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ENQUADRAMENTOS:

Sobre este assunto, há algumas controvérsias. O ideal é você conhecer


todas as possibilidades de nomeação. Sugiro pensar sempre no corpo
humano como referência.
Vamos estabelecer nosso consenso:
Grande Plano Geral - GPG
Plano típico do cinema. Tem
como principal função descrever o
cenário.
Por ser um plano com ângulo de
visão muito aberto é praticamente
impossível perceber a ação ou
identificar os personagens.
Devido à grande quantidade de
pormenores, o GPG necessita de
um tempo maior de projeção,
para que o espectador perceba os
detalhes da imagem.
No cinema, normalmente, um
grande plano geral tem uma
duração variando entre
segundos.

Plano Geral - PG

O plano geral possui um ângulo de


visão menor que o GPG. Percebe-
se a figura humana, porém é difícil
reconhecer os personagens e a
ação.
O PG é um plano descritivo e
serve principalmente, para
mostrar a posição dos
personagens em cena.
No cinema o PG tem duração de 5
a 9 segundos
Plano Conjunto – PC

O plano (de) conjunto apresenta o


personagem, ou um grupo de
pessoas no cenário e permite
reconhecer os atores e a
movimentação em cena.
A ação no entanto, não é
visualizada nos mínimos detalhes.
Por exemplo: se uma atriz coloca
alguma coisa no bolso do paletó
de um ator, percebe-se o
movimento dos braços e das mãos
sem, no entanto, identificar-se o
objetivo.
É por este motivo que o PC é um
plano com caráter descritivo e
narrativo, com uma tendência
maior para a descrição, já que as
ações não são totalmente
percebidas.
No cinema a duração de um PC
varia, em média, de 4 a 8
segundos.
Plano Médio – ou Grande Plano
Médio - PM

Plano médio é aquele que


enquadra o ator em toda a sua
altura.
Como os pormenores do cenário
não estão em destaque, o PM tem
uma função narrativa, pois a ação
tem maior impacto na totalidade
da imagem.
No cinema, o PM tem duração
aproximada de 3 a 7 segundos.

Plano Americano – P A

É aquele que enquadra o


personagem acima dos joelhos ou
abaixo do quadril.
Na verdade, a nomenclatura
“plano americano” é apenas uma
denominação especial para
designar um tipo de plano médio
muito comum nos filmes
americanos.
Nos filmes de cowboy ele pode
ser utilizado por exemplo no
duelo, quando o mocinho e o
bandido vão sacar o revólver.
O PA é um plano que privilegia a
ação em relação ao cenário e no
cinema, costuma ter a duração de
3 a 7 segundos.

Meio Primeiro Plano – MPP

Enquadra o ator na região de sua


cintura.
Aproxima o personagem do
espectador em suas opiniões e
sentimentos, mas nem sempre
profundamente.
Sua duração é muito variável.

Primeiro Plano - PP

Primeiro plano é aquele que corta


o personagem na altura do busto.
Em um PP fica mais fácil para o
espectador perceber o estado
emocional dos atores e a direção
dos olhares.
O PP tem um caráter mais
psicológico do que narrativo.
Devido à pequena quantidade de
detalhes no quadro, o PP, no
cinema tem curta duração,
variando em média de 2 a 6
segundos.
Primeiríssimo Plano – PPP

Em um PPP, o rosto ou parte do


rosto do personagem ocupa toda
a tela.
A ação não é percebida e, desta
forma, a atenção do espectador é
canalizada para o lado emocional,
transmitido pela expressão facial
do ator.
O PPP também pode ter uma
função simplesmente indicativa.
É o caso, por exemplo, do close da
mão de um personagem abrindo
uma porta. Duração de 1 a 3
segundos.
Detalhe – PD
Imagine a super ampliação de um
olho, com as pupilas dilatando-se
no momento em que o bandido
acerta um tiro no mocinho.
De outra maneira, quando o PD
não enquadra um detalhe da
expressão facial, pode-se ter, da
mesma forma que o PPP
(Primeiríssimo Plano) uma função
indicativa. É o caso de um objeto
ou de um detalhe importante na
estória e que não pode ser
visualizado pelo público. Um
exemplo: em um filme policial, na
elucidação de um crime, há um
brinco caído no chão, sob uma
cadeira.
Devido às dimensões exageradas
da imagem, o PD necessita de um
tempo muito reduzido para a
identificação dos objetos em cena.
No cinema, o PD costuma ter, em
média, 1 ou 2 segundos.
Plano detalhe destaca um
pormenor do rosto ou do corpo
do ator, o que resulta em uma
imagem de grande impacto visual
e emocional.
MOVIMENTOS DE CÂMERA:
Fixa – a câmera não se mexe

Travelling – sai do eixo (avanço, recuo, circular, acompanhamento)

Panorâmica – não sai do eixo (vertical, horizontal, circular)

Zoom in/out – abertura e fechamento do campo por movimento das lentes


PONTUAÇÃO / CORTES:
Seco – passagem de uma cena para outra sem artifício nenhum

Fusão – imagens vão se fundindo com a próxima

Fade in/out – escurecimento, clareamento.

Freeze – congelamento

Máscara – contorno

Wipe – uma imagem entra “empurrando” a outra ( de cima para baixo, de baixo para cima, da
esq. Para a dir, da dir. para a esq.)

exemplos memoráveis de edição

https://www.youtube.com/watch?v=bQtkbQkURCI&t=10s

EDITORES DE VÍDEO PARA CELULAR

 Editores de vídeo gratuitos para celular


o Beecut (Android e iOS)
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POSIÇÃO DE CÂMERA:
Alta – diminui o personagem

Média – não interfere

Baixa – valoriza o personagem

PONTO DE VISTA:
Real – olhar do espectador, 3. pessoa

Subjetiva – olhar do personagem, 1 pessoa

REFERÊNCIAS E DICAS:

http://facetasdocinema.blogspot.com.br/2012/11/planos-e-angulos-de-gravacao.html

https://www.youtube.com/watch?v=KwtpJ3T8eK4

http://www.academia.edu/6755778/
Narrativa_Audiovisual_Linguagem_Enquadramento_e_planos

PARA STORYBOARD:

https://www.storyboardthat.com/

https://www.youtube.com/watch?v=b5fqBFlm-M0

https://www.youtube.com/watch?v=OI1Xf2nbUZk

https://www.youtube.com/watch?v=Ne-e7IjNUdE

BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL:

AUMONT, Jacques et al. A estética do filme. Campinas: Papirus, 1995.

MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 1990-2003.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
RAMOS, Fernão (Org.). Teoria contemporânea do cinema. Documentário e narrativa ficcional.
São Paulo: Senac, 2004.

TURNER, Graeme. Cinema como prática social. São Paulo: Summus, 1997.

VANOYE, Francis; GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 1994.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas: Papirus,
2003.

BAZIN, André. O cinema. Ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1991.19-26. (Primeiros Passos)

BETTON, Gerard. Estética do cinema. São Paulo: Martins Fontes.

BIRREN, Faber. Color & human response. New York: Van Nostrand Reinhold, 1978.

BRAIT, Beth. A personagem. 3a ed. São Paulo: Ática, 1987.

CÂNDIDO, Antônio et al. A personagem de ficção. 10 ed. São Paulo: Perspectiva, 2002

CARRIÈRE, Jean-Claude. A linguagem secreta do cinema. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

DONDIS, Donis A. Elementos básicos da comunicação visual. In: ______. Sintaxe da linguagem
visual. 2a ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. p. 51-83.

EISEISNTEIN, Serguei. A forma do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

EISENSTEIN, Sergei M. O sentido do filme. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2002.

FERRO, Marc. Cinema e história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da


simbologia das cores. 2a ed. São Paulo: Annablume, 2000.

GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia: a organização da cor-informação no jornalismo. São


Paulo: Annablume, 2003.

MANZANO, Luiz Adelmo. Som-imagem no cinema. São Paulo: Perspectiva: Fapesp, 2003.

MASCARELLO, Fernando (Org.). História do cinema mundial. 2a ed. Campinas: Papirus, 2007

MERTEN, Luiz Carlos. Cinema: Entre a realidade e o artifício. Porto Alegre: Artes e Ofícios,
2003.

MOURA, Edgar Peixoto de. 50 anos luz, câmera e ação. 3a ed. São Paulo: Editora SENAC São
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MOURÃO, Maria Dora; LABAKI, Amir (Orgs.) O cinema do real. São Paulo: Cosac Naify, 2005.

PELLEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Senac: Itaú Cultura, 2003.
RAMOS, Fernão Pessoa et al. (Orgs.). O que é documentário? In: Estudos de Cinema 2000 –
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XAVIER, Ismail (Org.). A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal: Embrafilme, 1983.

XAVIER, Ismail. O discurso cinematográfico. A opacidade e a transparência. 2ed revisada. Rio


de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

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