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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Cáceres, 02 abril de 2024.

Carta Pedagógica: Um novo caminhar, o mestrado.

Cara(o), Professora Drª Loriege Pessoa Bitencout da disciplina


Atividades Integradas de pesquisa e Profº Drº Vilmar Alves Pereira da disciplina
Pesquisa em Educação do curso da Pós Graduação em Educação da Universidade do
Estado de Mato Grosso- UNEMAT.

Queridos Professores, como estão? Espero que esta carta os encontre com muita
alegria no coração. Eu estou bem, com o coração entusiasmado e alegre. Por incentivo
de grandes professores (vocês), escrevo lhes esta primeira carta feliz e agradecida a
Deus em estar fazendo parte desse universo de novas aprendizagens. A inserção neste
mundo de pesquisa e aprendizado no mestrado, tenho certeza que está mexendo
internamente com cada um de nós. Agraciada e muito bem-aventurada em ter vocês
como nossos condutores nessa caminhada, penso que seja relevante apresentar-me, para
que possa ler o mundo com meus olhos, lê-lo e tornar parte dele. Sou Renata com 38
anos, alegre, entusiasmada, casada, mãe duas lindas meninas e sempre pronta para
novos desafios. Nascida, criada e residente de uma cidade história localizada ao
sudoeste de Mato Grosso e na microrregião pantaneira em Cáceres. Aqui, neste
município iniciei meus estudos e hoje estou aqui na UNEMAT realizando um novo
objetivo, e como critérios metodológico ou avaliativo fomos apresentadas as cartas
pedagógicas que até então não as conhecias. As cartas nos remetem ao passado, a
recordações, a subjetividade e também provoca a objetivação de nosso senso crítico e
ideias.

Nesse sentido das cartas recordo de minha educação quando criança, fruto da
zona rural, vivemos uma infância simples, gostosa ao ar livre e com muitas experiências
únicas, aprendizados significativos que hoje quase não encontramos e quase não damos
conta de propiciar essa vivencia aos nossos alunos em espaços com paredes e muros
altos. Nós tínhamos contato diretos com a terra, florestas, animais, répteis, anfíbios,
lagos, córregos, gravetos, madeiras, argila entre outros. Chegávamos mais cedo para
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limpar nosso quintal e nossa escola e brincar até aula começar. Com ensino fundamental
II já não podia dar a continuidade em nossos estudos nessa escola e com preocupação
nossos pais decidem vir para zona urbana, naquela época não tinha o transporte escolar.
Sendo assim na cidade demos continuidade aos nossos estudos, ao final do ensino
médio e com a preocupação de ter ensino superior, começa minha vida acadêmica por
acaso em meados ao ano de 2004, fiz licenciatura em educação a convite de uma colega
para ingressar na faculdade, não era o curso que desejava, mas, formei, casei, trabalhei
em outras áreas. Em 2013 ingresso na universidade na área da saúde, enfermagem, que
era algo que aproximava do que queria, me formei e em 2018, porém, neste mesmo
momento fui chamada a assumir uma vaga no concurso na área da educação e por N
motivos deixo a saúde de ladinho e volto a educação, aqui estou hoje trabalhando na
educação infantil e capacitando profissionalmente para novos desafios, e assim, surgi
também o meu projeto da junção das áreas saúde e educação.

E trabalhando com o pré projeto com o tema “interfaces saúde e educação” que
visa pesquisar a saúde das crianças da educação infantil em um ambiente escolar, aqui
estou em minhas primeiras aulas no mestrado vivenciando grandes aprendizados
científicos, culturais, ampliando as reflexões teóricas, dando os primeiros passos para a
caminhada da pesquisa e conhecendo professores e colegas incríveis.

Nossos primeiros encontros no mestrado nas disciplinas de Atividades Integradas de


Pesquisa e Pesquisa em educação, tivemos dois grandes educadores juntos em cada
disciplina um complementando um outro, uma aula leve onde podemos sentir acolhidos
e conhecermos um pouco uns dos outros e nos identificar com as histórias de vida e
pesquisa de cada um, com os seguintes questionamentos de apresentação; quem sou?
pra que vim? o que quero saber? Também nos foi apresentado nesses primeiros dias as
Propostas Pedagógicas Integradoras: Educar pela Pesquisa no Contextos Pantaneiros e
Amazônicos entre as disciplinas: PED e AIP onde discorrerão todo o processo de nosso
caminhar no mestrado as metodologias, avaliações, prazos e suas respectivas datas de
entrega, encaminhamentos ate a nossa defesa da dissertação e olha que não é pouca
coisa.
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Nos foi apresentado a partir da Profª. Drª. Isabela Camini as Cartas Pedagógicas
que se conceberam sob o conceito de dialogicidade de Paulo Freire, onde podemos criar
e recriar, falar e fixar no papel aquilo que queremos dizer de algo a alguém, são
apresentadas como a inspiração para a escrita, como instrumento pedagógico que
possibilita a reflexão, buscar resposta, ter um cunho político quando se quer retratar,
dialogar criticamente e reflexivamente a realidade vivida. Em meu ver há necessidade
de construir e reconstruir outras formas de sistematizar e produzir conhecimento. Algo
novo para mim pois está sendo um desafio e nova aprendizagem a escrita dessas cartas.

No seguinte não posso deixar de elencar os momentos únicos e de grande


conhecimento cultural que foi ofertado a nossa turma, através de nossos colegas, que
alias trazem consigo bagagens imensuráveis de experiências e conhecimento seja do
senso comum, filosófico, religioso ou cientifico temáticas discutidas que ficaram na
memória. Voltando a cultura popular, primeiramente parabenizo os colegas pela
iniciativa dos projetos que visam estudar a sua cultura a nossa cultura pantaneira, fiquei
vislumbrada em saber que há esses projetos e que os professores do programa os
acolheram e será objeto de pesquisa. Nem imagina que isso seria propiciado ao vivo em
sala de aula, os diálogos, músicas e danças da mais alta importância enquanto forma de
expressão da cultura popular tradicional da nossa cidade, por se constituírem em um
conhecimento original e coletivo desse povo que aos poucos vão se apagando.

Enfim, não poderia deixar de expressar a importância das bibliografias e das


discussões teóricas trazidas neste processo que, estão nos embasando, e nos
direcionando na forma de pensar, refletir, e de aprender a escrever e pesquisar.

Sem mais delongas encerro esta primeira carta com o desejo que nossa
curiosidade epistemológica continue nos movendo para um horizonte de aprendizagem
feita de possibilidades, praticas esperançosas impregnadas de respeito e sensibilidade. E
finalizo com grande apreço a vocês, que estão compartilhando seus conhecimentos
conosco e que nos possibilitou esses e vários outros encontros valorosos que a de vir de
alegria e grandes conhecimentos.

Com grande estima, Renata Ávila Miranda Alves.


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Abraços!!

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