Maria Luisa Bento

HISTÓRIA A

Sociedade e poder em
Portugal

O Antigo Regime – os Criou conselhos:

sociedade de corte: modelo de
Tornou se o centro da sociedade de corte
sociedade centrada em torno da
figura do rei e que obedece a
um código rígido de conduta e
etiqueta, na qual a hierarquia
decorre da proximidade com o
rei
PALÁCIO DE VERSALHES CULTO AO REI
Símbolo e centro do poder absoluto e Retratos
sagrado Bustos
Estátuas
O seu quarto ao centro
cerimonial e regras de etiqueta
os seus salões, galerias, aposentos e o rei era a figura central
vastos jardins eram o palco onde se os gestos e os comportamentos
desenrolava a vida e o poder do rei relacionados com a participação na
rotina diária do monarca, e no acesso
magnificiência do monarca, através de
festas que associavam o teatro, a aos espaços por ele frequentados,
música e fogo de artificio seguiam uma hierarquia rígida
a corte era mobilizada para o culto ao
manifestações artísticas: pintura,
música, literatura rei, de acordo com regras, gestos e
as ciências e as letras beneficiaram do procedimentos
patrocínio régio a vida diária dos nobres ajustava-se à do
monarca
-conselho da guerra
fundamentos e formas de -conselho da fazenda a pompa, o fausto e o cerimonial, na corte em em público, construíram a imagem do rei, do reino e do seu poder
O Antigo Regime – os organização da sociedade de -conselho de estado
a vida na corte era determinada por um cerimonial rígido e hierárquico, em que cada um ocupava um lugar
fundamentos e expressões da ordens
-conselho ultramarino
a presença de uma elite nobre e eclesiástica na corte era a forma de participar na vida social, cultural e política do reinp
organização política D. JOÃO IV manifestações de grandeza da entradas solenes do monarca e da sua familia nas ocasiões festivas
D. JOÃO V
corte joanina procissões solenes, batismos, casamentos, cerimónias fúnebres
as artes, nas suas diversas manifestações, evidenciavam a grandeza do poder real, por exemplo, na decoração e
Cavaleiro-mercador: figura social que, construção de arquitetura efémera associada a cerimónias
1. A EXPANSÃO, O IMPÉRIO E A MERCANTILIZAÇÃO DA SOCIEDADE duarnte a época de Quinhentos. exerceu a edificação de palácios e mansões
Poder Régio funções de nobre e de mercador
O QUE É O ANTIGO D. João V (reinado entre 1706 a 1750) foi o principal protagonista do
REGIME? absolutismo em Portugal, baseando-se no modelo do Rei Luís XIV,
Perda da independência e a união França, assim, governou segundo a monarquia absoluta
dinástica (1580-1640) alteraram a vida é absoluto, pois o poder está
social e política de Portugal concentrado no rei
2. O IMPACTO DA PERDA DA INDEPENDÊNCIA DA NOBREZA
Afirmação do poder período entre o século XVI e o final do século Foi escolhido D.João para chwfiar o
DEUS ESCOLHE O REI ! Em 1610, o francês Charles Loyseau defendeu
absoluto de Luís XIV clero regular : estavam nos mosteiros, XVIII associado à monarquia absoluta de movimento da restauração da
em comunidade e obedeciam a uma a ideia que a sociedade estava organizada e, O absolutismo é um sistema político e administrativo ao qual todos os O poder real é paternal, pois ele é o pai
regra
direito divino e uma sociedade desigualitária, independência (1 de dezembro de 1640)
clero secular: viviam nas aldeias e nas
três ordens/estados poderes e administrativo ao qual todos os poderes concentram-se no rei consistia em 4 da nação
cidades, próximo das populações
tripartida, hierarquizada e estratificada
(poder judicial, legislativo, executivo) caracteristicas
cardeaiss e bispos (clero secular)
SÍMBOLOS DO PODER O Papa é o representante de Deus na
abades (clero regular) categorias socias que se é sagrado, pois ele é o
O QUE É O BARROCO? Terra, assim, cada bispo elge um Rei em O QUE É A MONARQUIA representante de Deus na
cargos eclesiàsticos (política) alto clero diferenciavam de acordo com:
cada reino, logo, o Rei passa a ser o ABSOLUTA? Período pós-restauração, marcado pela
altos rendimentos Terra
representante de Deus 3. A RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA E A RENOVAÇÃO DA
tinham propriedades Guerra da Independência (1640-1668) A 9 de dezembro de 1706, o rei D.João V tinha apenas 17 anos,
Cetro (símbolo de força e autoridade
clero ORDEM NOBILIÁRQUICO-ECLESIÁSTICA D.João IV renovou a ordem nobiliárquico- quando subiu ao trono. Logo, desde cedo sonhava com a grandeza
suprema) estilo artístico entre o fim do século XVI e sacerdotes (clero secular) eclesiàstica
o nascimento: a honra: posse de terra tipo de função: critério de para si e para o seu reino, assim, com a descoberta do ouro do estava submetido à razão
Coroa (sinal da graça de Deus) meados do século XVIII, marcado pelo frades e monges (clero regular)
Espada (símbolo da bravura) explendor e pela exuberância. Foi adotado os ministros
ministrava os sacramentos baixo clero linhagem familiar (fonte de rendimento) diferenciação social
As cortes foram convocadas 3 vezes, mas D.Pedro II dissolveu-as. Brasil, tornaram Portugal um país com grande riqueza, e que lhe foi
foi o regime político vigente nos séculos As de Lisboa, em 1697-1698, foram as últimas realizadas até ao
Trono pela Igreja Católica como expressão artistica asseguravam o ensino final do absolutismo possível construir o convento de Mafra (símbolo de um reinado de
Mão da justiça (poder de julgar, em resposta à difusão do Protestantismo o chanceler XVII e XVIII, no qual o rei concentrava em
O Rei nomeia si todos os poderes (legislativo, executico e
assistência nos hospitais ostentação, brilho, poder e autoridade)
condenar e absolver) sociedade de ordens/estados
controlador-geral judicial) assumindo-se como representante clero religiosas e governativas
de finanças de Deus na Terra 1ª ordem (Clero)
principes, duques e condes
sentido de grandeza, de riqueza e de movimento, pelo estratificação 2º ordem (Nobreza) funçoes nobreza militares e cargos na corte HISTÓRIA DO CONVENTO DE MAFRA
altos cargos na corte/reino nobreza de espada/sangue
apelo aos sentidos e às emoções pelo sentido secretários de
autoridade do rei no estado tinham dignidade/estatuto/honra social 3ª ordem (Povo)
estado povo trabalhar e funções desumildes
dramático e simbólico absoluto D. João V recusava reunir com as cortes e controlava muito a
administração pública e procurava sempre mostrar a sua superioridade
fidalgos que viviam nas suas
priveligiados não priveligiados face à nobreza
propriedades nobreza rural/provincial nobreza
cargos provinciais ou no exército Planta em cruz latina
isentos de impostos pagavam os impostos régios + Capelas laterais
domínio politico-social domínio religioso domínio económico domínio de politica-externa construção em 1717 -
originária de escalões mais abaixo recebiam impostos (dízima+tributos) dízima No convento encontra-se a maior
Revestimento em mármore
compra do titulo de nobre nobreza de toga detinham grandes propriedades não tinham acesso a
consequência de uma
coleção de estátuas italianas existentes Constituição da Paineis com baixos-relevos
funções administrativas/judiciais tratamentos e vestuário próprios determinados cargos promessa que fizera, caso a
possuíam terras em Portugal, possui também 6 orgãos Basilica Esculturas
sujeitos a penas humilhantes Rainha lhe desse
podiam usar espada e brasão (nobreza) únicos no mundo Frescos
ricos mercadores ligados ao descendência
comércio nacional e internacional tinham leis+tribunais próprios- direito povo Colunas caneladas
alta burguesia canónico (clero)
profissionais: notários, clero e nobreza Cúpula
advogados... os privilégios passavam de geração em
geração (clero)

pequenos comerciantes
proprietários rurais com terras média burguesia
exploradas mobilidade social: venalidade:
povo passagem de um indivíduo prática de compra e venda de
posicionado numa cargos administrativos como
rendeiros que trabalhava em terra hierarquia de um estrato forma de obter rendimentos
social para outro, superior ou de desempenhar cargos
arrendada ou inferior
camponeses/artesãos
atividades comerciais menos
rentávies

pobres, vagabundos...
viviam de esmolas ou de serviços marginais
ocasionais