual, dada circunstâncias especificas inerentes a função controle dos armamentos, munições e outros artefatos
do requerente, observar-se-á, para o caso as regras do acautelamento controlados;
individual constante nesta portaria. III. Receber ou recolher o armamento e demais artefatos
Parágrafo único. Em sendo deferida a cautela individual para o controlados nos casos de acautelamentos.
aposentado, esta, não poderá exceder o prazo de 36 meses. §1º. O relatório circunstanciado será encaminhado para a coordenadoria
especial, que após pareceres dos coordenadores, administrativo e
Seção V operacional, decidirá sobre a manutenção do recolhimento.
Aquisição de armas de uso permitido e de uso restrito §2º. Caberá ao setor de controle de material bélico do GAP,
Art.27. A aquisição de arma de uso restrito, munições e renovação do exclusivamente:
CRAF, por parte dos integrantes da Segurança Penitenciária do Estado I. O recebimento de armamento, munições e outros artefatos
do Ceará, estão sujeitos aos preceitos das portarias pelo órgão regulador, controlados, quando adquiridos pela instituição, bem como as
bem como, o devido preenchimento dos requisitos constantes no de uso restrito para integrantes da Segurança Penitenciária;
formulário do Anexo III deste Ato Normativo. II. Manutenção de armamento;
Parágrafo único. Quando, no caso, de aquisição de armas de fogo de uso III. Prestar as informações através de livro próprio contendo as
permitido, obedecerá a disposição legal vigente. características do armamento e com respectiva numeração;
IV. Manter atualizados os registros de encaminhamentos e
Seção VI distribuição do armamento junto aos órgãos fiscalizadores;
Do Controle e Distribuição V. Acondicionar e manter o armamento, munições e outros
Art.28. Compete ao Grupo de Apoio Penitenciário – GAP, a guarda, artefatos controlados que, por qualquer motivo, não estiverem
armazenamento, manutenção, controle, distribuição e recolhimento do em uso nos locais e turnos de serviço, em compartimento
armamento e munições, pertencentes à Secretaria da Justiça e Cidadania. próprio conforme regras de segurança;
Parágrafo único. O Diretor do Grupo de Apoio Penitenciário – GAP, no VI. Realizar a entrega de armamento, munições e outros artefatos
que se refere ao armazenamento, providenciará local (RESERVA) e controlados, quando devidamente autorizados;
vigilância adequada para guarda do armamento, munições e outros VII. Receber ou recolher o armamento e demais artefatos
artefatos controlados da instituição, conforme as regras emanadas pelo controlados nos casos de acautelamentos.
órgão regulador.
Art.29. As armas, munições letais, menos letais e outros artefatos Seção VII
adquiridos, serão distribuídos pelo GAP, que somente as encaminhará Da Manutenção
para Estabelecimento Penitenciário, grupos, núcleos e servidores, após Art.31. Constitui responsabilidade das chefias imediatas efetuarem
pareceres dos coordenadores administrativos, operacional, e aquiescência fiscalização diária inspecionando o armamento e munição, conferindo a
do Coordenador Especial do Sistema Penal. numeração da arma e do registro, as condições de uso e estado de
§1º. O Grupo de Apoio Penitenciário – GAP, obrigatoriamente, designará conservação, bem como, observando o correto preenchimento do livro
livros próprios e arquivo eletrônico para o devido registro geral do de passagem e controle do armamento.
recebimento e da distribuição, do armamento, munição e outros artefatos §1º. Constatadas irregularidades e/ou falha no funcionamento do
controlados. armamento, esse deverá ser recolhido e informado ao supervisor
§2º. Cumpre também aos estabelecimentos no âmbito do sistema operacional do GAP, que providenciará a manutenção;
penitenciário, criar livro próprio e arquivo eletrônico para o controle §2º. Se necessário, manutenção especializada o armamento com defeito
do armamento, munição e outros artefatos controlados; neste sentido, será enviado à assistência técnica.
atribuindo-se:
I. Na unidade prisional de grande porte, ao chefe de segurança e Capitulo IV
disciplina; Das ocorrências
II. Nas subcoordenadorias, os subcoordenadores; Art.32. Os integrantes da Segurança Penitenciária, quando, do uso da
III. Nas cadeias públicas, aos seus respectivos administradores ou força, ou da sua ação resultar lesão ou morte de pessoa(s), deverão
ao supervisor do Núcleo de Segurança e Disciplina; realizar as seguintes ações:
IV. No Grupo de Apoio Penitenciário – GAP ao supervisor de I. Minimizar os danos e lesões, respeitando e preservando a
operações;
dignidade humana;
V. Nas demais coordenadorias e núcleos, aos seus respectivos
II. Assegurar, junto ao setor de assistência social, que os parentes
coordenadores ou supervisores.
ou amigos da pessoa ferida ou afetada sejam notificados o
§3º. Nas unidades de grande porte, nos núcleos, subcoordenadorias e
mais rápido possível;
coordenadorias, a distribuição e acautelamento diários (cautela em
III. Facilitar a prestação de socorro ou assistência médica aos
intendência) do armamento, munição e outros artefatos controlados
feridos;
disponíveis, ou seja, o recebimento e repasse desses equipamentos serão
IV. Promover a correta preservação do local da ocorrência; em
feitos em local específico, na passagem de serviço, sempre com o
caso negativo, apresentar justificativa;
acompanhamento das chefias ou subchefias imediatas, registrando o
V. Comunicar o fato ao seu superior imediato e à autoridade
controle deste material em livro diário assinado pelo agente de serviço,
o qual terá a guarda durante o plantão. competente;
§4º. O registro no livro diário deverá conter os seguintes dados: VI. Elaborar relatório, individual ou por via da chefia imediata,
I. Nome completo e matrícula do agente penitenciário; circunstanciado, conforme previsto no art.14, §1º, deste
II. Arma tipo, calibre e numeração; regulamento, para os devidos encaminhamentos;
III. Munição tipo, calibre e quantidade; VII. Identificar as armas e munições envolvidas, vinculando-as
IV. Outros artefatos controlados, descrição e quantidade. aos seus respectivos portadores no momento da ocorrência;
§5º. Nas cadeias públicas, a distribuição e acautelamento (cautela em VIII. Solicitar perícia criminalística para o exame de local e objetos,
intendência) dar-se-á pelo sistema de revezamento do(s) agente(s) bem como exames médico-legais.
plantonista(s), ou seja, o armamento, munição e outros artefatos Parágrafo único. Cumpre à direção ou responsável pelo
controlados disponíveis para o respectivo estabelecimento prisional, Estabelecimento Prisional:
serão repassados no ato da transferência do plantão (passagem de I. Após a ciência do fato, comunicar a ocorrência aos familiares,
serviço); devendo constar no livro diário de ocorrências, os dados listados ou pessoa indicada no prontuário do interno;
no parágrafo anterior. II. Encaminhar ao setor psicossocial o(s) agente(s) de segurança
§6º. Em quaisquer casos de repasse e recebimento de armamento, munição penitenciaria envolvido(s) na ocorrência para o devido
e outros artefatos controlados, os integrantes da Segurança Penitenciária, acompanhamento, permitindo-lhes superar ou minimizar os
deverão realizar a devida conferência pelas partes, com registro das efeitos decorrentes;
alterações em livro próprio, no ato da transferência do serviço. III. Afastar temporariamente do serviço operacional, em caso de
Art.30. Compete a direção do GAP, ou a integrante responsável por ela indicação/avaliação psicossocial, tendo em vista a redução do
definido: estresse nas ocorrências de resultado letal.
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO SÉRIE 3 ANO IX Nº022 FORTALEZA, 31 DE JANEIRO DE 2017 57
ANEXO I
ANEXO IV
ANEXO V