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CARTA DE CORREÇÃO ELETRÔNICA – CC-e

A Carta de Correção Eletrônica (CC-E) esta prevista no regulamento do ICMS do Estado de São Paulo
conforme art. 183, § 3º do Regulamento do ICMS. e a partir de 1º de julho de 2012 passa a ser obrigatória
a utilização da Carta de Correção Eletrônica (CC-e), para a retificação de erros constantes nas NF-e –
Notas Fiscais Eletrônicas, modelo 55, nas hipóteses em que admitida a utilização da carta de correção. A
partir desta obrigatoriedade, a carta de correção em papel não poderá mais ser utilizada.

CARTA DE CORREÇÃO O QUE VENHA A SER.


É um documento destinado à corrigir as informações da NF-E, O este documento será utilizado pelo
contribuinte e o alcance das alterações permitidas é definido no § 1° do art. 7° do Ajuste SINIEF S/N, que
transcrevemos a seguir:

EM QUE HIPÓTESES DE PODE SER UTILIZADA


Após a concessão da Autorização de Uso da NF-e de que trata a cláusula sétima, e durante o prazo
estabelecido no “Manual de Orientação do Contribuinte”, o emitente poderá sanar erros em campos
específicos da NF-e, modelo 55, observado o disposto no § 1º-A do art. 7º do Convênio SINIEF s/nº de
1970, por meio de Carta de Correção Eletrônica – CC-e, transmitida à Administração Tributária da unidade
federada do emitente.

Não poderá ser utilizada a carta de correção, para as correções que alterem informações como:
 Natureza de Operação (CFOP) (desde que não mude a natureza dos impostos); Códigos Fiscais –
Código de Situação Tributária (desde que não altere valores fiscais); Data da emissão ou de Saída
(desde que não altere o período de apuração do ICMS); Peso, volume, acondicionamento, etc.; Dados
do Transportador; Endereço do Destinatário (desde que não na sua totalidade); Razão Social do
Destinatário (desde que não altere por completo); Omissão ou erro na fundamentação legal que amparou
a saída com algum benefício fiscal, ou operação que contemple a sua necessidade. (Dados Adicionais).

O QUE NÃO PODE SER CORRIGIDO PELA CARTA DE CORREÇÃO


Data de emissão, quando esta alterar o período de apuração do ICMS; Valores Fiscais; Destaque de
Impostos; Descrição da mercadoria que altere a alíquota do imposto; Mudança completa do nome do
Emitente ou Destinatário; Qualquer outra alteração de dados que modifiquem o total da Nota ou o valor
do Imposto; Quaisquer outros dados que alterem o cálculo ou a operação do imposto.
QUAL O PRAZO PARA USO.
A legislação não traz um prazo máximo para a emissão da Carta de Correção Eletrônica.
Uma das regras de validação estipuladas pela Nota Técnica nº 03/2011 (NT 2011.003) era justamente
em relação ao prazo, não sendo possível a validação da CC-e no caso de NF-e autorizada há mais de 30
dias (720 horas). Entretanto, esta regra de validação deixou de ser aplicada por determinação da Nota
Técnica 2011.004, que, em seu item 6, eliminou algumas das regras de validação existentes, dentre
elas a que trazia expresso o prazo máximo de 720 horas para a emissão da CC-e.

Abaixo perguntas e respostas relacionadas a NF-e e a CC-e


11. É possível alterar uma nota fiscal eletrônica emitida?

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Após ter o seu uso autorizado pela SEFAZ, uma NF-e não poderá sofrer qualquer alteração, pois
qualquer modificação no seu conteúdo invalida a sua assinatura digital.

O emitente poderá:

Dentro de certas condições, cancelar a NF-e, por meio da geração de um arquivo XML específico para
isso. Da mesma forma que a emissão de uma NF-e de circulação de mercadorias, o pedido de
cancelamento de NF-e também deverá ser autorizado pela SEFAZ. O Layout do arquivo de solicitação
de cancelamento poderá ser consultado no Manual de Integração do Contribuinte, disponível na seção
Downloads; dentro de certas condições, emitir uma Nota Fiscal Eletrônica complementar. Vide a
questão 14 para maiores informações; sanar erros em campos específicos da NF-e, por meio de Carta
de Correção Eletrônica – CC-e transmitida à Secretaria da Fazenda. Não poderão ser sanados erros
relacionados às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da operação
ou da prestação, base de cálculo e alíquota; a dados cadastrais que impliquem alteração na identidade
ou no endereço de localização do remetente ou do destinatário; à data de emissão da NF-e ou à data
de saída da mercadoria. A Carta de Correção Eletrônica – CC-e deverá observar o leiaute estabelecido
em Ato COTEPE.
12. Quais são as condições e prazos para o cancelamento de uma NF-e?
Somente poderá ser cancelada uma NF-e cujo uso tenha sido previamente autorizado pelo Fisco
(protocolo “Autorização de Uso”) e desde que não tenha ainda ocorrido o fato gerador, ou seja, em
regra, ainda não tenha ocorrido a saída da mercadoria do estabelecimento. O prazo máximo para
cancelamento de uma NF-e no Estado de SP. é de 24 horas a partir da autorização de uso.
Para proceder ao cancelamento, o emitente deverá fazer um pedido específico gerando um arquivo XML
para isso. Da mesma forma que a emissão de uma NF-e de circulação de mercadorias, o pedido de
cancelamento também deverá ser autorizado pela SEFAZ. O Layout do arquivo de solicitação de
cancelamento poderá ser consultado no Manual de Integração do Contribuinte, disponível na
seção Downloads.

Após o prazo regulamentar de 24 horas da autorização de uso da NF-e, os Pedidos de Cancelamento de


NF-e transmitidos à Secretaria da Fazenda serão recebidos via sistema até 480 horas da Autorização de
Uso da NF-e, porém neste segundo caso o emitente fica sujeito à penalidade prevista no item z1 do
Inciso IV do artigo 527 do Regulamento do ICMS.

Após este prazo de 480 horas da autorização de uso da NF-e, a NF-e pode ser cancelada somente com a
aprovação do Posto Fiscal de vinculação. O pedido deve ser acompanhado da:

1. chave de acesso da NF-e a ser cancelada extemporaneamente; 2. folha do livro Registro de Saídas
e/ou Entradas, correspondente ao lançamento da operação ou prestação ou declaração de que faz uso
da EFD (Escrituração Fiscal Digital); 3. comprovação de que a operação não ocorreu:

 declaração firmada pelo representante legal do destinatário/remetente paulista da NF-e de que faz
uso da Escrituração Fiscal Digital ou, não sendo este o caso, declaração firmada pelo representante
legal do destinatário/remetente paulista da NF-e que não ocorreu a operação e de que não utilizou
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como crédito o valor do imposto registrado no documento fiscal ou; tratando-se de pedido que
envolva estabelecimento situado em outra unidade da Federação, cópia de correspondência entregue
pelo destinatário à repartição fiscal do seu domicílio, em que declare que não utilizou como crédito, ou
que estornou, a quantia restituída ou compensada.

A resposta do pedido será enviada via Domicílio Eletrônico do Contribuinte – DEC.


Após a autorização do Posto Fiscal de vinculação, o emitente da NF-e deve transmitir o cancelamento da
NF-e como evento, via sistema, dentro do prazo de 15 dias.

O status de uma NF-e (autorizada, cancelada, etc) sempre poderá ser consultada no site da Secretaria
da Fazenda do Estado da empresa emitente ou no site nacional da Nota Fiscal Eletrônica
(www.nfe.fazenda.gov.br).

13. Como fica a chamada carta de correção no caso de utilização da NF-e?


O contribuinte pode utilizar a Carta de Correção Eletrônica nos termos do artigo 19 da Portaria CAT
162/2008:

“Artigo 19 – Após a concessão da Autorização de Uso da NFe, o emitente poderá sanar erros em campos
específicos da NFe, por meio de Carta de Correção Eletrônica – CC-e transmitida à Secretaria da
Fazenda.
§ 1° – Não poderão ser sanados erros relacionados:
1 – às variáveis consideradas no cálculo do valor do imposto, tais como: valor da operação ou da
prestação, base de cálculo e alíquota;
2 – a dados cadastrais que impliquem alteração na identidade ou no endereço de localização do
remetente ou do destinatário;
3 – à data de emissão da NF-e ou à data de saída da mercadoria.
§ 2° – A Carta de Correção Eletrônica – CC-e deverá:
1 – observar o leiaute estabelecido em Ato Cotepe;
2 – conter assinatura digital do emitente, certificada por entidade credenciada pela Infra-estrutura de
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, contendo o CNPJ do emitente ou da matriz;
3 – ser transmitida via Internet, com protocolo de segurança ou criptografia.
§ 3° – A comunicação da recepção da CC-e pela Secretaria da Fazenda:
1 – será efetuada pela Internet, mediante protocolo disponibilizado ao emitente ou a terceiro por ele
autorizado, contendo, conforme o caso, o número do protocolo, a chave de acesso, o número da NF-e e
a data e a hora do recebimento;
2 – não implica validação das informações contidas na CC-e.
§ 4° – Quando houver mais de uma CC-e para uma mesma NF-e, deverão ser consolidadas na última
CC-e todas as informações retificadas anteriormente.”

Conforme inciso II da cláusula segunda do Ajuste SINIEF 10/11, que acrescentou o parágrafo 7º na
cláusula décima quarta-A do Ajuste SINIEF 07/05, a partir de 1º de julho de 2012 não poderá ser
utilizada carta de correção em papel para sanar erros em campos específicos de NF-e.

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14. Como serão solucionados os casos de erros cometidos na emissão de NF-e (há previsão
de NF-e complementar)? E erros mais simples como nome do cliente, erro no endereço, erro
no CFOP – como alterar o dado que ficou registrado na base da SEFAZ?
Com relação à Carta de Correção, vide a questão 13.
Uma NF-e autorizada pela SEFAZ não pode ser mais modificada, mesmo que seja para correção de erros
de preenchimento. Ressalte-se que a NF-e tem existência própria e a autorização de uso da NF-e está
vinculada ao documento eletrônico original, de modo que qualquer alteração de conteúdo irá invalidar a
assinatura digital do referido documento e a respectiva autorização de uso.
Importante destacar, entretanto, que se os erros forem detectados pelo emitente antes da circulação da
mercadoria, a NF-e deverá ser cancelada e ser então emitida uma Nota Eletrônica com as correções
necessárias.
Há ainda a possibilidade de emissão de NF-e complementar nas situações previstas na legislação. As
hipóteses de emissão de NF complementar podem ser consultadas no Artigo 182 do RICMS.

15. O que é a inutilização de número de NF-e?


Durante a emissão de NF-e é possível que ocorra, eventualmente, por problemas técnicos ou de
sistemas do contribuinte, uma quebra da seqüência da numeração. Exemplo: a NF-e nº 100 e a nº 110
foram emitidas, mas as numerações da faixa 101 e 109, por motivo de ordem técnica, não foram
utilizadas antes da emissão da nº 110.

A funcionalidade de inutilização de número de NF-e tem a finalidade de permitir que o emissor


comunique à SEFAZ, até o décimo dia do mês subseqüente, os números de NF-e que não serão
utilizados em razão de ter ocorrido uma quebra de seqüência da numeração da NF-e. A inutilização de
número só é possível caso a numeração ainda não tenha sido utilizada em nenhuma NF-e (autorizada,
cancelada ou denegada). Importante destacar que a inutilização do número tem caráter de denúncia
espontânea do contribuinte de irregularidades de quebra de seqüência de numeração, podendo o fisco
não reconhecer o pedido nos casos de dolo, fraude ou simulação apurados.

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