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SOBRE NÓS

Meu nome é Rachel, sou casada com o Douglas e somos


pais do Matteo (4 anos), do Luigi (2 anos) e da
Filippa (4 meses). Somos cristãos e frequentamos a
Igreja Presbiteriana de Barra Funda, em São Paulo.
Cremos que os filhos são herança do Senhor e temos
buscado aproveitar todas as oportunidades possíveis
para que eles aprendam sobre a maravilhosa história
da redenção. Esse material foi preparado para nosso
uso doméstico e, na esperança de que possa abençoar
outras famílias, disponibilizamos para ser usado
também em seu lar. Que nossos pequenos cresçam em
sabedoria, estatura e graça, para a glória de Deus.
criação
Leitura: Gênesis 1-2
Que maravilhoso pensar em tudo que Deus criou, não é mesmo? Qual
sua parte favorita de toda criação? Uma das que mais gosto e que
faz eu me emocionar sempre, é o céu. De dia, com um azul mais
bonito que o da caixa de giz de cera e com nuvens tão fofinhas
que parecem algodão doce. De noite, cheio de estrelas piscando.
Isso sem falar nas noites em que a Lua está tão redonda que
parece ter sido feita com um compasso. Na nossa leitura vimos
quem foi que fez essas e todas as outras coisas. Foi Deus. Ele
criou todas as coisas para a Sua própria glória. É verdade que o
pecado entrou no mundo bom que Deus criou. Mas Ele sabia que
isso ia acontecer. Não só sabia, como já tinha um plano, antes
mesmo da criação (Ef 1.4-6). Jesus é o plano perfeito de Deus.
Muitos pensam que a história de Jesus começa numa estrebaria,
mas a bíblia nos mostra que Ele estava lá quando tudo foi criado
(Jo 1.1-3). Ele sempre existiu. Ele é eterno. Criou e sustenta
todas as coisas (Hb 1.1-4). Portanto, a história da criação, a
primeira de nossa bíblia, É SOBRE JESUS, afinal, “tudo foi
criado por meio Dele e para Ele” (Cl 1.15-17).

“No princípio criou Deus os céus e a terra.”


Gênesis 1.1
queda
Leitura: Gênesis 3
Certa vez, quando eu era criança, vi um enfeite de Natal em
cima da televisão. Por mais que soubesse que não podia, escalei
a estante e consegui pegar o enfeite. No mesmo instante, algo
deu errado e, quando menos percebi, já estava no chão. Foi uma
queda e tanto! E não parou por aí. Logo depois, em cima de mim,
mesmo tentando evitar, veio a televisão. O meu erro teve
consequências. Em nossa história de hoje vimos como o mundo
perfeito que Deus criou conheceu o mal. A serpente (Ap 12.9)
levou Adão e Eva a desobedecerem a Deus. O nome dado a isso é
pecado e esse foi o pecado original (Rm 5.12-19). Uma vez que o
pecado penetrou no mundo, muitas consequências vieram. Uma
delas é que todos nós já nascemos pecadores (Sl 51.5). Tudo
isso seria assustador, não fosse o fato de que Deus tinha um
plano, lembra? E esse plano É SOBRE JESUS. Esse plano é Jesus.
É Ele que tira o pecado do mundo (Jo 1.29) e é Ele que salva
pecadores (Lc 5.32).

“Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e
árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu
também ao marido, e ele comeu. o princípio criou Deus os céus e a terra.”
Gênesis 3.6
noé
Leitura: Gênesis 6, 7, 8 e 9.1-17
Você gosta de ler? E de ouvir histórias? Um dia, chegou aqui em
casa um livro que, apesar de estar em bom estado, já era usado.
A expectativa pelo que estava por vir aumentava a cada página
virada. O finalzinho se aproximava e, para nossa surpresa e
decepção, a história não estava completa. As últimas páginas
estavam faltando. A história de hoje também pode parecer
incompleta, afinal antes do dilúvio o mundo estava cheio de
pecado e depois do dilúvio, também (Gn 9.22). Nem aquele tantão
de água foi capaz de lavar o pecado. Na verdade, o plano de
Deus para tirar o pecado do mundo era outro. Ainda assim,
olhando para a “arca de Noé” é possível entender algumas
verdades. Deus odeia o pecado e o pune. Por sua graça, separa
um povo e o salva da destruição. A arca salvou Noé e sua
família do dilúvio (Hb 11.7). Anos depois, Deus, por sua graça,
enviou a esse mundo alguém que salvaria o seu povo da
destruição eterna, aniquilando o pecado (Hb 9.26). A última
página da história de Noé É SOBRE JESUS. Ele é quem cumpre a
vontade de Deus e nos garante vida em meio a morte
(Jo 6.38-40). Ele é a nossa arca.

“Porei nas nuvens o meu arco; será por


sinal da aliança entre mim e a terra.”
Gênesis 6.13
abraão
Leitura: Gênesis 15.1-6
Contar as estrelas do céu... será mesmo isso possível? Para
Deus, com certeza sim. A Bíblia diz que Ele não só é capaz de
contá-las, mas que também sabe o nome de todas elas (Sl
147.4). Mas para nós, seres humanos, essa é uma tarefa
impossível. Por que, então, Deus pediu para Abraão tentar?
Justamente para que ele tivesse uma pequena ideia do quão
numerosa seria a sua posteridade. Mais do que ele pudesse
contar! A beleza dessa história não para por aí. O texto diz
que Abraão creu na promessa e, pela fé, alcançou justiça. Não
foi por algo que ele fez (Rm 4.3), mas pela graça de Deus
(Gl 3.18). Por fim, dentre toda a descendência de Abraão,
existiu um descendente final (Mt 1.16). São tantas formas de
perceber que essa história É SOBRE JESUS. Ele é a mais pura
manifestação da graça de Deus (Ef 2.8). Ele é a promessa viva
que se cumpriu. Ele é o herdeiro perfeito de toda essa
genealogia e que nos torna descendência de Abraão (Gl 3.29).

“Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as


estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.”
Gênesis 15.5
isaac
Leitura: Gênesis 22
Alguns livros que lemos são os chamados livros ilustrados. Neles,
algumas páginas trazem apenas texto e outras complementam esse
texto com uma ilustração a respeito daquilo que está escrito. E é
tão mais fácil entender e perceber os detalhes da história quando
isso acontece, não é? Tanto é assim que sempre ficamos torcendo
pra que a próxima página do livro seja ilustrada. A verdade é que
a nossa história de hoje funciona da mesma forma que uma
ilustração. Nela, temos Isaac, um filho unigênito e amado, a
descendência de Abraão e esperança do mundo, subindo o monte e
carregando madeira para o sacrifício, e também um pai disposto a
entregá-lo (Hb 11.17-19). Isso te lembra alguma outra história?
Pois é. Isaac ilustra o que aconteceria anos e anos depois. A
mais linda história que o mundo já conheceu. E adivinhem? Ela É
SOBRE JESUS! Ele é o filho unigênito e amado (Jo 3.16), a
descendência de Abraão e esperança do mundo (Gl 3.16), subindo o
monte e carregando o madeiro para o sacrifício (Jo 19.17), e Deus
o pai não só estava disposto, como o entregou em nosso favor. Que
incrível perceber como, mesmo dois mil anos antes, a Bíblia
sempre apontou para Ele: Jesus!

“Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás de si um carneiro preso


pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o
ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.”
Gênesis 22.13
jacó
Leitura: Gênesis 28
Você já teve algum sonho? Se lembra do que sonhou? Tem
sonhos tão gostosos que nem dá vontade da gente acordar,
não é mesmo? Em nossa história de hoje vimos que Jacó
também teve um sonho. Foi a partir desse sonho que Deus se
revelou à Jacó e o abençoou, da mesma forma que já tinha
feito com Abraão. Além de dizer que a sua descendência
seria numerosa, Deus disse que estaria com ele por onde ele
fosse. Essas palavras me fazem lembrar de outro texto
bíblico (Mt 28.20). Jacó tinha acabado de enganar seu pai e
estava fugindo de seu irmão. O peso do pecado o
acompanhava. A última coisa que ele esperava era que Deus,
ao o encontrar, o abençoasse. Mas esse é o nosso Deus! Nem
em nossos melhores sonhos poderíamos imaginar algo assim.
Ele nos ama apesar de quem nós somos (Rm 9.10-13). O pecado
nos afasta, mas existe um único mediador, que nos dá acesso
ao Pai (1Tm 2.5). E adivinhem? É SOBRE JESUS. Ele é o
portão de Deus. Ele é o eixo entre céu e terra (Jo 1.51).

“E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e
os anjos de Deus subiam e desciam por ela.”
Gênesis 28.12
josé
Leitura: Gênesis 37, 39-47
“Ele é a cara do pai”. Essa foi uma das coisas que mais ouvi desde
que meu filho mais velho nasceu. Não é pra menos. Ao olhar pra ele
encontramos muitos traços de meu marido. Apesar de serem
parecidos, não são a mesma pessoa. Da mesma forma que alguém nos
faz lembrar outra pessoa, uma história pode nos lembrar de outra
história. E é exatamente isso que acontece com a história de hoje.
José era o filho amado de seu pai, odiado pelos seus, vendido por
prata, um homem bom, perdoou aqueles que o traíram, se tornou
governador, salvou seu povo e o povo se curvou diante dele. São
tantas semelhanças com uma outra história. E ela É SOBRE JESUS.
Jesus é o filho amado do Pai (Lc 3.21-22), rejeitado pelos seus
(Jo 1.11), vendido por 30 moedas de prata (Mt 26.15), não tinha
pecado (1Pe 2.22), perdoou a todos que lhe fizeram mal (Lc 23.24)
e é o Rei dos Reis, sobre qual todo o joelho se dobrará (Rm
14.11). Por fim, além de tudo isso, vemos José sendo usado na
conservação da vida (Gn 45.5) não só de seu povo. Deus usa José
para preservar a descendência de Judá
(Gn 49.8-12), garantindo que seu plano se cumpra através de
Jesus, o Leão da Tribo de Judá (Ap 5.5).

“Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos, porque era
filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas.”

Gênesis 37.3
moisés
Leitura: Êxodo 3
Se você pudesse escolher um lugar para ir agora, nesse exato
momento, qual seria? Sempre que pergunto isso pra meu filho
do meio a resposta é a mesma: parque. Ele gosta de sentir a
areia em seus pés, esconder-se dentro da casinha e rodar no
gira-gira. Numa das últimas vezes em que fomos, ele subiu
cheio de animação os degraus de uma escada, que terminava em
um grande escorregador. Imediatamente, quis voltar. Não se
sentia pronto para descer sozinho. Percebendo o que
aconteceu, segurei sua mão, disse que estava com ele e o
ajudei na descida. Foi exatamente isso que aconteceu com
Moisés. Quando Deus o chamou para tirar o Seu povo do Egito,
Moisés teve medo. Ele não se sentia capaz de liderar aquelas
pessoas, de falar com faraó. Realmente, se fosse por suas
próprias forças, ele não conseguiria. Mas quando Moisés
hesitou, Deus disse que seria com ele. Essa história é sobre
Moisés, um homem que foi escolhido e chamado a libertar o
povo de Deus (Sl 105.26-27), em uma determinada época. Acima
de tudo, essa história É SOBRE JESUS, pois Ele, sem hesitar
(Fp 2.5-8), atendeu ao chamado e vontade do Pai e nos trouxe
liberdade eterna (Rm 6.22).

“Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo, no


meio de uma sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no
fogo e a sarça não se consumia.”
Êxodo 3.2
mar vermelhoLeitura: Êxodo 13-15
Você deve se lembrar de já ter assistido, em algum filme ou
desenho, uma clássica cena de perseguição. Por várias vezes, em
sua fuga, o perseguido acaba encurralado entre o perseguidor e
um caminho que leva à morte (normalmente um precipício). Se
atentarmos para o que aconteceu um pouco antes da abertura do
mar vermelho, perceberemos o mesmo padrão. O perseguido, povo de
Israel, olha para trás e vê os egípcios furiosos. Olha pra
frente e vê o mar, num caminho que, ao que tudo indica, também
leva à morte. Posso imaginar o medo que aquele povo sentiu ao
viver essa situação. Apesar das cenas parecerem iguais, existe
uma grande diferença entre elas. Nos filmes e desenhos o
perseguido foge sem saber para onde está indo. Na história
bíblica não é isso que acontece. O povo foi direcionado por Deus
até aquele ponto exato. Você pode estar se perguntando o porquê
disso. Afinal, para que enviar as dez pragas e conduzir o povo
para um lugar sem saída? Para fazer conhecido o Seu poder (Sl
106.7-8) e para que todos o temam (Js 4.23-24). Ele cria um
caminho, onde antes não existia. Anos mais tarde, Deus mostra,
mais uma vez, um caminho. E É SOBRE JESUS. Ele é o caminho (Jo
14.6) que nos livra da morte. O Deus que salvou seu povo das
mãos dos egípcios (Os 13.4) é o mesmo que traz salvação a mim e
a você, através de Cristo (At 4.12).

“Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o Senhor, por um


forte vento oriental que soprou toda aquela noite, fez retirar-se o
mar, que se tornou terra seca, e as águas foram divididas.”
Êxodo 14.21
dez mandamentos
Leitura: Êxodo 20
O Brasil é conhecido como o país do futebol. Desde pequenos, em
casa e na escola, aprendemos como jogar. Para que uma partida seja
disputada, é necessário que sigamos regras. Elas vão dizer o que
pode ou não ser feito. Essas regras podem parecer chatas quando
estamos jogando, porque apontam para nossos erros. Mas você já
imaginou se elas não existissem? Seria uma verdadeira bagunça. Mão
na bola pra cá, puxão de camisa pra lá. Da mesma forma, no texto
que lemos, vemos que Deus deu a Moisés algumas regras, os dez
mandamentos. Eles mostravam ao povo como eles deveriam viver, de
uma maneira que agradasse ao SENHOR. O próprio Deus as escreveu nas
Tábuas da Lei, fazendo sua vontade conhecida. Existiu apenas um que
cumpriu todos os mandamentos, sem nunca falhar: Jesus (2Co 5.21).
Essa história também É SOBRE JESUS. Diariamente quebramos os
mandamentos e, por causa deles, enxergamos com clareza os nossos
pecados. Tal qual uma doença que não tem cura, isso seria horrível
se não existisse uma solução. Mas há cura e o remédio é Jesus. Ele
cumpriu a Lei. Ele é o fim da Lei (Rm 10.4). Por meio Dele somos
livres do peso de nem sempre cumprir a Lei. Por meio Dele, também,
encontramos prazer na Lei (Sl 119.97). Ao cumpri-la, agradamos a
Deus e fazemos sua vontade conhecida. E não é para isso que
vivemos? Sim. Para “glorificar a Deus e gozá-lo Para sempre” (Rm
14.7-8).

“Então, falou Deus todas estas palavras: Eu sou o Senhor, teu


Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”
Êxodo 20.1-2
raabe
Leitura: Josué 2
Um dos jogos preferidos de toda criança é o quebra-cabeça. Encaixando
uma peça na outra se forma uma imagem. Talvez seja possível entender
o todo, mesmo que uma peça ou outra esteja faltando. Mas o quebra-
cabeça só será completo quando não restarem mais espaços. A história
de hoje me lembra um jogo de quebra-cabeça. Seria possível não
encaixar a peça desse capítulo do livro e, ainda assim, enxergar o
todo da figura: Deus levantando Josué para liderar o povo após a
morte de Moisés e as muralhas de Jericó se ruindo. Acontece que,
entre uma coisa e outra, existiu Raabe. E essa peça é fundamental
para montar o quebra-cabeça completo. Raabe levava uma vida de
pecado. Ainda assim, depositou sua fé em Deus (Hb 11.31) e foi salva
da destruição de Jericó. Não somente isso. Passou a ser parte do povo
de Deus (Js 6.25), sendo alvo de uma linda história de redenção. Além
disso, foi uma das mulheres citadas na genealogia de Jesus (Mt 1.5).
Fica óbvio dizer então que essa peça É SOBRE JESUS. Ele é o redentor
que alcança pecadores, deixando o passado para trás (2Co 5.17). Ele é
quem nos salva da morte. Ele é quem nos garante um lugar entre o povo
de Deus (1Pe 2.9-10).

“E ela disse: Segundo as vossas palavras, assim seja. Então, os


despediu; e eles se foram; e ela atou o cordão de escarlata à janela.”
Josué 2.21
jericó
Leitura: Josué 6
Você gosta de jogos de tabuleiro? Lembro que, quando criança, era uma
das coisas que mais me prendia a atenção. Um dos jogos que eu mais
jogava era o “War” (traduzindo do inglês, “Guerra”). A necessidade de
bolar uma estratégia, as batalhas travadas com os inimigos para
alcançar territórios, conquistar e dominar novas terras… era
simplesmente fascinante. A nossa história de hoje trata sobre uma das
batalhas mais famosas da Bíblia: a de Jericó. Ela não foi vencida
porque Josué era um grande estrategista ou porque eles possuíam um
exército numeroso, com armas poderosas. O que os fez derrubar os
muros de Jericó, rumo a terra prometida, foi crer (Hb 11.30) naquele
que Deus enviou (Js 5.13-16). Mais uma vez, podemos dizer que essa
história É SOBRE JESUS! Ele é o enviado de Deus que lidera seu povo
(Jo 3.17). Apenas por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8) podemos
adentrar na terra prometida celestial.

“Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o


povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o
povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram.“

Josué 6.20
rute
Leitura: Rute
Com treze anos, comecei a sentir dificuldade de enxergar o que a
professora escrevia na lousa. As letras ficavam embaçadas, como se
meus olhos estivessem sujos. Descobri que precisava de óculos.
Depois de uma consulta com um oftalmologista, passei a usá-los. Era
incrível a diferença que faziam. A leitura de Rute me faz lembrar
esse episódio, pois me permite ver com clareza aquilo que preciso
enxergar. Um livro que fala sobre providência e redenção. Em seus
quatro capítulos, Deus demonstra seu cuidado providenciando tudo que
Rute e Noemi necessitavam. É assim também com a gente. Deus supre
cada uma de nossas necessidades, em Cristo Jesus (Fp 4.19). Boaz é
enviado para resgatar aquelas mulheres e, através de sua vida,
aponta para aquele que viria para o nosso resgate (1Tm 2.6). Durante
os dez anos em que foi casada com Malom, Rute não teve filhos. Ao se
casar com Boaz, Deus lhe concede um descendente: Obede. Jesus, nosso
salvador, nasceu de sua linhagem (Mt 1.5). Coloque os óculos, limpe
as lentes e veja. A história de Rute É SOBRE JESUS.

“E Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e


apanharei espigas atrás daquele em cujos olhos eu achar graça.
E ela disse: Vai, minha filha.”
Rute 2.2
davi
Leitura: 1 Samuel 16
Todo mundo tem uma história favorita e um personagem queridinho, não
é verdade? Dentre tantos que aparecem na Bíblia, Davi é certamente um
deles. Meu filho mais velho sempre escolhe o episódio da luta contra
Golias para ler. Muitas vezes, as bíblias ilustradas contam apenas
essa pequena parte da vida de Davi. A leitura de hoje fala sobre
outro momento não tão famoso, mas igualmente importante. Samuel foi
até Belém, a pedido do Senhor. Sua missão era ungir, dentre os filhos
de Jessé, um novo rei para Israel. Aos olhos humanos, Davi não se
parecia com um rei. Mas Deus o escolheu, ele foi ungido, livrou
Israel e garantiu que seu povo pudesse viver em segurança na terra
prometida. Você já deve ter notado semelhanças que nos levam a dizer
que essa história também É SOBRE JESUS! Mais uma vez, em Belém, um
rei foi escolhido por Deus. Ele não se parecia com um rei, pois não
nasceu num palácio e sim numa estrebaria (Lc 2.7). Jesus livra o seu
povo da morte, e morte eterna (1Ts 1.10). Ele garante a eternidade na
terra prometida, nossa pátria celestial (Hb 11.16).

“Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de


belos olhos e boa aparência. Disse o Senhor: Levanta-te e
unge-o, pois este é ele.”
1 Samuel 16.13
elias
Leitura: 1 Reis 18
Desde pequenos aprendemos sobre opostos. Branco e preto, alto e
baixo, bem e mal… O livro de Reis também carrega contraste entre duas
figuras: reis e profetas. Os reis eram maus. A Bíblia diz que Acabe
foi um rei terrível (1Rs 16.30). Elias era profeta nos tempos de
Acabe. Isso quer dizer que ele era o mensageiro de Deus para o povo.
Enquanto o rei fazia o que era mau perante o Senhor, o profeta fazia
conhecida a vontade de Deus. No episódio que lemos, vemos que o povo
havia se esquecido do Deus e adorava a um falso deus chamado Baal. No
monte Carmelo, o Senhor atende a oração de Elias e mostra, mais uma
vez, ao povo que apenas Ele é Deus. Apesar disso, os reis que vieram
depois continuaram se voltando contra o Senhor, provocando Sua ira e
levando o povo ao exílio. Isso nos traz um pensamento: “Como seria
bom ter um rei que cumprisse a palavra de Deus, revelada através dos
profetas”! Esse desejo foi satisfeito em Jesus. Logo, essa história
também É SOBRE JESUS. Ele, em sua perfeição, acaba com o contraste,
sendo Ele mesmo rei de Israel (Jo 1.49) e profeta (Hb 1.1-2).

“Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a


lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que
estava no rego.”
1 Reis 18.38
ester
Leitura: Ester
Todo dia pela manhã um dos meus filhos me pergunta “o que a gente vai
fazer hoje”? Eu sempre procuro ter um mínimo planejamento das
atividades que faremos. Porém, nem sempre os meus planos se
concretizam. Muitas vezes eles nem saem do papel. Você já fez algum
plano que não se cumpriu? A história de hoje nos mostra que os planos
de Deus nunca falham. Ele está no controle de tudo e a vida de Ester
mostra isso. Apesar de não ser citado em nenhum momento ao longo do
livro, Deus estava lá, usando Ester para livrar seu povo e preservá-
lo das mãos de Hamã. Ela sabia que poderia morrer, mas isso não a
impediu de ir falar com o rei, interceder por seu povo e cumprir o
plano de Deus. Mais uma vez é possível dizer que essa história É
SOBRE JESUS. Ele não só sabia que poderia morrer (Mt 26.39) como
morreu por nós, seu povo (Mt 1.21). Ele é quem intercede, junto ao
Pai, por nós (Rm 8.26).

“Quando o rei viu a rainha Ester parada no pátio, alcançou ela


favor perante ele; estendeu o rei para Ester o cetro de ouro que
tinha na mão; Ester se chegou e tocou a ponta do cetro.”
Ester 5.2
tronco de jessé
Leitura: Isaías 11
Você tem um bisavô/bisavó? É possível que ele/ela seja a pessoa mais
velha que você conhece. Meus avós maternos ainda são vivos, então
meus filhos os tem como referência de pessoas idosas. Meu avô tem 89
anos. Isso é bastante coisa, se comparado a idade de uma criança.
Entretanto, se compararmos com um período de mais de 700 anos, será
pouco. A gente não tem ideia real do que são 700 anos, porque
vivemos menos do que isso. Imagina saber, hoje, o que vai acontecer
em 2721? Difícil acreditar, né? Mas foi isso mesmo o que o profeta
Isaías fez nesse texto. Seu discurso é sobre a vinda de um
descendente de Jessé, pai de Davi. Seu discurso É SOBRE JESUS! Ele
cumpriu a profecia (Lc 4.16-21). Ele veio a esse mundo e herdou o
trono de Davi (Lc 1.31-33). Porém, ao contrário desse, seu reino é
estabelecido para sempre (2 Sm 7.12-16). Veio ao mundo, viveu,
morreu, venceu a morte e voltará para nos buscar (Ap 5.5).
Maranata!

“Do tronco de Jessé sairá um rebento,


e das suas raízes, um renovo.”
Isaías 11.1
daniel
Leitura: Daniel 6
Se você comprar um livro de atividades para crianças, certamente
encontrará um jogo chamado “Caça-Palavras”. São diversas letras,
embaralhadas, com algumas palavras no meio. Normalmente essas
palavras seguem determinado tema, para facilitar a busca. Um
“Caça-Palavras” da história de hoje teria palavras como: cova,
leão, oração, rei, decreto, anjo, Daniel e Jesus. Jesus? Mas como
assim? Esse episódio aconteceu bem antes da vinda de Jesus e o
nome dele não aparece nenhuma vez. Acontece que essa história,
assim como todas que temos visto, É SOBRE JESUS. Assim como
Daniel, Ele foi acusado pelos oficiais (Mt 27.12). Daniel, apesar
de imperfeito, não tinha feito nada errado. Jesus, perfeito, não
conheceu pecado (2Co 5.21). Quando sabiam que seriam presos, os
dois oraram a Deus (Mt 26.36-45). Tal qual Daniel, Jesus também
foi sentenciado à morte. Daniel foi poupado e Jesus não. Ele
morreu (Lc 23.44-46) e o fez em nosso lugar (2Co 5.15).

“O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que
não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante
dele; também contra ti, ó rei, não cometi delito algum.”
Daniel 6.22
jonas
Leitura: Jonas
Me lembro de uma noite em que acabou a luz em casa. Eu, naquela época com
dois filhos pequenos, precisei ser criativa para distraí-los em meio a
escuridão. Foi então que, com o auxílio de uma lanterna, brincamos de
sombras. Tentávamos reproduzir animais com nossas mãos, aproximávamos
objetos para ver suas formas e apreciávamos os nossos perfis. Se
projetarmos apenas a sombra de um homem, não poderemos dizer quem ele é.
Para isso, precisamos de detalhes que não conseguimos ver apenas pelos
limites sombreados. Recordei desse dia porque a história de Jonas
funciona como uma sombra. Se eu visse apenas seu contorno poderia pensar
que se tratava de uma outra história, que É SOBRE JESUS. Os dois foram
enviados por Deus para falar sobre a necessidade de arrependimento (Lc
5.31-32). Jonas foge e Jesus obedece (Mt 4.17). Os dias que Jonas ficou
dentro da barriga do peixe foram três. Também por três dias Jesus esteve
no “coração da terra” (Mt 12.38-42). Jonas foi um profeta imperfeito, que
pregava desejando a destruição. Jesus é o profeta perfeito, que pregava e
foi pregado para nossa salvação (Jo 3.17).

”Deparou o Senhor um grande peixe, para que tragasse a Jonas; e


esteve Jonas três dias e três noites no ventre do peixe.”

Jonas 1.17
belém
Leitura: Miqueias 5
Quando criança, a igreja que eu frequentava tinha o costume de
preparar musicais de Natal. Ano após ano fazíamos alguma encenação,
dentro das nossas possibilidades. Me lembro de uma vez que
conseguimos alguns panos bem grandes que foram pintados e
transformados em cenários. Um deles ilustrava o lugar em que Jesus
nasceu. Você sabe onde foi? Numa cidade chamada Belém. A profecia que
acabamos de ler, em Miqueias, diz exatamente isso (Mt 2.4-6). Será,
então, que foi uma mera coincidência que César Augusto tenha ordenado
o recenseamento exatamente quando Maria estava para dar a luz (Lc
2.1-5)? Certamente não. O autor da história nos mostra de maneira
clara, mais uma vez, que sempre esteve - e ainda está - no controle
de tudo. Outra prova de que não existe obra do acaso é o significado
da palavra “Belém”: a casa do pão. Impossível não dizer que nosso
estudo de hoje É SOBRE JESUS. Afinal, Ele é o Pão da Vida (Jo 6.31-
35) que nos alimenta e nos dá a vida eterna. Tal qual Miqueias
anunciou, Ele é a nossa paz (Ef 2.14).

“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de


milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas
origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”
Miqueias 5.12
joão batista
Leitura: Lucas 1.1-25; 57-80
Você já plantou alguma plantinha? É muito gratificante ver uma semente
brotar, se transformar em uma muda e se desenvolver. Mas, pra permitir
que isso aconteça, precisamos de um cuidado: preparar a terra. Escolher
um local que receba certa quantidade diária de luz solar, abrir um
buraco de tamanho compatível, afofar e regar a terra, enriquecê-la com
adubo… Em nossa história de hoje lemos sobre o anúncio e nascimento de
um menino que foi chamado João. Muitos anos antes disso acontecer, o
profeta Isaías já tinha falado a seu respeito (Is 40.3). A profecia se
cumpriu (Jo 1.23). Mas quem era João? Tal qual o preparo da terra para
receber a plantinha, João era aquele que preparava o caminho para
Jesus. Ele pregava arrependimento, batizando e preparando o povo (Mc
1.1-8). Por isso era chamado de João Batista. Se olharmos para o texto,
percebemos que ele apontava para Jesus mesmo antes de começar a pregar:
anunciado por um anjo, já tinha um nome escolhido e nasce de uma mulher
que não podia ter filhos. Esse padrão se repete em nossa próxima
história que, assim como essa, É SOBRE JESUS!

“Então, pedindo ele uma tabuinha, escreveu: João é o seu nome.


E todos se admiraram.”
Lucas 1.63
maria
Leitura: Lucas 1.26-56
Desenhar é muito divertido! Através de um lápis conseguimos colocar numa
folha de papel tudo aquilo que nossa imaginação permite. Apesar disso, o
resultado vai depender de quem está desenhando. Eu posso usar o mesmo
lápis que um desenhista, mas isso não vai garantir que meu desenho fique
tão belo quanto o dele. Isso porque a habilidade não está no
instrumento, mas nas mãos que o dirigem e controlam. O texto de hoje,
assim como o de ontem, conta sobre um anjo anunciando o nascimento de um
bebê. Diferente de Zacarias, que duvidou do improvável, Maria creu no
impossível. Para ser mais exata, ela creu no Deus do impossível (Lc
1.37). Essa história nos leva a ver que Deus, que tudo pode, faz tudo
como lhe agrada (Sl 115.1). Escolhe uma jovem virgem de Nazaré, noiva de
José, para cumprir seu plano perfeito
(Is 7.14). Tal qual um lápis na mão de um bom desenhista, ou uma pena na
mão de habilidoso escritor (Sl 45.1), Maria serve como um instrumento
nas mãos do SENHOR. Mesmo sendo um exemplo de humildade, fé e
obediência, essa história não é sobre Maria. Essa história é sobre
Aquele que nasceria por meio dela. Essa história É SOBRE JESUS.

“E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho,


e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.”
Lucas 1.31
josé
Leitura: Mateus 1; 13.55
A leitura de hoje me fez lembrar da minha infância. Todo dia, antes de
dormir, meu pai lia um capítulo da bíblia para mim e minha irmã. Eu
gostava muito, mas tinha algumas partes, cheias de nomes, que me davam
sono: as genealogias. O texto de hoje começa exatamente com uma
genealogia, a de Jesus. Talvez, como eu criança, você não entenda o
porquê desse trecho estar ali. O fato é que se está lá, é porque tinha
de estar. Toda escritura é inspirada por Deus (2Tm 3.16). Essa
genealogia mostra que Deus sustentou seu povo ao longo da história,
preservando a linhagem de Davi. José, o carpinteiro, mesmo não sendo
pai biológico de Jesus, era da família de Davi. Conforme o texto
avança, vemos que ele conversa com um anjo, em sonho. Ao cumprir o
ordenado pelo anjo, em obediência e fé - casando com Maria e cuidando
de Jesus como filho (Lc 2.48) - José garante o cumprimento da
profecia, trazendo Jesus para essa árvore genealógica (Jr 23.5). Logo,
nossa história de hoje também É SOBRE JESUS.

“Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e


seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?”
Mateus 13.55
jesus
Leitura: Lucas 2.1-7
Se alguém falar com você em um lugar barulhento é provável que
você não consiga ouvir. O silêncio torna nossos ouvidos mais
sensíveis e potencializa o menor dos sons. Se durante uma
brincadeira um minuto passa sem a gente perceber, um minuto de
silêncio parece uma eternidade. Experimente! O período entre o
antigo e o novo testamento foi marcado por 400 anos de
“silêncio”. O som que rompe esse silêncio é o do choro de um
bebê. Brilha agora uma luz que encerra as trevas (Is 9.2). A
profecia (mais de 300) se cumpriu (Is 9.6) e a promessa ganhou
vida (Jo 1.14). Jesus nasceu! Que boa notícia! É isso que
celebramos hoje. Ele habitou entre nós para vivermos por meio
Dele (1Jo 4.9). Que nessa noite você se alegre e cante em alta
voz que o Natal É SOBRE JESUS!

“E ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa


manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.”
Lucas 2.7
pastores
Leitura: Lucas 2.8-20
Ouvir um coral é uma experiência fascinante. Você já ouviu algum? Eu
já tive a oportunidade de cantar em muitos corais. Alguns grandes,
outros pequenos. Rotina de muito mais ensaios do que apresentações.
Apesar disso, os erros são inevitáveis, afinal somos humanos. O coral
da nossa história de hoje era celestial. As vozes eram entoadas por
anjos. Para ser mais precisa, por uma multidão de anjos. E eles
cantavam “Glória a Deus nas maiores alturas”. Um coral tão grande e
especial assim devia estar se apresentando para pessoas bem
importantes, não é mesmo? Se voltarmos para o texto, veremos que não.
Os pastores não eram vistos com bons olhos naquela época, sendo
desprezados. Ainda assim, foram a plateia dessa apresentação. Eles
ficaram maravilhados com a boa-nova e divulgaram o que tinha
acontecido. Essa história É SOBRE JESUS. É sobre se alegrar em nosso
SENHOR (Fp 4.4). Que, assim como os pastores, nós possamos contar a
todos as boas-novas de Cristo (Mc 16.15).

”E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram


os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso
que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber.”
Lucas 2.15

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