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GUIA DO

FORNECEDOR

GUIA DO FORNECEDOR 1
Prezado fornecedor,

agradecemos seu interesse em fornecer pro-


dutos ou serviços para o BNDES.

Para assegurar o pagamento pontual de suas


faturas, observe as instruções a seguir.

GUIA DO FORNECEDOR
1. Mantenha seu cadastro atualizado
Garanta que seus dados cadastrais junto ao BNDES estejam
sempre atualizados.

Notifique imediatamente o gestor do seu contrato com o


BNDES caso haja alguma alteração nos dados formalizados
no contrato administrativo, em especial:

> endereço de correspondência;1

> e-mail;

> contato;

> informações bancárias;

> números de telefone;

> razão social; e

> CNPJ.

O seu e-mail é a principal forma de comunicação para fins de


pagamento. Por meio dele você receberá o login e a senha
para acessar o Portal do Fornecedor.

Se ainda não recebeu essas informações, envie o endereço


de e-mail a ser cadastrado para efeitos de faturamento para:
fornecedores@bndes.gov.br.

1 Deverá ser preenchida uma nova Declaração de Informações para Fornecimento (DIF)
em caso de alterações no CNPJ, razão social ou endereço, com mudança de município.

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2. Questões relacionadas aos
documentos de cobrança
2.1. Dados a serem incluídos no
documento fiscal

O pedido de compras (PO) identifica e viabiliza o processo


de pagamento dos fornecedores na plataforma de recebi-
mento de notas fiscais do BNDES. Por isso, é fundamental
que ele conste no documento fiscal de cobrança.

O gestor do contrato é responsável por aprovar o pedido


de compras e a folha de registro de serviços (FRS), que atesta
a prestação dos serviços nos termos contratados. A FRS po-
derá, a critério do gestor do contrato, ser emitida antes ou
após a chegada da nota fiscal.

O fornecedor receberá em seu endereço eletrônico a informa-


ção dos números da PO e da FRS após as aprovações, desde
que o e-mail esteja cadastrado no Sistema do BNDES.

Caso o documento fiscal seja emitido sem que o gestor do


contrato realize o pedido de compras e a FRS, ele ficará no
aguardo dessas aprovações.

O número do pedido de compras é composto por dez dígi-


tos, iniciados por 43.

Já o código da FRS é composto por dez algarismos, iniciados


por 1000.

O documento fiscal ou equivalente legal deverá respeitar a


legislação tributária e conter as seguintes informações:

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I. número da Ordem de Compra/Serviço (OCS);
II. número SAP do contrato;
III. número do pedido de compras SAP, conforme e-mail en-
caminhado;
IV. número da FRS, a ser informado pelo gestor do contrato –
informação facultativa a critério do gestor;
V. descrição detalhada do objeto executado e dos respecti-
vos valores;
VI. período de referência da execução do objeto;
VII. nome e número do CNPJ/CPF do contratado cuja regulari-
dade fiscal tenha sido avaliada na fase de habilitação, bem
como o número de inscrição na fazenda municipal e/ou
estadual, conforme o caso;
VIII. nome, telefone e e-mail do responsável pelo documento
fiscal ou equivalente legal;
IX. nome e número do banco e da agência, bem como da
conta corrente do contratado, vinculados ao CNPJ/CPF
constante no documento fiscal ou equivalente legal, com
respectivos dígitos verificadores;
X. tomador do serviço: de acordo com o contrato, conforme
dados a seguir:
BNDES
Sede fiscal no Rio de Janeiro (RJ):
CNPJ 33.657.248/0001-89
e Inscrição Municipal 0.047.146-1.

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Escritórios regionais
São Paulo (SP): CNPJ 33.657.248/0003-40
e Inscrição Municipal 1.208.385-2.
Brasília (DF): CNPJ 33.657.248/0004-21
e Inscrição 07.752.147/002-04.
Recife (PE): CNPJ 33.657.248/0006-93
e Inscrição Municipal 495.061-5.

BNDESPAR
Sede fiscal no Rio de Janeiro (RJ):
CNPJ 00.383.281/0001-09
e Inscrição Municipal 073.159-5.

FINAME
Sede fiscal no Rio de Janeiro (RJ):
CNPJ 33.660.564/0001-00
e Inscrição Municipal 047.733-8;

XI. local de execução do objeto, emitindo-se um documento


fiscal ou equivalente legal para cada município em que o
serviço será prestado, se for o caso; e

XII. código dos serviços, nos termos da lista anexa à Lei Com-
plementar (LC) 116/2003, em concordância com as infor-
mações inseridas na DIF.

Informações relativas a retenções na fonte, isenções ou be-


nefícios fiscais também deverão ser descritas no corpo do
documento fiscal.

Os documentos fiscais não podem ser cancelados depois da


realização do pagamento pelo Sistema BNDES.

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2.2. Questões tributárias relacionadas aos
documentos fiscais

As situações de emissão de documentos fiscais são aborda-


das neste documento de forma genérica e não exaustiva. Os
casos omissos deverão ser tratados individualmente.

Serviços
São considerados documentos fiscais válidos aqueles que
têm autorização do órgão fiscalizador competente (prefeitu-
ras municipais ou Distrito Federal – DF).

A emissão de documentos fiscais para o Sistema BNDES de-


verá ser efetuada da seguinte forma:

> Serviços executados no município do Rio de Janeiro: emis-


são para a sede da empresa tomadora (BNDES), situada na
cidade do Rio de Janeiro (RJ).

> Serviços executados nos escritórios regionais: emissão


para o estabelecimento da filial do BNDES.

> Serviços executados em outros municípios: emissão para


a unidade do BNDES especificada no contrato.

O local da prestação é obrigatório e deverá vir destacado em


campo específico da nota fiscal ou em seu corpo, caso o mo-
delo de nota fiscal adotado pela prefeitura ou estado não con-
tenha campo próprio, e de acordo com o contrato.

Para os casos de prestação de serviços em dois ou mais muni-


cípios, conforme previsão contratual, as notas fiscais deverão

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ser emitidas de forma segregada, ou seja, uma nota fiscal
para cada município em que houver a prestação dos ser-
viços, obedecendo às premissas relacionadas anteriormente.

É obrigatória a menção clara do local (município) da presta-


ção dos serviços, conforme o contrato. Em caso de inconfor-
midade, o documento não será aceito, sendo necessária a
substituição da nota fiscal.

A descrição do(s) serviço(s) deverá ser feita de maneira deta-


lhada, permitindo sua perfeita identificação, sempre de acor-
do com o estabelecido no contrato firmado entre o presta-
dor e o Sistema BNDES.

Deverá ser observado ainda o correto enquadramento da


natureza do serviço na lista anexa à LC 116/2003, de acor-
do com o informado na DIF apresentada ao Sistema BNDES,
quando aplicável.

A emissão das notas fiscais deve respeitar o período de com-


petência da prestação dos serviços. O encaminhamento dos
documentos fiscais ao Sistema BNDES deverá ser providen-
ciado com a maior brevidade possível. Caso haja a incidência
de encargos no recolhimento dos tributos retidos, em virtude
de atraso na entrega dos documentos fiscais, tais encargos
serão descontados da fatura a pagar ao fornecedor.

Mercadorias e serviços tributados pelo ICMS


Consideram-se documentos válidos os previstos nos regula-
mentos do ICMS dos estados e do Distrito Federal.

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A emissão de documentos fiscais relativos ao fornecimento
de mercadorias ou de serviços tributáveis pelo ICMS para
as empresas do Sistema BNDES deverá ser realizada para o
CNPJ da unidade destinatária das operações.

Em virtude da condição das empresas do Sistema BNDES de


não contribuintes do ICMS, nos casos de operações interes-
taduais, somente serão aceitos documentos fiscais com os
códigos fiscais de operações e prestações (CFOP) específicos
dessa condição.

Tomando como exemplo uma venda de mercadorias interes-


tadual, o CFOP a ser informado na nota fiscal deve ser:

6.107 – Venda de produção do estabelecimento, desti-


nada a não contribuinte; ou

6.108 – Venda de mercadoria adquirida ou recebida de


terceiros, destinada a não contribuinte.

Nos termos do artigo 155 da Constituição Federal, com reda-


ção dada pela Emenda Constitucional 87/2015, nas opera-
ções interestaduais destinadas a não contribuinte do ICMS,
cabe ao fornecedor efetuar o recolhimento da diferença en-
tre a alíquota interna e a interestadual.

A tributação do ICMS deverá estar em conformidade com


a legislação aplicada no estado de origem da mercadoria e,
quando for o caso, com a do estado de destino. Nos casos
de isenção, suspensão, redução de base de cálculo, diferi-
mento, antecipação e substituição tributária, o embasamen-
to legal para tais eventos deverá estar indicado nos dados
adicionais da nota fiscal.

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2.3. Envio de documentos fiscais para o
BNDES e consulta do status do pagamento

O BNDES utiliza a plataforma EPG para o recebimento de


documentos fiscais de forma automatizada e integrada com
os serviços da Receita Federal, das Secretarias Estaduais de
Fazenda e com os sistemas dos principais municípios.

Os fornecedores de serviços estabelecidos nas prefeituras do


Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Niterói e Itajaí que emitam
Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFSe), ou Nota Fiscal Mo-
delo 51 (NFe) no Distrito Federal, bem como os fornecedores
de produtos em geral que emitam NFe, terão as respectivas
notas capturadas automaticamente via webservice pelo Portal
do Fornecedor. Os demais fornecedores de serviços pre-
cisarão acessar o portal e fazer o upload da nota fiscal.

Ainda assim, documentos complementares ao pagamento,


como declarações fiscais, precisarão ser anexados pelo for-
necedor no portal.

Nesse portal, é possível acompanhar a data prevista para o


pagamento da sua nota fiscal.

Acesse o Manual do usuário EPG – Fornecedores para saber


como acessar a plataforma e conhecer suas funcionalidades:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/
transparencia/licitacoes-contratos/portal-do-
fornecedor-contratos-administrativos/

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3. Contratos de terceirização ou
dedicação exclusiva de mão de obra
São requisitos adicionais ao faturamento de contratos de ter-
ceirização ou dedicação exclusiva de mão de obra:

> a apresentação da documentação trabalhista e previden-


ciária indicada pela Gerência de Acompanhamento de
Contratos do BNDES referente aos prestadores alocados ao
contrato; e

> a emissão do atesto da gestão do contrato – PO e FRS.

Em caso de dúvidas, entre em contato com gdac@bndes.gov.br.

4. Manutenção das condições de


habilitação durante a execução do
contrato
Todo fornecedor do BNDES deve manter, durante a vigência
do contrato, todas as condições de habilitação (incluindo
as certidões) e a ausência de impedimentos exigidas quan-
do da contratação, comprovando-as sempre que solicitado
pelo Banco.

5. Reequilíbrio econômico-financeiro
dos contratos
O reequilíbrio econômico financeiro dos contratos (reajustes,
repactuação e revisão de preços), quando aplicável, deve ser so-
licitado pelo fornecedor por e-mail para gdac@bndes.gov.br.

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Após a formalização, que se dará por envio da carta de
apostilamento, os novos preços poderão ser praticados
pela contratada.

6. Consulta ao contrato e seus anexos


O BNDES disponibiliza informações sobre os contratos, in-
cluindo o download dos documentos formalizados.

Para consultar os contratos administrativos formalizados com


o Sistema BNDES, acesse:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/
transparencia/licitacoes-contratos/contratos-
administrativos/contratos_administrativos_compras

7. Emissão de atestados de capacidade


técnica
A emissão de atestados de capacidade técnica pode ser
requerida para:
sap_suporte_contratos_administrativos_@bndes.gov.br.
O atestado será emitido desde que seja aprovado pelo gestor
do contrato.

8. Tributação sobre os pagamentos das


empresas do Sistema BNDES
Todas as orientações constantes neste documento estão em-
basadas na legislação tributária vigente nas esferas federal,
estadual e municipal, as quais estão sujeitas a alterações a
qualquer tempo.

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Essas orientações não o eximem do dever de conhecer a legis-
lação tributária que lhe for aplicável, inclusive suas eventuais
alterações, assim como de fornecer ao Sistema BNDES outros
documentos ou informações previstos na legislação que não es-
tejam aqui especificados ou que tratem de situações especiais.

8.1. Entrega da Declaração de Informações


para Fornecimento (DIF)

A DIF é um documento amparado por normativo interno do


BNDES que é exigido em contratações administrativas acima
de R$ 20.000,00.

Seu objetivo é alinhar antecipadamente as informações de


faturamento e o enquadramento do objeto contratual com
os fornecedores, a fim de assegurar a correta tributação e o
recolhimento de impostos sob responsabilidade das empre-
sas do Sistema BNDES, conforme a legislação vigente.

A declaração deverá ser preenchida em conformidade com


as disposições contratuais e as orientações aqui contidas,
devendo ser observada pelos fornecedores na emissão dos
documentos fiscais.

A apresentação da DIF validada pelo BNDES e devidamente


assinada é condição para o processamento dos pagamentos
aos fornecedores, nos casos em que se aplica. A falta de
apresentação no prazo estabelecido pode sujeitar o fornece-
dor à instauração de processo administrativo punitivo, com
aplicação de penalidades contratuais, e a sofrer as retenções
tributárias pelas alíquotas que o BNDES entender aplicáveis
segundo a legislação.

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Veja os modelos da DIF em:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/
transparencia/licitacoes-contratos/portal-do-
fornecedor-contratos-administrativos/

Não serão aceitos documentos de cobrança em de-


sacordo com o objeto contratado e com os dados in-
formados na DIF, especialmente o enquadramento do
item de serviço.

Caso haja mudança em seu regime tributário ou de seu sub-


contratado, ou ainda do objeto do fornecimento, a DIF deve-
rá ser substituída por uma nova versão do documento.

8.2. Tributos federais – Imposto de Renda e


contribuições (IRPJ/CSLL/PIS/Pasep/Cofins)

Base de cálculo
A base de cálculo é o valor total do produto ou do serviço,
incluídos os custos de materiais aplicados, empregados ou
consumidos na prestação.

Em caso de pagamentos com glosa de valores constantes na


nota fiscal sem a emissão de nova nota, a tributação deverá
incidir sobre o valor original do documento.

Retenção tributária na fonte


BNDES e FINAME: os pagamentos efetuados pelo BNDES ou
pela FINAME relativos às mercadorias fornecidas e aos servi-
ços que lhes forem prestados estarão sujeitos à retenção na

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fonte do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL), da Cofins e do PIS, conforme regras
estabelecidas na legislação vigente para as entidades da Ad-
ministração Pública Federal (Lei 10.833/2003, art. 34; Instru-
ção Normativa (IN) RFB 1.234/2012; e legislação aplicável) e
seguirão as alíquotas destacadas no Anexo I da referida IN.

BNDESPAR: os pagamentos efetuados pela BNDESPAR rela-


tivos aos serviços que lhe forem prestados estarão sujeitos à
retenção na fonte do Imposto de Renda, da CSLL, da Cofins
e do PIS, conforme regras estabelecidas na legislação vigente
para as empresas privadas (Lei 10.833/2003, artigos 30 a 32;
Decreto 9.580/2018, artigos 714 a 719; IN SRF 459/2004; e
legislação aplicável).

Fornecedores cadastrados no Simples Nacional


O Simples Nacional se caracteriza pelo tratamento diferen-
ciado e favorecido a ser dispensado às microempresas (ME)
e às empresas de pequeno porte (EPP).

Os fornecedores de mercadorias enquadrados nesse regime


deverão observar o que prescreve a Resolução CGSN 94/2011,
fazendo constar nos documentos fiscais a expressão: “Docu-
mento emitido por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional”.

Para que não haja retenção tributária, a pessoa jurídica


optante pelo Simples Nacional deverá apresentar a cada
contratação e/ou repactuação uma declaração atualizada,
conforme modelos anexos às IN RFB 1.234/2012 (BNDES e
FINAME) e IN SRF 459/2004 (BNDESPAR), assinada por seu
representante legal devidamente identificado.

GUIA DO FORNECEDOR 15
Entidades sem fins lucrativos e entidades
beneficentes
Nos serviços prestados para o BNDES e para a FINAME, as en-
tidades previstas no artigo 4º, incisos III (instituições de educa-
ção e de assistência social, sem fins lucrativos, a que se refere o
art. 12 da Lei 9.532/1997) e IV (instituições de caráter filantró-
pico, recreativo, cultural, científico e as associações civis a que
se refere o art. 15 da Lei 9.532/1997) da IN RFB 1.234/2012
deverão apresentar as declarações previstas no art. 6º, corres-
pondentes aos modelos dos anexos II e III de tal IN, para que
não haja a retenção desses tributos sobre o pagamento.

Entidades beneficentes que atuam nas áreas de saúde,


educação e assistência social deverão apresentar, junta-
mente com a declaração mencionada no parágrafo anterior,
o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social
(Cebas), expedido pelos ministérios das respectivas áreas de
atuação da entidade, na forma estabelecida pelo Decreto
8.242/2014.

Nos termos da IN RFB 1.234/2012, não serão aceitos com-


provantes de requerimentos (i) de concessão da certificação;
e (ii) de renovação da certificação que tenham sido protoco-
lados fora do prazo legal ou com certificação anterior torna-
da sem efeito por qualquer motivo.

Nas contratações pela BNDESPAR, não haverá retenção tribu-


tária na fonte de Imposto de Renda (Decreto 9.580/2018, ar-
tigos 181 e 728, § 1°, III) e de contribuições (Lei 10.833/2003,
art. 31, § 2°).

16 GUIA DO FORNECEDOR
8.3. Tributos federais – contribuição
previdenciária (INSS)

Os dados da retenção da contribuição previdenciária devem


estar devidamente informados na Escrituração Fiscal Digital
de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf) pelos
contribuintes sujeitos a essa obrigação.

Base de cálculo
A base de cálculo é o valor bruto da nota fiscal. Contudo, os
valores de materiais ou de equipamentos aplicados pela con-
tratada na prestação do serviço, discriminados no contrato
e na nota fiscal, desde que comprovados (IN RFB 971/2009,
art. 121), não integram a base de cálculo da retenção.

É importante a observância dos percentuais mínimos para a


obtenção da base de cálculo estabelecidos pela IN 971/2009
nos casos em que houver a inerência do uso de equipamen-
tos ou apenas a previsão de fornecimento de materiais no
contrato, sem a respectiva discriminação de valor.

Em todas as hipóteses, a dedução da base de cálculo somen-


te será processada se houver a discriminação do valor dos
materiais e/ou equipamentos no corpo da nota fiscal, fatura
ou recibo de prestação de serviço.

Retenção tributária na fonte


Estarão sujeitos à retenção da alíquota de 11% os serviços
listados nos artigos 117 e 118 da IN RFB 971/2009 se con-
tratados mediante cessão de mão de obra ou empreitada,

GUIA DO FORNECEDOR 17
observados os casos da não aplicabilidade da retenção, con-
forme o art. 149.

Cessão de mão de obra é a colocação, à disposição da em-


presa contratante – em suas dependências ou nas de tercei-
ros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, rela-
cionados ou não com sua atividade-fim.

Seguindo as diretrizes da Lei 12.546/2011, para os serviços


contratados mediante cessão de mão de obra ou empreita-
da, nos casos de empresas da construção civil e de serviços
de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação
e comunicação (TIC), enquadradas nos incisos I e IV do art. 7º
dessa lei,2 para que seja aplicada a retenção da contribuição
previdenciária de 3,5%, as empresas deverão apresentar a
declaração prevista no art. 9º, § 6º, da IN RFB 1.436/2013
(Anexo III da IN).

No momento da emissão da nota fiscal, da fatura ou do reci-


bo de prestação de serviços, a contratada deverá destacar o
valor da retenção com o título “Retenção para a previdência
social” (IN RFB 971/2009, art. 126).

Obras de construção civil – inscrição no


Cadastro Nacional de Obras (CNO)
Nos casos em que for necessária a inscrição no CNO, o nú-
mero deve constar na nota fiscal que será utilizada para
declarar a retenção perante a Receita Federal, por meio do
EFD-Reinf.

2 Sujeito a alterações, conforme a vigência disposta no art. 7° da Lei 12.546/2011.

18 GUIA DO FORNECEDOR
8.4. Tributo municipal – Imposto Sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)

Base de cálculo
A base de cálculo é o valor total do serviço prestado, inclu-
ídos os custos de materiais aplicados,3 das subcontratações
(salvo o caso das agências de publicidade) e das subemprei-
tadas, conforme disposto nas legislações municipais.

Quando o fornecedor gozar de isenções ou benefícios fiscais


aplicáveis ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISSQN), deverá informar essa condição nos documentos fiscais
emitidos e apresentar ao Sistema BNDES, a cada faturamento,
cópia do documento comprobatório da concessão do benefí-
cio, emitido pela prefeitura ou órgão municipal competente.

Local de incidência
O local de incidência do ISSQN obedece aos artigos 3º e 4º da
LC 116/2003, que determinam que tal imposto seja devido para
o município do estabelecimento do prestador ou, na ausência
de estabelecimento, para o local do domicílio do prestador. As
exceções estão previstas nos incisos de I a XXII do artigo 3º.

Não serão aceitos argumentos que visem dar tratamento di-


verso do previsto na legislação. Legislações municipais que
expressa e claramente divirjam do tratamento previsto na LC
116/2003 serão analisadas caso a caso.
3 Alguns municípios não permitem a dedução de valores de materiais aplicados na
prestação dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista anexa à Lei Complementar
116/2003. Nesses casos, se houver materiais aplicados, deverão ser obrigatoriamente
destacados os valores, embora o imposto incida sobre o valor total da nota fiscal.

GUIA DO FORNECEDOR 19
Retenção tributária na fonte
As empresas do Sistema BNDES poderão ser responsáveis ou
substitutas tributárias em relação ao ISSQN, por isso, deverá
ser observada a legislação do município competente para a
cobrança do imposto.

Cadastro de empresas prestadoras de outros


municípios
Os prestadores de serviço de outros municípios, cujos servi-
ços não sejam devidos no local da prestação ou no domicílio
do tomador (nos termos dos incisos I a XXV, art. 3°, da LC
116/2003) para as unidades do Sistema BNDES sediadas em
Brasília e Recife, devem providenciar o cadastro definido pela
legislação municipal, independentemente do local da presta-
ção do serviço. A falta do cadastro acarretará a retenção e
o recolhimento do ISSQN, por parte do estabelecimento do
Sistema BNDES, em favor do município do tomador.

Essa orientação se aplica também para entidades sem fins


lucrativos e empresas optantes pelo Simples Nacional.

O quadro a seguir apresenta a legislação de cada município


em que o Sistema BNDES tem domicílio.

Município/DF Legislação Site


Decreto http://portalfinancas.recife.pe.gov.br/
Recife
27.589/2013 CPOM
Art. 19-A
http://www.fazenda.df.gov.br/area.
Brasília do Decreto
cfm?id_area=679
25.508/2005

20 GUIA DO FORNECEDOR
A consulta on-line do cadastro no CPOM será realizada no
processamento do pagamento ao fornecedor domiciliado
em município diverso do estabelecimento do tomador.

Exemplificando: se um fornecedor domiciliado no município


de São Paulo prestar um serviço de consultoria para o esta-
belecimento do Sistema BNDES no município do Recife, esse
fornecedor deverá realizar seu cadastro no site da Nota Reci-
fense. Caso isso não seja feito, o estabelecimento do Sistema
BNDES no Recife reterá sobre o valor do serviço 5% a título
de ISSQN em favor da Prefeitura do Recife.

Note-se que, nesse caso, poderá ocorrer uma bitributação,


já que o prestador de serviço deverá pagar o ISSQN para o
município de São Paulo, e o BNDES, em função da inobser-
vância de obrigação acessória pelo fornecedor, deverá reter e
recolher o ISSQN adicional para o município do Recife.

Fornecedores cadastrados no Simples Nacional


O prestador optante pelo Simples Nacional deve destacar no
documento fiscal a alíquota na qual está enquadrado. A falta
dessa informação acarretará a aplicação do percentual máxi-
mo previsto na legislação.

Caso o prestador esteja sujeito à tributação do ISSQN por va-


lores fixos mensais, deverá informar essa condição no corpo
do documento fiscal emitido para que não sofra retenção de
forma indevida.

O fato de a empresa ser optante pelo Simples Nacional não


exime o tomador da retenção dos tributos municipais, que
seguem legislação própria.

GUIA DO FORNECEDOR 21
Entidades sem fins lucrativos e entidades
beneficentes
O fato de a empresa ser entidade sem fins lucrativos não
exime o tomador da retenção dos tributos municipais, que
seguem legislação própria.

8.5. Legislação tributária aplicável

> Lei 10.833, de 29 de dezembro de 2003

> Lei 7.450, de 23 de dezembro de 1985, art. 52 (BNDESPAR)

> Decreto 9.580, de 22 de novembro de 2018

> Instrução Normativa RFB 1.234, de 11 de janeiro de 2012


(BNDES e FINAME)

> Instrução Normativa SRF 459, de 17 de outubro de 2004


(BNDESPAR)

> Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006

> Lei 9.532, de 10 de dezembro de 1997

> Decreto 8.242, de 23 de maio de 2014

> Resolução CGSN 140, de 22 de maio de 2018

> Lei 8.212, de 24 de julho de 1991

> Lei 12.546, de 14 de dezembro de 2011

> Decreto 3.048, de 6 de maio de 1999

> Instrução Normativa RFB 971, de 13 de novembro de 2009

22 GUIA DO FORNECEDOR
> Instrução Normativa RFB 1.436, de 30 de dezembro de 2013

> Lei Complementar 116, de 31 de julho de 2003

Legislações municipais do ISSQN, em especial:

> Lei 691, de 24 de dezembro de 1984 – Rio de Janeiro

> Decreto 53.151, de 17 de maio de 2012 – São Paulo

> Decreto 27.589, de 6 de dezembro de 2013 – Recife

> Decreto 25.508, de 19 de janeiro de 2005 – Distrito Federal

> Regulamentos do ICMS dos estados e do Distrito Federal

9. Dúvidas
Dúvidas sobre a execução contratual devem ser encaminha-
das ao gestor de seu contrato com o BNDES.

> cadastramento do e-mail para acesso ao Portal do Fornece-


dor: fornecedores@bndes.gov.br;

> questões tributárias e DIF:


apoio_tributario_fornecedores@bndes.gov.br;

> reequilíbrio de contratos e acompanhamentos de contratos


com alocação de mão de obra: gdac@bndes.gov.br;

> emissão de atestado de capacidade técnica:


sap_suporte_contratos_administrativos_@bndes.gov.br

GUIA DO FORNECEDOR 23
Março/ 2022
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Editado pelo Departamento de Comunicação do Gabinete da Presidência do BNDES

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